Revista Algomais, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 956 De 1070

Revista algomais

Revista algomais

Comércio estima crescimento de 2,5% nas vendas no Dia dos Namorados

O Dia dos Namorados deve movimentar no comércio brasileiro cerca de R$ 1,65 bilhão, já descontada a inflação. A cifra representa uma alta de 2,5% em volume de vendas em relação a igual período do ano passado. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O economista da CNC, Fabio Bentes diz que, se for confirmada essa expectativa de alta no Dia dos Namorados, “a gente vai interromper uma sequência de dois anos de queda nas vendas na data comemorativa”. No ano passado, as vendas para o Dia dos Namorados caíram 4,9% e, em 2015, recuaram 1,1%. Bentes avaliou que, embora o aumento projetado de 2,5% este ano seja um dado positivo, “ele sequer repõe a perda do ano passado”. Mesmo assim, entende que, se confirmado, o resultado deve ser comemorado, porque significa que o varejo está tentando se levantar da crise e isso começa a ocorrer com taxas modestas. Segundo Fabio Bentes, o sinal que as datas comemorativas estão dando para o varejo este ano – incluídas a Páscoa e o Dia das Mães – é de uma leve alta, devido à redução de preços em função da inflação baixa e, também, por conta de uma melhoria nas condições de crédito. “Os juros ao consumidor têm caído e isso tem propiciado um certo desafogo das prestações”. O economista da CNC disse que a prestação média de compra a prazo hoje está 5% menor do que há um ano. “E se a gente jogar a inflação em cima, esse recuo da prestação média acaba passando dos 9%”. Argumentou que grande parte do consumidor brasileiro não sabe bem o que é a taxa básica de juros Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, mas “sabe direitinho” o que é o tamanho de uma prestação. “A prestação hoje está cabendo mais no bolso do que cabia um ano atrás”. As projeções da CNC para a data comemorativa dos namorados foram feitas com base em dados oficiais da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de âmbito nacional. Inflação Bentes salientou ainda que a cesta de 25 produtos e serviços mais demandados nessa época do ano pelos namorados teve inflação nos últimos 12 meses de 4,8%. “É a menor inflação para esse grupo específico de produtos em dez anos. Desde 2007, a gente não tem uma inflação tão baixa para esse grupo específico de produtos”. Esse fator explica também a previsão de aumento do volume de vendas na data comemorativa, acrescentou. Considerado carro-chefe das vendas associadas ao Dia dos Namorados, o segmento de vestuário e acessórios deverá movimentar R$ 564 milhões, alta de 3,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O segmento representa 37% das vendas totais do varejo nessa data. Joias No segmento de joias e bijuterias, a perspectiva é que o Dia dos Namorados impulsione as vendas em cerca de 10%, em comparação ao ano passado, desbancando, inclusive, os segmentos de chocolates e cosméticos. Essa é a expectativa da Associação de Joalheiros e Relojoeiros do Rio de Janeiro (Ajorio). A diretora executiva da entidade, Ângela Andrade, aposta que as vendas deverão “disparar” neste final de semana. Lembrou que o Dia dos Namorados é a terceira data mais importante do ano para o setor, perdendo apenas para o Dia das Mães e o Natal. “Sempre há um movimento de turistas no Rio de Janeiro que deve impulsionar as vendas no fim de semana, principalmente nas lojas dos aeroportos e pontos turísticos”, externou. No setor de moda, a expectativa é de que os investimentos no comércio eletrônico e as promoções ajudem a aumentar as vendas das pequenas empresas. “Esperamos que também influencie positivamente nas vendas para o Dia dos Namorados”, disse a coordenadora de moda do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Rio de Janeiro (Sebrae-RJ), Fabiana Melo. (Agência Brasil)

Comércio estima crescimento de 2,5% nas vendas no Dia dos Namorados Read More »

Cooperativas do Vale do São Francisco driblam a recessão, inovam e crescem

Pernambuco possui mais de 134 mil pessoas integradas em alguma cooperativa. Ao todo são 264 organizações cooperadas no Estado, que são responsáveis pela geração de quase cinco mil empregos. Os ramos são diversos, indo da fruticultura irrigada ao setor de transporte ou crédito. Esse é um movimento que tem fortalecido principalmente as pequenas e médias empresas, que juntas ganham escala e a possibilidade de ocupar espaços no competitivo mercado global. Um dos cases de maior sucesso em solo pernambucano é o das empresas de produção de uvas e mangas no Vale do São Francisco. Nos centros urbanos, as cooperativas médicas, Unimeds, são a marca mais conhecida.   Uma das organizações que tem atravessado a crise com acelerado crescimento é a Coopex Vale (Cooperativa de Produtores e Exportadores do Vale do São Francisco). Com 27 cooperados e 400 hectares de terras, ela alcançou em 2016 um faturamento de R$ 63 milhões. Esse resultado bateu em 30,3% os números de 2015, quando faturou R$ 48,4 milhões. “Para 2017 projetamos um salto para R$ 75 milhões”, afirma o diretor Jailson Lira. Para alcançar esse desempenho a cooperativa investiu em inovação, com a oferta de novas variedades de uvas. Há três anos a Coopex Vale investiu na espécie de uva Arra 15, desenvolvida na Califórnia. Mesmo pagando royalty de 6% por cada quilo de produção para os norte-americanos, a novidade caiu no gosto da clientela brasileira e europeia e tem avançado no mercado. Outra nova variedade é a BRS Vitória, uma uva preta, desenvolvida pela Embrapa, bastante doce e com aroma agradável. A entrada mais forte no mercado brasileiro da Coopex Vale se dá com a criação da marca Gota de Mel. A inspiração para lançar as novas espécies de uva veio dos melões de redinha, que ofertam produtos selecionados, com um maior valor agregado. “Um dos nossos diferenciais tem sido levar a mesma qualidade que oferecemos na exportação para o mercado brasileiro”. Outro player de destaque na frutivinicultura no Vale é a Cooperativa Agrícola Nova Aliança (Coana). Composta por cinco famílias de origem japonesa, eles dispõem de uma área de produção de 500 hectares entre uvas e mangas. “A cooperativa faz a aquisição de insumos e embalagens. Esse trabalho conjunto nos faz comprar bem. Para o pequeno produtor esse é o único caminho para se manter competitivo. A nossa estrutura oferece também a câmara fria. Somos responsáveis por 100% da comercialização dos produtores”, afirma o presidente Edis Matsumoto. Atualmente, 65% das uvas da Coana são para o mercado interno, enquanto que 35% vão para o exterior. Já em relação às mangas, 60% são exportadas e 40% ficam no País. Além da produção anual de 6 mil toneladas de uvas e 4 mil toneladas de manga, a Coana se diferenciou ao investir na produção do suco de uva Terra Sol (integral, sem adição de água ou açúcar). “Nos últimos 10 anos, o mercado para esse segmento de suco cresceu numa média de 15% ao ano”, afirma Igor Sileni, gerente de operações da empresa que produz 500 mil litros por ano e já faz testes para oferecer também suco orgânico. Em 2016, o faturamento com a comercialização para o mercado externo foi de R$ 23 milhões, enquanto que para o mercado interno atingiu R$ 17 milhões. “Nossa maior aposta agora é o consumidor do Brasil. Projetamos que em cinco anos chegaremos a um faturamento de R$ 55 milhões para o mercado brasileiro e R$ 35 milhões nas exportações”, afirma Matsumoto. Entre as cooperativas urbanas, o segmento de crédito tem alcançado resultados bastante promissores. O Sicredi (Sistema de Crédito Cooperativo) do Vale do São Francisco fechou o ano de 2016 com 3.176 associados. Ela dispõe de duas agências em Petrolina e uma em Juazeiro. A organização fechou o ano passado com um ativo total de R$ 73.757 milhões, que representou uma evolução de 17% em relação a 2015. “Nos bancos o usuário é um cliente, na cooperativa é o próprio dono”, diferencia o presidente do conselho de administração, Antônio Vinicius Ramalho. O presidente da OCB-PE ressalta que há um engajamento maior dessas cooperativas com o desenvolvimento local, quando comparados com as instituições bancárias. “As cidades com cooperativas alcançam IDH melhores”, afirma Malaquias. Uma das marcas do Sicredi em todo o País, por exemplo, é o apoio à agricultura familiar. Por três anos consecutivos a organização foi o agente financeiro com maior volume de operações de investimento no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). No ano agrícola 2015/2016 foram realizadas 11 mil operações, que movimentaram R$ 567 milhões em investimentos. A cooperativa estima fechar 2017 com a liberação de cerca de R$ 10,6 bilhões, em 185 mil operações, entre custeio e investimentos em todo Brasil. A cooperativa médica Unimed está construído o hospital Unimed Petrolina. Com o investimento de R$ 20 milhões, a unidade hospitalar será a maior da região, com 200 leitos. A primeira etapa da obra, que terá 30 leitos, será inaugurada em outubro. Com 400 médicos associados, a cooperativa tem uma carteira de 62 mil usuários. A rede já possui um hospital próprio da região do Vale do São Francisco, o Unimed Juazeiro, que dispõe de 79 leitos. “Somos a maior operadora da região. No ano passado tivemos um crescimento de 4% na quantidade de usuários. Esse foi inclusive um desempenho menor, devido à taxa elevada de desemprego. A nossa média de crescimento era de 6,5% a 8% por ano”, relata o gerente comercial Ítalo Barbosa. Para fortalecer o movimento do cooperativismo em Pernambuco, a OCB-PE investe em formação. A organização é responsável pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), que integra o Sistema S, a exemplo do que é o Senai, para a indústria, e o Sebrae, para o empreendedorismo. No incentivo à formação, a OCB-PE criou há 3 anos o primeiro MBA do Estado em Gestão de Cooperativas. No primeiro ano, o curso foi ofertado em parceria com a Unicap, no ano passado com a Maurício de Nassau, e atualmente acontece em parceria com a Faculdade

Cooperativas do Vale do São Francisco driblam a recessão, inovam e crescem Read More »

Vôlei: Brasil vence primeiro teste do novo ciclo olímpico

A seleção feminina de vôlei bateu a Alemanha por 3x0 e venceu o Torneio Internacional de Montreux. Mais importante que o resultado, a competição foi o primeiro teste das novas comandadas de José Roberto Guimarães rumo aos Jogos Olímpicos de Tóquio. Com várias novatas em quadra, o time deixou a Suíça com alguns motivos para comemorar. Renovação Sem estrelas consagradas no vôlei internacional, como Sheila, Fabiana e Fabi, que se aposentaram da seleção e ainda sem contar com algumas peças-chaves que foram acionadas nos últimos anos, como Taísa (contundida) e as pernambucanas Dani Lins e Jaqueline, Zé Roberto pôde testar novas atletas. O volume de jogo - mesmo com momentos de instabilidade - e a capacidade de enfrentar pressão na competição (como enfrentar a China nas semifinais) foram alguns pontos a se destacar.   Consolidação Remanescentes de convocações passadas, Natália e Adenízia (que estiveram nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e de Londres) e Tandara (que esteve no time que jogou as Olimpíadas de Londres) assumem agora o papel de protagonismo no times mais jovem. Como no seu clube, Tandara foi a atleta de desafogo e de força no ataque. Natália, a capitã brasileira, foi escolhida como melhor atacante do torneio. Carol, que por pouco não chegou aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, foi eleita melhor meio de rede e melhor jogadora da competição. Roberta Na disputa com a jovem Naiane, Roberta se saiu melhor em Montreux. Apesar de ter sido convocada em poucas competições por Zé Roberto Guimarães, a levantadora do Rio de Janeiro tem toda experiência de atuar em um dos clubes mais vitoriosos do mundo. Em um eventual retorno de Dani Lins à seleção, Roberta tem grandes chances de disputar a segunda vaga do time. Na competição, ela foi eleita melhor levantadora. Rosamaria Sem dúvida a grande revelação da seleção brasileira no torneio. A atleta do Minas há algumas temporadas vem se destacando na Superliga, mas teve breves chances também na seleção e nessas ocasiões com passagens com pouco brilho. Na Suíça foi diferente. Começou como reserva, enquanto Drussyla e Amanda tiveram mais oportunidades. Ao assumir a titularidade, a ponteira teve um grande destaque no ataque da seleção feminina. Líbero Suelen teve a chance de atuar como titular durante o torneio. Mesmo sem ter sido diferencial na seleção, a líbero se saiu bem quando foi acionada no passe, além de ter um toque excelente para o levantamento. No novo ciclo olímpico, ela terá uma disputa intensa com Leia e Gabi (que até recentemente jogava como ponteira em Osasco). Nesta temporada Suelen joga no forte time do Praia Clube. Apesar do Torneio de Montreux não ser um parâmetro para o desempenho da seleção, visto que muitos países enviaram suas equipes reservas, do pouco que foi visto na Suíça, a nova geração promete manter o Brasil entre os melhores no voleibol internacional. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais

Vôlei: Brasil vence primeiro teste do novo ciclo olímpico Read More »

Formação superior para alavancar o cooperativismo

Formação é palavra-chave para alavancar a competitividade encontrada pelo cooperativismo pernambucano para atravessar a crise. Em Pernambuco, onde mais de 134 mil pessoas estão integradas em alguma cooperativa, a Organização das Cooperativas Brasileiras em Pernambuco (OCB-PE) decidiu nos últimos anos investir na oferta de cursos de pós-graduação focada na gestão, construindo cursos em parceria com instituições de ensino superior do Recife. A iniciativa já formou mais de 80 alunos que participam de alguma das 264 das organizações em funcionamento no Estado. “O sistema OCB-PE tem investido bastante na formação das pessoas, colaboradores e dirigentes das cooperativas do Estado. Entendemos que só através da educação podemos mudar e criar um cooperativismo novo. Essa especialização que ora fazemos é no sentido de preparar mão-de-obra para melhor prestar o serviço de gestão e governança. E com isso as cooperativas poderem prestar o seu trabalho para os cooperados e para a sociedade que as rodeiam”, afirma Malaquias Oliveira, que preside o sistema. O dirigente afirma que a motivação de fortalecer a formação partiu do diagnósticos traçado pelo sistema de que havia uma governança ruim em várias cooperativas, resultado de dirigentes pouco preparados. “Muitos dirigente eram produtores rurais que tinham dificuldade de administrar a cooperativa como negócio. Nosso alunos vem de todas as cooperativas, em geral são dirigentes ou gestores que estão no dia a dia dessas organizações. Ao final do curso essa gente é devolvida as suas cooperativas para exercer sua atividade melhorada. Com isso acreditamos que podemos melhorar os processos e consecutivamente o desempenho”. Um dos alunos recém-formados é Adailson Freire. Aos 74 anos, ele foi o vovô da turma, mas continua na ativa na Cooperativa de Prestação de Serviços (Coosepe), que funciona em Olinda, além de apoiar o funcionamento da Associação de Desenvolvimento Rural Sustentável da Serra da Baixa Verde (Adessu), uma organização cooperada que atua com a agricultura familiar em Triunfo e Santa Cruz da Baixa Verde, no Sertão. “Eu preciso estar atualizado e tinha evidentemente que passar por um nova formação. Apesar da idade avançada, tenho necessidade de estar no mercado. Não quero ser inútil a sociedade. Mas quero poder ajudar as pessoas que precisam, como da agricultura familiar”, revela os motivos por retomar as salas de aula. No trabalho com os cooperados da agricultura familiar, Freire explica as adequações que a organização está passando para ganhar competitividade. “Eles tem uma unidade de produção de polpas e outra que fabrica açúcar mascavo e rapadura. Estamos fazendo um trabalho de adequação à legislação, através das diretrizes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Atualmente esses produtos são levados para a feira agroecológica de Serra Talhada. Queremos cada vez mais profissionalizar essa atuação da parte operacional para entrar em novos mercados”, explica. Integrante da Cooperativa de Produtores de Leite do Cariri Paraibano (Coapecal), Gilberto Manoel Paixão é outro aluno recém-formado pela pós-graduação. Veterinário e licenciado em ciências agrícolas, ele buscou a especialização para se aprofundar na gestão das cooperativas. “Sou responsável pela qualidade do leite e sempre dou palestras aos agricultores e criadores. O curso me trouxe muita qualificação, que consegui assimilar informações relevantes para o nosso setor que levarei para quem está na ponta da nossa produção”, afirma. A Coapecal desenvolve captação de leite em 21 municípios, contando com 462 cooperados e com 230 funcionários. “Completamos 20 anos de trabalho. Apesar de sermos uma cooperativa pequena de agricultores familiares, estamos hoje entre os grandes produtores da região em função da nossa qualidade e presença no mercado”, afirma. Com 67 tanques de captação de leite, a cooperativa faz uma logística com caminhões isotérmicos para receber o produto dos cooperados. Transporta o leite para a indústria, onde é testado antes de entrar no processo de fabricação. “Tudo o que é de aprendizado que tive no curso é importante e eu pretendo levar para essa cadeia produtiva, principalmente sobre gestão e governança. Além de oferecer as aulas e instigar a pesquisa, os alunos da pós-graduação encerram o ciclo de formação com uma viagem técnica para conhecer experiências bem sucedidas no Estado. Neste ano o grupo discente foi para a região do Vale do São Francisco onde visitou a  Coopex Vale (Cooperativa de Produtores e Exportadores do Vale do São Francisco), a Cooperativa Agrícola Nova Aliança (Coana), o Sistema de Crédito Cooperativo do Vale do São Francisco (Sicredi) e a Unimed da região. Apesar da crise, todas essas organizações, ancoradas por gestões bem profissionalizadas, tiveram crescimento de faturamento nos últimos anos.   A última turma formada pela iniciativa aconteceu em parceria com a Faculdade Marista. Os dois primeiros grupos estudaram na Unicap e na Faculdade Maurício de Nassau. O próximo passo que está nos planos da OCB-PE é de criar uma Faculdade do Cooperativismo em Pernambuco, para oferecer graduações, como já acontece em outros três estados brasileiros. “Estamos na fase de discussões para a criação de uma faculdade do cooperativismo em Pernambuco, com objetivo de ser uma faculdade para a região Nordeste. Talvez a partir do próximo ano já tenhamos isso mais elaborado. Nossa proposta é de termos um curso superior em cooperativismo com extensão, pesquisa e graduação, além da pós graduação”, explica o presidente do sistema OCB-PE, Malaquias Oliveira. CENÁRIO NACIONAL DA FORMAÇÃO No Brasil existem poucos cursos superiores em cooperativismo. Ligados ao sistema OCB foram criadas apenas três faculdades. A pioneira foi a Escola de Tecnologia do Cooperativismo (Escoop), em Porto Alegre (RS), fundada em 2011. Depois dela foram criadas a Faculdade de Ensino e Pesquisa em Cooperativismo (Fepcoop), em Cuiabá; e mais recentemente, ainda em 2017, a Faculdade Unimed em Belo Horizonte. O curso mais antigo em formação de cooperativismo, no entanto, é uma graduação na Universidade Federal em Viçosa. Reconhecido como Bacharelado em Administração com Habilitação em Administração de Cooperativas desde 1991, essa formação em uma história mais antiga, que remonta ao ano de 1975, quando foi organizado o então curso de Tecnólogos em Cooperativismo. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@revistaalgomais.com.br)

Formação superior para alavancar o cooperativismo Read More »

Urbanismo Sustentável: quando o cidadão se apropria da cidade

As casas do Recife eram voltadas para o Rio Capibaribe nos primórdios da cidade. Com a modernização da capital pernambucana e o crescimento da indústria dos automóveis no País, o modelo de urbanização foi invertido. A população deu as costas ao seu principal ativo ambiental e se voltou para as avenidas. A mobilidade ancorada pelos veículos motorizados individuais resultou numa experiência urbana caótica e poluída. Desse desconforto cotidiano e da eclosão de movimentos sociais em defesa de uma cidade mais humana e verde operou-se uma mudança. O recifense voltou a olhar para o rio, a andar de bicicleta e a cobrar por mais qualidade nas calçadas. Nasceu um novo protagonismo cidadão que associa conhecimento técnico e mobilização popular por um urbanismo sustentável. A criação do Jardim do Baobá, nas Graças, representa bem essa tendência na luta por uma cidade mais sustentável. Ele é uma das peças do Parque Capibaribe, que é a principal aposta do poder municipal de reordenamento urbano para o Recife num cenário de longo prazo. “O Jardim do Baobá é o marco zero de um modelo que pretendemos implantar na cidade. O parque traz um alto padrão de mobiliário urbano, com prioridade aos pedestres e ciclistas”, diz Bruno Schwambach, secretário municipal de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente. Schwambach considera como um dos diferenciais da iniciativa a intensa participação popular. “Não é um projeto da prefeitura, mas da cidade”. Para envolver a sociedade, segundo o secretário, foi fundamental o convênio com o Inciti/UFPE, que promoveu diversos fóruns e debates com atores locais para discutir o projeto. “Para que haja sustentabilidade as decisões não podem ser tomadas sem a conexão com a população, precisa de um amplo engajamento”, ressalva Schwambach. Outros movimentos de apropriação do espaço urbano fervilharam no Recife nos últimos anos. Desde grandes mobilizações, como no caso do Ocupe Estelita, até a organização de vários grupos locais, como o Instituto Casa Amarela Saudável e Sustentável. A associação surgiu para combater a insegurança local e acabou atuando na defesa de um bairro mais humanizado. Possui cinco núcleos que cuidam de áreas específicas da comunidade, como o Sítio da Trindade, a Biblioteca Municipal (reaberta com a ação dos moradores) ou a Horta Comunitária (plantada num terreno baldio adotado pelos vizinhos). “O mais importante é engajar as pessoas na preocupação com o espaço público. A horta era uma área com lixo que foi ocupada e é cuidada pela população. Virou um point ambiental, criado sem recursos, mas com muito carinho da comunidade”, afirma o coordenador Vandson Holanda. Movimentos semelhantes se espalham por diversos bairros, como em Casa Forte, Setúbal, Graças e Brasília Teimosa. O doutor em Estruturas Ambientais Urbanas e professor da Universidade de São Paulo (USP), Bruno Padovano, considera essencial essa participação dos cidadãos. “Nada mais pode ser realizado de cima para baixo, sem envolver todos os interessados, até porque na interface dos diversos atores sociais podem surgir ideias muito melhores do que aquelas que muitas vezes se originam em paradigmas superados”. Nos últimos anos cresceu também o número de movimentos que criticaram o padrão de mobilidade. Surgiram o Olhe Pelo Recife – Cidadania a Pé, a Frente de Luta pelo Transporte Público e a Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo). O assunto é estratégico, pois a forma como os pernambucanos se locomovem tem um grande impacto ambiental. Segundo o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) da Cidade do Recife, 65% do CO2 emitido na capital provém do transporte. Com quatro anos de atividade, a Ameciclo ampliou sua atuação ao mesmo tempo que aumentou sensivelmente o número de ciclistas na cidade. O movimento participou da construção do Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana, promoveu a primeira Conferência Livre de Mobilidade do Recife e desenvolveu um sistema de reutilização e compartilhamento de bikes em duas comunidades carentes do Recife, o Bota pra Rodar. Além disso, tem investido na realização de pesquisas para embasar sua atuação. “É importante fazer o Recife ter uma estrutura urbana mais humana. Quando toda malha viária é construída para o automóvel, você tira a cidade das pessoas e as ruas viram apenas canal de passagem e não de vivência”, afirma Lígia Lima, uma das coordenadoras da Ameciclo e integrante do Observatório do Recife. Ela afirma ser necessário diminuir a velocidade nas ruas, diversificando o modo como as pessoas fazem seus percursos no dia a dia, estimulando principalmente o andar a pé e de bicicleta. “Quando as pessoas não só passam pelas vias, mas vivem a cidade, passam a se preocupar com esse espaço se fosse sua própria casa. A partir daí, começam a querer cuidar mais da área pública”, avalia.   Uma característica desse novo protagonismo cidadão é a preocupação com o longo prazo. Uma organização da sociedade civil especializada nessa perspectiva é a Agência Recife para Inovação Estratégica (Aries). “É do povo que emergem as prioridades, a alma do tipo de cidade que queremos ser. Só acertando a interpretação dessa vontade que vamos conseguir um projeto de longo prazo que represente de verdade o recifense”, declara Guilherme Cavalcanti, diretor da Aries. “A cidade precisa ser tratada como o complexo e estratégico sistema que é, caso contrário, sofreremos as consequências de soluções pontuais desconectadas, que formam um verdadeiro Frankenstein e não o lugar que merecemos. Precisamos partir de uma visão macro, que responda à pergunta “qual é a cidade de que precisamos?”, afirma Roberto Montezuma, presidente do CAU-PE. (Reportagem do jornalista Rafael Dantas - rafael@revistaalgomais.com.br)   LEIA TAMBÉM: Três perguntas para Roberto Montezuma sobre urbanismo sustentável “O Recife precisa ter uma estrutura urbana mais humana”, entrevista com Lígia Lima, da Ameciclo

Urbanismo Sustentável: quando o cidadão se apropria da cidade Read More »

Caminhada do Forró abre Ciclo Junino 2017 do Recife

Sob um céu claro e estrelado, foi aberta, na noite de ontem, a temporada de festejos juninos no Recife, com a 13ª edição da Caminhada do Forró. A partir das 17h, centenas de forrozeiros se concentraram na Rua da Moeda para sair em cortejo pelo Bairro do Recife, anunciando o São João. Animada pela Forrovioca, a caminhada encerrou na Praça do Arsenal da Marinha, por volta das 20h, onde 15 forrozeiros consagrados, como Irah Caldeira, Petrúcio Amorim, Terezinha do Acordeon e Nádia Maria colocaram todo mundo para arrastar pé num grandioso arraial a céu aberto. Na ocasião, os homenageados do São João 2017, Edmílson do Pífano e Cristina Amaral, foram saudados pelo público e receberam placas comemorativas das mãos do secretário executivo de Cultura, Williams Santana, e do presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha. “Depois de 45 anos de carreira, receber essa homenagem da Prefeitura do Recife é motivo de muita alegria”, disse Edmílson. Cristina Amaral também se declarou muito feliz com o reconhecimento ao seu trabalho e fez questão de estender a homenagem a todos os recifenses. “Compartilho essa felicidade com todos que são forrozeiros e fazem conosco essa festa linda que é o São João do Recife.” O forró mal começou na cidade e a animação do público já era grande. “Espero o ano todo pelo São João. Começo a festa na Caminhada do Forró, vou para o Baile dos Namorados, depois para o Sítio Trindade. Não perco nem um dia de programação. Essa é a verdadeira celebração do Nordeste e da nossa identidade”, disse, emocionada, a médica Isabel Rodrigues Alves, devidamente quadriculada para festejar bem muito os santos juninos. A técnica de enfermagem Jaqueline Ferreira, 50 anos, também faz questão de dar os primeiros passos de seu longo itinerário junino na Caminhada do Forró. “Venho todo ano, desde a primeira edição. Perco nada! Aliás, não perco nenhuma oportunidade de dançar forró”, disse, debaixo de um enfeitado chapéu de couro. As amigas Solange Ribeiro e Teresinha Moraes, ambas com 50 anos, e Eulina Lima, 78 anos, também eram só alegria na estreia do Ciclo Junino recifense. “A festa já começa muito animada”, celebrou Solange. Mas Eulina celebrou mais alto. “Onde tem forró eu vou. Adoro”, gritou, anunciando que ainda vai caminhar muito neste São João. “Só paro em Campinha Grande”, brincou. A mais emocionada do trio,Teresinha estava completamente à vontade na noite de ontem. “Sou sertaneja, mas moro na capital. No São João, me sinto em casa.” Já a família da professora e pesquisadora de turismo Yona da Silva, 41 anos, natural de Joinvile, Santa Catarina, fez questão de aproveitar a festa bem longe de casa. “Estamos achando fantástico. Uma emoção única. Estamos vivendo e sentindo a cultura”, disse a professora, que veio com o marido e os dois filhos conhecer o Recife e o São João recifense. “Como pesquisadora e como turista, acredito que essas legítimas manifestações populares têm que ser mantidas muito vivas, precisam mesmo ser celebradas.” BAILE DOS NAMORADOS - O calendário junino preparado pela Prefeitura do Recife segue com muito forró e animação até o próximo dia 1°, com mais de 20 dias de festa em 35 arraiais espalhados pela cidade. O próximo compromisso dos recifenses com o balancê junino é o Baile dos Namorados, na noite de hoje. Em sua 19ª edição, o baile vai colocar os recifenses para dançar de rostinho colado ao som de atrações como Elba Ramalho, Santanna, Eliane, além do Trio de Mala e Cuia. O baile é também uma celebração à solidariedade. O valor arrecadado com a venda de ingressos será revertido para a Casa do Amor e a Novo Caminhar, instituições de caridade. A festa começa às 21h, no Arcádia do Paço Alfândega, Bairro do Recife. Os ingressos estão à venda no Ticket Folia e em pontos de venda montados nos principais shoppings da cidade.

Caminhada do Forró abre Ciclo Junino 2017 do Recife Read More »

PCR e UNICAP realizam reunião pública sobre as diretrizes urbanísticas do Plano Centro Cidadão

A manhã desta quinta-feira (08) foi dedicada à apresentação das diretrizes urbanísticas do Plano Centro Cidadão. O trabalho é fruto de um convênio firmado entre a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Planejamento Urbano (SEPLAN), e a Universidade Católica de Pernambuco. O Plano visa gerar estudos de referência para o planejamento urbano, buscando soluções para os problemas do Centro Expandido Continental do Recife. A supervisão do trabalho foi feita pelo Instituto da Cidade Pelópidas Silveira (ICPS), órgão técnico de planejamento urbano da Prefeitura ligado à SEPLAN. A reunião foi aberta ao público, fez parte do cronograma de atividades do Conselho da Cidade e foi realizada na UNICAP. A área do Plano, que será finalizado neste segundo semestre, inclui os bairros da Boa Vista, Coelhos, Ilha do Leite, Paissandu, Santo Amaro e Soledade. Um dos principais pontos abordados pelo Centro Cidadão é a visão integrada do planejamento entre os espaços públicos e privados promovendo, assim, melhoria da qualidade urbana tomando por prioridade a relação das pessoas com a cidade. Integração urbana e qualidade de vida nortearam as proposições que constam nas diretrizes que foram apresentadas nesta manhã. Interessados em conhecer os detalhes do Plano Centro Cidadão encontrarão o documento disponível no site conselhodacidade.recife.pe.gov.br. Além disso, até o dia 18 de junho é possível contribuir com a discussão, que permanece aberta até a apresentação e apreciação final do Conselho da Cidade. As sugestões devem ser enviadas para o email:icps@recife.pe.gov.br. Ao passo que o Plano Centro Cidadão é finalizado, a Prefeitura do Recife iniciará a revisão do Plano Diretor e da Lei de uso e Ocupação do Solo. “A partir desse momento de discussão das diretrizes, o próximo passo é que a gente transforme em legislação os planos específicos de cada parte desse território central, que vai começar a ser feita a partir deste segundo semestre. São espaços de antecipação que são possíveis de serem executados ao passo que realizamos as revisões das leis urbanísticas do Recife”, explica Antônio Alexandre, secretário de Planejamento Urbano. O conceito de integração entre os espaços públicos e espaços privados traz como produto diretrizes urbanísticas que apontam para um desenvolvimento melhor planejado, mais seguro e que permitirá a permanência das pessoas no convívio com a cidade. Os estudos feitos pela UNICAP a partir da participação social ratificaram o sentimento que o cidadão tem em relação ao território do Centro Continental Expandido: espaços urbanos com infraestrutura adequada e que venham a preservar as relações humanas e cidadãs. “As escutas que promovemos a partir das Oficinas Colaborativas Cidadãs apontaram para um traço muito importante na construção das diretrizes gerais: o convívio entre as pessoas e das pessoas com a cidade. Não foram raras as vezes em que ficou latente a preocupação que as pessoas tiveram em vivenciar a cidade de maneira democrática e humana”, pontuou a professora e coordenadora do Plano pela UNICAP, Andréa Câmara. O Plano Centro Cidadão deverá ser concluído até o final de agosto. Até então foram realizadas as seguintes etapas: estudos integrados, diagnósticos e diretrizes preliminares. A reunião pública é uma das etapas que envolvem a participação popular na construção do documento. PARTICIPAÇÃO SOCIAL - A participação da sociedade na construção desse processo foi fundamental para compreender o sentimento e os desafios a serem vencidos a partir da percepção das pessoas que vivem e transitam pelos bairros que fazem parte do território estudado. Para isso, foram realizadas duas Oficinas Colaborativas Cidadãs, além da abertura de diversos debates junto aos setores específicos da sociedade e Oficinas Técnicas que reuniram pesquisadores e técnicos da Prefeitura do Recife. “A colaboração da sociedade ajudou a aprimorar o objetivo do Plano que se traduz no desejo coletivo”, explica a professora e coordenadora do estudo pela UNICAP, Andréa Câmara. O Centro Cidadão apontou como uma de suas diretrizes o estímulo à densidade populacional, devendo as novas construções ter as tipologias orientadas, com altura proporcional ao entrono oferecendo espaços abertos mais seguros e convidativos. Dentre os importantes resultados do processo colaborativo destaca-se a identificação dos anseios, expectativas e visões dos diversos atores da sociedade, revelados no chamado “desejo coletivo”, que passou a representar o objetivo geral das diretrizes do Plano Centro Cidadão. Foram levados em conta no Plano os aspectos socieconômicos (a partir da produtividade e valor do solo), patrimônio cultural, uso e ocupação do solo, espaços públicos e mobilidade a partir de uma visão integrada do território. (PCR)

PCR e UNICAP realizam reunião pública sobre as diretrizes urbanísticas do Plano Centro Cidadão Read More »

Colorindo o Recife chega ao Compaz Cordeiro com a arte de Manoel Quitério

O Parque da Macaxeira terminou o dia de ontem (8) mais colorido. Um grande muro na lateral de 150m², recebeu o grafite do artista de rua, Manoel Quitério e dos alunos do A Hora da Estrela, projeto social que realiza oficinas com moradores em situação de rua e pessoas carentes. Hoje (9), o artista está no Compaz Cordeiro, onde também coloca suas ideias impressas em um dos muros do local, com 60m². A ação faz parte do projeto Colorindo o Recife, iniciativa da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, que incentiva a arte de rua desde 2014. "O Colorindo o Recife é um projeto que valoriza o artista e incentiva essa expressão tão presente nas comunidades. No Carnaval deste ano, o grafite foi a estrela da decoração. Agora, damos continuidade a esse projeto de tanto sucesso que já levou a 16 muros da cidade e aos salva-guardas da nossa Orla de Boa Viagem a expressão dos nossos artistas locais. Nesta edição, escolhemos dois lugares de referências para o Recife, que são espaços de convivência e de fortalecimento da cidadania", afirmou a secretária de Turismo, Esportes e Lazer, Ana Paula Vilaça. Wagner Rafael dos Santos, de 19 anos, é morador da Macaxeira e participou da oficina de ontem. Ele tem paixão por desenhar, vibrou em colocar a mão na massa e expressar seus sentimentos no muro do local onde vive. "A gente não tem tantas oportunidades e me agarro em todas que aparecem. Não é todo mundo que valoriza o grafite, mas eu acho uma arte massa. Vou tentar colocar pra frente e aprender ainda mais", contou. A ideia de usar a arte de rua para promover a reconstrução da autoestima das pessoas em vulnerabilidade, começou com Manoel Quitério há 1 ano e meio. Junto ao Instituto de Saúde Social, que possui uma equipe de profissionais de saúde, o artista se propõe a incentivar nos participantes práticas de auto-cuidado para, principalmente, a proteção ao uso abusivo de drogas. "Fizemos 20 encontros como esse e atendemos mais de 120 pessoas. Já conseguimos ver em alguns dos nossos alunos uma mudança efetiva e o abandono completo das drogas por meio da arte. É dar voz a quem não pode falar", assegurou, Manoel Quitério. Colorindo o Recife - Criado em 2014, para promover o embelezamento da cidade a partir da criação de verdadeiras galerias de arte urbana a céu aberto, o Colorindo o Recife foi um projeto de valorização do grafite como expressão artística e política pública. Ao todo, 16 muros da cidade foram estampados em parceria com a ONG Cores do Amanhã. A segunda etapa do projeto, realizada em 2015, em parceria com a Nuvem Produções, realizou a grafitagem dos seis postos de salva-vidas existentes na orla de Boa Viagem. Remanescentes da década de 40, as delgadas estruturas de concreto em estilo Art Decó receberam os traços dos artistas Glauber Arbos, JotaZer0ff, Galo de Souza, Adelson Boris, Bozó Bacamarte e Nando Zevê, tendo o verão como tema. Serviço: Compaz Cordeiro Pintura de Manoel Quitério Dia: sexta-feira (9) Hora: até às 17h (PCR)

Colorindo o Recife chega ao Compaz Cordeiro com a arte de Manoel Quitério Read More »

Setor de brinquedos espera crescimento de 10%

Ao contrário de outros setores da economia que projetaram retração ou expansão mínima para este ano, a indústria de brinquedos espera crescer 10% em 2017, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq). “O brinquedo é desconectado desses problemas econômicos, vai direto ao coração”, diz o presidente da entidade, Synésio Batista da Costa. O desempenho da indústria nacional de brinquedos têm crescido nos últimos oito anos. De acordo com a Abrinq, desde 2009 o faturamento cresce ininterruptamente, sempre com alta da produção nacional. Em 2016, o faturamento total da indústria (preço de varejo) foi da ordem de R$ 6 milhões sendo que a produção nacional foi de R$ 3,4 milhões. O resultado significa crescimento de 7% em relação a 2015. “Em mais quatro anos a produção nacional deverá ficar com 70% do mercado”, acredita o presidente da Abrinq. Feiras Diante do cenário, surgem mais feiras de negócios voltadas à área. No final de junho, uma nova feira de brinquedos de ocorre em São Paulo, direcionada a compradores, distribuidores, atacadistas, e-commerces, representantes e comércio de brinquedos. Na Expo Toys serão apresentadas as principais novidades em jogos, brinquedos, puericultura, produtos de entretenimento, livros e outros itens infantis. O evento começa no dia 25 e vai até 28 de junho e reúne mais de 50 expositores, com público estimado em 4 mil pessoas. Já a Abrin, terceira maior feira de brinquedos do mundo e a maior da América Latina, será no começo do ano e é uma referência para o mercado. Apresenta brinquedos em geral, educativos e pedagógicos, puericultura, produtos licenciados, entre outros. De acordo com Alexandre Torres de Carvalho, diretor da ExpoToys, o Dia das Crianças e o Natal garantem as vendas do setor. “[O Dia das Crianças] é a data mais forte em vendas para o setor e logo vem o Natal, o que coroa as vendas. As famílias brasileiras sempre presenteiam nessas datas, o que mantém o setor sempre aquecido e dessa forma não é prejudicado”. Carvalho também destaca que a alta do dólar foi determinante para o fortalecimento do mercado interno. “Com a alta do dólar nos últimos anos, caiu a venda de produtos importados, o mercado interno bruto de produtos cresceu e o de brinquedos acompanhou esse crescimento. A China ainda é um gigante na venda de brinquedos, mas conquistamos o nosso espaço”. Brinquedos preferidos Em primeiro lugar na preferência das crianças, segundo estatística da Abrinq, lideraram as vendas no ano passado as bonecas e bonecos, com 18,7%; seguidos dos carrinhos (15,1%), patins, patinetes e veículos a bateria (12%) e os brinquedos que reproduzem o mundo real (10,2%). Nas vendas por canais, destaque para o crescimento da participação da Internet, que saiu de zero em 2009 e passou para 20,5% das vendas do setor no ano passado. As lojas especializadas são as campeãs de vendas, com 33,2%. São Paulo é o maior mercado para a indústria do brinquedo no país, com 33%, seguido do Rio de Janeiro (9,8%), Minas Gerais (8,3%), Santa Catarina (6,6%) e Paraná (6%). Os dados, da Abrinq, referem-se às vendas de 2016.

Setor de brinquedos espera crescimento de 10% Read More »

TSE deve encerrar hoje julgamento do pedido de cassação da chapa Dilma-Temer

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve concluir hoje (9) o julgamento da ação em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições de 2014. A sessão está marcada para começar às 9h, com a finalização do voto do relator, ministro Herman Benjamin. Ficou acertado que, após o voto do relator, cada ministro terá cerca de 20 minutos para proferir o voto. Na primeira parte de seu voto, Herman Benjamin afirmou que a campanha da chapa praticou abuso de poder político e econômico por ter recebido propina como doação eleitoral. Ele ponderou, no entanto, que os crimes atribuídos à chapa vencedora também foram praticados por outros partidos. Na sessão de ontem (8), a Corte também debateu o pedido feito pelos advogados da chapa para retirar do processo as delações de executivos da Odebrecht. Para os advogados, fatos que não constam na petição inicial, protocolada pelo PSDB em 2014, não podem ser alvo do julgamento. Apesar da manifestação do relator contra a retirada, quatro dos sete ministros indicaram que devem votar a favor das defesas, mas a deliberação deve ser confirmada somente hoje. Após o relator, deverão votar os ministros Napoleão Nunes Maia, Admar Gonzaga, Tarcisio Vieira, Rosa Weber, Luiz Fux, e o presidente do tribunal, Gilmar Mendes. Ação Depois do resultado das eleições de 2014, o PSDB entrou com a ação, e o TSE começou a julgar suspeitas de irregularidade nos repasses a gráficas que prestaram serviços à campanha eleitoral de Dilma e Temer. Recentemente, o relator Herman Benjamin decidiu incluir no processo o depoimento dos delatores ligados à empreiteira Odebrecht investigados na Operação Lava Jato. Os delatores relataram que fizeram repasses ilegais para a campanha presidencial. Em dezembro de 2014, as contas da campanha da então presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer, foram aprovadas com ressalvas e por unanimidade no TSE. No entanto, o processo foi reaberto porque o PSDB questionou a aprovação. Segundo entendimento do TSE, a prestação contábil da presidente e do vice-presidente é julgada em conjunto. Defesa A campanha de Dilma Rousseff nega qualquer irregularidade e sustenta que todo o processo de contratação das empresas e de distribuição dos produtos foi documentado e monitorado. A defesa do presidente Michel Temer diz que a campanha eleitoral do PMDB não tem relação com os pagamentos suspeitos. De acordo com os advogados, não se tem conhecimento de qualquer irregularidade no pagamento dos serviços. (Agência Brasil)

TSE deve encerrar hoje julgamento do pedido de cassação da chapa Dilma-Temer Read More »