Arquivos Cultura e história - Página 47 de 360 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Cultura e história

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Alunos e professores do Recife e de Belo Jardim embarcam para intercâmbio em Portugal

Amanhã (11), um grupo composto por 24 estudantes da rede municipal de ensino das cidades do Recife e Belo Jardim, em Pernambuco, embarcará em uma jornada de intercâmbio cultural em Portugal. O projeto "Era Uma Vez... Brasil" proporcionará a esses jovens uma rica experiência de reconhecimento da história brasileira, enfatizando a valorização dos povos originários. Durante uma estadia de 10 dias no país lusitano, os participantes terão a oportunidade de aprofundar seu entendimento sobre a cultura brasileira. Todos os selecionados para esse intercâmbio já participaram de oficinas de audiovisual, abrangendo áreas como interpretação, roteiro, som e fotografia. Além disso, foram envolvidos em experiências enriquecedoras relacionadas à cultura afro-brasileira e indígena, através de encontros significativos com representantes dos Xukurus do Ororubá, dos Quilombos Catucá e Barro Branco, do Terreiro Santa Bárbara Nação Xambá, bem como de diversas etnias indígenas presentes em Pernambuco. “Agora chegou o grande momento de construirmos essa nova história com os estudantes. É uma oportunidade única, de dez dias que, com certeza, simbolizam muito mais do que apenas uma viagem ao exterior”, diz Marici Vila, diretora executiva do “Era Uma Vez… Brasil”. Em Pernambuco, o projeto mobilizou 34 professores de 27 escolas diferentes, com 836 estudantes inscritos. Voltado para estudantes e professores de História do oitavo ano da rede pública de ensino, o “Era Uma Vez… Brasil” chega à sua sétima edição em 2023 trabalhando o recorte temático “Mais do que o Ipiranga: as independências de outros Brasis”. Em todo o país, 120 brasileiros farão o intercâmbio, contando inclusive com os docentes. Na primeira etapa, chamada de “Fatos Históricos” e finalizada em maio, o projeto mobilizou professores de História. A partir desses encontros, os docentes propuseram atividades em sala de aula para os alunos inscritos. Os estudantes produziram mais de 300 histórias em quadrinhos (HQs) e vídeos de até um minuto com a temática do projeto. Os adolescentes que criaram as 100 melhores HQs seguiram para a etapa de oficinas e irão integrar o livro “Era uma vez… Brasil”, que será distribuído em escolas e bibliotecas no Brasil e em Portugal.

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oficina brennand

Oficina Francisco Brennand apresenta duas exposições inéditas

A Oficina Francisco Brennand anuncia a abertura de duas exposições inéditas amanhã (11/11). O “CapiDançaBaribéNois” é uma mostra individual do artista visual carioca Ernesto Neto, e “Invenção dos Reinos”, é coletiva com curadoria de Marcelo Campos (curador-chefe do MAR – Museu de Arte do Rio) e Ariana Nuala gerente de Educação e Pesquisa da Oficina)  que estabelece diálogos entre mais de 100 obras de Francisco Brennand e produções de mais de 30 artistas. Para “CapiDançaBaribéNois”, que versa sobre o Rio Capibaribe, a principal instalação da mostra – uma escultura de croché com quase 50 metros de comprimento. O trabalho consiste numa instalação tubular e serpenteante de crochê feito em chita e voile, com 47 metros de comprimento e suspensa a 8 metros de altura, cujos contrapesos serão peças em cerâmica, com especiarias, que homenageiam as casas de João de Barro, a força da vida e da natureza e a própria matéria-prima que anima a obra de Brennand e tantos artistas. O trabalho foi desenvolvido a partir de incursões pelo Rio Capibaribe, onde o artista se aproximou de vários agentes e articuladores ligados ao rio. A mostra “Invenção dos Reinos”, será na Accademia, tradicional espaço expositivo da instituição cultural. A coletiva inédita apresenta uma seleção de mais de cem criações do ceramista e pintor pernambucano em convergência com obras – entre telas, fotografias, instalações e esculturas – de quase 30 artistas do nordeste do país. A abertura marca uma nova fase na Oficina. Será a primeira vez que a instituição receberá trabalhos de outros artistas. A iniciativa integra uma nova política de exposições e atende a um desejo do próprio ceramista, que, pouco antes de sua morte, em 2019, criou o instituto sem fins lucrativos que rege, desde então, a atuação do museu. “Invenção dos Reinos” tem patrocínio do Banco Santander e da Vivix.

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Radio Clube de Pernambuco

7 fotos e um pouco de história da Rádio Clube de Pernambuco

Nesta semana os ouvintes pernambucanos receberam com tristeza a notícia do encerramento das atividades da tradicional Rádio Clube AM de Pernambuco. Imortalizada no prefixo 720 MHz, a emissora fez história no universo radiofônico do Estado. Em 6 de abril de 1919, Antônio Joaquim Pereira, um radiotelegrafista visionário, uniu-se a um grupo de entusiastas da eletricidade para inaugurar a pioneira estação de rádio do Brasil. O nascimento da Rádio Clube teve lugar em um estúdio improvisado na Ponte d'Uchoa, no Recife. Esses pioneiros, ávidos por experimentações, lançaram-se na missão inicial de se comunicar para o entretenimento, ao mesmo tempo em que buscavam aprimorar as transmissões de telegrafia sem fio. A relevância desse feito histórico não demorou a ser reconhecida; no dia seguinte, o Jornal do Recife já noticiava o evento, conferindo-lhe o status de um marco histórico. Em novembro daquele mesmo ano, a Rádio Clube estabeleceu sua sede oficial na Boa Vista. "A Rádio Clube de Pernambuco passa pelos anos de 1920, chegando com sucesso de estrutura e audiência, que oferece à emissora o registro em meios impressos de grande circulação nacional, principalmente a partir dos anos de 1930, sobretudo pela possibilidade comercial das rádios no país, com o Decreto 21.111, de 01 de março de 1932, que aprova o regulamento para a execução dos serviços de radiocomunicação no território nacional. A notícias sobre programas e profissionais da estação pernambucana ultrapassam as divisas do território chamado também de Leão do Norte”, afirmou Pedro Serico Vaz Filho, no artigo Rádio Clube de Pernambuco – 1919/2019: Cem anos. Sem esquecimentos. Com excessão da foto de abertura, que é do acervo da Biblioteca do IBGE, e da última foto (que é do Jornal Pequeno), as demais imagens são do jornal O Malho, de 1937, que anunciava a inauguração das novas instalações da Rádio Clube naquele ano. Fachada do prédio de estúdios da Rádio Clube Orquestra na Rádio Clube. A legenda da imagem indicava ser o maestro Nelson Ferreira no piano A foto abaixo é de Oscar Dubeux Pinto, que foi empossado como chefe operador da estação Rádio Clube, em 1925. Esse recorte é de O Jornal Pequeno. Seja pela música, pelo jornalismo ou pelo futebol, a Rádio Clube embalou várias gerações de pernambucanos. Como diziam seus slogans: Quem tem Clube, tem tudo! e Sem Clube, não há futebol *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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Galeria Marco Zero sedia lançamento de livro com ilustrações do artista pernambucano Bozó Bacamarte

A Galeria Marco Zero, capitaneada por Marcelle Farias e Eduardo Suassuna, sedia o lançamento do livro "Três Porquinhos Brasileiros”, na próxima terça-feira (14), às 18h, com a presença do ilustrador e artista plástico Bozó Bacamarte, que assina a parte gráfica da obra. Lançada pela Editora Cobogó e escrita por Luiz Antonio Simas, a história é uma adaptação do clássico infantil com um toque de brasilidade. A narrativa de Simas mistura a fábula, já conhecida no imaginário popular, em conjunto com a fauna local para recontar a história, mas agora com elementos da cultura nordestina. Com acesso gratuito, a Galeria Marco fica localizada na Avenida Domingos Ferreira, nº 3393, Boa Viagem, zona sul do Recife. Além da presença de Bozó, artista olindense representado pela Marco Zero, o evento conta também com uma exposição de obras criadas especialmente para esta adaptação. Bacamarte se inspirou nas xilogravuras, características da literatura de cordel e temática recorrente em suas obras, para criar uma identidade visual que remete às paisagens da mata e sertão nordestino, onde o livro é ambientado. A Galeria Marco Zero reúne um acervo de diversas vertentes, expressões, períodos e estilos. Entre os destaques, a representação do espólio do pernambucano Gilvan Samico, e a preservação e difusão de nomes do quilate de Abelardo da Hora, Cícero Dias, Gil Vicente, Francisco Brennand, Burle Marx, Vicente do Rego Monteiro, Tereza Costa Rêgo, Reynaldo Fonseca, Lula Cardoso Ayres, Carybé, Di Cavalcanti, Portinari, Tomie Ohtake, Abraham Palatnik, Rubem Valentim, José Cláudio e Montez Magno. O espaço também se corresponde com movimentos mais contemporâneos apresentando trabalhos de Tunga, Miguel Rio Branco, Paulo Pasta, José Damasceno, Rodrigo Andrade, Túlio Pinto, Emmanuel Nassar, Felipe Cohen, Tatiana Blass, Tulio Pinto, Paulo Whitaker.  E representa jovens artistas locais como Bozó Bacamarte, David Alfonso, Ianah, Ramonn Veitez e Rayana Rayo, cujos trabalhos estão focados no desenvolvimento de suas poéticas e conectados com questões fundamentais da atualidade. A Marco Zero também abriga uma biblioteca especializada, inclusiva e em constante formação, contribuindo para o exercício da diversidade e a construção e difusão do conhecimento. Fomentar a produção local e descentralizar a circulação da arte para além do eixo Rio-São Paulo ao tempo que estabelece conexões entre a criação local e expoentes nacionais é um dos propósitos do espaço.

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orquestra imperial

Orquestra Imperial celebra grandes sucessos de Rita Lee no Recife

A Orquestra Imperial chega à maioridade em 2023 e comemora seus 21 anos apresentando o show inédito “Orquestra Imperial Toca Rita Lee”. Depois de passar por São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, o show chega ao Recife, no sábado, dia 2 de dezembro, no Armazém 14, Bairro do Recife. Para apresentação em Pernambuco, o orquestra vai contar com participações de Tiné, Flaira Ferro e de Otto. Há mais de dez anos, a Orquestra Imperial não se apresentava no Recife. O espetáculo repleto de latinidade e suingue é uma homenagem única a Rita Lee e foi criado a convite do curador e jornalista Nelson Motta para o festival carioca Doce Maravilha, realizado este ano. Neste tributo, a Orquestra Imperial apresenta canções icônicas como “Agora Só Falta Você", “Chega Mais”, "Saúde", “Mamãe Natureza’”, “Jardins da Babilônia” e "Doce Vampiro”. A produção musical é assinada por Berna Ceppas e Kassin, arranjos de Felipe Pinaud, vocais de Nina Becker, Emanuelle Araújo e Matheus VK, e uma banda formada por 22 músicos e muita energia, bem no espírito de nossa querida Rita.

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Os melhores momentos da Soparia

*Paulo Caldas "Soparia de boteco a palco de todos os sons", do renomado pesquisador e crítico de música José Teles, faz uma digressão de largo espectro nos burburinhos do Recife dos longínquos anos de 1960, com ênfase para a televisão local e as manifestações artísticas da época. Contém, ainda, expressiva evocação à nostálgica cena musical de Pernambuco, deixando no leitor um gosto de saudade. En passant, visita um Pina ancestral da remota década de 1930, as peixarias, os bares e restaurantes que construíram história, origem de um campo fértil à gastronomia nesta cidade roubada das águas. Com refletores voltados para a Soparia, nos tempos de 1990, o autor descerra as cortinas daquele frege efervescente, invenção do criativo Roger de Renor, onde acordes sonoros, acrescidos das iguarias do cardápio regional, serviram de berçário ao movimento Manguebeat, e a antro de músicos, amiúde. No conteúdo, o leitor vira testemunha de episódios inusitados do furdunço cultural, sem falar no bem cuidado caderno de imagens que revela os melhores momentos da Soparia, com fotos especialmente selecionadas do acervo de Roger. Nele aparecem personagens destacados no cenário das artes recifense, contendo iconografia de pertences decorativos, peças e obras de arte nos gêneros kitsch e trash que compunham um inusitado e divertido ambiente. A publicação traz as orelhas assinadas pelo produtor do “Abril para o Rock”, Paulo André Pires, produção gráfica da Companhia Editora de Pernambuco (CEPE) com projeto gráfico de Joselma Firmino e visual de Jânio Santos. Os exemplares podem ser adquiridos na CEPE, Rua Coelho Leite, 530 - Santo Amaro, Recife - Telefone: (81) 3183-2700. *Escritor

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A BOBA 3 foto Camila Silva

Espetáculo 'A Boba - Uma jornada' volta ao Recife para apresentações gratuitas

Acompanhar as várias vidas de uma palhaça, sua jornada em busca do que lhe falta, os desafios que encontra pelo caminho, os processos de aprendizagem e os ensinamentos. Isto é o que propõe o espetáculo "A Boba - Uma jornada", com Luíza Fontes, a palhaça Gardênia, que faz temporada popular no Recife com quatro apresentações gratuitas para não deixar ninguém de fora. Várzea, Boa Viagem, Macaxeira e Jaqueira estão no roteiro. A estreia é neste final de semana com duas apresentações: sábado (4), às 16h, no Parque Urbano da Macaxeira, e no domingo (5), também às 16h, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem. Ambas apresentações são gratuitas e com acessibilidade em Libras. Luiza Fontes leva à cena técnicas de palhaçaria, máscara expressiva, teatro, magia cômica, malabares de contato e bambolê, preparação que contou com a direção de artistas pernambucanos com expertise em cada uma das modalidades. Na direção geral, a multiartista Odília Nunes, na Direção de Comicidade, o palhaço e ator Marcelo de Oliveira, o mágico Rapha Santa Cruz assina a consultoria em Magia Cômica, e na direção de arte, a atriz, palhaça e modelo Fabiana Pirro. Cláudio Rabeca assina a trilha sonora original. O espetáculo foi contemplado no edital 2021/2022 do Sistema de Incentivo à Cultura do Recife por meio da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura e Prefeitura do Recife. E também é um dos cinco ganhadores da 1ª edição do Prêmio Nacional Sesc de Artes Cênicas em 2021. Na semana que vem as apresentações serão na Feirinha Agroecológica da Várzea, sábado (11), às 9h, e no Parque da Jaqueira, domingo (12), às 9h.

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escritores humanos

"Escritores são Humanos" explorando a vida cotidiana de autores brasileiros

Autores renomados como Tomás Antônio Gonzaga, Aluísio de Azevedo, Machado de Assis, Pagu, Euclides da Cunha e Mário de Andrade, entre outros, deixaram um legado literário importante na história do Brasil. No entanto, uma nova obra lançada pela Companhia Editora de Pernambuco, intitulada "Escritores são Humanos - Histórias Cotidianas da Literatura Brasileira," revela que esses escritores não estavam isentos de situações comuns a todos nós, como preconceito, paixões não correspondidas, problemas financeiros e desavenças. Carlos Costa, o autor, apresenta esses autores de uma maneira humana e acessível, destacando aspectos de suas vidas que muitas vezes são esquecidos. O livro será lançado na Livraria Jaqueira, no Bairro do Recife, no dia 08/11 às 19h. "Escritores são Humanos" é o resultado de uma pesquisa que se estendeu por mais de uma década, em que o autor mergulhou na vida privada de escritores famosos, explorando uma extensa bibliografia para revelar, entre outras curiosidades, as aventuras e desventuras do poeta colonial Gregório de Matos, que "espalhou filhos pelo Brasil e Portugal," bem como as angústias amorosas do renomado autor do romantismo, Gonçalves Dias. “Fiquei surpreso com algumas descobertas. Só pra citar uma delas: o iniciador do nosso Barroco, Bento Teixeira, cometeu feminicídio, esfaqueando sua mulher e deixando-a sangrar até a morte”, declara Carlos Costa. De acordo com ele, a informação sobre a morte cruel de Felipa Raposo, a esposa de Bento Teixeira, luso-brasileiro que viveu nos séculos 16 e 17 e escreveu o poema Prosopopéia, consta em Confissão, Poesia e Inquisição, de Luís Roberto Alves. Carlos Costa revela o lado menos encantador de figuras literárias como José de Alencar e Oswald de Andrade em seu livro de estreia, "Escritores são Humanos - Histórias Cotidianas da Literatura Brasileira". No livro, Costa desvenda episódios em que autores famosos como José de Alencar protegeram seu anonimato ao criticar, em artigos de jornal, a obra de outros escritores, como o poema "A Confederação dos Tamoios" de Gonçalves de Magalhães. Alencar, autor de "Iracema," argumentou que "um poeta brasileiro não tem licença para estropear as palavras, e fazer delas vocábulos ininteligíveis." Tais incidentes revelam um lado menos conhecido desses escritores e suas rivalidades. O livro também destaca a vida de Oswald de Andrade, um dos principais nomes do modernismo, que deixou sua família em dificuldades financeiras após sua morte. "Escritores são Humanos" promete uma perspectiva única e humana sobre esses ícones literários. Serviço O que: lançamento do livro Escritores são Humanos - Histórias Cotidianas da Literatura Brasileira Quando: 08 de novembro (quarta-feira) Hora: 19h Onde: Livraria Jaqueira (Rua da Madre de Deus, 110, Bairro do Recife, Centro do Recife) Preço: R$ 60

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Exposição "A arte da luteria e da arqueteria" está de volta

Promovida pela Escola de Formação de Luthier e Archetier da Orquestra Criança Cidadã, a exposição oferece uma imersão no universo dos instrumentos de câmara. O evento acontecerá de 03 a 05 de novembro, na Galeria 2 da Caixa Cultural Recife, com entrada gratuita. Localizada em frente ao icônico Marco Zero, no bairro do Recife, essa exposição proporciona aos visitantes a oportunidade de conhecer os fascinantes ofícios de luthier/lutiê (construtores de instrumentos de cordas friccionadas) e de arqueteiro/archetier (construtores de arcos para a execução desses instrumentos). Essas habilidades são raras, antigas e desempenham um papel fundamental no mundo da música erudita. Durante o evento, os professores da EFLA e seus talentosos alunos estarão à disposição para explicar todos os detalhes do processo de construção desses instrumentos e apresentarão as criações realizadas durante as aulas ministradas na escola. Além disso, os visitantes terão a chance de experimentar os instrumentos e arcos em exposição, proporcionando uma experiência única como músicos de orquestra, orientados por alunos disponíveis para auxiliar os interessados. “É uma excelente oportunidade para mostrar ao público o nosso trabalho, tanto nós professores quanto os monitores e alunos, que se dedicam todos os dias para desenvolver um trabalho valioso”, explica o professor e archetier da EFLA, Claudiano Lozer.

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A formação do Brasil evangélico

O pesquisador e reverendo José Roberto de Souza, professor do Seminário Presbiteriano do Norte, explica de forma didática os passos do surgimento dos protestantes no Brasil *Por Rafael Dantas O historiador e doutor em Ciência das Religiões, José Roberto de Souza (na foto acima), destaca que a chegada do protestantismo e o surgimento dos evangélicos, tal qual conhecemos hoje, pode ser classificado em um conjunto de etapas. Os primeiros passos foram no Brasil Colônia, mas há mudanças definidoras para o crescimento evangélico da segunda metade do Século 20. “Há três momentos do protestantismo ainda no período da Colônia, que é o protestantismo de invasão, que acontece entre 1557 e 1558, com a chegada dos franceses na Baía da Guanabara, e depois com os holandeses, no início da primeira metade do Século 17, em 1630, presente aqui no Nordeste. São de invasão porque supostamente aqui pertencia a Portugal”. Após a chegada da família real e da assinatura de alguns acordos com a Inglaterra, aconteceu o segundo momento: o protestantismo de imigração. “Esses protestantes vão ter alguns direitos de professar a fé, mas também limites. Por exemplo, foi prometido que eles não teriam inquisição aqui, mesmo sendo um país predominantemente católico. Eles também vão poder realizar o seu culto, com limites”, conta o historiador. Eles não podem construir templos, não podem pregar para que alguém se converta, nem fazer uso de alguns objetos que simbolicamente pertencem a igreja católica, como sino e a cruz. Só em meados do Século 19 é que chegam os primeiros missionários com o objetivo mais claramente de expandir o evangelho entre os brasileiros. Esse terceiro momento é classificado como o protestantismo de missão, ainda exclusivo das igrejas do chamado protestantismo histórico (presbiterianas, batistas, congregacionais, entre outras). Nesses períodos, o catolicismo era a religião oficial do País, que só se torna laico com o advento da República (1889), mas especificamente com a primeira Constituição (1891). “Esses protestantes não foram expulsos porque eles não vieram só com a Bíblia. Assim, eles não teriam sido aceitos. Eles vêm, acima de tudo, para oferecer o seu ofício. Havia missionários médicos, aqui em Pernambuco, por exemplo, chegou um doutor. Esse trabalho protestante vai ser aceito porque vai abrir escolas e hospitais, isso tudo gratuitamente. Então, para a Coroa era interessante ter a presença desses grupos”, explica José Roberto. No início do Século 20 vai nascer no País, com a Congregação Cristã do Brasil e com a Assembleia de Deus, o pentecostalismo, que é majoritário atualmente. Na década de 1950 há uma segunda onda do pentecostalismo, mas ainda com o surgimento de poucas denominações, como a Igreja do Evangelho Quadrangular, a Igreja O Brasil para Cristo e a Igreja Pentecostal Deus é Amor. Na década de 1970, porém, é o berço do chamado neopentecostalismo, quando surgem uma maior diversidade de grupos religiosos. “Enquanto a primeira onda do pentecostalismo era marcada pela ênfase à glossolalia (que é a prática de falar em ‘línguas estranhas’), a segunda onda foi caracterizada pela ênfase nos milagres de cura divina. Já o neopentecostalismo é marcado pelo exorcismo e pela teologia da prosperidade”, explica o historiador. Embora algumas denominações históricas sejam numerosas, como os batistas e presbiterianos, são os pentecostais e neopentecostais que puxaram o crescimento do Brasil evangélico nos últimos anos, com o uso mais incisivo dos meios de comunicação e com a presença dominante nas representações políticas. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com) LEIA TAMBÉM A fé que cresce nas periferias

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