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"Encanto, a Família Madrigal" tem sessão dupla no domingo, 19/6, no teatro Barreto Júnior

Qual seu lugar no mundo? A pergunta que guia a história de muita gente na vida real é o ponto de partida da encenação “Encanto, a Família Madrigal”, que a trupe Humantoche Produções irá apresentar no próximo domingo, 19/6, em duas sessões: 16h30 e 18h30. O espetáculo estará em cartaz no Barreto Júnior (R. Est. Jeremias Bastos - Pina, Recife-PE), com ingressos no valor promocional de R$ 30 mais 1kg de alimento não perecível. Livremente inspirado na animação homônima da Disney, a encenação conta com 12 atores e uma equipe total de 22 pessoas. Para incluir o público na história, diversos efeitos 4D como neve, chuva de flores e uma explosão de alegria (chuva de confete e serpentinas) irão surpreender a plateia. Mirabel Madrigal é quem costura a narrativa: a jovem colombiana se vê muito triste ao perceber que os anos estão passando e, diferente de todos os seus familiares, não possui nenhum poder mágico. Mirabel sente a pressão por todos os lados, principalmente dentro da Casa Viva da família Madrigal, onde a história é ambientada. Ao ver uma rachadura na Casa, a pequena Mirabel põe-se a buscar respostas para todos os seus questionamentos, e isso envolve o porquê de todos seus familiares serem proibidos de falar sobre o misterioso tio Bruno. Auto aceitação, diversidade, família, amor próprio, perdão e recomeço são alguns dos valores ilustrados ao longo da peça. O espetáculo será apresentado às 16h30 e às 18h30. Para acessar o teatro é preciso apresentar o cartão de vacina (duas doses contra a COVID 19) ou certificado através do app Conecta SUS mais documento de identificação com foto, além de usar máscara durante toda a permanência no espaço. A portaria será aberta 30 minutos antes de cada espetáculo. Ingressos à venda no Sympla, https://www.encurtador.com.br/agrLR, ou no @humantocheproducoes no instagram. Espetáculo: ENCANTO - A Família MadrigalLocal: Teatro Barreto Júnior - R. Est. Jeremias Bastos - Pina, Recife - PEDia: 19 de junho; 16h30 e 18h30Ingressos: 30,00 (meia entrada para todos)

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cultura organizacional

O que é fit cultural e sua relação com a cultura organizacional

Por Silvia Pedroso* Neste mundo cada vez mais globalizado, há um maior contato entre pessoas com diferentes visões de mundo dentro das empresas. Por isso, é preciso compreender o impacto da cultura organizacional no ambiente de trabalho e em seus colaboradores. Afinal, ela exerce grande influência no fit cultural e na performance. Mas, como avaliar isso? Por que é tão importante que as empresas entendam e identifiquem sua própria cultura? Cultura, por ser objeto de discussão ainda hoje no meio acadêmico, é um termo guarda-chuva: existem centenas de definições diferentes, dependendo da base teórica utilizada. Porém, o conceito de cultura organizacional está baseado em duas correntes principais: as disciplinas antropológicas (organizações são cultura) e sociológicas (organizações têm cultura). Para entender a importância de conhecer o conceito de cultura organizacional, é preciso voltar um pouco à história. Isso porque, nas pesquisas acadêmicas sobre organizações, o conceito de cultura só recebeu a devida atenção recentemente, a partir de 1980. Os modelos organizacionais buscavam identificar os fatores cruciais que afetam a performance organizacional, porém o sistema teórico e metodológico que utilizavam não abarcava o fator cultural. Em outras palavras, a diversidade de visões de mundo, culturas e experiências não eram consideradas no modelo de gestão. Isso acontecia porque a liderança não tinha consciência dos seus próprios fatores culturais até que fossem confrontados por uma cultura distinta. Em um mundo onde as mudanças são constantes, o fluxo e o dinamismo do mercado, da economia e de informações acontece em um ritmo cada vez mais difícil de acompanhar. Nesse cenário, entender o seu próprio perfil organizacional torna-se necessário para muitas empresas. É fato que as empresas precisam de um equilíbrio na sua rotatividade de pessoal (turnover). Mas como mensurar se os novos colaboradores são compatíveis com o ambiente organizacional da empresa? Além disso, é preciso avaliar também não só os aspectos culturais dos profissionais que participam de um processo de recrutamento e seleção na sua empresa, como também dos colaboradores mais experientes e que já fazem parte da organização. Para alcançar esses objetivos também deve-se pensar, por meio de um planejamento estratégico, as características desejadas dessa nova equipe a ser formada, considerando o perfil profissional de todos os colaboradores da empresa. Contemplar a cultura organizacional dentro da estratégia corporativa é uma vantagem competitiva que colabora para um ambiente de trabalho mais harmônico, e, consequentemente, para o aumento da performance empresarial. Entender a missão, visão e valores da empresa torna-se mais complexo à medida em que a organização cresce. Porém, ao investir nesse entendimento, seus resultados serão vantajosos a curto, médio e longo prazo. Além disso, compreender a cultura é fundamental para formar equipes com pessoas alinhadas à filosofia da empresa e promover o engajamento para atingir os objetivos da organização. Uma coisa é certa: a cultura organizacional pode ser construída e passar por mudanças ao longo do tempo — e isso vale, inclusive, para empresas já consolidadas. Organizações mais jovens se desenvolvem em um padrão pouco previsível, sujeito às flutuações e flexibilizações que permitem seu desenvolvimento. Este processo ocorre muitas vezes de forma pouco planejada, sem a avaliação do impacto dessas variações na performance organizacional. Por outro lado, empresas já estabelecidas no mercado podem planejar quais características prioritárias querem alcançar de forma mais consciente, previsível e planejada. Com isso, tornam-se mais competitivas e diversificadas do que suas concorrentes. Por fim, vale ressaltar aqui que a mudança na cultura organizacional e, consequentemente, a melhora na performance, requer que os membros da empresa tomem decisões difíceis: mudanças profundas em um nível coletivo necessitam ao mesmo tempo de mudanças a nível pessoal. *Silvia Pedroso é gerente de operações e projetos do Grupo Selpe, empresa de consultoria em RH que atua no mercado nacional há 57 anos, promovendo o elo entre profissionais, empregadores e culturas organizacionais.

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Sicredi realiza o primeiro Summit Nacional de Governança

De forma inédita, encontro reuniu os conselheiros de administração e fiscais das 108 cooperativas de crédito que compõem o Sicredi O Sicredi, instituição financeira cooperativa com mais de 5,5 milhões de associados e presença em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, o primeiro Summit Nacional de Governança do Sicredi. O evento, realizado de forma online, reuniu cerca de 1,6 mil lideranças da instituição, incluindo os conselheiros de administração e fiscais, presidentes e diretores executivos das cooperativas e centrais que integram o Sicredi. O objetivo do encontro foi refletir sobre assuntos relevantes para o futuro do Sicredi, como governança, liderança e o papel das cooperativas de crédito junto à sociedade. O alinhamento das lideranças é considerado um momento essencial para a instituição e segue em linha com seu modelo de gestão democrática e participativa. Nesse sentido, a participação dos conselheiros é fundamental, dado o papel local que exercem por representar os associados de suas cooperativas. A Sicredi Recife, marcou presença, representada pela diretoria e colaboradores convidados. “É de suma importância estarmos na vanguarda das discussões sobre o futuro do cooperativismo e das cooperativas de crédito. O Summit trouxe discussões excelentes, tais como, sustentabilidade financeira, evolução da governança e a essência do cooperativismo, além de direcionamentos para se conseguir cada vez mais uma gestão democrática e participativa para os nossos associados.” destaca Floriano Quintas, presidente da Sicredi Recife. Em sua apresentação, João Tavares, diretor presidente do Banco Cooperativo Sicredi, explanou sobre o planejamento estratégico da instituição, passando por temas como transformação digital e ambiente regulatório. Tavares também apresentou dados sobre o crescimento expressivo da instituição nos últimos 12 anos, com números que comprovam o êxito do modelo de governança do Sicredi. Destacou, por exemplo, o crescimento, desde 2010, de 1,5 milhão de associados para 5,5 milhões em 2022. “O modelo de governança do Sicredi tem, entre os seus diferenciais, suportar o nosso crescimento mantendo sempre a essência do cooperativismo em nossa atuação”, concluiu Tavares.

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A vanguarda paulista e a trajetória de Arrigo Barnabé no Sonora Coletiva

O músico, compositor, arranjador e intérprete Arrigo Barnabé é o convidado do próximo Sonora Coletiva, transmitido pelo Canal do multiHlab, no YouTube, hoje (16 de junho, quinta), às 19h30 (Da Fundaj) Em 1980, a cena musical brasileira seria invadida por um ser estranho que já havia tornado a pauliceia ainda mais desvairada. Após apresentações no Teatro Lira Paulistana, ao lado de Itamar Assumpção, Premeditando o Breque, Grupo Rumo e outros artistas que logo se tornariam conhecidos no Brasil, chegava às lojas o primeiro álbum do músico, compositor e intérprete paranaense, radicado em São Paulo, Arrigo Barnabé. Imediatamente, Clara Crocodilo chamaria a atenção pela estranheza que causaria no meio musical e junto ao público interessado na MPB e afins, sendo considerado pela imprensa a maior novidade na música brasileira desde a Tropicália. Na esteira de Clara Crocodilo, quatro anos mais tarde, Arrigo Barnabé lançaria outro álbum importante e inovador. Assim como o seu disco de estreia, Tubarões Voadores apresenta frases rítmicas repetidas, diálogos falados e estrutura narrativa linear e recursos próprios da dodecafonia. Além disso, de forma quase inédita, ou mesmo inédita no Brasil, traz um encarte com uma história em quadrinho desenhada pelo artista visual Luiz Gê. O enredo é a própria letra da música que dá título ao álbum, que tem ainda as participações da roqueira paulista Rita Lee e do sambista carioca Paulinho da Viola. Estava pavimentada uma das carreiras mais originais da música brasileira. A história e a importância da Vanguarda Paulista para a cena musical brasileira e a trajetória e a obra desse músico e compositor único serão alguns dos temas do bate-papo com o pianista Arrigo Barnabé. O novo episódio do Sonora Coletiva será transmitido pelo Canal multiHlab no YouTube, dia 16 de junho, às 19h30. O Sonora Coletiva é uma atividade experimental da Revista Coletiva, vinculada à Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), e é apresentado por um de seus editores, o pesquisador Túlio Velho Barreto.

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livro alto risco

Alto risco

*Por Paulo Caldas Dividir o palco entre o viven­ciar do universo abnegado do ser médico e o drama dos que gravitam em outras esferas é a vir­tude dos contos de Fátima Militão, guardados neste “Alto risco”. O texto é nítido, imagens colhi­das por câmeras de rara definição e com elas o leitor observa os cenários, participa das cenas e percebe o psico­lógico dos protagonistas, tantos deles marcados por intempéries hodiernas. De posse dessas lentes, a auto­ra exibe o gestual, a movimentação dos personagens; identifica precisas passagens de tempo e, cinzel em pu­nho, esculpe preciosas metáforas: “Enquanto observa a respiração, co­lhe de relance um olhar cheio de per­guntas”; “o pavor foi tanto que pas­sou a ter medo de dormir e ficar para sempre aprisionada nos sonhos”. Escritos prenhes de sensibilidades, quem sabe herdadas da Fátima médica, são vistos nas tramas bem urdidas que seduzem o leitor. “Alto risco” tem o projeto visual assinado por Bel Caldas, fotografias de José Roberto de Almeida Correia e produção gráfica da Editora Bagaço. Os exemplares podem ser adquiridos na Livraria da Praça, em Casa Forte. *Paulo Caldas é Escritor

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Petrolina

Paulo Câmara autoriza início das obras do novo Compaz em Petrolina

Encerrando a programação no Sertão do São Francisco, governador também autorizou novas obras de infraestrutura e ações nas áreas de educação, geração de renda e assistência social (Fotos: Heudes Regis/SEI) (Do Governo de Pernambuco) PETROLINA – O governador Paulo Câmara finalizou a passagem pelo Sertão de São Francisco, nesta quarta-feira (15.06), em visita a Petrolina, onde ele autorizou o início das obras do novo Centro Comunitário da Paz - Compaz. O equipamento tem como objetivo difundir a cultura de paz e segurança cidadã, visando oferecer alternativas para prevenir a criminalidade, além de funcionar como uma ferramenta de inclusão social. Com um investimento total de R$ 11,8 milhões, o espaço vai reunir cultura, lazer e prestação de serviços, com intervenções que vão desde mudanças urbanísticas até a inserção dos jovens no mercado de trabalho. “Já temos experiência com essa iniciativa no Recife e a gente vê que existe um impacto muito grande. Agora, vamos fazer essa grande obra do Compaz aqui em Petrolina. Queremos oferecer à população um local onde existam atividades relacionadas à cultura, ao esporte e também outros tipos de serviços”, disse Paulo Câmara. Em Petrolina, o governador também assinou ordem de serviço para recuperação e adequação de novo trecho da rodovia PE-655. As obras estão em andamento desde abril e contemplarão os 31,3 quilômetros de extensão da via, ligando o Centro Industrial de Petrolina à divisa de Pernambuco com a Bahia, passando pelo distrito de Tapera. Os serviços, coordenados pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), incluem terraplenagem, pavimentação completa, instalação dos dispositivos de drenagem, sinalização horizontal e vertical, além de obras complementares. A previsão é que as intervenções sejam concluídas em setembro deste ano, com um investimento de R$ 16,6 milhões, para melhorar a trafegabilidade e a mobilidade das pessoas, beneficiando diretamente mais de 340 mil moradores da região. O governador também deu por inaugurado o Sistema de Abastecimento da Baixa da Jurema e a ampliação do Sistema de Abastecimento de Água no Bairro Jardim Petrópolis. Já na área da educação, ele inaugurou mais um Espaço 4.0, na Escola Técnica Estadual Professora Maria Wilza Barros de Miranda, e autorizou a construção de quadras cobertas em nove escolas, além de abrir novas licitações para obras semelhantes em outras 15 escolas do município. Foram assinados, ainda, três convênios em Petrolina. Um deles, no valor de R$ 111 mil, visa a implantação do tratamento de efluentes no abatedouro de Rajada, através do Programa Força Local; outro, firmado com o Sebrae, vai beneficiar agroindústrias do Sertão de São Francisco, no valor de R$ 285 mil; e um terceiro convênio é voltado para o estímulo à apicultura, no valor de R$ 504 mil. Por último, na área de assistência social, o governador garantiu recursos para manutenção do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), para o pagamento de Benefício Eventual e para medidas socioeducativas em meio aberto. Acompanharam Paulo Câmara a vice-governadora Luciana Santos; os secretários estaduais Fernandha Batista (Infraestrutura e Recursos Hídricos), Marcelo Barros (Educação e Esportes), Tomé Franca (Desenvolvimento Urbano e Habitação), Alberes Lopes (Trabalho, Emprego e Qualificação) e Cloves Benevides (Políticas de Prevenção à Violência e às Drogas); os presidentes da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), Roberto Abreu e Lima, e da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Manuela Marinho; e o diretor executivo de obras do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Alexandre Arruda. Também integraram a comitiva os deputados federais Danilo Cabral, Gonzaga Patriota e Fernando Monteiro; os deputados estaduais Dulcicleide Amorim, Teresa Leitão, Lucas Ramos, João Paulo Costa, Antônio Fernando e Rodrigo Novaes; o prefeito de Petrolina, Simão Durando; além de outros prefeitos, ex-prefeitos e vereadores da região.

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Sandro Prado: "Estados do Nordeste sofrerão muito com a PEC dos Combustíveis"

Ir ao supermercado, pagar a conta de luz ou abastecer o carro são ações cotidianas que se tornaram cada vez mais penosas para o bolso da classe média, que ainda faz verdadeiros malabarismos para pagar o colégio dos filhos e o plano de saúde. Para as populações pobres, a situação é ainda mais complicada com o desemprego e o alto preço de produtos básicos como gás de cozinha e alimentação. Para entender por que a inflação persiste em índices altos, Cláudia Santos conversou com o economista, conselheiro do Corecon (Conselho Regional de Economia de Pernambuco) Sandro Prado. Um dos pontos destacados pelo especialista é o descontrole dos preços monitorados pelo Governo Federal. Prado, porém, não acredita que a solução esteja na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) proposta pelo presidente Bolsonaro para conter a alta dos combustíveis. Quais os fatores que impulsionam o aumento da inflação? Um dos itens que tem contribuído muito são os preços monitorados pelo Governo Federal, como o dos combustíveis. O óleo diesel subiu cerca de 47% só no ano de 2022. Esse aumento passa para o frete, o que acaba impactando em vários produtos, já que são transportados pelo modal rodoviário. Isso tem um efeito multiplicador por toda a economia. Também faz uma pressão nos transportes, aumentando o preço de passagens aéreas, passagens de ônibus, de aplicativos, como o Uber, dos deliveries. Ocorre então um aumento nos custos, vivenciamos uma inflação de custos e um dos responsáveis é a política de preços da Petrobras. Outra questão, que aqui em Pernambuco é forte, foi o aumento da energia elétrica, muito além da inflação, de cerca de 19%, o que também aumenta os custos. O mesmo ocorreu com os preços dos planos de saúde, monitorados pelo governo, que também foram reajustados acima da taxa da inflação. E os alimentos tiveram uma alta muito grande, puxada por algumas commodities, como a carne bovina, de frango, suína, ou seja, proteína animal subiu bem acima da inflação, assim como o arroz, o trigo, o feijão, o óleo de soja. Cada um por motivos diferentes. Não somos, por exemplo, autossuficientes na produção de trigo, que importamos da Argentina, cuja safra não foi boa. A guerra na Ucrânia também influencia, já que o país é um grande produtor. Todos são produtos da cesta básica, ou seja, do prato do brasileiro, o que é um grande problema, seja se você come em casa, compra uma quentinha para almoçar ou faz alimentação em restaurantes. Esse aumento ocorreu por causa do custo da produção como o frete, a energia e os fertilizantes. É um absurdo, mas o Brasil não é autossuficiente na produção de fertilizantes e eles subiram de preço também porque a maioria dos minérios aumentaram por causa da guerra na Ucrânia. Tivemos aumentos também nos gastos domésticos em geral, de moradia, despesas com educação. Na verdade, tudo subiu. A inflação do ano de 2021 foi 10,06%, mas a acumulada hoje é 11,73%. Caminhamos para o segundo ano consecutivo com uma inflação acima dos 10%. Isso nunca aconteceu desde o Plano Real O mercado, que é superconservador, prevê quase 9%, o último Boletim Focus apontou 8,89%, mas falamos, desde o começo do ano, que a inflação seria superior a 10%. Qual o impacto da PEC anunciada pelo Governo Bolsonaro para reduzir os preços dos combustíveis? A PEC dos Combustíveis é uma das ideias mais estapafúrdias e eleitoreiras que vi nos últimos tempos. O Governo Federal zeraria as alíquotas do PIS e o Cofins sobre os combustíveis, que são tributos federais que correspondem a R$ 0,60 no litro de gasolina. Para que o governo tire essa tributação, os governadores dos Estados terão um limite de cobrança de ICMS dos combustíveis, mas também de energia, telecomunicações e transportes, de 17%. Mas acontece que hoje a base da arrecadação de muitos Estados advém da tributação sobre energia elétrica e sobre o combustível. Existem Estados cuja arrecadação chega a ser cerca de 25% a 30% proveniente dessas cobranças. Então, não se pode reduzir essa tributação de uma forma abrupta, sem que seja feita de uma maneira gradativa, porque muitos Estados terão uma redução significativa no orçamento, o que significa menos investimentos em educação, em saúde, em transporte público e outros serviços básicos. Os Estados do Nordeste e do Norte sofrerão muito com essa medida caso ela seja aprovada. Ainda há uma outra ideia de que os governadores poderiam zerar a alíquota de ICMS e essa diferença do zero a 17% a União repassaria para os estados. Ou seja, a PEC deixaria os estados na mão do Governo Federal, daria um rombo enorme nas contas públicas, além de ser uma medida paliativa já que vigora até o fim deste ano. Portanto só tem motivação eleitoreira. É uma política que contraria a lógica tributária, a lógica do orçamento dos estados. Pior: caso alguém se oponha a essa ideia vai ser taxado como inimigo do povo e aí obviamente também deputados estaduais e senadores, ou seja candidatos, se valerão disso nas eleições de 2022. O aumento dos juros pode conter a inflação? Estamos numa inflação de custo. O aumento da taxa de juros funciona bem para inflação de demanda, ou seja, a taxa Selic inibe o consumo os brasileiros. Para você ter uma ideia, 77% das famílias brasileiras se autodeclaram endividadas, em Pernambuco esse número chega a 83%. É normal para o brasileiro se endividar, é raro alguém comprar um televisor, uma geladeira, um carro à vista. É um comportamento cultural: a gente não ganha para comprar, a gente gasta antes de ganhar. O número de inadimplentes também é alto: quase 25%. Quando a taxa de juros aumenta, inibe o consumo, porque aumenta os juros do cartão de crédito, cheque especial, do crediário. Só que essa cartilha ortodoxa de economia monetária liberal não funciona muito bem no momento porque, na verdade, o principal vilão da inflação é próprio Governo Federal que tem deixado aumentar os preços das coisas básicas, como os combustíveis, o que provoca um aumento generalizado. Leia a

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OS SAMICOS

Os Samicos se apresentam no Teatro Santa Isabel nesta semana

Julio Samico, Rodrigo Samico e Rogério Samico – música e afeto em família no palco do Teatro de Santa Isabel (Foto: Paloma Granjeiro) O show Os Samicos é uma oportunidade de assistir ao vivo o resultado de influências e transmissão de saberes musicais e poéticos entre pai e filhos. O repertório, com músicas autorais e parcerias dos três Samicos: Julio (pai), Rodrigo e Rogério (filhos), compõe a produção fonográfica já lançada em discos pela família recentemente. No Teatro de Santa Isabel, ganha um formato acústico e intimista. Vozes e violões num encontro de gerações para celebrar a música. Será na sexta 17de junho, às 20h, com venda de ingressos já disponível virtual e presencialmente. A apresentação terá 1h30 de duração, com temas que abordam questionamentos políticos, contemplação da natureza, poesia e amor. Músicas como "Circo Voador” e “Gero", compostas por Julio Samico em homenagem aos filhos e gravadas no disco Julio Samico e o Circo Voador. E as canções "Sais" (Rogério Samico/Rafael Costa/Rodrigo Samico), gravada no disco Voyage Dans L’espace Temps Suspendu; "Amor" (Rogério Samico/Julio Samico) e "O vento" (Rogério Samico/Gleison Nascimento/Rodrigo Samico), gravadas no disco Pássaro Blue. Julio Samico - músico, cantor, compositor e professor de violão há mais de quarenta anos. Participou de festivais como Frevança e Recifrevo nos anos 1980 e 90. Realizou apresentações em teatros e vários espaços culturais do Grande Recife e municípios da Zona da Mata e Agreste de Pernambuco. Foi ele quem iniciou os filhos no aprendizado do violão. Lançou seu primeiro álbum solo, Julio Samico e o Circo Voador, em 2016, com 12 canções autorais e show de lançamento no Sítio da Trindade, no Recife. Rodrigo Samico - produtor musical, compositor, arranjador, professor do Conservatório Pernambucano de Música, multi-instrumentista e mestre em Criação Musical e Sonora pela Université Paris 8 Fr. No Brasil, integra a banda Marsa – vencedora do festival Pré-AMP 2015, além do grupo Saracotia – indicado ao 24o Prêmio da Música Brasileira. Em 2021, lançou o álbum Voyage dans l'espace Temps Suspendu. Rogério Samico - cantor, compositor, multi-instrumentista, produtor musical e desenhista de som. Graduado em Sistemas para Internet pela Faculdade Marista do Recife em 2009 e pós-graduado em Produção Musical pela Aeso Barros Melo em 2013. Traz na bagagem duas décadas de bastidores e palcos da música brasileira, acumulando trabalhos com nomes como Lia de Itamaracá, Lula Queiroga, Di Melo, Maciel Salú, Marsa, Anselmo Ralph (Angola) e Lisa Papineau (EUA). Lançou o álbum visual Pássaro Blue em 2021. Serviço Show Os Samicos Local: Teatro de Santa Isabel – Praça da República, 233, Santo Antônio, Recife. Data: 17/06/22 – sexta-feira Horário: 20 horas Ingressos: R$ 20 (meia) R$ 40 (inteira) Classificação: Livre Venda antecipada no local das 9h às 17h, terça à domingo. Venda on-line na Sympla:

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Brasileiro demora 39 meses para procurar ajuda para depressão

Espera ocorre por falta de consciência de se tratar de uma doença (Da Agência Brasil) Brasileiros demoram, em média, 39 meses - ou seja, 3 anos e 3 meses - para procurar ajuda médica para tratamento de depressão. O dado faz parte de um levantamento realizado pelo Instituto Ipsos, a pedido da empresa farmacêutica Janssen, que ouviu 800 pessoas com ou sem relação com a depressão de 11 estados brasileiros. Apesar de os pensamentos suicidas terem incomodado cerca de 4 em cada 10 respondentes antes de buscar o diagnóstico, a demora em procurar ajuda especializada ocorreu, principalmente, pela falta de consciência de se tratar de uma doença (18%), por resistência (13%) e medo do julgamento, da reação dos outros ou vergonha (13%). Os dados foram apresentados em um workshop realizado na manhã de hoje (14), em São Paulo, onde especialistas no assunto falaram sobre a “Urgência da saúde mental: um outro olhar sobre a depressão”. Segundo a professora de psiquiatria da Faculdade de Medicina do ABC Cintia de Azevedo Marques Périco, a demora na busca por tratamento para a depressão pode trazer sérias consequências ao paciente. “O agravamento dos sintomas, a diminuição da eficácia dos tratamentos, a perda de anos produtivos, o impacto econômico e a severa diminuição da produtividade, e ainda prejuízo em seu convívio familiar e social são consequências da doença. A depressão precisa ser levada à sério”, afirmou Cíntia que também é integrante da Comissão de Emergenciais Psiquiátricas da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Dados da pesquisa demonstram ainda que há falta de entendimento das pessoas sobre a gravidade da doença e sobre seu impacto na vida do paciente e de todos ao seu redor. Apenas 10% acreditam que a depressão é uma doença com base biológica (e repercussões físicas no corpo). Outros 35% acham que a enfermidade não pode ser tratada com medicamento e 36% acreditam que, para superar a doença, é preciso força de vontade. Outro estudo recente, publicado na revista The Lancet, aponta que até 80% das pessoas afetadas pela doença no mundo sequer sabem de seu diagnóstico. Emergência psiquiátricaAtualmente, a depressão é considerada uma emergência psiquiátrica devido a sua relação com casos de suicídios e tentativas de autoextermínio. Estudos apontam que cerca de 97% dos suicídios têm ligação com transtornos mentais, especialmente a depressão. Apenas no estado de São Paulo, o Corpo de Bombeiros contabiliza, em média, sete tentativas de suicídio diárias. “Esses números são ainda mais altos, pois não estamos levando em conta as ocorrências do Samu e da Política Militar. Em muitos casos, suicídios poderiam ser evitados se as pessoas tivessem um olhar mais humanizado, reconhecendo a depressão como um transtorno mental que precisa de atendimento urgente e especializado”, disse o major Diógenes Munhoz que trabalha na corporação há 22 anos e atuou diretamente em 57 ocorrências de tentativas de suicídio. O major é ainda idealizador da Técnica Humanizada de Abordagem a Tentativas de Suicídio admitida e usada em mais de 17 estados pelo Corpo de Bombeiros. Depressão resistente ao tratamentoEm todo o mundo, especialistas têm estudado o crescimento de casos de pacientes com depressão resistente ao tratamento (DRT). Isso ocorre quando não há resposta satisfatória para, pelo menos, dois tratamentos anteriores administrados em dose e tempo adequados. Em geral, esses pacientes também apresentam ideação suicida. A depressão resistente ao tratamento (DRT) é um transtorno que impacta cerca de 40% dos pacientes brasileiros, segundo dados do estudo observacional TRAL (Treatment-Resistant Depression in America Latina), realizado na América Latina com quase 1,5 mil pacientes. Estudos apontam que pacientes com depressão podem ter um custo direto de 30% a 250% superior aos dos pacientes sem o transtorno, em casos de DRT, esse custo pode ser ainda superior, chegando a um valor 400% maior. Durante o workshop, os especialistas destacaram um novo medicamento para os casos resistentes que foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no final de 2019. De uso intranasal, o Spravato atua em uma nova via de neurotransmissores e deve ser aplicado em um ambiente hospitalar, segundo o professor de psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Humberto Corrêa, que liderou a condução de um dos estudos com o medicamento no Brasil. “Pode ser um hospital dia, uma clínica de infusão ou um hospital propriamente. O paciente não tem acesso direto ao medicamento, não sai com uma receita do consultório para ir à farmácia comprar. É a instituição hospitalar que providencia o medicamento e o profissional de saúde aplica no paciente que volta para casa após a aplicação”. O Brasil é o quinto país com mais incidência de depressão no mundo, apresentando um número de casos superior ao de diabetes, segundo Pesquisa Vigitel 2021, do Ministério da Saúde. De 2011 a 2019, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) calculou um aumento de 167% na utilização de serviços relacionados à saúde mental.

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Volume de Serviços em Pernambuco cresceu 15,5% no ano, mas caiu em abril

(Do IBGE) A pesquisa mensal de serviços de abril registrou uma queda de 3,9% no volume de serviços em PE em relação ao mês anterior. Na comparação com abril de 2021 houve crescimento de 18,5%. Esta queda no mês vem após uma alta de 13% no mês anterior, o que fez com que a base de comparação ficasse bastante elevada.  No acumulado do ano a taxa de crescimento do estado é de 15,5%, a 6ª maior do país. Com o avanço das flexibilizações e autorização para realização de eventos de grande porte, os serviços prestados às famílias foram mais uma vez destaques no movimento de recuperação, com crescimento de 35,8% em relação a abril de 2021. As atividades de transportes, serviços auxiliares de transportes e correio também foram apresentaram alta significativa de 31,3%. Já as atividades turísticas apresentaram resultado positivo de 2,3% em abril na comparação com março. Na comparação com abril de 2021 a alta é muito expressiva, 70,4%. O que se tem observado é que a retomada da atividade econômica no setor de serviços tem sido fortemente impactada pelas taxas de desocupação e redução do rendimento médio do trabalhador. Somado a isso há o impacto da inflação que reduz o poder de compra da população que precisa repensar e priorizar suas decisões de consumo. A Pesquisa Mensal de Serviços produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços no País, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação.

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