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10 fotos da Alepe Antigamente

No próximo domingo, Pernambuco e o Brasil estarão celebrando uma das eleições mais acirradas e tensas desde a redemocratização. Em referência ao período eleitoral, a coluna Pernambuco Antigamente resgata uma série de imagens do prédio da Assembléia Legislativa de Pernambuco. O Palácio Joaquim Nabuco, localizado na Rua da Aurora e em frente ao Rio Capibaribe, é um dos ícones da arquitetura pernambucana. As fotos são da Villa Digital, da Fundaj, dos Acervos de Josebias Bandeira, Benício Dias, Manoel Tondella e d Biblioteca do IBGE. De acordo com o site da Alepe, o atual prédio só foi concluído e entregue definitivamente no dia 20 de janeiro de 1876. O projeto e o início da construção, em 1870, foi de responsabilidade de José Tibúrcio Pereira Magalhães, major do Corpo de Engenheiros e bacharel em Ciências Físicas e Matemática. . . De acordo com Lúcia Gaspar, da Fundaj, o estilo dórico clássico do prédio era o padrão arquitetônico para os edifícios públicos naquela época. Ela aponta que apesar de reformas que o palácio passou ao longo desse tempo, o exterior manteve todas as características da sua inauguração. O nome Palácio Joaquim Nabuco só foi atribuído ao edifício em 1948, por indicação do deputado Tabosa de Almeida. Alepe em 1905 (esta imagem é do Acervo Manoel Tondella) Alepe, em 1906 Alepe, na década de 1910 . Alepe, em 1915 . Alepe, em 1922 Vista aérea do bairro Com a Faculdade de Direito em primeiro plano e a Alepe às margens do Rio Capibaribe . Postal da Alepe   *Por Rafael Dantas é repórter da Algomais  (rafael@algomais.com). O jornalista assina a coluna Gente & Negócios no site da Algomais REFERÊNCIA: GASPAR, Lúcia. Assembléia Legislativa de Pernambuco. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar>. Acesso em: 1 fev. 2018. História da Alepe. Site da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Disponível em: <http://www.alepe.pe.gov.br/historia>. Acesso em: 1 fev. 2018.

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"A saúde emocional dos profissionais é um ponto que deve ter muita atenção das empresas"

Carolina Holanda, psicóloga e sócia da TGI analisa as transformações provocadas pela pandemia no trabalho, afirma que ficou ainda mais evidente a importância das habilidades socioemocionais dos funcionários e alerta para a necessidade de os gestores se preocuparem com a saúde mental de sua equipe. A pandemia trouxe grandes mudanças para as empresas e os profissionais. Ambos tiveram que se adequar à realidade do home office e, agora, com a possibilidade do retorno ao trabalho presencial, o regime híbrido tem sido adotado em muitos ambientes corporativos. Mas como a Covid-19 abalou a condição psicológica de boa parte da população do planeta, essa consequência, inevitavelmente impactou o mundo laboral. A psicóloga Carolina Holanda, sócia da TGI, ressalta que todas essas repercussões levaram a uma necessidade ainda maior dos gestores de cuidarem e se preocuparem com seus funcionários. O momento também deixou ainda mais notória a importância da inteligência emocional como uma das habilidades necessárias aos trabalhadores contemporâneos. “Ficou evidente que profissionais que tinham desenvolvido mais competências socioemocionais souberam lidar melhor nas situações de crise”, constata a consultora da TGI. Nesta entrevista à Cláudia Santos, Carolina analisa esses impactos da pandemia, fala da importância da diversidade nas equipes e fornece algumas dicas para entrar no mercado de trabalho. Passada a fase mais crítica da pandemia, podemos dizer que o trabalho híbrido veio para ficar? Por quê? O modelo de trabalho híbrido é realmente uma tendência que deve ficar cada vez mais forte nas empresas daqui pra frente. Isso porque durante o período de isolamento e do trabalho remoto, provocados pela pandemia, em muitas empresas se observou um aumento de produtividade, redução dos custos empresariais, além de um maior sentimento de bem-estar nos profissionais. Eles puderam no período de home office ficar mais próximos da família, não enfrentar o estresse do trânsito, reduzir os gastos pessoais. Porém, ao mesmo tempo, enfrentaram desafios ao tentar conciliar a rotina de casa com a do trabalho e dar conta das inúmeras demandas com a família. Se por um lado, teve ganhos, por outro lado, sentiram também a perda da troca de experiência com os colegas ou com seu gestor, de ter uma melhor definição do horário de trabalho (em casa, boa parte, trabalhava mais horas do que no escritório) e de poder sair do mesmo ambiente. Do mesmo modo, muitas empresas também sentiram o peso de ter toda a equipe distante, com perda da integração e das possibilidades de construção conjunta e até uma menor agilidade na tomada de decisão. Também com a pandemia, veio a necessidade de as empresas prestarem mais atenção a um ponto que impacta diretamente o desempenho das pessoas: a saúde emocional. Então, oferecer um modelo de trabalho mais flexível, com possibilidade de os profissionais alternarem idas ao escritório com dias de home office tem sido uma boa alternativa para os dois lados. Empresas com profissionais mais satisfeitos e produtivos terão melhor resultado e um clima de trabalho mais saudável. Porém, é importante ressaltar que o modelo de trabalho hibrido nem sempre é adequado para todas as empresas e segmentos, seja porque a empresa ainda não se sente preparada para lidar com esse modelo ou pela demanda de ter profissionais presentes integralmente na estrutura física. Não existe um modelo único que cabe para todas as empresas. Quais são as condições necessárias para as pessoas serem produtivas em home office? Primeiro passo é definir em qual local da casa você vai trabalhar, que além de ter as condições mínimas como uma boa internet, deve ser um espaço reservado livre de interrupções constantes e barulho. Não podemos esquecer de definir um horário para começar e terminar o expediente, levando em conta sua jornada de trabalho habitual. A segunda dica é se organizar. Definir uma rotina que contemple todas as suas obrigações profissionais e pessoais, sem permitir que uma prejudique a outra. É fundamental definir seu plano de atividades a cumprir no dia, elencadas por prioridade, e ter clareza de quais entregas do trabalho precisa realizar. Sem esquecer, inclusive, das reuniões remotas que podem estar programadas. O fato de estar em casa, muitas vezes, leva a um certo desleixo com esses agendamentos. Devemos nos comportar como se estivéssemos na empresa e nos mantermos prontos para fazer uma chamada por vídeo com um cliente ou gestor de última hora. Não vale ficar de pijama ou desarrumado só porque está em casa. Sozinhos e em casa pode ser mais difícil evitar as distrações e ter a disciplina necessária para não cair em algumas armadilhas como: “vou deixar para amanhã, quando chegar no escritório”, fazer uso excessivo das redes sociais ou envolver-se nas demandas do lar fora do horário previsto, principalmente quando se tem criança em casa. Esse, de fato, é um grande desafio e pode não parecer fácil porque, para algumas crianças, os pais estarem em casa significa que estão disponíveis para brincar ou dar atenção. Minha sugestão é sempre conversar, explicando que agora o modelo de trabalho está diferente e combinar minimamente alguns acordos para evitar as interferências. E, claro, sempre após o expediente de trabalho, dedicar-se a fazer alguma atividade com os filhos. Como tem sido o retorno ao trabalho presencial, mesmo que seja híbrido? Tenho percebido que agora está mais tranquilo e com menor receio com a redução expressiva do risco de contaminação. Além disso, como falei no início, muitos profissionais estavam sentindo falta da dinâmica que há nas empresas, das trocas, da possibilidade de voltar a ter mais integração. Muitos estão precisando reorganizar suas rotinas considerando o tempo de deslocamento novamente, a logística familiar e a saudade da comodidade de estar em casa. Há, também, os que estão passando por problemas emocionais, como ansiedade, depressão ou doenças psicossomáticas e doenças físicas, ambos impulsionados por tudo que viveram durante a pandemia. Tudo isso acaba impactando na produtividade, engajamento e motivação dos profissionais e fica cada vez mais evidente que saúde emocional é, sim, um ponto que deve ter muita atenção das empresas. Os gestores precisam ter sensibilidade para identificar os sinais de que

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Novos investimentos de Suape: o mar está para negócios

*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais Nos próximos dias o Porto de Suape terá formalmente a retomada da sua autonomia, perdida em 2013, após a aprovação da Lei dos Portos. A novidade, aguardada há alguns anos, promete acelerar as tomadas de decisão na gestão do complexo e garantir maior celeridade em vários processos. Os bons ventos para o principal ancoradouro pernambucano em 2022 vão muito além desse anúncio. Os avanços no projeto de construção de um novo terminal de contêineres, a aposta no novíssimo polo de Hidrogênio Verde e a chegada de um aporte bilionário no setor farmacêutico são indicativos do novo ciclo de investimentos para a década, que tem ainda uma ferrovia para destravar no horizonte. “O domínio sobre a gestão do porto é de fundamental importância para se alcançar agilidade nas ações e, consequentemente, ter aumento de sua competitividade, pois com a autonomia, o Porto de Suape consegue desburocratizar e acelerar os processos licitatórios, atrair novos investidores para a expansão da infraestrutura do gás e, a longo prazo, se consolidar como um dos principais polos de hidrogênio verde. A falta da autonomia torna mais morosa essa busca do Porto de Suape”, avalia o economista da Fiepe, Cézar Andrade. Para exemplificar a diferença na velocidade na gestão com essa mudança, Roberto Gusmão, presidente do Complexo de Suape, explica que um processo de arrendamento portuário de 25 anos demora em média dois anos e meio. Com a autonomia de Suape, o mesmo processo poderia durar apenas seis meses. “Não tem como sermos atrativos para outros players com tamanha burocracia. Não por falta de vontade ou competência para fazer isso, mas a agilidade é maior com quem está perto. A retomada da autonomia será a cereja do bolo de um conjunto de ações deste ano para aumentar a competitividade do porto”, afirma. Leia a reportagem na íntegra na edição 198.4 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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Estudo aponta Pernambuco como líder em inovação no Nordeste

Índice da Federação das Indústrias do Estado do Ceará analisou capacidades e resultados dos estados brasileiros no processo de inovação Pernambuco continua sendo o estado mais inovador do Nordeste. É o que aponta o Índice FIEC de Inovação dos Estados, levantamento produzido pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC). O índice mensura aspectos multidimensionais do processo de inovação e promove um verdadeiro raio-x de como cada Estado brasileiro se posiciona em diferentes aspectos do processo inovador. O objetivo é identificar lacunas e direcionar políticas para a melhoria e o desenvolvimento dos diferentes aspectos do ecossistema de inovação no Brasil. O índice está dividido em duas áreas: capacidades e resultados. De acordo com o levantamento, Pernambuco ocupa a primeira posição no Nordeste e o 10º lugar geral entre os Estados da federação, sendo o 12º colocado em capacidades e assumindo a 8ª posição em resultados. “Estamos orgulhosos de, mesmo durante um período de crise econômica e sanitária, seguir sendo um dos Estados mais atrativos para novos negócios inovadores. Isso significa que conseguimos firmar as bases para criar mais desenvolvimento e oportunidade em Pernambuco”, comemorou o governador Paulo Câmara. No levantamento, Pernambuco foi destaque também com o 3º lugar em competitividade global e os 8º lugares em capital humano (pós-graduação) e em inserção de mestres e doutores. Ainda segundo o Índice FIEC, um melhor posicionamento em resultados do que em capacidades aponta para um maior aproveitamento das potencialidades do Estado e mais efetividade de inovação. "Este resultado reflete o esforço do Governo do Estado, que nos últimos anos vem fazendo grandes investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação, em todas as Regiões de Desenvolvimento do Estado", comemora o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Fernando Jucá. O conjunto de indicadores que formam o índice representam os aspectos e as capacidades essenciais para o desenvolvimento dos Estados brasileiros, de modo que, quando postos em conjunto, constroem a base para o crescimento da competitividade e da produtividade estadual. O Índice de Capacidades mede quatro aspectos: capital humano, infraestrutura de telecomunicações, investimento público em ciência e tecnologia e a inserção de mestres e doutores na indústria. Já o Índice de Resultados é formado por quatro indicadores: propriedade intelectual, produção científica, competitividade global em setores tecnológicos e intensidade tecnológica da estrutura produtiva.

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7 fotos das sorveterias de antigamente

Pernambuco, principalmente o Recife, possui algumas sorveterias bem tradicionais e outras antigas também foram fechadas nos últimos anos. O saudosismo por esses estabelecimentos e as boas memórias levaram ao escritor Gustavo Arruda a publicar o livro "No tempo das Sorveterias" (Uiclap Editora, 2022, 158 páginas), que traz fotos, curiosidades e histórias desses lugares que marcaram a infância e juventude de muitos pernambucanos. O livro pode ser adquirido pelo site: https://loja.uiclap.com/titulo/ua21823/ O escritor Gustavo Arruda, que é pernambucano do Recife e colecionador de fotos antigas da cidade, compartilhou algumas imagens raras com a coluna Pernambuco Antigamente, que você pode conferir abaixo. Sorvetes Bacana, em Olinda, no ano de 1992 Fachada da primeira loja da John's, no bairro da Madalena, em 1980(Acervo da John's) Fachada da Beijo Frio Sorveteria, em Bairro Novo, Olinda (Acervo APO) Prédio da Fábrica de Sorvetes Xaxá, na Praça Oliveira Lima, no Recife(Acervo Fernando Machado) Sorveteria Glacier, em Olinda, 1990(Acervo de Ricardo Prestrelo) Fachada da primeira loja da futura FriSabor, na Rua Joaquim de Brito, no Recife, em 1957(Acervo de Luiza Maria) Sorveteria Peixe, em Vitória de Santo Antão, nos anos 1950(Acervo Rosângela Peixe) *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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"Depois da pandemia, as crianças estão desmotivadas e com dificuldade de acompanhar a aula"

Ana Elizabeth Cavalcanti, psicanalista integrante do CPPL (Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem), avalia o impacto da pandemia no desenvolvimento e na saúde mental das crianças e adolescentes, o estresse sofrido pelos pais e analisa os problemas provocados pelo retorno às aulas presenciais nas escolas. Passado o período mais intenso de isolamento e das aulas 100% online (medidas adotadas no auge da pandemia) ob- serva-se nos estudantes a dificuldade do convívio social, um comprometimento do aprendizado e, sobretudo na população adolescente, um aumento nos índices de depressão. Para conversar sobre esse impacto da crise sanitária da Covid-19 nas vi- das dos alunos, Cláudia Santos conversou, por videoconferência, com a psicanalista Ana Elizabeth Cavalcanti, integrante do CPPL (Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem). Ela abordou a culpa dos pais por não corresponderem a um “ideal de família feliz” impossível de alcançar durante a situação de confinamento (como dar conta do trabalho remoto, da assistência ao ensino online dos filhos e do cuidado com a casa). A psicanalista tam- bém ressalta a dificuldade de crianças e adolescentes de se rea- daptarem às aulas presenciais e orienta como ajudá-los. Qual o impacto da pandemia no desenvolvimento da criança? O impacto é inquestionável e varia com a idade, a classe social, as condições que as crianças tiveram durante a pandemia. Uma pesquisa mundial da Unicef, na qual entrevistaram os pais, mostra que 63% deles tiveram perda financeira na pandemia e 6%, não tiveram o que comer. Aqui as pesquisas também apontam nessa direção. Isso gera insegurança, desespero, violência. Algo fundamental para ser levado em consideração é o confinamento, que implicava em você estar em casa com as crianças (aquelas que puderam ter essa condição). Algumas crianças ficavam em situações deploráveis, a violência doméstica explodia, em razão da convivência demasiada. Outro ponto crucial é a privação da escola. O Brasil foi o país que teve mais semanas sem aulas presenciais do mundo. Enquanto a média mundial foi de 20 semanas, nós chegamos a 70 semanas. Ficou muito visível o que representa a escola que, além da evidente função da educação formal, implica também, desde questões básicas de um espaço onde as crianças podem comer melhor, até a sua importância no desenvolvimento do contato social, da transmissão dos valores. De repente, elas se viram privadas de tudo isso. A escola é o espaço onde a criança vai aprender a lidar com as vicissitudes do seu desejo. Ela quer sempre fazer o que quer, objetalizar o outro. O que faz com que isso não se exacerbe é o exercício do convívio social. Somos todos agressivos? Sim. O que faz com que não nos matemos uns aos outros – até que se mata, mas não no nível de nos exterminarmos? É justamente esse exercício de relação entre as pessoas. Na escola acontece muito de um coleguinha morder o outro. O coleguinha chora, dizemos para a criança pedir desculpas. Depois, morde novamente e fazemos a mesma coisa. Esse é o exercício. A privação disso é expressa pela tendência ao isolamento. As depressões e as crises de ansiedade, sobretudo nos adolescentes, estouraram, assim como os índices de automutilação e suicídio. Para as crianças mais precoces, que estavam no infantil e na alfabetização, foi um desastre completo do ponto de vista afetivo emocional, porque sabemos a importância da escola nessa faixa etária. Existem crianças, por exemplo, que não falam e quando entram na escola começam a falar, em dois meses. Nas crianças com mais idade, vimos que todos esses componentes da sociabilidade da escola estavam lá presentes, mas houve também o comprometimento da educação formal. Os efeitos já são visíveis, mas serão ainda mais à proporção que o tempo passa. Do ponto de vista da saúde mental, pessoas de todas as idades foram atingidas. As mães que foram para a maternidade no auge da pandemia, não puderam ser visitadas, não contaram com o apoio dos familiares ou de outras pessoas, porque todos estavam confinados. Nas classes médias não tinha quem ajudasse na manutenção da casa. Tudo sobrou para os pais, que muitas vezes já tinham outra criança. Uma situação adversa para a chegada de um bebê. Os bebês que estavam confinados junto com os pais passaram a ver todas as outras pessoas que não estavam em casa – avós, tios, os primos, os amigos dos pais – mascarados. O rosto é uma referência importante porque é por ele que passam as mensagens afetivas. Esse foi um dos motivos que aumentou o número de diagnóstico equivocado de autismo. Se a criança está nesse contexto, privada de estimulação, sem conviver, sem ter acesso aos rostos humanos, é claro que farão uma sintomatologia como atraso de linguagem, irritabilidade, dificuldade de convivência, tendência a isolamento. Do meu ponto de vista fazer um diagnóstico de autismo nesse caso é um equívoco enorme. Outro componente fundamental é a presença das telas inclusive para bebês, numa situação muito especial porque os pais precisavam trabalhar, cuidar da casa, não havia maldade nisso. Qual o impacto da tela nas crianças? Sabemos que a exposição excessiva à tela coloca a pessoa numa situação de passividade. A criança desenvolve a linguagem e a capacidade de pensar na interação ativa, responsiva com outro. Na medida em que grande parte do seu tempo é ocupado pela tela, em que ela se coloca de forma passiva, com pouca capacidade de reagir a isso, é uma questão que preocupa. Outra consequência é a pouca aptidão para desenvolver relações na presença do outro, porque há uma tendência, não só nas crianças muito pequenas, mas também nas maiores e nos adolescentes, de ficarem naquele isolamento que a tela permite. No caso de crianças maiores, outra preocupação é a exposição a conteúdos que não são adequados. Temos visto muito na clínica o acesso a conteúdos difíceis, como pornografia e violência, que são acessados pela criança e absorvido por ela sem nenhuma mediação. A pandemia sobrecarregou os pais, que ficaram mais estressados, com home office, e por ajudar no ensino online dos filhos. Esse estado emocional dos

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O que pensam os candidado sobre educação, sustentabilidade e infraestrutura

*Por Rafael Dantas A s eleições se aproximam e em meio à acirrada disputa pelo Governo de Pernambuco a Algomais ouviu os candidatos à direção do Palácio do Campo das Princesas sobre a edu- cação, infraestrutura e a sustentabilidade ambiental. Esses são alguns dos temas apontados como estratégicos no documento Pernambuco Além da Crise — Proposta para os candidatos ao Governo, elaborado pela Algomais e Rede Gestão, com o apoio de pesquisadores, representantes de classe e empresários. Até o final desta que é a segunda reportagem sobre as eleições, responderam à redação os candidatos Anderson Ferreira (PL), Da- nilo Cabral (PSB), João Arnaldo (PSOL), Marília Arraes (Solidarieda- de), Miguel Coelho (União Brasil) e Raquel Lyra (PSDB). A partir da próxima segunda-feira, as respostas na íntegra de todos os candidatos serão publicados no site www.algomais.com/eleicoes2022 Leia a reportagem completa na edição 198.3 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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Pernambuco Além da Crise: O que defendem os candidatos de Pernambuco nas eleições 2022?

A Algomais e a Rede Gestão produziram o documento "Pernambuco Além da Crise: Propostas aos Candidatos ao Governo de Pernambuco". Enviamos o material com sugestões e análises para todos os candidados e elaboramos perguntas sobre os aspectos que consideramos estratégicos para o Estado nos próximos anos. Confira nos links abaixo o que disse cada candidato.

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Rec'n'Play cresce em 2022 e espera promover mais de 500 atividades

Bairros centrais do Recife serão mais uma vez o palco de um dos maiores festivais de tecnologia e empreendedorismo do País. Fotos: Edson Holanda / PCR A edição 2022 do Rec'n'Play acontecerá entre 16 e 19 de novembro, na capital pernambucana. O evento, focado em tecnologia, empreendedorismo e cultura, promete uma programação bem extensa. Realizado em parceria pelo Núcleo de Gestão do Porto Digital e pela Ampla, com patrocínio da Prefeitura do Recife, o festival ocorre nos bairros do Recife e de São José, com o tema "O futuro em tempo real". Durante os dias do Rec'n'Play acontecem diversos eventos paralelos e os participantes podem definir uma trilha, de acordo com seus interesses, já que as ações acontecem bem próximas nos bairros. “São mais de 500 atividades, shows na rua, conteúdos durante o dia. Haverá muitos prédios abertos, inclusive o Chanteclair, que a cidade vai conhecer por dentro também. Vai ter muita coisa legal que vai acontecer. No sábado, inclusive, tem o Dia Kids, com o show do Mundo Bita. E na sexta-feira, teremos uma homenagem especial ao movimento Manguebeat, com show de Otto e também de Mundo Livre”, afirmou o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena. Hackathon, palestras, oficinas, apresentações culturais, rodadas de negócios, entre outras atrações irão compor o evento em 2022. A Prefeitura do Recife, por exemplo, está envolvendo 20 secretarias com ações e serviços durante o festival. “Acabamos de fazer o lançamento do Rec’n’Play deste ano, que está muito maior que as últimas edições. Este ano vai ser gigante, já que é uma referência em tecnologia, empreendedorismo, cultura e economia criativa para o Brasil inteiro. O Rec’n’Play não é apenas uma experiência de tecnologia, mas é uma experiência de cidade, de convivência, de ativação em diversas frentes. Vai ser gigantesco, maravilhoso, recifense, com a cara que a nossa cidade tem”, declarou o prefeito João Campos no lançamento. Em breve será possível conferir a programação completa e realizar as incrições no site https://recnplay.pe

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Conheça a história do jesuíta Manuel de Morais: o padre traidor

Para algumas fontes holandesas, uma das grandes perdas para as forças luso-brasileiras foi a passagem para o lado dos invasores do jesuíta paulista Manuel de Moraes, quando da tomada da Paraíba em 30 de dezembro de 1634, pelas tropas comandadas pelo coronel Chrestofle d’Artischau Arciszewski, segundo assim descreve o autor das Memórias Diárias: “O padre Manuel de Moraes com um lenço em um pau foi render- -se ao inimigo, tão esquecido das obrigações de sua profissão, que a este juntou o maior, que foi casar-se depois em Amsterdã, sendo sacerdote e pregador apostólico, e abraçar a seita de Calvino!” Era esse jesuíta um grande conhecedor da língua dos indígenas, revelando-se posteriormente autor do Dicionário da Língua Tupi e de História da América, cujos originais receberam mais tarde elogios do filólogo Hugo de Groot. Exercia papel da maior importância entre as forças da resistência, como comandante das milícias indígenas a quem ensinara as técnicas da guerra de guerrilhas. Dele testemunhava, em 1631, Matias de Albuquerque: “pelejava com tão notável zelo e ardis como se fora sua profissão a guerra e milícia”. Por sua vez, era visto por fontes holandesas na Paraíba para onde se transferiu, como “a maior autoridade sobre todos os selvagens daquela região”. Mestiço, descrito por uns como mulato e por outros como mameluco, ele vivia há sete anos entre os indígenas e, mais recentemente, se encontrava empenhado em ministrar táticas de guerra volante. Dentre os seus aplicados alunos figurava o futuro herói da restauração e futuro dom, Antônio Filipe Camarão, que vem a ser seu sucessor no comando daqueles batalhões. Constrangido por ter perdido a função de capitão geral dos índios para o seu aluno Antônio Filipe Camarão, o padre Manuel de Moraes aproveitou a rendição da Paraíba para aderir à causa dos holandeses, renunciando sua fé católica e tornando-se um pregador luterano. Caindo nas boas graças do comandante Arciszewski, o padre ganhou notoriedade ao renunciar à teologia católica, tomando-se de paixão pelos ensinamentos da igreja reformada. Sua inesperada adesão, logo se transformou em propaganda da igreja reformada: “Padre torna-se protestante”. Foi o padre Manuel de Moraes de logo enviado aos Países Baixos a fim de melhor aprimorar seus estudos teológicos. Na Holanda, logo aprendeu a língua local e em pouco tempo veio a casar-se com a jovem Margaretha van der Heide, irmã do mestre dos pesos de Gelderland. Fixando moradia em Amsterdã, transformou-se de guerrilheiro em pregador devotado, conhecido por suas preleções nos púlpitos dos templos contra a doutrina e dogmas da igreja católica romana. Ainda nesta cidade escreve alguns textos científicos e, por causa do falecimento de sua mulher, transfere-se para Leiden onde se matricula na universidade local em 27 de julho de 1640, apresentando-se como Lusitanius Licenteatus Theologiae. Nesta cidade ele tenta a publicação do seu Dicionário da língua Tupi e de sua História da América. Sua vida afetiva, porém, toma novas cores quando do seu casamento com a jovem Anna Smits, uma das mais belas jovens de Leiden, que logo se tornou enfeitiçada pelo seu charme de mulato brasileiro. Apesar de sua aparência de homem “feio, preto, cara de chim”, segundo depoimento de Dona Anna Paes, “veio ele a se casar na Holanda com uma das moças mais formosas do país”. O segundo casamento, ao que parece, pouco durou, pois o padre apóstata se transfere para Amsterdã e lá tem um encontro secreto com o Núncio Apostólico, junto ao Reino dos Países Baixos, “onde se mostrou arrependido de sua escapada protestante e confessou seus pecados ao representante do papa que lhe deu absolvição”. Deixando na Holanda mulher e filhos, bem como amigos de prestígio como o historiador Jan de Laet, que tece elogios a sua inteligência, o padre Manuel de Moraes volta a sua terra a fim de explorar o corte de pau-brasil em área que lhe fora arrendada pela Companhia. Após algum tempo, João Fernandes Vieira, sabedor do retorno do padre apóstata o manda prender e logo que este chega à sua presença é acometido de grande arrependimento: “prostrou-se aos seus pés e com copiosas lágrimas, que lhe corriam sem cessar, lhe pediu encarecidamente que lhe desse uma palavra em seu aposento, com mostras de grande arrependimento, para que fosse um de seus soldados e assim se eximir do castigo que temia”. Abandonando a causa dos flamengos, tornou o padre aos exércitos dos insurrectos servindo com ardor, ao lado de João Fernandes Vieira, à causa da Insurreição Pernambucana, sendo o seu nome anotado por Diogo Lopes Santiago quando da batalha dos Montes das Tabocas, na qual participou exortando os soldados e rezando em voz alta suas orações, até a vitória final em três de agosto de 1645. Após o sucesso das tropas insurrectas em Tabocas e Casa Forte, foi o padre Manuel de Moraes enviado por João Fernandes Vieira à Lisboa, com a missão de narrar a D. João IV os feitos obtidos pelos exércitos da terra contra os holandeses. Durante essa temporada foi ele preso pela Inquisição de Lisboa e ali respondeu a processo, cujo teor vem a ser publicado na Revista do Instituto Histórico Brasileiro (v. LXX, Rio de Janeiro 1908). Da leitura de suas páginas se depreende que o religioso apresentou a seu favor “um perdão do Papa para sua apostasia ao catolicismo”, assegurando em seu depoimento “ter sido ele o único jesuíta preso a quem as autoridades nos Países Baixos haviam proibido de regressar ao Brasil, por temerem que levantasse o gentio contra o governo do Recife”.

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