Arquivos Z_Destaque-principal - Página 19 de 55 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Z_Destaque-principal

recife predio

Recife foi a terceira capital do Nordeste com maior receita no anuário MultiCidades

O anuário "MultiCidades – Finanças dos Municípios do Brasil" revelou que Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Recife (PE) lideram as prefeituras com as maiores despesas e receitas na região Nordeste. Desenvolvido pela Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP), o documento apresenta um ranking das 10 cidades com maior arrecadação e custos em 2022. Fortaleza desponta em primeiro lugar, com R$ 9,6 bilhões em despesas e R$ 9,7 bilhões em receita, seguida por Salvador, que teve um custo de R$ 8,7 bilhões e receita total de R$ 9,3 bilhões. Recife conquistou a terceira posição, com despesas de R$ 6,4 bilhões e arrecadação de R$ 6,9 bilhões. SAÚDE FINANCEIRA Apesar do aumento nas despesas em relação às receitas, o estudo indicou que os municípios brasileiros mantiveram suas contas equilibradas em 2022, conforme apontado pelos dados gerais do anuário MultiCidades. O crescimento das despesas em 16,2%, superando o aumento das receitas em 10%, impactou o indicador de liquidez. A economista Tânia Villela, editora do anuário, destacou que a receita total dos municípios atingiu R$ 1,028 trilhão, enquanto a despesa total municipal ficou em R$ 996,7 bilhões, excluindo juros e amortizações de dívidas. TÂNIA VILLELA “Em 2022, cerca de 70% dos municípios registraram suficiência financeira, um nível inferior ao observado em 2021 (75,5%), mas, ainda assim, foi o segundo maior percentual desde 2015. Ao mesmo tempo, expandiu-se o comprometimento da receita corrente com despesas correntes, incluindo os desembolsos com as amortizações de dívidas, que passou de 87,9%, em 2021, para 90,7%, em 2022. Esse indicador, apesar de não ser tão favorável como o de 2021, é o segundo melhor desde 2012”.

Recife foi a terceira capital do Nordeste com maior receita no anuário MultiCidades Read More »

WhatsApp Image 2023 12 27 at 12.43.38

Antes que termine o ano

Por Manu Siqueira Você é do tipo que ama ou odeia dezembro? Ou melhor, você é do tipo animado ou é a pessoa que fica chocha, capenga, anêmica, frágil e inconsistente com a aproximação do fim de ano? Se você me perguntar se eu gosto ou não de dezembro, eu não saberia te responder. Talvez dependa do ano. Do que aconteceu nele. Com quem convivi, o que aprendi. Já tive a sensação de, no fim do ano, estar tão exausta, que a única coisa que eu queria era dormir e descansar o meu corpo e a minha mente. Já tive anos em que quis celebrar com amigos e com a família em festas regadas a alegria e diversão. Mas acho que, geralmente, o fim de ano é um período para refletir, recalcular a rota, se desfazer de coisas e de pessoas, fazer faxina no armário, nos arquivos, doar algo e, se doar para alguém. Fazer a energia circular, me parece, espanta o mau agouro. E sim, sou a favor de todos os rituais que façam os seres humanos acreditarem que serão mais felizes no ano que se inicia. Desde que me tornei celebrante de casamentos, estou ressignificando certos rituais. Acho que os ritos de passagem são importantes para fechar ciclos e abrir novos espaços no coração. É uma ótima oportunidade, inclusive, de praticarmos o respeito às religiões, doutrinas e filosofias. Uma rosa branca para Iemanjá, uma reza para Nossa Senhora das Graças e um pedido aos espíritos superiores. Por que não? Esta época, talvez seja o período em que as pessoas fiquem um pouco mais sensíveis. E, sinceramente, como estamos precisando de sensibilidade no mundo, não é mesmo? Abaixo o ódio gratuito, as opiniões não solicitadas e os julgamentos na internet (e na vida real). E viva a compaixão, a solidariedade e a amizade! Ah! A amizade. Taí uma coisinha pra me emocionar. Sempre me comovo com declarações e gestos vindos dos meus amigos ou direcionados por mim, a eles. Na minha vida, eles não chegam a meia dúzia, mas são amigos com letras maiúsculas, escritas com luzes neon, piscantes, em alguma válvula do meu coração. Assim como Vinícius de Moraes disse um dia: “Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos”. Amigos são verdadeiras dádivas, mesmo. Agradecer por ter, em volta, gente que te quer bem e que torce por você, genuinamente, é sagrado... e cada vez mais raro. Sabe aquelas pessoas curativas? Que te acalmam e que dizem exatamente as palavras que você precisa ouvir naquele momento de dor ou de profundo estresse? Assim como há pessoas malignas, existem as bondosas, e é nessas que devemos concentrar todas as nossas energias. Nos alimentar de bem... Manter essas pessoas por perto, sempre é um bom jeito de iniciar um ano. Por isso, antes que termine o ano, fale, digite, grave um vídeo, desenhe, cante para alguém que foi imprescindível para você. Comemore ter essa pessoa em sua vida. Se o seu ano foi duro, amargo e difícil, é hora de aprender com as experiências dolorosas e seguir adiante. Não, eu não sou do time de perdoar quem te feriu. Há uma comoção geral nas festas de fim de ano de que devemos praticar o perdão a qualquer custo. Não! Sou do time de: afaste-se imediatamente de quem te feriu e, se possível, mantenha-se afastada eternamente. Antes que termine o ano, faça lista, faça planos, faça o que quiser. Permita-se ser livre de ter que ser ou ter que fazer. Nós não temos que nada. Fazemos se quisermos. Claro, com sabedoria e inteligência. Antes que termine o ano, eu quero te desejar um 2024 livre, leve, divertido e alegre. Que, no ano que se inicia, a gente possa ser feliz, antes que termine o ano. *Manu Siqueira é jornalista (mmsiqueira77@yahoo.com.br)

Antes que termine o ano Read More »

mercado financeiro 2023

Ibovespa alcança marca histórica e ultrapassa 133 mil pontos pela primeira vez

Em um feito inédito, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) ultrapassou a barreira dos 133 mil pontos pela primeira vez em sua história, encerrando o pregão desta terça-feira (27) na B3 com uma pontuação de 133.532,92. No primeiro dia útil da última semana do ano, o índice registrou uma valorização de 0,59% em comparação com o resultado da última sexta-feira, acumulando uma variação de quase 23% ao longo do último ano. As ações mais movimentadas durante o pregão desta foram as da Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e Itaú (ITUB4). Notavelmente, a ação que obteve a maior valorização foi a LWSA3, pertencente à empresa Locaweb. O cenário positivo reflete a dinâmica e a atratividade do mercado de ações. Procura por carros elétricos cresce em Pernambuco O Grupo Parvi, responsável pela gestão da marca chinesa BYD em cidades como Recife (PE), João Pessoa (PB), Boa Vista (RR), Salvador (BA) e Manaus (AM), encerrará o mês de dezembro com a entrega de mais de 130 veículos elétricos na capital pernambucana. É relevante destacar que mais de 20 desses veículos foram entregues em um único evento, em um período de apenas 2 horas. Em setembro, a montadora chinesa assumiu a liderança nas vendas de veículos eletrificados no Brasil. Em março de 2022, a BYD conquistou destaque ao se tornar a primeira empresa automotiva do mundo a interromper oficialmente a produção de veículos movidos apenas a combustão. Atualmente, a empresa conta com mais de 600 mil funcionários em todo o mundo, incluindo 90 mil engenheiros de diversos segmentos, e possui 11 centros de pesquisa em diferentes regiões do globo. O aumento expressivo na entrega de veículos elétricos em Pernambuco indica uma crescente aceitação e interesse dos consumidores locais por essa tecnologia mais sustentável. Escritório comemora crescimento de 40% Os sócios do escritório Portela Soluções Jurídicas, André Portela, Adriana Jansen, Pedro Príncipe e Tatiane Carvalho comemoram o ano de 2023 com um crescimento de 40% do escritório, com ampliação de clientes no direito imobiliário e início de atuação no direito de infraestrutura e energia.

Ibovespa alcança marca histórica e ultrapassa 133 mil pontos pela primeira vez Read More »

Capa home site 42

Empresas de sucesso: trajetória das empresas familiares pernambucanas

*Editorial de Cláudia Santos Dados do IBGE comprovam a importância das empresas familiares no Brasil: elas representam 90% das organizações empresariais, respondem por mais da metade do PIB e empregam 75% da mão de obra no País. Diante da dimensão que representam na economia brasileira, nós, da Algomais, acolhemos a ideia da consultora da TGI, Georgina Santos, que propôs contarmos a trajetória de algumas empresas familiares bem-sucedidas de Pernambuco. Daí, surgiu a seção História de Sucesso, publicada uma vez por mês, que trouxe entrevistas com empresários de diferentes setores econômicos que nos contaram como eles e seus familiares ergueram seus empreendimentos. No depoimento dos entrevistados é possível perceber a correlação entre os fatos que marcaram a economia do País e os momentos decisivos vividos pelos gestores. Seja durante o aumento da inflação e dos juros, ou no surgimento da pandemia, eles souberam superar as situações problemáticas e até encontrar oportunidades para alavancar os negócios nesses períodos turbulentos. São relatos que também mostram a relevância do exemplo do fundador, a sabedoria de equilibrar a experiências das primeiras gerações com a inovação dos mais jovens e a compreensão de como fazer um processo de sucessão e de profissionalizar a administração. Esse último tema, inclusive, é abordado por Georgina (que é especialista em gestão de empresas familiares) num artigo que escreveu para esta edição especial da Algomais, que traz uma compilação das histórias de sucesso publicadas durante o ano de 2023. Esperamos que a perseverança e a inteligência dessas famílias, que souberam conciliar, muitas vezes, diferentes visões entre seus integrantes sobre como gerir os negócios, possam nos inspirar para termos um final de ano de congraçamento. Boa leitura!

Empresas de sucesso: trajetória das empresas familiares pernambucanas Read More »

natal recife 2

Confira 5 cidades pernambucanas vestidas para os festejos do Natal

O Natal costuma iluminar cidades do mundo inteiro e com Pernambuco não seria diferente. Confira abaixo alguns dos destaques natalinos desde ano. GARANHUNS - Um dos destinos já tradicionais do Natal no Estado é a Suíça Pernambucana, Garanhuns. O município aposta na decoração e na programação festiva do período. RECIFE - A capital pernambucana é um dos destaques deste ano. O Recife experimentou muita inovação tecnológica, especialmente com uso de drones, e embelezou novos espaços da cidade, como o Parque das Graças. GRAVATÁ - Com o tema A Caminho do Amor, a cidade de Gravatá teve uma programação intensa de festejos natalinos neste ano, mobilizando os espaços públicos centrais da cidade. PETROLINA - Um dos cartões-postais mais conhecido da capital do Sertão do São Francisco, a Orla de Petrolina, ganhou as decorações do Natal Luz. TAQUARITINGA DO NORTE - O Natal Serrano vem com a temática “Vila Natalina”, trazendo a magia do natal para as praças centrais e aflorando o sentimento que envolve a festa e as tradições pelo mundo, com destaque especial na Praça Central Padre Otto Sailler.

Confira 5 cidades pernambucanas vestidas para os festejos do Natal Read More »

desempenho economia

S&P eleva nota da dívida do Brasil pela primeira vez em 12 anos

(Da Agência Brasil) Pela primeira vez em 12 anos, a agência de classificação de riscos Standard & Poor’s (S&P) elevou a nota da dívida soberana brasileira. O país saiu da nota BB-, três níveis abaixo do grau de investimento, para a nota BB, dois níveis abaixo. A S&P concedeu perspectiva estável, o que não indica alterações nos próximos meses. A última vez em que a S&P havia elevado a nota da dívida brasileira tinha sido em 2011, quando o Brasil passou da nota BBB- (grau de investimento, garantia de que o país não dará calote na dívida pública) para BBB (um nível acima do grau de investimento). Desde então, o país tinha sofrido sucessivos rebaixamentos, tendo perdido o grau de investimento em setembro de 2015. Desde junho deste ano, a S&P tinha indicado que elevaria a classificação do país, ao conceder perspectiva positiva para a nota brasileira. Em nota, a S&P atribuiu a melhoria da nota brasileira à aprovação da reforma tributária, ocorrida na sexta-feira (15). Segundo a agência, a conclusão das discussões em torno da modernização do sistema tributário brasileiro amplia a trajetória de implementação de políticas pragmáticas no país nos últimos 7 anos. A S&P, no entanto, adverte que continuam riscos para a economia brasileira, como as perspectivas de fraco crescimento econômico e de situação fiscal “débil”, o que justificou a perspectiva estável para a nota do país. “Isso reflete nossas expectativas de que o país fará progresso lento em enfrentar desequilíbrios fiscais e projeções econômicas ainda fracas, compensadas por uma forte posição externa e uma política monetária que está ajudando a reancorar as expectativas de inflação”, destacou o comunicado. Desde janeiro de 2018, a S&P Global enquadrava o Brasil três níveis abaixo do grau de investimento. Em julho deste ano, a Fitch elevou a nota da dívida brasileira para dois níveis abaixo do nível do grau de investimento. A Moody’s classifica o país nesse patamar desde fevereiro de 2016. Tesouro Em nota, o Tesouro Nacional informou que a elevação da nota brasileira confirma os esforços do governo federal para reequilibrar as contas públicas e fazer as reformas necessárias para a economia. Segundo o órgão, a melhoria na classificação do país resultará em queda dos juros e aumento do emprego no médio prazo. “O Ministério da Fazenda reitera seu compromisso com a agenda de reformas em curso, que contribuirá não apenas para o melhor balanço fiscal do governo, mas também levará à redução das taxas de juros e à melhoria das condições de crédito, ao mesmo tempo em que assegurará a estabilidade dos preços. Desta forma, serão criadas as condições para a ampliação dos investimentos públicos e privados e a geração de empregos, aumento da renda e maior eficiência econômica, elementos essenciais para o desenvolvimento econômico e social do país”, destacou o comunicado.

S&P eleva nota da dívida do Brasil pela primeira vez em 12 anos Read More »

Helena Rocha Fotos Bosco Lacerda

"10% da renda das classes C, D e E está comprometida com apostas online"

Sócia de auditoria da PwC, Helena Rocha analisa a pesquisa feita pela empresa e o Instituto Locomotiva que revela um consumidor de baixa renda que valoriza preço, mas também a qualidade do produto. O dado surpreendente foi o apelo que as apostas esportivas exercem nessa parcela da população. (Foto: Bosco Lacerda) Depois de anos de crise econômica, agravada pela pandemia, os consumidores das classes C, D e E estão controlando mais seus gastos, porém, se tivessem acesso ao crédito, consumiriam mais, principalmente eletrônicos e eletrodomésticos. Mas, apesar disso, eles não valorizam apenas o preço na hora da compra mas, também, a qualidade e a marca do produto, e estão muito antenados com as questões sociais e sustentáveis. A ponto de estarem dispostos a pagar um pouco mais por marcas e produtos que apoiem a diversidade e a priorizar aquelas que são sustentáveis. Além disso, já abandonaram ou deixaram de comprar determinada marca por falta de responsabilidade ou porque desrespeitaram o meio ambiente. Esse novo perfil dos consumidores das classes C, D e E foi revelado na recente pesquisa realizada pela PwC e Instituto Locomotiva denominada Mercado da Maioria já que eles representam 76% da população, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2022, e respondem por quase metade do consumo no País. Nesta entrevista, Helena Rocha, sócia de auditoria, líder da indústria de consumo e varejo para o assurance da PWC, analisa os resultados do estudo. Helena chamou a atenção para o apelo cada vez maior que as apostas online têm exercido sobre essa parcela de consumidores. “Em 2024, a estimativa é que gastos com jogos e apostas podem representar quase 5% do valor destinados a despesas com alimentação”, alerta. Qual o perfil do consumidor que representa esse mercado da maioria? A pesquisa entrevistou 2.400 pessoas, das quais 1.600 da classe C, D e E, além de 800 das classes, A e B, a partir de 18 anos. Dos entrevistados, 44% são região Sudeste, 28% Nordeste e 10% entre Sul, Centro- Oeste e Norte. E temos alguns dados importantes: do total de entrevistados das classes C, D e E, 62% declaram- -se pretos e pardos, 74% já afirmaram ter sofrido algum tipo de preconceito, 56% não concluíram o ensino médio e 50% deles trabalham sem carteira assinada ou por conta própria. Então, existe muita informalidade. A pesquisa destacou também um protagonismo feminino: 52% dos lares das classes C, D e E são chefiados por mulheres, o que também foi constatado nas classes A e B cujo percentual é de 43%. Uma das características identificadas na pesquisa é a de que esse público encara o consumo como uma questão de conquista e esforço individual. Você poderia analisar essa questão? A pesquisa revela o que significa consumo para consumidores das classes C, D e E: 61% dizem que se esforçaram para comprar itens que nunca tiveram condições financeiras de adquirir quando eram mais jovens e 71% afirmaram que se sentem realizados quando economizam para comprar um produto e conseguem. Eles também informaram que nos últimos 10 anos passaram a comprar mais, principalmente em supermercados e hipermercados, e artigos de higiene e beleza e, em torno de 45%, afirmaram adquirir mais na última década produtos para animais de estimação, vestuário e eletrônicos. Mas 48% dos entrevistados das classes C, D e E disseram que se sentem excluídos, ou já se sentiram excluídos ou passaram por situações de constrangimento por não terem condições de consumir algum produto ou marca. Além disso, 30% desses consumidores também disseram que já foram constrangidos por não terem um produto e não usarem uma determinada marca e 42% já se sentiram também excluídos por não terem condições financeiras para consumir um produto que estava na moda. Quando a gente analisa quais as causas das dificuldades de aquisição, para 70% dos entrevistados das classes D e E e 56% da classe C, a principal é a dificuldade de acesso ao crédito. Esse percentual é bem menor nas classes A e B, mas ainda é um percentual importante, 40%. Quais os produtos que eles desejariam comprar? De um modo geral, eles dizem que comprariam mais caso eles tivessem maior acesso ao crédito. Os itens mais desejados são eletrônicos (citados por 36% dos entrevistados das classes C, D e E) e eletrodomésticos (35%), que também são desejo de consumo importante nas classes classe A e B, com percentual de 30%. Houve uma época, há uns 12 anos, em que acreditávamos que para as classes A e B, isso não era mais tão relevante porque essas pessoas já teriam acesso a eletrodomésticos de um modo geral. Mas, novas tecnologias são criadas e surge o desejo de adquiri-las. Então, o que aparece muito são casas automatizadas, produtos mais robustos do ponto de vista tecnológico, de última tendência. Esse é um desejo muito grande que permeia todas as classes sociais. Para as das classes C, D e E também aparecem imóveis e automóveis com percentual de 27%. Um aspecto que chama a atenção é que quando perguntado “o que você gostaria de adquirir nos próximos 12 meses?”, o curso de idiomas e outros cursos aparecem de maneira bem relevante, com percentual de 30%. Foi uma surpresa para nós. Embora a gente não perceba muito, mas é um desejo latente das classes C, D e E, que pode ser de ascensão social. Em seguida, surgem itens mais de consumo, como móveis, eletrodomésticos, materiais de construção, eletrônicos. Todos esses desejos reprimidos esbarram na falta de crédito, cujo acesso é dificultado em razão da taxa de juros muito alta e porque grande parte dessas classes já está muito endividada. Um fato que chama a atenção da pesquisa é o apelo que as apostas esportivas exercem sobre as classes C, D e E. O que mostrou a pesquisa sobre esse assunto? As apostas esportivas estão consumindo uma fatia importante da renda, principalmente das classes C, D e E. Quando a gente faz a análise do perfil desses jogadores, em termos de idade, grande parte realmente

"10% da renda das classes C, D e E está comprometida com apostas online" Read More »

capa novo modelo

Pernambuco em busca de um novo modelo de desenvolvimento

*Por Cláudia Santos O modelo de desenvolvimento que até então impulsionou a economia pernambucana não atende mais as complexas demandas contemporâneas. A conclusão é dos participantes da Rede Gestão que realizaram, na semana passada, uma reunião em que discutiram o desafio de formular uma nova visão de longo prazo para Pernambuco. Durante o evento, o consultor da TGI Francisco Cunha destacou que ainda hoje vivenciamos um modelo criado, com muito sucesso, nos anos 1950, quando foi formado um órgão especializado em planejamento, a Codepe (Comissão de Desenvolvimento de Pernambuco), e o projeto visionário elaborado pelo padre dominicano francês Louis-Joseph Lebret (veja o artigo de Francisco Cunha na edição 247). “As evidências levam a crer que esse modelo de desenvolvimento simplesmente esgotou-se, sem que se saiba ainda como será substituído”, constatou o consultor. São evidências como a projetada mudança da matriz energética. A refinaria, prevista pelo Padre Lebret, ainda hoje é um projeto estruturador importante, mas o futuro, sob a ameaças das mudanças climáticas, exige um planeta isento de combustíveis fósseis. E aí? Assim como a crise climática, a transformação digital é outro importante vetor de tendências e a mais radical delas é a inteligência artificial, que já está promovendo disrupções, em especial no mercado de trabalho. “Diversas profissões, já enfrentam a concorrência do ChatGPT. Vamos perder para ele? Essa revolução tecnológica, com certeza, vai tirar o emprego de muita gente”, adverte Francisco Cunha. Para Roberto Montezuma, professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE, a atual geração vive uma mudança de milênio que, naturalmente, exige uma transição de paradigmas que não podem ser os mesmos do século passado. “Temos que trabalhar com novos paradigmas ambiental, social (da inclusão e redução das desigualdades) e econômicos (um mercado que leve em conta o meio ambiente)". Soma-se ao desafio de encontrar alternativas para essas tendências, o fato de Pernambuco ter um território exíguo, sem muitos recursos naturais, com boa parte da sua extensão situada no semiárido. Uma região que, além de populosa, corre o risco de acentuar ainda mais seus problemas de escassez hídrica com as mudanças climáticas. Essa é uma situação cujas causas remontam ao passado, quando o Estado foi penalizado por suas lutas libertárias. “Pernambuco foi vítima de uma mutilação territorial sem similar na história do Brasil. Perdeu a Comarca das Alagoas, em razão da Revolução de 1817 e, depois, a Comarca de São Francisco, devido à Confederação do Equador em 1824, que foi uma retaliação do Império”, informou Francisco. Também existem estudos que defendem a tese de que Pernambuco foi prejudicado por uma visão centralizadora da industrialização no Brasil. Na verdade, a partir do Século 19, florescem no Estado as primeiras unidades fabris originadas da transformação dos engenhos em usinas e do beneficiamento pelas tecelagens do algodão cultivado no interior. Na reunião da Rede Gestão, Roberto Montezuma mencionou a tese de doutorado de Aspásia Camargo, professora de sociologia e ciências políticas das UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro). Ela defende que no início do Século 20 existiam todas as condições emergentes para a criação de duas centralidades industriais nacionais: Pernambuco e São Paulo. “Mas Getúlio Vargas, segundo estudo de Aspásia Camargo, não acreditava nessa dualidade e escolheu um único centro e, com isso, a Região Metropolitana de São Paulo concentra ainda hoje quase 50% da riqueza nacional”, explicou Montezuma. A industrialização começa a ser retomada com o planejamento da Codepe e do Padre Lebret. Mas o avanço desse processo foi estancado, a partir do momento em que planejar o desenvolvimento deixa de ser prioridade, nos anos 1980, comprometendo o futuro do Estado. “O desmonte dessa cultura do planejamento é, de fato, um processo suicida”, sentencia o arquiteto. Um cenário que preocupa o economista Sérgio Buarque, ao destacar que atualmente Pernambuco já enfrenta problemas relativos à sua produtividade. Na reunião da Rede Gestão, ele mostrou os dados do ranking de competitividade dos Estados do CLP (Centro de Liderança Pública). “A nossa situação é muito ruim. Os 10 primeiros colocados são todos do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O Ceará é o 11º e Pernambuco o 16º. Na versão anterior estávamos em 15º”, lamenta o economista. “Podemos afirmar com alguma segurança que se não melhorarmos a competitividade sistêmica no Estado, não melhoraremos os outros indicadores, a começar pelo PIB per capita”, afirmou acrescentando que a competitividade é um fator importante para atrair investimentos. É POSSÍVEL REINVENTAR Apesar dessa conjuntura desfavorável, Montezuma afirma ser possível reverter esse cenário e baseia seu otimismo em dados da ONU (Organização das Nações Unidas) que confirmam ser factível, no tempo de uma geração, transformar uma cidade, um estado, uma região e um país, com uma visão redentora impulsionando o planejamento de longo prazo. Foi o que aconteceu com Medellín, Barcelona, Lisboa, Singapura, Bogotá, Índia e China. “Um caso emblemático foi Medellín que, nos anos 1990, foi considerada a cidade mais violenta do mundo e em menos de uma geração deu uma virada, transformando-se na cidade mais criativa do planeta. Isso é uma evidência da possibilidade que o território tem de se transformar”, assegura. Para dar essa “volta por cima”, Montezuma recomenda adotar um pensamento inovador e decolonizado. “Decolonizar, como explica a pedagoga Nilma Lino Gomes, diz respeito a um projeto de transgressão histórica da colonialidade, a partir da noção de que não é possível desfazer ou reverter a estrutura de poder colonial. Mas é preciso encontrar meios para desafiá-la continuamente e romper com ela”, conceitua o arquiteto. Ele exemplifica essa ideia ao comentar como se deu a concepção do Projeto Parque Capibaribe, durante o workshop Recife Exchange Amsterdam (RXA), em 2012. O evento reuniu estudiosos e estudantes universitários holandeses e brasileiros para pensar alguns espaços do Recife. A participação de pesquisadores da Holanda ocorreu porque o país já colonizou a capital pernambucana no Século 17 e desenvolveu o seu primeiro plano de urbanização (que aliás é pioneiro no Brasil). Além disso, seu território guarda semelhanças com a cidade. Montezuma conta, porém, que os estudiosos estrangeiros vieram com uma solução pronta, recomendando uma série de ações

Pernambuco em busca de um novo modelo de desenvolvimento Read More »

leite queijo

Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa antecipa prioridades para o setor em 2024

Às vésperas do ano de 2024, o Sebrae/PE, representante do setor produtivo, antecipa as pautas prioritárias para a agenda da recém-instalada Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa. A instituição conduziu uma série de escutas junto aos setores produtivos estaduais, identificando as principais necessidades do setor. Existem duas principais bandeiras dos empresários desse perfil que estão mobilizando a atuação política junto aos parlamentares. A Frente Parlamentar, além do Sebrae/PE, é composta pelas Federações das Associações de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Femicro) e do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Pernambuco (Fecomércio-PE); a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Recife. DESCONTO NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL Entre as prioridades da agenda da Frente está a análise da minuta que propõe a inclusão de pequenos produtores rurais pessoa física no benefício de 50% de desconto na taxa de licenciamento ambiental. Esses profissionais, regulamentados pelo Certificado da Agricultura Familiar (CAF) e desprovidos de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), destacam-se como alvo central das iniciativas para fortalecer e apoiar a vitalidade do setor. Sobre essa medida, atualmente, o desconto está previsto na Lei 14.249, de 2010, mas beneficia apenas pequenos produtores que possuem o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Murilo Guerra, superintendente do Sebrae-PE, explica que essa mudança se ela for sancionada pela Alepe e aprovada pela governadora do Estado, deve beneficiar quase 20 mil pequenos produtores rurais em Pernambuco. REGISTROS DO SETOR DE LATICÍNIOS A segunda prioridade destacada pela Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, no estado de Pernambuco, concentra-se no setor de laticínios, especificamente na necessidade de revisão do processo de registro de queijos artesanais. Atualmente, este processo limita-se aos tipos coalho e manteiga. Isso implica que os pequenos produtores que desejam inovar e criar queijos autênticos, mesclando sabores e ingredientes, encontram-se impedidos de registrar suas criações no estado. A situação atual permite apenas o registro de produtos apresentados como queijo tipo coalho ou tipo manteiga, sem a possibilidade de mencionar suas características diferenciadas. Isso representa uma barreira para a diversidade e a inovação no setor, impedindo os produtores de destacar as peculiaridades e a autenticidade de seus queijos artesanais perante o mercado. A revisão proposta visa abrir caminho para a inclusão de novos tipos de queijos, proporcionando aos pequenos produtores a liberdade de expressar a singularidade de suas criações e promovendo a riqueza gastronômica da região. EMPREGABILIDADE NO SETOR No decorrer deste ano, o setor de pequenos negócios em Pernambuco registrou um desempenho positivo na geração de empregos. De janeiro a outubro, as micro e pequenas empresas foram responsáveis por uma parcela de 79% do total de empregos formais criados no estado, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Essa marca expressiva representa um destaque significativo, colocando Pernambuco à frente da média nacional. Enquanto o Novo Caged aponta que a média nacional foi de 71%, o estado superou essa estatística.

Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa antecipa prioridades para o setor em 2024 Read More »

JCPM

João Carlos Paes Mendonça anuncia: "Eu voltei"

O empresário João Carlos Paes Mendonça promoveu nesta semana um almoço descontraído com a imprensa pernambucana, sem deixar de responder suas opiniões sobre o Brasil e Pernambuco. Aos 85 anos, ele afirmou no encontro que passou a maior parte da pandemia isolado em Gravatá e por duas vezes deixou o recado: "Eu voltei!" BRASIL, PERNAMBUCO E O RECIFE Em seu discurso, o empresário considerou que a economia brasileira apresentou melhoras em 2023. "Por incrível que pareça a economia nacional em 2023 está indo bem. Surpreendente". Apesar dessa perspectiva, ele demonstrou preocupação com a elevada pobreza no País, que considera vir aumentando nos últimos anos. Para 2024, as expectativas dele são mais modestas, quando comparadas ao avanço deste ano. Sobre Pernambuco e o Recife, João Carlos Paes Mendonça demonstrou otimismo. "Eu acho que Pernambuco e Recife passam por um momento bom". Ele elogiou a capacidade do poder estadual de ir buscar recursos para fazer investimentos no Estado. Sobre a capital pernambucana, ele destacou que há um projeto grande em desenvolvimento pela cidade, abrindo muitas frentes. LIDERANÇAS EMPRESARIAIS PARA APOIAR PERNAMBUCO "Hoje não tem realmente lideranças no Nordeste brasileiro, muito poucas. Empresariais que estou falando". "Nós não temos uma reação positiva para defender os interesses de Pernambuco. Nós temos que apoiar Pernambuco. O que é bom temos que elogiar. Se a gente não se unir, não vamos para lugar nenhum" PRESTÍGIO O almoço contou com nomes consagrados da imprensa pernambucana, de diversos veículos, como Francisco José, Beatriz Castro, Geraldo Freire, Jo Mazzarolo e João Alberto, além da participação em peso de jornalistas do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação.

João Carlos Paes Mendonça anuncia: "Eu voltei" Read More »