Arquivos Notícias - Página 630 de 652 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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"Existe violência permanente contra mulheres", diz Temer

Ao abrir a reunião de secretários de segurança pública dos estados, na manhã de hoje (31), o presidente interino da República, Michel Temer, disse que “o país todo está preocupado com o fenômeno da violência contra a mulher”. Segundo Temer, há violência permanente contra a mulher no país e a sociedade brasileira “se acanha, se constrange diante de fatos dessa natureza”. O presidente interino disse que o governo federal vai criar um órgão que atuará na formulação de políticas concretas para combater o problema. "Há uma violência permanente contra a mulher em todos os estados. A violência é algo que deve ser banida e, para ser banida, num sistema federativo, importará certa e seguramente, em uma atuação conjunta da União Federal com os estados brasileiros e até mesmo no caso dos municípios que têm a chamada guarda municipal", disse Temer na abertura da reunião. O presidente interino disse que está sendo criado um órgão para coordenar os trabalhos de combate à violência contra a mulher que será detalhado pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. “Quando você toma gestos concretos como esses que o ministro da Justiça irá apontar, os senhores verificam que, desde logo, vai haver medidas especias na União Federal”. Segundo ele, o ministro da Justiça vai apontar medidas efetivas que serão tomadas a partir de hoje. Temer disse que, ao convocar a reunião com os secretários de segurança dos estados, o governo federal pretende unir esforços para uma atuação conjunta no combate à violência em geral e à violência contra a mulher. “A competência juridicamente não é exatamente da União Federal, mas ela pode, em reuniões periódicas que façam com os secretários de segurança pública, todos juntos, de mão dadas, podem combater essa espécie de violência”. A reunião do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, com os secretários de Segurança Pública e Defesa Social dos 26 estados e do Distrito Federal foi convocada para discutir o Plano Nacional de Segurança Pública. O caso do estupro coletivo de uma jovem no Rio de Janeiro será discutido no encontro que ocorre no Ministério da Justiça. (Da Agência Brasil)

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Conta de luz: Bandeira tarifária segue verde

A bandeira tarifária aplicada nas contas de energia elétrica em junho será a verde, ou seja, não haverá acréscimo de valor para os consumidores. Este é o terceiro mês seguido em que a bandeira definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é verde. A decisão foi tomada hoje (31), em reunião extraordinária da diretoria da agência. Segundo a Aneel, a manutenção da bandeira verde foi possível por causa do resultado positivo do período úmido, que recompôs os reservatórios das hidrelétricas. Além disso, houve o aumento de energia disponível com redução de demanda e a adição de novas usinas ao sistema elétrico do país. Desde que foi implementado o sistema de bandeiras tarifárias, em janeiro de 2015, até fevereiro de 2016, a bandeira se manteve vermelha (com cobrança de R$ 4,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos). Em março, passou para amarela (com taxa de R$ 1,50 a cada 100 kWh) e, em abril e maio, a bandeira foi verde. O sistema de bandeiras tarifárias foi adotado como forma de recompor os gastos extras das distribuidoras de energia com a compra de energia de usinas termelétricas. A cor da bandeira que é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) indica o custo da energia elétrica, em função das condições de geração de eletricidade. Por exemplo, quando o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas está mais baixo, por causa da falta de chuvas, é preciso aumentar o uso de usinas termelétricas para garantir a energia necessária para o país. Como a energia gerada por termelétricas é mais cara, o custo da energia fica maior, e a bandeira tarifária passa a ser amarela ou vermelha. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico, o nível dos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste está atualmente em 56,6% de sua capacidade máxima. De acordo com a Aneel, a bandeira tarifária não é um custo extra na conta de luz, mas uma forma diferente de cobrar um valor que era incluído na conta de energia, sem acréscimo no reajuste tarifário anual das distribuidoras. Segundo a agência, a bandeira torna a conta de luz mais transparente e o consumidor tem a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais consciente. (Agência Brasil)

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Jovem brasileiro possui padrões machistas, diz pesquisa

Em meio ao assombro provocado no País pela notícia do estupro da garota de 16 anos no Rio, uma pesquisa do Instituto Avon em parceria com o Data Popular mostra como o jovem brasileiro possui um comportamento machista. A enquete mostra que para 51% dos entrevistados, a mulher deve ter a primeira relação sexual com um namorado sério; 41% concordam que a mulher deve ficar com poucos homens; para 38% a mulher que tem relações sexuais com muitos homens não é para namorar e 25% afirmam que se uma mulher usa decote e saia curta, é porque está se oferecendo para os homens. Outra pesquisa do Instituto Avon em parceria com o Data Popular (Percepções dos homens sobre a violência doméstica contra a mulher – 2013), mostra que 56% dos homens admitem ter cometido alguma atitude caracterizada como violência, como xingamentos, empurrões, ameaças, agressões físicas, humilhação, obrigar a fazer sexo sem vontade ou ameaças com armas. Além disso, a pesquisa aponta que cerca de 52 milhões de brasileiros confirmam que possuem algum conhecido, parente ou amigo que já foi violento com a parceira. No entanto, apenas 9,4 milhões de homens dizem que já tiveram tal atitude. "Estes números revelam que alguns comportamentos ainda não são vistos como violentos. A pesquisa também mostra que, dentre os homens que cometeram agressão, a minoria cometeu uma dessas atitudes apenas uma vez", explica Mafoane Odara, coordenadora de projetos do Instituto Avon.   Para o diretor-executivo do Instituto Avon, Lírio Cipriani, a mudança de percepção é fundamental para mudar o cenário da violência contra a mulher no País. "É alarmante saber que grande parte das mulheres brasileiras já foram ou serão, de alguma forma, assediadas ou desrespeitadas. Esse cenário precisa mudar e, para tanto, é preciso promover uma mudança cultural sobre o papel de cada um no enfrentamento a violência com a mulher e sensibilizar a população para importância da convivência pacífica e respeitosa entre homens e mulheres", disse. O estudo também mostra que cerca de 79% das jovens brasileiras já foram assediadas, receberam cantadas ofensivas, violentas e desrespeitosas ou foram abordadas de maneira agressiva em festas ou em locais públicos. Além disso, 44% das entrevistadas já foram assediadas ou tiveram o corpo tocado por um homem sem consentimento em festas. Além disso, 30% alegaram já terem sido beijadas à força. Quase metade (45%) das mulheres entrevistadas tiveram que tomar alguma atitude mais severa para evitar o assédio do ex após o término de um relacionamento: 26% bloquearam o endereço de e-mail do ex-parceiro e 25% pararam de ir a locais que frequentavam com regularidade. Além disso, 37% das mulheres já tiveram relações sexuais sem camisinha por insistência do parceiro.   O estudo Percepções dos homens sobre a violência doméstica contra a mulher também mostra que: 85% acham inaceitável que suas parceiras fiquem alcoolizadas; 69% não concordam que elas saiam com amigos sem sua companhia; 46% consideram inaceitável que suas companheiras usem roupas justas e decotadas; 89% dos homens consideram inaceitável a mulher não manter a casa em ordem; 4% dos homens declararam que ao menos uma parceira (atual ou ex) já procurou a Delegacia da Mulher ou a polícia para denunciá-lo; 29% deles apontam que "o homem só bate porque a mulher provoca"; Para 23% dos homens, "tem mulher que só para de falar se levar um tapa"; Para 12%, "se a mulher trair o marido, ele tem razão em bater nela"; 67% dos autores de violência presenciaram discussão entre os pais na infância, enquanto entre os não-agressores este número cai para 47%; 81% dos homens agressores apanhou de algum adulto quando criança. Segundo o estudo Violência contra a mulher no ambiente universitário, divulgado pelo Instituto Avon no ano passado, mais de 700 mil mulheres devem ser vítimas de assédio ou violência dentro das faculdades apenas este ano. A pesquisa mostra que 7% das universitárias afirmam que foram drogadas sem seu conhecimento e 7% já foram forçadas a ter uma relação sexual nas dependências da instituição ou em festas acadêmicas. Significa que 200 mil mulheres vão estar expostas a esta situação este ano. Violência contra a mulher no Brasil A taxa de homicídios contra mulheres no país aumentou 8,8% entre 2003 e 2013, segundo o estudo Mapa da Violência 2015 - Homicídios de Mulheres, produzido pela Flacso. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, um caso de estupro é notificado no Brasil a cada 11 minutos. Como menos de um terço dos estupros são registrados, é possível que eles ocorram a cada minuto no País. De acordo com o Ministério da Saúde, o abuso sexual é o segundo maior tipo de violência praticada no Brasil. Segundo o levantamento, 70% das pessoas estupradas são crianças e adolescentes de até 17 anos (cerca de 350 mil pessoas ao ano).  

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Dia de caos no Recife e em Olinda

Deslocamentos comprometidos na cidade devido aos inúmeros pontos de alagamento, empresas e universidades fechando devido ao risco dos seus empregados, clientes ou alunos saírem de casa e, por fim, mortes. Até agora 4 confirmadas. Assim começa a semana dos pernambucanos que moram na Região Metropolitana do Recife. Segundo a Apac, em seis horas, choveu 200 milímetros no Recife – mais da metade do esperado para todo o mês de maio (358 milímetros). A quantidade de água provocou alagamentos em diversos pontos da região. Uma parte do calçadão na Orla de Olinda desabou, e no Recife o túnel do bairro do Pina – mais baixo que as vias do entorno – ficou intransitável por causa do volume de água. Órgãos públicos, escolas e universidades paralisaram atividades porque funcionários e alunos não conseguiam chegar aos locais. Os engarrafamentos paralisam o trânsito nas cidades. A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Universidade de Pernambuco (UPE) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) cancelaram as aulas no turno da manhã e devem emitir novo alerta caso a chuva continue. O Judiciário também está praticamente paralisado. O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e os tribunais regionais do Trabalho e o Eleitoral suspenderam o expediente desta segunda na região metropolitana. Uma menina de quatro anos morreu após deslizamento de terra em Olinda. A casa dela, no Córrego do Passarinho, foi soterrada na madrugada, e o corpo foi retirado pelo Corpo de Bombeiros às 5h30 de hoje (30). O desastre é o primeiro com vítima registrado desde que o alerta de chuvas fortes foi divulgado pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), também na madrugada. Outra ação de socorro está sendo cumprida pelo Corpo de Bombeiros: um desabamento em Águas Compridas, outro bairro de Olinda. Três vítimas entre os escombros. (Da redação, com informações da Agência Brasil)

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IBGE completa 80 anos

Nas últimas oito décadas, o Instituto não apenas testemunhou as profundas transformações econômicas, sociais e ambientais ocorridas no país; ele contou a história dessas transformações. E contou de uma forma como só o IBGE, com seus levantamentos sistemáticos e a presença em todo o território brasileiro, poderia contar. Uma história que permite aos governantes, ao setor privado e a cada cidadão brasileiro compreender melhor o país e seus moradores, empreender mudanças e buscar os avanços desejados e necessários. Como esta é uma tarefa incessante e de proporções literalmente continentais, os anos passam, mas a missão do IBGE, de "retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento de sua realidade e ao exercício da cidadania", nunca envelhece. Para cumprir essa missão, o IBGE conta com a confiança e a colaboração da população e das empresas, além do trabalho e dedicação de seus cerca de 11 mil funcionários (entre permanentes e temporários), atuando na sede, no Rio de Janeiro, em unidades nas capitais dos 27 estados brasileiros e nas 584 agências distribuídas por todo o país. Completar 80 anos é um marco importante na trajetória do IBGE e não há forma melhor de celebrar do que convidando o país a se aproximar ainda mais desta instituição, que é um patrimônio de todos. O IBGE foi idealizado e fundado pelo baiano Mário Augusto Teixeira de Freitas (1890/1956). Iniciou suas atividades em 1936, com o nome de Instituto Nacional de Estatística (INE) e o objetivo de articular e coordenar as pesquisas estatísticas existentes no país. Em 1937 incorporou o Conselho Brasileiro de Geografia, passando a se chamar Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Para conhecer mais sobre nossa história, visite o site da Memória Institucional. Ao longo dessas oito décadas, o IBGE mostrou um Brasil que deixou de ser um país rural e se tornou urbano, com uma população que quase quintuplicou, passando de 42 milhões para 205 milhões de pessoas, vivendo cada vez mais e tendo cada vez menos filhos. Acompanhou as mudanças e a diversificação da estrutura da economia do país, que é ainda marcada pela forte concentração nos grandes centros e por intensas desigualdades sociais e regionais. Revelou que a estrutura das famílias se diversificou, indo muito além do tradicional casal de sexos diferentes com filhos, e mostrou como seus padrões de consumo sofreram alterações. Registrou que a internet chegou a 42% dos lares e já é utilizada por mais de 95 milhões de pessoas - embora mais de 1/3 dos domicílios ainda não tenham rede de esgoto. Mostrou que houve avanços importantes na educação e em relação à igualdade de gênero e cor/raça, mas que ainda há muitos jovens fora da escola, que as mulheres que trabalham ainda ganham cerca de 70% do rendimento dos homens e que a situação dos pretos e pardos em diversos indicadores sociais não chega ainda ao patamar da alcançada pelos brancos dez anos atrás. Investigou como o território nacional foi ocupado e modificado pelos mais diversos usos e documentou as alterações nos aspectos físicos dos 8.515.767,049 km2 de Brasil, como as mudanças nos limites político-administrativos, nos pontos extremos e nas alturas dos pontos culminantes do país, bem como as oscilações no nível médio do mar. Todas as informações produzidas pelo IBGE seguem padrões, metodologias e princípios fundamentais públicos e recomendados internacionalmente, entre os quais se destacam imparcialidade, ética, transparência, igualdade de acesso, eficiência e confidencialidade. O site na internet é a principal porta de entrada para o IBGE. Aqui é possível ter acesso a todos os resultados do trabalho do Instituto nas áreas de estatística e geociências; a produtos especiais dedicados a crianças, jovens e professores; além de conhecer os perfis das 27 Unidades da Federação e dos 5.570 municípios brasileiros. Também é possível saber como o Brasil está em relação aos demais países do mundo no que diz respeito a uma série de indicadores sociais, econômicos, ambientais e demográficos. O IBGE tem um abrangente banco de dados que pode ser acessado gratuitamente, um portal de mapas sobre os mais diversos temas, com uma ferramenta de mapas interativos, e uma biblioteca digital, onde é possível consultar e baixar, também sem custo, publicações atuais e históricas, como os Censos Demográficos desde 1872. Todas as divulgações do Instituto estão disponíveis na nossa Sala de Imprensa. O IBGE também está nas redes sociais Facebook, Twitter, Instagram e no Youtube, onde, entre outros, um conjunto de vídeos, da série “IBGE Explica”, detalham conceitos, definições e a importância de alguns de nossos estudos e pesquisas. Em 2016, o IBGE coroou seus 80 anos assumindo a importante tarefa de dirigir as discussões a respeito da produção e disseminação de estatísticas oficiais, a partir da eleição de sua presidente, Wasmália Bivar, como primeira mulher latino-americana a presidir a Comissão de Estatísticas da ONU. A trajetória e o reconhecimento internacional levam o IBGE a se reposicionar constantemente diante dos desafios contemporâneos. Atualmente o Instituto participa ativamente do processo de formulação dos indicadores de monitoramento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), eixo central da Agenda 2030 para os países das Nações Unidas. E como o tempo corre rápido, na velocidade das mudanças tecnológicas, o IBGE não para. Aos 80 anos, renova a cada dia a energia e a disposição para continuar fazendo parte da vida do Brasil e dos brasileiros.

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Rubem Rocha Filho – o eco da saudade... (Por Romildo Moreira)

São oito anos de ausência da ribalta pernambucana. O dramaturgo, ator, encenador e professor de teatro Rubem Rocha Filho partiu para a eternidade (como diria Nelson Ferreira) em 28 de maio de 2008, deixando na cidade que escolheu para viver, Recife, uma vasta legião de admiradores, que não se restringe ao segmento teatral, mas extensiva está a toda uma roda viva intelectual da Veneza Brasileira. Com berço carioca (1939), formação acadêmica americana na Wesleyan (em Connecticut) onde cursou Dramaturgia, extensão profissional em Londres, escrevendo e produzindo programas de rádio para a BBC, com o requinte de ter feito teatro na Academia Silvio D’Amico, em Roma, Rubem Rocha Filho se reeducou como brasileiro na capital pernambucana, inicialmente tragado pela cultura popular nordestina que lhe fora apresentada por Hermilo Borba Filho e na sequência, por irmana-se com o jeito pernambucano de ser, mantendo, involuntariamente, o sotaque das terras de São Sebastião do Rio de Janeiro. No mais, Rubem era Pernambuco em primeiro lugar. Foi em Recife que ele pôde se dedicar com mais afinco a sua produção literária, com ressonância nacional, tanto na dramaturgia quanto em ensaios que publicou. E é desta última categoria literária que passamos a discorrer, tendo como recorte dois títulos imprescindíveis aos que fazem teatro, que são: A personagem dramática e Anjo ou Demônio, malandro ou herói. Estes dois trabalhos engrandecem a bibliografia do teatro brasileiro, pelo olhar profundo de um ensaísta comprometido com o mundo submerso, lançando olhares que pululam todos os aspectos do fazer teatral, recusando-se a ficar na leveza de uma superficialidade de estudo para a sua escrita. Daí o sucesso. Daí a contribuição ensaística ao teatro brasileiro. Daí, A personagem dramática ser o trabalho escolhido em 1º lugar no VII Concurso Nacional de Monografias – Prêmio Bricio de Abreu 1983/1984 do Ministério da Cultura, por uma Comissão Julgadora formada por Décio de Almeida Prado, Sábato Magaldi e Yan Michalski. É corrente entre artistas, críticos e pesquisadores do teatro brasileiro a afirmação que o ensaio de Sábato Magaldi intitulado O texto no teatro (Ed. Perspectiva, São Paulo 1989) e o de Rubem Rocha Filho A personagem dramática (Ed. minC – INACEN, Rio 1986), se complementam, oferecendo uma ampla possibilidade de técnica de análise dramática, formando, juntos, uma extraordinária contribuição da escritura teatral brasileira para o teatro ocidental na atualidade. Quanto a Anjo ou Demônio, malandro ou herói (Ed. Fundação de Cultura Cidade do Recife – 1998), ensaio vencedor do Prêmio Jordão Emereciano do Conselho de Cultura da Prefeitura do Recife em 1997, Rubem torna sólida uma pesquisa sobre a presença do negro no teatro brasileiro, para o qual foi maturando o assunto em diversas oportunidades, entre as quais o artigo que escreveu em 1968, meio às comemorações aos 80 anos da Abolição da escravatura, passando pelas discussões ocorridas em um Seminário realizado na Fundação Joaquim Nabuco, no Recife, que tratava da presença do negro em nossa dramaturgia, assim como no II Congresso Afro-brasileiro, também promovido por esta mesma Fundação. Do prefácio desta publicação, assinado por Lucila Nogueira, destacamos os dois últimos parágrafos que diz: “... Anjo ou demônio, malandro ou herói é leitura obrigatória, não só para estudiosos do nosso Teatro, mas para quem deseja conhecer mais das atitudes de um Brasil que escamoteia seu racismo. – Trata-se, na estatística teatral brasileira, de obra viva, corajosa e única, a partir, inclusive da sedução de sua escrita”. – Aqui, aproveitamos para recomendar às obras citadas a novíssima geração de artistas da cena local. Pois bem, no eco da saudade, o alento de uma obra que permanece no convívio de pessoas que dedicam a sua existência a arte teatral, aqui e alhures, agora e para sempre. Obrigado Rubem! Romildo Moreira – ator, autor e diretor teatral

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Uma IPA Hop com personalidade (Por Rivaldo Neto)

A Burgman é uma cervejaria da cidade de Sorocaba-SP, vem se destacando na produção de cervejas artesanais e já dispõe de interessantes estilos, com muito equilíbrio e destaque no sabor. Há 10 anos no mercado, a cervejaria tem uma produção mensal de aproximadamente 100 mil litros/mês. Sempre em processo de inovação e lançando novos rótulos, a Burgman usa na sua produção, maltes e lúpulos importados, insumos que fazem toda a diferença para os apreciadores de plantão. Para os amantes de uma cerveja que agregue frescor e amargor marcante, mas sem ser agressivo, uma excelente pedida é a Ipa Hop. Vendida em garrafas de 600ml, possui uma graduação de 6%vol, tendo uma tonalidade amarelo escura, sendo um pouco turva, pois não é filtrada, para receber o dry-hopping, contendo boas porções de lúpulo Cascade. Explicando melhor, o dry-hopping é um processo que faz com que a cerveja fique mais “potente”, é um método essencialmente inglês, que se popularizou nos EUA, que consiste em colocar o lúpulo durante o processo de fermentação, o que também intensifica a aromatização da bebida. Deve ser servida em copos estilo “Pints” ou caldereta. Esse tipo de cerveja pode ser harmonizado com um simples caldinho de feijão, ou queijos como o Gouda, roquefort ou Brie. Ou também com comida mexicana, pois a sua refrescância, dá um toque ideal para contrabalancear com sabores, digamos, mais intensos. Essa cerveja tem um preço que varia de R$ 22,00 a R$ 28,00, sendo facilmente encontrada nos estabelecimentos que comercializam cervejas artesanais, ou bares que tenha uma boa carta da bebida. *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet na horas vagas  

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Bolsas de doutorado na Europa para áreas de tecnologia e arte criativa

O Projeto EBW+ recebe até o dia 31 de agosto candidaturas para sua 3ª Convocatória, aberta a estudantes brasileiros de doutorado que desejem realizar um período de estudos/investigação de um ou dois semestres na Europa. Para serem elegíveis, os estudantes devem estar matriculados num curso de doutorado na área de Artes Criativas (música, design, dança, cinema) ou Engenharia/Tecnologia numa Instituição de Ensino Superior do Brasil, parceira ou não do programa . A bolsa cobre taxas de matrícula na instituição de acolhimento, viagem de ida e volta, seguro completo de acidente, saúde e viagem e um auxílio mensal de € 1500 euros para cobrir despesas de subsistência. A candidatura deve ser feita através do site do projeto. As mobilidades serão iniciadas em 2017 e os destinos elegíveis são: Technische Universität Dresden (Alemanha), Université Lille 3 (França), Université de Rouen (França), Rigas Tehniska Universitate (Letônia), Università ta’ Malta (Malta) e Uppsala Universitet (Suécia). (Da UFPE)

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Não, a culpa não é das mulheres

Entre tantos detalhes cruéis que envolveram a jovem de 16 anos, estuprada por 33 homens no Rio, chama a atenção a mensagem que ela postou no Facebook depois do terrível acontecido: “obrigada pelo apoio de todos. Realmente pensei que seria julgada mal." Na certa a jovem acreditou que a sociedade impingisse a ela a culpa por ter sido violentada. E esse pensamento não foi à toa. Muitas mulheres nem chegam a fazer a denúncia após o estupro, temendo ser acusadas por ter seduzido os homens. Para muitos brasileiros não faltam razões para pensar dessa forma: a mulher estava com roupas curtas, bebendo, em lugar e hora errados. Um pensamento, que como lembrou a jornalista Claudia Colluci, em artigo na Folha de S. Paulo, chegou a ser revelado em pesquisa do Ipea, de 2014: 26% dos entrevistados consideram que “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”. Mais recentemente, a revista Veja elogiou a mulher do presidente interino Michel Temer, Marcela, entre outros atributos por ser “recata”. O que causou críticas e sátiras nas redes sociais. Ora, não se trata de criticar a primeira-dama interina – afinal, todos têm o direito de ser o que são. Como diria o mestre Caetano Veloso, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. O que não se pode, porém, é colocar o recato como um padrão ideal a ser seguido pela população feminina. Mulheres são vistas pelos homens como objetos sexuais e não como seres humanos que têm o direito de se vestir e andar como bem entendem. Esse é o real motivo que as tornam vítimas de atos de barbárie. Um ponto positivo é que a terrível experiência da jovem carioca provocou repúdio nas redes sociais e levantou revelou a chamada “cultura do estupro”. Já passou da hora de expurga-la de nossa sociedade. Cláudia Santos

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Temer anuncia departamento especial sobre mulher na PF

O presidente interino, Michel Temer, divulgou hoje (27) nota de repúdio ao estupro de uma jovem de 16 anos, no último fim de semana, no morro São José Operário, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro. De acordo com o relato da jovem à polícia, ela teria sido violentada por 33 homens. Na mesma nota, Temer diz que irá criar um departamento na Polícia Federal para investigar crimes contra a mulher. “É um absurdo que, em pleno século 21, tenhamos que conviver com crimes bárbaros como esse”, avaliou Temer. O comunicado destaca que o Ministério da Justiça e Cidadania convocou uma reunião para a próxima terça-feira (31) com secretários de segurança pública de todo o país em uma tentativa de combater a violência contra mulheres. Ainda segundo Temer, será criado um departamento na Polícia Federal – semelhante à Delegacia da Mulher da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo – para agrupar informações estaduais e coordenar ações em todo país. Quando atuou como secretário de Segurança do governo de São Paulo, Michel Temer instituiu a primeira Delegacia da Mulher no Brasil. “Nosso governo está mobilizado, juntamente à Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, para apurar as responsabilidades e punir com rigor os autores do estupro e da divulgação do ato criminoso nas redes sociais”, concluiu o presidente interino. Mais cedo, o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, divulgou nota de repúdio ao estupro. No comunicado, o ministro afirma repudiar veementemente o que chamou de crime hediondo praticado contra a adolescente. O estupro, na avaliação de Moraes, representa a maior violência à dignidade da mulher e deve ser duramente reprimido. Caso A Polícia Civil do Rio de Janeiro já identificou quatro homens suspeitos de terem participado do estupro de uma jovem de 16 anos, no fim de semana passado, no morro São José Operário, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio. De acordo com relato da jovem à polícia, ela teria sido estuprada por 33 homens. Em depoimento à polícia, a adolescente contou que foi visitar o namorado em uma casa no alto da comunidade que era usada por homens ligados ao tráfico de drogas na região. Imagens postadas pelos supostos agressores no Twitter geraram indignação ao mostrarem a menina desacordada e nua. No vídeo, um homem admite: “uns 30 caras passaram por ela”. Dos quatro identificados até o momento, dois são suspeitos de terem divulgado as imagens nas redes sociais; um é o rapaz que tinha um relacionamento com a jovem; e o quarto identificado aparece no vídeo ao lado da garota. Em nota, a Polícia Civil informa que a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) e a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) estão trabalhando de forma integrada na investigação do crime. A vítima do estupro coletivo foi levada na manhã de ontem (26) para o setor de ginecologia do Hospital Maternidade Maria Amélia, no centro do Rio, onde fez exames e tomou medicamentos para evitar doenças sexualmente transmissíveis e aids. Piauí No Piauí, a Polícia Civil também investiga caso de estupro coletivo, com a participação de pelo menos cinco pessoas que teriam violentado uma adolescente de 17 anos no município de Bom Jesus na última sexta-feira (20). Até o momento, quatro menores de idade e um rapaz foram presos suspeitos de participação no crime. De acordo com a corporação, a jovem foi encontrada amarrada em uma obra abandonada. A vítima precisou receber atendimento médico, mas já recebeu alta. Após uma briga com o namorado, ela teria ingerido bebida alcoólica e os suspeitos se aproveitaram do momento para cometer o crime. A Polícia Civil ainda aguarda o resultado de exames periciais. Em nota divulgada ontem (26), a ONU Mulheres Brasil se solidarizou com a jovem e com a adolescente de 16 anos também vítima de estupro coletivo no Rio de Janeiro. No comunicado, a entidade pede ao Poder Público dos dois estados que seja incorporada a perspectiva de gênero na investigação, no processo e no julgamento dos casos. A organização também pede à sociedade brasileira “tolerância zero” a todas as formas de violência contra as mulheres e a sua banalização. (Da Agência Brasil)

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