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Retrospectiva: Pernambuco em Perspectiva discutiu os caminhos para o desenvolvimento do Estado

Projeto debate os desafios e oportunidades para o desenvolvimento de Pernambuco nas próximas décadas Em 2024, o projeto Pernambuco em Perspectiva, uma parceria entre a TGI, Rede Gestão e a Revista Algomais, se tornou um importante espaço de reflexão sobre o futuro do Estado. Com um enfoque estratégico e urgente, o projeto resgata discussões que começaram ainda na década de 50, com os estudos de Joseph Lebret, e traz à tona a necessidade de retomar o planejamento para o desenvolvimento de Pernambuco, especialmente em um momento de transformações globais aceleradas. Ao longo de diversos meses, o projeto produziu reportagens e conteúdos que abordaram questões relevantes para o futuro de Pernambuco, como a importância da recuperação da capacidade pública de planejamento e as soluções necessárias para o desenvolvimento sustentável, com foco no semiárido e na transição energética. Além disso, foram discutidos temas como inovação, educação e a importância de regenerar a economia para garantir um crescimento sustentável e inclusivo para o Estado. A série de reportagens e entrevistas, realizada pelos jornalistas Cláudia Santos e Rafael Dantas, também explorou os caminhos para o desenvolvimento da indústria, as oportunidades do cenário nordestino e as travas que ainda dificultam o avanço de Pernambuco em setores estratégicos. Com um olhar atento ao cenário local e global, o Pernambuco em Perspectiva se posicionou como um marco para o debate sobre as direções que o Estado precisa tomar para garantir um futuro próspero e equilibrado. Você pode conferir todas as reportagens no link Pernambuco em Perspectiva

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Banco do Nordeste investe mais de R$ 6,8 bilhões em Pernambuco

Paulo Câmara ressaltou que o crédito do banco entre janeiro e novembro no Estado bateu recorde, com destaque para microcrédito urbano e rural. Foto: Eudes Regis O Banco do Nordeste (BNB) atingiu um volume histórico de contratações em Pernambuco, totalizando R$ 6,8 bilhões de janeiro a novembro de 2024. O número representa um crescimento significativo em relação ao ano anterior, distribuído em mais de 360 mil operações no estado. O montante desembolsado também atingiu um recorde de R$ 6,4 bilhões, com acréscimo de mais de R$ 937 milhões na comparação com o mesmo período de 2023. Microcrédito urbano amplia oportunidades O programa de microcrédito urbano do BNB, o Crediamigo, teve um papel fundamental nesse resultado, com R$ 860 milhões contratados em 266 mil operações. Segundo Paulo Câmara, presidente do Banco do Nordeste, o objetivo é garantir a inclusão de quem mais precisa. "Nós temos uma carteira ativa de R$ 444 milhões. São recursos significativos que estão circulando nos negócios dos microempreendedores", ressalta. Alta expressiva no crédito rural No campo, o Agroamigo foi destaque, com R$ 968 milhões contratados em Pernambuco até novembro. O superintendente do Banco no estado, Hugo Luiz de Queiroz, enfatiza o impacto desse crescimento: "É um programa que atende quem produz no campo para alimentar a população. São milhares de famílias pernambucanas recebendo recursos para investir na sua produção agrícola". O valor representa um crescimento de 55% em relação a 2023 e 130% em comparação com 2022, reforçando o compromisso do Banco com o desenvolvimento rural.

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Sobrecarga no trabalho afeta 90% dos profissionais no Brasil

Estudo aponta os principais desafios enfrentados no ambiente corporativo e propõe soluções para um equilíbrio saudável Um levantamento recente realizado pelo LinkedIn revelou que 90% dos profissionais brasileiros se sentem sobrecarregados em suas atividades diárias. Além disso, 87% relatam enfrentar pressões intensas no ambiente corporativo, um cenário que afeta não apenas a saúde mental, mas também a produtividade e a qualidade de vida. Para André Minucci, mentor de empresários e especialista em gestão empresarial, os dados refletem uma falha estrutural nas organizações. “A sobrecarga é consequência de práticas que priorizam metas excessivas e ignoram a capacidade humana de absorver e processar demandas. Essa pressão contínua não só prejudica o colaborador, mas também gera impactos negativos nos resultados da empresa,” alerta o especialista. Transformação digital e outros gatilhos Entre as causas mais apontadas para a sobrecarga estão o aumento das demandas, prazos curtos e a falta de suporte adequado. A transformação digital, acelerada nos últimos anos, também agravou a situação, tornando comum a dificuldade de desconexão no ambiente de trabalho. Muitos profissionais prolongam suas jornadas para além do expediente oficial, o que compromete o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Além disso, a pesquisa destacou que gestores frequentemente subestimam os impactos da sobrecarga. “Há uma cultura que associa estar ocupado a ser produtivo, mas isso é um equívoco. Funcionários sobrecarregados tendem a cometer mais erros, ter menos criatividade e, no longo prazo, aumentar os índices de turnover,” reforça Minucci. Estratégias para reduzir a pressão Minucci aponta soluções práticas que podem ser adotadas tanto pelas empresas quanto pelos colaboradores para enfrentar o problema: Consequências da sobrecarga Os impactos da sobrecarga vão além da saúde mental, contribuindo para o aumento de doenças ocupacionais como a síndrome de burnout, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Minucci destaca que empresas que ignorarem o bem-estar dos funcionários enfrentarão dificuldades para reter talentos. “A nova geração busca equilíbrio e propósito. Negligenciar isso é caminhar para alta rotatividade e baixa competitividade no mercado,” alerta. A pesquisa reforça a necessidade de mudanças urgentes no ambiente corporativo para garantir o equilíbrio entre produtividade e saúde. Com estratégias adequadas e uma gestão humanizada, é possível transformar o trabalho em uma experiência mais positiva para todos.

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PIB brasileiro cresce acima do esperado em 2024

Banco Central revisa projeções para cima após surpresas positivas no terceiro trimestre A economia brasileira apresentou um desempenho melhor que o esperado em 2024, levando o Banco Central (BC) a revisar para cima sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). A estimativa, divulgada no Relatório de Inflação, passou de 3,2% para 3,5%, impulsionada pela alta de 0,9% no terceiro trimestre, conforme dados do IBGE. Segundo o BC, “a alteração na projeção de crescimento do PIB em 2024 reflete a surpresa positiva no resultado do terceiro trimestre e os indicadores do quarto trimestre [já] disponíveis”. O desempenho foi puxado pelo consumo das famílias e pelos investimentos das empresas, com destaque para a indústria de transformação. Por outro lado, o setor agropecuário enfrentou retração, com queda projetada de -2%, impactada por revisões de dados e projeções para a safra de 2024. O setor de serviços teve a maior revisão positiva, passando de 3,2% para 3,8%, refletindo crescimento em segmentos como intermediação financeira e administração pública. Apesar do aquecimento econômico e da redução histórica da taxa de desocupação, o BC mantém perspectivas cautelosas para 2025, projetando um crescimento menor, de 2,1%, devido a possíveis apertos monetários e um menor impulso fiscal. O cenário também inclui inflação em alta, com estimativa de 4,9% para 2024, acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Porto de Galinhas figura a lista dos mais procurados para o Natal e período de férias Porto de Galinhas consolidou-se novamente como um dos destinos preferidos pelos turistas, segundo pesquisa realizada pela Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo). Para o período de Natal, o balneário ocupa a segunda posição entre os destinos nacionais mais procurados, enquanto nas férias de janeiro figura em terceiro lugar. "Comemoramos mais um momento de destaque do nosso destino como um dos mais procurados para o período de fim de ano e janeiro. Isso reflete no trabalho e conversa que temos com as operadoras", afirma Otaviano Maroja, presidente do Porto de Galinhas CVB. A pesquisa reforça a atratividade da região, resultado de esforços contínuos para promover o local junto às operadoras de turismo. Armando Nogueira é eleito um dos 20 mais influentes do mercado imobiliário em 2024 Armando Nogueira, CEO do Hub Nogueira Corretores, foi eleito um dos 20 mais influentes em vendas do mercado imobiliário brasileiro de 2024 pelo Imobi Report, após votação aberta envolvendo a comunidade do hub de inteligência imobiliária Cupola e a plataforma de conteúdo Imobi Report, destacando sua liderança à frente de um dos maiores players do Norte/Nordeste e sua contribuição para a inovação e o crescimento do setor. Natal movimenta o comércio com kits presenteáveis acessíveis Com mais de 60 opções de kits e combos a partir de R$ 39,90, O Boticário aposta na variedade para impulsionar as vendas de fim de ano. Eleita como a melhor marca para presentear no Natal*, a empresa oferece itens de perfumaria, cuidados corporais e maquiagem com descontos de até 30%. Além disso, os consumidores podem optar por embalagens temáticas e colecionáveis, reforçando o apelo emocional das compras no período festivo.

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Dólar fecha a R$ 6,26 com incertezas sobre pacote e decisão do Fed

Bolsa cai 3,15% e atinge menor nível desde junho (Da Agência Brasil) Em um dia de forte estresse no Brasil e no exterior, o dólar superou a marca de R$ 6,20 e voltou a fechar no maior valor nominal desde a criação do Plano Real. A bolsa caiu mais de 3% e atingiu o menor nível desde o fim de junho. O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (18) vendido a R$ 6,267, com alta de R$ 0,172 (+2,82%) em um único dia. Em um dia sem intervenções do Banco Central (BC), a cotação iniciou em torno de R$ 6,11. Chegou a desacelerar no fim da manhã, mas voltou a subir intensamente após uma declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o a moeda norte-americana deve se acomodar. A partir das 15h, a cotação acelerou novamente após o resultado da reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano). A autoridade monetária cortou as taxas básicas da maior economia do planeta em 0,25 ponto percentual, como esperado. No entanto, indicou no comunicado que ficará mais cautelosa em 2025, o que abre a possibilidade de menos cortes no próximo ano. No mercado de ações, o dia também foi de intensa instabilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 120.772 pontos, com queda de 3,15%. O indicador está no menor nível desde 20 de junho e acelerou a queda após a decisão do Fed. Nos Estados Unidos, o Dow Jones, um dos índices da bolsa de Nova York, caiu 2,2%. As taxas básicas nos Estados Unidos estão atualmente entre 4,25% e 4,5% ao ano, consideradas altas para os padrões internacionais. Juros elevados em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, pressionando o dólar e a bolsa no Brasil, num momento de incertezas por causa da votação do pacote fiscal no Congresso. Na terça-feira à noite, a Câmara dos Deputados aprovou o primeiro projeto de lei complementar do pacote de corte de gastos obrigatórios, que restringe a concessão de incentivos fiscais em anos de déficit primário e permite o corte linear de emendas parlamentares na mesma proporção do corte dos gastos discricionários (não obrigatórios). Em tese, os deputados votarão nesta quarta o restante do pacote, mas a sessão não havia começado até o fim da tarde.

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"Acompanhar dados econômicos é importante para a tomada de decisão empresarial e da gestão pública"

Secretária de Desenvolvimento Econômico da capital pernambucana, Joana Florêncio, explica os benefícios da plataforma Observatório Econômico do Recife, que reúne num só local uma grande diversidade de indicadores. Segundo a titular da pasta, a iniciativa tem sido de grande valia para conhecer a realidade da economia do município, para elaborar políticas públicas e para as ações do empresariado. Indicadores econômicos são essenciais para entender e avaliar a situação da economia e as perspectivas de uma cidade, um Estado ou um País. Eles oferecem uma visão da realidade que é essencial para um gestor público formular políticas, ou para orientar o setor privado na tomada de decisão sobre onde alocar seus investimentos. Diante dessa relevância, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico lançou este ano a plataforma Observatório Econômico do Recife, que reúne num só local, no site do Conecta Recife, uma diversidade de indicadores. Antes, para obter esses dados era necessário recorrer a diversas fontes e, muitas vezes, eles estavam em planilhas ininteligíveis ou relatórios de mais de 100 páginas. Para falar sobre essa plataforma, Cláudia Santos conversou com a secretária Joana Portela Florêncio. Na entrevista, ela também analisou o momento econômico da capital pernambucana, suas perspectivas e desafios. O que é o Observatório Econômico do Recife? É uma plataforma de dados e macrodados econômicos do Recife apresentados de forma simples e integrada em um único lugar trazendo informações fáceis para quem precisa delas. Está inserido no Portal Conecta Recife. Nessa plataforma é possível acessar movimentação de porto e aeroporto, balança comercial, PIB per capita – fazendo comparativo com outros municípios, com o Nordeste e com o Brasil. Em relação ao mercado de trabalho, há dados de admissões, demissões, nosso saldo do Caged, (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), a capacidade de pagamentos, rankings de competitividade, ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis), IPTU e tudo que ajude a entender como o Recife está se comportando economicamente. Acompanhar esses dados é muito importante para a tomada de decisão, tanto empresarial, quanto por parte da gestão pública. Também estamos inserindo, no Observatório, os boletins econômicos da cidade, trazendo os dados de forma contextualizada, explicando economicamente como o Recife se comportou mensalmente. Hoje, o Observatório funciona para todo mundo, incluindo o cidadão. Entregamos a transparência em dados econômicos, que também é muito importante. E qual a importância de ter esses indicadores reunidos numa só plataforma que pode ser acessada pelo público em geral? A importância é essencial. Antes do Observatório, os dados federais, estaduais e municipais eram descentralizados. Como a pauta econômica é muito transversal, tudo importa e precisamos ter inteligência da leitura desses dados. Para se ter uma expectativa econômica da cidade para o Carnaval, por exemplo, era preciso coletar dados de anos anteriores, entender como tinham se comportado e fazer o cruzamento. Entretanto, às vezes, o resultado não representava a realidade por terem sido coletados dados de forma equivocada. Então, foi preciso automatizar. Quando começamos a fazer isso, entendi que precisávamos disponibilizar para o público, como os empresários, porque quem gera emprego e renda é o setor privado que, para fazer qualquer investimento, precisa de segurança para tomar decisões assertivas. Aos disponibilizarmos os dados, de forma clara e transparente, ajudamos em decisões, como trazer um investimento ou um plano de construção para a cidade. No ambiente público do Conecta Recife, outras instituições e entidades também podem acessar. Por exemplo, é importante para instituições de contabilidade que podem ver a quantidade, o tempo e o porte de empresas que estão sendo abertas no Recife. Com esse entendimento, abrimos o Observatório para todos, mas não estamos falando de uma política pública de acessibilidade para as pessoas em geral e, sim, de informações bem efetivas para os negócios. Lançamos em julho de 2024 e já temos mais de seis mil acessos. São acessos robustos, muitos deles, de pessoas em busca de informações adequadas para seus negócios, que estão olhando o Recife como um mercado atrativo na área econômica. Recebemos várias pessoas de universidades econômicas, tivemos acessos da TGI, da Amcham, e percebemos que as empresas de consultoria também precisavam desse ambiente para coletar esses dados que, em sua maioria, estavam decentralizados, cada site entregando de uma forma, muitas vezes em planilhas ininteligíveis ou relatórios de 100 páginas. E nós trazemos isso de forma direta na palma da mão do empreendedor pelo Conecta Recife. Estamos trabalhando, inclusive, a usabilidade desses dados. Então, atingimos desde o cidadão até a academia. Como foi concebida essa iniciativa? O Observatório nasceu de um domínio de gestão pública a fim de olhar o Recife economicamente. Surgiu de uma “dor” minha, da necessidade de acompanhar se as promessas de empregabilidade dos empresários que recebíamos aqui estavam sendo cumpridas. Como eu acompanharia essa empregabilidade? Como saberia quais são os maiores setores? Eu até poderia consultar o faturamento empresarial, mas não era possível identificar outras atividades econômicas do Recife que talvez precisassem de políticas públicas. Também é preciso acompanhar o PIB per capita, o IPCA, a taxa Selic, o nosso ranking de competitividade, o consumo, o que está pesando na balança comercial, checar a movimentação de portos e aeroportos em um evento ou momento específico do ano. Então, a ideia começou a partir de uma demanda da secretaria a fim de averiguar a necessidade de gestão de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento econômico. Para criar isso de forma automatizada, fechamos uma parceria com a Faculdade Senac, em que os desenvolvedores foram os alunos da instituição. Participamos das aulas explicando o que os estudantes precisavam trazer como soluções e, ao final do curso, foram criados vários observatórios como trabalho de TCC. Nesse processo, nasceram duas startups, e uma foi contratada como servidor nosso. Então, quando o Observatório chegou, demos outra roupagem com mais características. Nós higienizamos alguns dados (atualizar e corrigir informações) para trazer de forma mais específica o que estamos querendo enquanto secretaria. Assim, o empreendedor também consegue fazer várias junções, dependendo da área de atuação que necessita consultar. São dados entregues com robustez. E como

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O pólo turístico do Sertão Pajeú: uma proposta viva

*Por Geraldo Eugênio (Foto: Rafael Dantas) Os municípios de Serra Talhada, São José do Belmonte, Santa Cruz da Baixa Verde, Triunfo, em Pernambuco e Princesa Isabel, na Paraíba, contam com todos os atributos para se tornar um polo regional de turismo, seja de ponto de vista paisagístico, histórico, culinário, turístico, educativo e de saúde. PERSONAGENS MARCANTES Em se falando de história não há como não considerar o mais importante personagem do cangaço, Virgulino Ferreira da Silva, conhecido como Lampião, nascido em Serra Talhada em 1987. O cangaço foi um movimento social, político e cultural que teve seu apogeu entre os anos 20 e 40 do século passado. Caracterizou-se pelo terror causado por seus bandos resultando em saques, mortes, estupros, agressões. Tais grupos eram formados à margem da sociedade, por motivos pessoais, familiares, crimes contra a honra, assassinatos, questões fundiárias, roubo de gado e outros motivos que faziam parte da sociedade local. A população sofrida e sem contato com os governos estava dividida entre os que acobertavam os crimes cometidos pela polícia e os “coiteiros” dos cangaceiros. Uma guerra surda que se estendia por grande parte do território nordestino consumindo recursos, vidas e a paz. A questão é que este Billy the Kid sertanejo se tornou em misto de justiceiro e bandido, alguns o vendo como um vingador e outros que o consideravam um simples meliante que cultuava a violência pela violência. Nesta região, o segundo ator a ser lembrado é o Coronel José Pereira Lima, de Princesa do Agreste, município paraibano contíguo a Triunfo que se tornou reconhecido por liderar a Revolta de Princesa, em 1930, contra o governo local e federal. Uma figura controversa, líder absoluto da região, eleito deputado estadual pela Paraíba por quatro mandatos. Dentre os aspectos mais interessantes e pouco elucidado em sua vida é a relação ambígua que exercia com o cangaço. Quando conveniente, dava proteção ao grupo ou os rejeitava. Foi um administrador meritoso e produtivo, havendo investido em várias obras públicas na região. Marcou época e seu nome está definitivamente ligado ao coronelismo que exerceu forte influência na região na primeira metade do século passado em todo Nordeste. O terceiro personagem é o escritor Ariano Suassuna. Paraibano com raízes culturais e efetivas em Pernambuco, local que adotou e foi adotado. Ariano deu vida a São José do Belmonte com seu romance O Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, uma saga que não é apenas um livro, mas um manifesto à identidade nacional. A obra mescla, em sua narrativa, um megalomaníaco que se diz rei, um local de sacrifício e a espera eterna pelo retorno de D. Sebastião, o jovem monarca português que ao morrer em uma batalha no Marrocos, em 1578, e que por séculos cultivou o sentimento de redenção e da volta do messias em Portugal e no Brasil. Este rochedo, a Pedra do Reino está localizada nesse município, que também é um dos mais importantes centros de produção de energia fotovoltaica em todo o País. INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA Não dá para se falar em turismo sem levar em conta o fator logístico. O turista para chegar a este reino encantado terá que viajar do Recife a Serra Talhada pela rodovia BR-232, cujo estado de conservação deixa a desejar. Além disso, um projeto de duplicação dessa espinha dorsal de Pernambuco foi negligenciado por mais de 20 anos, desde que, no segundo mandato de Jarbas Vasconcelos como govenador, essa via foi duplicada entre o Recife e o município de São Caetano, com uma extensão de 147 quilômetros. Atualmente o percurso Recife- -Serra Talhada, de 410 km é realizado ao redor de seis horas, o que poderia ser um tempo bem mais curto, contando-se com uma estrada apta a um tráfego sem interrupções e engarrafamentos. Como alternativa, há um fato importante e positivo, o aeroporto municipal de Serra Talhada. A cidade conta com voos diários para o Recife, à exceção dos dias em que o voo é cancelado sem aviso prévio. O que há de novo é a conclusão das obras de alongamento da pista, cercas e estacionamento, o que permitirá o uso de aeronaves com maior capacidade de transporte. Chegando-se em Serra Talhada, as distâncias são mínimas para esse percurso turístico. Até Princesa Isabel, 55 quilômetros; Triunfo, 31 quilômetros; Santa Cruz da Baixa Verde, 29 quilômetros, ao norte; e São José do Belmonte, 66 quilômetros, a oeste. A região conta com uma infraestrutura de hospedagem consolidada, particularmente devido ao fato de Triunfo, por sua história, clima e cenários, se constituir em uma atração por si só. Serra Talhada, em sendo um polo de desenvolvimento regional, tem uma rede hoteleira com aproximadamente dois mil leitos. Logo, a região oferece as condições básicas para passar a ter no turismo uma opção econômica real. HOSPITALIDADE E CULINÁRIA Há uma característica ímpar por parte do sertanejo, seu caráter cordial e hospitaleiro, algo que todo turista quer e se sente recompensado. Sem falar na culinária típica que envolve a galinha de capoeira, o arroz vermelho, o bode assado, o angu, o manguzá salgado, o cuscuz, a carne de sol, a rapadura, o mel, os queijos de coalho e manteiga artesanais, o caldo de mocotó e uma tilápia frita especial. COM TUDO ISTO, O QUE FALTA? As lideranças locais devem avaliar o ativo com que contam. Lampião, por exemplo, com Padre Cícero, Luiz Gonzaga e Antônio Conselheiro fazem o universo das figuras mais cults no Sertão. Mas, por incrível que pareça, não tem sido objeto de ação turística, a exemplo do que ocorre com seu nome em todo o Nordeste e em especial no Estado de Sergipe, onde foi morto na Grota de Angicos e em Alagoas, onde ele passou boa parte de seu tempo de cangaço nas barrancas do São Francisco. *Geraldo Eugenio é professor titular da UFRPE-UAST (Universidade Federal Rural de Pernambuco – Unidade Acadêmica de Serra Talhada).

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Pernambuco lança consulta pública para concessão dos serviços de água e esgoto

O Governo de Pernambuco, em parceria com municípios e iniciativa privada, iniciou uma consulta pública para impulsionar a concessão dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, conforme o Marco Legal do Saneamento Básico. O projeto prevê um investimento de R$ 18,90 bilhões até 2033, contemplando a atuação da Compesa na captação e tratamento de água e a concessão dos serviços de distribuição e esgotamento sanitário para concessionárias regionais. A iniciativa integra o programa Águas de Pernambuco, que já conta com R$ 6,10 bilhões em investimentos. As contribuições podem ser feitas por e-mail ou durante audiências públicas, com deliberação final prevista para fevereiro de 2025. AEmbora tenha a nobre meta de resolver a insegurança hídrica e ampliar a cobertura de saneamento básico no estado, a proposta foi elaborada com apoio técnico do BNDES deve ter fortes resistências dos técnicos de setor de engenharia no Estado. O CREA-PE já realizou um evento sobre a pauta, com referências nacionais do setor, apontando uma série de efeitos negativos dos processos mais amplos de concessão desses serviços. Até mesmo a experiência internacional tem apontado a remunicipalização do abastecimento devido à imensa dificuldade das empresas privadas de cumprirem as metas assinadas no processo de concessão. O evento, realizado pelo CREA-PE em agosto deste ano está disponível no canal do YouTube da instituição. A Algomais também publicou uma reportagem de capa sobre essa discussão, ouvindo os técnicos do setor. A matéria pode ser conferida no nosso site: O desafio para ofertar água e tratamento de esgoto em Pernambuco

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Porto de Suape registra crescimento de 5,2% na movimentação de cargas

Aumento destaca a importância estratégica do complexo para o comércio nacional e internacional O Porto de Suape alcançou um crescimento de 5,2% na movimentação de cargas entre janeiro e outubro deste ano, somando 20.985.821 toneladas em comparação ao mesmo período de 2023. O destaque vai para agosto, com 2.670.132 toneladas, e para o aumento de 10% no número de atracações, totalizando 1.381 embarcações. Esses resultados consolidam Suape como o sexto porto público mais movimentado do Brasil. “Os números são bastante positivos e reafirmam a importância do Porto de Suape como um dos principais e mais movimentados terminais portuários do país. Mas estamos mirando mais alto”, afirmou Guilherme Cavalcanti, secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco. As operações com carga conteinerizada lideraram o crescimento, registrando alta de 23%, com 528.258 TEUs movimentados. O incremento foi impulsionado pela inclusão de Suape na rota internacional Singapura-Nordeste brasileiro, que conecta complexos portuários na Ásia, Caribe e outros atracadouros regionais. “Suape se posiciona como porta de entrada de contêineres de longo curso na região, trazendo mais competitividade para os exportadores e importadores”, destacou Marcio Guiot, diretor-presidente da estatal portuária. Além do desempenho em contêineres, o segmento de carga geral solta avançou 13,9%, alcançando 492.208 toneladas. Produtos como veículos, chapas de aço e peças industriais lideraram o aumento. Já os granéis líquidos, como petróleo e derivados, mantiveram estabilidade, representando 65,4% do volume total de carga movimentada. O porto pernambucano também se mantém como líder nacional no transporte de cabotagem e na movimentação de contêineres no Nordeste.

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Pobreza e extrema pobreza atingem menor nível no Brasil desde 2012

Avanços no mercado de trabalho e programas sociais impulsionam a redução, aponta IBGE A pobreza e a extrema pobreza no Brasil atingiram, em 2023, os menores índices registrados pela Síntese de Indicadores Sociais do IBGE desde 2012. O número de brasileiros vivendo na extrema pobreza caiu para 9,5 milhões, o equivalente a 4,4% da população, enquanto 58,9 milhões enfrentavam condições de pobreza, representando 27,4%. Esses avanços foram impulsionados pela recuperação do mercado de trabalho e pela ampliação de benefícios sociais, como o Bolsa Família, que aumentou os valores médios pagos aos beneficiários. No Nordeste, no entanto, os índices permanecem alarmantes: 9,1% da população vive na extrema pobreza, mais que o dobro da média nacional. Já no Sul, a situação é menos grave, com apenas 1,7% nesse patamar. Segundo o pesquisador do IBGE Bruno Mandelli Perez, o impacto dos programas sociais é particularmente importante na extrema pobreza. “Tanto o mercado de trabalho quanto benefícios de programas sociais são importantes para explicar a redução na pobreza, mas o mercado de trabalho é mais importante no caso da pobreza; e os benefícios de programas sociais, na extrema pobreza.” A pesquisa também aponta disparidades entre diferentes grupos da população. Mulheres, negros e jovens enfrentam as maiores taxas de pobreza e extrema pobreza. Entre os jovens até 15 anos, quase metade (44,8%) vive em pobreza monetária. Apesar dos avanços, simulações do IBGE indicam que, sem os programas de transferência de renda, a extrema pobreza subiria para 11,2%, e a pobreza alcançaria 32,4%.

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