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Congresso aprova Orçamento com salário mínimo de R$1.320 para 2023

(Agência Brasil) Um dia após a promulgação da chamada Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que abriu espaço no Orçamento para despesas por meio da alteração da regra do teto de gastos, foi aprovado nesta quinta-feira (22) na Comissão Mista de Orçamento, e em seguida no plenário do Congresso Nacional, o relatório do senador Marcelo Castro (MDB-PI) à proposta orçamentária para 2023. Entre outros pontos, o texto garante a viabilidade de promessas feitas na campanha pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva como o pagamento de R$ 600 do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família, em 2023, além do adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos. O salário mínimo em 2023 também vai ser um pouco maior a partir de 1º de janeiro, R$ 1.320. A proposta do governo Bolsonaro previa R$ 1.302. Com a revisão dos números a partir a promulgação da Emenda Constitucional da Transição, o espaço fiscal foi ampliado para R$ 169,1 bilhões. O teto de gastos da União passou de R$ 1,8 trilhões para R$ 1,95 trilhões. Além disso, o valor que será destinado para manutenção e desenvolvimento do ensino, passou de R$ 119,8 bilhões para R$ 130,6 bilhões. O montante mínimo em 2023 é de R$ 67,3 bilhões. O substitutivo de Castro aprovado hoje prevê a aplicação de R$ 173,1 bilhões para ações e serviços públicos de saúde. O montante é maior que o valor mínimo exigido a ser aplicado na área, R$ 149,9 bilhões. A peça orçamentária também manteve a estimativa de déficit primário de R$ 231,5 bilhões. O acréscimo de R$ 63,7 bilhões, em relação à proposta enviada pelo Executivo, é reflexo da ampliação do teto de gastos de R$ 145 bilhões e pelo espaço fiscal adicional de R$ 23 bilhões gerado pela exclusão desse teto de despesas com investimentos. Orçamento secreto Após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir pela inconstitucionalidade das emendas de relator (RP9), conhecidas como orçamento secreto, em uma complementação de voto, Castro redistribuiu os R$ 19,4 bilhões em emendas de relator previstas para o próximo ano: serão R$ 9,6 bilhões para emendas individuais e R$ 9,8 bilhões sob controle do governo federal, para execução dos ministérios.

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Desequilíbrio do mercado de trabalho exige ações inteligentes, tecnológicas e rápidas

Na última década, o desemprego tem sido um dos grandes problemas do Brasil. Os índices em patamares altos ainda foram agravados pela pandemia. Apenas o crescimento da economia não tem sido suficiente para a geração dos postos necessários, como ocorria no passado. Mas também não basta promover qualificação sem levar em conta o desequilíbrio entre demanda e oferta, assim como, as novas potencialidades do futuro. Um bom exemplo está acontecendo nas áreas de tecnologia e logística. Os serviços de tecnologia crescem em ritmo acelerado em virtude da rápida digitalização e da maior abrangência do acesso à internet no Brasil. No mercado de logística, o volume de entregas aumenta por causa do incremento das vendas do comércio eletrônico, que foi acelerado nos anos de pandemia. Mesmo assim, está havendo escassez de trabalhadores. Programadores e entregadores estão em falta. Por outro lado, o desemprego de jovens entre 18 e 24 anos atinge 19,3%, o dobro da média geral de 9,3%, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) do segundo trimestre de 2022. O desemprego é alto também entre porteiros, que têm sido afetados pela rápida adoção dos sistemas eletrônicos de acesso em prédios comerciais e residenciais nos últimos anos. Em um mercado de trabalho equilibrado, seria natural a migração de porteiros para a atividade de entregador e a absorção de jovens como programadores. Mas não é isso que estamos vendo. Muitos jovens estão fazendo entregas e a grande maioria dos porteiros têm sido “empurrados" para a informalidade, já que não possuem qualificação para atividades mais complexas. O quadro fica ainda pior se levarmos em conta que muitos dos jovens têm aproximadamente 12 anos de estudo formal. Um desperdício de recursos públicos, que deveriam promover transformação social e crescimento econômico ao mesmo tempo. Essa é apenas uma constatação. O desequilíbrio pode se tornar ainda maior pois o sistema educacional atual não forma profissionais para as demandas do futuro. Um exemplo é o segmento da saúde. Por causa do envelhecimento da população, que na década de 2030 começará a ter mais idosos do que jovens, haverá grande necessidade de profissionais como médicos, enfermeiros e psicólogos. Mas a oferta desses cursos é pequena, o acesso é difícil e o valor das mensalidades é alto. Outra área ligada ao envelhecimento que necessitará de muitos profissionais no futuro é o mercado do bem-estar. Isso porque a população idosa vai precisar de uma oferta maior de serviços ligados à qualidade de vida, tais como alimentação saudável, atividades físicas, atividades de lazer e tratamentos de beleza. Haverá, portanto, aumento de demanda por profissionais como nutricionistas, educadores físicos, terapeutas ocupacionais e esteticistas. Se formos esperar que os desequilíbrios sejam resolvidos pelas “leis de mercado”, veremos mais pessoas precisando de trabalho e empresas precisando de trabalhadores. Um contrassenso que tende a aumentar se não houver políticas públicas inteligentes. Não só para o problema atual, como dos programadores e porteiros, como também para o problema do futuro — como dos médicos e psicólogos, dos nutricionistas e educadores físicos. Caso contrário, um cenário de desemprego sistêmico se avizinha. Um caminho para essa questão é a criação de um sistema público de monitoramento permanente do mercado de trabalho, que ajude a identificar tendências para antecipar as ações de planejamento. O sistema pode ser alimentado com dados de uma pesquisa com recortes por regiões realizada a cada dois anos, por exemplo. E, dessa forma, orientar e estimular, em parceria com empresas e sistema educacional, a formação de trabalhadores e empreendedores alinhados com o que vem pela frente. Como estamos vendo, o mercado de trabalho do futuro é complexo. Diferente de outros momentos da história, como na revolução industrial que durou 100 anos e passou por várias fases em regiões diferentes, não haverá tempo hábil para soluções naturais. Dessa vez, vamos lidar com novos fatores — como inteligência artificial, robôs, máquinas e grande poder computacional — que eliminam postos de trabalho muito rapidamente. Por isso, é preciso pensar de forma rápida e diferente, unindo inteligência e tecnologia. Até porque os problemas do futuro não serão resolvidos com ferramentas do passado.

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Julián Gómez: "São necessários governos sucessivos e sintonizados. Governos que escutem as pessoas"

Julián Gómez, Subgerente de projeto e inovação da Empresa de Desenvolvimento Urbano, de Medellín, conta como inovações urbanísticas e a participação popular reduziram a violência na cidade colombiana e a levaram a ser considerada a mais inovadora do mundo. Também mostra como o Recife pode aprender com essa experiência. O arquiteto colombiano Julián Gómez foi um dos palestrantes internacionais presentes na edição 2022 do Rec’n’Play. Subgerente de projeto e inovação da EDU (Empresa de Desenvolvimento Urbano), de Medellín, ele compartilhou a experiência da cidade que superou os maiores índices de violência urbana do mundo do início dos anos 1990 e se transformou na cidade mais inovadora do planeta, de acordo com o concurso City Of The Year, realizado em 2013 pelo Wall Street Journal em parceria com o Citigroup. A conexão mais direta entre a cidade colombiana e o Recife passa pelos Compaz (Centros Comunitários da Paz), que são dirigidos pelo secretário de Segurança Cidadã do Recife, Murilo Cavalcanti, inspirados na experiência de Medellín. Julián conversou com o repórter Rafael Dantas sobre a sustentabilidade da transformação urbana e social de Medellín, destacou a importância da participação popular na construção das soluções mais exitosas e comentou sobre a ascensão de governos progressistas no Brasil e na Colômbia. Como a experiência de transformação urbana de Medellín pode contribuir para as cidades latino-americanas? A experiência de Medellín significa um pouco do nosso método e de como aconteceram transformações urbanas exitosas nos últimos 20 anos. Medellín é mencionada como a cidade mais inovadora do mundo. Somos inovadores porque estamos convertendo tudo em ciência, tecnologia e inovação. Algumas das nossas experiências importantes permitem que o Recife e outras cidades latino-americanas possam ver como o trabalho nas “cidades informais” nos permitiu transformar sucessivamente, governo após governo, em uma cidade exitosa em termos de renovação urbana e mudança social. Depois de um longo tempo de violência na Colômbia, finalmente nos tornamos uma cidade resiliente, que pode encontrar metodologias no urbanismo, na arquitetura e no planejamento para sanar esse problema e nos transformar como cidade. Traçamos também novas perspectivas para o futuro, com a tecnologia nos apoiando. É o desenvolvimento urbano e a transformação social baseados em ferramentas tecnológicas da 4ª Revolução Industrial. É parte dessa experiência de Medellín que queremos deixar como desafios, com elementos válidos para aplicar em outras cidades. O que podemos trazer para o Recife dessa experiência? Há muitos elementos que podemos implementar. Mas o mais importante não é aplicar a nossa experiência no Recife. Mas inspirar-se em elementos dela como o trabalho colaborativo com as comunidades, com pessoas que fazem a cidade. E, afinal, são as pessoas que usam os projetos. Então essa é a garantia que esses projetos fazem parte das pessoas. Sempre pensamos também nas cidades integrais, construímos cidades que conectam cada projeto. Temos muitas tipologias de projetos como os bibliotecas parque (edifícios com ousados projetos arquitetônicos, que são locais de acesso à leitura, à educação e amplos espaços abertos para a circulação dos visitantes e constituem importantes áreas de convivência), os colégios de qualidade, os jardins infantis, as estações de polícia, as unidades esportivas. Somos um laboratório para testar e nos equivocarmos. Experimentar o que é bom e não é. Isso é parte da inovação da cidade. O que seriam as cidades integrais? Falamos em transformações que integram todos os elementos da sociedade de maneira sustentável. Sempre temos que estar pensando em conectar o colégio, o Compaz, a igreja. Assim, conectamos a comunidade. Uma série sucessiva e organizada de boas práticas. É preciso planejar para não improvisar. Estamos falando de 20, 25, 50 anos, porque os tempos do urbanismo são muito mais estendidos. Não é o tempo de uma pessoa ou os quatro anos de uma gestão política. São necessários governos sucessivos e sintonizados, que escutem as pessoas, entendam que sucessivamente podemos continuar e que os planos que se desenvolvem tenham continuidade, para que possamos nos conectar às crianças, que são as beneficiadas e vão receber aquilo que hoje planejamentos, entre muitas outras coisas. Estamos falando de uma perspectiva urbana, que nos permite ligar todos os atores estratégicos do território, mas sempre com a consciência de que cada um tem um papel no futuro para desenvolver. Nas políticas do espaço do entorno, mas sobretudo na comunidade. O povo sempre está conosco no desenvolvimento desde antes, durante e depois no projeto. O depois é muito importante pois podemos construir edifícios muito bonitos, espaços públicos exitosos, mas só são exitosos se as pessoas os querem, os protegem e se sentem parte deles. Como tem sido a experiência de um uso mais intensivo de tecnologia no planejamento urbano? Agora estamos aproveitando os dados da cidade, os modelos tridimensionais, os gêmeos digitais do território. Também tratamos do metaverso, com contribuições práticas ao urbanismo. É a digitalização da construção aplicada ao desenvolvimento urbano. Qual sua opinião sobre o Compaz? Compaz encontra, graças a uma equipe de profissionais, uma inspiração importante e de diferentes projetos de Medellín. Para nós, Medellín é um laboratório latino-americano de urbanismo. Quando o Recife viu em Medellín alguns exemplos concretos, encontrou inspiração para construir o modelo do Compaz. Por sua vez, nós também nos inspiramos no Brasil por muitos anos, em experiências de Curitiba e do Rio de Janeiro, no desenvolvimento do urbanismo nas favelas, no final dos anos 1990 e início dos 2000. Isso é uma retroalimentação. Os Compaz são uma inspiração que vem de Medellín, dos nossos equipamentos públicos, de cultura, de saúde, de esportes e recreação, de arte. A rede Compaz faz uma espécie de sincretismo, uma união poderosa de boas práticas de Medellín que aqui foram simplificadas e melhoradas. É um equipamento público, que tem uma capacidade transformadora, um detonante, como uma bomba de transformação para conectar a sociedade, as crianças, os avós, as mães. São pessoas que vão estar ali se formando, em vez de empunhar uma arma na rua. Esse é o poder de transformação do urbanismo e da arquitetura, que finalmente é de muito amor. Leia a entrevista completa na edição 201.3 da

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Litoral sul atrai novos empreendimentos e tem forte expectativa no crescimento do turismo

*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais Sol, mar, passeios e muitos negócios no horizonte do setor de turismo do Litoral Sul pernambucano em 2023. Porto de Galinhas, que é a joia do coroa da região, comemora este ano a elevação do faturamento entre 15% e 20% comparado ao ano passado. Outros municípios, como Sirinhaém e Tamandaré, ganham protagonismo com a chegada de grandes investimentos hoteleiros e de lazer. Além disso, o fortalecimento da integração do trade turístico, conectando essas cidades, e a recomposição da malha aérea internacional são alguns dos trunfos para atrair mais visitantes brasileiros e estrangeiros. Leia a reportagem de capa na edição 201.3 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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Amor, ordem e progresso (por Francisco Cunha)

A uguste Comte (Montpellier, 1798 – Paris, 1857) foi um filósofo francês que criou o Positivismo, a filosofia que influenciou os republicanos que proclamaram a República no Brasil em 1889. A influência foi tanta que lançaram mão da frase de Comte para escrever a faixa da bandeira brasileira: “O amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim”. Tudo bem, mas por que esqueceram o amor? Por que acharam que essa seria uma questão menor? Que apenas a ordem e o progresso dariam conta dos enormes desafios que se colocavam então, e continuam se colocando hoje, para esse país tão grande quanto injusto? Acredito que se pensavam assim, estavam tremendamente enganados. Que o diga Carlos Drummond de Andrade: Pois de amorandamos todos precisados,em dose tal que nos alegre,nos reumanize, nos corrija,nos dê paciência e esperança,força, capacidade de entender,perdoar, ir em frente. E olhem que Drummond nos deixou em 1987. Se tivesse vivenciado os perrengues dos últimos anos, com certeza teria sido mais enfático ainda. Por uma razão muito simples: como pode um país ir para a frente, como precisamos, rachado ao meio? Com uma parte considerável de um dos lados odiando o outro e vice-versa? E, no momento atual, sem nem a possibilidade de ganhar a Copa do Mundo para ajudar a distensionar, a coisa tende a seguir pressionada por uma infinidade de equívocos… Diante disto, minha proposta objetiva é a seguinte: (1) colocar o amor na faixa da bandeira; (2) desarmar os espíritos para podermos seguir em frente e colocar nos trilhos um país com enormes dificuldades de desenvolvimento e de sustentabilidade ambiental, social e fiscal. Com 33 milhões de pessoas, segundo as estatísticas oficiais, em extrema insegurança alimentar, vale dizer, passando fome, muitas delas em situação de rua, empurradas pela pandemia que deixou um rastro de 700 mil mortes e milhões de sequelados. Em relação a essa questão crítica do desarmamento dos espíritos, um parêntese: a escolha de José Múcio Monteiro para ministro da Defesa foi um gol de placa do presidente eleito. Um especialista em desarmamento dos espíritos para tratar de um dos problemas mais sérios da atualidade: o envolvimento dos militares na política. Pois bem, vamos lá! Amor na faixa e desarmamento dos espíritos para podermos seguir em frente. E não há momento mais propício para isto do que o final do ano. Até 2023!

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5 fotos das Praças de Burle Marx no Recife Antigamente

No dia do Arquiteto e Urbanista, a coluna Pernambuco Antigamente faz um resgate de 5 imagens de praças desenhadas por Roberto Burle no Recife. Ele foi o responsável por vários jardins da capital pernambucana na década de 1930. Abaixo uma seleção de fotos da Villa Digital da Fundaj e do artigo científico Burle Marx nas praças do Recife (da Ana Cláudia Pessoa e Ana Rita Sá Carneiro) na Revista Vitruvius. Confira as fotos abaixo: Praça de Casa Forte Praça Benfica / Praça Euclides da Cunha Praça do Derby Jardim do Campo das Princesas, na Praça da República Praça Salgado Filho (Praça do Aeroporto) *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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"Quero ressaltar a importância de retomar o olhar do território metropolitano como um todo".

Ao longo da série Desafios do Desenvolvimento de Pernambuco, os dados e as percepções da Condepe/Fidem (Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco) contribuíram para apontar algumas das macrotendências que deveriam nortear as políticas públicas dos próximos anos no Estado. O repórter Rafael Dantas conversou com a presidente da agência, Sheilla Pincovsky, sobre as prioridades de infraestrutura a serem encaradas pelo Governo do Estado, a importância da interiorização das universidades e a urgência de solucionar as dificuldades da população social e economicamente vulnerável. Uma questão, porém, recebeu especial destaque de Sheilla: a necessidade de implantar uma gestão da Região Metropolitana do Recife, que permitiria resolver de forma abrangente problemas como moradia, mobilidade, saúde, entre outros. Quais os principais desafios ao desenvolvimento do Estado de Pernambuco? Temos alguns desafios que eu diria que são estruturais. Demandam grandes investimentos e que não acontecem numa única gestão. Um deles, que a gente vem falando desde que eu me entendo por gente, é a Transnordestina. Ela já mudou de nome e ainda não se concretizou. Mas planejamento é assim mesmo, a gente defende, vai amadurecendo até que se concretize. O Estado abraçou essa causa da Transertaneja e ela será um importante pilar do desenvolvimento, ao lado da melhoria das estradas e rodovias, nas quais não podemos parar de investir. Temos um déficit muito grande dessa infraestrutura logística, que não é restrito às áreas mais isoladas do Estado. A manutenção dessas estradas, a duplicação em alguns trechos e triplicação em outros são fundamentais para consolidar o processo de interiorização do desenvolvimento. Isso vem avançando desde a década de 1990, mas precisa ser intensificado. Há algum outro destaque de infraestrutura? Ainda na questão viária, há grandes projetos que precisam ser enfrentados e concluídos. Um desses é o Arco Metropolitano. Essa iniciativa, apesar de abranger toda a região metropolitana, será um ativo útil para potencializar a economia de Pernambuco. Tivemos um grande avanço para conectar o Estado com os aeródromos. O que era um desafio passou a ser um ativo importante, com a chegada dessa malha aérea em Caruaru, Serra Talhada, Garanhuns e Araripina. Além de já termos o Aeroporto de Petrolina. É uma malha muito interessante que leva a um processo estruturante e permanente do desenvolvimento do interior. Temos visto também o surgimento de polos regionais educacionais e médicos no interior, como em Serra Talhada. São investimentos importantes para a manutenção da população local, evitando a migração para grandes cidades. Também são projetos que vêm lá da década de 1990 e foram parados. Mas se tornaram políticas de estado que vem perpassando vários governos. Toda política econômica desenvolvimentista deve ser uma política de estado e não de governo. Isso tem sido muito bom para Pernambuco. Como essas novas estruturas logísticas fomentam o desenvolvimento no Sertão e no Agreste? Essa infraestrutura vai facilitar muito o escoamento da produção e o deslocamento das pessoas. Isso é o que vai levar a uma maior facilidade, por exemplo, de escoamento da fruticultura do São Francisco. Uma estrada de ferro, como a Transertaneja, potencializa muito o Porto de Suape como centro de produção e de distribuição. Mas é ao mesmo tempo o caminho para integrar a produção do interior com o resto do mundo. É o grande meio para levar os nossos produtos para o mercado externo, diminuindo muito o custo logístico e o tempo, inclusive. E na via contrária, a via férrea contribui para levar os produtos e insumos para o interior. Estamos frente também a um conjunto de tendências irreversíveis, que são mais abrangentes que Pernambuco e que a gente não pode perder de vista. A Agência Condepe-Fidem tem uma longa história de planejamento junto à Região Metropolitana do Recife, na época em que era ainda apenas Fidem. Quais os principais desafios para que essa complexa metrópole se desenvolva? O plano de desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana do Recife (PDUI-RMR) dá toda orientação das diretrizes, em que analisa a realidade, as carências e as potencialidades de cada município. O que eu queria ressaltar aqui é a importância de se retomar o olhar sobre a região do ponto de vista do território metropolitano, como um todo, sem se preocupar tanto com os limites dos municípios. Ou melhor, os limites têm que ser considerados, mas é preciso haver aquela solidariedade territorial. A gente não pode imaginar um Recife sem pensar em Jaboatão, sem pensar em Camaragibe, sem pensar em Olinda. Não se pode pensar numa Itapissuma sem pensar em Igarassu, sem pensar em Araçoiaba, sem pensar em Itamaracá. A gente não pode pensar em Suape sem pensar nos municípios do Cabo e Ipojuca ou até em municípios da Mata Sul. Não se pode deixar de pensar nos municípios como um todo, de forma solidária entre eles. Leia a entrevista completa na edição 201.2 da Algomais: assine.algomais.com

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Estímulo para pedalar: cresce o número de ciclistas e infraestrutura cicloviária

*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais Há quatro anos fiz um percurso de 5 km de bicicleta no Recife, entre os bairros de São José e do Espinheiro, para uma reportagem sobre esse modal que reclamava por mais espaço na cidade. Apesar de o sistema Bike PE já estar em funcionamento, não passei por um metro de ciclovia em 2018 no meu trajeto. Hoje, quase todo o percurso já é feito com apoio dessa infraestrutura cicloviária e com muito mais ciclistas nas ruas. A vida de quem se desloca com as magrelas na capital não está resolvida ainda e as organizações que fomentam o modal alertam para muitas demandas a serem atendidas. No entanto, o marco de construir 170 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas trouxe uma mudança na paisagem e na rotina da cidade. Clériston Bayer, funcionário público, 37 anos, mora no Espinheiro e trabalha no Centro da cidade. Já usava bicicleta tempos atrás, quando ainda vivia no bairro do Cordeiro. Mas, há um ano, passou a usar a bike como principal modal de transporte. “O trânsito me levou a adotar a bicicleta como meio de transporte. O aumento da gasolina foi um incentivo também, mas no horário em que trabalho sempre havia engarrafamento. Hoje o uso do carro é uma exceção”. Segundo o ciclista, o tempo de deslocamento dos 4,5 km em cada trajeto de carro e do sistema de bicicletas compartilhadas do Bike PE é quase o mesmo. “Nesse período mudou muito a cidade, com muito mais ciclofaixas que antes. Elas dão mais segurança para transitar com as bicicletas. Para melhorar, precisamos de mais segurança no trânsito. Muitos motoristas não respeitam os ciclistas. Inúmeras vezes evitei acidentes”, afirmou Clériston. A segurança pública é outro fator que incomoda o ciclista. Ele foi assaltado há dois anos, quando usava as bikes com menos frequência e pegava no trabalho por volta das 5h. Desde então, quando levaram sua bicicleta e sua bolsa, ele passou a evitar os horários em que a cidade está muito vazia ou locais mais escuros. “Foi traumatizante. Hoje dificilmente uso bike antes das 6h e após às 18h. Se eu tiver de trabalhar até mais tarde, não arrisco mais, uso um Uber para voltar para casa”. Aos 61 anos, Clóvis Aroucha segue das Graças até Casa Amarela para o trabalho. O percurso executado entre 15 e 20 minutos é a melhor opção para driblar os congestionamentos. Ele é um dos privilegiados da cidade, por ter 80% de todo o seu trajeto com disponibilidade de ciclofaixa. Mas nem sempre foi assim. Ele conta ainda que até o ano passado trabalhava no bairro da Estância, que fica na periferia da Zona Oeste da cidade, uma região periférica que não era contemplada com a infraestrutura . “Saio quase que diariamente de bike. Ando de bicicleta há mais de 20 anos, faço parte de grupos noturnos, que circulam pela cidade, e de grupos que organizam passeios também. Tenho experiência como ciclista e pedalo na cidade bem antes de ter as ciclofaixas. Elas são positivas, mas tenho críticas. A maior é relativa à fiscalização. Todo dia que vou, eu paro no meio da ciclofaixa para tirar motoqueiros. Qualquer um invade a faixa. Não existe fiscalização, nem educação”, reclama o ciclista. *Leia a reportagem completa na edição 201.2 da Algomais: assine.algomais.com

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Marco fiscal e reforma tributária serão prioridades, diz Haddad

(Da Agência Brasil) A discussão sobre o novo marco fiscal, a reforma tributária e a revitalização do acordo entre o Mercosul e a União Europeia serão prioridades da equipe econômica no primeiro ano de governo, disse o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Pouco após ser confirmado ao cargo, ele concedeu uma rápida entrevista aos jornalistas. O ministro disse ter em mente alguns nomes para a equipe econômica, mas que só começará a fazer os convites agora, após ter sido confirmado ao cargo. Sobre a preparação para assumir o Ministério da Fazenda, Haddad informou que a Prefeitura de São Paulo ganhou grau de investimento (selo de bom pagador) durante sua gestão. “É só olhar o histórico e ver que a Prefeitura de São Paulo recebeu investment grade [grau de investimento], pela primeira vez, durante minha gestão. Quem não olha o histórico cai em fake news", disse Haddad, antes de deixar o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Em relação à discussão sobre o novo marco fiscal, o futuro ministro disse que o novo governo está obrigado a definir um substituto para a regra do teto de gastos após a aprovação, pelo Senado, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. “A [versão atual] da PEC dá um prazo para que a gente faça isso”, disse Haddad. O texto aprovado no Senado estabelece até agosto do próximo ano para que o futuro governo envie uma nova regra fiscal por meio de um projeto de lei complementar. O novo ministro disse que a equipe econômica será “plural” e que será combinada junto com o Ministério do Planejamento, pasta a ser recriada e cujo titular ainda não foi anunciado. “Preciso combinar com o ministro do Planejamento, para ter uma equipe coesa”, disse. Haddad prometeu conceder uma entrevista na próxima terça-feira (13). Ontem (8), o novo ministro da Fazenda reuniu-se pela primeira vez com o ministro da Economia, Paulo Guedes. O encontro ocorreu fora da agenda oficial e só foi confirmado após o fim da reunião.

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5 fotos de Porto de Galinhas Antigamente

Em clima do Visit PE Travel Show, que está reunindo o trade turístico de Porto de Galinhas e agentes nacionais e internacionais no balneário mais famoso do Estado, a coluna Pernambuco Antigamente resgata uma série de imagens antigas do destino. As imagens foram garimpadas em trabalhos acadêmicos sobre Porto de Galinhas. Porto de Galinhas na década de 1970 Praia do Cupe, 1969 Praia de Porto de Galinhas, em 1970 Foto Aérea de Porto de Galinhas, em 1969 Área urbana do município Além desses registros, a pesquisa nos jornais antigos nos indicam há quanto tempo o destino se articula junto com o poder público para fortalecer o turismo, conseguindo pouco a pouco infraestrutura. Abaixo um registro do ex-governador Marco Maciel, no Jornal da Manhã, em 1º de setembro de 1979. Abaixo uma imagem do ex-governador Miguel Arraes, com o ex-governador do Rio de Janeiro Moreira Franco. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais

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