Z_Destaque_culturaHistoria - Página: 23 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Paixão de Cristo de Casa Amarela realiza espetáculo no Sítio Trindade

Com mais de 20 anos de atuação, o grupo também se apresentará, no Centro do Recife, para pessoas em situação de rua na Semana da Paixão Entre os dias 06, 07 e 08 de abril, a Concha Acústica do Sítio Trindade, na Zona Norte do Recife, receberá a tradicional Paixão de Cristo de Casa Amarela. O espetáculo, que completa 21 anos de encenação em 2023, contará com a participação de mais de 100 pessoas, entre atores e figurantes. A cada dia, são esperados mais de 10 mil espectadores. Neste ano, a peça também será apresentada para pessoas em situação de rua, no Centro do Recife. Ao longo de 14 cenas, o público presente poderá se emocionar com a história de Jesus Cristo contada apenas por moradores do bairro. Além disso, a relação de Jesus com Maria, vai além dos personagens. Cristo, interpretado pelo ator George Floro Acioly, e Maria, vivida por Marly Floro Câmara, são filho e mãe na vida real. A produção geral do espetáculo é de Ulisses José do Nascimento, que há 18 anos faz o papel de Judas Iscariotes. O acesso ao espetáculo é gratuito, mas quem desejar poderá doar alimentos para a Paróquia de Santa Isabel. A novidade deste ano é a encenação para pessoas em situação de rua, no Centro do Recife. No dia 03 de abril, a partir das 19h, o grupo se apresentará em frente ao Convento de Santo Antônio. A ação é apoiada pela Arquidiocese de Olinda e Recife. A Paixão de Cristo de Casa Amarela tem o apoio da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura; da Arquidiocese de Olinda e Recife; e de empresários locais. SERVIÇO O que? Paixão de Cristo de Casa Amarela Onde? Concha Acústica do Sítio Trindade - Estrada do Arraial - Casa Amarela, Recife - PE, CEP: 52051-430 Quando? De 06 a 08 de abril, a partir das 20h Valor? Entrada gratuita

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Virtuosi Rafael Garcia celebra a música erudita no Teatro Santa Isabel, em abril

O Virtuosi retoma sua programação após período de isolamento, sendo agora intitulado Virtuosi Rafael Garcia em homenagem ao seu diretor artístico, falecido em outubro de 2021. Capitaneado pela pianista Ana Lúcia Altino, a 24ª edição do festival acontece de 10 a 15 de abril. A entrada é gratuita.
Foto: Flora Pimentel

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Espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém começa na próxima semana

Entre os dias 1 e 8 de abril acontecerá a temporada 2023 do espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. Estarão no elenco desta edição os atores Kleber Toledo, no papel de Jesus; Eriberto Leão, como Pilatos; Luiza Tomé, interpretando Maria; Nelson Freitas, vivendo Herodes e Duda Reis no papel de Herodíades. O elenco também é formado por mais de 50 atores e atrizes pernambucanos, entre os quais se destacam Ricardo Mourão (Caifás), José Barbosa (Judas) e Marina Pacheco (Madalena). A temporada 2023 será a 54ª edição da Paixão de Cristo realizada na cidade-teatro de Nova Jerusalém, localizada no município do Brejo da Madre de Deus, no agreste pernambucano, a 180 km de Recife. As entradas para o espetáculo, que já estão à venda pelo site oficial www.novajerusalem.com.br.

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Vingadores ganha versão em teatro no Recife

Cenas de ação e efeitos especiais prometem levar ao público para uma experiência verdadeiramente heróica; além da turnê pelo Nordeste, adaptação pernambucana chegará aos estados de Minas Gerais e São Paulo Uma enorme ameaça causa alvoroço no mundo dos super-heróis e o Recife receberá, no próximo domingo (26) de março, em apresentação única, o espetáculo ‘Vingadores - A Última Missão’. A produção pernambucana adaptou o enredo das telonas do cinema para o teatro. A montagem conta com uma turma pra lá de poderosa: Homem de Ferro, Capitão América, Viúva Negra, Homem Formiga, Hulk, Thor, Homem Aranha e o Pantera Negra, para juntos, deterem quem está por trás disso e tentar acabar com o nosso planeta. Os ingressos custam a partir de R$ 50. O espetáculo começa às 16h, no Teatro Boa Vista. “Trazer o universo dos Vingadores para o teatro é um projeto incrível, pois, estamos levando os principais heróis que acompanhamos no cinema, para mais próximo do público, com um espetáculo inédito, que conta com a interação dos personagens com os fãs e uma trama repleta de ação do início ao fim”, revela Rostan Barros, produtor do espetáculo e responsável pela produtora Zoom Eventos. Rostan Barros assina a direção do espetáculo, Anderson Dantas é o responsável pelas coreografias. Faz parte do elenco pernambucano, Alex Carvalho, Anderson Cardoso, Anderson Dantas, Daiane Marcela, Jhonatan Silva, Weydson Matheus, Vinicius Dias, Waleska Araújo e Adriano Junior. Após a capital pernambucana, o elenco pernambucano de ‘Os Vingadores - A Última Missão’ chegará em Belo Horizonte, São Paulo, Aracajú, João Pessoa, Garanhuns e Caruaru. A peça já passou por Salvador, São Luís, Fortaleza, Maceió e Teresina. SERVIÇO: Onde: Teatro Boa Vista - Rua Dom Bosco, 551, Boa Vista, Recife | Quando: domingo, 26 de março Horário: às 16h | Classificação: livre | Duração: 55 minutos Entrada: meia-entrada 50,00 | Ingresso social 60,00 +1kg de alimento | Inteira 100,00 Vendas: https://www.sympla.com.br/evento/vingadores-a-ultima-missao-no-teatro/1809898 Mais informações: (81) 99611-3915

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4 fotos e um pouco da história da fábrica da Fratelli Vita no Recife

Nascida na Bahia, a Fratelli Vita fez história também em Pernambuco. A memória do sabor do refrigerante é sempre ressaltada pelos pernambucanos que conheceram a marca no seu auge. Essa trajetória que ficou no imaginário popular principalmente do Recife foi registrada no livro A História da Fratelli Vita no Recife, de Gustavo Arruda. A vinda da fábrica de refrigeranes para o Recife se deu em um processo de expansão da Fratelli Vita ainda no longínquo ano de 1912. De acordo com Arruda, a empresa passou pela Rua da Imperatriz, depois foi instalada na Rua da Soledade, nº 1132, no bairro da Soledade. "Em 1941, a Coca-cola instalou no Recife a sua primeira fábrica do Brasil. Entretanto, a maior companhia de refrigerantes do mundo não esperava encontrar na Capital do Frevo a forte concorrência de uma marca regional: a Fratelli Vita. Os refrigerantes da antiga fábrica dos irmãos Vita eram tradicionalmente consumidos há décadas e, segundo os contemporâneos, os mais gostosos em qualquer sabor: guaraná, limão, maçã ou pera. Especialmente no de guaraná. Bem docinho, de cor escura e com um delicioso aroma, acondicionado em uma charmosa e inconfundível garrafinha. O Guaraná Fratelli Vita era presença certa na hora do recreio da escola, no lanche de casa e em qualquer ocasião, para aplacar a sede que o clima quente do Nordeste provoca", registrou o prefácio do livro da marca. O grande rival da empresa em Pernambuco, em décadas de operação, foi a multinacional Coca-Cola. "O maior de todos os concorrentes da Fratelli Vita era a Coca-cola. Mas até a gigante mundial perdia em vendas e aceitação popular para a Fratelli Vita, 31 anos depois do refrigerante norteamericano chegar ao Brasil", escreveu Arruda. O livro é rico em detalhes e curiosidades sobre a atuação arrojada e familiar da empresa. Em outubro de 1972 a empresa encerrou suas atividades, sendo vendida para a Brahma, mas deixou um grande saudosismo entre os pernambucanos. Em agosto do ano passado um dos descendentes da marca anunciou a volta das vendas da marca Fratelli Vita. Fábrica na Rua da Soledade

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Espetáculo "3 Movimentos" leva dança contemporânea, popular e urbana ao teatro

3 Movimentos é um espetáculo de dança que traz à tona histórias de três personagens diferentes, entrelaçadas em um universo permeado por temas como simplicidade, luxúria, contenção e amor. A proposta conta com músicas de artistas pernambucanos e músicos que viveram/vivem no estado, como Nena Queiroga, André Rio, a banda Mar Assombrado e Ulysses Caíque, e resgata algumas características culturais locais, tanto em estilos de dança, a exemplo do Frevo, como nas tradições festivas, incluindo o Carnaval e o São João. A estreia será no dia 1 de abril de 2023, no Teatro Barreto Junior. A base das coreografias é composta por sequências que contemplam os estilos de dança contemporânea, popular e urbana e leva ao público uma proposta que congrega 15 cenas interligadas. As três personagens são representadas pelas cores Azul (sensibilidade e simplicidade), Amarela (centro e racionalidade) e Vermelha (ousadia e sensualidade). Assim como as cores primárias dão origem a todas as outras existentes, a montagem trabalha sentimentos, nuances e características do ser humano de forma que representem uma base para a reflexão sobre a multiplicidade da estrutura social existente, permeada por contrastes, que incluem atitudes louváveis e condenáveis no ambiente onde vivemos. Os bailarinos são alunos, professores e parceiros da Escola Social Cobogó das Artes, que tem levado aos palcos pernambucanos, nos últimos anos, produções teatrais diversificadas, a exemplo dos espetáculos A Família Addams, Sonho de uma Noite de Verão e Lisbela e o Prisioneiro. A direção do espetáculo é da bailarina e professora da escola, Vanessa Sueidy. “É desafiador contar uma história apenas por meio da dança, sem uso de texto. As cenas são conectadas e revelam os destinos de cada uma das três protagonistas, e tudo é revelado pela interpretação dos bailarinos ao executar os passos”, frisou a diretora. A preparação corporal é da atriz e bailarina Emília Marques, que possui ampla experiência em Ginástica Rítmica e tem preparado os corpos dos dançarinos para a execução dos movimentos propostos. No segundo semestre de 2022, o grupo levou ao público duas das coreografias do espetáculo, apresentadas na Mostra de Dança PE e Noite de Gala da Dança, que integram a sequência das apresentações previstas para abril. Por essas participações, a equipe recebeu o troféu Destaque da Dança 2022. O espetáculo conta com o apoio dos seguintes parceiros: Escola Social Cobogó das Artes, Lira Produções, Condomínio Ignêz Andreazza, Lilianne Guerra Fotografia, Vallença Studio Design, Tati Clementino Beauty e Alê Moura Beauty. SERVIÇO: Estreia do Espetáculo de dança 3 MovimentosDias: 1 de abrilIngressos: R$ 30,00 (meia) e R$ 60,00 (inteira)Local: Teatro Barreto JuniorHorário: 20h30 Bailarinos: Carol Marinho, Desireé Giovanna, Eduarda Melo, Emília Marques, Estefane Soares, Kassio Soares, Kleber Santos, Lucas Lopes, Ricardo Andrade, Ryan Santos, Vanessa Sueidy e Zayda Damasceno

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Frevo mete medo a quem não é do Recife...

*Por Leonardo Dantas Silva (Foto: Frevo na Praca do Diario, por Pierre Verger - 1947) N a visão do escritor Mário Sette, tratava-se apenas do frevo… "O frevo! Um imperativo de loucura, um contágio de desatinos, uma coceira de alegria. Ninguém mais se continha, ninguém mais se governava. Todas as imediações do bairro atravessado pelo buliçoso cordão carnavalesco vibravam ao zumbido fortíssimo do contentamento. Nas ruas mais afastadas o povo parava, ouvia os acordes ásperos da orquestra, orientava-se, e disparava de novo, entre avisando-se: – Vem pelo Pátio do Terço, minha gente!– Vamos esperar ele na esquina da igreja.– Eu vou atalhar no Livramento. Você acredita que este cenário, aqui descrito, pode meter medo em quem não é do Recife? O que, para nós, é apenas o frevo, para quem não é da terra se transforma em sinônimo de pavor quando passistas, endemoniados, tomam conta das ruas. Para o escritor Mário Sette, in Seu Candinho da Farmácia (1933) “era apenas o frevo” que tomava conta das ruas estreitas do bairro de São José, mas para a garota Maria Lia Faria, aquela multidão de homens, empunhando sombrinhas, com os seus corpos suados, pulando ao som de uma fanfarra de metais, tornara-se uma onda que ameaçava quem estivesse no seu trajeto. Recém-chegada do Rio de Janeiro, Maria Lia (que veio a ser mãe do nosso José Paulo Cavalcanti), veio residir no Parque Treze de Maio e, no seu primeiro Carnaval, em 1939, se viu diante de um clube carnavalesco pedestre, trazendo sua fanfarra a executar agudas notas, acompanhada de uma percussão que levava a multidão à loucura… Aquela onda de homens a pular contritos, no ruge-ruge de corpos, sisudos e circunspectos, acompanhando os agudos acordes dos trombones e trompetes, causou espanto, seguido de medo e pavor, naquela adolescente que tentava se aclimatar aos costumes de sua nova cidade. Tal não foi a surpresa quando, naquele mesmo Carnaval, ao adentrar-se nos salões do Clube Internacional constatou que no Recife a festa tinha outras características. Poucos pares enlaçados, como era comum no Rio de Janeiro e em outras capitais, mas muita gente pulando ao som do frevo da Orquestra de Nelson Ferreira, não com a violência que acontecia nas ruas, “coisa de doido de cabra assanhado”, mas moderadamente, comportadamente, a cantar a plenos pulmões as marchas românticas compostas por Capiba, Irmãos Valença e outros mais. Neste mesmo Carnaval, a Maria Lia vem a conhecer, também, o Maracatu Elefante a desfilar pelas ruas, ao som dos seus bombos e atabaques, que lhes trouxe de volta às melodias que aprendera a cantar na cozinha de sua casa do Rio de Janeiro, quando as empregadas entoavam loas dos terreiros de candomblé. Naquele balanço, naquele gingado, a menina se sentiu em casa; “na sua praia”, como se diz em nossos dias…

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Exposição “Por trás da lona” aporta no Recife

Após circulação em Araripina, Trindade, Caruaru e Palmares, o fotógrafo Arnaldo Sete finaliza projeto no Recife Depois de uma trajetória pelo Agreste pernambucano, em 2022, a exposição “Por trás da lona”, do fotógrafo Arnaldo Sete, chega ao Recife, sua cidade natal, nos dias 25 e 26 de março, sábado e domingo, e aporta na Avenida Rio Branco, no Recife Antigo, das 16h às 20h, com entrada gratuita. “Foi muito bonito poder trazer o cotidiano dos circos mambembes para comunidades que, possivelmente, não teriam acesso à exposição nem à realidade de vários grupos circenses, atualmente. É emocionante ver o olhar das crianças para as fotos e tudo o que aquela realidade representa para eles. A exposição chegou também para jovens, adultos e idosos que nunca tiveram a oportunidade de assistir um espetáculo circense”, relata o fotógrafo.  Mais de mil pessoas já visitaram a exposição, armada sob uma lona circense, que tem entrada gratuita, e conta com 32 fotografias, de tamanho 30 cm x 45 cm, todas em preto e branco. “Em meus trabalhos autorais utilizo sempre essa estética, pois gosto de equilibrar as informações contidas na imagem, de forma que o observador possa caminhar seu olhar por toda superfície da fotografia e descobrir detalhes inseridos naquela composição”, explica o fotógrafo.  Em 2020, Arnaldo Sete resolveu “mergulhar” no universo circense, e nem uma pandemia mundial, que paralisou o mundo naquele ano, foi capaz de detê-lo. Foram três meses acordando e dormindo com os profissionais que fazem parte do Circo Alves, que é uma instalação itinerante e que estava localizada em Caruaru, no Agreste pernambucano, quando o projeto foi iniciado.  “A forma como fui acolhido pela família Alves foi inesquecível. As imagens que produzi foram feitas a partir do privilégio que tive de conviver com cada integrante e presenciar, de perto, situações que normalmente o grande público não tem acesso”, ressalta Arnaldo. O projeto "Por trás da lona", segundo o fotógrafo, buscou captar a essência da tradição circense itinerante, documentando a vida desses artistas para além do brilho e da espetacularidade do picadeiro, de modo a contribuir, de alguma forma, com a valorização e o reconhecimento dessa arte milenar. “A minha intenção é ampliar a visibilidade desse projeto documental, garantindo ao grande público a aproximação com a arte, e também garantindo a acessibilidade para pessoas com deficiência visual, disponibilizando audiodescrição das fotografias expostas”.

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Exposição sobre Lia de Itamaracá chega ao Paço do Frevo amanhã (21), com show da artista

A terra, o mar, os sons e todo o universo de uma das maiores artistas da música popular brasileira serão celebrados na “Ocupação Lia de Itamaracá - Paço do Frevo”, que chega ao museu no dia 21 de março e fca em cartaz até 21 de junho. A exposição é um tributo e um reconhecimento à trajetória de uma artista cuja vida e obra vêm seduzindo gerações e fortalecendo a identidade do povo pernambucano a partir da Ciranda e de outros gêneros da cultura popular. Com acesso gratuito, a abertura da exposição, às 18h, contará com o show Ciranda do Mundo, da mestra cirandeira Lia de Itamaracá, no espaçoespecialmente montado pelo projeto Som na Rural em frente ao Paço do Frevo. Idealizada pelo Itaú Cultural, a Ocupação Lia de Itamaracá estreou em São Paulo, em abril de 2022, e permaneceu em cartaz até julho. A exposição segue nessa primeira itinerância e chega à terra natal da artista, acompanhando os desejos da própria. Após o término da temporada paulistana, o Itaú Cultural doou parte do acervo - composto por fotografas e mobiliários - para a mestra cirandeira. “Ver a Ocupação Lia de Itamaracá aportar em Recife em um espaço tão signifcativo como é o Paço, casa do Frevo, nos encanta tanto quanto mobiliza em muitas camadas, pela potência desse encontro poético e cheio de pertencimento”, comemora Galiana Brasil, gerente do Núcleo de Artes Cênicas, Literatura e Música do Itaú Cultural. “No fm do ano passado e entrando neste, também vimos a Ocupação Paulo Freire no Recife. É mesmo muito importante para nós ser ponte e colaborar com essas ações que fortalecem e legitimam a riqueza e singularidade de nossa cultura”, completa ela. Com o patrocínio do Itaú, da Rede e o apoio cultural e fnanceiro do Itaú Cultural, a exposição tem a realização do Paço do Frevo juntamente ao Centro Cultural Estrela de Lia, instituição formada por profssionais que trabalham na produção artística da cantora e que repensaram a mostra para esta montagem no Recife. “Me sinto muito feliz por essa exposição estar sendo feita pelas pessoas que já trabalham comigo, sabem da minha história, conhecem minha luta. Me sinto muito à vontade, muito acolhida e amada por conta da exposição estar sendo montada outra vez, pelas nossas mãos”, destaca Lia de Itamaracá. No Recife, a mostra está recebendo a coordenação geral de Beto Hees, empresário e produtor da artista, e produção de Marcos Paulo, também da equipe de Lia. A curadoria é de Michelle de Assumpção, biógrafa da cantora, que fez parte da equipe curatorial da primeira mostra, em São Paulo, e atualmente é assessora de imprensa da pernambucana. Diretora do Paço do Frevo, Luciana Félix celebra o encontro entre a Ciranda e o Frevo como um marco para a história do museu. "É o encontro de duas grandes expressões da cultura popular, de dois patrimônios imateriais do Brasil que têm em comum a característica de unir pessoas, trazer alegria, envolvimento e, sem dúvida, fará despertar a vontade de todos participarem da grande potência que essa exposição. Lia tem toda a força da representatividade das culturas populares. Estamos muito felizes de abrir as portas para essa pernambucana que envolve diversas gerações de pessoas que se encantam e se emocionam com sua luta e sua arte." Também assinam a mostra Lia Letícia, artista visual responsável pelo projeto expográfco e que já trabalhou com Lia em mostras realizadas anteriormente; Ytallo Barreto, fotógrafo que assina o projeto audiovisual, e Lili Barreto, design responsável pela identidade visual da exposição. MERGULHO NAS ÁGUAS DE LIA - “Estamos retomando alguns conceitos que nos ajudaram a construir a narrativa da primeira mostra, mas nos aprofundando ainda mais em temáticas inicialmente exploradas na primeira exposição, como a questão da raça, que permeia toda a vida e trajetória artística de Lia. Bem como ofertando experiências que vão promover um mergulho nas águas de Lia”, conta Michelle de Assumpção. A curadora se refere a uma experiência de realidade virtual, a instalação Águas de Lia, que vai permitir que as pessoas vivenciem situações como estar numa roda de Ciranda e conhecer o trabalho no curral, local onde os pescadores da Ilha de Itamaracá vão retirar seu sustento. A questão da raça se transformou num eixo importante da Ocupação Lia de Itamaracá - Paço do Frevo. “Desde São Paulo abordamos o tema, mas dessa vez traremos outros recursos, como depoimentos em vídeos, que vão tratar de uma questão que atravessa e deixa uma marca não apenas na história de Lia, mas de todos os artistas da cultura popular que atuam em gêneros feitos pelo povo pobre, trabalhador e negro do Brasil, sobretudo do Nordeste”, ressalta a curadora. A temática da racial irá se desdobrar, também, na etapa formativa da exposição, através de uma roda de diálogo, com data a ser defnida, que debaterá o racismo na cultura popular. A Ocupação Lia de Itamaracá - Paço do Frevo será composta por documentos, fgurinos, objetos pessoais, fotografas, mobiliários e diversos recursos audiovisuais, como videoclipes e imagens recentes de apresentações da artista pelo mundo. A exposição irá contar, também, com materiais exclusivos como uma entrevista e um ensaio fotográfco inédito, com autoria de Ytallo Barreto. As canções de Lia, como parte de um cancioneiro popular que aborda as questões mais simples e cotidianas do povo, como o amor, o trabalho e as brincadeiras, também ganham o devido destaque na mostra. Será possível perceber os sons de Lia com os ouvidos, com os olhos e com a pele. Mais do que celebrar os quase 80 anos da mestra cirandeira Lia de Itamaracá, a Ocupação no Paço do Frevo, centro de referência em salvaguarda da cultura popular, busca preservar e difundir saberes inerentes à cultura popular pernambucana e à criação dos seus fazedores e detentores - como é considerada Lia de Itamaracá -, registrando-os para além das memórias afetivas de quem os vive. SHOW CIRANDA DO MUNDO E SOM NA RURAL - Na abertura da Ocupação, Lia de Itamaracá presenteia o público com o show Ciranda

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Exposição de artesãos de Fernando de Noronha traz identidade da ilha para obras de arte

Mostra de artesanato tradicional, design contemporâneo e sustentabilidade ambiental é resultado do projeto de formação de artesãos promovido pela Ball Corporation e Rede Asta A partir deste domingo, 19, os moradores e turistas que visitarem Fernando de Noronha poderão conferir a exposição da Rede Asta Exposição, Design e Sustentabilidade, promovida pela Ball Corporation, líder mundial em embalagens sustentáveis de alumínio, no Memorial Noronhense. Conhecido como um negócio social, o projeto mapeou artesãos da ilha e trabalhou para capacitá-los em novas técnicas de arte, além de promover o empreendedorismo “feito à mão”. As obras expostas foram produzidas a partir de materiais descartados e desenvolvidas para carregar em si a identidade e a tradição de Fernando de Noronha a partir da visão de seus moradores. Promovendo o diálogo com designers de produto, a ideia do projeto é ajudar os artesãos a desenvolverem obras características da ilha, que a personalidade, cultura e história local por meio de resíduos transformados em arte. Além da criação dessa identidade por meio do design, os profissionais também participaram, ao longo de 10 meses de projeto, de um treinamento em empreendedorismo específico para artesãos e dinamização do mercado regional, que resultaram no encontro do artesanato tradicional, design contemporâneo e sustentabilidade ambiental. A exposição será inaugurada no Dia do Artesão e ocorre de maneira permanente de terça a domingo, em horário comercial, no Centro Histórico do arquipélago. Todas as 20 peças inéditas foram cocriadas pelo grupo de 30 artesãos inscritos na Rede Asta, e confeccionadas com materiais reciclados, macaramê, pinturas livres e outras técnicas. “A Ball vem trabalhando há mais de um ano para contribuir com a melhoria de qualidade de vida da comunidade em Noronha, e a Rede Asta traduz nossos valores de maneira única. É uma honra podermos colaborar com os artesãos locais para construir uma identidade de suas obras baseada na ilha e através de resíduos que seriam descartados. Acreditamos no poder da arte na potencialização de mensagens sobre sustentabilidade ambiental e é um prazer colocarmos isso em prática junto com profissionais da ilha neste projeto”, diz Thaís Moraes, Diretora de Comunicação e Relacionamento com a Comunidade da Ball para América do Sul. Para Cássio Bonfim, produtor da exposição, “desde que a Rede Asta assumiu o desafio de contar a história da Ilha e dos artistas através da Exposição Rede Asta Design e Sustentabilidade histórias foram compartilhadas, laços (re)feitos, novos pontos e cores alinhavavam uma nova produção. Através de oficinas e da co-criação a produção da ilha começa a se traduzir. O que nasce não é apenas uma exposição, mas também um novo momento”. A exposição conta com peças artesanais, instalações e fotografias, e pretende aproximar o público de uma reflexão sobre a sustentabilidade como um vetor da cadeia do artesanato, suas técnicas, insumos e economia local. Os valores do projeto se relacionam diretamente com ideais sustentáveis do arquipélago, que conta com a Lei Plástico Zero e está trabalhando na implementação do Programa Noronha Carbono Neutro. Além disso, a ilha será a casa do 1º Laboratório de Economia Circular do Brasil, o VADELATA Pelo Planeta, também promovido e patrocinado pela Ball – parceira da ilha em diversos projetos, como o Através da Lente, Arte Recicla, Cantos de Leitura e intervenções na EREFEM Arquipélago Fernando de Noronha e Creche Bem-Me-Quer. Serviço Exposição Rede Asta Data e horário de visitação: a partir de 19 de março, das 9h às 18h. Local: Memorial Noronhense, Centro Histórico de Fernando de Noronha Entrada gratuita

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