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Cresce o índice de confiança do empresário do comércio em Pernambuco

(Da Fecomércio-PE) O índice de confiança do empresário do comércio (ICEC), calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), é um indicador antecedente, que capta a percepção dos tomadores de decisão nas empresas do varejo quanto ao ambiente de negócios, considerando sua perspectiva sobre a economia brasileira, o setor de comércio e a situação da sua empresa. O ICEC é composto por três sub-índices que avaliam, respectivamente, as condições atuais (ICAEC), as expectativas de curto prazo (IEEC) e as intenções de investimento (IIEC). Os índices variam de 0 a 200 pontos, indicando: insatisfação, ou pessimismo, quando abaixo de 100 pontos; satisfação, ou otimismo, a partir de 100 pontos. Segundo recorte local feito pela Fecomércio-PE, a confiança dos empresários do comércio pernambucano iniciou o segundo semestre com variação positiva. Entre junho e julho o índice ICEC-PE, calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) cresceu 2,5%, alcançando o patamar de 120,4 pontos. Esse é o maior e melhor desempenho para o índice desde o início da pandemia no Brasil, em março de 2020, quando ainda registrava 123,9 pontos. Nesse sentido, o resultado do ICEC-PE – que configura o terceiro mês consecutivo de alta – aponta que os empresários do comércio esperam um ambiente de negócios favorável no segundo semestre do ano, a despeito do desempenho que vem registrando, até o momento, o volume de venda do varejo no estado. Pernambuco: ICEC, consolidado e componentes (valores em pontos) - janeiro/2020 a fevereiro/2022 (100 = indiferença; avaliação positiva > 100; avaliação negativa < 100) A sinalização positiva dos comerciantes nesse momento tem estreita relação com o avanço do emprego formal no estado durante o segundo trimestre, especialmente no setor de serviços. Embora ainda não estejam disponíveis dados sobre o emprego no último mês de junho, o resultado da movimentação entre admitidos e desligados em maio foi positivo (+6.508), melhorando a situação que se observara para o acumulado até o primeiro quadrimestre. Até maio, portanto, o saldo entre admitidos e desligados ficou em -443. Segundo a CNC, além do avanço no emprego formal, as medidas de suporte à renda que estão sendo aplicadas pelo governo federal neste segundo semestre também ajudaram a melhorar a expectativa dos empresários do comércio, portanto, impulsionando a confiança, a despeito da inflação acumulada e dos aumentos na taxa básica de juros. Entre os componentes do ICEC, a maior variação foi observada no sub-índice que aponta as intenções dos empresários para os próximos três meses, que subiu de 103,6 para 109,1 pontos (+5,3%). O avanço foi influenciado pelo percentual de empresários que declaram intenção de “aumentar muito” o quadro de funcionários nos próximos três meses, que saiu de 2,8% em junho para 8,4% em julho, a medida em que caiu o percentual dos que declaram intenção de “reduzir um pouco” esse quadro (de 23,1% para 20,8%). Também se observou aumento no percentual de empresários que pretendem expandir o volume de investimentos nos próximos meses, mesmo considerando a elevação dos juros. Pernambuco: Empresários do comércio segundo as intenções para a contratação, investimento e estoque nos próximos três meses - julho/2021, junho/2022 e julho/2022 Intenções Jul/21 Jun/22 Jul/22 Contratação de Funcionários Aumentar muito o quadro 5,6 2,8 8,4 Aumentar um pouco o quadro 47,4 68,4 65,5 Reduzir um pouco o quadro 37,0 23,1 20,8 Reduzir muito o quadro 10,1 5,7 5,3 Nível de Investimento Muito maior 6,1 10,5 13,8 Um pouco maior 25,9 43,3 47,2 Um pouco menor 38,2 35,0 28,5 Muito menor 29,8 11,2 10,5 Situação Atual dos Estoques Adequada 55,4 65,5 65,7 Acima da adequada 31,1 23,2 22,6 Abaixo do adequada 13,2 10,9 11,8 Não sabe/respondeu 0,3 0,4 0,0 Fonte: CNC. O sub-índice que aponta a direção das expectativas, por sua vez, apresentou varação de 0,8%. Embora com avanço menos intenso em julho, esse sub-índice segue sendo o de maior patamar entre os componentes do ICEC, tendo alcançado 147,5 pontos em julho. Ou seja, não obstante as incertezas reservadas para o segundo semestre do ano, os empresários continuam registrando elevadas expectativas para o restante de 2022, o que se atribui, entre outros aspectos, ao retorno amplo das atividades presenciais nos serviços e para um final de ano com menos restrições ao convívio social. Pernambuco: Empresários do comércio segundo as expectativas para a economia, o setor e a própria empresa, nos próximos seis meses Expectativas Jul/21 Jun/22 Jul/22 Expectativa para a Economia Brasileira Melhorar muito 12,8 18,8 22,6 Melhorar um pouco 60,0 62,2 56,2 Piorar um pouco 14,7 13,5 12,1 Piorar muito 12,5 5,5 9,1 Expectativa para Setor (Comércio) Melhorar muito 15,4 23,7 29,7 Melhorar um pouco 63,6 63,3 56,8 Piorar um pouco 11,7 9,4 8,7 Piorar muito 9,4 3,6 4,8 Expectativa para Empresa Melhorar muito 17,3 31,2 34,9 Melhorar um pouco 63,5 58,4 56,6 Piorar um pouco 10,4 8,2 6,3 Piorar muito 8,7 2,2 2,2 Fonte: CNC.

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As máquinas são capazes de criar arte?

A primeira tentativa amplamente conhecida de usar Inteligência Artificial para fazer arte foi o projeto DeepDream da gigante de tecnologia Google. É um software originalmente concebido como um detector e classificador de rostos em imagens. Aí onde entra a inventividade humana. Um participante do projeto (meio cientista e meio artista) percebeu que esses algoritmos podem ser executados ao contrário, aplicando recursos semelhantes a rostos na entrada. Essa experiência acabou criando representações abstratas de imagens de rostos distorcidos e com a aparência psicodélica. Seria a máquina fazendo arte? Hoje em dia, quando as pessoas falam sobre arte gerada por IA, elas querem dizer uma de duas coisas distintas: transferência de estilo neural ou redes adversárias generativas. Transferência de estilo neural é um nome para uma família de algoritmos que são usados ​​para aplicar o estilo de uma ou mais imagens existentes a uma imagem de entrada. O operador do algoritmo deve escolher uma imagem de entrada (pode ser um desenho de criança, por exemplo) e uma imagem de estilo (ou seja, The Starry Night de Vincent van Gogh) e a saída é a primeira imagem no "estilo" da segunda . Tanto o DeepDream quanto os métodos de transferência de estilo neural foram desenvolvimentos surpreendentes com inteligência artificial. No entanto, sua saída não representa verdadeiramente arte gerada por IA, pois um ser humano é obrigado a escolher imagens que já existem (criadas por humanos). É por isso que esses algoritmos foram criticados por funcionarem essencialmente como um filtro sofisticado do Instagram ou Snapchat. O último tipo de arte de IA é baseado em Generative Adversarial Networks (GANs), e é a coisa mais semelhante que temos a um artista humano no mundo da inteligência artificial. Essa técnica computacional aprende separadamente sobre estilo e conteúdo, o que permite interpolar entre estilos e misturar estilo e conteúdo de maneiras inovadoras (de maneira semelhante às diversas influências de um artista humano). Este é um algoritmo que pode gerar novas imagens originais do zero. O treinamento desse tipo de IA requer o treinamento de duas redes neurais separadas - o "Crítico" e o "Artista". O crítico recebe um vasto banco de dados de arte humana em diferentes estilos ao longo da história como entrada para análise. O Artista, que nunca "viu" arte antes, recebe uma semente aleatória como entrada e começa a gerar uma imagem do zero. A saída passa então pelo Crítico, que com base em seu conhecimento, dita se a imagem gerada se parece ou não com arte feita por humanos. As duas redes são então treinadas juntas, com o Crítico tentando melhorar a detecção de imagens "pouco artísticas", enquanto o Artista segue vendendo sua arte ao Crítico. O Artista então se aprimora nesse processo e acaba aprendendo a criar imagens que passam como arte “humana” aos olhos do Crítico. Rafael Toscano é gestor financeiro, Engenheiro da Computação e Especialista em Direito Tributário, Gestão de Negócios. Gestor de Projetos Certificado, é Mestre em Engenharia da Computação e Doutorando em Engenharia com foco em Inteligência Artificial aplicada.

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Gigante internacional na navegação vence disputa por terminal do Estaleiro Atlântico Sul

A empresa APM Terminals ofereceu uma proposta de R$ 455 milhões para arrematar uma área interna do Porto de Suape, no Estaleiro Atlântico Sul. O valor superou a oferta dos concorrentes e deve ser confirmada após vencerem todas as etapas legais do leilão. A vencedora é uma companhia dinamarquesa que integra o Grupo Marsk, um dos maiores do planeta no setor de navegação. A chegada desse novo player promete dinamizar as atividades de Suape, com mais investimentos ao complexo industrial-portuário em um novo Terminal de Uso Privativo (TUP). Em nota oficial, publicada no Blog do Jamildo, a empresa indicou o interesse de investir até R$ 2,6 bilhões em um novo terminal portuário para movimentar até 400.000 TEUs por ano, o que irá ampliar a capacidade de Suape em 55%. A previsão de conclusão das obras é de 24 meses, a partir do momento em que finalizarem todos os procedimentos judiciais, e a expectativa da companhia é de inaugurar as operações até o final de 2025. O diretor de planejamento e gestão de Suape, Francisco Martins, comemora a chegada de um segundo terminal de containers ao complexo. Ele afirmou que esse empreendimento já está no radar do complexo há algum tempo, inicialmente a previsão era que ele estivesse, no entanto, dentro do porto organizado. "Agora surge essa oportunidade de ter um terminal privado de containers, fora do porto organizado, o que vai estabelecer um nível de concorrência importante, com reflexo direto no custo de produtos que tanto utilizam insumos importados, quanto no custo de produtos exportados através do porto. Isso terá reflexos importantes em cadeiras produtivas já consolidadas no Estado, como exemplo do pólo automotivo. Temos grande expectativa e muito otimismo com relação às consequências futuras desse empreendimento, que coloca Suape definitivamente na rota dos portos estratégicos do Brasil, da América Latina e de todo o hemisfério sul".

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"Pequenos produtores que conservam a Caatinga podem ter acesso aos créditos de carbono"

Sérgio Xavier, articulador do CBC (Centro Brasil no Clima) e desenvolvedor do Projeto HidroSinergia - Lab de Economia Regenerativa do Rio São Francisco fala sobre a primeira cooperativa de créditos de carbono do Brasil que foca na sustentabilidade do ambiente do semiárido e da sua população. Mais da metade da Caatinga está degradada e a situação no semiárido tende a se agravar. Projeções científicas apontam menos chuva, mais calor, secas mais prolongadas e desertificação nessa região que abriga 28 milhões de pessoas e concentra imensas desigualdades. Uma solução criativa para contribuir para a reversão desses efeitos das mudanças climáticas foi a criação da primeira cooperativa de créditos de carbono do Brasil. A Associação de Produtores de Crédito de Carbono Social do Bioma Caatinga visa a colaborar com os pequenos produtores da região na conservação e na regeneração de áreas das suas propriedades e, dessa forma, terem acesso a créditos de carbono. Nesta conversa com Cláudia Santos, Sérgio Xavier, articulador do CBC (Centro Brasil no Clima) e desenvolvedor do Projeto HidroSinergia - Lab de Economia Regenerativa do Rio São Francisco, explica detalhes da iniciativa. Um ponto interessante é a ideia de agregar um valor social aos créditos de carbono, já que a Caatinga captura menos CO2 do que a Amazônia e possui muitos habitantes de baixa renda que podem agravar sua condição de vulnerabilidade com o aquecimento global. O que é a Associação de Produtores de Crédito de Carbono Social do Bioma Caatinga e qual a sua proposta? Trata-se da primeira cooperativa de créditos de carbono do Brasil, em implantação na Caatinga, nas fronteiras de Alagoas, Sergipe, Bahia e Pernambuco. É uma inovação dentro do emergente conceito de economia regenerativa. Visa a gerar renda para pequenos produtores rurais, reverter desmatamentos, reduzir desigualdades, desenvolver novas cadeias de negócios sustentáveis e, simultaneamente, regenerar ambientes florestais, proteger a biodiversidade e mitigar os impactos das mudanças climáticas. A ideia é que esses pequenos produtores da região façam a conservação e regeneração da Caatinga nas suas propriedades e tenham acesso aos créditos de carbono. Esse projeto experimental está integrado ao Lab de Economia Regenerativa do Rio São Francisco, em desenvolvimento pelo CBC (Centro Brasil no Clima), com apoio do iCS (Instituto Clima e Sociedade), Instituto Climainfo e diversos parceiros. Além da inserção da agricultura familiar no promissor e irreversível mercado global de carbono, o Lab interconecta outros eixos, como: geração de energia solar em rede cooperativa; produção de mudas de espécies nativas; cadeias de reciclagem; e bioeconomia – com pesquisas de aplicações industriais para produtos da caatinga viva, de pé, buscando criar um novo modelo econômico socialmente inclusivo, cientificamente embasado e ambientalmente regenerativo. Qual o impacto das mudanças climáticas na caatinga e qual a importância da preservação do bioma? O IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, que reúne centenas de cientistas de 67 países, aponta o semiárido brasileiro como uma das áreas mais impactadas com o aquecimento global. Com a temperatura média do planeta subindo, resultante da queima incessante de combustíveis fósseis e desmatamentos, as projeções científicas apontam menos chuva, mais calor, secas mais prolongadas e desertificação nessa região, que abriga 28 milhões de pessoas e concentra imensas desigualdades. Metade da Caatinga já está degradada, o que agrava ainda mais a situação e exige uma urgente economia de reflorestamento, com educação ambiental e fortalecimento social. Mercado de carbono, conservação hídrica e pequenas bioindústrias comunitárias são algumas alternativas possíveis e necessárias para enfrentar este cenário. Quais as atividades desenvolvidas nesse projeto da cooperativa com os pequenos produtores voltadas para a preservação da Caatinga? Nesta fase de estruturação está sendo realizado um levantamento do estoque de carbono das áreas preservadas dos associados e a modelagem do cálculo de captura de carbono, buscando agregar valor social e mecanismos de justiça climática. Considerando que o bioma Caatinga captura menos carbono do que a Amazônia e possui milhões de pessoas com baixíssima renda, em grave risco de colapso nas condições de vida, a ideia é agregar um valor social aos créditos de carbono, visando a uma soma que envolve recomposição florestal, pagamentos por serviços ambientais, proteção da biodiversidade, redução de desigualdades e melhoria da qualidade de vida e da resiliência comunitária. Simultaneamente a esse processo, estamos articulando potenciais financiadores de eixos econômicos verdes e possíveis compradores de créditos de carbono, serviços ambientais e bioprodutos, comprometidos com o desenvolvimento inclusivo e regenerativo do bioma. Algumas grandes empresas com efetivo compromisso socioambiental estão interessadas em participar do Lab para desenvolver modelos de negócios que já trazem em si processos de regeneração florestal, economia circular, educação ambiental e fortalecimento social. Além dessas ações em desenvolvimento pelo CBC e parceiros, o presidente eleito da cooperativa, Haroldo Almeida, em conjunto com dezenas de associados e especialistas, está reunindo conhecimentos e discutindo ideias para o funcionamento institucional da iniciativa. O que é o Lab de Economia Regenerativa do Rio São Francisco, que está sendo estruturado em Paulo Afonso? O Lab do São Francisco é similar ao modelo que o Consórcio Noronha Pelo Planeta – composto por CBC, InterCidadania, Sins- Pire e Circularis, está implantando na ilha de Fernando de Noronha, com apoio da administração do arquipélago (Governo de Pernambuco) e grande patrocínio da empresa Ball Corporation, líder global em fabricação e reciclagem de latinhas de bebidas. Com 100% de investimentos privados, o Lab de Noronha também tem participação da Ambev, Minalba, Novelis, Neoenergia, Renault e Gol. Esses Labs visam unir conhecimentos acadêmicos, saberes das comunidades locais, empresas, políticas públicas e iniciativas não governamentais para desenvolver cadeias econômicas que, em vez de degradar, poluir e gerar lixo e exclusão, possam promover a reciclagem plena, o uso de energia renovável, a alta eficiência hídrica, a efetiva recuperação de ambientes degradados e, sobretudo, a reversão de desigualdades. De que forma serão lançados os créditos de carbono social e como eles serão comercializados? O modelo e a estratégia estão sendo desenvolvidos pelos associados, especialistas de diversas áreas e potenciais patrocinadores e compradores. A incorporação da dimensão social no cálculo do crédito de carbono exige visão sistêmica e conhecimento

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Metaverso: o futuro será virtual?

Por Rafael Dantas Metaverso. Essa palavra passou a aparecer com mais frequência nos noticiários e criar uma certa agitação sobre os seus impactos no mercado. A primeira vez que esse termo surgiu completou 30 anos, no livro de ficção Snow Crash, do escritor estadunidense Neal Stephenson. Na narrativa, ele constrói um espaço virtual coletivo compatível e convergente com a realidade. Todo o rebuliço em torno do tema dos últimos meses, no entanto, tem relação com a mudança de nome do Facebook para Meta, em uma referência direta à nova aposta que Mark Zuckerberg está fazendo nesse que é considerado o futuro da internet. Existem muitos conceitos em discussão sobre o que seja metaverso. De forma simplificada, o cientista-chefe da TDS e professor da CESAR School, Silvio Meira, define que: “O metaverso é um fluxo de experiências intensivo em presença, identidade e continuidade”. Cada pedacinho dessa expressão, no entanto, gera uma série de interpretações e de possibilidades. Leia a entrevista completa na edição 196.4 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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Festivais e temperaturas amenas movimentam férias de julho no interior

Garanhuns, Triunfo e Taquaritinga do Norte são alguns dos destaques para quem busca opções de lazer com cultura e ecoturismo (Da Secretaria de Turismo de Pernambuco - Foto: Chico de Andrade) Quem experimenta o clima serrano, o friozinho do município de Garanhuns, sempre volta. Distante 230 km da capital, no Agreste, a cidade possui localização privilegiada e chama a atenção de quem a visita. A região é formada por sete colinas - Antas, Monte Sinai, Columinho, Megano, Ipiranga, Quilombo e Triunfo - e proporciona uma temperatura média de 21 graus no inverno. A paisagem é abundantemente verde e repleta de flores, por isso o apelido de “Cidade das Flores”. Este mês o destino está ainda mais convidativo com a realização da 30ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), que acontece até o final do mês com uma programação imperdível com mais de 800 atrações artísticas. Além da programação oficial do Festival, há muito para ver em Garanhuns. O Parque Euclides Dourado, por exemplo, é o local ideal para a prática de exercícios nas quadras esportivas e uma caminhada, respirando o ar puro com cheirinho de eucalipto. Outra opção de parque é o Ruber Van Der Linden, mais conhecido como "Pau Pombo", um local muito arborizado, com flores, fontes de água e muito contato com a natureza. O Relógio das Flores é outro ponto de visitação obrigatório. E o santuário Schoenstatt (Mãe Rainha), aberto todos os dias, das 6h30 às 17h. O Vale das Colinas é outro local que merece entrar no roteiro não apenas pela belíssima paisagem como pela possibilidade de degustar vinhos na primeira vinícola do Agreste pernambucano. A degustação de três rótulos custa R$ 20. O programa é inesquecível para casais pelo clima bucólico do lugar como também para famílias com crianças, uma vez que há opções de diversão com pedalinho e até de piquenique com o empréstimo de produtos da lojinha, como cesta, esteira e toalha. Segundo a secretária de Turismo e Lazer de Pernambuco, Milu Megale, julho será um grande mês para o turismo. “Espera-se que o nosso Aeroporto receba 11% a mais de voos que no mês de junho. Também já alcançamos 100% de recuperação da malha aérea em comparação com o mesmo período em 2019, antes da pandemia da Covid-19. No Agreste, há também uma expectativa muito boa com a realização do FIG após dois anos e com maior duração de três semanas. Aliás, as festas do frio costumam movimentar muito o nosso interior”, afirma. O município de Brejão também encanta desde a primeira vista. Situado a 254 Km do Recife, o município foi, à época de sua emancipação, em 1958, território integrado a Garanhuns. Entre as belas paisagens naturais, as fazendas e as imponentes igrejas, a região se destaca pelo cultivo de café. Brejão é um ótimo local para quem aprecia o contato com a natureza e para o desenvolvimento do turismo ecológico. Para quem visita a cidade, a dica é conhecer as bicas, mirantes, furnas e cavernas. O calendário festivo é marcado pela Acabação do Café, quando se comemora o término da colheita dos grãos. Outros festejos também aquecem o turismo do local, a exemplo da Festividade de Santa Cruz, da Cavalgada da Independência e da Trilha da Limeira. Outra opção pós-FIG é dar uma passeada pelo município de São João, que fica a 229 Km do Recife. A cidade tem como principal atrativo o Santuário de Santa Quitéria das Frexeiras, no povoado homônimo, que também é considerado um dos mais importantes centros de romarias do Nordeste. Vale, ainda, conhecer a feira livre, a cachoeira dos Carvalhos, a Bica do Sítio Matão e a Barragem de Zé Maria. Para curtir o frio, Triunfo também costuma ser uma das cidades mais procuradas. De 23 a 30 de julho, o destino recebe a 64ª edição da Festa do Estudante - Festival de Inverno de Triunfo 2022 em homenagem aos cem anos do Theatro Cinema Guarany. Quem visita a cidade pode conhecer de perto a produção de alfenins, mel de engenho e cachaça no Engenho São Pedro, construção datada do século passado. Para além dos engenhos, o município é repleto de museus, a exemplo do Museu do Cangaço, a Casa Grande das Almas e a Casa dos Caretas. Imponente, o Cine Theatro Guarany, às margens do Lago João Barbosa Sitônio, é palco do Festival de Cinema de Triunfo, que este ano acontecerá entre os dias 15 a 28 de agosto.  Já o município de Taquaritinga do Norte, que também costuma registrar temperaturas amenas no inverno, é convidativo a desvendar seu cenário rural, com trilhas, mirantes e a Rampa do Pepê, ideal para a prática do voo livre. Outro excelente programa para turistas e visitantes é conhecer o Sítio da Conceição e o seu saboroso Café Terral. Falando em café… O calendário festivo da cidade exalta a sua saborosa bebida com Festival que recebe gente de todo lugar, aquece a economia e gera empregos, com polos voltados à literatura, cultura popular, passeios e shows. Outra dica é o município de Pedra, onde há uma formação rochosa com mais 3.822 metros de circunferência e 615 metros de altura. Em uma de suas encostas, de fácil escalada, há uma via crucis. A diversidade de ecossistemas do município favorece a prática de atividades relacionadas ao ecoturismo e turismo de aventura. Na região, destacam-se, ainda, os grupos culturais e as expressões folclóricas, a exemplo do secular Siriri Horizonte Alegre, além de reisado, pastoril, repentistas, banda de pífanos e cavalgadas. Pertinho do município de Pedra, Saloá desponta, assim como a sua cidade vizinha, com potencial para o turismo ecológico. Lá, há nascente de rio, riachos, cachoeiras, córregos, reservas ecológicas, matas e trilhas. Um ótimo destino para curtir com a família e amigos as férias de julho.

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Capa da semana: Petrolina diversifica sua economia

*Por Rafael Dantas Nem só de uva e manga vive Petrolina. O principal polo de desenvolvimento pernambucano do Vale do São Francisco tem avançado também na agroindústria e segue na pesquisa de outras variedades da fruticultura para fortalecer a sua vocação agrícola. No promissor setor das tecnologias da informação, as maiores empresas da região, aliadas a organizações como o Softex (Centro de Excelência em Tecnologia de Software do Recife), a Assespro- -PE/PB (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação) e o Seprope (Sindicato das Empresas de Processamento de Dados de Pernambuco), estão encampando um movimento para fomentar o ecossistema de inovação e gerar mais negócios locais. Conectado às oportunidades e potenciais do município, o turismo é outro setor que já entrega seus frutos à cidade e promete uma safra de mais colheitas com o fortalecimento do trade. Leia a reportagem completa na edição 196.3 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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Entrevista com Cláudia Lima: "A saída é a bioeconomia"

No ano passado, em entrevista a Algomais, Cláudia Lima, diretora do ITCBio (Instituto Tecnológico das Cadeias Biossustentáveis) defendeu ser possível aplacar a fome do País e ainda ganhar muito dinheiro com a biodiversidade do Brasil. E o melhor: deixando a floresta em pé. Em meio à atual crise econômica, que tem arrastado um grande contingente de brasileiros para a pobreza, Cláudia vive hoje a expectativa de o instituto começar a caminhar em direção a que ela idealiza e acredita. A organização foi selecionada em três editais para capacitar pequenas comunidades no sertão, na mata atlântica e no litoral do Nordeste para atuar na cadeia produtiva de bioinsumos. Está prevista a instalação de três biofábricas. As marisqueiras do litoral norte pernambucano também serão beneficiadas. Um dos projetos visa a implantar a qualidade no processo da pesca e lançar um novo produto no mercado para aumentar o valor agregado e a biossegurança. Exultante com as novas perspectivas, Cláudia, que também é professora da UFPE, crê na abertura de grandes oportunidades, já que a indústria brasileira importa boa parte dos bioinsumos produzidos em clima tropical. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ela detalha os projetos e as possibilidades desse mercado. Quais ações deste ano do ICTbio? A indústria brasileira importa insumos originários de climas tropicais, mas nós também podemos produzi-los. Nós desconhecemos a riqueza que temos com a biodiversidade do Brasil, que é a maior do planeta. A nossa população nordestina, tão trabalhadora, está passando fome. Mais da metade da população brasileira está abaixo do limite de pobreza, uma boa parte morando na região do semiárido nordestino. É algo muito triste e a gente pode e deve fazer alguma coisa para reverter essa situação. A saída, que a gente vem defendendo há seis anos, é a bioeconomia. Numa outra entrevista, eu disse a você que com a bioeconomia dá para aplacar a fome e ganhar dinheiro. Essa é uma frase que não são espumas ao vento, é algo concreto. Demos um primeiro passo nesse sentido com a aprovação do nosso projeto num edital da Facepe (Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco) para instalação de fábricas de bioinsumos, ou seja, insumos biológicos, originados da natureza, para fornecermos para o setor industrial, nas áreas de alimentos, cosméticos e farmacêutica. A produção será realizada por pequenas comunidades que serão capacitadas por nós para profissionalizar os seus processos, que estão em nível artesanal, e estabelecer uma cadeia produtiva. A capacitação também abrangerá a gestão desses bionegócios. Estamos comprando os equipamentos, organizando toda a infraestrutura, para capacitarmos as comunidades. No final de 2019, concorremos com um projeto em um edital de pesquisa e desenvolvimento do Banco do Nordeste, com foco na cadeira de valor de mariscos e ostras. O objetivo é apoiar pescadoras artesanais (a maioria são mulheres) no litoral norte de Pernambuco, implantar a qualidade no processo e lançar um novo produto no mercado para aumentar o valor agregado e a biossegurança. Esse projeto também foi aprovado. E acabamos de aprovar um grande projeto na Sudene para implantação de fábricas de bioinsumos em três Estados do Nordeste. Foi um edital muito concorrido, com alto nível de exigência e tenho muita satisfação de dizer que fomos os únicos aprovados. Vamos capacitar, mas a palavra seria empoderar as comunidades, propor cooperativas, realizar um diagnóstico social para mostrar as potencialidades de cada região. Ao mesmo tempo, entramos em contato com indústrias que utilizam esses insumos. Perguntamos: se você tivesse um insumo produzido no Brasil, qualificado pelo ITCbio, que fará toda a parte de controle de qualidade, você tem interesse em comprar? Claro que eles têm interesse, porque vão deixar de importar esses ativos. Onde serão localizadas essas biofábricas? Uma delas será sediada na cidade de Crateús (na foto abaixo), no sertão do Ceará, que um tem um polo de desenvolvimento tecnológico e um trabalho muito interessante na produção do mel. As outras biofábricas serão na região de Caicó, no Rio Grande do Norte, e em Carpina, em Pernambuco. Vamos contar com o apoio da Universidade Federal do Ceará, do Instituto Federal do Ceará, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, da Universidade Federal de Pernambuco e da Universidade Federal Rural de Pernambuco, que foi a nossa primeira parceira. Inclusive a biofábrica daqui do Estado vai ser instalada numa estação experimental UFRPE, em Carpina. Quais os bioinsumos que serão produzidos? Levantamos quais os insumos que a indústria está precisando. Inicialmente não vamos colocar produtos novos, mas aqueles que o setor industrial brasileiro já importa. O objetivo é fortalecer a base dessa cadeia produtiva para essas comunidades terem o retorno financeiro e, a partir daí, poderemos ampliar. Faremos um manejo racional de produtos que já são utilizados, em especial na indústria alimentícia e cosmética, e que estão sendo importados. Selecionamos três insumos da caatinga, três da mata atlântica e dois do litoral do Nordeste. Um fator importante é que o ITCbio vai fornecer um selo de origem biotecnológica. Não se trata de indicação geográfica, mas um selo desenvolvido pelo ITCBio que irá atestar a qualidade e a origem dos insumos e dos produtos acabados. Quais os insumos que serão produzidos no sertão? Um dos insumos que selecionamos é o mel produzido na caatinga. O que ele tem de tão interessante? Essa é uma região muito árida, muito agressiva para as pessoas e para as plantas. Fazendo um comparativo, podemos imaginar que ao estar num ambiente hostil, a pessoa fica preparada para se defender a qualquer momento. Na caatinga, que tem alto estresse solar, baixa quantidade de água e competitividade por nutrientes no solo, as plantas também precisam se defender. E elas se defendem produzindo compostos para que possam se manter vivas por mais tempo, para ter uma reserva nutritiva necessária para crescer. Esses compostos apresentam maior índice de oxigenação nos seus componentes. Isso significa que eles têm um potencial antioxidante fantástico contra radicais livres. O Nordeste tem esse potencial em relação às outras regiões do Brasil. Por exemplo há um estudo mostrando que a pitanga nossa

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Capa da semana: Quem foi Gervásio Pires, governador de Pernambuco em 1821-1822?

*Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais À s vésperas do início oficial das eleições de 2022, que prometem ser históricas no Brasil, o debate do cenário nacional perpassa pelo local e vice-versa. Há 200 anos, o País estava em um outro tenso momento político, sem urnas ou santinhos, mas que seria definidor dos rumos da nação: o processo da independência, com impactos importantes no Estado. Em Pernambuco, que já vivia há quase um ano de forma autônoma da Coroa Portuguesa, cabia a Gervásio Pires a gestão do governo em meio à disputa nacional entre os monarquistas e os defensores do Brasil Imperial. Muitos pernambucanos que passam diariamente pela Rua Gervásio Pires, na Boa Vista, não conhecem a trajetória desse comerciante que se tornou o primeiro governador eleito em Pernambuco no ano de 1821. Ele morou em uma casa vizinha à Igreja Nossa Senhora do Rosário da Boa Vista, que fica quase na esquina com a rua que leva o seu nome. Nesse templo estão os restos mortais do comerciante. Antes de chegar ao posto de presidente da Junta Governativa de Pernambuco, que seria equivalente ao cargo de governador atualmente, o recifense Gervásio havia constituído negócios em Portugal, quando foi surpreendido pela chegada das tropas napoleônicas ao País. Depois, voltou ao Recife, onde se estabeleceu como comerciante até eclodir a Revolução de 1817, na qual foi participante e posteriormente preso na Bahia por quase quatro anos. É no retorno ao Estado, que ele vive o momento mais importante da sua participação política na nossa história. Em 1821, um grupo de revolucionários formam a Junta de Goiana, cercam o Recife e forçam a derrubada do último governador português no Estado, Luís do Rêgo, com a assinatura da Convenção de Beberibe. Após a queda do regime, acontece uma eleição na Igreja da Sé, em Olinda, que escolhe sete nomes para uma Junta Governativa. Mesmo sem ser o mais votado, entre os membros eleitos, ele é escolhido para conduzir o governo que se formava. “Gervásio entrou na Revolução de 1821 como um negociador, indicado pelo governador português, o que era uma demonstração da sua capacidade de transitar entre os dois polos de poder. Tanto compreendia entre os interesses locais, como da comunidade portuguesa, já que era filho de português. Era uma posição privilegiada que o colocou como grande personagem da Convenção de Beberibe, sendo depois escolhido para presidente da Junta Governativa. Ele passa apenas 11 meses no poder, sendo um período muito convulsionado, de desassossego e de tensão política permanente. Mas ele se coloca como alguém que tem como maior prioridade garantir a Pernambuco uma autonomia política e sobretudo fiscal”, afirma o doutor em história e professor da UFPE George Cabral. Leia a reportagem na íntegra na edição 196.2 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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Pieter Post, o criador da cidade Maurícia

Quando de sua chegada ao Recife, em 1637, um dos principais problemas enfrentados pelo Conde João Maurício de Nassau foi a falta de moradia. A carência de habitações fazia com que os aluguéis se tornassem seis vezes mais caros do que em Amsterdã; segundo aponta documento da época ao narrar que “as casas da Companhia são verdadeiras pocilgas […]; em um só quarto, ou melhor, na dita pocilga, caixeiros, assistentes e escriturários são alojados, em número de três, cinco, sete e oito como se fosse numa enfermaria…”. Para sanar tal problema, o Conde de Nassau deu celeridade à construção, na ilha de Antônio Vaz (hoje, Santo Antônio), do que veio a ser a Cidade Maurícia (Mauritzstaden). Iniciou a urbanização dessas área segundo um plano do arquiteto Pieter Post, que contemplava ruas, praças, mercados, canais, jardins, saneamento, pontes, devidamente demarcadas conforme se vislumbra em mapa da época publicado na obra de Gaspar van Baerle, ou Gaspar Barlaeus (Amsterdã, 1647). A nova urbe, segundo o traçado de Pieter Post (1608 – 1669), um dos principais representantes, ao lado de Jacob van Campen, do classicismo arquitetônico nos Países Baixos, trouxe um surto de progresso para a capital do Brasil Holandês. Coube ao Conde de Nassau realizar no Recife uma verdadeira revolução no âmbito da paisagem urbana; com o surgimento de uma nova cidade. Na ocasião foram construídos o Palácio de Friburgo (Vrijburg), também conhecido como Palácio das Torres, e a Casa da Boa Vista (1643). Foi João Maurício o responsável pela instalação do primeiro observatório astronômico das Américas, no qual Georg Marcgrav fez, dentre muitas outras, anotações acerca do eclipse solar de 13 de novembro de 1640 (Barlaeus). Ainda por essa época foi erguido o templo dos calvinistas franceses (1642), obedecendo ao traço do mesmo Pieter Post. A nova cidade se estendia até as imediações do atual Forte das Cinco Pontas, ocupando todo bairro de São José. Nela, tratou-se também do calçamento de algumas ruas e do saneamento urbano, além da construção de três pontes; as pioneiras em grandes dimensões no Brasil. A primeira delas ligando o Recife à Cidade Maurícia (a nova cidade erguida na ilha de Antônio Vaz), inaugurada em 28 de fevereiro de 1644, uma segunda, ligando essa ilha ao continente, na altura da Casa da Boa Vista (imediações do Convento do Carmo) e uma terceira sobre o rio dos Afogados. Sobre a construção dessas pontes, comenta o padre Antônio Vieira, no seu Sermão de São Gonçalo, a propósito da administração portuguesa no Brasil, assinalando ser “cousa digna de grande admiração e que mal se poderá crer no mundo, que havendo 190 anos que dominamos e povoamos esta terra e havendo nela tantos rios e passos de dificultosa passagem, nunca houvesse indústria para fazer uma ponte”. Ao contrário do que afirmam alguns autores, o arquiteto Pieter Post, irmão mais velho do pintor Frans Post, também esteve no Recife, em 1639, observando de perto o projeto da nova cidade. A informação vem a ser confirmada por José Antônio Gonsalves de Mello que, quando de suas pesquisas em arquivos dos Países Baixos (1957-1958), encontrou no Arquivo Geral do Reino (Algemeen Rijksarchief), em Haia, no Cartório da Companhia das Índias Ocidentais (Companhia Velha), maço n. 54, uma lista de compradores em um leilão de escravos realizado no Recife, datado de 5 de maio de 1639, na qual o “Senhor Pieter Janssen Post [adquire] dois escravos para seu serviço” (Heer Pieter Janssen Post tot sijn dienst).

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