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V Festival RioMar de Literatura homenageia Joaquim Cardozo e Hermilo Borba Filho

No final deste mês de março, o RioMar Recife, destacando-se mais uma vez como um shopping de conteúdo, que oferece programações culturais para toda a família, novamente se une à Academia Pernambucana de Letras para promover mais uma edição do Festival RioMar de Literatura. Esta é a quinta edição do evento, que vai reunir no palco do Teatro RioMar nos dias 28 e 29 conhecidos autores da cena literária pernambucana para homenagear dois grandes nomes da literatura brasileira: os pernambucanos Joaquim Cardozo, responsável por escrever inúmeros poemas e contos, além de exercer sua função como engenheiro e calculista, sendo um dos responsáveis a construir diversos prédios históricos como o Palácio da Alvorada, em Brasília, junto à Oscar Niemeyer; e Hermilo Borba Filho, que foi advogado, crítico literário, dramaturgo e tradutor responsável por escrever romances, contos, peças teatrais e novelas, fundando também o Teatro Popular do Nordeste e o Teatro de Arena do Recife. Serão dois dias de arte, cultura, entretenimento, peças teatrais encenadas pela Dispersos Cia de Teatro e conteúdo com palestras e bate-papos que serão acompanhados por encenações teatrais e apresentações musicais, com a participação do artista Moacyr Franco encerrando a programação. O V Festival RioMar de Literatura terá inicio no dia 28 de março, a partir das 14h30, com programação dedicada a Joaquim Cardozo. A abertura oficial será pela Presidente da Academia Pernambucana de Letras, Dra. Margarida Cantarelli, seguida pela primeira palestra do dia, ministrada pelo ator e professor João Denys com o tema “As muitas faces de Joaquim Cardoso”, às14h40. Às 15h20, a Dispersos Cia de Teatro entre em cena logo após, para interpretar fragmentos da peça “O Capataz de Salema”. No mesmo dia, o escritor Lourival Holanda e o arquiteto Paulo Andrade dividem o palco para comandar o bate-papo “Joaquim Cardoso: O rigor de um ritmo”, às 15h30, seguidos pelos poetas José Mário e Marcus Acciolly, que irão discutir o tema “A Poesia e sua Essência” às 16h30. Novamente em cena, a Dispersos Cia de Teatro apresenta os fragmentos de “De Uma Noite De Festa”, às 17h10. Para encerrar o ciclo de palestras do primeiro dia do V Festival RioMar de Literatura, o público será contemplado com o show musical do cantor, compositor e arranjador Cláudio Almeida – artista que já teve suas canções interpretadas por Cauby Peixoto, Geraldo Azevedo, Alceu Valença, entre tantos outros, e também foi responsável por produzir o disco “Carnaval do Recife Ao Vivo” com a Orquestra Sinfônica do Recife. Na ocasião, Cláudio Almeida estará acompanhado da cantora Beth Coelho em um dueto onde irão apresentar grandes clássicos da música popular brasileira. A programação do V Festival RioMar de Literatura continua no dia 29 de março, a partir das 14h30, com abertura oficial feita pela Presidente da Academia Pernambucana de Letras, Dra. Margarida Cantarelli, e programação dedicada à obra de Hermilo Borba Filho. Às 15h, os escritores Raimundo Carrero e Roberto Mota dividem o palco do Teatro RioMar com a Secretária de Cultura Lêda Alves para bate-papo que terá como tema “O Centenário de Hermilo Borba Filho”, seguidos pela Dispersos Cia de Teatro, que às 16h fazem a leitura dramática de “A Cabra-Cabriola”. Às 16h30 será a vez da palestra “Hermilo Borba Filho e o Teatro”, com o professor e ator Luiz Reis, seguidos pela Dispersos Cia de Teatro que apresentam fragmentos da peça “Um Paroquiano Inevitável”. Para descontrair o ambiente, em seguida, às 17h30, a escritora Luzilá Gonçalves e o chargista Lailson conversam sobre “O Humor Na Literatura”. Encerrando em grande estilo o V Festival RioMar de Literatura, o público presente vai contar com o show do cantor, ator, humorista, apresentador e compositor Moacyr Franco, que em mais de 50 anos de carreira, carrega no currículo apresentações memoráveis, participações em programas de televisão e grandes composições como a carnavalesca “Turbilhão” e o sertanejo “Ainda Ontem Chorei de Saudade”. Uma apresentação que promete muita interação com a plateia, piadas, e grandes sucessos. Importante lembrar que o V Festival RioMar de Literatura tem entrada totalmente gratuita. O evento também vai conceder certificados de participação para professores e estudantes que comparecerem. SERVIÇO V Festival RioMar de Literatura 28 e 29 de março Teatro RioMar PROGRAMAÇÃO 28 de março – Homenagem a Joaquim Cardozo 14h30 - Abertura com Margarida Cantarelli 14h40 - Palestra: “As muitas faces de Joaquim Cardoso” com João Denys 15h20 - Dispersos Cia de Teatro: Fragmentos de “O Capataz de Salema” 15h30 - Palestra: “Joaquim Cardoso: o rigor de um ritmo” com Lourival Holanda e Paulo Andrade 16h30 - Palestra: “A poesia e sua essência” com José Mário e Marcus Acciolly 17h30 - Dispersos Cia de Teatro: Fragmentos de “De uma noite de festa” Encerramento: Show com Claudio Almeida e Beth Coelho 29 de março – Homenagem a Hermilo Borba Filho 14h30 - Abertura com Margarida Cantarelli 15h - Palestra: “O centenário de Hermilo Borba Filho” com Lêda Alves, Raimundo Carrero e Roberto Mota 16h - Dispersos Cia de Teatro: Leitura dramática de “A Cabra-Cabriola” 16h10 - Palestra: “Hermilo Borba Filho e o teatro” com Luiz Reis 17h10 - Dispersos Cia de Teatro: Fragmentos de “Um paroquiano inevitável” 17h30 - Palestra: “O humor na literatura” com Lailson e Luzilá Gonçalves Encerramento: Show com Moacyr Franco

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Integrantes do Dire Straits fazem turnê no Brasil

Com o objetivo de reunir velhos amigos que fizeram parte de discos icônicos da banda inglesa Dire Straits, o projeto Dire Straits Legacy está fazendo uma turnê internacional com os ex-integrantes Phil Palmer, Alan Clark, Danny Cummings, Mel Collins, Andy Treacey, Mickey Feat, Primiano Dibiase e Marco Caviglia. O grupo chega ao Brasil em maio e se apresenta em Recife, no Classic Hall, dia 13. O projeto nasceu do amor pela música da banda britânica com a missão de levar essas canções para os fãs que ficaram sem shows ao vivo por um longo tempo. Desde que o Dire Straits fez sua última turnê, On Every Street, entre 1991 e 1992, o gênio musical Mark Knopfler preferiu deixar as canções do grupo para trás e tocar as suas composições solo. Como o mundo segue pedindo pelo Dire Straits, a Dire Straits Legacy se reuniu para trazer o som ao vivo de volta para os fãs. Assista e baixe o vídeo do projeto: https://www.dropbox.com/s/6rv5aike0i9oi49/Dire%20Straits%20Legacy.mp4?dl=0 Uma reunião em Milão, no verão de 2013, introduziu a missão para produzir e promover, com paixão de alto nível, música de qualidade. A primeira turnê da Dire Straits Legacy – que teve uma formação de Phil Palmer, Pick Withers, Danny Cummings, Jack Sonni, Mel Collins, Marco Caviglia, Primiano Dibase e Maurizio Meo – foi um sucesso incrível com cinco shows esgotados na Itália. Em uma segunda turnê, John Illsley e Steve Ferrone se juntaram à banda para nove shows em teatros incríveis e a cerimônia final do 97o Giro d'Italia que reuniu 20 mil pessoas aplaudindo o grupo. E agora, depois de muitos pedidos para o projeto tocar em outros países, a turnê internacional chega ao Brasil. SAIBA MAIS SOBRE OS OITO INTEGRANTES DA DIRE STRAITS LEGACY PHIL PALMER: Diretor Musical - Guitarras e Vocais Phil se uniu ao Dire Straits em 1990 e tocou na banda durante a turnê mundial. Ele é um dos maiores guitarristas do mundo, tendo tocado em mais de 450 álbuns, e excursionou com uma lista de alguns dos maiores artistas do mundo. Ele também foi membro da banda de Eric Clapton junto com seus colegas do DS Legacy Alan e Steve. ALAN CLARK: Piano, Órgão Hammond e Teclados Alan entrou para Dire Straits em 1980, tornando-se o primeiro e principal tecladista em tour e gravações. Ele também co-produziu On Every Street com Knopfler. Ele tocou e gravou com muitos outros artistas e foi membro da banda de Eric Clapton por diversos anos, enquanto Dire Straits fez uma pausa. Também foi o diretor musical de Tina Turner no melhor momento de sua carreira. DANNY CUMMINGS: Percussões e Vocais Danny juntou-se ao Dire Straits como seu percussionista em 1990 e tocou no álbum On Every Street, assim como na turnê. Fora de Dire Straits, ele trabalhou com muitos grandes artistas, incluindo Tina Turner, George Michael, Bryan Adams, Pino Daniele, e foi o baterista em Mark Knopfler durante vários anos. MEL COLLINS: Sax Mel entrou para Dire Straits em 1982 e tocou nos álbuns e nas turnês Love Over Gold e Twisting by the Pool. Ele também tocou com uma enorme lista de artistas e bandas, incluindo Rolling Stones, Camel, Eric Clapton, Joe Cocker, Tears for Fears e muitos outros. Como membro original de King Crimson, fez recentemente uma turnê mundial com a banda. ANDY TREACEY: Bateria Como um dos bateristas mais bem sucedidos do Reino Unido, Andy fez turnês e gravou durante os últimos 20 anos com muitos artistas, tocando em locais intimistas, arenas e estádios, e trabalhando como músico de sessão em alguns dos estúdios mais famosos em todo o mundo. Ele é mais conhecido por seu trabalho como baterista e MD para o imensamente para as turnês internacionais de Faithless, Moby, DJ Fresh, Groove Armada, Dido, Robbie Williams, M.J.Cole, As Sementes de Raios, Ronnie Wood, John Squire (Rosas de Pedra), Galliano e a banda de Frank Zappa. MICKEY FEAT: Baixo Mick tem um longo histórico de estúdio e créditos ao vivo que incluem David Gilmour, Van Morrison, Arte Garfunkel, Alvin Lee, Barry Gibb e Justin Hayward. Ele foi apresentado em muitos best-sellers na icônica Island, gravadora de seu tempo como baixista da empresa. Trabalhou extensivamente em projetos solo de Mark Knopfler e foi caracterizado no trabalho ganhando o Grammy de Mark com Tina Turner e Willy De Ville. PRIMIANO DIBIASE: Teclados Também um romano, Primiano é um procurado e talentoso tecladista que já tocou em muitos discos e com muitos artistas, incluindo Richard Bennett, Steve Phillips, Gigi Proietti e Neri Marcorè. MARCO CAVIGLIA: Voz e Guitarra Apaixonado pela música de Dire Straits e seu mentor musical Mark Knopfler, Marco, nascido em Roma, formou a banda Solid Rock em 1988, e em 1990 excursionou com o lendário bluesman do Notting Hillbillies, Steve Phillips. Mas seu sonho era brincar com seus heróis do Dire Straits, e esse sonho se tornou realidade em 2010 com a Dire Straits, e agora com o fantástico line-up que é o Dire Straits Legacy. Serviço: DIRE STRAITS LEGACY   Data: 13/05/2017 – Sábado Local: Classic Hall Endereço: Avenida Agamenon Magalhães, S/N Bairro Salgadinho Abertura da Casa: 21h Horário do Show: 00h Classificação Etária: Proibido para menores de 16 anos. Menores entre 16 a 17 anos apenas acompanhados dos pais ou responsáveis (mediante autorização reconhecida em cartório) Acesso para portadores de necessidades especiais. (Mariagrazia Proietto)

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Carreira: Onde você quer estar daqui a 5 anos?

Muita gente sai da universidade imaginando que o conhecimento técnico adquirido, contatos e um pouco de sorte são fatores suficientes para ter uma vida profissional de sucesso. Porém, o que um universitário nem sempre aprende nas aulas é a necessidade de planejar sua trajetória no mundo do trabalho. “O estudante se prepara tecnicamente, mas não raciocina outras questões do tipo: como está o mercado? O que fazer para se diferenciar? Quais as competências necessárias? Às vezes, o melhor aluno da sala de aula não se transforma num profissional bem-sucedido por não estar atento a essas questões”, alerta Andréa Carvalho, sócia da ÁgilisRH. O planejamento estratégico de carreira é um processo de reflexão sistemática sobre o futuro profissional. É comum, no entanto, recorrer-se a ele quando se está insatisfeito no trabalho ou em caso de demissão. Mas esse exercício pode acontecer em qualquer momento da vida. “Você pode até estar bem na profissão e nem por isso precisa parar de planejar”, recomenda a sócia da ÁgilisRH Carolina Holanda. Ter um mentor, uma pessoa que seja referência e possa passar experiência ao profissional, é uma maneira de obter auxílio nessa reflexão. Pode ser um familiar ou um ex-chefe, por exemplo. Mas existem no mercado consultores qualificados para exercer essa orientação. “Ao fazer o planejamento estratégico de carreira, o coach propõe a projeção de cenários futuros a partir de indagações do tipo: como você gostaria de estar daqui a cinco anos?”, explica Carolina. Por meio de encontros periódicos, são levantadas as variáveis que impactam esse cenário, tanto aquelas que facilitam quanto as que dificultam o alcance da meta projetada, incluindo os riscos e os entraves. Baseado nesse quadro, são definidas ações que o profissional deve executar no curto, médio e longo prazos. Engana-se, porém, quem pensa que essas diretrizes são determinadas pelo consultor. Este, na verdade, é como se fosse uma espécie de treinador que assessora a pessoa a descobrir o que ela realmente quer profissionalmente. Também a auxilia na percepção dos obstáculos para alcançar esse desejo. A partir desse autoconhecimento, ela projeta o que fazer para se desenvolver na profissão. Trata-se de um processo que requer muita disposição e vontade, já que o profissional pode se deparar com algumas dificuldades que ele nem imaginava que existiam. Carolina recorda-se, por exemplo, de uma pessoa que almejava um cargo de chefia na empresa em que atuava, mas ela não percebia que não tinha um perfil de líder. “Era uma excelente técnica, mas não tinha capacidade para ser gestora, pois precisava de outras competências e habilidades, como ter liderança, não focar apenas no operacional para poder ter uma visão mais abrangente”, exemplifica a sócia da ÁgilisRH. É comum, por exemplo, profissionais que foram demitidos sonharem em ter um negócio próprio. “Nesse caso, deve-se considerar variáveis que não sejam apenas o seu desejo, mas saber o que realmente é viável”, adverte Andréa. É importante analisar se há capital disponível, se o mercado tem demanda para aquele serviço ou produto que pretende ofertar e também se possui disposição para ser dono de uma empresa e trabalhar mais de oito horas por dia. Planejar estrategicamente a carreira traz resultados tão positivos que muitas organizações oferecem esse tipo de assessoria a seus executivos. Nesse caso, eles devem aproveitar a oportunidade para impulsionar sua trajetória profissional. Ao longo desse processo ele terá encontros periódicos com o coach para acompanhar a execução do que foi projetado. “Esse acompanhamento é essencial para que o desejo torne-se realidade. Afinal, planejar é fácil, o difícil é fazer acontecer”, salienta Andréa Carvalho.

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As tendências que devem nortear o mercado de educação em 2017

Análise de dados (analytics), tecnologias abertas, empregabilidade e acesso 24 horas por dia ao conteúdo dos cursos estarão entre as tendências do mercado de educação em 2017, segundo pesquisadores do LMS Canvas, ambiente virtual de e nsino. Essas quatro tendências, impulsionadas pelas tecnologias disruptivas, farão com que as instituições acadêmicas reavaliem os serviços oferecidos, aumentando o foco no aprimoramento da experiência vivenciada pelos estudantes. Analytics: aproveitamento de dados Uma década atrás era fácil encontrar líderes educacionais que descartavam dados de desempenho dos alunos, acreditando terem apenas um uso limitado para melhorar as escolas ou sistemas de ensino. Hoje se completou o círculo, com a indústria educacional utilizando essas informações para a tomada de decisões, assim como dados de pesquisas. Em 2017, o segmento de educação adotará o modelo baseado na análise de dados para obter previsões mais precisas de desempenho. Também esperamos uma mudança rumo ao big data, em que o compartilhamento de informações de estudos entre escolas permitirá a formação de insights para o mercado, e não apenas de forma isolada em cada instituição. Mas, os pesquisadores alertam que a aceitação desses dados não irá direcionar o mercado educacional para adoção de medidas de desempenho, com uma confiança plena em métricas que utilizam dados de forma passiva para prever o sucesso. Em vez disso, o sucesso dependerá de como as escolas aproveitam os dados de forma saudável, transformando testes e mensurações em insights práticos e úteis. Ser capaz de modificar a forma de ensinar para atender aos anseios dos estudantes pode aumentar o engajamento e motivação dos alunos e melhorar os resultados. E enquanto o conceito de big data expande a automação para a grande maioria, a equipe de pesquisadores do LMS Canvas percebe os professores como detentores da chave para o sucesso desses dados, pois serão capazes de utilizar essas informações com sabedoria para intervir ou encorajar e transformar o ensino e a aprendizagem. Tecnologias abertas: o ano do open source Especialistas em tecnologia acreditam que as escolas e faculdades podem se beneficiar da virtualização e dos serviços na nuvem, assim como outros segmentos. Mas mesmo assim, muitas escolas ainda relutam em adotar esta tecnologia. Em 2017, veremos que as preocupações constantes em torno da privacidade e da segurança diminuem à medida que as instituições estabelecem relações sólidas com fornecedores de tecnologia, trabalhando em parceria para construir sistemas adaptáveis, seguros e capazes de evoluir dentro de um ambiente ágil de TIC. A computação na nuvem ajudará a desencadear a próxima onda de inovação tecnológica nas escolas, permitindo aos educadores modificarem a maneira como os cursos são ministrados para uma geração de estudantes conectados. Em 2017, outros provedores de TI também irão aderir às tecnologias abertas, afastando-se de um modelo proprietário. O questionamento é o sobre o que é melhor: um produto criado por um grupo de desenvolvedores ou aquele construído por uma comunidade, envolvendo milhares? O papel colaborativo no desenvolvimento da tecnologia se tornará proeminente. A mudança para a adoção do open source (código aberto) trará à inovação e capacitará as escolas a modelar os produtos adquiridos para superar os desafios atuais. Educação preparatória: ensinar para a vida Uma pesquisa global do LMS Canvas mostrou que uma minoria dos estudantes (10%) acredita que a educação prepara-os adequadamente para o mercado de trabalho. A combinação da necessidade das instituições em demonstrar o retorno sobre o investimento (ROI) em educação e a pressão exercida pelos estudantes trará um foco renovado à empregabilidade em 2017. As instituições de ensino superior devem adaptar-se, demonstrando o seu valor, com formandos preparados para serem bem sucedidos no mercado profissional. Ao invés de ensinar os alunos a pensarem criticamente e a se tornarem solucionadores de problemas, os professores ainda se preocupam com a memorização de conteúdos. Em 2017, as instituições em todos os patamares devem ajudar a criar um ambiente de aprendizagem voltado para a aquisição de habilidades desejadas pelo mercado de trabalho e para que os estudantes possam ser cidadãos plenos, sem tantas preocupações com testes durantes as aulas e outras formas de mensuração. Experiência estudantil: sempre aprendendo Com os alunos solicitando constantemente acesso remoto aos materiais dos cursos, as instituições exigirão maior disponibilidade de seus parceiros tecnológicos. A computação na nuvem ou o gerenciamento de serviços voltarão a ser atraentes à medida que as instituições perceberem e compararem o valor do consumo X propriedade. Mas, garantir a integridade dos dados e a sua disponibilidade contínua requer confiança, o que é algo que muitos fornecedores de tecnologia terão que construir junto às escolas e faculdades atendidas. Ao selecionar um parceiro, as instituições devem refletir nessas questões, considerando o tempo de atividade, a confiabilidade e as credenciais que garantam que estes parceiros tenham procedimentos robustos de recuperação de dados (disaster recovery). *Jared Stein é vice-presidente de pesquisas e educação do Canvas LMS, desenvolvido pela Instructure, empresa de tecnologia de software como serviço (SaaS).

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Consórcios de imóveis apostam em vendas

Com oferta de taxas menores em comparação às dos financiamentos bancários, as administradoras de consórcios de imóveis esperam que a procura pela modalidade continue este ano. Em janeiro, as vendas de novas cotas cresceram 14,7%, somando R$ 2,2 bilhões, valor 28% maior do que o registrado em 2016, conforme dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). De acordo com o setor, uma das vantagens de um consórcio imobiliário é o custo menor. A taxa média de juros nos financiamento da casa própria giram entre 8% e 9% ao ano. Os consórcios cobram taxas administrativas menores, por exemplo, de menos de 2% ao ano. Não há cobrança de juros. “Na hora de tomar uma decisão sobre o que é melhor, o que pesa no bolso do consumidor é a diferença de custo", disse André Marini, diretor comercial da Ademilar Consórcio de Investimento Imobiliário, com sede em Curitiba e filiais em Joinville (Santa Catarina) e São Paulo, que registrou crescimento das vendas de 57,42% no primeiro bimestre, taxa acima da média registrada no ano passado (35%). Animado com uma possível retomada do crescimento econômico do país ainda em 2017, o empresário Luiz Fernando Savian, dono do Consórcio Nacional Unifisa, projeta um aumento dos negócios  de pelo menos 10%, quase o dobro do ano passado. Ele destaca que a procura do consumidor pela modalidade cresceu, mas o que não significa negócio fechado. "Tem havido um crescimento substancial de consultas sobre o sistema, que nem sempre resulta em negócios, o que sinaliza um interesse do consumidor em saber mais sobre essa opção de compra já que o sistema sempre foi mais conhecido pela comercialização de automóveis e motos”, ressaltou. O presidente da BB Consórcios (do Banco do Brasil), Alexandre Luis dos Santos, também prevê uma tendência de aquecimento do setor. Para ele, ao adquirir o bem por consórcio, o cliente não “está contraindo uma dívida e sim fazendo um investimento, uma poupança”. Ele acrescentou que em um momento de crise econômica, a maioria da população perde o impulso pelo imediatismo e vai em busca de opções mais baratas pensando no futuro. O Banco do Brasil passou a oferecer consórcios em 2008. Incluindo todos os tipos de bens, os negócios cresceram 46% nos dois primeiros meses deste ano em relação a igual período do ano passado, movimentando R$ 1,4 bilhão. As vendas de cotas de imóveis superaram em 18% as registradas em 2016, com volume financeiro de R$ 202 milhões. FGTS O resgaste do dinheiro das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é mais um motivo de ânimo para o setor. Os saques devem chegar a R$ 35 bilhões, conforme estimativas do governo federal. Segundo a Abac, em janeiro, a aplicação de recursos do FGTS em consórcios movimentaram R$ 10,8 milhões, sendo o maior montante (R$ 4,8 milhões) para a compra de um imóvel, R$ 2,2 milhões para amortizar o saldo devedor e R$ 1,2 milhão para liquidar. Alertas O professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV) Alberto Ajzental alerta que quem pretende comprar a casa própria por meio de um consórcio deve estar ciente que não recebe o bem de imediato, assim que contrata o consórcio. O interessado precisará pagar uma cota mensal. E receberá a carta de crédito se for contemplado em um sorteio entre os participantes do consórcio ou quando oferece o lance mais alto. Não há garantia de que receberá o crédito logo nos primeiros meses. Os especialistas alertam que esse é um investimento de longo prazo, não é indicado para quem precisa de um imóvel com urgência. “No financiamento [bancário], estará pagando por um bem já disponível", diz Ajzental. Ajzental chama atenção para quem paga aluguel e pretende adquirir um consórcio. Neste caso, a pessoa deve estar atenta para não comprometer parte significativa da renda com os dois pagamentos. (Agência Brasil)

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Seca prolongada no Nordeste desperta interesse por dessalinização

A escassez de água, em decorrência da seca que já dura cinco anos no Nordeste, despertou o interesse de empresas e governos para soluções de tecnologia que promovam a dessalinização da água do mar. No último dia 13, o governo do Ceará lançou edital para contratar empresa responsável pela elaboração de uma planta de dessalinização na região metropolitana de Fortaleza, com capacidade para gerar 1 metro cúbico por segundo (m³/s) de água potável para a rede de abastecimento. Esse volume equivale a cerca de 15% do consumo de Fortaleza. Desde 2016, os 17 municípios da região, nos quais moram quase metade da população cearense, são submetidos a uma tarifa de contingência para economizar água. De acordo com o diretor da Região Nordeste, da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Francisco Vieira Paiva, “a dessalinização faz parte de um contexto mundial. A indústria usa a dessalinização para processos industriais. Com relação ao consumo humano, países semelhantes ao Brasil, com regiões [climáticas parecidas com as do] Nordeste, têm experimentado essa tecnologia, porque é uma forma de minimizar o impacto às populações. No Ceará, isso salvaguardaria nossos açudes”, explicou. O assunto foi tema de simpósio da Abes, na última semana, em Fortaleza. Oportunidade em que alguns especialistas nacionais falaram sobre os impactos das tecnologias de dessalinização na matriz hídrica do país e também sobre reúso das águas. Embora seja uma realidade em outros países, como Israel e Arábia Saudita, a dessalinização ainda está em seus primeiros passos no Brasil. Fernando de Noronha (PE) é o exemplo pioneiro de alcance público: possui uma usina de dessalinização para consumo humano que apoia o sistema de abastecimento da ilha, especialmente nos períodos de estiagem. O distrito estadual possui apenas um açude, o Xaréu, além de poços. Outras experiências são de iniciativa privada, especialmente industrial. Sérgio Hilsdorf, gerente de aplicações e processos da empresa Veolia, dá o exemplo de uma usina termelétrica que será implantada em Sergipe, que vai utilizar água dessalinizada em seus processos. Ele considera prioritário o uso das tecnologias de dessalinização para atender o consumo humano. Ele afirmou que “a água dessalinizada pode ser utilizada na indústria, mas grandes plantas foram construídas com o objetivo de fornecer água potável para a população das cidades litorâneas com problemas crônicos de falta de chuva. Considero que lançar mão de uma técnica que não é barata, deveria ser para uso nobre, que é o uso potável”. Segundo o diretor da Abes no Nordeste, o uso de água dessalinizada para abastecimento de cidades já era debatido no Ceará 15 anos atrás. Mas, à época, não havia políticas públicas para abranger a inovação. Apesar de a ideia apenas agora começar a tomar contornos reais, Paiva considera que o momento é ideal. “Acredita-se, sempre, que até dia 19 de março [dia de São José, padroeiro do Ceará] vai chover, mas vemos que a realidade não é mais essa. A população, as indústrias e o consumo aumentam. De alguma forma, à adesão a esta nova tendência está atrasada, mas sempre é o momento para começar”, lembrou ele. (Agência Brasil)

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Incêndio em vagão do Metrorec na noite deste sábado

Susto no metrô do Recife. Aconteceu um incêndio em um vagão de um dos trens que circulavam na Linha Sul às 23h15 deste sábado. A identificação das chamas aconteceu na Estação Largo da Paz. Não houve vítimas ou feridos. O Corpo de Bombeiros foi acionado ao local para apagar as chamas que foram controladas no início da madrugada.   De acordo com o diretor do Sindicato dos Metroviários (Sindmetro-PE), Thiago Calado, fotos começaram a circular pelas redes sociais nos primeiros minutos do dia, com muitas informações desencontradas. "Entrei em contato com o centro de controle do Metrorec para obter informações. Por conta do horário é provável não ter passageiros, apenas funcionários no trem. Não há relato de feridos". Ainda não há informações oficiais sobre o motivo do incêndio, se foi acidental ou se houve alguma ação criminosa. A ausência de usuários do sistema também não foi confirmada, visto que há relatos que passageiros que teriam informado o início do fogo. Em nota oficial, a CBTU informa que o referido trem estava sendo recolhido. Nota oficial: "A CBTU Recife informa que por volta das 23h15 deste sábado, 25, foi registrado o incêndio de um vagão nas proximidades da  Estação Largo da Paz. O trem em questão estava sendo recolhido e não há feridos. A empresa acionou o Corpo de Bombeiros e o incêndio  foi debelado. No início da manhã deste  domingo, 26, a Estação Largo da Paz se encontra fechada para aguardar o Instituto de Criminalística. Equipes da engenharia e segurança da empresa vão apurar as causas do incêndio.  O laudo deve ser concluído em 30 dias". Devido ao incidente, os trens da Linha Sul estão operando neste domingo por apenas uma das vias. Com isso, os trens circulam com um intervalo maior nesta manhã.       (Da redação da Algomais)    

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Entidades somam esforços para cobrar governança metropolitana

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU/PE), o Instituto Gestão e a Rede Procidade reúnem na TGI mais de 20 instituições na noite de hoje (27) para discutir a importância da governança metropolitana e assinar manifesto sobre o assunto. Na ocasião, será apresentada minuta de projeto de lei para viabilizar o cumprimento ao Estatuto da Metrópole (Lei Federal nº 13.089), aprovado em 2015. Entre as entidades convidadas estão a Associação dos Municípios Pernambucanos (Amupe), a Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE), a Urbana PE e a OAB-PE. O grupo articula ainda reunião para tratar do assunto com o ministro das Cidades, Bruno Araújo, com o governador Paulo Câmara e com os prefeitos dos 14 municípios da Região Metropolitana do Recife. “A metrópole é uma cidade que não cabe mais no município e, por isso, grande parte dos problemas que os municípios enfrentam, como mobilidade e saneamento, só podem ser resolvidos se tratados em conjunto”, destaca o arquiteto e urbanista Jório Cruz, conselheiro do CAU/PE e ex-presidente da Condepe-Fidem. Ele lembra que, para viabilizar essa gestão integrada, o Estatuto da Metrópole determina a governança interfederativa e a elaboração e implantação de Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI). “É isso que queremos cobrar com o manifesto”, conclui.

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Comida árabe que cabe no bolso

Localizado num estacionamento, no cruzamento da rua do Espinheiro com a Santo Elias, o food truck Kebabeer oferece comidas árabes e cervejas artesanais, em um espaço simples, mas que vem atraindo um público jovem. No último ano, o crescimento desse tipo de comércio despertou a atenção de empreendedores que encontraram nesse segmento uma oportunidade de oferecer pratos baratos e de qualidade: foi o caso do proprietário - administrador do Kebabeer, Eduardo Jungmann. Ele se juntou a dois amigos para concretizar a ideia. “Há dois anos tinha sido demitido do emprego e não sabia mais onde trabalhar, foi então, nesse intervalo de tempo, que vi a oportunidade de empreender no ramo alimentício. Pensamos no kebab porque era uma opção ainda pouco conhecida na cidade”, explica Eduardo. A iguaria é uma espécie de sanduíche, em que o cliente escolhe entre dois tipos de pão: döner, semelhante a um pão sírio, ou dürum, parecido com um wrap. Depois opta por pelo recheio que pode ser: carne de boi, frango, misto (boi e frango) ou ainda faláfel (bolinho de grão de bico). O prato inclui ainda salada (tomate, repolho e cebola). Para temperar o cliente pode escolher entre os molhos: çacik, pesto, curry, parmesão, barbecue, apimentado ou vegetariano. O preço é convidativo: em média R$ 16. Além do kebab, o food truck oferece outros quitutes árabes, como quibe e faláfel. Tem ainda como pontos altos um bom som ambiente, variadas marcas de cervejas artesanais, como a Carranca, feitas em Pernambuco, e também comerciais. O negócio deu tão certo que, quase dois anos depois de aberto, eles mantêm um público fiel. “Quando começamos, a recepção foi de imediata, muito boa. Logo que a gente inaugurou esperávamos vender cerca de 40 kebabs por dia, e em uma semana estávamos vendendo 60, depois fomos para 100”, explicou Jungmann. A advogada Laura Valença frequenta o local desde o seu surgimento e já tem a combinação preferida: “Sempre escolho carne, faláfel e os molhos Çacik e curry”, afirmou. “São alimentos bem preparados e você come muito e gasta pouco. Os preços são bem em conta”, completou a advogada. O desenhista Henrique Koblitz, que vem pela terceira vez ao Kebabeer, gostou tanto da novidade, que convidou a amiga Juliana Zikan para conhecer o local. “Ela é vegetariana e eles oferecem opções que não contém carne”, afirmou. Para Juliana, além do diferencial das combinações, o ambiente também é acolhedor. “Gostei do espaço por se tratar de uma garagem, algo mais informal”, completou. O Kebabeer funciona de terça a domingo, em horários variados. Na terça, das 19h às 23h, quarta a sábado, das 19h às 0h, e no domingo, dia em que a procura é maior, das 17h às 23h. Além da sede no estacionamento no Espinheiro, eles começaram a empreender também, no Cenário Bistrô, bairro da Várzea, onde vendem kebabs e comidas árabes, só que em porções menores. No próximo mês, o food truck localizado no FR Parking irá se mudar para o Garage Food Park , também localizado no Espinheiro, na Rua Padre Silvino Guedes, 65. (Por Paulo Ricardo, repórter da Algomais)

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1817: O Estado que aprende a conviver com a seca

Uma grande seca que acometeu Pernambuco em 1816 foi mais um dos elementos que impulsionou a Revolução de 1817. Cerca de 20 anos antes, a então província já tinha sofrido com a maior estiagem do século 19. A memória do sofrimento passado e a inércia de Dom João VI com a nova escassez fervilharam entre a população e entre os senhores de engenho. Duzentos anos depois, vivemos nada menos que seis anos de seca severa, mas o resultado é muito diferente. Mesmo sem a inauguração da Transposição do São Francisco (projeto que foi mencionado pela primeira vez ainda por Dom Pedro II), o cenário não tem mortes, saques ou êxodo rural. Na análise do pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), João Suassuna, em secas passadas não havia a menor estrutura para o nordestino, em especial os pequenos produtores. “Não tinha outra alternativa, a população tinha que sair da região, senão morria”. Ele data o período da mudança. “Isso aconteceu até pouco mais de 10 anos. Quando houve uma grande mudança que foi a inserção das tecnologias de convivência com o Semiárido, que começaram a circular e foram difundidas no meio rural. Essas tecnologias estão, sim, fixando o homem no campo, mesmo na época seca”, afirma o especialista.   Em 1999 é fundada em Pernambuco a Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) e lançado o programa Um Milhão de Cisternas (P1MC). As propostas só ganham força no ano de 2003, quando há um compromisso do Governo Federal de apostar na alternativa. A marca de um milhão de cisternas (de 16 mil litros) foi atingida no Semiárido. Há uma estimativa da ASA de que sejam necessárias atualmente mais 350 mil para universalizar a estrutura na região. Além disso, outro desafio é construir também a chamada cisterna da “segunda água” (52 mil litros). Enquanto a primeira tem por meta o consumo humano, essa segunda permitirá ao homem do campo também fazer pequenos cultivos mesmo nos meses de estiagem. “Estamos vivendo uma das grandes secas. Possivelmente em termos de duração a maior que todas as anteriores. Se essa mesma seca fosse há 30 anos estaríamos vivendo numa calamidade”, afirma Antônio Barbosa, coordenador do Programa P1+2 da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA). Ele faz referência justamente ao período de falta de chuvas ocorrido de 1979 e 1983, quando morreram um milhão de pessoas. “Hoje, não vemos sequer migrações em peso ou saques. Hoje a população que vive no meio rural tem mais água que as pessoas que moram nas cidades do interior”. Na análise de Barbosa, as raízes da indústria da seca estariam inclusive na Revolução de 1817, período em que a população se rebelou contra a insensibilidade dos portugueses em socorrer as vítimas da falta de chuvas. Como o movimento pernambucano foi muito forte, a Coroa portuguesa temeu. Tanto se amedrontou que após decretada a independência, na elaboração da primeira Constituição do Império, ficou registrado que em casos de calamidade, estiagens ou cheias, o Estado brasileiro precisaria intervir. “Quando isso foi definido, foi com base na experiência da seca de 1816. A partir de então a Coroa teve um nível de desconfiança muito grande, preocupada com o surgimento de algum movimento”, justifica Barbosa. Nasce, então, a indústria da seca. “A partir disso, o governo entra para acudir os fazendeiros e não a população. São construídos os grandes açudes, os grandes reservatórios, sobretudo para salvar não as pessoas, mas o plantio”, recorda Barbosa. Além da oferta da água pelas cisternas, outra mudança que garantiu a permanência do homem no interior foram os programas de distribuição de renda voltados para as famílias mais carentes. “Apesar da histórica promessa de Dom Pedro II de que ‘Venderia até a última joia da coroa, mas solucionaria o problema da seca no Nordeste’, dois séculos se passaram e o problema persiste. A grande diferença daquele tempo para os dias atuais, é que os programas de renda mínima, adotados no Brasil, permitem que as pessoas mais pobres tenham como se sustentar nesses tempos tão difíceis. Assim, diminui o clamor social, ainda que haja uma das situações mais duras do ponto de vista da seca”, destaca Roberto Tavares, presidente da Compesa. Em paralelo ao trabalho da construção de cisternas pelo interior nordestino, o Governo Federal está prestes a inaugurar a Transposição do São Francisco (projeto que tem sido alvo de muitos elogios e críticas). Pelo Governo de Pernambuco, nos últimos 10 anos, houve um amplo investimento em ampliação da infraestrutura hídrica através da Compesa. “O presente é duro, mas nosso futuro de médio e longo prazo é extremamente promissor. Quando as obras que estão sendo tocadas estiverem concluídas, e muitas estarão prontas nos anos de 2017 e 2018, nosso Estado viverá tempos de prosperidade com relação à água. Teremos segurança hídrica para as gerações que vierem pelos próximos 200 anos... basta que cuidemos do meio ambiente e coloquemos o tema recursos hídricos na mais alta prioridade”, diz Tavares. (Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais)

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