Arquivos Colunistas - Página 8 de 295 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Visit PE 2024: Desempenho de Porto de Galinhas é destaque nacional

No segundo dia do Visit PE Travel Show, as palestras apresentaram vários dados do turismo brasileiro e pernambucano, com forte destaque para um destino: Porto de Galinhas. O balneário, que recebe nesta semana representantes de todo o País do setor no evento promovido pelo Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau (PGACVB) e pela Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas (AHPG). Destino mais procurado que a capital Na palestra da Omninbees, Rodolfo Delphorno destacou que entre todos os estados do País, o único com maior procura fora da capital é Pernambuco, com a preferência dos turistas por Porto de Galinhas. Ele destacou que Porto de Galinhas teve um aumento de demanda acima da média regional em 2024 e apontou como desafio para 2025 a diária média dos equipamentos do balneário. O aumento das receitas da hotelaria neste ano foi de 29% no destino, acima da média nacional, que foi de 22%. "A demanda internacional pode ser uma boa oportunidade para o destino, assim como a melhora do seu mix de canais". Boas perspectivas para a alta estação Robert Galdino, head corporate da Ápice Investimentos apresentou dados animadores para o setor. Ele indicou que as atividades ligadas ao turismo brasileiro deverão faturar R$ 157,74 bilhões entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025. O número é o maior dos últimos dez anos. Com o aumento de passageiros em voos nacionais e internacionais, a CNC projeta gastos elevados em bares e restaurantes (R$ 70,67 bilhões) e transporte rodoviário (R$ 37,55 bilhões). O transporte aéreo e a hospedagem também devem crescer, favorecidos pela recente redução de 21,1% nos preços das passagens, após altas superiores a 50% nos anos anteriores. Recife em destaque na Azul Na mesa que contou com as operadoras do setor aéreo, um destaque mencionado pela representante da Azul , Juliana Guerra, é que 20% de todos os passageiros que circulam pela companhia chegam ou partem do Recife. A empresa será a responsável pela mais novo voo internacional conectado com o Recife, que será para Assunção, no Paraguai. Ela participou da mesa com Marcelo Bento, da Aena Brasil , Eduardo Macedo, da LATAM, Eduardo Loyo, da Empetur, que teve a mediação de Otaviano Maroja.

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Lute como uma mulher

*Por Bruno Moury Fernandes A história, muitas vezes, parece resistir a mudanças. Por mais que os ventos soprem e o tempo avance, algumas estruturas permanecem rígidas, como se tivessem sido feitas para durar eternamente. Mas toda muralha, por mais antiga e sólida que seja, um dia cede à força do que é inevitável. E, no caso da OAB de Pernambuco, essa força tem nome e rosto: Ingrid Zanella. Depois de mais de 90 anos de história, a Ordem finalmente elegeu uma mulher para a presidência. Não foi um feito pequeno. A vitória de Ingrid veio com cerca de 1.300 votos de diferença, uma margem que pode parecer estreita, mas que representa um abismo entre o passado e o futuro. Porque sua eleição não é apenas sobre números; é sobre símbolos e rupturas. A OAB sempre foi um espaço de poder, mas também de tradições que, muitas vezes, excluíram mais do que incluíram. Ingrid rompe com essa lógica. Sua vitória não é só dela – é de todas as mulheres que lutaram para ser ouvidas, que construíram suas trajetórias em um sistema que raramente as colocava como protagonistas. É uma conquista que ecoa muito além dos corredores da Ordem e atinge a sociedade como um todo, lembrando-nos que lideranças femininas não são exceções, mas possibilidades cada vez mais reais e necessárias. Mais do que a primeira mulher na presidência da OAB-PE, Ingrid simboliza a quebra de uma casca que há tempos precisava ser rompida. Sua eleição é como o brotar de uma semente que, ao se libertar do solo, transforma toda a paisagem ao seu redor. Não se trata apenas de ocupar um cargo, mas de abrir portas, redefinir paradigmas e, acima de tudo, inspirar outras mulheres a acreditarem no seu espaço de liderança. Ingrid Zanella carrega a essência do que Frida Kahlo uma vez disse: "Pés, para que os quero, se tenho asas para voar?" Sua vitória não é apenas sobre ocupar um espaço que sempre foi dominado por homens, mas sobre abrir caminhos para que outras mulheres saibam que também podem voar, ultrapassando limites e construindo um futuro mais igualitário e representativo. E que ninguém se engane: essa mudança não é apenas simbólica. Uma mulher na presidência traz perspectivas novas, formas diferentes de dialogar, decidir e liderar. A advocacia pernambucana brinda e ainda comemora a expressiva vitória de Ingrid Zanella, a primeira mulher eleita presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Pernambuco.

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Visit PE impulsiona o turismo em Porto de Galinhas e comemora resultados do setor

A sexta edição do Visit PE Travel Show reúne hoteleiros, operadoras e técnicos do setor de turismo em Porto de Galinhas. A governadora Raquel Lyra participou da abertura ontem (3) e fez um balanço dos investimentos já em andamento no litoral sul. O alto escalão do Governo do Estado esteve representado ainda pelo secretário de turismo, Paulo Nery, e do presidente da Empetur, Eduardo Loyo. INVESTIMENTO EM SEGURANÇA Sem detalhar o anúncio, a governadora Raquel Lyra prometeu uma estrutura de segurança mais robusta para o destino de Porto de Galinhas. Ela antecipou que já tem o terreno decidido e o investimento garantido, faltando detalhes para fechar o projeto. Em seu discurso, ela pontuou os investimentos em rodovias e no saneamento do balnerário. AQUECIMENTO DAS CONEXÕES AÉREAS Eduardo Loyo destacou que o Aeroporto do Recife tem neste ano o dobro da movimentação de Fortaleza e uma vez e meia de Salvador. Esse fluxo de embarque e desembarque na capital sinaliza o aquecimento do turismo de Pernambuco no Nordeste como a bola da vez no setor turístico. Seja no turismo de sol e mar ou nos eventos corporativos, os dados do Estado estão em crescimento acelerado desde o fim da pandemia. O presidente da Empetur destacou ainda o interesse do cliente pernambucano e regional no turismo no interior, com o festival Pernambuco meu País, como um dos destaques de 2024. DE OLHO NO TURISTA ESTRANGEIRO O presidente da Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas (AHPG), Eduardo Tiburtius, e o presidente da Porto de Galinhas CVB, Otaviano Maroja, destacaram a retomada do cliente internacional, que deixou de frequentar o balneário após a pandemia. A volta dos voos diretos internacionais estão trazendo principalmente turistas da Argentina e recentemente do Paraguai. A aposta para 2025 é da captação do turista chileno para Pernambuco. A taxa de ocupação da rede para o final de ano e para o verão já tem mais de 70% vendido e a expectativa é de se aproximar dos 90%. TURISMO DE NEGÓCIOS Um dos destaques das palestras do primeiro dia do Visit PE ficou por conta de Vaniza Shuller. Ela destacou os potenciais e os gaps no atendimento ao turista de negócios, especialmente nos destinos mais típicos de lazer. A turismóloga destacou as oportunidades de gerar produtos que atendam as necessidades desse turista que tem recurso para desfrutar a cidade, mas tem horários mais restritos. RODADA DE NEGÓCIOS Um dos destaques do evento é a rodada de negócios. Em 45 mesas, são promovidas conexões diretas entre compradores e fornecedores, gerando oportunidades para firmar parcerias e expandir mercados entre as empresas locais e os players do mercado nacional e internacional. Além de conteúdos técnicos e da sensibilização dos atores políticos e empresariais, o evento tem essa característica de ser também um espaço para fechar contratos. EMPREGOS Mesmo tendo em seu território o gigante Complexo Industrial de Suape, o turismo é o maior empregador da cidade de Ipojuca. O dado é de uma pesquisa do Sebrae Pernambuco, comentada pelo gerente Alexandre Alves. A necessidade de mão de obra qualificada é sentida pelo trade local. Alexander Borges, diretor-executivo do Samoa Beach Resort, que completou 6 anos de operações, destacou que o empreendimento, que está em expansão, tem investido em qualificação profisisonal dos moradores locais.

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Wearables: tecnologia a favor do fitness e wellness

Transforme sua rotina com a revolução dos wearables. O avanço tecnológico está remodelando o cenário do Fitness e do Wellness. Descubra como os dispositivos vestíveis estão transformando vidas e o que esperar até 2025. O que são wearables e como eles impactam sua saúde? Os wearables, ou dispositivos vestíveis, já não são mais uma tendência do futuro, mas uma realidade consolidada no presente. Estes aparelhos, como smartwatches, pulseiras fitness e até roupas inteligentes, ajudam a monitorar indicadores de saúde, como frequência cardíaca, qualidade do sono e níveis de estresse. Para Henrique Pimentel, especialista em inovação tecnológica, os wearables não são apenas gadgets: “Esses dispositivos estão transformando a forma como cuidamos da nossa saúde, integrando tecnologia de ponta com um propósito claro: melhorar a qualidade de vida.” Cenário atual Com mais de 1 bilhão de wearables vendidos em 2023, o mercado vive um crescimento exponencial. Segundo um relatório da Statista, o setor movimentou aproximadamente US$ 81,5 bilhões este ano. O principal motivo desse boom? A crescente preocupação com bem-estar e performance. Os dispositivos não só monitoram dados, mas também oferecem insights personalizados. Por exemplo: Henrique Pimentel comenta: “A personalização é a chave. Cada dado coletado é uma oportunidade para ajudar o usuário a alcançar metas específicas, seja emagrecimento, ganho de massa muscular ou redução do estresse.” Projeções para 2025 Até 2025, espera-se que os wearables estejam ainda mais integrados ao ecossistema de saúde. Aqui estão algumas previsões: Henrique Pimentel prevê: “No futuro, wearables estarão integrados ao sistema de saúde pública, ajudando a prevenir doenças e reduzir custos hospitalares.” Como escolher o wearable ideal Defina seus objetivos: precisa monitorar treinos, saúde ou ambas? Considere a compatibilidade: o dispositivo deve funcionar bem com o seu smartphone ou plataforma preferida. Verifique a durabilidade da bateria: ideal para quem pratica esportes intensos ou longos. Busque funções específicas: detecção de estresse, ECG ou GPS integrado, dependendo de suas necessidades. Leia avaliações: plataformas como o TechRadar oferecem análises detalhadas. Os wearables estão moldando uma nova era no cuidado com a saúde. Mais do que ferramentas tecnológicas, são aliados no caminho para um estilo de vida mais saudável e equilibrado. “A união entre tecnologia e saúde nunca foi tão poderosa. A revolução dos wearables apenas começou, e seu impacto será ainda maior nos próximos anos,” conclui Henrique Pimentel. Quer melhorar seu bem-estar? Aposte em um wearable e experimente a revolução da tecnologia ao seu alcance. Henrique Pimentel é especialista em inovação tecnológica @hdgpimentel Manter o peso perdido é um desafio para os pacientes, diz especialista O reganho de quilos precisa ser compreendido com base na ciência para ser enfrentado com eficiência Manter o peso após o emagrecimento é tão desafiador quanto perder os quilos a mais na balança. Por isso, o reganho de peso não pode ser assunto tabu e precisa ser discutido com informação responsável. Mas, afinal, por que é tão difícil manter o peso perdido? Vários fatores colaboram para esse fenômeno. Um deles encontra explicação em nosso cérebro. Lá dentro, o hipotálamo entende que perder peso é algo ruim do ponto de vista da sobrevivência, pois a gordura é sinônimo de energia. Logo, se a pessoa perde energia, corre o risco de morrer.A partir desse mecanismo, o que o hipotálamo faz? Vai fazer de tudo para trazer de volta o peso corporal mais próximo ao peso máximo que a pessoa já teve na vida. Além disso, também é importante destacar que quando perdemos peso em um curto espaço de tempo, existe um aumento da fome em torno de quase cem calorias por quilo de peso. Essa engrenagem funciona em qualquer método de emagrecimento.  Mas na cirurgia bariátrica acontece algo diferente. O aumento da fome é registrado também, mas ao invés de cem calorias por quilo de peso, o aumento da fome vai ser de trinta calorias por quilo de peso. A bariátrica proporciona a regulação da ação do hipotálamo em obrigar nosso corpo a buscar o peso máximo. Por isso a intervenção é considerada mais eficaz, seja do ponto de vista do peso perdido ou da manutenção dele. “Importante entender esse conceito porque muitas pessoas ainda veem a cirurgia de forma equivocada. Para elas, a fome e a vontade de comer são as mesmas de antes da cirurgia, mas existe uma barreira pela diminuição do tamanho do estômago. Isso não é verdade. Com a bariátrica, passa a existir também impacto dos hormônios no cérebro, o que é fundamental para entender a eficácia da cirurgia. Porque a intervenção não é só voltada à mudança na anatomia do trato digestivo. Há mudanças hormonais, metabólicas, entre outras”, explica a cirurgiã Luciana Siqueira. A médica reforça, ainda, que nenhum estudo demonstrou que essa adaptação buscada pelo hipotálamo se dissipou com o tempo. Ou seja, o corpo sempre vai tentar retornar ao peso máximo. O alerta também vale para o “combo” falta de exercício físico, ansiedade e compulsão alimentar, considerado de alto risco para o paciente que perdeu peso. “É preciso entender que o exercício físico diminui a ansiedade, pois libera endorfina e ajuda a reduzir a vontade de comer”, completa a médica. O debate, diz Luciana Siqueira, é importante para evitar a culpabilização das pessoas em processo de enfrentamento da obesidade e a armadilha de métodos “milagrosos” de emagrecimento. Luciana Siqueira é cirurgiã bariátrica. @dralusiqueira | https://bariatricarecife.blog.br Minha dose de saúde para 2025 é... Minha dose de saúde para 2025 é focar, principalmente, nas caminhadas. Nelas, além de realizar a prática de uma atividade física, consigo me conectar comigo mesma e com a natureza.  Estou sempre buscando lugares que tragam paisagens naturais para caminhar.  Seja na praia, quando estou em viagens ou feriados, seja nos parques que hoje a cidade do Recife oferece.  Como moradora de Casa Forte, uso muito os equipamentos próximos, como o Parque Santana e o novíssimo Parque do Poço.  Acho uma delícia caminhar por lá quando chega a tardezinha. 2025 promete muitas transformações e estou em busca, sempre, do que se transforma para o bem e para minha evolução pessoal e profissional.  Sei que na

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Hemobrás comemora 20 anos e anuncia novo concurso público

Empresa fortalece soberania nacional em medicamentos e projeta produção 100% brasileira até 2027. Foto: Ascom/Hemobrás A Hemobrás, estatal vinculada ao Ministério da Saúde, comemora 20 anos de trajetória com marcos significativos para a saúde pública brasileira. Reconhecida como a única indústria farmacêutica do país com o título de Empresa Estratégica de Defesa, a instituição já distribuiu mais de 1,9 milhão de frascos de hemoderivados e 7,2 bilhões de unidades internacionais de medicamentos recombinantes para o SUS. Em 2024, a estatal alcançou recordes na coleta de plasma excedente, atingindo 160,9 mil litros até outubro, com previsão de 200 mil litros até o final do ano, consolidando seu papel no Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS). Para marcar essa trajetória, a Hemobrás anunciou o lançamento do edital de seu quarto concurso público, ampliando o quadro de cerca de 700 colaboradores. Essa expansão é essencial para o avanço das duas principais linhas de produção da estatal: medicamentos derivados de plasma humano e produtos biotecnológicos recombinantes. “Temos muito orgulho da história da Hemobrás. A Empresa faz uma diferença real na vida de milhares de pessoas e é um agente ativo na luta pela democratização da saúde brasileira”, destacou Ana Paula Menezes, presidente da estatal. Investimentos estratégicos garantem expansão Instalada em Goiana, Pernambuco, a planta industrial da Hemobrás é um marco na produção nacional de medicamentos. Com 17 prédios distribuídos em 48 mil m², a estrutura está em fase de expansão para atender às demandas do Projeto Buriti e do Projeto Betinho, voltados à nacionalização de medicamentos recombinantes e hemoderivados, respectivamente. Em 2024, a estatal também foi contemplada com R$ 900 milhões do Novo PAC, destinados à conclusão da fábrica de hemoderivados e à ampliação da Hemorrede. Serviço:

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Debate sobre Jornada de Trabalho é secundário diante da ameaça do final do bônus demográfico

Não faz sentido discutir a redução da jornada de trabalho de 6x1 para 4x3 sem olhar em perspectiva para uma questão mais complexa: o fim do bônus demográfico no Brasil. Nessa direção, atualizei um artigo sobre o tema que escrevi em dezembro de 2023 aqui na Algomais para trazer mais profundidade ao tema. O bônus demográfico ocorre quando a População Economicamente Ativa de um país, representada por trabalhadores entre 15 e 64 anos, tende a ser maior do que a soma da população de crianças (0 a 14) e idosos (acima de 65). Esse fenômeno é verificado pelo crescimento contínuo da relação entre a população ocupada sobre a população total, que pode durar entre 50 a 70 anos. No Brasil, o bônus demográfico começou na década de 1970, quando a relação entre a população ocupada e a população total era de 31,7%. Nas décadas de 2000/2010, a relação alcançou 54%, registrando o seu melhor momento entre os anos de 2004 e 2013. Nesse período, o PIB cresceu 50% e a renda per capita dos brasileiros aumentou 33%. O final do bônus demográfico deve acontecer em 2034, de acordo com estimativas do IBGE. Uma das causas é o envelhecimento da população, que se acelerou na última década. Os idosos, que representavam 5,9% das pessoas em 2010, alcançaram uma participação de 10,9% em 2022. Outra causa é a taxa de natalidade que caiu de 4,12 filhos por mulher na década de 80 para apenas 1,57 em 2023, menor do que o mínimo de 2,1 para manter o crescimento populacional. Mas o que o final do bônus demográfico tem a ver com a jornada de trabalho 6x1 ou 4x3? Estão diretamente relacionados. Isso porque a combinação da diminuição da População Economicamente Ativa, que já está em curso, e da redução de jornada de trabalho, ocasionada pela possível aprovação da jornada 4x3, vai acelerar o processo de escassez de força de trabalho. O cenário que se apresenta é a insuficiência de trabalhadores para dar conta da demanda do mercado nas próximas décadas. Portanto, a discussão sobre a jornada é lateral diante de uma questão mais complexa, que impacta negativamente o crescimento da economia e a capacidade do País de competir no mundo globalizado no médio prazo. Este é o debate que deveria estar na pauta do Congresso, envolvendo também representantes dos trabalhadores e dos setores produtivos. Aí entram dois temas que patinam há muito tempo: política de longo prazo para educação profissional e para a inteligência artificial. E com alinhamento entre elas, pois precisa haver uma complementação para evitar que a IA desequilibre o jogo. Sobre educação profissional, a primeira ação é promover a qualificação contínua da força de trabalho atual para atender às exigências da transformação tecnológica. A segunda é apoiar idosos — não apenas tecnicamente, mas também com instrumentos sociais e financeiros — para que eles permaneçam no mercado de trabalho por mais tempo ou, até mesmo, retornem da aposentadoria para ocupar os espaços que surgirão. A terceira e mais importante medida é reformular a formação dos integrantes da Geração Alpha (aqueles nascidos em 2010), que vão entrar no mercado nos próximos anos. Esses jovens trabalhadores precisam estar alinhados com as necessidades do futuro, que exigirão conhecimentos e habilidades que não estão sendo ensinados atualmente nas escolas fundamentais, no ensino técnico e no ensino superior. Sobre a Inteligência Artificial, antes vista como inimiga do emprego, ela pode se transformar em uma grande aliada nessa trajetória. Isso porque a IA melhora a produtividade onde se instala. Então, pode promover, em algum grau, uma compensação à diminuição da força e da jornada de trabalho, minimizando os riscos de uma possível estagnação econômica por falta de trabalhadores. Contudo, é preciso ser estratégico com a inteligência artificial. Não basta promover o seu desenvolvimento com foco voltado para o ganho de produtividade, minimizando, assim, os efeitos da escassez de trabalhadores no ciclo final do bônus demográfico. A política de IA precisa também ser sustentável para não causar desequilíbrio social durante o processo de adaptação do mercado de trabalho. Pelo que vimos, o debate precisa ser ampliado das horas da jornada de trabalho para as consequências do final do bônus demográfico. Olhar mais para frente é urgente. Caso contrário, o Brasil pode enfrentar um cenário contraditório, à primeira vista, mas altamente provável: grande demanda por trabalhadores e, ao mesmo tempo, alto índice de desemprego por falta de coordenação estratégica de políticas públicas.

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Pilates: caminho para equilíbrio físico e mental

Pilates: Equilíbrio para o corpo e a mente
Você sabia que o Pilates pode transformar sua saúde? A fisioterapeuta e profissional de educação física Michelle Dias destaca que a prática regular ajuda a melhorar a postura, fortalecer os músculos e aliviar o estresse. Uma rotina mais equilibrada para o físico e o mental é possível!
Confira na Revista Algomais como o Pilates pode ser seu aliado na reabilitação e no bem-estar.

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Inteligência Artificial em Debate no Senado Federal

Brasil avança na regulação da inteligência artificial: entenda o projeto de lei em debate no Senado Em meio a um cenário global de crescente preocupação com o uso ético e responsável da inteligência artificial (IA), o Brasil se destaca por sua abordagem inovadora e democrática na construção de uma legislação para a área. O Senado Federal, em um processo participativo que tem atraído atenção internacional, lidera a discussão do Projeto de Lei nº 21, de 2020, que visa estabelecer diretrizes para o desenvolvimento e aplicação da IA no país. Você pode acompanhar o andamento do projeto e ler a íntegra do texto no site do Senado: link para a página do PL 21/2020 no Senado O projeto, relatado pelo senador Eduardo Gomes, busca equilibrar a proteção de direitos fundamentais com o incentivo à inovação e ao desenvolvimento tecnológico. O senador tem se dedicado a analisar as diversas emendas propostas, buscando aprimorar o texto e garantir que a IA seja utilizada de forma segura e confiável no Brasil. Um dos pontos fortes do projeto é a ênfase na centralidade da pessoa humana e na proteção de direitos como privacidade, não discriminação e liberdade de expressão. A proposta também prevê a criação de mecanismos de governança e de avaliação de impacto algorítmico, além de incentivos à pesquisa e ao desenvolvimento de soluções inovadoras em IA. No entanto, o projeto também enfrenta desafios. A rápida evolução da tecnologia exige que a legislação seja flexível e adaptável, a fim de evitar a obsolescência e garantir a segurança jurídica. Além disso, é preciso garantir que a regulação não crie barreiras excessivas à inovação, especialmente para startups e pequenas empresas. Especialistas e representantes da sociedade civil têm participado ativamente do debate, contribuindo para a construção de uma legislação que reflita as necessidades e os desafios do Brasil. O projeto tem sido elogiado por sua abordagem democrática e participativa, que contrasta com a forma como a regulação da IA tem sido conduzida em outros países. Acompanhe as discussões e os documentos relacionados ao tema no site do Senado: link para a página de comissões do Senado O Brasil tem a oportunidade de se tornar um líder na regulação da IA, com uma legislação que promova a inovação e o desenvolvimento tecnológico, ao mesmo tempo em que garante a proteção dos direitos fundamentais. A expectativa é que o projeto seja aprovado em breve, consolidando o compromisso do país com o uso ético e responsável da inteligência artificial. Visões de nível nacional: O debate sobre a regulação da IA no Brasil está apenas começando. A aprovação do projeto de lei será um marco importante, mas é preciso continuar acompanhando os avanços da tecnologia e os desafios que ela coloca para a sociedade. O Brasil tem a chance de construir um futuro promissor para a IA, com base em princípios éticos e democráticos.

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Recife CVB comemora recorde histórico na captação de eventos em 2024

Entidade impulsiona turismo de negócios em Pernambuco com impacto de R$ 260 milhões e mais de 100 mil participantes até 2028. Foto: Wilton Marcelino O Recife Convention & Visitors Bureau (Recife CVB) encerra 2024 celebrando o melhor desempenho da última década. Com a captação de 28 eventos associativos para os próximos quatro anos, o impacto econômico estimado ultrapassa R$ 260 milhões, beneficiando setores como hotelaria, gastronomia, transporte e serviços. Esses eventos reunirão mais de 100 mil participantes, consolidando Pernambuco como referência no segmento MICE (Meetings, Incentives, Conferences, and Exhibitions). “Este foi o melhor resultado que tivemos em 10 anos. Captamos eventos que reunirão mais de 100 mil participantes, consolidando o Recife e Pernambuco como polos estratégicos no segmento MICE. Isso demonstra a força do trabalho conjunto e a relevância da nossa infraestrutura para o turismo de negócios”, afirma Carolina Oliveira, presidente do Recife CVB. Avanços institucionais e novas conexões Em 2024, o Recife CVB ampliou sua atuação com apoio a 68 eventos locais e uma taxa de conversão de 72% nas candidaturas submetidas, superando metas já no primeiro semestre. Atualmente, 72 empresas fazem parte da rede de associados, fortalecida por 78 rodadas de negócios e 50 visitas técnicas realizadas ao longo do ano. Parcerias estratégicas com instituições como Empetur e Abeoc-PE foram essenciais para esses resultados. A realização do Prêmio Anfitriões do Ano, no Restaurante Catamaran, no dia 19 de novembro, encerrou o ano com uma celebração dos esforços conjuntos para posicionar Pernambuco no cenário nacional de eventos de negócios. Perspectivas promissoras para 2025 Com 40 eventos já confirmados para 2025 e mais de 450 em prospecção, o Recife CVB está preparado para expandir sua atuação. “Estamos prontos para novos desafios, buscando o desenvolvimento sustentável do setor e da nossa região”, destaca Carolina Oliveira. Além de atrair eventos, a entidade contribui para geração de empregos, estímulo ao empreendedorismo e valorização da cultura local.

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Leonardo Gill Correia Santos

Pernambuco é o Estado do Nordeste com maior número de favelas

*Por Leonardo Gill Correia Santos O Censo 2022 divulgou em novembro de 2024 os dados sobre favelas e comunidades urbanas no Brasil. Acompanhado da publicação dos resultados, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também soltou uma nota técnica que detalha a conceitualização e a caracterização desses espaços, que resultou na alteração da terminologia “aglomerados subnormais”, utilizada no Censo de 2010, para “favelas e comunidades urbanas” no Censo de 2022, e em alterações conceituais para definir esses espaços. Em resumo, o IBGE considera favelas e comunidades urbanas os “territórios populares” com “insuficiência e inadequação das políticas públicas e investimentos privados dirigidos à garantia do direito à cidade”. Para caracterizar empiricamente os territórios, deve haver predominância de uma “insegurança jurídica da posse” dos imóveis e pelo menos uma das seguintes características: 1) ausência ou oferta incompleta e/ou precária de serviços públicos; 2) predomínio de infraestrutura usualmente orientadas por parâmetros urbanísticos e construtivos distintos dos definidos pelos órgãos públicos; 3) localização em áreas com restrição à ocupação. Com isso, a equipe de recenseadores que foi a campo no ano de 2022 tinha em mãos os elementos para identificar se os setores censitários em que realizavam as entrevistas deveriam ser caracterizados como favela ou uma comunidade urbana. O interessante da definição escolhida pelo IBGE para caracterizar favelas e comunidades urbanas é de busca dissociar os espaços das características inerentes de seus moradores e as associa ao alcance das decisões do poder público. A estrutura precária desses locais não se deve a escolhas de seus moradores mas, sim, das autoridades que têm por obrigação zelar por esses bairros da mesma forma como cuidam dos demais bairros de suas cidades. No campo, os recenseadores identificaram 12.348 favelas ou comunidades urbanas em 2022. São 16,4 milhões de brasileiros morando nesses espaços, o que equivale a 8,1% da população. Naturalmente, a proporção altera-se sensivelmente quando verificamos os dados por estado, mostrando a heterogeneidade da população brasileira por unidade da Federação. Por exemplo, São Paulo é o estado que tem maior número de favelas e comunidades urbanas do País e o maior número de pessoas que habitam esses espaços, mas isso corresponde a 8,2% da população, algo muito próximo da dimensão nacional. Amazonas com 1/3 e Pará com 1/4 de seus habitantes em favelas estão bem à frente nos números relativos. Dessa forma, as diferenças socioeconômicas afetam bastante a importância desses espaços em cada estado e, consequentemente, as estratégias de políticas públicas que devem ser aplicadas nas comunidades e favelas do Brasil. No contexto do Nordeste, a região mostra algumas disparidades intrigantes, com destaque para Pernambuco. O Estado é o que possui o maior número de favelas e comunidades urbanas entre os demais do Nordeste, com 849 unidades, ocupando a terceira posição no País, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro, os estados mais populosos do Brasil. Em seguida vêm Ceará, com 702 favelas ou comunidades urbanas, e Bahia, com 572. Números absolutos indicam trajetórias históricas de desenvolvimento e de urbanização distintas, mas ainda informam pouco sobre os detalhes de cada um desses estados. Em números relativos, Pernambuco apresenta maior proporção de habitantes vivendo em favelas e comunidades urbanas entre as unidades federativas do Nordeste, com 12% da população, seguido por Bahia e pelo Ceará, com 9,7% e 8,6% de suas populações, respectivamente. Pelas suas características típicas e dinâmicas intermunicipais, vale a pena observar as regiões metropolitanas de Bahia, Ceará e Pernambuco. Os conglomerados urbanos do Nordeste não estão em uma situação tão crítica quando os da região Norte do País, mas chamam a atenção também. A Região Metropolitana de Salvador, apesar de menos populosa que as demais, tem 34,9% de sua população vivendo em favelas e comunidades urbanas. Em seguida vem a do Recife, com 26,7%, e a de Fortaleza fecha com 19,4%. Ainda no Nordeste, os conglomerados municipais de Ilhéus (BA) e de São Luís (MA), apesar de serem menos populosos, têm, respectivamente, 36% e 33,2% de habitantes em favelas. É no nível das capitais que os prefeitos eleitos (ou reeleitos) em 2024 devem estar atentos aos números. Em Salvador, quase metade da população (43%) vive em favelas e comunidades urbanas. O Recife e Fortaleza têm pouco menos de 1/4 da população nesses territórios (24,3% e 23,8%), embora Fortaleza seja mais populosa que as demais. E é, mais uma vez, nos detalhes que os números importam. Embora com maior proporção de habitantes, em Salvador, 99,2% dos domicílios localizados em favelas e comunidades urbanas possuem acesso à rede geral de água e 93,1% têm acesso à rede de esgotamento sanitário. Em Fortaleza, os números são, respectivamente, de 91,43% e de 61%. Finalmente, no Recife, os recenseadores identificaram rede de água encanada para 88,5%, porém o esgotamento sanitário via rede geral só está presente em 45% dos domicílios em favelas. O que implica em um número alto de descarte irregular de esgoto na capital pernambucana, que eventualmente escorre para rios, córregos, valas e, inevitavelmente, para as praias. Os dados do Censo 2022 sobre favelas e comunidades urbanas ainda podem ser explorados e devem indicar o grau de precariedade de serviços públicos nos territórios. Uma grande vantagem do último levantamento é o maior detalhamento das comunidades, com dados geolocalizados nos espaços urbanos, o que permite cruzamentos com outros dados urbanos. Com isso, por um lado, torna-se mais preciso o dimensionamento das desigualdades urbanas e da precariedade de oferta de serviços públicos mas, por outro lado, permite uma proposta de soluções ajustadas às demandas de cada localidade, levando em conta as particularidades dos territórios. Dessa forma, o Censo 2022 é uma ferramenta a serviço do coletivo que deve indicar bons caminhos do que pode ser feito para levar maior qualidade dos serviços públicos às favelas e às comunidades urbanas do Brasil. *Leonardo Gill Correia Santos É doutor em ciência política pela UFPE

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