Saúde – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Saúde

Movimento que muda: a importância do exercício físico no controle do TDAH

Outubro é marcado por diversas campanhas de conscientização, e uma delas, o “Outubro Laranja”, traz à tona a importância do exercício físico para a inclusão e qualidade de vida de pessoas diagnosticadas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). A iniciativa busca conscientizar a população sobre como a prática regular de atividades físicas pode ser uma aliada fundamental no manejo dos sintomas do transtorno, contribuindo para o bem-estar mental e social desses indivíduos. A Revista Algomais conversou com o Profissional de Educação Física, JP Lima, que também é fundador do Clube do Personal. O TDAH é um transtorno neurobiológico que afeta cerca de 5% da população mundial, caracterizado por sintomas como desatenção, hiperatividade e impulsividade. Esses sintomas dificultam a vida acadêmica, social e profissional de quem convive com o transtorno, gerando desafios para o desenvolvimento pessoal. A campanha “Outubro Laranja” destaca que, além do tratamento convencional com psicoterapia e, em alguns casos, medicação, o exercício físico tem sido apontado como uma ferramenta eficaz no auxílio ao controle dos sintomas. Estudos recentes mostram que a prática regular de exercícios físicos, como corrida, natação, ciclismo e esportes coletivos, promovem a liberação de neurotransmissores como dopamina e serotonina. Esses neurotransmissores estão diretamente ligados à regulação do humor e à melhoria da concentração, elementos fundamentais para pessoas com TDAH. JP Lima diz: “O exercício físico traz muitos benefícios para quem tem TDAH. A atividade física melhora a concentração e o foco, já que aumenta os níveis de dopamina e norepinefrina no cérebro – neurotransmissores que ajudam na atenção. Além disso, o exercício libera endorfinas, que contribuem para a regulação do humor, reduzindo ansiedade e depressão. A prática regular também ajuda a controlar a impulsividade, já que fornece uma forma saudável de gastar energia acumulada, enquanto atividades como ioga e artes marciais ensinam autocontrole e disciplina”. Tipos de exercícios indicados para hiperatividade e impulsividade “Atividades aeróbicas intensas, como corrida, ciclismo e natação, são ótimas para controlar a hiperatividade, pois ajudam a liberar energia e aumentam a atenção. As artes marciais também são muito indicadas, pois além de serem fisicamente desafiadoras, ensinam autocontrole e respeito a regras. Já o treino de força e ioga oferecem uma abordagem mais focada, trabalhando a impulsividade e promovendo a calma, respectivamente”, revela JP Lima. Ao proporcionar essas melhorias, os exercícios ajudam a reduzir o estresse, a ansiedade e melhoram o foco, o que se reflete positivamente no cotidiano desses indivíduos Além dos benefícios neurológicos, a inclusão de pessoas com TDAH em ambientes de prática esportiva e de treinos tem um importante papel social. “Esportes coletivos, como futebol ou basquete, são uma excelente forma de desenvolver habilidades sociais em pessoas com TDAH. Eles ensinam a trabalhar em equipe, a comunicar-se melhor e a lidar com vitórias e derrotas de forma saudável. Além disso, criar estratégias em grupo e participar de rituais esportivos (como gritos de guerra) reforça o sentimento de pertencimento e identidade, o que é essencial para quem busca se sentir parte de um grupo”, informa JP Lima. A interação em grupos e equipes promove o desenvolvimento de habilidades interpessoais e reforça a sensação de pertencimento. Isso é fundamental para evitar o isolamento social, um problema comum para muitos que enfrentam dificuldades em manter relacionamentos estáveis ou se adaptarem a ambientes altamente estruturados, como escolas ou locais de trabalho. “Manter alunos com TDAH engajados durante o exercício é precisor bastante experiência, pois eles tendem a se distrair facilmente, perder o interesse ou agir impulsivamente. Para lidar com isso, é importante variar as atividades, usar instruções claras e objetivas, e dar feedback imediato. Incluir exercícios mais intensos no início da sessão ajuda a gastar energia, enquanto pausas regulares mantêm o foco e evitam a frustração. Além disso, ajustar a dificuldade dos exercícios e usar elementos lúdicos contribui para uma experiência mais positiva e envolvente”, diz o personal trainner. Assim, o “Outubro Laranja” reforça a ideia de que o movimento vai além dos benefícios físicos. Ele é uma ponte para a inclusão, para o fortalecimento da autoestima e para a promoção de uma vida mais saudável e equilibrada para aqueles que convivem com o TDAH. JP Lima é Profissional de Educação Física, Fundador do Clube do Personal e Mentor de negócios de estudantes e profissionais de educação física. @personal_expert Quase metade dos consumidores de artigos esportivos prefere as compras on-line PESQUISA Entre os brasileiros das classes C, D e E que dizem ter intenção de compra nos próximos 12 meses, 76% responderam ‘com certeza’ e ‘provavelmente’ para vestuário e 64% para outros artigos esportivos. Esses percentuais representam 84,4 milhões e 71,1 milhões potenciais consumidores, respectivamente. As informações estão na pesquisa ‘Mercado da maioria – Como a força da população de baixa renda está transformando o setor de varejo e consumo no Brasil’, realizada pela PwC e pelo Instituto Locomotiva.    O estudo revela ainda que, na última década, 83% dos respondentes aumentaram o consumo de pelo menos uma das 13 categorias pesquisadas. Nesse período, 46% dos brasileiros das classes C, D e E passaram a comprar mais itens de vestuário, e 43% de artigos esportivos. “Quando se pensa nas projeções para os próximos dez anos, esses índices são de 37% de consumo de vestuário e 34% para demais artigos esportivos”, prevê Helena Rocha, líder de Consumo e Varejo da PwC Brasil. Dividido entre as classes C, D e E, o “Mercado da Maioria” representa 76% da população brasileira e responde por quase metade do consumo do país. A pesquisa foi realizada com mais de 2,3 mil pessoas em todas as regiões do país e contou ainda com entrevistas por vídeo com lideranças de grandes empresas do setor de varejo e consumo. @pwcbrasil COMPORTAMENTO Treinando o olho: não caia na cilada das compras de roupas de academia. Analise o conforto e o estilo. No mundo das compras online, investir em roupas e tênis de academia pode ser tão fatigante quanto um treino intenso. Enquanto a promessa de um estilo visual para os treinos seduz, a realidade muitas vezes revela um cenário mais complicado: peças

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90% dos profissionais trocariam de emprego por saúde mental e bem-estar

Estudo do Infojobs aponta insatisfação com o ambiente de trabalho e urgência no cuidado com a saúde mental A saúde mental, satisfação e felicidade no ambiente de trabalho tornaram-se prioridades para 90% dos profissionais brasileiros, de acordo com uma pesquisa do Infojobs, HR Tech especializada em soluções para RH. O levantamento, realizado em setembro de 2024, aponta que a maioria dos trabalhadores consideraria trocar de emprego para garantir uma melhor qualidade de vida e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Segundo Hosana Azevedo, Head de Recursos Humanos do Infojobs, há uma transformação na maneira como os profissionais enxergam suas carreiras. “As pessoas não estão mais dispostas a sacrificar seu bem-estar em troca de um salário”, afirma ela. “Trabalhar com propósito e equilíbrio emocional é fundamental para uma vida profissional saudável.” O estudo também revela que 56% dos entrevistados não se sentem felizes em seus atuais empregos, e 62% relatam falta de segurança psicológica no ambiente de trabalho. Lideranças tóxicas (66%), cobranças excessivas (41%) e a ausência de reconhecimento (40%) foram apontados como os maiores desafios para a saúde mental no trabalho. Além disso, 83% dos entrevistados já passaram por situações em que precisaram, ou conhecem alguém que precisou, se afastar por questões de saúde mental. Em 86% dos casos, as empresas não estavam preparadas para lidar com esses afastamentos, reforçando a necessidade de uma cultura organizacional mais acolhedora. Estresse elevado e falta de equilíbrio A pesquisa também revelou que 42% dos profissionais classificaram seus níveis de estresse como altos (entre 8 e 10), enquanto a qualidade de vida no trabalho foi avaliada de forma insatisfatória por uma grande parcela dos entrevistados. Apenas 51% acreditam que conseguem equilibrar satisfatoriamente a vida profissional e pessoal. Hosana Azevedo destaca que “as empresas precisam ser aliadas na promoção da saúde mental. Criar um ambiente acolhedor, onde os colaboradores se sintam valorizados e seguros, é essencial não só para evitar afastamentos, mas para promover o desenvolvimento pleno de seus talentos.” A pesquisa reflete a urgência de se tratar a saúde mental como prioridade nas organizações. O futuro do trabalho, como aponta Hosana, está nas pessoas: “Negligenciar a saúde mental não apenas prejudica os profissionais, mas também impacta o sucesso das empresas. É vital que a saúde mental seja integrada à cultura organizacional, promovendo um ambiente mais saudável e produtivo.”

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Sedentarismo: uma epidemia silenciosa que afeta milhões de pessoas no mundo

Reportagem: Jademilson Silva Em um mundo cada vez mais digital e sedentário, o personal trainer Raphael Alencar nos oferece uma visão sobre os impactos do sedentarismo na saúde física e mental. Para ele, o sedentarismo é mais do que a simples falta de atividade; é uma epidemia silenciosa que afeta milhões. “Sedentarismo é a falta de atividade física regular no dia a dia, ou seja, não praticar pelo menos 3 a 5 sessões de atividade física moderada a vigorosa por semana”, explica Raphael Alencar. Os efeitos são alarmantes: aumento do sobrepeso, hipertensão, diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares, além de um risco elevado de alguns tipos de câncer. No âmbito mental, a falta de atividade física está ligada ao aumento de casos de ansiedade e depressão. Quase 50% da população brasileira é sedentária, com um foco maior em idosos, mulheres e pessoas com deficiência. Mas, por que isso acontece? O nível socioeconômico está diretamente relacionado ao sedentarismo. Indivíduos de classes mais baixas enfrentam barreiras, como falta de recursos e jornadas exaustivas de trabalho, que dificultam a prática de atividades físicas. A era digital e saúde mental O aumento do trabalho remoto, acelerado pela pandemia de COVID-19, também desempenhou algumas circunstâncias. “As pessoas se movimentam cada vez menos, já que muitos optam por resolver tudo digitalmente”, afirma Raphael Alencar. Esse comportamento não só limita a atividade física, mas também potencializa os riscos associados à saúde. Raphael menciona as doenças mais impactadas pelo sedentarismo, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. “A diabetes, por exemplo, está ligada à incapacidade do corpo em produzir insulina, aumentando o risco de complicações graves, como problemas cardíacos e neuropatias”, explica. Os dados são preocupantes: o sedentarismo é um dos principais responsáveis pelo aumento de mortes por doenças como infarto e AVC. No que diz respeito à saúde mental, a situação não é menos grave. “O exercício físico libera endorfinas, que promovem a sensação de felicidade e reduzem os níveis de estresse”, afirma. Com isso, ele ressalta que o exercício é um aliado essencial no combate à depressão e ansiedade. Estratégias de prevenção Para prevenir o sedentarismo, o personal trainer sugere a criação de rotinas de exercícios e a adoção de hábitos alimentares saudáveis. “A interação social também é importante; cercar-se de pessoas ativas pode motivar você a se movimentar mais”, sugere. Os profissionais de educação física, segundo Raphael Alencar, têm um papel fundamental na motivação das pessoas. “O uso das redes sociais para compartilhar resultados e dicas pode criar uma voz interior que impulsiona mudanças positivas”, enfatiza. Tecnologia: aliada ou inimiga? Enquanto a tecnologia contribui para o sedentarismo, também pode ser uma ferramenta de combate. “Com aplicativos e treinos online, é possível se exercitar em qualquer lugar”, afirma Raphael Alencar. No entanto, ele adverte sobre o uso excessivo de dispositivos que oferecem “dopamina barata”, levando à inatividade. Para aqueles que buscam incorporar mais atividade física, Raphael Alencar recomenda: “Estabeleça horários, planeje seu dia e escolha atividades que você realmente goste”. Além disso, sugere que as pessoas busquem opções que estejam próximas de casa ou do trabalho, facilitando a adesão à rotina. Raphael Alencar nos convida a refletir sobre a importância de sermos ativos em um mundo que valoriza a inatividade. “O movimento é vital, não só para o corpo, mas para a mente. É hora de tomar uma atitude”, conclui. Se você ainda está hesitante, lembre-se: a mudança começa com um pequeno passo. Raphael Alencar é formado pela Escola Superior de Educação Física (ESEF) da Universidade de Pernambuco (UPE) e especializado em treinamento de força e treinamento funcional para emagrecimento e melhora na qualidade de vida @raphaa_treinador Recifitness e Recife Nutrition promovem conhecimento e inovação no universo fitness A edição deste ano da Recifitness trouxe um grande diferencial: a Arena do Conhecimento, um espaço gratuito dedicado a debates com importantes nomes do cenário fitness local. Além disso, o Recife Nutrition, evento paralelo focado em cursos de nutrição, ofereceu capacitações que abordaram temas essenciais para a alimentação e a saúde. Segundo Ítalo Mesquita, profissional de educação física e coordenador acadêmico da Recifitness, a Arena do Conhecimento foi uma excelente oportunidade de ampliar o diálogo sobre o universo fitness. “Nosso objetivo foi reunir especialistas que pudessem contribuir com conteúdos ricos e inovadores, fortalecendo o setor e capacitando os profissionais da área”, afirma Ítalo. Já a nutricionista Thay Miranda, coordenadora acadêmica do Recife Nutrition, destaca a importância dos cursos oferecidos no evento. “Procuramos trazer abordagens atualizadas sobre nutrição, focando tanto no público profissional quanto estudantes que buscam mais conhecimento sobre a alimentação saudável. A troca de informações foi intensa e enriquecedora”, enfatiza Thay. Com essa união de espaços, a Recifitness e o Recife Nutrition fortaleceram ainda mais sua posição como eventos de destaque no setor de saúde, bem-estar e fitness. Selfit concorre a prêmio de avaliação positiva no mercado Apenas em 2024, a rede de academias Selfit já foi premiada com o “Selo de Excelência em Franchising” pela ABF, o “Selo 5 Estrelas” da revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, que a destacaram pela qualidade no setor de franquias. A Selfit também aparece entre as 10 franquias mais promissoras para este ano, com uma trajetória de expansão que anuncia mais inaugurações previstas até o final de 2024. Além da expansão, a Selfit também cresce no atendimento ao cliente. A academia está concorrendo ao título de uma das melhores avaliadas no “Reclame Aqui”, com o selo RA1000. Segundo a maior plataforma de pesquisa, reputação e confiança da América Latina, a rede está com 9,1% das reclamações resolvidas e uma nota média de 8,78. Recentemente, a marca recebeu o selo Great Place to Work (GPTW), um dos principais certificados de qualidade que reconhecem a excelência no ambiente de trabalho. Esse selo é concedido a empresas que se destacam ao valorizar seus colaboradores, promovendo uma cultura organizacional fundamentada em confiança, respeito e crescimento pessoal. Para Fernando Menezes, CEO da Selfit, o crescimento e o reconhecimento são motivos de orgulho. “Nosso foco é criar ambientes acessíveis e de qualidade para todos. Estamos comprometidos em transformar

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Setembro Amarelo: alimentação é importante para a saúde mental

No mês dedicado à conscientização sobre saúde mental, é normal pensar em coisas que afetam o bem-estar psicológico. No entanto, o que muitas pessoas deixam passar em branco é que a alimentação é um fator importantíssimo para o equilíbrio do cérebro. Os nutrientes ingeridos diariamente afetam a química cerebral e, consequentemente, o humor e as funções cognitivas. Alimentos podem ser capazes de expandir a saúde da mente, mas também o contrário, dependendo da dieta, o consumo constante de certas substâncias pode ser prejudicial. Izabele Acioli, nutricionista, explica a relação entre alimentação e saúde mental: ‘‘O bem-estar psicológico não depende unicamente da alimentação, mas é um fator que pode contribuir muito, principalmente quando falamos de rotinas agitadas e estressantes. Uma alimentação equilibrada, que inclui a combinação adequada de minerais, vitaminas e nutrientes pode beneficiar as funções cerebrais, aumentar os níveis de energia, melhorar a concentração e ajudar a regular as emoções’’.  A nutricionista cita alimentos comuns que refletem na química cerebral. ‘’Comidas ricas em ômega-3, por exemplo, como peixes e nozes, ajudam a reduzir inflamações cerebrais e contribuem para melhorar os sintomas de desânimo e agitação. Por outro lado, dietas ricas em açúcar e alimentos ultraprocessados podem causar desequilíbrios hormonais, o que influencia na fadiga e estresse, afetando negativamente o humor. Importante frisar que o mal está no exagero, comer um pastel ou um bolo recheado em momentos de confraternização é comum e adequado, mas estas, por exemplo, são refeições que não devem estar na sua dieta diária’’, acrescenta. Carol Costa Júnior, psicólogo, destaca que uma alimentação adequada pode contribuir muito em tratamentos psicológicos. “A alimentação tem um papel essencial no equilíbrio emocional e no tratamento de questões psicológicas. Quando falamos de saúde mental, muitas vezes nos concentramos apenas na parte sentimental e comportamental, mas esquecemos que o cérebro é um órgão que precisa ser nutrido adequadamente. Uma dieta adequada é fundamental para a produção de neurotransmissores, como a serotonina e a dopamina, que regulam nosso humor e emoções, que podem melhorar o bem-estar geral e potencializar o efeito das intervenções psicológicas’’. Há diversas maneiras de aderir a uma dieta saudável na rotina, composta por alimentos naturais, frutas e verduras. Ter um planejamento também pode ser essencial em alguns casos. Por isso, uma consulta com um nutricionista ajuda a criar cardápios personalizados conforme as necessidades de cada um. Além disso, alimentos ultraprocessados e cheios de aditivos químicos podem desbalancear a dieta, logo, atentar-se aos rótulos dos produtos também é uma boa forma de saber os ingredientes presentes nas comidas. Para apoio na saúde mental, algumas faculdades oferecem tratamento psicológico, como: Atendimento psicológico sem custos No Recife, o Centro Universitário Estácio oferece atendimento psicológico sem custos para crianças e adultos, no campus da Avenida Abdias de Carvalho. Informações e agendamento pelo telefone (81) 3225-8901. Atendimento psicológico com pequena taxa As Clínicas-Escola da UNINASSAU ofertam acolhimento, aconselhamento e psicoterapia infanto-juvenil, para adultos e idosos. Os atendimentos, que possuem valor simbólico, são realizados por estudantes, sob supervisão de professores. Para agendamento e outras informações: Hospital Santa Joana Recife promove corrida no Dia Mundial do Coração Com o objetivo de educar pelo exemplo e chamando a atenção para a oportunidade de prevenção, através do estilo de vida saudável, dos dois grupos de doenças não transmissíveis que mais matam no mundo, o câncer e as doenças cardiovasculares, será realizada na capital pernambucana, a 1ª Corrida do Hospital Santa Joana Recife. O evento promovido em conjunto com o ISEP, Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital, acontece no domingo (29/09), Dia Mundial do Coração. A iniciativa dos médicos oncologistas e cardiologistas da instituição pretende reunir cerca de 500 pessoas, entre médicos, pacientes e público em geral que realizaram a inscrição. A concentração será às 5h e a largada às 6h, na Rua Correia de Araújo, por trás do Hospital Santa Joana. O percurso passa pela Avenida Rui Barbosa, Agamenon Magalhães, Rua Joaquim Nabuco, Parque Lúcia Moura, Beira Rio, Rua Amélia, Avenida Rui Barbosa, e a chegada com retorno a Rua Correia de Araújo, onde serão entregues medalhas e kit lanche, além da realização de atividades físicas com os profissionais presentes. Corrida solidária arrecadará fundos para o Hospital de Câncer de Pernambuco A Terry Fox Run Recife, que é uma corrida solidária, acontecerá em todo o mundo e arrecadará fundos para pesquisas contra o câncer infantil. A edição em Pernambuco do evento acontecerá no dia 19 de outubro, no Parque Santana Ariano Suassuna, na zona norte do Recife, com aquecimento às 6h e largada às 7h30. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas clicando AQUI As categorias abrangem os seguintes percursos: Corrida Oficial, com 5km (idade mínima de 15 anos); Caminhada da Família, com 2,5 km (idade mínima de 10 anos); e Corrida Infantil, com 200m (entre 3 a 9 anos). Nessa primeira edição, toda a renda será revertida como doação para o Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP), instituição referência no tratamento de tumores ósseos, como o osteossarcoma, atendendo cerca de 90% dos casos desse tipo de neoplasia no Estado. A organizadora da corrida é escola bilíngue ABA Maple Bear. “Nós temos ciência da grande força que o HCP representa, sendo um centro de referência no tratamento oncológico no Nordeste, além de se destacar no investimento em pesquisas ortopédicas. Ao organizar essa corrida beneficente, a ABA Maple Bear amplia seu papel educador, promovendo não apenas o conhecimento acadêmico, mas também valores como solidariedade e empatia. Essa ação engaja a comunidade escolar em causas sociais, reforçando a importância de formar cidadãos conscientes e comprometidos com o bem-estar coletivo”, explica Daniel Santos, CEO da ABA.  Histórico – Terry Fox foi um grande ativista canadense na luta contra o câncer. Aos 22 anos de idade, depois de perder uma de suas pernas para um osteossarcoma (tumor ósseo maligno), decidiu cruzar o Canadá correndo para arrecadar fundos para pesquisas para o tratamento do câncer. Ele percorreu aproximadamente 5.300km e chamou sua jornada de “Marathon of Hope” (Maratona da Esperança). Fox foi obrigado a parar quando soube que seu câncer

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Calistenia: a arte de usar o próprio corpo para se exercitar ganha espaço no Recife

A calistenia tem se tornado cada vez mais popular no Brasil, incluindo o Recife. A prática de exercícios utilizando apenas o peso do próprio corpo atrai muitas pessoas por sua eficiência, acessibilidade e os benefícios para a saúde e o condicionamento físico. “A calistenia é um método de treinamento que utiliza o peso do próprio corpo para trabalhar a força e resistência muscular, dispensando a necessidade de equipamentos de academia. Além de aumentar a flexibilidade e a mobilidade, a calistenia desenvolve a consciência corporal”, diz o personal trainer Rodrigo Souto.  Segundo o prof. Rodrigo Souto, a calistenia oferece benefícios físicos e mentais. Benefícios físicos Benefícios mentais Prof. Rodrigo Souto complementa sobre a perda de peso: “Quanto a perda de peso, a calistenia pode ser eficaz quando combinada com uma dieta equilibrada, mas é preciso adotar também uma nova rotina para sua nova vida ou você vai passar por uma mudança física e metal”. Os princípios básicos da calistenia incluem Níveis de condicionamento Calestemia é uma modalidade para todas as pessoas Essa prática pode ser realizada para ambos os sexos, tendo em vista que a calistênia não tem restrições de gênero nem de idades. Pode ser praticada por crianças, adultos eidosos e grupos especiais, mas atenção, pois devem ter cautela: Isso porque a pessoa tem que informar que tem alguma lesão previamente ou alguma patologia pré-existente. É importante que você consulte um profissional se tiver lesões ou condições médicas. Mulheres grávidas devem adaptar os exercícios com orientação médica. Já os Idosos passam pormovimentos ajustados e a intensidade conforme a capacidade física.Outro ponto importante, você tem que sempre aquecer manter a postura correta e progredir gradualmente. Nos últimos anos, a calistenia tem experimentado um crescimento notável como prática esportiva. Depoimento “Tudo começou no final de 2014, por volta do mês de outubro desse mesmo ano, já praticava alguns esportes como o jiu-jitsu e musculação regular, além estudar Educação Física na faculdade. Mas, nesse mesmo ano eu perdi meu emprego e passei por uma separação conjugal difícil e fiquei sem saber o que fazer naquele momento. Foi quando um amigo do próprio jiu-jitsu me convidou para experimentar uma aula de alongamento misturado com força, tudo junto. Na época ele tinha me falado o nome da modalidade, mas eu também não prestei muita atenção e fui fazer essa aula com um professor convidado na turma de jiu-jitsu, ele fez apresentação para toda turma e falou um pouco sobre a modalidade que tínhamos que realizar os exercícios com o nosso corpo naquele momento, ele deu início ao alongamento e foi conduzindo a turma toda a realizar os exercícios sugeridos. Pois bem, eu já estava acostumando com o puxar e empurrar da luta e com as cargas da musculação, mas nuca tinha vivenciado algo tão interessante sobre uma prática como aquela, ele nos pedia para realizamos movimentos fácies de fazermos, mas tinha uma combinação de tempo de suspenção que tínhamos que ficar logos períodos na mesma posição, isso foi nos deixando cada mês mais cansados e exigia uma concentração total e a aula foi muito boa. Toda turma terminou exausta com aqueles movimentos. Dai eu comecei a estudar a modalidade e realizar com mais frequência ate que me formei e hoje utilizo desses movimentos para recuperar meus alunos e a desfilá-los a se superarem a cada dia”.  Rodrigo Souto é personal trainer e ministra aulas de calistenia no Recife – @professor.rodrigo.souto Saúde Integral: nutrição como aliada fundamental na fisioterapia para transformar vidas. Confira! Você sabia que a nutrição desempenha um papel importante nos tratamentos de fisioterapia, contribuindo significativamente para alcançar melhores resultados e prevenir problemas de saúde relacionados a doenças crônicas? Em um contexto onde a saúde integral, a qual envolve corpo, mente e espírito, é tema de extrema relevância, a integração da nutrição aos cuidados de fisioterapia surge como uma estratégia poderosa para promover a saúde integral. A fisioterapia não se limita apenas ao tratamento de sintomas físicos, mas busca abordagens holísticas que considerem o corpo todo. Ao incorporar orientações nutricionais personalizadas, os profissionais não só auxiliam na recuperação física, mas também fortalecem a saúde geral do paciente. A alimentação adequada não apenas complementa os benefícios das sessões de fisioterapia, mas também desempenha um papel crucial na prevenção de condições crônicas, levando à crise urgente que envolve o fardo de doenças crônicas como diabete, hipertensão e obesidade ao sistema de saúde. Portanto, ao investir na integração de nutrição nos cuidados de fisioterapia, você não apenas melhora os resultados do tratamento, mas também contribui fortemente com a abordagem preventiva, além de fortalecer o bem-estar geral do paciente. Descubra como a combinação de fisioterapia e nutrição pode ser a chave para uma saúde integral, duradoura e sustentável. Um artigo recente “Nutrição e Fisioterapia: Um Posicionamento da Seção de Fisioterapeutas da Associação Japonesa de Nutrição para Reabilitação” explora a interseção crítica entre nutrição e fisioterapia, destacando a necessidade de integrar o conhecimento nutricional à fisioterapia para abordar diversos problemas de saúde, como desnutrição, sarcopenia, fragilidade e caquexia. O artigo enfatiza que a fisioterapia e as intervenções nutricionais juntas podem melhorar significativamente os resultados do paciente. Ana Cecília Dias é fisioterapeuta e nutricionista. @acecidias Centro universitário realiza período de capacitações Até 27 de julho, o Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), – localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão – oferece o Masterclass, projeto de formação continuada que visa promover o desenvolvimento e a empregabilidade dos alunos e abrir as portas para a comunidade. Ao todo, serão mais de 20 minicursos que abrangem áreas diversas como Administração, Direito, Enfermagem, Estética e Cosmética, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Odontologia e Tecnologia. Os temas escolhidos para os workshops levantam questões discutidas na atualidade, como “Transtorno do Espectro Autista na vida adulta”, “Direito do trabalho e seus avanços tecnológicos”, “Preparações Vegetarianas”, “Inteligência Artificial”, “Reanimação Neonatal”, “Fitoterapia Aplicada à Saúde da Mulher” entre outros. Para se inscrever, basta acessar o site https://www.unit.br/masterclass-unit-pe-2024.    

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Massagem medicinal: integração do corpo, emoções e espiritualidade para uma vida saudável

ENTREVISTA Você sabia que a massagem medicinal (chamada também de holística) é aliada na promoção da saúde e bem-estar? Nesta entrevista, o fisioterapeuta e especialista em acupuntura integrada Carlos Frederico Lima, revela os benefícios dessa prática terapêutica, as técnicas utilizadas e quem pode se beneficiar mais desses cuidados. Confira! O que é a massagem medicinal (holística)?  Como ela se diferencia de outras formas de massagens? A massagem medicinal tem o propósito da reestruturação do corpo para o seu modo original de estar ou de ser. Através das massagens medicinais, é possível tratar o indivíduo de inúmeras patologias ou doenças. Muitas vezes, essas queixas, já estão alojadas profundamente no corpo do paciente. É comum estes pacientes chegarem ao consultório relatando dores de diversos tipos que já ocorrem há anos e muitas vezes décadas. Com poucos sessões de massagens medicinais, a condição da qual a pessoa reclamava pode sumir ou diminuir em uma grande porcentagem. A massagem medicinal não tem nada a ver com massagens de relaxamento, como o próprio nome diz. A massagem de relaxamento é utilizada somente para relaxar a pessoa, mas não tem em seu fundamento a reestruturação do corpo. Já as massagens medicinais têm como fundamento a reestruturação das fibras musculares, ossos e face. Uma vez reestruturados, a condição patológica da qual o paciente vem sofrendo será efetivamente tratada. Como a massagem contribui para a integração do corpo, mente e espírito? As massagens medicinais juntamente com outras modalidades medicinais naturais, tais como a acupuntura, a fitoterapia, o uso de óleos medicinais para dores agudas ou crônicas promovem a integração de tudo o que é natural para o benefício da saúde do ser humano. Uma vez que o corpo da pessoa esteja livre de contraturas musculares excessivas e desequilíbrios, esta mesma pessoa tende a lidar melhor com as suas emoções, com as pessoas que o cercam e é frequente a interação dessa pessoa com atividades da vida que promovem a saúde tal como uma boa alimentação, atividades físicas regulares e experiências que promovem a vida espiritual. Quais as técnicas mais comuns utilizadas na massagem medicinal? As técnicas mais comuns são as que podem modificar a estrutura do corpo do paciente. Entre elas estão: a Tui Na (massagem medicinal chinesa), Shiatsu (massagem medicinal Japonesa), massagem Ayurvédica (massagem medicinal indiana), entre outras. Vale ressaltar que estas massagens são utilizadas há centenas e centenas de anos no Oriente, com eficácia medicinal. Para quem a massagem é indicada? Existem contraindicações? Essas massagens são indicadas para qualquer indivíduo, seja criança, adulto ou idoso, que através das modalidades medicinais tradicionais do ocidente, não estejam obtendo resultados satisfatórios. Exemplo disso, uma paciente que toma remédio há anos para tratar enxaqueca crônica e que através das massagens medicinais consegue obter resultados superiores aos dos remédios, liberando tensões que estão acumuladas há anos ou até mesmo décadas, em poucas sessões de tratamento. Tratamos demais estes tipos de condições diariamente, e com uma taxa de melhoria muito alta. Como cada pessoa é um ser único, é preciso avaliar com atenção o fundo da causa do problema a ser tratado, e adequar cuidadosamente as massagens às necessidades do paciente. Então, contra indicações basicamente não existem, se o profissional for realmente capacitado em entender como proceder em cada situação apresentada pelo paciente. Na verdade, as massagens medicinais podem contribuir em diversos casos de doenças, mas são minimamente utilizadas ainda pela população em geral. Em nossa cultura ocidental, recorremos sempre aos remédios farmacêuticos, mas esta realidade também vem mudando aos poucos, pois estamos passando por um processo de educação no qual estamos entendendo que é melhor buscar métodos naturais de cura e prevenção de doenças primeiro, assim descartando os nocivos efeitos colaterais que os medicamentos podem nos causar. Como vivi 18 anos nos Estados Unidos e muitos destes no principal centro de Medicina Integrada do Ocidente, que fica na cidade de San Diego, Califórnia, pude comprovar essa busca por métodos naturais de tratamento. Este é o futuro que também nos aguarda no Brasil, caso as pessoas acordem para esta realidade tão promissora para o nosso próprio bem-estar. Quais os principais benefícios? Os principais benefícios das massagens medicinais são as reestruturação das fibras musculares, reestruturação da fáscia que envolve as fibras musculares, relaxamento profundo, sensação de leveza, sensação de um peso ter sido removido do corpo da pessoa, bem-estar, além de poder tratar inúmeras patologias, tais como enxaqueca crônica, dor de cabeça, dores crônicas, sejam elas nas pernas, braços, costas, abdômen entre vários outros benefícios que o paciente sente quando usufrui do procedimento. Fique à vontade para suas considerações finais Particularmente eu recomendo a massagem medicinal para qualquer pessoa que nunca teve um tratamento desses na vida, pois os relatos que temos de nossos pacientes são relatos que determinam um novo marco na saúde individual. Para que você entenda melhor do que estou falando, imagine uma pessoa que vem sofrendo com dores no corpo há mais de 10 anos, já tomou diversos tipos de medicamentos, já fez vários tipos de tratamentos sem uma eficácia razoável e que após iniciar o seu tratamento com massagens medicinais tem uma melhora extremamente eficaz nas queixas que ela tinha. As massagens medicinais, além de outras modalidades medicinais naturais comprovam o poder de possível cura e prevenção de doenças. Carlos Frederico Lima é fisioterapeuta e especialista em acunputura integrada. @acupunturaintegrada | mais informações AQUI O inverno chegou! Será que existem restrições para fazer natação com as temperaturas mais baixas? O prof. Lucas Clemente, que é personal trainer e treinador de natação, esclarece sobre o assunto. Acompanhe. Para Lucas Clemente não há restrições para a prática de natação no inverno. Ele fornece alguns conselhos para o período após o treino na água. “É bom tomar alguns cuidados quanto ao pós-aula, como se enrolar em uma toalha ou roupão, tomar um banho morno e trocar de roupas. Fora isso, a atividade em água fria traz diversos benefícios”, esclarece. Lucas Clemente informa que nadar em água fria traz diversos benefícios, entre eles: O treinador Lucas Clemente nos informa quando a

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Amor e neurotransmissores: a ciência por trás dos sentimentos

Por Jademilson Silva Neste Dia dos Namorados, exploramos o poder do amor e sua influência no corpo e na mente com insights do sexólogo e terapeuta de casais, Gledson Ricca. O amor, mais do que um simples sentimento, é um fenômeno complexo que envolve neurotransmissores e pode transformar a vida de maneira profunda. O papel dos neurotransmissores no amor romântico Gledson Ricca explica que os neurotransmissores desempenham um papel fundamental nas emoções e sensações associadas ao amor. “Quando estamos apaixonados, nosso cérebro libera uma série de substâncias químicas, como dopamina, ocitocina, serotonina e endorfinas, que nos fazem sentir eufóricos, conectados e felizes”, afirma Ricca. A dopamina, conhecida como o “neurotransmissor do prazer”, é liberada em grandes quantidades nas fases iniciais do amor, proporcionando uma sensação de excitação e alegria. A ocitocina, frequentemente chamada de “hormônio do amor”, fortalece os vínculos emocionais e a confiança entre parceiros. “A ocitocina é fundamental para criar e manter a intimidade e a proximidade no relacionamento”, destaca o especialista. Confiança e cumplicidade: bases do amor duradouro Além dos efeitos químicos, o Gledson Ricca ressalta a importância de elementos emocionais como a confiança e a cumplicidade para um amor duradouro. “A confiança é o alicerce de qualquer relacionamento. Sem ela, o amor pode ser abalado por dúvidas e inseguranças, prejudicando a harmonia do casal”, explica. Cumplicidade, por sua vez, é sobre estar em sintonia com o parceiro, compartilhando sonhos, desafios e conquistas. “Quando dois parceiros são cúmplices, eles se apoiam mutuamente, fortalecendo a relação e criando um ambiente de amor e compreensão”, diz Ricca. Amor: vida e saúde O amor não só enriquece a vida emocionalmente, mas também traz benefícios físicos significativos. “Estar apaixonado pode ser um grande motivador na vida. O apoio emocional de um parceiro pode reduzir o estresse, melhorar a saúde mental e até fortalecer o sistema imunológico”, observa o sexólogo. Pesquisas mostram que pessoas em relacionamentos amorosos saudáveis têm uma melhor saúde cardiovascular, níveis mais baixos de cortisol (o hormônio do estresse) e uma expectativa de vida mais longa. “O amor tem um impacto positivo geral no corpo, promovendo bem-estar e longevidade”, acrescenta. Amor e atividade física: treinos mais prazerosos Gledson Ricca também aponta que estar apaixonado influencia positivamente o desempenho em atividades físicas. “Pessoas que têm um relacionamento amoroso saudável tendem a ter uma motivação extra para cuidar da saúde, incluindo a prática de exercícios físicos”, explica. “O apoio emocional e o incentivo do parceiro podem tornar os treinos mais prazerosos e eficazes.” Quando estamos felizes e emocionalmente equilibrados, liberamos mais endorfinas durante o exercício, os chamados “hormônios da felicidade”. Isso não só melhora o humor, mas também aumenta a resistência e a satisfação com a atividade física. Atividade Física e desempenho sexual A prática regular de exercícios físicos também tem um impacto positivo no desempenho sexual. “A atividade física melhora a circulação sanguínea, aumenta os níveis de energia e reduz o estresse, todos fatores que contribuem para uma vida sexual mais satisfatória”, observa Ricca. Além disso, o exercício ajuda a liberar endorfinas e aumentar a produção de testosterona, o que melhora o desejo sexual. “Pessoas fisicamente ativas geralmente têm melhor autoimagem e confiança, o que também desempenha um papel importante na qualidade das relações sexuais”, acrescenta. Neste Dia dos Namorados, celebre não apenas a emoção do amor, mas também a ciência que o sustenta. O amor, alimentado por neurotransmissores como dopamina e ocitocina, e fortalecido pela confiança e cumplicidade, é uma força poderosa que torna a vida mais leve e significativa. Como nos lembra Gledson Ricca, o amor é, sem dúvida, um dos mais belos e transformadores aspectos da experiência humana, motivando-nos e promovendo nossa saúde e bem-estar. Gledson Ricca é sexólogo, especialista em relacionamentos, terapeuta de casais e profissional de educação física. @gledsonricca Cardápio romântico e saudável no Dia dos Namorados O amor pode ser saudável em todos os sentidos. Os restaurantes também estarão abertos para casais mais fitness. É o caso do estabelecimento Mar e Horta, no Espinheiro. A proprietária, que também é nutricionista, informa que o cardápio contempla os paladares mais exigentes, inclusive no equilíbrio nutricional. “Estaremos abertos no dia dos namorados, no almoço e no jantar, neste horário, além do nosso cardápio, carta de vinhos e drinks, teremos um menu especial para a comemoração, com sugestão de harmonização e drinks exclusivos na temática do romance. Estamos animados e certos que teremos uma linda noite”, revela Débora Wagner. A gastronomia saudável também combina com clima romântico: “Fazemos comida de verdade e para todos os gostos, sabemos que uma boa parte do nosso público busca pela nossa comida equilibrada e pratos balanceados, o que oportuniza seguir firme na rotina saudável e ao mesmo tempo aproveitar uma gastronomia de qualidade em um clima romântico”, afirma Débora. A nutricionista informa quais os pratos mais procurados pelos casais: “Peixe com musseline de mandioquinha e vegetais confitados e o filé mignon com risoto trufado estarão disponíveis, teremos também o menu exclusivo da noite. Também faremos nossa Tábua do sítio, uma das entradas do nosso cardápio, boxes com nosso menu para montagem em casa, para quem preferir comemorar a dois mais reservadamente com opção de vinhos ou espumante”, diz. Restaurante Mar e Horta @marehortacafebistro Circuito Outubro Rosa anuncia local e data da corrida em 2024 O Real Hospital Português realiza, no dia 19 de outubro, a terceira edição do Circuito Outubro Rosa, uma corrida de rua que visa a conscientização sobre o câncer de mama. Com largada no Cais da Alfândega, o evento terá percursos de 5 e 10 km. As inscrições começam ainda em junho. Tratamento com laser reduz incômodo nas consultas odontológicas A Clínica Odonto FPS (Faculdade Pernambucana de Saúde) oferece para crianças e adultos das comunidades do entorno, no projeto da responsabilidade social, tratamentos com laser para cirurgias, restaurações, tratamento para sensibilidade de canal, entre outros. “O pós-operatório é melhor, com menos sensibilidade no momento dos procedimentos e, em alguns casos, não é necessária a anestesia”, afirma a coordenadora da clínica e odontopediatra, Cândida Guerra.  A clínica funciona de

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Envelhecimento ativo: uma jornada para a terceira idade independente e saudável

Por jornalista Jademilson Silva Ser um idoso ativo é manter um estilo de vida dinâmico e engajado, participando ativamente de atividades físicas, sociais e intelectuais que promovem bem-estar e qualidade de vida na terceira idade. O Profissional de Educação Física e Fisioterapeuta, Hugo Griz, informa sobre os benefícios da atividade física para um envelhecimento ativo da população. Como você planeja seu envelhecimento? Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2030, o número de idosos no Brasil ultrapassará o total de crianças entre zero e 14 anos. É preciso iniciar, quanto antes, uma rotina que garanta uma terceira idade saudável e cada vez mais independente.Subir e descer uma escada, pegar algo em cima de uma estante, carregar uma sacola de supermercado: ações corriqueiras podem ser um desafio para o corpo do idoso. Manter uma rotina de exercícios é fundamental para ter uma vida mais independente na terceira idade. Segundo Hugo Griz, os benefícios da atividade física nesse estágio da vida são evidentes, contribuindo para o bom funcionamento do organismo e minimizando os impactos do envelhecimento “Se preparar para o envelhecimento é tão importante quanto manter uma rotina ativa e de exercícios para quem já está na fase dos 60+. As mudanças físicas relacionadas à idade podem afetar a autonomia e a independência e resultar em dificuldades para simples atividades diárias e até em incapacidade funcional. Estar ativo ao longo da vida fará toda a diferença ao chegar nessa etapa”, alerta Hugo Griz. A prática regular de exercícios, orientada por profissionais especializados, possibilita uma melhoria significativa nas capacidades físicas, promovendo uma qualidade de vida superior para os idosos. “Ter um corpo treinado evita o enfraquecimento muscular, a perda de equilíbrio e consequentes quedas e promove mais agilidade e flexibilidade, além da resistência muscular”, analisa Griz. Quais exercícios o idoso deve praticar? Exercícios de força – utilização de pesos do corpo, livres e elásticos para fortalecer o corpo de forma global, auxiliando o ganho de massa muscular, que ajuda no combate à sarcopenia, que é a perda de massa muscular decorrente do avanço da idade. Exercícios em comunidade: hidroginástica (exercícios na água reduzem o impacto nas articulações e proporcionam resistência suave), dança (forma divertida de exercício que combina movimento, música e sociabilização), ioga (promove flexibilidade, equilíbrio e relaxamento mental), pilates (melhora a postura e a flexibilidade). Exercícios aeróbios: como caminhada e ciclismo estacionário, são atividades de baixo impacto que ajudam na saúde cardiovascular. Uma boa oportunidade de socializar Além dos aspectos físicos, a prática regular de exercícios em grupo pode atuar como um poderoso antídoto contra a depressão e outras doenças, proporcionando benefícios sociais e contribuindo para o bem-estar emocional. “A interação social durante atividades físicas em grupo, aliada aos efeitos positivos de hormônios como endorfinas e serotonina, reforça ainda mais os impactos positivos na saúde mental”, explica Hugo Griz. Investir na saúde física e mental na terceira idade é uma forma eficaz de prevenir doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, além de contribuir para a saúde do coração. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, a partir dos 65 anos, a prática regular de atividades físicas moderadas, preferencialmente em grupo, por no mínimo três dias por semana, adaptando a intensidade conforme as condições individuais. Estatísticas sobre a População Idosa no Brasil (Dados do IBGE – 2022): A pesquisa Tsunami Prateado (2018), realizada com brasileiros com mais de 55 anos, pela consultoria Hype60+ e pela plataforma de negócios sociais Pipe Social, mostra: Preparar a qualidade de vida e o bem-estar ao longo da vida é essencial para garantir uma velhice plena e saudável, permitindo que se desfrute dos anos dourados com vitalidade e felicidade. Mas, nunca é tarde para começar a se mexer. Procure a orientação do médico e do personal trainer. Hugo Griz é Personal Trainer e Fisioterapeuta e especialista em Fisiologia do Exercício. @hugogriz Tricô: a arte que fortalece corpos e almas na terceira idade A Terapeuta Ocupacional, Ada Salvetti, diz que o tricô é uma prática que mantém o cérebro ativo A fazer tricô é importante para os idosos e jovens, inclusive para pessoas que estudam para concurso público, ENEM e outras atividades que exigem atenção. O tricô, bem como outras atividades manuais, ajuda na concentração, a manter o foco, raciocínio e a relaxar. Cada etapa do tricô exige atenção máxima. “Tricotar ajuda pessoas que têm dificuldades de se concentrar ou são muito agitadas”, informa a Terapeuta Ocupacional, Ada Salvetti, que também é doutora em neuropsiquiatria e ciências do comportamento pela UFPE. Fazer tricô pode reduzir o estresse, pois é um momento que a pessoa deixará os problemas um pouco de lado. “A prática é benéfica para idosos, pois, mantém o cérebro ativo, o tricô e outras habilidades manuais exigem concentração, coordenação motora e raciocínio, ajudado a prevenir doenças degenerativas e melhora a performance motora e das conexões cerebrais” diz a Terapeuta Ocupacional, Ada Salvetti. O movimento da agulha passa de um ponto ou outro, exercitando o cérebro em relação a novos caminhos neurais. “Muito se tem falado em atividade para o cérebro, portanto, o tricô é muito importante para as questões motoras, processuais e de interação social para o idoso”, afirma a Terapeuta Ocupacional. A prática pode ajudar nas articulações do punho e dedos, favorecendo a manutenção da coordenação dos movimentos da mão. Muitos idosos também ressignificam a vida quando optam por trabalhos manuais, ajudando a afastar sentimentos negativos da depressão, pois objetivam algo proposto na tarefa. Portanto, é importante mexer com a cuca em um hobby de trabalho manual, sendo aquele que forneça maior prazer para o indivíduo, não existe uma regra. Ada Salvetti é Terapeuta Ocupacional no Serviço de Geriatria e Reabilitação (Sergere) e doutora em neuropsiquiatria e ciências do comportamento pela UFPE. @sergere.recife Saúde capilar em destaque O especialista em saúde capilar, o médico Pedro Veras, estará conduzindo um workshop exclusivo, revelando segredos para a saúde e beleza dos cabelos. O evento, gratuito, acontecerá no dia 22 de abril, no Hotel Luzeiros, no Pina, a partir das 19 horas. Durante o evento, os participantes terão

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Ministério da Saúde anuncia compra de 100 milhões de doses da Coronavac

O Ministério da Saúde anunciou assinatura de contrato com o Instituto Butantan para adquirir até 100 milhões de doses da vacina Coronavac contra a covid-19 para o ano de 2021, produzidas pelo órgão em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. O contrato envolve a compra inicial de 46 milhões de unidades, prevendo a possibilidade de renovação com a aquisição de outras 54 milhões de doses posteriormente. Esse modelo foi adotado pela pasta pela falta de orçamento para comercializar a integralidade das 100 milhões de doses. Hoje o Instituto Butantan anunciou que a eficácia da vacina é de 78%. Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e representantes da pasta informaram o contrato de compra da Coronavac e trataram da situação da vacinação contra a covid-19. Pazuello afirmou que a aquisição do lote da Coronavac foi possível graças à medida provisória (MP) editada quarta-feira (6) permitindo a contratação de vacinas antes do registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “A MP nos permite fazer contratação de vacinas e outros insumos antes mesmo de estar concluído o registro na Anvisa, coisa que não era permitida. Não podia fazer nenhuma contratação que não houvesse incorporação anterior no SUS [Sistema Único de Saúde] para poder comprar”, declarou o titular do MS. A perspectiva da pasta é que sejam disponibilizadas em 2021 até 354 milhões de doses. Este total deve ser formado por dois milhões de doses importadas da Astrazeneca da Índia, 10,4 milhões produzidas pela Fiocruz até mês de julho, 110 milhões fabricadas no Brasil pela Fiocruz a partir de agosto, 42,5 milhões do mecanismo Covax Facility (provavelmente da Astrazeneca) e as 100 milhões da Coronavac oriundas do contrato com o Instituto Butantan. A Coronavac custará cerca de US$ 10 por dose, demandando duas doses para cada pessoa a ser vacinada. Já a da Astrazeneca tem preço de US$ 3,75 por dose. Desta última, o ministro Eduardo Pazuello afirmou que seria aplicada apenas uma dose. O ministro Eduardo Pazuello atualizou os três cenários de início da vacinação anunciados anteriormente. No melhor caso, o processo começaria em 20 de janeiro se os laboratórios conseguirem autorização em caráter emergencial juntamente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Nesta hipótese, estariam disponíveis oito milhões de doses. A imunização ocorreria com as vacinas que estivessem disponíveis, sejam elas as do Instituto Butantan ou as importadas da Astrazeneca da Índia. O segundo cenário seria entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro. Já o terceiro seria entre 10 de fevereiro e início de março. Pazuello comentou que a estimativa é que os dois produtores nacionais, Butantan e Fundação Oswaldo Cruz, cheguem ainda neste ano à capacidade de fabricação de 30 milhões de doses por mês. O ministro contou que a equipe do órgão continua negociando com a Pfizer, farmacêutica que já teve vacinas compradas por outros países. Contudo, argumentou que a empresa apresentou exigências mal recebidas pelo MS, como a desresponsabilização por qualquer efeito colateral, a designação dos Estados Unidos como foro para resolver eventuais ações decorrentes de problemas como este e obrigação de o Brasil fornecer o material para diluir o imunizante. “Não paramos de negociar com a Pfizer. E o que queremos? Que ela nos dê o tratamento compatível com o nosso país, que ela amenize essas cláusulas. Não podemos assinar desta forma. Ela ofereceu 500 mil em janeiro, 500 mil em fevereiro e 2 milhões em março, 2 milhões em abril, 2 milhões em maio e 2 milhões em junho. Pensem se isso resolve o problema do Brasil. Toda a vacina oferecida pela Pfizer no primeiro semestre vacina a metade da população do Rio de Janeiro”, sublinhou o ministro. Seringas Os representantes do Ministério da Saúde falaram também sobre o fornecimento de seringas. Um pregão foi realizado, tendo concluído com 3% do total previsto. O presidente Bolsonaro afirmou que suspenderia a compra de seringas até que os preços baixassem novamente. O secretário executivo da pasta, Élcio Franco, colocou que há 80 milhões de seringas passíveis de mobilização imediata para o início da vacinação, incluindo as existentes em estados e municípios. Ele acrescentou que o Ministério obteve juntamente a fabricantes 30 milhões de seringas por meio do instrumento de requisição administrativa. Outras 40 milhões podem ser adquiridas por meio de uma compra internacional da Organização Pan-americana de Saúde (Opas), das quais 8 milhões podem chegar entre o fim de janeiro e o início de fevereiro. Da Agência Brasil

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Nova onda de COVID-19 em Manaus reacende debate sobre imunidade de rebanho

Em agosto de 2020, quando a cidade de Manaus (AM) registrava três meses de queda acentuada nos casos de COVID-19 mesmo com as escolas e o comércio reabertos, parte dos especialistas brasileiros levantou a hipótese de que o limiar da imunidade coletiva ao vírus SARS-CoV-2 teria sido alcançado na região – ainda que os inquéritos sorológicos apontassem uma soroprevalência inferior a 30% em todo o Norte do país. A hipótese ganhou força no mês seguinte, em setembro, quando pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e colaboradores divulgaram um artigo, feito com amostras de bancos de sangue, que estimava por meio de modelagem matemática que a soroprevalência na capital amazonense seria de 66%, ou seja, estaria perto do limiar calculado no início da pandemia pela fórmula clássica usada na epidemiologia. Em dezembro, quando saiu a versão final do estudo coordenado pela professora Ester Sabino na revista Science, a estimativa era de que 76% dos manauaras já tinham imunidade contra o novo coronavírus. Então como explicar a segunda onda de casos que levou a um novo colapso do sistema de saúde e obrigou o prefeito a decretar, no dia 5 de janeiro, estado de emergência pelos próximos seis meses? Na avaliação de Sabino, como o vírus continua circulando em todo o país, o número de casos voltou a subir quando as pessoas retornaram às atividades normais e continuará crescendo até infectar algo em torno de 95% da população. “Há um entendimento errado do conceito de imunidade de rebanho. Quando o limiar é alcançado não significa que a doença vai desaparecer e sim que os casos não vão crescer tão rapidamente como na primeira onda. Dificilmente haverá um pico como o de abril [de 2020] – a menos que as pessoas já tenham perdido a imunidade e os casos de reinfecção sejam muito mais comuns do que se imagina”, diz a pesquisadora. O grande problema de Manaus, segundo Sabino, é que há poucos hospitais e os leitos de terapia intensiva se esgotam rapidamente. “A situação não deixa de ser preocupante. Ou se triplicam os leitos de UTI ou será necessário parar a cidade, pois hoje uma pessoa com apendicite pode morrer por falta de atendimento”, afirma. Com base em dados da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (AM), o infectologista Júlio Croda afirma que 99% dos novos casos notificados em Manaus são de pessoas que nunca antes tiveram a doença, ou seja, não são reinfecções. “Nesta segunda onda, a maioria dos pacientes são das classes A e B, que conseguiram se manter em isolamento durante a primeira onda. A prova disso é que o sistema privado de saúde sofreu esgotamento antes do público – diferentemente do que ocorreu em abril de 2020. Após o relaxamento das medidas de controle, o vírus voltou a circular com maior intensidade e atingiu a parcela da população que estava mais suscetível”, afirma Croda, que é pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Para o infectologista, a soroprevalência de 76% apontada no estudo divulgado na Science está superestimada. Ele acredita que mais de 50% dos manauras ainda não desenvolveram imunidade contra o SARS-CoV-2. “Importante ressaltar que o limiar da imunidade de rebanho não é um valor fixo. Ele é calculado com base na taxa de contágio [Rt, inicialmente estimado entre 2,5 e 3, ou seja, cada infectado transmite o SARS-CoV-2 para outras duas ou três pessoas], que depende tanto da genética do vírus quanto das medidas adotadas para conter a disseminação. Recentemente, surgiu uma variante mais transmissível no Reino Unido e isso impacta tanto o cálculo de Rt quanto do limiar da imunidade coletiva”, explica Croda. Segundo o pesquisador, os cuidados adotados pela população independentemente do poder público – como uso de máscaras, higiene das mãos e distanciamento social – ajudam a reduzir a taxa de contágio, fazendo com que o limiar da imunidade coletiva também diminua. “Provavelmente foi isso que causou a queda no número de casos observada em meados de 2020. Mas, no momento em que houve o afrouxamento das medidas de controle por parte da população e do poder público, o limiar retornou a patamares próximos de 70%”, avalia. O epidemiologista Paulo Lotufo, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), considera um “equivoco confiar demais nesse tipo de indicador”. “O grande problema é que para calcular o limiar da imunidade de rebanho você precisa saber o Rt e esse valor é uma estimativa – é um chute que pode ter um impacto muito grande. A humanidade nunca conseguiu conter uma doença cuja transmissão ocorre entre humanos por imunidade de rebanho. Sarampo e varíola, por exemplo, só foram controlados com vacina. No caso da COVID-19, falar em imunidade de rebanho ou em tratamento precoce só atrapalha os esforços de controle da doença, pois as medidas de distanciamento social deixam de fazer sentido para a população”, diz. Lotufo também afirma ser difícil obter indicadores precisos de Manaus, o que dificulta uma análise precisa dos fatores que favoreceram a segunda onda de casos de COVID-19. Além das hipóteses já mencionadas, como reinfecção ou a emergência de uma nova variante mais infecciosa, Lotufo menciona a possibilidade de parte das internações ser de pessoas do interior do Estado do Amazonas que, devido à falta de leitos em seus municípios, buscam atendimento na capital – fenômeno conhecido como invasão de internações hospitalares. Projeção versus realidade Entre os especialistas que acreditavam que Manaus havia atingido o limiar da imunidade de rebanho em meados de 2020 está a biomatemática portuguesa Gabriela Gomes, atualmente professora da University of Strathclyde (Escócia), que desenvolveu um modelo que leva em conta o fato de que os indivíduos de uma população têm diferentes graus de suscetibilidade e de exposição ao vírus (leia mais em: agencia.fapesp.br/33720/). Integram o grupo de Gomes os pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP Marcelo Urbano Ferreira e Rodrigo Corder. “Quando comparamos as projeções de hospitalização por COVID-19 em Manaus feitas em outubro com o

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