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Cida Pedrosa celebra a cultura nordestina no livro Claranã

Nova edição é pela Cepe e será apresentada na Biblioteca Pública de Pernambuco hoje (30) A poeta pernambucana Cida Pedrosa relança, pela Cepe Editora, a segunda edição do livro Claranã, uma obra que marca sua estreia com poesias metrificadas e rimadas. Originalmente publicada em 2015, a nova edição, que será apresentada hoje (30 de julho) na Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco, mantém os 40 poemas que exploram temas como amor, solidão, fé e arte. Esta versão revisada traz atualizações estéticas e novas contribuições, incluindo um prefácio do renomado Antonio Nóbrega, e reflete a profunda influência da cultura nordestina na obra. Na reedição de Claranã, Cida Pedrosa incorporou sugestões de amigos e elementos da tradição popular, como a gemedeira e o galope à beira-mar, que enriqueceram o conteúdo poético. A autora, que se inspira em cordelistas e cantadores do Sertão, ajustou rimas e versos para aprimorar a métrica do livro, mantendo a autenticidade e o sabor das poesias populares que são a marca registrada de sua produção. O prefácio de Antonio Carlos Nóbrega elogia a habilidade de Pedrosa com a língua e a poesia rimada, destacando a necessidade de expandir a percepção da poesia popular além do regionalismo. Braulio Tavares, no prefácio da primeira edição, havia enfatizado a influência da poesia popular na vida cotidiana. Cida Pedrosa, advogada e vereadora no Recife, é uma figura proeminente na literatura brasileira, com uma carreira marcada por prêmios e uma sólida contribuição para a literatura e a cultura nordestina. Serviço O que: Lançamento de Claranã, em bate-papo de Cida Pedrosa com o jornalista e escritor Cícero Belmar Quando: 30 de julho (terça-feira) Hora: 18h às 21h Onde: Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco (Rua João Lira, s/n, Santo Amaro, Recife) Preço: R$ 40 (impresso) e R$ 20  (e-book)

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"Osman Lins dava sangue, suor e lágrimas por uma boa frase"

Angela Lins, filha do escritor pernambucano, conhecido por sua prosa inovadora, fala das comemorações do centenário dele e também da sua obra, considerada como uma das formadoras da ficção contemporânea brasileira. Ela também conta como era a relação do pai com a família e as suas incursões no audiovisual. Embora Lisbela e o Prisioneiro seja a obra mais conhecida de Osman Lins pelo grande público – muito em razão do sucesso da versão para o cinema –, o escritor pernambucano tem uma vasta produção literária que conquistou admiração e prestígio por sua escrita arrojada e sofisticada. Ganhador de vários prêmios e traduzido em diversos idiomas, Osman Lins desenvolveu uma prosa inovadora que, para muitos críticos, contribuiu para conceber a ficção contemporânea no Brasil, ao lado de Guimarães Rosa e Clarice Lispector. Como toda arte que ousa, suas criações, muitas vezes foram incompreendidas, como o romance Avalovara. Mas o experimentalismo poético do livro levou o argentino Julio Cortázar a dizer que se o tivesse escrito passaria 20 anos sem produzir outra obra. Esse filho de Vitória de Santo Antão, que faleceu em 1978 em decorrência de um câncer, faria 100 anos no último dia 5 de julho. Seu centenário tem sido comemorado em várias cidades e instituições e pode ser uma oportunidade para tornar Osman Lins – que ainda é pouco lido em seu Estado natal – mais conhecido do público-leitor. Cláudia Santos conversou com a filha do escritor Angela Lins sobre as comemorações, a relação que ele mantinha com a família e os desafios para conquistar uma sede no Recife para o Instituto Osman Lins. Também analisou a produção literária do pai e as criações para o teatro e a TV, como os roteiros para os episódios do programa Caso Especial, da Rede Globo, nos anos 1970. Como estão as comemorações do centenário de Osman Lins? A professora e pesquisadora Elizabeth Hazin, que é uma estudiosa da obra dele, elaborou um programa bem minucioso e interessante para um edital, mas recebi uma notícia muito chata de que a proposta não foi aprovada, embora tenham sido aprovadas outras duas que não abordavam a literatura. Então, uma coisa que eu não entendo é como uma pessoa pode preterir uma boa literatura? E não falo isso porque ele é meu pai, mas porque Osman Lins era uma pessoa que fazia questão de escrever muito bem, dava sangue, suor e lágrimas por uma boa frase e sempre gostava de incentivar a leitura. Além desse projeto, cujo edital não foi aprovado, há outras iniciativas dentro das comemorações dos 100 anos de Osman Lins? O professor Robson Teles, da Unicap, fez um programa de leitura para os meninos de escola pública do ensino fundamental, utilizando os livros de papai e de outros autores nacionais. Eu achei isso uma maravilha, perfeito. Papai ficaria feliz com essa iniciativa. Ainda dentro da celebração do centenário, o professor Robson promoveu um evento na Unicap. Também teve uma homenagem na Academia Pernambucana de Letras e outra na Academia de Letras de Paulista. Agora, no segundo semestre, terá uma programação em São Paulo e outra em Santa Catarina. Em Vitória de Santo Antão, onde ele nasceu, a prefeitura realizou um evento muito bom, muito emocionante, que eu gostei muito. O prefeito de Vitória, Paulo Roberto Arruda, que é o dono da Faculdade Osman Costa Lins, esteve em Dresden, na Alemanha, e recebeu um tratamento diferenciado quando descobriram que ele era da mesma terra de papai. Ele ficou tão grato que colocou o nome de papai na faculdade. E, em Vitória de Santo Antão, vai ter um instituto dedicado a ele. E como está o Instituto Cultural Osman Lins no Recife? O instituto não tem sede, só tem uma caixa postal no bairro de Casa Forte, que é um espaço coletivo. A gente aluga esse espaço e faz eventos lá, mas não é um local dedicado exclusivamente a Osman Lins. Há muitos documentos de papai, muita coisa do arquivo dele no IEB (Instituto de Estudos Brasileiros) lá da USP (Universidade de São Paulo) e na Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro. São mais de 5 mil itens. No Recife existe um acervo, mas está aqui no meu apartamento, não no instituto. Quais são as demandas do instituto? Precisamos de uma sede, mas não temos dinheiro. Com uma sede própria, poderíamos fazer oficinas, um teatro, alguma coisa que movimente a cidade, que reúna as pessoas, que cultive as letras. Mas, para conseguir uma sede é complicado. A gente poderia arranjar em regime de comodato. Mas eu já ouvi muitas promessas e, é como diz aquele ditado, “promessa só santo é quem atende”. Se eu fosse viver das promessas, estaria no melhor dos mundos. Já falei com alguns políticos. É chato dizer isso, não é? Agora, falando mais da personalidade dele, como era Osman Lins como pai? Era um pai maravilhoso porque tinha sensibilidade. Antes de falarmos, ele já percebia o que estávamos pretendendo. No começo ele era muito metódico, quando éramos crianças, fez uma lista determinando horários para a gente acordar, ir à escola, fazer tarefa, tomar banho, almoçar, brincar. Aí a gente fez uma rebelião e ele desistiu (risos). E ele também nos levava, todo fim de semana, para assistir a uma peça de teatro. O Recife já foi muito melhor nesse aspecto. Então, ele nos levava para o Teatro Santa Isabel, para o Trianon, o Moderno ou o Art Palácio e depois íamos para a sorveteria Gemba. Esse ritual se repetia porque ele passava a semana trabalhando, escrevendo, indo para o Banco do Brasil e o fim de semana era nosso. Além do teatro, ele nos levava para todos os programas diferentes que surgiam. A gente já visitou navios atracados no porto, fazíamos passeios de canoinha pelo rio, da Jaqueira até Dois Irmãos, para ver o pôr do sol. Ele também era muito compreensivo. Minhas duas irmãs mais velhas iam para a escola e eu ficava chorando porque queria aprender a ler, então ele me colocou para estudar

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Médicos Sem Fronteiras promove evento gratuito Transformações no Recife

De 30 de julho a 3 de agosto, a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) realiza o evento Transformações no Recife, oferecendo uma série de atividades gratuitas para a população. Com uma programação que inclui cinema, exposições, debates e lazer, o evento busca promover discussões sobre temas humanitários e unir pessoas com interesses variados. A abertura oficial será marcada pela exposição fotográfica "Pergunte ao Tempo", no Shopping Recife, destacando os 50 anos de atuação da MSF em mais de 70 países. Além da exposição, o Transformações traz uma palestra informativa sobre como trabalhar com a MSF, debates sobre os impactos da emergência climática em populações vulneráveis e uma sessão de cinema com documentários sobre a situação em Gaza. No dia 31 de julho, profissionais e recrutadores da MSF realizarão a palestra "Trabalhe com MSF" no Cinema da Fundação, Derby, enquanto o debate sobre mudanças climáticas será realizado no auditório da Fiocruz, na UFPE, no dia 1º de agosto. A sessão de cinema e debate sobre Gaza ocorre no dia 2 de agosto, também no Cinema da Fundação. O evento culmina com atividades de lazer e interativas no sábado, 3 de agosto. Na Feira da Aurora, os visitantes poderão experimentar óculos de realidade virtual para uma viagem imersiva pelos projetos da MSF, participar de contação de histórias e receber brindes. A organização também estará presente no Circuito SESC de Corrida, com um stand informativo celebrando a atividade física e a saúde, encerrando a semana de atividades em grande estilo. Agenda completa das atividades: Exposição Pergunte ao Tempo Pergunte ao Tempo é uma exposição fotográfica que traz registros marcantes dos 50 anos de Médicos Sem Fronteiras. As imagens, recentes e antigas, misturam o passado e o presente, deixando evidente que muitas crises humanitárias se repetem ao longo dos anos. Em mais de cinco décadas desde que a organização foi criada, o que mudou? Essa exposição tem muito a dizer. De: 30/07 a 25/08 Local: Shopping Recife, térreo – próximo ao Medical Center.   Horário: 9h às 22h de segunda a sábado / 12h às 21h aos domingosEndereço: R. Padre Carapuceiro, 777 - Boa Viagem, Recife.  Gratuito.   Palestra | Trabalhe com MSF Tem interesse em trabalhar com Médicos Sem Fronteiras, mas não sabe como? Quer descobrir como é o dia a dia nos projetos no Brasil e ao redor do mundo com quem viveu essa experiência? Esse encontro é para você! Profissionais e recrutadores vão contar como é atuar em MSF e como você pode se candidatar a uma vaga. Data: 31/07Horário: 19h Local: Cinema da Fundação - Derby / sala Aloísio Magalhães.Grátis.Para participar, inscreva-se aqui. Vagas sujeitas a lotação do espaço. Debate | Os impactos da emergência climática nas populações vulnerabilizadas  À medida que o Brasil e o mundo enfrentam desafios cada vez mais urgentes relacionados às emergências climáticas, é essencial compreender como a saúde pública e as diferentes populações estão sendo impactadas. Esse debate traz especialistas, médicos e acadêmicos para discutir quais são os impactos das emergências climáticas na saúde e quais são as soluções sustentáveis para enfrentar o problema. Data: 01/08/24Horário: 9h  Local: Auditório da Fiocruz PE (Universidade Federal de Pernambuco - Campus da UFPE, Av. Prof. Moraes Rego, s/n - Cidade Universitária, Recife – PE).Grátis.Para participar, inscreva-se aqui. Vagas sujeitas a lotação do espaço. Documentários com Debate | Gaza: juventude sob ocupação (2022) / Gaza antes de 7 de outubro (2024)  Sessão de cinema, com apresentação de dois documentários, seguida de debate. O primeiro, “Gaza: juventude sob ocupação”, de 2022, retrata a vida dos adolescentes na Faixa de Gaza, que nasceram durante o período de bloqueios, conflitos e escassez de itens essenciais. Em “Gaza antes de 7 de outubro”, o público assiste ao curta-metragem filmado em maio de 2023, que mostra alguns dos muitos desafios para se viver na região sitiada por Israel antes dos ataques de 7 de outubro. Após a exibição, haverá um debate sobre os filmes e sobre a atual escalada da guerra em Gaza. Data: 02/08/24 Horário: 19h Local: Cinema da Fundação – DerbyEndereço: Rua Henrique Dias, 609 - Derby, Recife. GrátisPara participar, inscreva-se aqui. Sujeito à lotação do espaço. Feira da Aurora  MSF estará presente na feira com stand cheio de atividades. O público poderá fazer uma viagem imersiva nos projetos de MSF ao redor do mundo sem sair de Recife, através dos óculos de realidade virtual. Também haverá distribuição de brindes e contação de histórias para crianças. Data: 03/08Horário: de 15h às 18hLocal: Rua da Aurora em frente à SEPLAG, 1377, RecifeAtividade gratuita e aberta ao público. Circuito SESC de Corrida  Celebrando a atividade física e a saúde, MSF marcará presença com um stand cheio de novidades e informações para o público presente. Faça uma visita após a corrida!  Data: 03/08Horário:  de 17h30 às 20hLocal: Av. Rio Branco, s/n Recife AntigoAtividade gratuita e aberta ao público presente, tanto inscritos na corrida quanto público passante.

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Gasto de turistas estrangeiros no Brasil bate recorde histórico

(Da Agência Brasil) Os visitantes internacionais movimentaram US$ 3,7 milhões, equivalente a R$ 20,9 bilhões no Brasil, de janeiro a junho deste ano. O valor é recorde para o período, pois ultrapassa o montante gasto no país no primeiro semestre de 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil. Até então, os seis primeiros meses que antecederam o Mundial de Futebol, naquele ano, detinham o melhor registro para esses meses, quando os viajantes injetaram cerca de US$ 3,5 bilhões (R$ 20,2 bilhões) na economia nacional. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central. Na comparação com o primeiro semestre de 2023, quando os estrangeiros movimentaram US$ 3,2 bilhões (R$ 18,2 bilhões) houve alta de 15,6%. Em nota, o ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que o Brasil tem se firmado com um destino atrativo, competitivo e valorizado no cenário internacional. “Estamos, cada vez mais, recebendo esses visitantes internacionais com uma diversidade incrível de experiências turísticas”, destacou. Visitantes O recorde de entrada de divisas caminha ao lado do aumento de turistas estrangeiros desembarcando no Brasil. De janeiro a junho deste ano, mais de 3,59 milhões turistas internacionais entraram no país para visitar destinos brasileiros. O número é 9,7% maior que o observado no mesmo período de 2023 e 1,9% acima do registrado em 2019. É o maior índice desde 2018, quando 6,6 milhões de estrangeiros visitaram o país. A expectativa do Ministério do Turismo é que este ano termine com marca superior ao recorde de 2018. O Rio de Janeiro teve o melhor resultado em uma década, recebendo 760,2 mil turistas internacionais no primeiro semestre, motivado, sobretudo, pelo carnaval, diz a Embratur. O crescimento foi de 19,89% em relação ao mesmo período de 2023 e já é o segundo maior da história, atrás apenas do ano da Copa do Mundo. Para o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo, o turismo internacional é uma potência econômica e está contribuindo para o desenvolvimento do Brasil. “Quando falamos dessa arrecadação histórica, falamos em geração de emprego e renda em todo o país, construindo uma economia que valoriza nossa cultura e gera sustentabilidade ambiental”, destaca Freixo. “Somos um país rico e, além de sol e praia, temos natureza, ecoturismo, afroturismo, gastronomia, cultura e muito mais. As pessoas estão vindo para cá para conhecer o que temos para oferecer e contando lá fora as experiências incríveis que viveram por aqui.” Voos Os voos internacionais continuam sendo a principal porta de entrada para os viajantes vindos de outros países. Nos seis primeiros meses deste ano, foram registrados 2.234.033 desembarques no Brasil. A Embratur pretende ampliar a malha aérea internacional, com a conquista de novos voos para destinos inéditos, além de ampliar a frequência em rotas já realizadas. O Programa de Aceleração do Turismo Internacional (Pati), lançado em março desde ano em parceria com a Embratur e o Ministério de Portos e Aeroportos, prevê a parceria público-privada com as companhias aéreas e aeroportos para aumentar o número de assentos e de voos internacionais com destino ao Brasil. O governo federal calcula que o Pati permitirá o aumento de 70 mil assentos em voos estrangeiros com destino ao Brasil, entre outubro deste ano e março de 2025. Ranking de 2023 No ano passado, a Argentina foi o principal país emissor de turistas para o Brasil, com 1,9 milhões de visitantes (32% do total). Em seguida, vieram Estados Unidos, com 668,5 mil (11%); Chile, com 458,5 mil (7,7%); Paraguai, com 424,5 mil (7,1%), e Uruguai, com 334,7 mil (5,6%). Na Europa, a França é o principal país emissor de turistas para o Brasil e aparece na sexta posição, com 187,5 mil turistas (3,1%), seguida de Portugal, com 158,5 mil (3%); Alemanha, com 158,5 mil (2,6%); Reino Unido, com 130,2 mil (2,2%); e Itália, com 129,4 mil (2,2%), completam o ranking dos dez maiores emissores de turistas para o Brasil, no ano passado.

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Monólogo de Cláudia Abreu é destaque no Teatro do Parque nesta semana

Com direção de Amir Haddad, ‘Virginia’ marca primeiro solo da atriz e sua estreia como autora teatral. No Recife, espetáculo será encenado de 2 a 4 de agosto. Foto: Pablo Henriques Claudia Abreu estreia seu primeiro monólogo, 'Virginia', no Teatro do Parque, Recife, de 2 a 4 de agosto. Dirigido por Amir Haddad, o espetáculo é inspirado na vida e obra de Virginia Woolf, resultado de cinco anos de pesquisa e experimentação. 'Virginia' marca também a estreia da atriz como autora teatral, trazendo à tona temas como o sofrimento humano, a criação artística e a condição da mulher, temas que Claudia explora com profundidade e maturidade. A peça surgiu a partir da profunda conexão de Claudia com a obra de Virginia Woolf, que começou em 1989 com a encenação de 'Orlando' e se aprofundou em 2016, quando a atriz mergulhou na leitura das obras, memórias e diários da escritora. Fascinada pela capacidade de Woolf de criar obras brilhantes apesar das dificuldades pessoais, Claudia transformou sua admiração em um texto íntimo e reflexivo, onde a escritora rememora momentos marcantes de sua vida e carreira, revelando seus afetos, dores e processos criativos. Amir Haddad, que já havia dirigido Claudia em 'Noite de Reis', trouxe ao projeto sua filosofia de liberdade criativa, permitindo que a atriz se tornasse autora de sua própria escrita cênica. O processo de criação incluiu improvisações e colaborações com a codiretora Malu Valle, resultando em uma peça que alterna fluxos de consciência para dar corpo às vozes que habitam a mente de Virginia Woolf. Com 'Virginia', Claudia Abreu apresenta um trabalho profundamente pessoal e artisticamente inovador, levando ao público uma reflexão sobre a vida, a arte e a condição humana.

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Governo de Pernambuco anuncia licitação para recuperação da PE-060

O Governo de Pernambuco publicou edital para a requalificação da PE-060, a principal via de acesso ao Litoral Sul do Estado. A licitação, anunciada no Diário Oficial da última sexta-feira (26), visa contratar uma empresa para executar as obras com um investimento de quase R$ 75 milhões em recursos estaduais. A recuperação da rodovia beneficiará mais de 400 mil pessoas dos municípios ao longo da estrada. A obra abrangerá um trecho de 85 quilômetros, começando na entrada da BR-101, em Cabo de Santo Agostinho, e seguindo até a divisa com Alagoas. Os serviços incluirão drenagem para evitar alagamentos, além de pavimentação e sinalização horizontal, vertical e turística. A requalificação é fundamental para o desenvolvimento econômico da região, melhorando o acesso ao Porto de Suape e às praias do Litoral Sul. A governadora Raquel Lyra destacou o compromisso com a recuperação rodoviária, mencionando que, em 18 meses de governo, foram requalificados 800 quilômetros de estradas com um investimento total de R$ 1,5 bilhão. O projeto foi discutido com prefeitos e deputados estaduais, com a presença de autoridades durante o anúncio em maio. As obras, coordenadas pela Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) e executadas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), beneficiarão municípios como Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Sirinhaém e Tamandaré.

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Taxa de juros afeta investimentos industriais em inovação

(Da Agência Brasil) Na próxima terça-feira (30), em Brasília, será iniciada a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI). Tem como meta elaborar uma nova estratégia nacional para todas as áreas de conhecimento. “O presidente Lula nos deu a incumbência de estudar o cenário de ciência, tecnologia e inovação para fazer uma proposta de estratégia e contribuir para um plano de ação”, explica o físico Sérgio Rezende, ex-ministro da pasta (2005-2010) e secretário-geral da conferência. Um dos eixos da CNCTI é a reindustrialização e apoio à inovação nas empresas. Desde o início dos anos 1980, diminuiu o peso da indústria de transformação no Produto Interno Bruto. Entre 2010 e 2021, a parcela de participação do setor caiu de 13,75% para 11,33% do Produto Interno Bruto (PIB). “É preciso um conjunto de medidas, e o que a gente espera é que gradualmente empresários, principalmente os mais novos, vejam os resultados, acreditem e tomem atitudes para o Brasil recuperar o seu sistema industrial, que já teve uma participação no PIB duas vezes maior do que é atualmente”, defende o secretário-geral da CNCTI. Na avaliação de Rezende, a desindustrialização brasileira foi acelerada com a ascensão manufatureira chinesa. “Com a grande produção industrial da China e com a produção de produtos mais baratos”, observa. O fenômeno atinge o Brasil e outros países. Aqui e em outros lugares, as empresas substituíram componentes que fabricavam por peças importadas. Com a evolução desse processo, algumas empresas são cada vez menos industriais e passam a ser cada vez mais importadoras e redistribuidoras de produtos para a rede de clientes que formaram. Mas para Rezende, há outro fenômeno. “Um segundo problema que nos persegue há muito tempo é a taxa de juros muito alta, que tem dois efeitos. Empresas raramente pegam empréstimos de bancos privados, nem para construção. Agora, muitos empresários preferem não fazer nada disso. Eles optam por investir no mercado financeiro”, opina. Juros altos Rezende está convencido da necessidade de diminuir a taxa de juros para haver mais inovação e crescimento. “Tanto para as empresas pegarem empréstimo para a expansão, quanto para os empresários investirem mais nas suas empresas”, observa. Atualmente, o Brasil tem a segunda maior taxa de juros real do mundo. Está apenas abaixo da Rússia - em guerra com a Ucrânia desde fevereiro de 2022 - e acima de outros países com grau de desenvolvimento próximo como o México, África do Sul e Colômbia. As propostas sobre reindustrialização e neoindustrialização a serem discutidas na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação começaram a ser debatidas em 13 seminários preparativos organizados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) entre dezembro do ano passado e março deste ano. Essas reuniões se somam a mais de 200 encontros e conferências locais e setoriais realizados como prévias preparatórias da CNCTI finalizadas até maio. Além do tema da reindustrialização e apoio à inovação nas empresas, a conferência terá como eixos “recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação”; “Ciência, Tecnologia e Inovação para programas e projetos estratégicos nacionais”; e “Ciência, Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento social.” Desde meados da década de 1990, a produção científica do Brasil tem avançado ano a ano. Mas, entre 2021 e 2022, o país reduziu o número de estudos publicados – de 80.499 artigos publicados para 74.570 textos científicos, queda de 7,4%. O país também sofre com a fuga de cérebros que vão trabalhar como pesquisadores no exterior e com o reduzido número de doutores formados - cinco vezes menos doutores do que a média da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação será realizada no Espaço Brasil 21, no Setor Hoteleiro Sul de Brasília. O evento poderá ser acompanhado virtualmente pelo Youtube. Interessados podem se inscrever para ter participação virtual, com direito a certificado, neste link.

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Inscrições abertas para oficina de iluminação cênica e dança para mulheres

Artistas da dança, especialmente coreógrafas, bailarinas e atrizes, já podem se inscrever para a oficina "Corpoluz Germinar para Florestar - Ramificando Narrativas como Dramaturgia Cênica Coletiva", promovida pela iluminadora cênica e artista da dança Natalie Revorêdo. Os encontros ocorrerão no Espaço Cênicas, no Bairro do Recife, entre os dias 12 de agosto e 18 de setembro, às segundas e quartas-feiras. A oficina culminará em um experimento cênico de dança, a ser apresentado no Teatro Marco Camarotti, Sesc de Santo Amaro, nos dias 28 e 29 de setembro, com ingressos por R$ 10 (inteira) ou absorventes, que serão doados para uma instituição que atende mulheres em situação de violência. Cinco artistas da dança, do canto e da performance facilitarão um dia de oficina cada uma, partilhando vivências e processos investigativos para a criação de obras cênicas. Natalie Revorêdo estará presente em todos os encontros, integrando corpo e iluminação como elementos vivos e complementares na dramaturgia. Ao final dos encontros, o grupo de artistas terá concebido uma obra artística em dança, onde cada participante estará envolvida em diferentes aspectos do espetáculo, como palco, trilha sonora, figurino e iluminação. O projeto, incentivado pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura-PE), visa oferecer uma oficina de qualificação e aperfeiçoamento, apresentando a iluminação e outras linguagens da cena como elementos essenciais na composição de obras cênicas. Natalie Revorêdo destaca que a oficina busca potencializar o corpo para a cena e fora dela, ampliando a visão criativa, profissional e política das participantes. A oficina também promoverá discussões e práticas para estimular o cuidado, o autocuidado e a rede de apoio entre as mulheres, utilizando técnicas de arte-terapia, educação somática e bioenergética. SERVIÇO:Aulas:Datas: segundas e quartas-feiras do dia 12 de agosto a 18 de setembroHorário: 14h às 18hLocal: Espaço Cênicas, Bairro do RecifeVagas: 30Critério para seleção: mulheres artistasInscrições: link na bio do Instagram @natalie.revoredoCulminância artística com apresentação de espetáculo:Datas: 28 e 29 de setembroHorário: 20hLocal:Teatro Marco Camarotti, Sesc de Santo AmaroIngressos: R$ 10 (inteira), ou absorventes, com renda a ser revertida para uma instituição que atende mulheres em situação de violência.

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Pernambuco celebra 200 anos da Confederação do Equador com seminário

O Governo do Estado de Pernambuco, por meio da Comissão Temporária para as Comemorações do Bicentenário da Confederação do Equador, em parceria com a Universidade de Pernambuco (UPE), o Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP), entre outras instituições, realizará o evento "Confederação do Equador e os Desafios da Cidadania e do Republicanismo no Brasil (1824-2024)". Financiado pela FACEPE - Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco, o seminário ocorrerá de 14 a 16 de agosto de 2024, na Escola Judicial - ESMAPE. O seminário contará com a participação de pesquisadores de diversas instituições do Brasil, que debaterão os desafios da cidadania e do republicanismo no contexto histórico da Confederação do Equador. Este evento é uma oportunidade única para refletir sobre os avanços e desafios enfrentados ao longo dos últimos 200 anos em relação à cidadania e ao republicanismo no Brasil. A participação é gratuita e a programação completa será divulgada em breve.

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A despedida de J. Borges, patrimônio pernambucano da xilogravura

Faleceu nesta sexta-feira (26), aos 88 anos, o renomado xilogravurista, cordelista, poeta e “patrimônio vivo de Pernambuco” José Francisco Borges, mais conhecido como J. Borges. Nascido em 1935 na cidade pernambucana de Bezerros, Borges manteve seu ateliê na mesma cidade ao longo de sua vida. Suas obras ganharam admiradores de peso, como o escritor Ariano Suassuna, e lhe renderam diversos prêmios, incluindo a comenda da Ordem do Mérito Cultural, o prêmio da Unesco na categoria Ação Educativa/Cultural, e o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco. J. Borges foi um artista de alcance internacional, com exposições realizadas nos Estados Unidos, França, Alemanha, Suíça, Itália, Venezuela e Cuba. Ele também ilustrou capas de livros de escritores renomados como Eduardo Galeano e José Saramago, e sua arte inspirou documentários e até mesmo o desfile da escola de samba Acadêmicos da Rocinha em 2018. Desde sua infância, quando talhava madeira para fazer colheres de pau e brinquedos artesanais, até sua dedicação à literatura de cordel a partir dos 21 anos, Borges sempre manteve um vínculo profundo com as tradições culturais do Nordeste brasileiro. A governadora Raquel Lyra emitiu uma nota de pesar, lamentando o falecimento do artista. "J. Borges levou Bezerros, o Agreste e Pernambuco para o mundo. E vai deixar uma saudade imensa. Mas a sua grandiosidade permanecerá aqui pelas mãos de seus filhos, discípulos e centenas de xilogravuras que representam tão bem a nossa cultura. Meus pêsames aos familiares e amigos." O presidente Lula também comentou, nas redes sociais, a morte de J. Borges. “Nos despedimos hoje de José Francisco Borges, o J. Borges, um dos maiores xilogravuristas do país. Autodidata, começou a trabalhar muito cedo no agreste pernambucano. Fiquei muito feliz de poder levar sua arte até o Papa. Meus sentimentos aos familiares, amigos e admiradores deste grande artista do nosso país”.

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