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Cepe promove debate sobre universo HQ no FIG

João Lin, um dos idealizadores da revista em quadrinho Ragu 8 e Ragu 9 será um dos debatedores do evento (Da Cepe Foto: Leopoldo Conrado Nunes) História em quadrinho é o destaque da Companhia Editora de Pernambuco neste domingo (23/07), no 31º Festival de Inverno de Garanhuns, que acontece até o próximo dia 30, no Agreste do Estado. A programação começa às 15h, na Praça da Palavra Luís Jardim, com bate-papo sobre publicação e edição de revistas em HQ. E continua às 16h, na conversa sobre a ligação da escritora Clarice Lispector (1920-1977) com a cidade do Recife. A mediação é do jornalista e editor da Cepe, Diogo Guedes. Pela manhã, no mesmo espaço, tem contação de história para crianças. O artista visual João Lin, um dos idealizadores da revista em quadrinho Ragu 8 (Cepe, 2021) e Ragu 9 (Cepe, 2022), inicia o debate sobre o universo HQ na Praça da Palavra, o polo literário do FIG. “Pernambuco tem uma tradição forte no desenho e gravura e acredito que é principalmente daí que vem o nosso quadrinho. Como toda expressão/linguagem que se faz de forma independente, essa produção oscila muito, mas sempre com presença de novos autores/as. Falo apenas do quadrinho autoral que é minha praia”, declara João Lin. Ao analisar a evolução da publicação local de HQ, ele afirma: “Com o boom das redes sociais também veio uma boa onda de autores/as novos/as. Hoje temos além dos autores independentes e da Ragu, que está nesse cenário há mais de 20 anos (também oscilante), um selo de quadrinhos - o Cepe HQ, que dá um fôlego a mais nesse cenário. Muito importante que os recursos públicos possam estimular essa produção independente seja pelas leis de incentivo ou por uma editora do Estado, nisso Pernambuco está na frente de outros estados.” No segundo momento, a jornalista Clarice Hoffmann e o ilustrador Greg, autores da HQ Pedra d’Água (Cepe, 2023), conversam com o público sobre a produção do livro e a relação de Clarice Lispector com o Recife, onde a escritora ucraniana naturalizada brasileira passou a infância e parte da adolescência. “Clarice se dizia pernambucana”, observa a jornalista, que levou para o texto da HQ o tempo verbal e o arco narrativo que a escritora costumava usar em seus contos. Com desenhos primorosos, Greg transporta para o livro o Recife de Clarice Lispector. Localizada na Praça Souto Filho, a Praça da Palavra Luís Jardim é um espaço organizado com palco, estande e área de convivência destinada a debates, recitais, lançamento de livros e contação de histórias, entre outras atividades. Abre todos os dias das 9h às 21h, com atividades a partir das 10h. No último fim de semana (29 e 30/07) haverá apresentação da fotobiografia de Sonia Braga, oficina do projeto Galeria Reciclada da Cepe e bate-papo sobre literatura em Garanhuns. A Cepe é uma das patrocinadoras do Festival de Inverno e, este ano, a livraria da Editora no FIG leva o nome do escritor garanhuense Helder Herik. Programação da Cepe Editora na Praça da Palavra  Sábado - 22/07 Homenagem a Miró da Muribeca 10h às 11h - Contação de história do livro infantil Atchim! (Cepe Editora, 2019), de Miró da Muribeca (textos) e Cau Gomez (ilustrações), com Yalle Feitosa. 15h às 17h - Workshop “Preparação de originais para prêmios literários e submissão a editoras”, com o escritor e editor Wellington de Melo. 17h às 18h - Mesa “Miró, os caminhos de uma biografia”, bate-papo entre o escritor e editor Wellington de Melo e o jornalista, escritor e editor Thiago Corrêa. Domingo - 23/07 10h às 17h - Contação de história do livro infantil A vaca macaca (Cepe Editora, 2022), de Eduardo Cesar Maia (texto) e Ildembergue Leite (ilustrações), com Yalle Feitosa. 15h às 16h - Conversa sobre publicação e edição de revistas em quadrinhos, com João Lin (um dos autores das HQs Ragu 8 - Cepe, 2021 e Ragu 9 - Cepe, 2022). Mediação de Diogo Guedes. 16h às 17h - Bate-papo com Clarice Hoffmann e Greg, autores da HQ Pedra d’Água (Cepe, 2023), sobre a ligação de Clarice Lispector com o Recife. Mediação de Diogo Guedes. Sábado - 29/07 15 às 16h - Lançamento do livro Sonia em fotobiografia. Bate-papo entre o organizador da obra, Augusto Lins Soares, e a editora-assistente da Cepe, Gianni Gianni. Domingo - 30/07 10 às 11h - Contação de história do livro infantil E eu, só uma pedra, (Cepe Editora, 2016), de Helton Pereira e Cau Gomez (ilustrações), com Yalle Feitosa. 15h às 17h - Oficina artesanal sobre o projeto Galeria Reciclada da Cepe, com Júlio Gonçalves e Sandra Raposo (no estande). 16h às 17h - Bate-papo “Fazer literatura a partir de Garanhuns” com os escritores Nivaldo Tenório, Helder Herik, Carla Montanha e Thiago Corrêa. Mediação da editora-assistente da Cepe, Gianni Gianni. Ações paralelas à Praça da Palavra: Projeto Caixa de Leitura - Doações de livros para bibliotecas e Organizações não Governamentais (ONGs) de Garanhuns. Ação colaborativa dos projetos Livros nas Praças (Cepe Editora) e Livros Livres (Secult-PE/Fundarpe) - Distribuição de livros em praças públicas e ruas de Garanhuns.

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Teatro Guararapes recebe a turnê 2023 da Orquestra Petrobras Sinfônica

No dia 15 de julho, às 20h, a Orquestra Petrobras Sinfônica, sob a regência do maestro Tobias Volkmann, sobe ao palco do Teatro Guararapes, no Centro de Convenções Pernambuco, para apresentar o concerto Bohemian Rhapsody, com músicas da banda inglesa Queen interpretadas em formato sinfônico. No repertório, sucessos como “Love of my life”, “Under pressure”, “We are the champions”, “Don’t stop me now”, “We will rock you” e “Bohemian rhapsody” prometem emocionar o público. Um dos concertos da Orquestra Petrobras Sinfônica mais pedidos pelo público.  No domingo, dia 16, é a vez da orquestra apresentar o concerto infantil Mundo Bita Sinfônico em duas sessões, 15h e 18h.  Com participação especial do Bita, personagem mais querido pela criançada, e de seu idealizador, Chaps Melo, o repertório do concerto conta com canções do álbum Mundo Bita Sinfônico, como “Fazendinha”, “Viajar pelo Safari” e “Trem das Estações”. Os sons dos bichos, o apito do trem e outros efeitos característicos das músicas do Mundo Bita, que tanto fascinam a garotada, foram recriados pelos instrumentos da orquestra. Um evento para toda família.

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fenearte 2023

Fenearte tem mais de 60 atividades nesta semana

Além de conhecer o trabalho de cinco mil expositores, visitantes podem participar de oficinas, aulas gastronômicas e assistir a shows e desfiles Com mais de 60 atividades, a 23ª edição da Fenearte chega à segunda semana de programação no Centro de Convenções de Pernambuco. A maior feira de artesanato da América Latina tem recebido pessoas de todas as idades para visitar cinco mil expositores e participar das atividades espalhadas no pavilhão do Cecon, em Olinda. São mais de vinte corredores ocupando 25 mil m². Neles, mestres e artesãos de Pernambuco, de outros estados e países, além de etnias indígenas e instituições sociais pernambucanas, expõem trabalhos em cerâmica, madeira, couro, fibra, metal e papel, entre outros materiais, inclusive reciclados. Paralelamente à feira, a Fenearte amplia a imersão cultural com outros espaços, no Circuito Fenearte. A Passarela Fenearte, que tem lançado luz sobre a produção de moda autoral pernambucana, terá programação até o próximo sábado (15/7), sempre começando às 18h. Pelo espaço, que fica no mezanino, vão desfilar estudantes de instituições de ensino do Estado, além de projetos convidados pela Secretaria da Mulher de Pernambuco e das Quilombolas de São Lourenço (Goiana). Ao lado, a Cozinha Fenearte tem atraído pessoas interessadas em gastronomia ou que atuam na área para conhecer receitas e conversar com chefs. De quarta-feira (12/07) a domingo (16/07), serão apresentadas receitas inéditas inspiradas nas regiões pernambucanas. Nesses dias, vão cozinhar ao vivo os chefs Jonathas Liandro (Negro Brownie, Caruaru), Carmem Virgínia (Altar Cozinha Ancestral, Recife), Anna Corinna (Assucar, Recife), Natália Oliveira (Bar do Cabo, Recife), Negralinda, Lúcia Soares, Cláudio Manoel e Rapha Vasconcellos (Moendo na Laje, Recife). Ao final de cada apresentação, duas pessoas da plateia serão sorteadas e farão degustação do prato. O Espaço Janete Costa, um dos primeiros ambientes a receber o público, continuará aberto para visitação e conversas que têm como centro de discussão o design e a sustentabilidade. A programação, que continua de 11/07 a 14/07, vai refletir sobre “Artesanato X Design na Semana Criativa de Tiradentes”; “O Design que Faz Circular” e “Design Sustentável”. Também lá será lançado o livro “Além do Barro”, de Márcio Sá. Sempre à tarde, a Fenearte inicia a programação de shows diários. No Palco Cultura Popular, que recebe quatro apresentações por dia, a partir das 15h, vão passar nomes como Bloco Lírico Compositores e Foliões, Vitoria do Pife, Samba de Coco Raízes de Arcoverde e Marília Parente. Já no Palco Alternativo, estarão, a partir das 19h, Bonsucesso Samba Clube, Chorinho Cambuca, Isabela Morais e Mazuli, entre outros nomes. Oficinas – Sete salas recebem, diariamente, atividades formativas para pessoas interessadas em aprender ou aperfeiçoar técnicas artesanais. Por lá serão ministradas as oficinas “Ecojoias, acessórios de moda: A criatividade no descarte impulsionando o empreendedorismo” (Beth Cyrne), “Reco-reco de bambu” (Mestre Jorge Ferreira), “Bordados com sacolas plásticas” (Raphaelle Brito), “Moda Upcycling: Bolsa em tricô sem agulha” (Marina Prado), “Boneco de mamulengo” (Mestre Bila), “Barro, som e poesia – produção de instrumentos musicais em argila” (Mestre Nado); “Cerâmica para todos” (Mestre Nena), e Técnicas com linhas Pingouin. Elas acontecem às 14h30 e às 18h, de segunda a sexta-feira, e às 13h e 17h, aos sábados e domingos. Programação CONVERSAS INSTIGANTES NO ESPAÇO JANETE COSTA11/07: 16h – “Artesanato X Design na Semana Criativa de Tiradentes” - Ana Vaz (designer têxtil), Júnior Guimarães (produtor cultural da Semana Criativa de Tiradentes) e Núbia Gomes (desenhista e artesã têxtil)12/07: 17h - Lançamento do livro “Além do barro” (Márcio Sá) e bate-papo com o autor e mediação de Diogo Helal13/07: 16h – “O Design que Faz Circular” - Jackson Araújo (ativista e diretor criativo do projeto Trama Afetiva), Jorge Feitosa (designer de moda) e Mariana Amazonas (ecodesigner, cofundadora da Roda)14/07: 16h – “Design Sustentável” - Barão di Sarno (designer, ativista, sócio-fundador da Questtonó), Fabiano Pereira (consultor de inovação e design estratégico, diretor do Istituto Europeo di Design - IED) e Leopoldo Nóbrega (artista plástico ceramista, designer, consultor em mercado e processos criativos) PASSARELA FENEARTE11/07: 18h – UNIFBV; 20h - Senai Caruaru12/07: 18h - UFPE CAA; 20h - Senai Paulista13/07: 18h - Secretaria da Mulher de Pernambuco apresenta Ceame, com acessórios Café com Arte/Centro Mangue; 20h - Secretaria da Mulher de Pernambuco apresenta Mestra Lalá, com acessórios Café com Arte/Centro Mangue14/07: 18h - Secretaria da Mulher de Pernambuco apresenta Arte da Terra, com acessórios Café com Arte e Mulheres Quilombar; 20h - Faculdade Senac Recife15/07: 18h - Faculdade Senac Caruaru; 20h - Quilombolas de São Lourenço COZINHA FENEARTE12/07, às 16h30 – Chef Jonathas Liandro (Negro Brownie, Caruaru)13/07, às 17h30 – Chef Carmem Virgínia (Altar Cozinha Ancestral, Recife)14/07, às 16h30 – Chef Anna Corinna (Assucar, Recife); 18h30 – Chef Natália Oliveira (Bar do Cabo, Recife)15/07, às 16h30 – Chef Negralinda; às 18h30 – Chef Lúcia Soares16/07, às 16h30 – Chef Cláudio Manoel; às 18h30 – Chef Rapha Vasconcellos (Moendo na Laje, Recife) OFICINAS FENEARTEÀs 14h30 e às 18h, de segunda a sexta-feira, e às 13h e 17h, aos sábados e domingos.11 a 16/07:“Ecojoias, acessórios de moda: A criatividade no descarte impulsionando o empreendedorismo” (Beth Cyrne)“Reco-reco de bambu” (Mestre Jorge Ferreira)“Bordados com sacolas plásticas” (Raphaelle Brito)“Moda Upcycling: Bolsa em tricô sem agulha”(Marina Prado)“Boneco de mamulengo” (Mestre Bila) 09 a 12/07: “Cerâmica para todos”(Mestre Nena) 13 a 16/07: “Barro, som e poesia – produção de instrumentos musicais em argila” (Mestre Nado) Até 16/07: Técnicas com linhas Pingouin SHOWSPalco Cultura PopularTerça-feira (11/07)15h - Nailson Vieira16h - Ciranda Terno da Mata17h - Bloco Lírico Compositores e Foliões18h - Ivison Trio Quarta-feira (12/07)15h - Clube Indígena de Canindé16h- Repentistas Antonio Lisboa e Joao Lídio17h- Bumba meu Boi Tira Teima18h - Dom Santana Quinta-feira (13/07)15h - Boi Dourado15h40 - Grupo de Coco Chinelo de Iaiá16h20 - Bloco Carnavalesco Misto Batutas de São José17h - Vitoria do Pife Sexta-feira (14/07)15h - Grupo Cultural Fulni-ô16h- Luciano Leonel - repente17h- Boi Marinho18h- Coco de seu Mané Sábado (15/07)15h -Banda de Pífanos São Sebastião16h- Troça Carnavalesca Mista Abanadores do Arruda17h- Samba de Coco Raízes de Arcoverde18h- Marília Parente Domingo (16/07)15h - Boi Cara Branca de Limoeiro16h- Grupo Cultural Os

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Malassombros Foto Isabela Machado

Festival de Teatro traz ao Recife histórias mal-assombradas do Sertão

O 19º Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco traz uma programação diversificada com peças voltadas ao público infantil. Um dos destaques é o espetáculo "MALASSOMBROS - CONTOS DO ALÉM SERTÃO", do Teatro de Retalhos, sediado em Arcoverde, que promete histórias arrepiantes e divertidas. Outras peças, como "PINÓQUIO" da Roberto Costa Produções, "SEU SOL, DONA LUA - UMA HISTÓRIA DE AMOR" da Circus Produções e "UM MENINO NUM RIO CHAMADO TEMPO" do Núcleo de Pesquisa em Teatro para Infância (NUPETI), também fazem parte da programação. A classificação etária varia entre livre para todas as idades e a partir de 8 anos para o espetáculo "MALASSOMBROS". Os ingressos antecipados estão disponíveis no Sympla, com valores entre R$ 20 e R$ 60. Mais informações sobre os espetáculos e a programação completa podem ser encontradas no site do Festival. O Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco conta com sessões acessíveis para pessoas surdas, com interpretação em Libras, e todos os locais de apresentação possuem acessibilidade física. O evento é uma realização da Métron Produções em parceria com grupos teatrais e artistas de Pernambuco, com apoio do Sistema de Incentivo à Cultura do Recife, CAIXA e Governo Federal. Neste ano, o festival presta homenagem à bonequeira Fátima Caio, que teve papel fundamental no Mão Molenga Teatro de Bonecos. SERVIÇO 19º FESTIVAL DE TEATRO PARA CRIANÇAS DE PERNAMBUCO (FTCPE) - PINÓQUIO (Roberto Costa Produções - Paulista / PE) Teatro de Santa Isabel (Praça da República, 233 – Sto. Antônio/Recife) Dias: sábado (15) e domingo (16) Hora: 16h30 Ingressos: R$ 60,00 (inteira) / R$ 30,00 (meia) CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: LIVRE - MALASSOMBROS - CONTOS DO ALÉM SERTÃO (Teatro de Retalhos - Arcoverde / PE) Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81 – Boa Vista / Recife – PE) Dias: sábado* (15) e domingo (16) *sessões com acessibilidade para surdos (Libras) Hora: 16h30 Ingressos: R$ 40,00 (inteira) / R$ 20,00 (meia) CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: a partir de oito anos. - SEU SOL, DONA LUA - UMA HISTÓRIA DE AMOR - Circus Produções - Recife / PE) Teatro Barreto Júnior (Rua Jeremias Bastos - Pina, Recife – PE) Dias: sábado (15) e domingo (16) Hora: 16h30 Ingressos: R$ 50,00 (inteira) / R$ 25,00 (meia) CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: LIVRE - UM MENINO NUM RIO CHAMADO TEMPO (Núcleo de Pesquisa em Teatro para Infância - NUPETI - Recife / PE) Teatro Luiz Mendonça(Parque Dona Lindu – Boa Viagem, Recife - PE) Dias: sábado (15) e domingo* (16), *sessão com acessibilidade para surdos (Libras) Hora: 16h30 Ingressos: R$ 40,00 (inteira) / R$ 20,00 (meia) CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: LIVRE

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Desertuna Turne Recife

Teatro de Santa Isabel recebe shows de cultura popular e música portuguesa

A iniciativa faz parte da turnê internacional “Música Rural”, que vai passar pelo Recife e Zona da Mata  Norte do Estado, entre os dias 14, 15, 16, 18 e 21 de julho. O acesso do público é gratuito Nesta sexta-feira, dia 14, o Teatro de Santa Isabel abrirá suas cortinas para um espetáculo musical inédito. O palco receberá a união das tradições dos grupos e artistas da cultura popular da Zona da Mata Norte, juntamente com um grupo de tunas académicas portuguesas, formado por estudantes universitários de Portugal. O espetáculo, que combina influências musicais pernambucanas com a cultura portuguesa, será gratuito e terá início às 20h. Essa iniciativa faz parte da turnê internacional intitulada "Música Rural", composta por mestres e brincantes do maracatu rural, coco de roda e ciranda. Em 2022, a turnê circulou pela Europa e, este ano, faz as honras da casa recebendo o "TUN' ao Brasil", liderado pela Desertuna, um conjunto formado por estudantes da Universidade da Beira Interior, localizada na cidade de Covilhã. Os membros da Desertuna tocam instrumentos de corda, como violão, bandolim, cavaquinho, acordeão, percussão, trompete e contrabaixo, além de cantarem em harmonia. O espetáculo no Teatro de Santa Isabel marca o início de uma importante parceria musical e artística entre o Brasil e Portugal. Para celebrar esse momento, foi elaborada uma agenda cultural repleta de apresentações gratuitas que percorrerão várias regiões de Pernambuco. Ao todo, a Desertuna, composta por aproximadamente 17 integrantes, se juntará a diversos mestres da cultura popular da zona canavieira para realizar cerca de cinco apresentações em Pernambuco. Além do Teatro de Santa Isabel, a turnê se apresentará no sábado, dia 15, no Paço do Frevo, localizado no Bairro do Recife, às 17h. No domingo, dia 16, os artistas irão para a Zona da Mata, berço da cultura popular, onde se apresentarão no Museu Comunitário Poço Comprido, situado na Zona Rural de Vicência, às 15h. Na terça-feira, dia 18, será a vez dos moradores de Lagoa de Itaenga prestigiarem o espetáculo musical, que contará com a participação da Família Caboclo, às 20h. A agenda cultural também inclui uma aula-show na sexta-feira, dia 21, no Instituto Ricardo Brennand, localizado no bairro da Várzea, no Recife, em conjunto com o Mestre Josivaldo Caboclo. A turnê prosseguirá até o dia 21 deste mês, com várias atividades programadas em todo o estado.

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Cristiano Mascaro e Joao Lin. Foto Leopoldo Nunes

Cepe celebra o legado literário do poeta Miró no Festival de Inverno de Garanhuns

(Da Cepe - Na foto: Cristiano Mascaro e Joao Lin. Crédito: Leopoldo Nunes) A Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) volta a patrocinar e integrar a programação da Praça da Palavra, polo literário do Festival de Inverno de Garanhuns, que chega a sua 31ª edição, na região Agreste. Considerado um dos mais importantes festivais multiculturais do país, o FIG acontece de 21 a 30 de julho, com extensa programação, coordenado pela Secretaria de Cultura do Estado e pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Este ano, o polo literário recebe o nome de Luís Jardim (1901-1987), em memória do jornalista, escritor, tradutor, desenhista e pintor garanhuense, prestando ainda homenagem a outro grande pernambucano: o poeta Miró da Muribeca (1960-2022), um dos mais importantes nomes da poesia urbana contemporânea brasileira. Nesta edição, a Cepe faz um tributo ao  escritor  de Garanhuns Helder Herik, que empresta o seu nome ao estande/livraria a ser instalado na praça pela editora. Localizada na Praça Souto Filho, a Praça da Palavra Luís Jardim contará com palco, estandes e área de convivência, para receber as programações da Cepe, secretarias de Cultura e de Educação do Estado, Sesc e parceiros. Bate-papos, recitais, performances, lançamentos de livros, contações de histórias integram as opções oferecidas ao público. De acordo com o editor da Cepe, jornalista Diogo Guedes, a proposta é celebrar a obra de Miró, mostrar parte da produção recente da Cepe Editora e também aproveitar o espaço para discutir temas da literatura e dos livros. “As mesas e conversas vão da poesia às HQs, das fotografias à ficção, sempre com a palavra e os livros em destaque, nesse palco privilegiado da cultura pernambucana que é o FIG”, antecipa. Entre os destaques da programação da Cepe Editora, está o lançamento do livro Sonia em Fotobiografia, organizado pelo jornalista e designer Augusto Lins Soares, que já assinou as fotobiografias de Chico Buarque (Revela-te, Chico, Editora Bem Te Vi, 2018) e de Dom Helder Camara  (O Santo Revelado, Cepe, 2019). Em mais de duzentas imagens, a primeira fotobiografia de Sonia Braga revela a vida e a trajetória da atriz, considerada pelo The New York Times como uma das melhores artistas de cinema do século 21. O lançamento acontecerá no palco da Praça da Palavra, sábado (29), a partir das 15h, com um bate-papo entre Augusto Lins e a editora-assistente da Cepe, Gianni Gianni. O poeta Miró, autor de livros do catálogo da Cepe, também pontua a programação da editora, em ações voltadas para o público infantil e em mesas como “Miró, os caminhos de uma biografia”. O bate-papo reunirá o escritor e editor Wellington de Melo, o jornalista, escritor e editor Thiago Corrêa, com mediação da editora-assistente da Cepe, Gianni Gianni. “A mesa será uma conversa sobre o processo de escrita da biografia de Miró, que está a meu encargo. Será uma conversa entre dois biógrafos, já que Thiago Corrêa escreveu para a Cepe a biografia de Gilvan Lemos. Há uma curiosidade, no sentido de que ambos biografados faleceram no meio do processo. Conversaremos sobre os desafios impostos a mim, o estágio da escrita, anteciparei algumas descobertas e deixarei o gostinho de algumas revelações que só serão dadas no livro”, avalia Wellington. No domingo (30), das 16h às 17h, a Cepe promove a mesa “Fazer Literatura a partir de Garanhuns”, com os escritores garanhuenses Nivaldo Tenório, Helder Herik e Thiago Corrêa. “Acho ótima a oportunidade de conversar sobre o tema, ainda mais no FIG, quando temos um público fora da cidade que poderá se inteirar sobre o trabalho do escritor na nossa cidade e, com isso, se interessar por essa literatura”, destaca Nivaldo. Ele é autor de Verão (Cepe, 2022), Ninguém detém a noite (Confraria do Vento, 2017) e Dias de febre na cabeça (1ª edição pela U-Carbureto, 2012 e 2ª edição pela Confraria do Vento, 2014). De acordo com Nivaldo, há um movimento crescente em Garanhuns, já há alguns anos, que pode ser chamado de cena literária. “Recife já se apercebeu disso, aqui há bons escritores, editores e gente que gosta de produzir jornal de cultura”, diz ele. “Quanto ao resto, temos as mesmas dificuldades de qualquer cidade do Brasil, é verdade que a internet estreitou as distâncias, não temos mais necessidade de ir para o Sudeste como fez Osman Lins, mas não é fácil colocar um livro na praça e ser lido e ter visibilidade, mesmo se tratando de um bom livro.” Opção para crianças e adultos, a oficina do projeto Galeria Reciclada ensinará aos  interessados como construir peças artesanais a partir de resíduos sólidos, como papel, garrafas, copos descartáveis. A proposta, criada em 2017, é uma ação de responsabilidade ambiental da Cepe idealizada e coordenada por Júlio Gonçalves, gerente de projetos sustentáveis da empresa. Além da oficina, o estande abrigará uma exposição do Galeria Reciclada. A oficina acontecerá no estande da editora, que também abrigará uma exposição com as peças do projeto.

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Programação intensa para o Centro de Convenções em julho

Julho promete movimentar o Pernambuco Centro de Convenções, que começa com a 23ª edição da Fenearte, maior feira de artesanato da América Latina. O evento começa hoje (5) e segue até o dia 16, trazendo mais de cinco mil expositores e esperando receber cerca de 300 mil visitantes. Em seguida, de 26 a 30, o local sediará a segunda edição da Expo Bebê e Gestante, com entrada gratuita e foco nos públicos gestante e infantil, oferecendo diversos produtos a preços especiais. O Teatro Guararapes também estará agitado com uma programação variada. No dia 15 de julho, a Orquestra Petrobras Sinfônica, sob a regência do maestro Tobias Volkmann, emocionará o público com o concerto "Bohemian Rhapsody", apresentando os clássicos da banda inglesa Queen, como "Love of my life", "Under pressure" e "We are the champions". Em 16 de julho, o concerto infantil "Mundo Bita Sinfônico" promete encantar os pequenos em duas sessões, às 15h e 18h, com a presença do personagem Bita e de Chaps Melo, idealizador do Mundo Bita. No dia 21 de julho, o cantor Tiago Iorc levará sua turnê "Daramô" para o Recife, prometendo um show memorável com canções do álbum e sucessos como "Saudade boa" e "Amei te ver". O teatro também reserva espaço para apresentações infantis, como "Gato Galáctico" no dia 22, e para o humorista Zé Lezin, comemorando 40 anos de carreira em um show inédito com histórias e causos engraçados. Serviço: Evento: FENEARTE Data: 5 a 16/07/2023 Horário: 14h às 22h (seg a sexta) 10h às 22h (sáb e dom) Ingressos: segunda a quinta-feira – R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia); sexta, sábado e domingo – R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia) ; à venda na bilheteria da Fenearte; Centro de Artesanato de Pernambuco, shoppings Boa Vista, Plaza, Recife, RioMar e Tacaruna. Evento: ORQUESTRA PETROBRÁS SINFÔNICA E CONVIDADO ESPECIAL: CHAPS MELLO (MUNDO BITA) Datas: 15 e 16/07/2023 Locais: Teatro Guararapes Chico Science Bohemian Rhapsody (15/07): 20h Mundo Bita Sinfônico (16/07): 15h e às 18h Valores de ingressos Bohemian Rhapsody: A partir de R$ 40 (meia-entrada) e R$ 80 (inteira); à venda na Sympla Valores de ingressos Mundo Bita Sinfônico: A partir de R$ 5 (meia-entrada) e R$ 10 (inteira); à venda na Sympla Evento: SHOW COM TIAGO IORC Data: 21/07/2023 Local: Teatro Guararapes Chico Science Horário: 21h Ingressos: a partir de R$ 60 (meia-entrada) e R$ 120 (inteira); à venda na Sympla Evento: GATO GALÁCTICO Data: 22/07/2023 Local: Teatro Guararapes Chico Science Horário: 17h Ingressos: a partir de R$ 50 (meia-entrada) e R$ 100 (inteira); à venda no Ingresso Digital Evento: ZÉ LEZIN 40 ANOS DE HUMOR Data: 22/07/2023 Local: Teatro Guararapes Chico Science Horário: 21h Ingressos: a partir de R$ 40 (meia-entrada) e R$ 80 (inteira); à venda na Sympla Evento: EXPO BEBÊ E GESTANTE (2° EDIÇÃO) Data: 26 a 30/07/2023 Horário: 14h às 22h Gratuito. Evento: SIMESPE 2023 Data: 28 a 30/07/2023 Locais: Salas Multifuncionais, Áreas de Exposição (Setor A / Setor B e Setor C) e Teatro Guararapes Chico Science. Horário: 28/07 – 18h às 22h e 29 a 30/07 – 8h às 19h Ingressos: R$ 160; à venda na Sympla

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Calabar, o grande desertor

*Por Leonardo Dantas Silva Durante a Guerra Holandesa (1630-1654), do lado das forças da resistência, comandadas pelo general Matias de Albuquerque, são constantes as deserções e atos de traição, como se vislumbra da leitura das Memórias Diárias, escritas pelo próprio donatário, Duarte de Albuquerque Coelho, irmão do general comandante. De todos esses fatos, o que mais causou impacto, foi o episódio da deserção do mulato Domingos Fernandes Calabar, em 20 de abril de 1632. Tal acontecimento é atribuído pelos cronistas da Guerra Brasílica como a principal causa da perda da capitania de Pernambuco para as forças de ocupação holandesas. Com a sua ajuda e orientação foram tomadas as vilas de Igarassu (1632), Rio Formoso (1633), Itamaracá (1633), Rio Grande do Norte (1633) e Nazaré do Cabo (1634). Pouco se sabe dos seus motivos em trair os portugueses, passando-se de armas e bagagem para o lado dos holandeses. Dos relatos e documentos de então informam apenas que era ele filho da negra Ângela Álvares com um português de nome desconhecido, nascido em 1609, na vila alagoana de Porto Calvo, que tomou parte ativa na guerra desde o seu primeiro momento. Fora ele ferido, em 14 de março de 1630, quando na defesa do Arraial do Bom Jesus, estando processado por alguns crimes pela justiça do Rei de Espanha. Fora ele citado no diário de um seu contemporâneo, o oficial inglês Cuthbert Pudsey, que entre 1629 e 1640 esteve a serviço da Companhia das Índias Ocidentais no Brasil. "Por esse tempo veio até nós um português chamado Domingos Fernandes [Calabar], que por haver estuprado uma mulher na região de Camaragibe, e para que depois ela não contasse quem havia feito isto, cortou-lhe a língua da boca. Vivera como renegado por cerca de dois anos entre os portugueses. Então, tendo vindo servir aos holandeses, foi feito capitão. Graças a seus conselhos e meios molestamos muitíssimo o país, sendo ele um sujeito intrépido e político, sabedor de todas as picadas e caminhos através de toda a terra, jactando-se de nada mais fazer senão dano aos portugueses. Sendo ele mesmo um mulato, isto é, com um pai português e uma mãe negra. Desta espécie achamos muitos sujeitos intrépidos. Graças aos seus conhecimentos da região e do aprendizado rápido da língua holandesa, Calabar logo cativou as autoridades militares e administrativas neerlandesas, gozando das simpatias e recebendo carinho e atenções por parte dos mais grados. Convivia ele com as figuras mais representativas de sua época e, para um mestiço do seu tempo, tal tratamento contribuiria para massagear de sobremaneira o seu ego de mulato e o animava na conquista de novos postos em sua carreira militar, na qual veio a atingir o posto de capitão com o soldo de sargento-mor. Seria este, quem sabe, talvez o principal motivo que o fez grato aos superiores holandeses, quando a sua condição de mulato, filho de pai desconhecido, o impediria de receber tais honrarias e simpatias por parte dos senhores da terra e da oficialidade portuguesa. Seu prestígio social junto aos novos aliados tornou-se patente quando do batizado do seu filho com Ana Cardosa, na igreja reformada do Recife. Segundo anotações no Livro Batismal 1633 -1654, conservado no Arquivo Municipal de Amsterdã (Gementes Archief Amsterdam), sob o nº 379/211, estiveram presentes ao batizado do menino Domingos Fernandes Filho, em 20 de setembro de 1634, o alto conselheiro Servatius Carpentier (também médico e senhor do engenho Três Paus), o coronel alemão Sigmund von Schkoppe, o coronel polonês Chrestofle d’Artischau Arciszewski e uma senhora da alta sociedade do Recife não identificada. O fato vem demonstrar a importância social de que gozava o mestiço Domingos Fernandes Calabar quando, em simples solenidade familiar, reúne um represente do alto Conselho e os dois principais chefes do Estado Maior do Brasil Holandês. Outro gesto de consideração do governo do Brasil Holandês para com a memória de Calabar, se dá quando do pedido de sua viúva em favor dos seus três filhos órfãos, em data de 13 de abril de 1636. Na ocasião, “considerando os grandes serviços feitos à Companhia pelo seu falecido esposo”, o Conselho Político concedeu uma pensão de 8 florins por mês a cada uma das crianças, segundo informa José Antônio Gonsalves de Mello in Tempo dos flamengos. Após a derrota das tropas que defendiam o Arraial do Bom Jesus, Matias de Albuquerque, que se encontrava em Nazaré do Cabo, inicia sua marcha em direção à Bahia. No caminho, ao passar pela povoação de Porto Calvo, no atual território de Alagoas, comandando um pequeno exército de 140 homens, resolve tomar aquele baluarte até então em mãos dos holandeses. Para isso contou com a colaboração de Sebastião Souto, que fez o chefe holandês, major Alexandre Picard, crer na vantagem numérica das forças da resistência. Porto Calvo vem a se render em 19 de julho de 1635. Nos termos da rendição uma das condições impostas por Matias de Albuquerque ao major holandês que comandava uma tropa de pouco mais de 360 homens, seria a entrega de Domingos Fernandes Calabar e do judeu Manuel de Castro, este último servindo aos holandeses nas funções de almoxarife da povoação. Foi Manuel de Castro de imediato condenado pelo Auditor Geral “que o mandou enforcar em um cajueiro”, ficando Calabar para o dia seguinte. Entregue Calabar às forças de Matias de Albuquerque, seu julgamento sumário e sua execução passam a ser descritos com cores fortes e detalhes minuciosos pelo frei Calado, encarregado pelo general de acompanhá-lo nos seus últimos momentos. Prisioneiro Calabar, foi ele submetido a um julgamento sumário, em 22 de julho de 1635, sendo condenado à morte por garroteamento pelo general Matias de Albuquerque na ocasião representando a pessoa do próprio rei, “pois era seu general naquela guerra”, sendo acusado o prisioneiro de “muitos males, agravos, extorsões que havia feito”. Após a sentença foi o condenado assistido pelo frei Manuel Calado que o ouviu em confissão e com ele ficou conversando, “das oito da manhã ao meio-dia”, ocasião em que relacionou os nomes dos seus credores, bem como

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Mestre Zuza Tracunhaem 50 anos

Mestre Zuza celebra 50 anos de carreira com exposição na Fenearte

Exposição “Mestre Zuza 50 anos: do artesanato figurativo ao utilitário” estreia nesta quarta-feira, 5, no Pavilhão do Centro de Convenções, em Olinda, a partir das 16h (Foto: Salatiel Cicero) A exposição "Mestre Zuza 50 anos: do artesanato figurativo ao utilitário" será inaugurada nesta quarta-feira, 5, no Pavilhão do Centro de Convenções em Olinda, como parte da 23ª edição da Fenearte. O renomado ceramista José Edvaldo Batista, conhecido como Mestre Zuza, apresentará suas principais obras feitas à mão, em uma mostra que ficará em exibição até 16 de julho. A exposição celebra seu legado de 50 anos de carreira, destacando sua contribuição para a arte popular nordestina e sua habilidade de unir beleza e funcionalidade em suas criações. Mestre Zuza, considerado um dos maiores artistas populares do Brasil, é reconhecido por seu trabalho com o barro e sua abordagem única na confecção de peças figurativas e utilitárias. Sua cerâmica, caracterizada por características indígenas, traços pernambucanos e uma estética contemporânea, preserva a arte primitiva e incorpora elementos do barroco. A exposição também destaca as conhecidas "beatas", figuras retratando rezadeiras da Zona da Mata pernambucana, e as esculturas xipófagas, que trazem imagens conectadas à cabeça. Além disso, Mestre Zuza vem transmitindo seus conhecimentos para a nova geração, como seu neto Pablo Maycon de Melo Batista, que também participará da Fenearte com suas próprias criações. A obra de Mestre Zuza representa a riqueza e a diversidade da cultura nordestina e continua a encantar admiradores dentro e fora do Brasil. Serviço O quê: Mestre Zuza, de Tracunhaém, comemora 50 anos de carreira com exposição na Fenearte Quando: Quarta-feira, 05 de julho Onde: Pavilhão do Centro de Convenções, em Olinda Horário: 16h

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Camila Bandeira: "Vamos tornar a Fenearte um atrativo turístico"

Diretora-executiva da feira, Camila Bandeira, fala das novidades desta edição do evento, como a realização de atividades em 50 espaços do Recife e de Olinda que dialogam com o artesanato. O objetivo é atrair turistas para as cidades. Também anuncia a realização de um estudo que vai fornecer um diagnóstico do setor. Q uem visitar a 23ª edição da Fenearte este ano, vai poder não só conhecer e adquirir as peças de mais de cinco mil artesãos que vão expor seus trabalhos no Centro de Convenções, mas também participar de uma ampla programação paralela que acontece em cerca de 50 espaços localizados no Recife e em Olinda. As atividades compõem o Circuito Fenearte e vão acontecer em galerias, museus e restaurantes. Entre as atrações estão a Feira de Arte Contemporânea, que acontece no Cais do Sertão, a mostra Tapeçaria Timbi: Bordando as obras do mestre J. Borges no Mercado Eufrásio Barbosa e a Cozinha Fenearte, iniciativa em parceria com o Instituto César Santos, com a participação de 10 restaurantes que vão apresentar um cardápio especial no período do evento. “O público que gosta do artesanato também gosta de gastronomia, de moda, de artes visuais, de artes plásticas. Então, estamos ampliando esse diálogo com essas outras linguagens e para outros equipamentos”, explica Camila Bandeira diretora-executiva da feira. O intuito da inovação, segundo Camila, é transformar a Fenearte numa atração turística. A feira – que este ano acontece de 5 a 16 de julho – é considerada a maior da América Latina, tem investimento de R$ 8 milhões e a expectativa de movimentação financeira superior a R$ 40 milhões. Apesar desses números superlativos, o evento não conta com muitos visitantes de outros Estados e Camila acredita que a Fenearte tem o potencial para estimular o turismo no Recife e em Olinda. A inspiração vem da Fuorisalone, famosa feira de design de Milão que oferece atrativos no entorno do salão onde acontece o evento e que atrai visitantes de outras localidades para a cidade italiana. Camila Bandeira, que também é diretora-geral de promoção da Economia Criativa da Adepe (Agência de Desenvolvimento de Pernambuco) conta, nesta entrevista a Cláudia Santos, as novidades da Fenearte, fala do estudo sobre o setor de artesanato que será iniciado durante o evento e ressalta a importância dos loiceiros (artesão que fazem peças utilitárias de barro), que são homenageados desta edição da feira. Por que, nesta edição, a programação da Fenearte será realizada em outros espaços, além do Centro de Convenções? Identificamos algumas questões que nos levaram para essa tomada de decisão. A primeira delas é que a Fenearte, por si só, apesar de todo potencial, não é ainda um atrativo turístico. São poucos turistas que vêm de fora de Pernambuco para a feira. Olhando para isso, começamos a pensar como que a gente conseguiria dar esse caráter e fomentar mais o turismo. Daí, surgiu a ideia do Circuito Fenearte, no qual estamos expandindo a feira para outros espaços, para atividades relacionadas com artesanato, mas com conexão com outras linguagens. O público que gosta do artesanato também gosta de gastronomia, de moda, de artes visuais, de artes plásticas. Então, estamos ampliando esse diálogo com essas outras linguagens e para outros equipamentos. Acreditamos que , desta forma, vamos tornar a Fenearte um atrativo turístico. A feira, com a comercialização dos trabalhos dos artesãos continua sendo realizada no Centro de Convenções, não haverá nenhum ponto de venda fora dele, mas vamos oferecer uma programação paralela para colocar o artesanato em diálogo com outras linguagens e com isso incentivar o turismo. Que tipo de atrações o visitante vai conhecer nesses outros espaços? A gente vai ter o circuito gastronômico. Alguns chefs, que estarão na Fenearte, inclusive com a aula-show que é oferecida na feira, estarão também nos seus restaurantes, em seus espaços, ativando com prato especial, com horário estendido, com a sinalização de que ali também faz parte do Circuito Fenearte. Além de restaurantes, museus, equipamentos culturais, galerias de arte, espaços de economia criativa das cidades do Recife e de Olinda estarão com programação específica nesse período em que a feira é realizada. Alguns começando antes, outros estendendo até um pouco mais, mas cerca de 50 espaços serão ativados pela Fenearte, provocados para pensarem em programações específicas. Essa iniciativa foi inspirada na feira Fuorisalone, de Milão, onde surgiram essas ativações orgânicas que iam acontecendo ali ao redor do salão principal do evento, segundo eu soube – porque não fui lá ainda – hoje essas atividades paralelas têm tanto poder atrativo quanto o salão. A economia da cidade vive atualmente a partir do que acontece no seu entorno, nas galerias, nos outros equipamentos que são ocupados. Nesta edição, a feira homenageia os loiceiros. Qual a importância deles para o artesanato e para a identidade cultural de Pernambuco? Esse saber tradicional da loiça é milenar, vem dos povos originários, muitas vezes as pessoas nem sabem, mas a própria arte figurativa vem da arte utilitária de pegar o barro da terra e fazer objetos como uma panela. A partir daí, vai-se modificando ao longo do tempo, através das tradições, até chegar no que a gente tem hoje como arte figurativa, arte expressiva, arte contemporânea. Por isso a ideia de homenagear esse saber tão antigo, tão milenar, da raiz de onde vem, por exemplo, Vitalino e Maria Amélia, que são dois artistas renomados por trabalhar com cerâmica. Os pais de ambos eram loiceiros, eles começaram a ter esse contato com o barro e com a cerâmica ao fazerem objetos utilitários. Então, a ideia é homenagear todos esses mestres e mestras que estão espalhados pelo Estado todo. Nessa edição vocês vão realizar um estudo sobre o setor. Qual o objetivo dessa pesquisa e quando os resultados serão concluídos? O objetivo é a gente ter um panorama, um diagnóstico profundo sobre a cadeia do artesanato que vai nos dar subsídios para entender essa cadeia e podermos traçar as estratégias mais adequadas e estruturantes para esse setor. O estudo tem quatro pilares: mercado (olhar para o artesanato a

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