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Urbanismo

Prefeitura do Recife inaugura a última etapa do Parque das Graças

Na celebração do aniversário da cidade, a Prefeitura do Recife brindou a população com mais um presente: a conclusão da quarta e última etapa do Parque das Graças. Este novo segmento, com 260 metros de extensão, estende-se entre as proximidades da Rua das Pernambucanas e a Rua Joaquim Nabuco. Inclui um píer flutuante, mirantes, passeio público, área destinada a piqueniques, bicicletário, mobiliário urbano e uma moderna iluminação. O Parque das Graças agora abrange um total de um quilômetro ao longo das margens do Rio Capibaribe, desde a ponte da Torre até a ponte da Capunga, resultado de um investimento de aproximadamente R$ 55 milhões. Durante a cerimônia de inauguração, realizada no final da tarde desta terça-feira (12), o prefeito João Campos também revelou planos para a construção de um espaço permanente de apoio à Guarda Civil Municipal do Recife (GCMR) e quiosques com banheiros públicos. JOÃO CAMPOS, PREFEITO DO RECIFE “A gente entrega hoje a última etapa do Parque das Graças, com isso ele está 100% entregue, inaugurado. Um parque linear de 1 km, o maior parque linear da cidade. É um novo conceito de cidade que a gente concretiza com essa entrega. As pessoas são valorizadas, a atividade física, a relação com o rio, um espaço público de convivência. Quero parabenizar a todos os trabalhadores e todo mundo que, de alguma forma, participou do projeto e da obra. O que era um sonho, hoje é uma realidade. No dia 12 de março de 2021 nós começamos e hoje terminamos. Com o parque entregue, a gente apresenta à cidade do Recife o modelo do Parque Capibaribe que a gente sonha para a cidade inteira”. ESTRUTURA DO PARQUE O píer, com uma área total de 162 m2, acomoda embarcações de diversos tamanhos, desde pequenas até catamarãs, impulsionando ainda mais o turismo náutico ao longo do Rio Capibaribe. A região já conta com pontos de apoio em locais como o Jardim do Baobá e o Cais da Vila Vintém. O acesso ao píer é facilitado por um mirante, proporcionando uma vista panorâmica do Rio Capibaribe. Além disso, a comunidade agora desfruta de um espaço coberto à beira do rio, equipado com pergolado, estrutura metálica e cobertura em madeira de lei. O local oferece ainda áreas de piquenique, bicicletário, jardins, mesas e bancos, 30 postes de iluminação pública, 16 luminárias com projetores de LED e 10 luminárias RGB. A iniciativa, realizada pela Autarquia de Urbanização do Recife (URB), também trouxe melhorias para a Rua das Pernambucanas, que passou por requalificação. O novo piso intertravado foi estendido até a esquina com a Rua Guilherme Pinto, incluindo trechos com piso mais poroso para otimizar o escoamento das águas. As calçadas foram completamente refeitas ao longo de toda a via, alcançando até a Rua das Crioulas. O Parque das Graças foi projetado para acomodar bicicletas, patinetes e outras formas de mobilidade ativa.

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Crescem investimentos em parques e praças públicas

Capital pernambucana tem destinado R$ 110 milhões anuais na construção e requalificação desses espaços públicos. O interior também investe em áreas verdes *Por Rafael Dantas A corrida pela modernidade, por décadas, valorizou o lugar do carro nas cidades. No passado, muitos desses investimentos destruíram espaços públicos, áreas residenciais e até igrejas históricas. No momento atual, especialmente pós-pandemia, ocorre o inverso. Um impulso para valorizar as áreas livres com intervenções focadas nas pessoas. Esse movimento, antes restrito aos países mais ricos, chegou nos últimos anos forte na América Latina e também no Recife, com o chamado urbanismo social. Uma tendência que tem aberto novos parques e praças na capital mas, também, no interior. Para se ter ideia do esforço desse movimento de volta ao espaço público, por ano, a Prefeitura do Recife tem investido R$ 110 milhões em obras de requalificação e construção de praças ou parques. Cerca de R$ 60 milhões são voltados para as reformas e o restante em novos espaços. No interior, na construção de apenas um novo equipamento, o Parque Esportivo Luiz Carlos de Oliveira, a Prefeitura de Garanhuns investiu R$ 6 milhões. Apesar da Suíça Pernambucana ser conhecida por muitos espaços verdes espalhados no seu tecido urbano, há 80 anos não era construído nenhum novo parque, segundo o poder municipal. Outros municípios como Gravatá, Caruaru e Belo Jardim também registraram novos projetos de espaços públicos, erguidos pelo poder municipal ou pela iniciativa privada, nos últimos anos. INVESTIMENTOS NO PÓS-PANDEMIA “A pandemia consolidou um pouco essa procura pelos espaços públicos, após as pessoas ficarem confinadas por tanto tempo. Mas já era uma tendência, mesmo antes, essa mudança de paradigma nas cidades”, afirma o arquiteto e urbanista Luiz Vieira, professor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Ele exemplifica que o Recife, na década de 1980 e 1990, era caracterizado pela construção de condomínios com muros muito altos e cercas elétricas. Além disso, a população foi deixando as ruas com medo da insegurança. Ele considera que a cidade vive um novo momento, de retomada dos parques e praças. Embora a violência urbana siga sendo um problema no Estado e na sua capital, a maior atenção à segurança e a instalação das ciclovias foram alguns fatores que contribuíram para a reocupação dos espaços públicos. A maior quantidade de pessoas pedalando e usufruindo dos parques e praças contribui diretamente para a redução da sensação de insegurança. O mesmo movimento tem acontecido em São Paulo, onde uma pesquisa realizada em dezembro de 2020 pela organização SampaPé! e o coletivo Metrópole 1:1 revelou que, após a crise sanitária, 75,6% da população desejava “aumento da arborização das ruas”. Além disso, 68,8% informou o apoio à “criação de mais praças e manutenção das existentes”. No Recife, mesmo antes da pandemia, essa retomada do espaço público articulado com os ativos ambientais foi discutida na formulação do Parque Capibaribe. Foi nesse projeto, que teve como sua primeira peça o Jardim do Baobá, que nasceu o conceito do Recife como uma cidade-parque até 2037, marco dos 500 anos do município. Mas foi nos últimos anos que os projetos e planos começaram a ganhar uma musculatura mais clara. O Parque das Graças, que substituiu um antigo projeto rodoviário de vias expressas às margens do Rio Capibaribe, foi emblemático para demonstrar o interesse da população no uso do espaço público. As últimas etapas do parque serão entregues nos próximos meses. “Esse movimento está crescendo, as pessoas estão querendo espaços públicos e isso vai mudando as cidades. Neste plano que tem a meta de transformar o Recife numa cidade-parque até 2037, quando a capital completará 500 anos, a ideia é trabalhar com as três principais bacias, dos rios Capibaribe, Beberibe e Tejipió, como três zonas-parque, além do Parque Oceânico, na frente marinha, para termos uma rede, um sistema de parques públicos”, afirmou Luiz Vieira. Trata-se do Projeto Recife Cidade Parque, fruto de um convênio da UFPE com a Prefeitura do Recife. O professor explica que cidade-parque não é a construção de um megaespaço como é o Ibirapuera, em São Paulo, mas se trata de uma conexão dos espaços da cidade, com a valorização das ruas e acessos às praças e demais áreas verdes e de lazer. MUITOS PARQUES EM CONSTRUÇÃO A população viu nos últimos anos várias obras de requalificação de muitas praças e observa a construção de novas áreas verdes públicas. A secretária de Infraestrutura e presidente da Emlurb (Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife), Marília Dantas, elenca como principais peças nesse novo tabuleiro da cidade o Parque Eduardo Campos, no Pina; o Jardim do Poço, no Poço da Panela; o Parque da Tamarineira; o Parque Linear do Bode, no Pina; o Parque Linear Roque Santeiro, nos Coelhos; o Parque Alagado entre Areias e do Ipsep, entre outros. “São investimentos altos, que têm a preocupação com a cidade como organismo social. Não é somente fazer infraestrutura urbana, mas uma infraestrutura social. A gente se preocupa com a integração do equipamento, não só a mobilidade mas, também, com a vegetação do local, o conforto, a segurança, para fazer com que as pessoas se sintam cada vez mais acolhidas num espaço urbano”, afirma a secretária Marília Dantas. Na lista de obras estão também os parques lineares da Rua da Aurora, que terá entregas de novas varandas nas próximas semanas, e o próprio parque linear da orla da cidade, que requalificou quiosques, banheiros e alguns espaços na Zona Sul. “Todas essas intervenções fazem com que as pessoas se aproximem cada vez mais e queiram cuidar dos nossos rios, desejem contemplar a cidade. Então, esses equipamentos oportunizam esse novo conceito. Nosso esforço ao longo desses anos é de tornar o Recife uma cidade-parque”. O maior de todos os parques será o Eduardo Campos. Só ele ocupará 12 hectares na Zona Sul da cidade, no terreno do antigo Aeroclube. Com investimentos avaliados em R$ 62 milhões, o equipamento contará com pista de cooper; Academia da Cidade; quadra poliesportiva; campo de areia; ciclovia; parcão; área para piquenique; espaço para caminhada às margens do

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"Investir em parques não se trata apenas de reformar, mas dar-lhe funcionalidades"

Secretário de Garanhuns, Ronaldo Carvalho, fala sobre novo parque, fechamento de avenida nos finais de semana para lazer e requalificação dos espaços já consolidados na cidade. (Fotos: Hilton Marques / Secom / PMG) Já bastante conhecida pela sua rede de parques e praças, a cidade de Garanhuns segue a tendência global de seguir investindo nesses espaços de lazer públicos para a população, como com a construção do Parque Esportivo Luiz Carlos de Oliveira. Nesta semana, em que a Algomais aborda os investimentos municipais e até privados em parques e praças, conversamos com o secretário de comunicação de Garanhuns, Ronaldo Carvalho, sobre a experiência do município. Ele promete que o Parque Euclides Dourado também passará por requalificação. Quanto foi o investimento nesse novo parque e nas requalificações que a prefeitura tem promovido no espaço público? O novo Parque Esportivo Luiz Carlos de Oliveira contou com investimento superior aos R$ 6 milhões, de recursos próprios e emenda do deputado federal Felipe Carreras. Sem contar a área, que era o antigo parque de exposições, doado pelo Governo do Estado, ainda na gestão Paulo Câmara, para que fosse construído este novo parque, que conta com mais de 15 equipamentos de esportes e lazer, no Bairro da Boa Vista. É importante falar da valorização do bairro e a melhora na autoestima daquela população. Há 80 anos Garanhuns não ganhava um novo parque, e este investimento resulta em uma melhora da qualidade de vida para todos que frequentam o novo parque. É saúde preventiva, física e mental, que tira gente das unidades de saúde, tira jovens das ruas e idosos de dentro de casa. Em breve o tradicional Parque Euclides Dourado passará por uma grande requalificação. Sem dúvida, atividades sociais e desportivas trazem uma concepção sadia para o município, as pessoas respondem com mais alegria e alto astral, percebem que os investimentos nesta área resultam em uma vida melhor. Gerar melhor qualidade de vida para a população é uma das diretrizes do Governo Sivaldo Albino. Garanhuns tem muitas praças e parques. É uma das marcas da cidade. Qual a importância desses espaços para a qualidade da vida urbana? Investir em parques e novas praças é uma política pública da gestão municipal, pois não se trata apenas de reformar uma praça, mas dar-lhe funcionalidades. Assim, as praças estão ganhando academias de musculação, com professores especialistas, playgrounds, áreas de convivência, paisagismos, pistas de cooper, etc, próximas das casas das pessoas. Esta nova concepção está chegando aos bairros e distritos, com várias delas já inauguradas, e muitas outras na licitação, para construções ainda este ano. Quanto aos parques, é incrível ver a frequência, como a população abraçou esse estilo de vida que eles proporcionam. E ainda tem o projeto “Bora Pra Avenida”, aos domingos, na Av. Rui Barbosa, que é fechada para atividades de esportes e lazer. E onde aproveitamos para oferecer diversos serviços à população, com pessoal nas tendas das nossas secretarias. Quais os efeitos que vocês perceberam desta ação de fechar a avenida principal aos finais de semana? A população entendeu que o Projeto Bora Pra Avenida oferece outras atividades, que complementam os parques e praças. Aos corredores e o pessoal das caminhadas que desfrutam da paisagem urbana, a galera da dança aeróbica, crianças com seus patins, bicicletas, carrinhos elétricos, famílias passeando juntas, com seus pets, no cenário da Av. Rui Barbosa, linda, que durante a semana é tomada pelos veículos, tornando uma outra forma da população apreciar e curtir a cidade. Além disso, oferecemos tendas das secretarias de saúde, educação, assistência social, desenvolvimento rural, sempre com serviços para todas as idades. Quais as diretrizes dadas para a construção desse novo parque? É importante reforçar que todos os serviços oferecidos nas praças e parques de Garanhuns são gratuitos, inclusive as academias que contam com professores da nossa Secretaria de Juventude, Esportes e Lazer. No novo parque esportivo são mais de 15 equipamentos para esportes coletivos e áreas de convivência. Certamente uma obra que marca a gestão do prefeito Sivaldo Albino. Quais os resultados práticos na vida da população com esses investimentos nos espaços públicos? Uma população em movimento, mais qualidade de vida, saúde preventiva, tanto física quanto mental. A alta aprovação a estas iniciativas mostra que estamos no caminho certo.

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Compaz Paulo Freire, no Ibura, abre as portas para o Recife

A Prefeitura do Recife inaugurou a quinta unidade do Compaz na cidade. Batizado de Centro Comunitário da Paz Paulo Freire, o equipamento está localizado no bairro do Ibura, na UR-01. Em fevereiro, a Rede Compaz foi reconhecida com o Prêmio de Serviço Público das Nações Unidas, destacando-se como iniciativa exemplar que melhor contempla os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e excelência no serviço público. Com um investimento de R$ 10,8 milhões, a expectativa é que o Compaz Paulo Freire atenda, mensalmente, cerca de 20 mil pessoas moradoras dos bairros do Ibura, Jordão, Cohab e Barro (RPAs 5 e 6). Em seus mais de 3 mil m² de área construída, o equipamento traz um Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), de um laboratório da Primeira Infância e de dois espaços de convivência amplos (terraço e varanda), que facilitarão os encontros e as atividades coletivas. A unidade terá ainda serviços prioritários de atendimento básico, como Procon, Central de CadÚnico, Junta Militar e Atendimento à Mulher. Além disso, de projetos para fortalecer o aspecto social, como as salas de estudos no contraturno escolar, Unidades de Tecnologia na Educação e Cidadania (UTEC), bebeteca (espaço de apoio ao desenvolvimento especialmente voltado para bebês), atividades esportivas e culturais, danças, artes e multidisciplinares, auditório e mirante.   João Campos, prefeito do Recife "Esse é um equipamento premiado mundialmente pela ONU e chegamos à quinta unidade aqui, que é uma estrutura que não é o prédio em si, não é a construção, é ao que ela está se promovendo e destinada. Atender aos serviços públicos e não se conformar apenas com o essencial, é ir além. Equipamento de qualidade na área de formação técnica, de assistência e cuidados da primeira infância, biblioteca de primeira, psicólogo, área para cultura, práticas esportivas. É o que há de melhor em qualidade aqui na periferia." Sílvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania "Tudo isso aqui é um exemplo. O Compaz já serve como exemplo para a política nacional à medida que o novo PAC traz a previsão de construção de um programa diretamente inspirado nessa iniciativa da Prefeitura do Recife. E outra coisa, fico muito feliz do nome desse Compaz ser Paulo Freire. Isso mostra que o nosso país está retomando a sua vocação para a solidariedade e resgatando o nome de um homem que é fundamental para a história do Brasil, um farol ético, e que foi tão vilipendiado nos últimos anos pelo extremismo e pelo ódio. Estar num lugar com equipamento tão maravilhoso, de vida comunitária, com esse nome, serve de inspiração para a vida nacional, para as políticas que faço no ministério, para as políticas do presidente Lula".  Murilo Cavalcanti, secretário de Segurança Cidadã "O Compaz busca o melhor, leva excelência em serviços e amplia oportunidades para os mais pobres, caminhando rumo à paz social na cidade".

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Colegiado do transporte público e passagem da RMR aprova bilhete único de R$ 4,10

A proposta do Governo de Pernambuco de implementar tarifa única e reajuste zero nas passagens de ônibus da Região Metropolitana do Recife foi aprovada por unanimidade durante a reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) nesta quinta-feira (22). Essa medida resulta na redução do valor do Anel B de R$ 5,60 para R$ 4,10, beneficiando mais de 700 mil usuários. O bilhete único entrará em vigor a partir do dia 3 de março. A estimativa é que o subsídio direto do Governo do Estado alcance R$ 310 milhões, representando um aumento em relação aos R$ 250 milhões do ano anterior. Raquel Lyra, governadora de Pernambuco "Garantimos aumento zero e tarifa única para o transporte público da Região Metropolitana do Recife. O Conselho de Transporte Metropolitano aprovou e quem pagava R$ 5,60 agora vai pagar R$ 4,10. Esse foi um compromisso nosso para garantir mais cidadania para o povo de Pernambuco. Isso também prioriza aqueles que moram em áreas mais distantes e precisavam pagar mais caro para chegar aos seus destinos" Vantagens aos passageiros A unificação das tarifas dos dois anéis de linhas regulares do Sistema Estrutural Integrado proporcionará viagens mais vantajosas, resultando em economia para os passageiros, especialmente aqueles que percorrem trajetos mais longos. O Governo do Estado informou que a implementação da tarifa única não afetará a quantidade atual da frota nem a frequência de viagens já disponibilizadas pelo sistema. Além disso, o anúncio garantiu também que a tarifa social do anel G, que abrange duas linhas, será mantida no valor de R$ 2,70.

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Mercado de São José receberá investimento de R$ 20 milhões do PAC

A Prefeitura do Recife conquistou recursos junto à União para a realização de obras de reforma e restauro no Mercado de São José, um dos ícones da capital pernambucana. O investimento será viabilizado por meio de uma parceria entre a Prefeitura, o Ministério da Cultura e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), com a assinatura do termo de captação de R$ 20 milhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O processo de requalificação do Mercado de São José teve início em janeiro deste ano, sendo conduzido em fases distintas. Atualmente, estão em andamento intervenções na área destinada ao artesanato. Obras em andamento A execução das obras está sob responsabilidade da Autarquia de Urbanização do Recife (URB), abrangendo todos os 403 boxes existentes. As ações compreendem a reforma dos banheiros, a restauração de elementos de ferro, vidro e madeira, bem como a requalificação completa do imóvel e de suas fachadas. Novas instalações elétricas, lógicas, hidráulicas e de combate a incêndios também fazem parte do projeto. O Mercado de São José, com uma área total de 4,6 mil m² (sendo 3,5 mil m² cobertos), é dividido em dois pavilhões e um pátio externo. O plano preserva a estrutura dos elementos existentes, incluindo a reorganização dos 403 boxes, distribuídos entre a rua central, pavilhão norte, pavilhão sul e espaço destinado às lanchonetes. João Campos, prefeito do Recife “Assinamos este termo de compromisso para a revitalização do Mercado de São José, que já está acontecendo, e que agora será uma obra do PAC. Quero agradecer ao presidente Lula, à ministra Margareth Menezes e ao superintendente do IPHAN, Leandro Grass, por esta parceria que garante a preservação do patrimônio histórico, além de ajudar no desenvolvimento das cidades brasileiras”.

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"Energias renováveis são necessárias, mas não podem ser implantadas a custo da Caatinga e das comunidades"

Secretária de Meio Ambiente, Ana Luiza Ferreira, explica a estratégia do governo para unir sustentabilidade e desenvolvimento econômico, fala da meta de reviver 80 nascentes de rios e das políticas para evitar a desertificação do semiárido e priorizar a justiça climática nos projetos energéticos. (Foto: Tarciso Augusto) Ana Luiza Ferreira, a secretária de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha, embora jovem, já tem uma longa carreira na iniciativa privada e em órgãos de fomento. Foi estagiária no Citibank, atuou no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), passou pela Endeavor e trabalhou em consultoria com captação de financiamento no Banco do Nordeste e no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento). Ao ser convidada pela governadora Raquel Lyra para assumir a Semas, aceitou o desafio com o objetivo de trazer um olhar da nova economia sustentável regenerativa ao Estado. Nesta conversa com Cláudia Santos, ela aborda os programas governamentais: PerMeie (Plano Pernambucano de Mudança Econômica-Ecológica), que tem o objetivo de redirecionar a economia para um desenvolvimento inclusivo e sustentável, e o Plantar Juntos, que tem a meta de plantar quatro milhões de árvores. Ana Luiza também falou sobre as ações para o semiárido, que vão contar com recursos do Fundo Caatinga e do programa Floresta Viva Caatinga, divulgados na COP 28. A secretária ressaltou também sua preocupação de que os projetos de energias renováveis não sejam instalados sem a chamada justiça climática. “Comunidades produtoras, muitas vezes, estão deixando a vocação de produção rural para arrendar uma terra para torres eólicas. Se eu tiro essas pessoas dessas atividades, quem vai plantar com sustentabilidade, de forma agroecológica?”, preocupa-se a secretária que abordou ainda as políticas relacionadas à elevação do nível do mar, ao hidrogênio verde e à descarbonização. Na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), Pernambuco lançou, junto ao Consórcio Nordeste, uma proposta de criação de um Fundo Caatinga nos mesmos moldes do Fundo da Amazônia. Como estão as articulações nesse sentido? Já tínhamos o Fundo Caatinga e, na COP, a governadora lançou o programa Floresta Viva Caatinga, assinando junto com Aloizio Mercadante (presidente do Bando Nacional de Desenvolvimento), um protocolo de intenções de R$ 60 milhões – R$ 30 milhões não reembolsáveis do BNDES mais R$ 30 milhões do Governo do Estado – exclusivamente para o recaatingamento (restauro florestal na caatinga). Ou seja, além do fundo que já existia, entre as iniciativas do Governo junto ao Consórcio Nordeste e ao BNDES, temos o Floresta Viva Caatinga. O fundo e o programa são duas iniciativas que estamos amadurecendo com carinho, porque sabemos do potencial de capital ambiental e cultural no nosso semiárido. Para além do capital monetário, são necessárias pesquisas que nos deem mais clareza para usufruir melhor dessa área, quantificando, por exemplo, o potencial da caatinga para sequestro de carbono. Esse potencial é significativo, mas sempre foi subestimado, desacreditado ou negado, porque a caatinga era vista como um bioma pobre, sinônimo de escassez e, na verdade, é o contrário. Ela é rica em biodiversidade, com potencial enorme de explicar para o Brasil e para o mundo a resiliência, palavra da ordem em discussões referentes à adaptação às mudanças climáticas. Há um bioma mais resiliente do que a Caatinga que, com pouca água consegue manter sua biodiversidade e sua vida? Esses recursos já chegaram? Como está a implementação dessas iniciativas? Os encaminhamentos para o contrato já estão em curso por meio de reuniões com o BNDES. O protocolo assinado exige revisão da Procuradoria Geral do Estado e do jurídico e, com isso, já concluímos a viabilidade do programa. Agora estamos nas tratativas para destravar a fonte orçamentária. Está caminhando bem. Mas, o Fundo Caatinga, além de Pernambuco, depende dos outros estados que compõem o Consórcio Nordeste. Estive com o Governo da Bahia, que preside a Câmara Técnica de Meio Ambiente, e com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para tratar do tema. A ministra propôs a criação do Fundo Biomas e tivemos a ideia de tornar nossa iniciativa um fundo bioma, mas começando pela Caatinga. Ano passado, com o início da gestão de Raquel Lyra, na reforma administrativa, aumentamos mais uma secretaria executiva e passamos de três para 10 gerências técnicas. Nessa estrutura, com uma nova visão de economia regenerativa, criamos gerências gerais de instrumentos econômicos verdes, de projetos especiais e a ESG. Desenhamos, ao longo do ano, dois grandes programas do meio ambiente de Pernambuco, em que todos os nossos projetos se encaixam em um ou em ambos. Um deles é o PerMeie (Plano Pernambucano de Mudança Econômica-Ecológica), cujo grande objetivo é fazer um redirecionamento do vetor de desenvolvimento de Pernambuco, reforçando que a política econômica do Estado não pode existir sem o olhar sobre a sustentabilidade, e a política da sustentabilidade não pode existir sem um olhar sobre desenvolvimento econômico, investindo, assim, num desenvolvimento que seja, de fato sustentável, regenerativo. E o outro grande programa é o Plantar Juntos, que tem um foco menos econômico e mais de restauração ambiental, com uma meta ambiciosa de plantar 4 milhões de árvores por meio de um amplo programa de conscientização da sociedade em todos os biomas. Então, muitas das nossas iniciativas têm, tanto a etiqueta do Plantar Juntos, quanto a etiqueta do PerMeie, mas algumas são mais direcionados a um ou a outro. Quais as medidas adotadas pelo Governo do Estado para evitar a desertificação do semiárido? Numa iniciativa conjunta Semas e Sdec (Secretaria de Desenvolvimento Econômico), relacionada ao PerMeie, com foco econômico, mas de extrema importância no combate à desertificação, contratamos um mapeamento e planejamento estratégico para a transição de Pernambuco de uma economia tradicional para a economia regenerativa. Esta nova economia do mundo afirma que a restauração florestal vai caracterizar a nova construção civil enquanto atividade que emprega muita gente com baixo nível de formação técnica. Como transformar isso em realidade? Teremos fontes que financiem pessoas para plantar árvores e manter a floresta em  pé? Isso não é utopia, existem fundos internacionais que podem  e querem pagar para isso. O primeiro passo é mapear o nosso

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Recife inicia parceria internacional para fiscalização em segurança viária

Organização de referência global nas melhores práticas de fiscalização para diminuir os fatores de risco firmou parceria de dois anos com a Prefeitura do Recife. Com isso, esperam-se avanços nas políticas públicas que promovam comportamentos seguros no trânsito. A partir deste mês, a Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), contará com o apoio da Global Road Safety Partnership (GRSP), como parte do suporte oferecido pela Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global (BIGRS). O início dessa colaboração foi marcado durante uma reunião com gestores da Secretaria de Política Urbana e Licenciamento (Sepul) na última segunda-feira (19/02). A GRSP, uma organização internacional vinculada à Federação Internacional Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, fortalecerá o eixo de fiscalização de trânsito no Recife, promovendo a formação continuada de agentes de trânsito, intercâmbios entre profissionais de diferentes cidades, além de oferecer apoio técnico e administrativo na gestão da fiscalização. Desde 2020, a BIGRS tem apoiado a Prefeitura do Recife por meio do suporte de outras organizações, como a Vital Strategies e a GDCI, que auxiliam nos eixos de comunicação, gestão de dados e desenhos de ruas. Taciana Ferreira, presidente da CTTU “Estamos cada vez mais dedicados em aperfeiçoar a gestão de dados de sinistros de trânsito em nossa cidade e  de orientar as ações, em especial, de fiscalização a partir das análises estatísticas desses dados.  Os dados nos auxiliam para definir elementos mais específicos dos planos operacionais de blitze, por exemplo, desde o local e horário, tipo de abordagem; foco da mensagem, se sobre velocidade ou outro fator de risco, até mesmo para quem serão direcionadas as mensagens: condutores de carros ou de motocicletas. Receber o apoio de uma organização de referência global para auxiliar a cidade nessa atividade é de uma importância imensa, que vai nos ajudar a gerenciar cada vez melhor os recursos e, com isso, potencializar os resultados da fiscalização em seu principal propósito: de salvar vidas no trânsito”. Em 2023, a CTTU realizou um total de 676 operações de fiscalização, alcançando 73,5 mil abordagens. Dentre essas abordagens, 10% resultaram em notificações relacionadas a infrações como alcoolemia, veículo em mau estado, uso incorreto do capacete, e outros casos que representam riscos à segurança viária. André Correia, coordenador de fiscalização da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária no Brasil “O trabalho da fiscalização de trânsito salva vidas porque ruas com velocidades inadequadas, motoristas com condutas irresponsáveis podem levar pessoas à morte. Então a fiscalização de trânsito entra como um serviço essencial para proteger a vida dos cidadãos e é essencial especializar essa atividade para que seja cada vez mais potente em salvar vidas. O condutor, quando sai de casa, precisa saber que está sendo fiscalizado para que tenha um comportamento seguro. Uma via com fiscalização de trânsito presente é uma via mais segura para todas as pessoas porque isso induz ao respeito às leis de trânsito. Então o nosso trabalho, junto ao da GRSP, vai potencializar o serviço que a CTTU já faz com excelência para trazer ainda mais resultados em evitar mortes e lesões graves no trânsito”.

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Projeto pernambucano vence desafio nacional sobre saneamento

A iniciativa conjunta da Casa Criatura e Ao Vento tem como objetivo reduzir a presença de plástico nos corpos hídricos das cidades irmãs, transformando resíduos em mobiliário utilitário. *Por Rafael Dantas A Casa Criatura, que atua no segmento de design e makerspaces, com sede em Olinda, venceu um desafio nacional com o projeto Cirandar. Trata-se de um laboratório de educação e design circular que aborda os desafios associados ao saneamento básico e à gestão de resíduos nas cidades do Recife e de Olinda. Em parceria com a Ao Vento e alinhado aos princípios dos 3R’s - Reduzir, Reutilizar e Reciclar -, essa iniciativa conquistou recentemente a chamada pública "Saneamento do Futuro: Rio Sem Plástico", na categoria Social, proposta pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). O projeto Cirandar surge como uma solução para enfrentar a poluição plástica nos corpos hídricos, buscando uma abordagem colaborativa com catadores, instituições e comunidades escolares para transformar esse material em móveis utilitários e pontos de coleta. A iniciativa concentra-se na participação ativa da comunidade na prototipação dos artefatos, com a colaboração da rede educacional para promover a conscientização sobre a preservação ambiental. A instituição que irá receber o projeto piloto é a EREM de Olinda (Escola de Referência em Ensino Médio). O foco do laboratório, com turmas a partir desta semana, é a criação de artefatos reciclados de código aberto (open source), cuja variedade inclui a criação de mesas, cadeiras e lixeiras, entre outros utilitários. Os estudantes receberão bolsas para participar da formação. Jessica Lobo, diretora da empresa Ao Vento "Com o princípio da economia circular, utilizaremos resíduos plásticos para transformar em objetos úteis para escola, como mesas e cadeiras. Depois pretendemos expandir para mobiliário urbano. Todo material usado vem da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis (Cooncecipe), que faz trabalho de coleta. Faremos uma formação com alunos indicados pela escola sobre os princípios dos 3R's e com técnicas básicas de protótipos que o laboratório trabalha. Eles vão experimentar um pouco disso, conhecendo a impressora 3D, a prensa e demais maquinários para produzir esses artefatos. É uma formação teórica e prática." Desafio urbano O Brasil é o quarto maior produtor mundial de plástico, com cada brasileiro gerando aproximadamente 1kg de lixo plástico por semana, segundo a ANA. A reciclagem representa apenas 1,3% das 11,3 milhões de toneladas de lixo plástico produzidas, enquanto 2,4 milhões de toneladas são descartadas irregularmente, e 7,7 milhões vão para aterros sanitários. Cerca de 1 milhão de toneladas não é recolhido no país. No Recife e em Olinda, cidades cortadas por rios e riachos em todo seu território, a busca de soluções sustentáveis para a redução, reutilização e reciclagem desses resíduos é fundamental para reduzir os problemas com cheias e inundações, que se agravaram nos últimos anos com a maior intensidade das chuvas.

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Litoral Sul com previsão de aumento no movimento das estradas no Carnaval

Com a proximidade do feriado de Carnaval, o movimento de veículos com destino às praias do Litoral Sul tem a tendência de aumentar significativamente. A Concessionária Rota do Atlântico (CRA) e a Concessionária Rota dos Coqueiros (CRC), administradas pela Monte Rodovias, em Pernambuco, reúnem rodovias importantes que dão acesso às praias do Litoral Sul de Pernambuco e também à Reserva do Paiva, muito procuradas como rotas alternativas para o período. Além do Complexo de Suape, a Rota do Atlântico é a principal porta de entrada para praias badaladas como Porto de Galinhas, Muro Alto e Maracaípe. “A Braztoa -Associação Brasileira das Operadoras de Turismo- divulgou uma pesquisa que aponta Porto de Galinhas como destino mais procurado no Carnaval. Isso reflete na nossa taxa de ocupação hoteleira, que tem como previsão média atual de 82%, podendo chegar na totalidade. Sabemos que Pernambuco é procurado pelo seu tradicional Carnaval, mas os turistas que escolhem nosso destino buscam dias de descanso e de refúgio da Folia de Momo”, comenta o presidente da Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas, Eduardo Tiburtius. Segundo a CRA, a expectativa é que, aproximadamente, 135 mil veículos circulem na rodovia, gerando um aumento, em média, de 16% acima do tráfego diário. Já a Rota dos Coqueiros, que liga os municípios de Jaboatão doa Guararapes ao Cabo de Santo Agostinho, onde ficam localizadas praias como Calhetas, Itapuama e a Praia do Paiva, espera que cerca de 69 mil veículos transitem na rodovia, de 8 a 14 de fevereiro, o que significa um aumento em torno de 37% do tráfego médio diário na área. Operação A presidente da Monte Rodovias, Rafaela Araújo explica que as rodovias contam com importantes serviços aos usuários como guinchos para reboque de veículos, ambulância, carro-pipa e monitoramento viário, 24 horas por dia, todos os dias da semana. “Há também os veículos de inspeção, que fazem rondas constantes, e profissionais dedicados ao atendimento dos usuários que trafegam nas rodovias operadas pelas concessionárias. Se um veículo parar na rodovia, por exemplo, para uma troca de pneu ou por causa de uma pane mecânica, os inspetores estarão disponíveis para ajudar o usuário e mantê-lo em segurança”, destaca. “O mais importante é que todos os usuários possam fazer bom uso das rodovias com segurança e atendimento eficaz”, finaliza Rafaela. Para evitar filas no pedágio, os usuários podem realizar o pagamento através do débito por aproximação, que torna o atendimento ainda mais rápido. Além disso, há a opção das pistas automáticas, na qual os usuários que possuem TAG podem passar pela praça de pedágio sem a necessidade de parar. Também há a alternativa de utilização das cabines de autoatendimento. Sinalizada em verde, o próprio usuário realiza o pagamento do pedágio. As concessionárias também contarão com serviços de papa-fila, possibilitando o pagamento da tarifa antes da chegada na cabine. É importante ressaltar que o respeito e a cordialidade com os atendentes nas Praças de Pedágio devem ser condutas imprescindíveis para todos os motoristas.

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