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Covid-19 atingiu 35% dos lares brasileiros no 1º trimestre

Dados são de pesquisa em 3.400 domicílios entre 15 e 31 de março (Da Agência Brasil) Nos primeiros três meses de 2022, mais de um terço dos lares brasileiros teve algum contaminado pelo coronavírus causador da covid-19. A revelação é do levantamento LinkQ, realizado pela empresa de pesquisas Kantar. As conclusões trazem ainda dados sobre aspectos comportamentais da população em meio à pandemia e à campanha de vacinação. Os resultados foram obtidos a partir de uma amostragem de 3.400 domicílios, de todas as regiões do país. Entrevistas presenciais com um dos moradores de cada residência foram realizadas entre 15 e 31 de março. Em 10% dos lares visitados, os pesquisadores foram informados que todos os residentes do imóvel foram contaminados nos três primeiros meses de 2022. Em outros 10%, o coronavírus foi contraído por apenas uma pessoa e em 15% houve alguns infectados. Ao todo, em 35% dos domicílios visitados, a covid-19 fez alguma vítima entre janeiro e março. Segundo dados do painel do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o primeiro trimestre deste ano foi o período em que o país assistiu a uma explosão de novos casos devido à disseminação da variante Ômicron. Ele concentra 25,1% de todas as 30,8 milhões de ocorrências registradas no país desde o início da pandemia. Por outro lado, apenas 6,1% das 665 mil mortes por covid-19 ocorreram nesses três meses. Como já mostraram diferentes pesquisas, a vacinação se mostrou capaz de reduzir o risco de morte. No final do primeiro trimestre, mais de 74% dos brasileiros já haviam recebido duas doses. No levantamento realizado pela Kantar, apurou-se que a campanha de vacinação alcançou quase todos os lares do país. Em 90% dos domicílios visitados, ao menos uma pessoa foi imunizada. Em apenas 7% ninguém se vacinou. Nos demais 3%, os moradores não declararam. ComportamentoOs resultados do levantamento indicam ainda uma cautela na retomada das rotinas pré-pandemia: 55% dos entrevistados discordaram da volta ao convívio social antes da vacinação, e 61% concordaram que, mesmo imunizados, devem continuar saindo apenas para atividades essenciais. Para 47%, a pandemia mudou hábitos de alimentação dentro de casa, enquanto 53% disseram que houve alterações em práticas alimentares fora do lar. O levantamento também revela que para 60% a vida financeira ou profissional foi afetada negativamente pela pandemia em algum momento.

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Prefeitura lança Programa Recife Cidade Leitora com foco na democratização dos livros

Primeiro equipamento, o Ponto de Leitura, foi entregue no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI), no bairro de Areias, e dispõe de acervo com mais de 500 títulos (Da Prefeitura do Recife | Foto: Rodolfo Loepert) O prefeito João Campos assinou um decreto, ontem (24), que criou o programa Recife Cidade Leitora, voltado para democratização do acesso ao livro. O ato foi realizado durante inauguração do primeiro equipamento da iniciativa: o Ponto de Leitura no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI), no bairro de Areias. A iniciativa também prevê a criação de edital para apoio financeiro às bibliotecas comunitárias, no mesmo contexto dos recursos viabilizados para manutenção da rede oficial. O cenário pandêmico da covid-19 e o fato de as últimas visitas ao hospital terem sido para tratar do tema foi lembrado pelo prefeito João Campos. "Vir com outro sentido, com um propósito como este, é motivo de muita alegria. É mais do que um símbolo, é uma efetividade, de levar a nossa rede de biblioteca para os demais equipamentos", reconheceu. "Quando a gente alinha os equipamentos que a Prefeitura já tem e a gente agrega os espaços como esse a gente potencializa a gente consegue ganhar escala. Fazer essa inauguração é muito mais do que um símbolo, é uma semente plantada. Uma biblioteca criada é uma janela de oportunidade. Com isso, a gente vai criar uma cultura na cidade de oportunidade de acesso", afirmou o prefeito João Campos. Em parceria com a Secretaria de Segurança Cidadã do Recife, o equipamento inaugurado nesta terça integra o programa Recife Cidade Leitora, que é uma extensão da Rede de Bibliotecas pela Paz, formada pelos equipamentos de leitura nas unidades dos Centros Comunitários da Paz (Compaz), além das bibliotecas públicas de Afogados e de Casa Amarela, como explica o secretário de Segurança Cidadã, Murilo Cavalcante. "É um espaço humanizado, coordenado pela Secretaria de Segurança Cidadã, para que o livro possa melhorar a vida e a autoestima de quem está internado neste hospital", definiu o gestor. A pasta está mapeando novos espaços para a criação dos próximos equipamentos. O local inaugurado conta com mais de 500 livros, revistas, livros terapêuticos de colorir e jogos para trazer bem-estar aos usuários do equipamento. O acervo foi totalmente pensado para atender ao público preferencial do hospital, as pessoas idosas, contando com obras literárias, de saúde, autoajuda, jogos de tabuleiro, memória e quebra-cabeça. "Para nós é uma alegria por termos o primeiro. Já customizamos a biblioteca, já temos carrinhos para levar os livros até os leitos para quem não estiver com condição de frequentar o espaço. Esse cuidado próximo, humanizado, potencializa a recuperação e o tratamento", frisou a secretária de Saúde, Luciana Albuquerque. O espaço funciona no turno vespertino, das 13h às 17h, e estará disponível tanto aos pacientes como aos acompanhantes e colaboradores do hospital. O espaço seguirá todas as medidas de biossegurança e todos os itens sempre passarão por um processo de higienização após a devolução. Morador do bairro de Casa Amarela, José Gomes da Silva, 91 anos, está internado fazendo tratamento por lesão de pele. Ele foi o primeiro paciente que chegou após a inauguração. Animado, não só reconheceu o bonito espaço criado como também elogiou a gestão municipal pelas ações de manutenção no local em que ele mora, na Rua Adalberto Guerra. "Aqui está tudo muito bonito e a minha rua vai ser um importante ponto de turismo", cravou. O Programa Recife Cidade Leitora chega para contribuir com o processo de humanização dos hospitais e outros espaços públicos, pois o aconchego do local e suas várias possibilidades de leitura e relaxamento poderão minimizar sentimentos de angústia, isolamento, fragilidade física e emocional. HOSPITAL EDUARDO CAMPOS DA PESSOA IDOSA - Primeiro Hospital do Norte-Nordeste dedicado aos cuidados da população com idade de 60 anos ou mais foi inaugurado em 1º de outubro de 2020 e conta com uma estrutura com mais de 8 mil m² de área construída. Possui 72 leitos, sendo 62 leitos de enfermaria e 10 leitos de UTI, para atendimentos de média e alta complexidade. O Ambulatório conta com 13 consultórios, além de sala para procedimentos. Dispõe de Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico, com diversos exames disponíveis para população. Já o Bloco cirúrgico possui quatro salas de cirurgia e cinco leitos para recuperação pós-anestésica. Nestes anos de atuação, o hospital já promoveu mais de 8 mil procedimentos cirúrgicos, realizou mais de 65 mil atendimentos e mais de meio milhão de exames.

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Com investimentos de R$ 35 milhões, Max Day Hospital inicia operações em 2023 no Recife

Consolidado na Inglaterra e nos Estados Unidos, o modelo de “hospital dia” chega a Pernambuco com o Max Day Hospital. O empreendimento, pioneiro no Estado, está localizado dentro do Shopping RioMar, já em fase de obras e atenderá a procedimentos de pequena e média complexidade, que necessitem de curtos períodos de internação, visando um atendimento mais próximo e humanizado, além de redução de riscos hospitalares para o paciente. Com inauguração prevista para o primeiro trimestre de 2023, o empreendimento terá entrada independente e acesso ao mall e horário de funcionamento diferenciado do Shopping RioMar, atendendo das 6h às 22h. O Max Day Hospital ocupará uma área de 3 mil m², com centro cirúrgico novo e moderno composto por nove salas, incluindo salas de recuperação, além de 35 leitos. O investimento no projeto é 100% pernambucano e está estimado em R$ 35 milhões para a execução e a operação.

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IBGE faz concurso para contratar agentes para censo deste ano

São 133 vagas para trabalho em 114 municípios de 14 estados (Da Agência Brasil) O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) abriu processo seletivo para contratação temporária de 133 profissionais que trabalharão no Censo 2022. As vagas são para agente censitário de administração e informática, distribuídas em 114 municípios de 14 estados. Para se inscrever, é preciso ter ensino médio completo. O valor mensal da remuneração é de R$ 1.700, com direito a auxílio-alimentação e auxílio-transporte. A jornada de trabalho é 40 horas semanais, sendo oito horas diárias. A contratação tem duração de até cinco meses, podendo ser prorrogada. As inscrições podem ser feitas pelo site do IBGE até o dia 31 deste mês. Não será cobrada taxa de inscrição. O processo seletivo consiste na análise da titulação acadêmica dos candidatos. Das 133 vagas, 14 são reservadas para pessoas pretas ou pardas e três, para pessoas com deficiência. Mais informações sobre o processo seletivo simplificado podem ser encontradas no portal do IBGE.

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Suape Conecta apresenta estratégias corporativas
e de sustentabilidade às 224 empresas do território

Evento acontece hoje (25), no auditório do Cais do Sertão, no Recife. Na oportunidade, será assinado convênio com o Sebrae para estimular negócios com os fornecedores locais (Do Complexo de Suape) O Complexo Industrial Portuário de Suape realiza, hoje (25), das 9h às 12h, no Cais do Sertão, no Bairro do Recife, a segunda edição do Suape Conecta. O evento visa fortalecer o relacionamento com as empresas instaladas no território estratégico da estatal portuária. Também é a oportunidade para apresentar as ações e plataformas corporativas e de sustentabilidade implantadas na região, possibilitando a geração de novos negócios em sintonia com o equilíbrio socioambiental.O Suape Conecta contará com a participação de empresários, prefeitos, secretários municipais, representantes do Governo do Estado, da Assembleia Legislativa de Pernambuco e jornalistas. Estarão presentes, ainda, integrantes de entidades parceiras, como Senai, Sebrae, universidades, Capitania dos Portos, Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Copergás, Compesa, Neoenergia, entre outras.Os convidados poderão conferir um ambiente completamente pensado para apresentar as diversas iniciativas desenvolvidas por Suape de forma interativa. À disposição dos presentes, haverá um totem onde o novo App Suape será exibido com suas diversas funções, a exemplo do monitoramento das operações, notícias sobre o porto e informações sobre projetos. Uma mesa touchscreen estará disponível para visualização do território por meio do SuapeGEO, ferramenta que une várias tecnologias como geoprocessamento e geolocalização, consolidando informações sobre o território.No palco, o diretor-presidente de Suape, Roberto Gusmão, e os diretores da estatal comandarão a programação. O diretor de Desenvolvimento de Negócios da estatal, Luiz Alberto Barros, fará a apresentação da estratégia de atendimento às empresas, que culminará na assinatura de um convênio de encadeamento produtivo entre Suape e o Sebrae. O acordo prevê a promoção de ações que estimulem a estruturação de micro e pequenos negócios que possam atuar como fornecedores das empresas já instaladas no complexo, a exemplo do que ocorre em Goiana, na Zona da Mata Norte, com a fábrica pertencente ao grupo Stellantis, que produz veículos da Jeep/Fiat.Para Roberto Gusmão, o Suape Conecta é a oportunidade perfeita para estreitar esse relacionamento com as empresas após as dificuldades impostas pela pandemia. “Estamos vivendo um momento de retomada econômica no Estado após dois anos muito difíceis. Acredito que esse evento proporcionará uma aproximação ainda maior com todos os atores envolvidos no desenvolvimento do nosso porto e da nossa região. Temos uma previsão de grandes investimentos para os próximos anos e, junto com o Sebrae, vamos proporcionar um suporte ainda maior para as empresas com a chegada de fornecedores locais. Acreditamos que Suape está no caminho certo para se tornar, em pouco tempo, um dos três principais portos do Brasil”, pontua.Após a apresentação inicial do Suape Conecta, haverá o painel: “Práticas inovadoras e sustentáveis para a gestão empresarial”, com a participação de Camila Valverde, diretora de Impacto da Rede Brasil do Pacto Global; Roberto Abreu, diretor da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe); Jorge Jatobá, economista e sócio-diretor da Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan); Carlos Cavalcanti, diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Suape.; e o diretor de Desenvolvimento de Negócios, Luiz Alberto Barros.PROJETOSO Complexo de Suape também vai aproveitar a oportunidade para divulgar para as empresas o Projeto Tô na Feira, iniciativa criada para dar visibilidade às comunidades produtoras do território, divulgando e comercializando seus produtos, que vão desde frutas, hortaliças a artesanato. A partir desse projeto, o governo promove o empreendedorismo e o desenvolvimento econômico dos agricultores e artesãos participantes. O Tô na Feira é realizado periodicamente no centro administrativo de Suape. Ao longo do evento, serão exibidos vários vídeos dos projetos socioambientais e culturais desenvolvidos por Suape nas comunidades do território estratégico, a exemplo do Suape Incentiva, da Estação Compartilhar, Cine PE, entre outros.

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Trabalhadores

Grupo Trino oferta mais de 80 vagas de trabalho

Oportunidades estão distribuídas em Pernambuco, Bahia, São Paulo e Minas Gerais O Grupo Trino, empresa pernambucana especializada em recrutamento, seleção e terceirização em diversos serviços, está com 81 vagas de trabalho abertas em Pernambuco e filiais de outros três estados. As oportunidades são para setores operacionais, logísticos e administrativos, com início em julho. Das oportunidades disponíveis, 56 são para a unidade instalada no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. São vagas para auxiliar administrativo, operador de empilhadeira elétrica, auxiliar de operações, conferente, separador e auxiliar de estoque. Os candidatos devem morar na mesma cidade ou em Jaboatão dos Guararapes, além de ter disponibilidade de horários para turnos diurnos e noturnos. As vagas contemplam oferta de plano de saúde e refeitório no local e são extensivas para pessoas com deficiência. Interessados devem enviar currículo atualizado para o e-mail selecao@grupotrino.com.br, até o dia 25/5, informando o nome da vaga no assunto da mensagem. BAHIA, SÃO PAULO E MINAS Na Bahia, há sete vagas na cidade de Feira de Santana e outras duas em Simões Filho. Quem for de São Paulo, pode se candidatar para doze postos em Guarulhos. Já em Minas Gerais, são quatro chances para Contagem. Para estes três estados, é preciso que o trabalhador more na respectiva cidade. A empresa destaca que a abertura das vagas tem relação com a melhora da situação geral da pandemia no Brasil. "Tivemos um 'boom', com meses de melhora, então estamos com uma expectativa muito boa de que as coisas voltem a crescer e se normalizar", detalha Raldilze Bezerra, coordenadora de recursos humanos do Grupo Trino. Outras informações sobre oportunidades oferecidas pelo grupo podem ser acessadas através do site grupotrino.com.br/vagas-de-trabalho.

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Ingrid Zanella Foto Andrea Rego Barros

"Sou a realidade de 70% da advocacia que começa ganhando R$ 1 mil"

Ingrid Zanella, vice-presidente da OAB-PE, analisa a participação de mulheres e negros no judiciário e o combate às fake news nas eleições, afirma que há muitos cursos cuja qualidade de ensino não garante ao aluno passar no exame da ordem, e conta como teve sucesso ao investir no direito marítimo. Todos os anos, as faculdades formam um grande número de advogados que encontram dificuldades para entrar no mercado de trabalho. A trajetória da vice-presidência da OAB Pernambuco, Ingrid Zanella chama a atenção por conseguir escapar dessa estatística, mesmo não tendo uma família de advogados, como é comum no setor. Nesta conversa com Cláudia Santos, ela conta como viu no direito marítimo uma oportunidade de ascensão, analisa as possibilidades para ampliar a representatividade de gênero e racial na área jurídica, e aponta as perspectivas do futuro da profissão diante da transformação digital das lawtechs e dos demais setores econômicos. Fale um pouco sobre sua trajetória profissional. É verdade que a senhora não vem de uma família de advogados? Costumo dividir minha carreira em três vieses: a carreira relacionada ao ensino, como advogada e como atuante na política da OAB. Quando me formei – e acredito que isso ocorre com 90% dos alunos de direito – fiquei um tanto perdida. Não tenho origem jurídica, não tinha ninguém para me dizer: “venha aqui trabalhar comigo, tem uma vaguinha te esperando e, se fizer tudo certo, você vira sócia”. Então decidi traçar minha trajetória na vida acadêmica e como advogada, porque eu teria duas chances de dar certo. Quando saí da faculdade fiz a seleção para o mestrado na UFPE e passei. Como não tinha muito dinheiro, estudei tanto que passei em primeiro lugar para poder ter bolsa. Recebi a bolsa durante três meses, até que o professor Sérgio Torres, que é desembargador do Tribunal do Trabalho e era coordenador da Faculdade Boa Viagem, me convidou para dar aula lá. Como não podia acumular os dois recebimentos, larguei a bolsa, que era de R$ 1.200, para ganhar um salário de R$ 700 na faculdade, porque eu não podia perder a chance de ser contratada. Não era o salário. Era começar. Antes disso, durante a graduação, fui tripulante de navio, trabalhei três meses embarcada e adorei a vida náutica. Como a senhora foi trabalhar num navio? Quando era estudante, morei um tempo os Estados Unidos e quando retornei mantive a relação com alguns amigos de lá e um deles era filho de um agente marítimo. Um dia ele disse: “meu pai está agenciando um navio de Cruzeiro que está indo pra aí. Estamos refazendo a tripulação, se você tiver interesse em ser, por exemplo, chefe da contabilidade, você faz um curso na Capitania dos Portos, tira seu certificado”. Eu era estudante 6º período, ia ter a chance de viajar, entender uma nova realidade, fazer novos amigos. Aceitei na hora. Aprendi um monte de coisas e me apaixonei pelo navio e decidi atuar nessa área como advogada. Como estava na graduação ainda e não existiam cursos ou palestras sobre o assunto em Pernambuco, comecei a estudar o tema. Meu projeto de mestrado foi sobre o direito marítimo. Depois que fui contratada pela Faculdade Boa Viagem – olha só como é o mundo! – o agente marítimo que havia me contratado naquela época, estava com um navio preso no Porto do Recife. Ele me ligou, dizendo que precisava de um advogado para entrar com ação judicial. Estava com 700 passageiros a bordo e não sabia o que fazer. E eu era bem novinha, nunca tinha feito um mandado de segurança. Mas ali era uma oportunidade. Eu disse: eu faço esse mandado. Eu não tinha nem blazer para vestir (risos). Na época não havia processo eletrônico, liguei para a juíza e expliquei a ela que a causa era urgente porque isso era de uma sexta para o sábado. Não dormi, passei a noite fazendo a ação, fui despachar com a juíza e consegui a liminar. O agente marítimo ficou tão satisfeito que me contratou para prestar um trabalho mensal. Nesse momento, abri meu escritório em 2010, no primeiro ano de formada, com um cliente, rezando para ter outro. Como eu disse, não tenho origem jurídica, ninguém me indicava cliente. Comecei a perceber que precisava rodar o ambiente. Procurei a OAB, pedi uma reunião com Henrique Mariano, o presidente, e Catarina Oliveira, sua vice. Eles foram muito acessíveis, porque eu era uma jovem estudante, ninguém me referenciou ou pediu para eles me receberem. Propus a criação de uma comissão de direito marítimo porque era uma área de advocacia que precisava ser estimulada em Pernambuco. Todos os escritórios eram do Rio e São Paulo e tínhamos que mostrar que aquela área podia crescer: temos Suape, Noronha, o turismo. Eles gostaram do projeto e me nomearam para ser presidente da comissão. Foi uma outra surpresa. Tinha um ano de formada! Comecei a fazer eventos, me comunicar com outros advogados, chamar os estaleiros para discutir como Pernambuco poderia crescer mais no âmbito marítimo e portuário, além de pensar e desenvolver projetos também para a jovem advocacia. Como eu não tinha escritório, pensei no Projeto Co-office, que começou há cinco anos, porque era minha principal necessidade. Precisava de um lugar para atender clientes, fazer audiência. O projeto cresceu e na gestão passada, eu e Bruno (Baptista, ex-presidente da OAB) inauguramos no 5º andar um espaço compartilhado, com computador para advogados trabalharem sem pagar nada, onde podem fazer audiências, reuniões. O projeto foi tão de bem-sucedido que está sendo copiado em outros Estados. Bem, meu escritório foi crescendo. Depois de 10 anos, eu tinha parceria com muitos escritórios e acabei negociando com o Queiroz Cavalcanti. Hoje sou sócia titular deles, toda a minha equipe foi para dentro do Queiroz. Não foi uma escolha aleatória, eles têm 60% do corpo formado por advogadas e um comitê de diversidade, voltado para pessoas que se autoidentificam não só em relação à questão de raça, mas também de gênero e LGBTQIA+, além de focar em pessoas com

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Cinema Itinerante

Boticário leva Cinema itinerante para o bairro de Água Fria

O Boticário decidiu reinventar o tradicional “12 de junho”, em que se comemora o Dia dos Namorados no Brasil, para celebrar o Dia do Amor. Para tornar a data ainda mais especial, a marca inicia ainda em maio um cinema itinerante gratuito que vai percorrer diferentes cidades com uma programação especial de filmes de amor. A ação, pensada para o consumidor final, levará o clima de romance a oito estados brasileiros. Após início em 19 de maio na Bahia, segue por estados como Ceará, Piauí, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pernambuco e Espírito Santo, totalizando mais de 35 cidades que receberão a ativação para o mês mais romântico do ano. O Boticário leva hoje à noite, para o terminal de ônibus de Água Fria, o Cinema Itinerante. A estrutura comporta até 200 pessoas para assistir uma sessão do filme O Date Perfeito. Em cada praça o e-Truck chegará no dia da ação e oferecerá uma sessão gratuita às 18h (aos finais de semana) e 19h em dias de meio de semana. “Estar perto do nosso consumidor e, mais que isso, à sociedade é extremamente importante para o Boticário. Sempre falamos que somos a marca do amor e isso se reflete na nossa forma de nos relacionar com a sociedade, queremos estar verdadeiramente próximos e a cultura é uma excelente oportunidade para gerar essa conexão”, afirma Anderson Carvalho, Gerente Regional de Marketing do Boticário.

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Biografia do cineasta Rucker Vieira será lançada na Unicap

O livro Árida Luz Nordestina: o cinema de Rucker Vieira, biografia do fotógrafo e cineasta pernambucano, será lançado quarta-feira (25/05), às 18h30, no auditório Dom Helder Câmara, no térreo do Bloco A da Universidade Católica de Pernambuco. De autoria do professor e pesquisador Paulo Cunha, a publicação é fruto de uma pesquisa de mais de três anos, e resgata histórias, documentos e fotografias inéditas da trajetória desse cineasta que marcou a estética do Cinema Novo. Rucker Vieira foi o fotógrafo do documentário Aruanda, de 1960, dirigido por Linduarte Noronha. O curta foi saudado por Glauber Rocha como uma das principais influências estéticas do nascente Cinema Novo. Além do trabalho excepcional como fotógrafo, Rucker também dirigiu vários filmes, entre eles o clássico do documentário A cabra na região semiárida, de 1966. Segundo Paulo Cunha, Rucker Vieira viveu uma vida aventureira, repleta de peripécias, e foi indiscutivelmente um dos mais criativos cineastas brasileiros. "Essa biografia é um resgate dessa personalidade original, desse inventor verdadeiro, realizador de filmes incríveis, criador de uma forma única de registrar a vida do povo brasileiro”. O autor destaca também as descobertas feitas durante a pesquisa: “A biografia corrige muitas informações equivocadas que circulavam sobre Rucker, além de revelar fatos de sua vida privada e de sua trajetória profissional que só poucos tinham conhecimento, sem falar no material visual riquíssimo que conseguimos reunir”. Rucker Vieira nasceu em Bom Conselho, no interior de Pernambuco, em 1931. Estudou cinema em São Paulo, filmou e fotografou em diversas localidades da Bahia ao Maranhão, se fixou em Roraima na velhice e morreu no Recife, em 2001. Considerado por muitos críticos como um dos inventores da estética do Cinema Novo, ao lado do parceiro Linduarte Noronha, Rucker Vieira desenvolveu desde o final dos anos 1950 uma fotografia famosa pelo forte contraste e por um modo de ver inconfundível. O livro é apresentado pelo escritor e cineasta Fernando Monteiro, para quem "este livro de Paulo Cunha trata de um 'esquecido' muito especial, ou de um 'omitido' para que outros fossem lembrados, como se tudo se passasse numa corrida de cavalos puro-sangue e de jegues, nessa furiosa feira de vaidades do meio cinematográfico. Nele, o menino interiorano se tornou o adulto que viria a desprezar o 'brilho' externo, praticamente ignorando a busca de carreiras, empregos e prêmios”. No lançamento na Unicap haverá uma roda de conversa em torno da obra de Rucker Vieira e da importância do cinema documental brasileiro. Participarão, além de Fernando Monteiro, o professor e pesquisador Alexandre Figueiroa e a cineasta Adelina Pontual. Com 358 páginas, Árida Luz Nordestina traz 346 imagens, entre registros familiares de Rucker Vieira, fotografias de filmagens e fotogramas de vários dos filmes que ele dirigiu ou em que ele trabalhou como fotógrafo. “Foi o resultado de um grande esforço para recompor uma trajetória genial no cinema brasileiro, uma tentativa para garantir que Rucker Vieira tivesse uma biografia que pelo menos se aproximasse de sua contribuição para a cultura audiovisual do Brasil”, afirma Paulo Cunha. SERVIÇO: Árida Luz Nordestina: o cinema de Rucker VieiraAutor: Paulo CunhaEditora Contraluz, 358 páginasPreço: R$ 50,00Lançamento dia 25 de maio de 2022Local: Auditório Dom Helder CâmaraBloco A da Universidade Católica de Pernambuco - térreo numa promoção do Curso Superior de Fotografia

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Pernambuco precisa qualificar 250 mil trabalhadores em ocupações industriais até 2025

(Do Sistema Fiepe) Até 2025, o estado do Pernambuco precisará qualificar 250 mil pessoas em ocupações industriais, sendo 54 mil em formação inicial – para repor inativos e preencher novas vagas – e 196 mil em formação continuada, para trabalhadores que devem se atualizar. Isso significa que, da necessidade de formação nos próximos quatro anos, 78% serão em aperfeiçoamento. As ocupações industriais são aquelas que requerem conhecimentos tipicamente relacionados à produção industrial, mas estão presentes também em outros setores da economia. O mercado de trabalho passa por uma transformação, ocasionada principalmente pelo uso de novas tecnologias e mudanças na cadeia produtiva; e, cada vez mais, o Brasil precisará investir em aperfeiçoamento e requalificação para que os profissionais estejam atualizados. Em todo o país, a demanda é de 9,6 milhões de trabalhadores qualificados. Os dados e a avaliação são do Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, estudo realizado pelo Observatório Nacional da Indústria para identificar demandas futuras por mão de obra e orientar a formação profissional de base industrial no país. A demanda por formação no estado por nível de qualificação será de: Nível de qualificação Demanda Qualificação (menos de 200 horas) 128.478 Qualificação (mais de 200 horas) 56.653 Técnico 45.251 Superior 20.107 TOTAL 250.489 Em volume, ainda prevalecem as ocupações de nível de qualificação, que respondem por 74% do emprego industrial no Brasil hoje. Contudo, chama atenção o crescimento das ocupações de nível técnico e superior, que deve seguir como uma tendência. Isso ocorre por conta das mudanças organizacionais e tecnológicas, que fazem com que as empresas busquem profissionais de maior nível de formação, que saibam executar tarefas e resolver problemas mais complexos. As áreas com maior demanda por formação são: Transversais, Construção, Metalmecânica, Logística e Transporte, e Têxtil e Vestuário. As ocupações transversais são aquelas que permitem ao profissional atuar em diferentes áreas, como técnico em Segurança do Trabalho, técnico de Apoio em Pesquisa e Desenvolvimento e profissionais da Metrologia, por exemplo. Estudo avalia estimativas e cenário político, econômico, tecnológico e de emprego O SENAI é a principal instituição formadora em ocupações industriais no país. Para subsidiar a oferta de cursos, em sintonia com as demandas por mão de obra do setor produtivo, o Observatório Nacional da Indústria desenvolveu a metodologia do Mapa do Trabalho Industrial, referência no Brasil. O estudo é uma projeção do emprego setorial que considera o contexto econômico, político e tecnológico. Um dos diferenciais é a projeção da demanda por formação a partir do emprego estimado para os próximos anos. Para esse cálculo, são levadas em conta as estimativas das taxas de difusão das novas tecnologias nas empresas e das mudanças organizacionais nas cadeias produtivas, que orientam o cálculo da demanda por aperfeiçoamento, e uma análise da trajetória ocupacional dos trabalhadores no mercado de trabalho formal, que subsidiam o cálculo da formação inicial. Um trabalho de inteligência de dados e prospectiva que deve subsidiar ações e políticas de emprego e educação profissional. O estudo agrupa as ocupações industriais em 25 áreas. Abaixo, as que mais precisarão formar até 2025: Áreas com maior demanda por formação (inicial + continuada) Área Demanda Transversais 48.470 Construção 40.236 Metalmecânica 32.139 Logística e Transporte 31.089 Têxtil e Vestuário 21.335 Alimentos e Bebidas 17.700 Tecnologia da Informação 10.198 Automotiva 8.768 Eletroeletrônica 6.724 Gestão 6.149

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