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Recife meu amor

Megamurais no Recife: Galeria de arte a céu aberto

Além de embelezar o centro, o edital Megamurais favorece a revitalização da região e também contribui para a valorizar e dar oportunidades aos artistas urbanos *Por Rafael Dantas Que o Recife é um berço da arte, não é novidade para ninguém. O que surgiu como uma inovação em meio aos edifícios dos seus bairros centrais são os megamurais em homenagem às manifestações musicais locais, que começam a embelezar a cidade e a impulsionar a visibilidade do grafite recifense. A partir de um edital público, foram selecionados 24 projetos para dar mais cores ao cinza urbano da Boa Vista. A capital pernambucana foi escolhida há três anos pela Unesco como um dos destinos globais da música, unindo-se à Rede de Cidades Criativas. A iniciativa já ganhou as fachadas de nove prédios e até o final do ano outras construções receberão a criatividade e a assinatura dos artistas urbanos. O projeto dos megamurais no Recife, idealizado em 2021, tem como objetivo transformar a paisagem urbana da cidade por meio da arte. A iniciativa, coordenada pelo Gabinete de Inovação Urbana da Prefeitura do Recife, em parceira com o Recentro, busca revitalizar espaços públicos e criar uma verdadeira galeria de arte a céu aberto. A previsão é que, até o final do ano, o circuito tenha até três novas obras de grande escala. Além de embelezar o Centro da cidade, a secretária-executiva, Flaviana Gomes, ressalta o impacto positivo do projeto. “A arte tem esse poder de transformação, de atrair o turista e impactar a economia criativa, a cultura e o conhecimento.” Ela ressalta que a iniciativa também promove a inclusão social, pois muitos artistas envolvidos vêm de periferias e trazem suas histórias e forças para as criações que vão marcando a paisagem urbana dos recifenses. O esforço do Recife de investir nesses megamurais faz parte de uma tendência crescente de utilizar murais gigantes como uma forma de revitalização urbana em cidades ao redor do mundo, segundo o professor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas, Thiago Soares. Essa prática visa a transformar áreas urbanas cinzentas e sem vida, marcadas pela predominância de concreto, em espaços vibrantes e visualmente atraentes. “A elaboração dos murais na cidade coloca o Recife dentro de um circuito um pouco mais global, que eu acho que no Brasil teve início em 2016, na ocasião dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, quando o grande muralista Eduardo Kobra pintou uma série de murais numa área que era muito árida no Rio de Janeiro.” O pesquisador avalia que a presença dessa arte em grande escala nas fachadas de prédios e em espaços públicos promove uma conexão mais profunda entre os cidadãos e a cidade. RECONHECIMENTO PARA A ARTE URBANA As telas gigantes estão mudando a concepção da cidade acerca do trabalho desses artistas urbanos. Essa é a percepção que eles relatam após executar os painéis. Uma maior compreensão da manifestação artística do grafite e, mesmo, mais oportunidades de trabalho são mencionados por todos. “Cada megamural entregue repercute na cena artística como um todo, não só dos coletivos artísticos. Reverbera para a classe”, ressalta Flaviana. Essa abordagem valoriza a arte urbana e fortalece os vínculos entre a cultura local e a população. Um dos nomes que teve a oportunidade de assinar um megamural na cidade foi Marquinhos ATG, nome artístico de José Marcos Santos. O projeto Recife Meu Amor, no Edifício Santa Apolônia, proporcionou um reconhecimento maior do seu trabalho no cenário artístico, abrindo portas para novas oportunidades. Ele consolidou parcerias importantes com empresas, como a Iquine, e ampliou seu portfólio com projetos de grande escala. “Meu maior projeto é levar minha arte para cada vez mais lugares, para mais longe”, diz Marquinhos, expondo o desejo de ampliar o alcance da sua arte. O trabalho de Marquinhos ATG, marcado por temas como o ser feminino e a religiosidade, já tem atravessado fronteiras. Seu talento e dedicação o levaram a realizar murais em diversas cidades do Brasil, como Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Fortaleza. A participação no projeto dos Megamurais trouxe ainda mais legitimidade para a trajetória de Micaela Almeida. Ela tem observado um aumento no respeito pela arte urbana no Recife, que antes enfrentava preconceito. Ela é a autora do painel Naná Vasconcelos, Sinfonia e Batuques. A obra de Micaela Almeida preenche nada menos que 200 metros quadrados do Edifício Guiomar, que fica em frente ao Parque 13 de Maio e bem próximo da Faculdade de Direito do Recife. “Profissionalmente falando, é um trabalho que fica mais exposto, isso traz um reconhecimento da mídia e da população, legitimando minha trajetória. Além dessa legitimação profissional, vemos pessoas respeitando mais a arte em si, vendo a importância do impacto da arte na cidade.” A seleção para participar de um festival internacional com mulheres no Peru é uma das novidades na sua carreira após expor sua obra a um público tão amplo na capital pernambucana. Ela foi uma das poucas grafiteiras do Brasil selecionadas e a única do Nordeste. BOLHAS “FURADAS” E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL A participação de Nathê Ferreira no projeto dos Megamurais representou uma nova fase em sua carreira, trazendo uma maior dimensão ao seu trabalho. O painel Nossa Rainha já se Coroou, assinado por ela e por Fany Lima no Edifício Almirante Barroso, não apenas expandiu seu alcance artístico, mas também quebra barreiras, atingindo novos públicos. "O megamural furou bolhas, alcançando pessoas que nem sequer pensavam em grafite. Ele consegue atingir muito mais gente". Ela lembra que já teve prédios pintados em São Paulo, mas esse foi seu primeiro no Recife. Ela avalia que a experiência também contribuiu para o desenvolvimento de um mercado local para esse tipo de arte e de produção, um fenômeno que ainda estava em formação. O projeto está estimulando uma cadeia de prestadores de serviços para esse segmento, segundo Nathê. Além de seu impacto artístico, a grafiteira vê essa arte como uma ferramenta de transformação social e econômica. Ela, que nasceu e foi criada no subúrbio de Jaboatão

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100 anos de Abelardo da Hora: o artista da beleza e da denúncia social

Com obras espalhadas pelas ruas e praças do Recife, Abelardo da Hora é lembrado no seu centenário por suas criações, que revelam flagelos como a fome, mas também a beleza feminina. No seu legado, está ainda a generosidade em formar novos talentos e levar a arte para o povo. *Por Rafael Dantas Esculturas, gravuras, cerâmicas, tapeçarias e até brinquedos são algumas das tipologias da arte por onde as mãos do artista Abelardo da Hora deixou sua marca. A obra imensa está distribuída por muitas praças, ruas e galerias – não apenas da capital pernambucana. Peças que, neste ano do centenário do seu criador, merecem um novo olhar dos recifenses e de quem visita a cidade. A criatividade e a habilidade desenvolvida como autodidata – embora tenha estudado na Escola de Belas Artes do Recife – estiveram a serviço de muitas missões, mas as principais foram a denúncia contra a desigualdade social e as suas paixões pelas mulheres e pela cultura local. Um dos grandes diferenciais das obras de Abelardo da Hora é o fato de muitas delas estarem nas ruas. Os Monumentos ao Frevo, na Rua da Aurora, o Maracatu, ao lado do Forte das Cinco Pontas, e os Retirantes, no Parque Dona Lindu, são apenas algumas das tantas que embelezam a cidade. Além das esculturas, o artista deixou muitos painéis em cerâmica espalhados pelo Estado. Eles estão, por exemplo, nas fachadas dos centros de saúde construídos durante o Governo de Eduardo Campos, como nos hospitais Miguel Arraes, Dom Helder Câmara e Pelópidas da Silveira. Mesmo aos estudiosos e apreciadores da sua arte, não é fácil escolher as principais obras, muitas delas doadas para a cidade. Todas elas com mensagens que respondiam às questões da humanidade nunca resolvidas ou às necessidades do seu tempo. Pouco conhecidos por sua assinatura, por exemplo, são os brinquedos do Parque Treze de Maio. Em uma época que os escorregos eram de madeira e que se registrou a colocação de giletes para machucar as crianças, Abelardo desenhou brinquedos de concretos para garantir a segurança dos pequeninos. “Ele foi um dos precursores do Modernismo no Brasil com sua escultura. Foi responsável por movimentos culturais de maior destaque do nosso Estado e participante dos mais relevantes do nosso País, como a Sociedade de Arte Moderna, o Ateliê Coletivo e o Movimento de Cultura Popular. Há quem diga que também é um precursor do Manguebeat, com sua Coleção Meninos do Recife, que ilustrou a edição Europeia de Geografia da Fome, de Josué de Castro”, destacou Lenora da Hora, filha do artista e presidente do Instituto Abelardo da Hora. A inovação, uma das marcas de sua vasta trajetória, foi mencionada em uma declaração que Abelardo fez ao Diario de Pernambuco em março de 1948, pouco antes da sua primeira exposição. “Sou o primeiro escultor pernambucano a fazer, ultimamente, uma exposição no Recife. Além dessa nota inédita, creio revestir-se a exposição de um cunho renovador para a escultura no Brasil. (…) É bastante atual. Os temas das minhas esculturas são na sua maioria o retrato deste após-Guerra.” Uma das obras icônicas dessa exposição inaugural é A Fome e o Brado. INFLUÊNCIA NA CIDADE E NA CLASSE ARTÍSTICA Uma das grandes contribuições do artista para a cultura pernambucana foi nas políticas públicas. Além de ter ocupado cargos do alto escalão da gestão municipal em diferentes momentos, Abelardo foi idealizador da lei municipal que estabelece a obrigatoriedade das obras de arte nas edificações. O marco legal previa que as construções na capital pernambucana, a partir de mil metros quadrados, deveriam destinar 1% do valor bruto da construção para instalação de uma obra de arte. A peça deveria estar em sua fachada. Nos últimos anos de sua vida, Abelardo reclamou que a lei não funcionava a contento pois muitos arquitetos estavam a simplesmente reproduzir formas geométricas e chamar de escultura. Ele defendeu em entrevista ao Diario de Pernambuco, em 2013, que deveriam ser criados critérios para aprovar as obras. Independentemente das críticas à aplicação mais recente dessa legislação, a sua instituição, há mais de 80 anos, tornou o Recife uma galeria de esculturas a céu aberto. Essa obrigatoriedade abriu mercado para muitos artistas na cidade. “Tinha um sentimento de democratizar a cultura e a arte, como o fez ao criar nos anos 1960 as Praças de Cultura. Seu interesse era levá-las para a rua, para que não ficassem elitizadas, apenas, nos recintos fechados das galerias e dos museus, para que todos tivessem acesso. A lei serviu de inspiração para outras cidades brasileiras e até para fora do Brasil”, disse Lenora. Sua preocupação de levar a arte para a cidade – e também de garantir trabalho para a classe artística local – está apontada desde o início da sua carreira. Em 1948, ele apresentou na sua exposição inicial, além das esculturas, maquetes para túmulos e mausoléus. Na ocasião recomendou aos pernambucanos que procurassem artistas locais para fazer essas obras fúnebres. “Gostaria que todos os pernambucanos que mandam fazer túmulos e mausoléus no Rio e em São Paulo soubessem que essas obras são executadas quase sempre por nortistas que residem no sul. E toda essa gente bem que podia mandar fazer estas obras por artistas de sua província. Assim ajudariam os pobres escultores a viver na sua terra, trabalhando e estudando. E garanto que ninguém seria explorado ou roubado.” No campo educacional, alguns dos mais destacados nomes das artes plásticas de Pernambuco foram alunos de Abelardo da Hora. Gilvan Samico, Aluísio Magalhães, José Cláudio e Francisco Brenannd foram alguns dos integrantes desse time. “Ele foi mestre de uma geração de artistas pernambucanos que se destacou em todo o Brasil. Tinha interesse em fundar uma faculdade de arte, para ensinar muitos jovens, nos mesmos moldes da que já tinha sido criada anteriormente e desmontada pela ditadura”, contou Lenora da Hora. Além dos nomes mais conhecidos que passaram por seus ensinamentos, o artista foi um promotor de muitas oportunidades de formação artística na cidade, como docente, em vários lugares até como voluntário. Apesar de ter vivido

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Retrospectiva: Pernambuco em Perspectiva discutiu os caminhos para o desenvolvimento do Estado

Projeto debate os desafios e oportunidades para o desenvolvimento de Pernambuco nas próximas décadas Em 2024, o projeto Pernambuco em Perspectiva, uma parceria entre a TGI, Rede Gestão e a Revista Algomais, se tornou um importante espaço de reflexão sobre o futuro do Estado. Com um enfoque estratégico e urgente, o projeto resgata discussões que começaram ainda na década de 50, com os estudos de Joseph Lebret, e traz à tona a necessidade de retomar o planejamento para o desenvolvimento de Pernambuco, especialmente em um momento de transformações globais aceleradas. Ao longo de diversos meses, o projeto produziu reportagens e conteúdos que abordaram questões relevantes para o futuro de Pernambuco, como a importância da recuperação da capacidade pública de planejamento e as soluções necessárias para o desenvolvimento sustentável, com foco no semiárido e na transição energética. Além disso, foram discutidos temas como inovação, educação e a importância de regenerar a economia para garantir um crescimento sustentável e inclusivo para o Estado. A série de reportagens e entrevistas, realizada pelos jornalistas Cláudia Santos e Rafael Dantas, também explorou os caminhos para o desenvolvimento da indústria, as oportunidades do cenário nordestino e as travas que ainda dificultam o avanço de Pernambuco em setores estratégicos. Com um olhar atento ao cenário local e global, o Pernambuco em Perspectiva se posicionou como um marco para o debate sobre as direções que o Estado precisa tomar para garantir um futuro próspero e equilibrado. Você pode conferir todas as reportagens no link Pernambuco em Perspectiva

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Revista Algomais conquista Prêmio Banco do Nordeste de Jornalismo

Série de reportagens sobre transição energética, assinada pelo repórter Rafael Dantas, foi a vencedora do prêmio em Pernambuco. Na imagem acima os jornalistas Fabiola Vasconcelos (Carta Capital) e Rafael Dantas (Revista Algomais) com o presidente Paulo Câmara e o superintendente Hugo Queiroz. (Foto: Heudes Regis) A revista Algomais foi destaque na edição 2024 do Prêmio Banco do Nordeste de Jornalismo em Desenvolvimento Regional. O jornalista Rafael Dantas, integrante da redação da publicação, venceu a categoria Estadual Profissional com uma série de reportagens que abordam o tema da transição energética no Nordeste. A premiação ocorreu em um evento realizado no Recife, onde o troféu foi entregue pelo presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara. O reconhecimento reforça o papel da Algomais como um veículo de referência na cobertura de temas econômicos e regionais. A cobertura premiada destacou os desafios e oportunidades da transição energética em Pernambuco, com foco no hidrogênio verde e nas matrizes eólica e solar. O texto abordou como o estado pode se posicionar como líder nesse mercado global, aproveitando sua base industrial, inovação tecnológica e recursos naturais. Especialistas ressaltaram a necessidade de um plano estratégico para atrair investimentos e fomentar tecnologias como a eletrólise, enquanto enfrentam gargalos como a disponibilidade hídrica. A matéria também explorou o papel do Brasil no cenário mundial de energias renováveis e os avanços necessários em mobilidade elétrica e infraestrutura. Além da Algomais, outro destaque pernambucano foi a jornalista Fabiola Mendonça, correspondente da Carta Capital. Ela conquistou o Grande Prêmio Nacional do Banco do Nordeste de Jornalismo com a matéria "Especial Nordeste: Transição energética e indústria verde". A entrega ocorreu no dia 3 de dezembro, em Fortaleza (CE), reconhecendo o trabalho que explora os impactos e oportunidades da transição energética na região.

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Fim de Ano Sem Sustos: Dicas para Proteger o Coração Durante as comemorações

Com a chegada das festas de fim de ano, a mesa farta e os encontros sociais muitas vezes levam a excessos que podem colocar a saúde do coração em risco, especialmente para pessoas com histórico de doenças cardiovasculares ou fatores de risco como hipertensão, diabetes, ou colesterol elevado. Este é um momento oportuno para fortalecer cuidados simples que ajudam a manter o coração saudável enquanto se aproveita as celebrações. Estudos apontam que, na véspera de Natal, o risco de infarto aumenta em 37% em comparação aos dias normais, e na noite de Ano Novo, o risco sobe cerca de 20%. Esses picos estão relacionados ao consumo excessivo de álcool, alimentos ricos em gorduras e sódio, além do estresse emocional típico daqueles prazeres, como ansiedade e angústia. Segundo o cirurgião cardiovascular do Real Instituto de Cirurgia Cardiovascular, (Ricca), Dr. João Paulo II, durante as festas, o consumo excessivo de alimentos ricos em sal, gordura e açúcar, além do aumento na ingestão de álcool, pode elevar a pressão arterial, causar retenção de líquidos e sobrecarregar o coração. “O estresse associado às viagens, compras e reuniões familiares também é um fator importante que pode desencadear problemas cardíacos, incluindo arritmias e, em casos mais graves, infarto“, esclarece. Além disso, o estresse combinado com excessos alimentares e mudanças bruscas na rotina cardiovascular pode sobrecarregar o coração, especialmente em pessoas com condições prévias, como hipertensão e doenças arteriais coronarianas. Para isso, a prevenção envolve manter moderação na alimentação e não consumo de álcool, bem como procurar momentos de relaxamento e equilíbrio emocional durante as celebrações. Essa abordagem pode reduzir os riscos e manter a saúde do coração em dia.

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Algomais vence o Prêmio Banco do Nordeste de Jornalismo

Rafael Dantas, da revista Algomais, vence categoria estadual, e Fabiola Mendonça, da Carta Capital, conquista prêmio nacional O Prêmio Banco do Nordeste de Jornalismo em Desenvolvimento Regional, edição 2024, reconheceu dois profissionais pernambucanos entre os vencedores deste ano. O jornalista Rafael Dantas, da revista Algomais, foi premiado na categoria Estadual Profissional pela série de reportagens sobre transição energética. A entrega do troféu ocorreu durante evento de confraternização do Banco com a imprensa, nesta sexta-feira (20), em Recife. Segundo Paulo Câmara, presidente do Banco do Nordeste, a premiação reforça o papel essencial da imprensa no fortalecimento das instituições e na promoção do desenvolvimento sustentável. “O jornalismo profissional é um pilar da democracia”, destacou durante a cerimônia. O trabalho de Rafael Dantas abordou de forma detalhada o impacto da transição energética no contexto regional, um tema estratégico para o futuro do Nordeste. Na categoria nacional, o Grande Prêmio foi conquistado pela jornalista pernambucana Fabiola Mendonça, correspondente da Carta Capital. Sua matéria, intitulada “Especial Nordeste: Transição energética e indústria verde”, foi celebrada pela profundidade na análise do setor e seu impacto na economia da região. A entrega do troféu nacional ocorreu no último dia 3, em Fortaleza, reforçando o protagonismo de Pernambuco no jornalismo de qualidade.

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ARIANO RIOMAR

Final do ano com agenda cultural cheia em Pernambuco

Dezembro celebra Ariano Suassuna com filme e exposição imersiva O legado de Ariano Suassuna ganha destaque neste dezembro no Recife com a estreia de "O Auto da Compadecida 2" e a exposição imersiva “O Auto de Ariano, o Realista Esperançoso” no RioMar Shopping. A mostra, maior do gênero no Brasil, ocupa 1.200 m² e explora a vida, obra e amores do autor por meio de cenografia detalhada, manuscritos, fotos raras e peças pessoais, proporcionando um mergulho único na cultura popular nordestina. O cineasta Guel Arraes, diretor do longa, visitou a exposição e destacou: "Faz você reviver e entrar no universo de Ariano. É surpreendente e imperdível para qualquer pessoa." Com 13 salas, a mostra ainda exibe objetos inéditos, como a cadeira e os trajes favoritos do escritor. Realizada pelo Luzzco em parceria com a família Suassuna e apoio do RioMar Recife, a exposição permanece aberta até 30 de janeiro, com ingressos a partir de R$ 35, disponíveis na plataforma Fever e no App do RioMar. Uma celebração imperdível da genialidade de Ariano. Festival Panela do Jazz retorna a Triunfo com programação cultural diversificada O Festival Panela do Jazz está de volta a Triunfo, no Sertão pernambucano, para uma edição repleta de atividades culturais gratuitas entre os dias 20 e 22 de dezembro. Realizado no Cine Theatro Guarany e em outros locais históricos da cidade, o evento apresenta uma programação que combina shows de música instrumental, masterclasses e a estreia da Feira Literária Germinar – Triunfo das Letras, ampliando o acesso à cultura local e nacional. Com curadoria de Antonio Pinhêiro e Lígia Fernandes, o festival contará com apresentações de artistas renomados como Paula Bujes, Luciano Magno Trio e Marco Cézar & Quinteto Chorado. Além disso, as masterclasses abordam temas como “Rabeca” e “Do Frevo ao Choro”, promovendo aprendizado sobre a música pernambucana. A feira literária, por sua vez, reúne estandes de livros, artesanato, oficinas e apresentações culturais, reforçando o compromisso do evento com a inclusão e a valorização da economia criativa. 29º Encontro de Cavalo Marinho celebra a cultura nordestina em Olinda O tradicional Encontro Nacional de Cavalo Marinho, idealizado por Mestre Salustiano, será realizado no dia 25 de dezembro, às 18h, na Casa da Rabeca, em Olinda, com entrada gratuita. A programação inclui apresentações de grupos como o estreante Cavalo Marinho Boi Estrela do Recife e outras atrações renomadas da região. Mantendo viva a tradição nordestina, o evento destaca terreiradas com músicas, improvisos e danças típicas do Cavalo Marinho, manifestação cultural vinculada às celebrações natalinas. O encerramento da programação acontece no Dia de Reis, em 6 de janeiro, também às 18h, com apresentações gratuitas. Cantata de Natal com crianças da Mata Norte na Livraria Jaqueira A Livraria Jaqueira, no Recife Antigo, recebe nesta quarta-feira (20), às 16h30, uma emocionante Cantata de Natal com 40 crianças do Projeto Minha Primeira Opção. A iniciativa, que promove o contato de crianças e adolescentes da Mata Norte com arte, cultura e direitos humanos, busca auxiliar no desenvolvimento pessoal e superação de dificuldades escolares em ambientes de jornada ampliada. O evento é gratuito e aberto ao público. Ferreira Costa celebra o Natal com workshop, música e chegada do Papai Noel O Home Center Ferreira Costa oferece uma programação especial gratuita para celebrar o Natal. Na loja da Tamarineira, haverá um Workshop de Receitas Natalinas nesta sexta (20), às 15h, em parceria com o Restaurante Fogão do Céu, ensinando pratos como filé de tilápia com batatas rústicas, além de uma Cantata Natalina do Movimento Pró-Criança no sábado (21), às 11h. Já na unidade da Imbiribeira, a magia do Natal será marcada pela chegada do Papai Noel, distribuição de brownies e a Parada Encantada, também no sábado, a partir das 10h. Espetáculo natalino e atrações especiais no Paulista North Way Shopping Neste sábado (21), às 17h30, o Paulista North Way Shopping apresenta a última sessão do espetáculo gratuito "Natal Cintilante", na Área Externa de Eventos, próxima ao Casarão. A peça traz a emocionante jornada de dois floquinhos de neve que se perdem e encontram personagens encantadores, destacando o espírito natalino de união e celebração. O shopping ainda oferece decoração temática, visitas ao Papai Noel na Praça de Eventos até 24 de dezembro e horário especial de funcionamento para garantir a melhor experiência aos visitantes. Shopping Costa Dourada recebe encontro Pokémon GO neste fim de semana O Dia Comunitário de Pokémon GO será realizado neste sábado e domingo (21 e 22), das 14h às 17h, no estacionamento do Shopping Costa Dourada, no Cabo de Santo Agostinho. Aberto a todas as idades, o evento inclui captura de Pokémons raros, interação entre jogadores e sorteios. Não é necessário inscrição prévia. Orquestra Capa Bode leva frevo e tradição pernambucana ao sertão paraibano Neste sábado, 21 de dezembro, às 19h30, a Orquestra Capa Bode se apresenta no Centro Cultural Banco do Nordeste de Sousa (CCBNB), na Paraíba. Em comemoração aos seus 135 anos, o espetáculo "O Sopro da Mata" trará frevo, maracatu e ciranda em uma celebração gratuita. Sob a regência do maestro João Paulo Ferreira da Hora, o evento destaca a conexão histórica e cultural entre Pernambuco e Paraíba. Considerada Patrimônio Vivo de Pernambuco desde 2010, a orquestra é reconhecida por seu papel na formação de músicos e preservação de gêneros tradicionais. O maestro João Paulo ressalta a importância do evento: "É raro uma orquestra de sopro circular pelo interior do Nordeste. Estamos honrados em levar nossa música a Sousa e interagir com a cena cultural local." Além de celebrar a longevidade da Capa Bode, o evento reforça os laços culturais entre os dois estados, homenageando nomes como Jackson do Pandeiro e Severino Araújo, que personificam essa rica troca cultural.

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Baile do Menino Deus. Arilson Lopes e Sostenes Vidal interpretam os Mateus. Credito Hans Manteuffel

O maior espetáculo natalino do Brasil chega ao Marco Zero em edição histórica

“Baile do Menino Deus” celebra 21 anos com Lia de Itamaracá, Maestro Spok e reflexões contemporâneas. Foto: Hans Manteuffel A magia do “Baile do Menino Deus: Uma Brincadeira de Natal” retorna ao Marco Zero, no Recife, com uma edição especial que promete emocionar o público. O espetáculo, que será realizado nos dias 23, 24 e 25 de dezembro, às 20h, é o maior evento natalino do país inspirado na cultura brasileira. Transmitido ao vivo pelo YouTube, o auto de Natal une talentos como Lia de Itamaracá, os maestros Spok e Forró, além de uma grande equipe artística que apresenta uma releitura abrasileirada e inovadora do nascimento do Menino Jesus. Celebrando 21 anos de história no Marco Zero e reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Recife, o “Baile” rompe com os tradicionais elementos importados e valoriza manifestações culturais brasileiras. Pastoris, maracatu, cavalo-marinho e cirandas ganham protagonismo no espetáculo, que já atrai mais de 70 mil espectadores anualmente. “Montar um espetáculo todos os anos em grande escala, ao ar livre, tudo executado ao vivo para milhares de pessoas nos enche de alegria. A 21ª edição será ainda mais surpreendente, trazendo cenas inusitadas que exaltam a força do teatro, da música e da dança com grande elenco”, destaca a diretora de produção, Carla Valença. Entre as novidades, o personagem José, interpretado pelo sanfoneiro paraibano Lucas Dan, terá fala pela primeira vez em 41 anos, declamando um poema de Manuel Bandeira. Lia de Itamaracá, chamada de “deusa e rainha da ciranda”, cantará a música da burrinha Zabilin, enquanto os maestros Spok e Forró fazem sua estreia no palco. “Estou muito feliz por participar do Baile, tão importante para a nossa cidade, o estado, o país”, elogia Spok. Serviço Baile do Menino Deus: Uma Brincadeira de Natal📅 De 23 a 25 de dezembro, às 20h📍 Praça do Marco Zero, Recife🎥 Transmissão ao vivo no dia 25 pelo canal no YouTube: Baile do Menino Deus🎟 Acesso gratuito | Classificação livre⏳ Duração: 80 minutos♿ Acessibilidade: Espaço para cadeirantes, audiodescrição e intérprete em Libras

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Sobrecarga no trabalho afeta 90% dos profissionais no Brasil

Estudo aponta os principais desafios enfrentados no ambiente corporativo e propõe soluções para um equilíbrio saudável Um levantamento recente realizado pelo LinkedIn revelou que 90% dos profissionais brasileiros se sentem sobrecarregados em suas atividades diárias. Além disso, 87% relatam enfrentar pressões intensas no ambiente corporativo, um cenário que afeta não apenas a saúde mental, mas também a produtividade e a qualidade de vida. Para André Minucci, mentor de empresários e especialista em gestão empresarial, os dados refletem uma falha estrutural nas organizações. “A sobrecarga é consequência de práticas que priorizam metas excessivas e ignoram a capacidade humana de absorver e processar demandas. Essa pressão contínua não só prejudica o colaborador, mas também gera impactos negativos nos resultados da empresa,” alerta o especialista. Transformação digital e outros gatilhos Entre as causas mais apontadas para a sobrecarga estão o aumento das demandas, prazos curtos e a falta de suporte adequado. A transformação digital, acelerada nos últimos anos, também agravou a situação, tornando comum a dificuldade de desconexão no ambiente de trabalho. Muitos profissionais prolongam suas jornadas para além do expediente oficial, o que compromete o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Além disso, a pesquisa destacou que gestores frequentemente subestimam os impactos da sobrecarga. “Há uma cultura que associa estar ocupado a ser produtivo, mas isso é um equívoco. Funcionários sobrecarregados tendem a cometer mais erros, ter menos criatividade e, no longo prazo, aumentar os índices de turnover,” reforça Minucci. Estratégias para reduzir a pressão Minucci aponta soluções práticas que podem ser adotadas tanto pelas empresas quanto pelos colaboradores para enfrentar o problema: Consequências da sobrecarga Os impactos da sobrecarga vão além da saúde mental, contribuindo para o aumento de doenças ocupacionais como a síndrome de burnout, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Minucci destaca que empresas que ignorarem o bem-estar dos funcionários enfrentarão dificuldades para reter talentos. “A nova geração busca equilíbrio e propósito. Negligenciar isso é caminhar para alta rotatividade e baixa competitividade no mercado,” alerta. A pesquisa reforça a necessidade de mudanças urgentes no ambiente corporativo para garantir o equilíbrio entre produtividade e saúde. Com estratégias adequadas e uma gestão humanizada, é possível transformar o trabalho em uma experiência mais positiva para todos.

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Itamaraca Arthur de Souza

Governo inicia reconstrução de ponte histórica na Ilha de Itamaracá

Obra integra revitalização do Litoral Norte com foco no turismo e mobilidade local. Foto: Arthur Souza O Governo de Pernambuco anunciou a reconstrução da ponte de acesso à Vila Velha, na Ilha de Itamaracá, região reconhecida por sua importância histórica e turística. A obra, que começa em janeiro de 2025, será realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) e conta com um investimento de R$ 1,3 milhão. A iniciativa faz parte de um esforço mais amplo para revitalizar o Litoral Norte, atraindo visitantes e fortalecendo a economia local. Segundo a governadora Raquel Lyra, a reconstrução da ponte complementa outras ações na região, como as obras na PE-001, que leva ao Forte Orange, e na PE-035, que conecta a ilha ao continente, totalizando R$ 34 milhões em investimentos. “Pernambuco tem riquezas únicas que fortalecem nosso turismo, e obras de infraestrutura impulsionam ainda mais essa indústria que tanto cresce”, afirmou a governadora. Além de reestruturar o acesso à Vila Velha, localizada na Trilha dos Holandeses, a nova ponte sobre o Rio Paripe beneficiará diretamente moradores e visitantes. “Essa obra em Itamaracá, tão importante para o turismo de Pernambuco, é mais uma das significativas entregas para fortalecer o turismo na região”, destacou Paulo Nery, secretário de Turismo e Lazer. Com previsão de conclusão em um ano, a ponte está localizada em uma área de proteção ambiental e faz parte de um sítio arqueológico tombado pelo Estado. O local, que inclui povoados e sítios históricos, é protegido por legislação específica, reforçando seu papel como patrimônio cultural de Pernambuco. Serviço:A obra terá início em janeiro de 2025, com previsão de término no mesmo mês de 2026.

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