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Cultura e história

Lore espetaculo

Espetáculo “Loré” faz sua primeira temporada no Hermilo Borba Filho

Apresentações acontecem nas sextas, sábados e domingo desta segunda quinzena de julho, indo desta sexta (22/07) até 31/07 Após circular por festivais pernambucanos de teatro, o espetáculo “Loré” cumpre sua primeira temporada no Recife. O monólogo com o ator pernambucano Plínio Maciel fica em cartaz no Teatro Hermilo Borba Filho durante os dois últimos fins de semana de julho – sextas e sábados (22, 23, 29 e 30/07), às 19h30, e domingos (24 e 31/07), às 16h. No espetáculo, Plínio traz para a cena histórias que marcaram sua ancestralidade, falando sobre pertencimento e fé. Com saudosismo e bom humor, o ator, ora narrador, ora personagem, encena e conta causos engraçados sobre seus avós na cidade de Surubim, no Agreste pernambucano, onde nasceu. Através da contação, o público revive o imaginário dos avós do Nordeste e de paisagens interioranas como a feira do Loré, em Surubim, que dá nome ao espetáculo. Realizado pela produtora Noz Produz, “Loré” estreou em formato virtual através da Lei Aldir Blanc 2020. Depois de circular pelas telas do YouTube, o espetáculo finalmente chega aos palcos de Pernambuco em novembro de 2021, na Mostra de Artes do Sesc Ler Surubim. Em 2022, “Loré” integrou a grade do Trema Festival e do Janeiro de Grandes Espetáculos – no qual ganhou o Prêmio JGE Copergás de melhor direção para Rogério Wanderley – e pela primeira vez entra em temporada no Recife. Os ingressos para a primeira temporada de “Loré” podem ser comprados na bilheteria do teatro, nos dias e horários de apresentação, ou de forma antecipada pelo Sympla, pelo valor de R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia entrada). Mais informações no Instagram @nozproduz. SERVIÇO:Espetáculo “Loré” – Temporada Julho 2022Sextas e sábados (22, 23, 29 e 30/07), às 19h30Domingo (24 e 31/07), às 16hTeatro Hermilo Borba Filho (Cais do Apolo, 142 – Bairro do Recife)Ingressos: R$ 30 inteira / R$ 15 meiaVendas antecipadas pelo Sympla:Mais informações: Instagram @nozproduz

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Orquestra Jovem Criança Cidadã comemora 16 anos com “orquestra gigante” no Instituto Ricardo Brennand

Gratuita, a apresentação presta homenagem à amplitude do projeto que, desde 2006, resgata e profissionaliza crianças e jovens de comunidades em Recife e região (Da Coordenação de Comunicação) Os dezesseis anos da Orquestra Criança Cidadã serão comemorados como devem ser: com uma reverência à história das artes. Essa é uma parte do conceito que circunda o Concerto Oficial de Aniversário do projeto, que será realizado no próximo dia 23, no Instituto Ricardo Brennand, às 15h30, com entrada gratuita. Desta vez, a história da própria Orquestra é revelada pelo seu tamanho: em sua maior formação até agora, com 90 músicos, a Criança Cidadã deve se apresentar com todos os alunos de seu grupo principal, a Orquestra Jovem, junto a professores e músicos convidados da Orquestra Infantojuvenil. “Quero muito que façamos uma grande celebração, com todo mundo de todas as equipes, para que todos vejam como o projeto é extenso”, explica o maestro titular, José Renato Accioly. “Neste aniversário, quero juntar todo mundo e trazer do motorista ao coordenador geral, das auxiliares de limpeza ao soldado que nos ajuda”, reforça. O espetáculo, programado para acontecer na Galeria do Instituto que expõe arte de todo o mundo, possui um repertório que deve causar o mesmo efeito: o concerto se inicia com a Bachianas Brasileiras n° 4, de Heitor Villa-Lobos (1887-1959); as Três peças nordestinas, de Clóvis Pereira, que completou 90 anos em maio passado, e, como encerramento, a Suíte sinfônica nº 1 da ópera Carmen, do compositor francês Georges Bizet (1838-1875). Este também será o segundo concerto de aniversário que Accioly rege, contando com o especial gravado em 2021 para as comemorações de 15 anos, mas a primeira como maestro titular, e ao vivo e aberto ao público. “Da outra vez fizemos uma gravação também no Instituto Ricardo Brennand, mas sentimos muito: não há nada como ter público. A gente faz isso para eles”, afirma. Finalizando a programação de concertos de aniversário, no próximo dia 31 a Orquestra Criança Cidadã deverá se apresentar na Galeria 1 da Caixa Cultural Recife, às 15h30, em um concerto também gratuito, repetindo o repertório tocado no Instituto Ricardo Brennand. O calendário completo de concertos da Orquestra Criança Cidadã neste ano está disponível no site do projeto: http://orquestracriancacidada.org.br/concertos. A Orquestra Criança Cidadã é um projeto social incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e que conta com realização da Funarte e patrocínio máster da Caixa Econômica Federal.

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Poesia: Raíza Hanna Milfont persegue os caminhos do imaginário entre a serpente e o feminino

A escritora, professora e pesquisadora em literatura e feminismo Raíza Hanna Milfont lança seu primeiro livro autoral de poemas intitulado Sol a pino, o livro persegue os caminhos do imaginário relacionado à figura da cobra e da mulher, buscando trabalhar com a construção social relacionada ao feminino, à traição, ao pecado original e à independência e autonomia das mulheres. O livro é uma publicação da editora Castanha Mecânica, e tem encadernação especial, que se desdobra em um pôster ilustrado pela artista plástica Geisiara Lima. Sol a pino recebe encadernação artesanal pela editora, e a própria autora participa do processo de artesania dos livros. O poemário já está na pré-venda e pode ser adquirido pelo linktr.ee da editora Castanha Mecânica ou ainda pelo link a seguir: https://form.jotform.com/221765550344657. Confira alguns poemas do livro: – o perdão me pesa às costas me afunda enquanto rastejo perdoar característica feminina dizem dói perdoar por mais que seja um respiro de alívio dizem dor outra característica feminina dizem sigo então sob esse peso perdoo nem sempre a mim mas aos outros – troco minha pele de novo foram tantas as vezes que não saberia contar a todos os homens que amei me doei bordei no tecido do meu corpo seus nomes pele a pele me vi suturada ao acabar tento me descosturar mas o fio é apertado  demais para soltar então arranco tudo e fico em carne viva

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Recife 500 Anos

Cepe Editora apresenta a coleção Recife 500 anos

A iniciativa tem como parceiros a Prefeitura do Recife, UFPE e Observatório do Recife. Quatro primeiros títulos serão lançados na próxima sexta-feira (15) O Recife será a primeira capital de estado brasileira a comemorar cinco séculos de fundação, em 12 de março de 2037, e a data é marcada por ampla proposta de transformação da cidade elaborada por arquitetos e urbanistas. Um novo modelo desenhado para seus 219 quilômetros quadrados, ancorado no desenvolvimento sustentável, está documentado na coleção Recife 500 Anos, projeto da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), Prefeitura do Recife, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Observatório do Recife, com  lançamento em 15 de julho, às 15h, no auditório Brum do Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. No lançamento, a presidente da Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP), Luciana Schenk fará palestra sobre um dos livros que compõem a coleção, o Recife Exchanges Amsterdam, Holland, Netherlands: Intercâmbio internacional para reinventar a cidade. Participam da mesa do evento o presidente da Cepe, Ricardo Leitão; o reitor da UFPE, Alfredo Gomes; o prefeito do Recife, João Campos; o coordenador da Coleção Recife 500 Anos, Roberto Montezuma; e o coordenador do Observatório do Recife, Francisco Cunha. Os títulos da coleção estarão disponíveis para download gratuito no site Acervo Cepe (www.acervocepe.com.br) Cerca de 70 pesquisadores trabalharam na produção dos 12 livros que compõem a coleção, a ser publicada ao longo de 2022. Os quatro primeiros volumes são: Parque Capibaribe: A reinvenção do Recife Cidade Parque; Recife drenagem urbana: Entre rios e o mar, caminhos e descaminhos das águas na cidade; Recife 500 anos: Estratégias para construir a cidade do futuro e Recife Exchanges Amsterdam, Holland, Netherlands: Intercâmbio internacional para reinventar a cidade. Em edição bilíngue (português-inglês), a série não será comercializada e será distribuída pela Prefeitura do Recife. A coleção integra o Plano Recife 500 anos, que se tornou a base de um projeto de cidade, fruto de convênio entre a prefeitura e a UFPE, em consonância com a Nova Agenda Urbana da ONU-Habitat. A história da criação do plano remonta ao primeiro intercâmbio Recife Exchange Amsterdã, uma iniciativa do Governo dos Países Baixos, em parceria com o Itamaraty, quando um grupo de arquitetos holandeses visitou o Recife em 2011. A intenção era homenagear os 100 anos da imigração oficial da Holanda para o Brasil e para as Américas, iniciada em 1911. “Era preciso pensar o Recife de forma holística. Essa planície molhada foi muito aterrada e tinha mudado. Hoje há o Recife Metropolitano, com 1,6 milhão de habitantes e o Recife Metrópole com cerca de 4 milhões de habitantes, muito diferente daquele Recife holandês (sede da Companhia das Índias Ocidentais no Brasil, de 1630 a 1654)”, analisa o arquiteto e urbanista Roberto Montezuma, coordenador acadêmico do projeto. A coleção Recife 500 Anos, diz ele, é quase um manifesto. “O planejamento da cidade está em xeque. A cidade precisa se reinventar, o planeta também. Tudo tem que entrar num processo de reestruturação. O Plano Recife 500 Anos, assinado pela Aries (Agência Recife para Inovação e Estratégia, do Porto Digital) está alinhado com todas essas inquietações locais e globais”, diz o arquiteto e urbanista. PRIMEIROS TÍTULOS DA COLEÇÃO O livro Recife 500 Anos traça estratégias para nortear o desenvolvimento da cidade, a médio e longo prazos, e funciona como um guia para o poder público e a sociedade. Na publicação, de 185 páginas, os pesquisadores mostram caminhos para a capital pernambucana chegar a 2037 mais inclusiva, conectada e sustentável. Lançado em 2019 pela Secretaria de Planejamento Urbano do Recife e a Aries-Porto Digital, o livro é reapresentado pela Cepe Editora numa segunda versão ampliada e atualizada. Para ser inclusiva, a cidade terá de ofertar uma educação pública de qualidade que permita redução da pobreza e igualdade de oportunidades sem distinções. Para ser conectada, precisa estar dotada de vasta rede de fibra óptica, além de fazer uso, em larga escala, dos recursos da Internet das Coisas. E, para ser sustentável, deverá desenvolver economia de baixo carbono, com mais geração e distribuição de energia solar, redução do consumo de combustíveis fósseis e aumento da cobertura vegetal. Em Parque Capibaribe – A reinvenção do Recife Cidade Parque, as propostas são detalhadas em 328 páginas ilustradas com fotos. O  título traz como desafios para a cidade a revitalização das margens do Rio Capibaribe, o aumento da área verde e a articulação de corredores ambientais que possam reduzir a temperatura, diminuir a emissão de gás carbônico e criar mais espaços de lazer. É organizado pelos arquitetos Circe Monteiro, Luiz Vieira e Roberto Montezuma, que avaliam a configuração atual e futura da cidade, e prefaciado pelo prefeito do Recife, João Campos. Produto de três eventos que resultaram num trabalho colaborativo entre arquitetos da UFPE e da Holanda, Recife Exchanges Amsterdam, Holland, Netherlands: Intercâmbio internacional para reinventar a cidade foi organizado pelos arquitetos Roberto Montezuma, Fabiano Diniz, Luiz Vieira, José Evandro Henriques e Mila Avellar. Com 318 páginas, traz propostas para melhorar o uso dos cursos d’água (rios e canais) e dos manguezais, para ampliação de áreas verdes e para a criação de um sistema de transporte intermodal integrado (bicicleta, BRT, teleférico, barco, metrô) que permita a conexão entre parques, com ruas arborizadas. Tudo apoiado na experiência da Holanda com despoluição de canais e recuperação de margens de cursos d’água. Recife drenagem urbana – entre rios e o mar, caminhos e descaminhos das águas na cidade, título organizado  pelo engenheiro civil e professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE Ronald Vasconcelos, aborda  um dos mais sensíveis desafios: a convivência e o manejo das águas pluviais. Banhada pelo Oceano Atlântico, cortada por oito bacias de rios, situada, em parte, no nível do mar e contando com 99 canais, o Recife ocupa a 16ª posição no ranking das cidades mais vulneráveis à mudança climática no mundo devido ao avanço do nível do mar de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Soma-se a isso o fato dela ser a capital do estado que possui a maior taxa

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Filmes apresentados no Cine PE Festival do Audiovisual estreiam na Itaú Cultural Play 

Com oito produções, entre documentários e ficções, a plataforma do cinema brasileiro do Itaú Cultural passa a contar com obras premiadas nas edições de 2018 a 2021 no festival de cinema pernambucano. Protagonismo feminino, dificuldades de viver na seca do sertão e o sentimento de orgulho pela cultura popular local são alguns  dos temas dessa seleção que marca o movimento audiovisual de Pernambuco.  A Itaú Cultural Play acrescentou em seu catálogo uma seleção especial com produções apresentadas nas últimas três edições do Cine PE Festival do Audiovisual, um dos mais tradicionais festivais de cinema do país. Com curadoria do próprio festival, foram selecionados sete documentários e uma ficção, que têm como tema principal a atualidade e diversidade cultural do estado de Pernambuco. Entre os destaques, dois filmes de 2018 dirigidos por mulheres: o curta-metragem Cor de Pele, de Livia Perini Borjaille, premiado na edição daquele ano do festival, e Entremarés, de Anna Andrade, produção que reforça o protagonismo feminino na manutenção da Ilha de Deus, um dos maiores manguezais do mundo.  O acesso à plataforma de streaming Itaú Cultural Play é gratuito e acessível para dispositivos móveis IOS e Android, e pode ser acessada pelo site www.itauculturalplay.com.br.  Com 20 prêmios em festivais nacionais e interacionais, entre eles o de melhor documentário no Festival Internacional de Curtas de Boston (EUA), Festival de Cinema de São Paulo e o Cine PE, em Cor de Pele se destaca pela leveza com que Livia retrata os dilemas de seu personagem e seu desejo de superar o preconceito. A história acompanha a narrativa de Kauan, um jovem de 11 anos que tem dois irmãos albinos, assim como ele, e outros três negros, como seus pais. Com bom humor e desenvoltura, o simpático garoto conta o seu cotidiano e de sua família na cidade de Olinda, um reduto da cultura negra em Pernambuco.  Documentário que volta a integrar à programação da Itaú Cultural Play, Entremarés mostra um olhar sensível de Anna sobre a rotina e experiências de um grupo de mulheres que depende da pesca para sobreviver na Ilha de Deus, região periférica de Recife. Premiado internacionalmente no Bucharest ShortCut Cinefest – Bucharest, da Romênia, e no Festival de Cinema Ciudad de México, o filme descreve a relação dessas mulheres com os ciclos da natureza local, a força das águas e marés, e sua luta cotidiana pela preservação da ilha.    No documentário Nós, que ficamos, de 2020, o cineasta Eduardo Monteiro destaca as belezas do sertão pernambucano ao mostrar a história de quatro famílias que resistem à seca, o desmatamento e à especulação imobiliária. Baseados em tradições ancestrais e na esperança por dias melhores, os moradores locais se mobilizam para não saírem de suas terras, que foram dominadas pelas minas de pedras de gesso e com a implantação de um parque eólico na região em que vivem.   Em Pega-se facção, também de 2020, a diretora Thaís Braga mostra como a costura domiciliar se tornou uma alternativa de sobrevivência nos períodos de seca na zona rural entre Caruaru e Toritama, no Agreste pernambucano. O som incessante das máquinas de costura faz as vezes de trilha sonora e aproxima o espectador da dura realidade das costureiras. O protagonismo feminino desse sensível documentário, narrado em primeira pessoa, é visto na tela e também nos bastidores, já que toda a equipe de filmagem é formada por mulheres.  Com direção de Tauana Uchôa, Cozinheiras de Terreiro (2020) expande a compreensão sobre a cultura das religiões afro-brasileiras sob a ótica das mulheres, com destaque para depoimentos das labassês, conhecidas como mães de cozinha. Essas mulheres são responsáveis pelo preparo dos alimentos sagrados destas religiões e ainda cumprem uma tripla jornada de atividades, que incluem o trabalho dentro e fora de suas casas e nos terreiros.  No curta-metragem Dona Dóra. A mística do boi, realizado em 2020 por Adalberto Oliveira, uma série de entrevistas e cenas captadas durante o carnaval de Camaragibe registram a beleza do Boi Rubro Negro. Trata-se de uma brincadeira de rua, criada na década de 1960 e que segue animando o espaço público da cidade pernambucana entre saberes tradicionais e a fé da comunidade. O filme reforça, também, o amor do povo por Dona Dóra, fundadora do bloco, e o envolvimento de todos na produção da festa, a exemplo do trabalho voluntário das costureiras que tecem as roupas dos brincantes.  Em Eu.Tempo (2019), a diretora Thaíse Moura interage com o seu próprio filme fazendo intervenções como narradora, personagem e entrevistadora, a partir de suas próprias memórias afetivas na casa da avó. O documentário se estende à casa dos entrevistados participantes, criando um ambiente de intimidade com o espectador. Com reflexões sobre a passagem do tempo e suas diferentes formas de senti-la, o enredo da história dialoga com as ideias de um historiador que investiga a percepção desse tempo na sociedade desde a Revolução Industrial.   A trilha sonora e a noite underground do Recife nos últimos anos ganham destaque em Playlist (2020),comédia dirigida por Pedro Melo. Na história, um rapaz conta com ajuda dos companheiros de apartamento para reconquistar sua ex-namorada. Com uma seleção de músicas que trazem nomes como Reginaldo Rossi, Bob Marley, Duda Beat, Potyguara Bardo, entre outros, eles criam uma playlist especial em homenagem a ela. Porém, nem tudo sai como planejado.  SERVIÇO:  Itaú Cultural PlayMostra Cine PE A partir de 15 de julho de 2022   Em www.itauculturalplay.com.br   Nós, que ficamos (2020)  De Eduardo Monteiro  Duração: 71 min  Classificação indicativa: 10 anos (medo)Cozinheiras de Terreiro (2020)  De Tauana Uchôa  Duração: 16 min  Classificação indicativa: LivreEntremarés – reestreia (2018)  De Anna Andrade  Duração: 20 min  Classificação indicativa: 12 anos (Drogas lícitas)Pega-se Facção (2020)  De Thaís Braga  Duração: 12 min  Classificação indicativa: 10 anos (Drogas lícitas, violência e linguagem imprópria)Eu.Tempo (2019)  De Thaíse Moura  Duração: 18 min  Classificação indicativa: 10 anos (Drogas lícitas, violência e linguagem imprópria)Cor de Pele (2018)  De Livia Perini Borjaille  Duração: 14 min  Classificação indicativa 10 anos (Linguagem imprópria)Dona Dóra. A Mística do Boi (2021)  De Adalberto Oliveira  Duração: 12 min  Classificação indicativa: Livre  Playlist (2020)  De Pedro Melo  Duração: 17 min  Classificação indicativa: 12 anos (Drogas lícitas, linguagem imprópria e medo) 

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Entre nos talvez estejam multidoes Aiano Pedro Maia

Janela de Cinema realiza edição especial

A programação é realizada de 12 a 24 de julho, com mostras no Cinema da Fundação  e Cineteatro do Parque, pré-estreias, aulas presenciais e online, oficina e lançamento de nova cópia do filme “A Rainha Diaba” (1974), estrelado por Milton Gonçalves. O festival Janela Internacional de Cinema do Recife realiza uma edição de transição de 12 a 24 de julho. A programação marca o retorno do evento às salas de cinema do Recife, com duas mostras especiais e inéditas, além de pré-estreias e atividades especiais. Em 2021, o festival foi realizado em formato experimental e online, devido a pandemia da Covid-19. A última edição presencial foi em 2019. O ciclo de atividades antecede a retomada do formato tradicional do festival, que terá sua décima quarta edição em novembro deste ano, com mostras competitivas. O Janela traz nesta edição especial uma mostra com todos os longas-metragens da cineasta estadunidense Kelly Reichardt, considerada um dos principais nomes do cinema independente mundial; a mostra  Ladrões de Cinema, com curadoria dedicada à presença marcante de atores e atrizes negras na história do cinema brasileiro; as estreias dos premiados longas brasileiros “Rio Doce”, de Fellipe Fernandes, e “Entre nós talvez estejam multidões”, de Aiano Bemfica e Pedro Maia de Brito, a pré-estreia do longa de terror “Crimes of The Future”, de David Cronenberg, exibido no Festival de Cannes; uma obra inédita comissionada da artista Anti Ribeiro; o programa de curtas comissionados Eu Me Lembro; cinco aulas-encontros com diferentes temas e formatos, incluindo uma conversa com Antônio Pitanga; e o workshop 2ª Janela de Criação, dedicado a se debruçar sobre arquivos fotográficos de populações trans. A curadoria desta edição especial é formada por Luís Fernando Moura, Lorenna Rocha e Rita Vênus. Na terça-feira (12/07), às 19h, o festival realiza um diálogo online da equipe de curadoria com o público através do site do festival. Como parte da mostra Ladrões de Cinema, em parceria com a organização Cinelimite e o laboratório Link Digital, o Janela promoveu a digitalização dos negativos do filme “A Rainha Diaba” (1974), que será apresentado pela primeira após a ação de preservação. Estrelado pelo ator Milton Gonçalves, falecido este ano, o filme cinquentenário é dirigido por Antonio Carlos Fontoura, que estará presente no festival para debate, bem como a consultora do processo de digitalização, Débora Butruce. O festival Janela de Cinema mais uma vez se dedica a trazer filmes inéditos e especiais, difundir e preservar os arquivos de cinema e promover trocas de conhecimento e experimentos sobre o audiovisual e a cultura brasileira contemporânea e mundial. As sessões e atividades do ciclo são realizadas no Cinema da Fundação (Derby) e Cineteatro do Parque, além de dois encontros online. Toda a programação detalhada e sinopses estarão disponíveis no site https://www.janeladecinema.com.br/.  A edição especial do Janela de Cinema é realizada pela Cinemascópio Produções com incentivo do Funcultura, Fundarpe, Secretaria de Cultura, Governo de Pernambuco e apoio da Embaixada da França. O Janela tem direção artística de Kleber Mendonça Filho e Emilie Lesclaux, coordenação de programação de Luís Fernando Moura, coordenação de produção de Dora Amorim, assistência de produção de Juliana Soares, e produção executiva de Carol Ferreira, assessoria de imprensa de Flora Noberto e conteúdo para redes sociais do Mirah Ateliê de Ideais (Juliana Santos e Paula K.). A identidade visual do Janela é assinada pela designer e artista Clara Moreira a partir de imagens da intervenção do coletivo Coque Vídeo no Centro do Recife, realizada pelo festival em 2021. “No final do ano, o Janela deve retomar o formato que conhecemos antes do início da pandemia, e esta edição de agora marca um retorno do Janela à cidade – mais um experimento, e também extremamente especial, que montamos com olhos e ouvidos atentos”, diz Luís Fernando Moura. “Nesta edição, trazemos o conjunto da obra de Kelly Reichardt pela primeira vez ao Brasil, propomos um olhar para a filmografia brasileira com cópias raras ou inéditas e exibição de filmes especiais. Em torno disso, estamos experimentando o que é retornar às salas também através das Aulas do Janela, atividades em que nos debruçamos sobre as imagens que nos cercam, dos arquivos, aos ícones, ao que vemos na internet. Um festival de cinema é um espaço de formação em muitos sentidos, é um lugar de experimentação coletiva em torno de imagens”, explica.  MOSTRAS – A mostra Kelly Reichardt Integral traz pela primeira vez ao país o conjunto de sete longas-metragens da cineasta estadunidense: “Rio de Grama”, “Antiga Alegria”, “Wendy e Lucy”, “O Atalho”, “Movimentos Noturnos”, “Certas Mulheres” e “First Cow: A Primeira Vaca da América”. Reconhecida pela crítica mundial e presente nos principais festivais, sua obra dirige um olhar contemporâneo à identidade do continente americano e particularmente dos Estados Unidos, revisitando os efeitos da colonização nos EUA e o estado de espírito de personagens forasteiras, frequentemente mulheres, através de dramas íntimos, histórias de viagem e amizade e uma versão própria de uma perspectiva sobre gêneros do cinema americano, como o western. Outro destaque será a mostra Ladrões de Cinema, uma seleção dedicada a olhar a história do cinema brasileiro a partir do protagonismo dos artistas negros e negras. A mostra é uma pequena seleção de cinco longas-metragens, filmes de 1957 a 2018, a partir de cópias digitais disponíveis para cinema, em DCP, que investigam a ideia de Brasil com as presenças marcantes de artistas como Grande Otelo, Léa Garcia ou Antonio Pitanga. “Nesta mostra, a ideia de autoria é de certo modo subvertida, sendo que o eixo com que olhamos a história passa a ser o que e quem está em frente às câmeras, particularmente estes artistas que, através da atuação, indicam que há uma história da arte a ser contada a partir destas presenças memoráveis, incontornáveis, mobilizadoras de todo um imaginário”, diz Luís Fernando Moura.  Entre os filmes da Mostra Ladrões de Cinema, está “A Rainha Diaba” (1974), protagonizado por Milton Gonçalves, grande talento da dramaturgia brasileira que faleceu recentemente. Com roteiro de Plínio Marcos, Milton interpreta um personagem inspirado em João Francisco dos Santos,

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Banda Virtus Divulgacao

Rock Na Calçada celebra Dia do Rock (13/07) com shows na Rua da Moeda

Apresentações gratuitas acontecem a partir das 20h desta quarta, marcando também os 7 anos de existência do festival O Dia Mundial do Rock, comemorado no dia 13 de julho, ganha celebração no coração do Bairro do Recife. O Festival Rock Na Calçada (RNC) realiza edição especial comemorativa à data nesta quarta-feira (13/07), a partir das 20h, com shows gratuitos na Rua da Moeda. A noite abre com show da Virtus, banda de punk rock revelação na cena underground do Recife, representando o rock autoral produzido na cidade. Na sequência, a banda Come Together faz tributo aos Beatles, com releituras dos principais sucessos da banda britânica, homenageando o rock mundial. Nos intervalos dos shows, o DJ Stoned Set discoteca os clássicos do rock de todos os tempos. “Rock é rock, seja ele autoral ou cover. Nosso intuito é celebrar a força que o gênero musical tem na história da nossa cidade e do mundo, homenageando tanto a produção autoral pernambucana quanto os Beatles, que ajudaram a difundir o rock mundo afora”, comenta Du Lopes, produtor e idealizador do festival. Essa é a primeira apresentação presencial realizada pelo Rock Na Calçada no Recife desde a pandemia da Covid-19. Após dois anos de atividades remotas, o festival – que passou por São Paulo em maio passado – está de volta à Rua da Moeda, endereço no qual a iniciativa iniciou suas primeiras edições, em 2015. “Esta edição do Dia do Rock também marca os 7 anos de existência do Rock Na Calçada. Para isso, nada melhor do que estarmos na Rua da Moeda, onde tudo começou”, comenta Du. Esta será a 29ª edição do RNC, que já levou a palco artistas como Juvenil Silva, Gelo Baiano, Mestre Anderson Miguel, Vício Loucos e Mascates. SERVIÇO:29º Festival Rock Na Calçada (RNC) – Dia Mundial do Rock 2022Com as bandas Virtus e Come TogetherQuarta-feira, 13 de julho de 2022, a partir das 20hRua da Moeda (Na calçada da antiga Casa da Moeda)GratuitoMais informações: Instagram @rocknacalcada

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nuna nilo livro

Tempo de férias também é tempo de ler Nina e Nilo

*Por Paulo Caldas Até aonde vai a capacidade de imaginar? Seja criança ou não, o vírus da curiosidade ataca com o mesmo afã. Do mesmo modo que os pequenos excedem os limites do crível, os adultos se entregam a decifrar mistérios, até então ocultos no silêncio do desinteresse coletivo, como fez o escritor Aldo Gusmão neste “Nina e Nilo: uma aventura interestelar”. Os pequenos Nina e Nilo, cada um no seu universo, protagonistas dessa aventura pelos infinitos, comungam dos mesmos sonhos e contemplam a amplidão com inquietude e avidez. Buscam contatos, recados, registros e espreitam que segredos vão revelar as sondas Voyager 1 e 2, vagando no espaço há 45 anos. O livro, que traz ilustrações caprichadas e projeto gráfico de Letícia Santiago, revisão de texto de Letícia Garcia, foi impresso na Gráfica e Editora Liceu, pode ser encontrado na Livraria da Praça, em Casa Forte. *Paulo Caldas é Escritor

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SILVANIA RAMOS FOTOGRAFA MORGANA NARJARA 2

Mostra de dança exalta a mulher nas danças de matriz afro-indígena

A I Mostra Obinrin-Kunhã de Dança acontecerá nos dias 14, 15 e 16 de julho, no Youtube, com a exibição de 17 solos inéditos e rodas de diálogos entre mulheres. (Foto: Morgana Narjara) Com o intuito de jogar luz na beleza, na força e no protagonismo das mulheres nas danças populares de matriz e motriz afro-indígena, sendo este um importante espaço para a visibilidade, o empoderamento e o fomento artístico feminino, a I Mostra Obinrin-Kunhã de Dança acontecerá virtualmente nos dias 14, 15 e 16 de julho (quinta e sexta-feira a partir das 20h, e sábado a partir das 19h) com acesso livre pelo Youtube (canal I Mostra Obinrin-Kunhã de Dança) – link disponível no Instagram @mostraobinrinkunha. O projeto possui incentivo da Lei Aldir Blanc 2021. Nos três dias de programação, serão apresentados 17 solos inéditos de dança, cada um com duração de até 10 min, exaltando o brilho de mulheres com trajetórias expressivas em seus movimentos e danças tradicionais como caboclinhos, maracatu, afoxé, xaxado, cavalo-marinho, frevo, samba-de-roda, coco, capoeira, entre outras, além de rodas de diálogos. Os trabalhos serão distribuídos em eixos que dialogam sobre re(existência), memória, espiritualidade, história, ancestralidade e continuidade. Entre as participantes que apresentarão seus solos, estão mestras da cultura popular, artistas da dança, brincantes e criadoras-intérpretes. São elas: Zenaide Bezerra, Mestra Jeane Ferreira, Mestra Nice Teles, Maria Inêz, Denise Maria, Luciana Souza, Mirtes Ferreira, Iara Campos, Taynã Fortunato, Janaína Santos, Juliana Ramos, Silvania Ramos, Priscilla Tawanny, Josy Siqueira, Islene Martins, Marcela Santos e Marcela Rabelo, que também é produtora cultural e idealizadora da mostra. Nas rodas de diálogo, para pensar a trajetória e os desafios de ser mulher da dança e da cultura popular, estarão presentes as artistas da dança Vilma Carijós, Amélia Veloso, Adriana do Frevo, Zenaide Bezerra, Janaína Santos, Marcela Rabelo e a historiadora e pesquisadora da cultura popular Carmem Lélis. “Obinrin (Obìnrin em Yorùbá, mulher, força do feminino) e Kunhã (do tronco tupi-guarani, mulher, moça, liderança feminina) são palavras que se apresentam para nomear a mostra numa perspectiva de reflexão, de busca e de retomada de valores e princípios para pensar as danças populares, afro-indígenas e brasileiras como lugar de produção de conhecimento, reconhecimento de nossa história e do papel das mulheres neste processo. Através dos trabalhos solos apresentados por artistas da dança e da cultura popular, a mostra visa ressaltar o trabalho de mulheres, que através do fazer artístico, sociocultural e ritualístico, reconhecem sua própria identidade e história, frente a um mundo que cada vez mais insiste no apagamento, desvalorização e na invisibilidade da importância destas danças para o entendimento de si  enquanto ser protagonista de uma humanidade que preza a coletividade dos seres”, explica a artista da dança Marcela Rabelo, produtora cultural e idealizadora da mostra.             A Mostra, que possui incentivo da Lei Aldir Blanc 2021, conta no total com uma equipe de 40 profissionais, onde 80% são mulheres. Com coordenação de Marcela Rabelo, produção executiva de Felipe França e produção de Marriane Costa, a mostra também buscou, desde o processo de sua elaboração, o posicionamento do lugar de protagonismo e poder de decisão das mulheres integrantes de cada uma das etapas e funções desempenhadas no projeto. Para Marcela, este é um passo importante não só como mulher, mas como artista da dança, onde as decisões na feitura do projeto são centradas a partir do posicionamento das artistas envolvidas, respeitando suas escolhas e o tempo cotidiano de participante (tendo em vista que além do trabalho com a dança, com a comunidade e com o entorno que ela propicia, muitas das artistas e mestras também são mães). “Viabilizar não só espaços de visibilidade e fala para as mulheres artistas da dança e da cultura popular, mas poder de decisão sobre os recursos é também reparação histórica. Que mais e mais de nós possamos protagonizar e decidir”, negrita a idealizadora da mostra. PROGRAMAÇÃO DIA I | 14/07 | OBINRIN-KUNHÃ: RE(EXISTÊNCIA) E MEMÓRIA A FORÇA DAS RUAS (1min30) Josy Siqueira PENACHO AMARELO, MULHER E ANCESTRALIDADE CABOCLA (7min) Mestra Jeane Ferreira IJÓ ASÈ ERÊ (4min) Janaina Santos  CORPO MEMÓRIA (7min28) Taynã Fortunato SOU A BELEZA QUE DANÇA E NÃO SILENCIA (3min 46) Juliana Ramos A RESISTÊNCIA DO MARACATU FEMININO DE BAQUE SOLTO CORAÇÃO NAZARENO (4min) Denise Maria RODA DE DIÁLOGO DIA II | 15/07 | OBINRIN-KUNHÃ: ESPIRITUALIDADE, HISTÓRIA E REVOLUÇÃO JACIRA (5min39) Iara Campos O FUTURO DO PASSADO E O PASSADO DO FUTURO (2min30) Islene Martins MARAVILHOSAS PERNAMBUCANAS (7min) Priscilla Tawanny MINHA DANÇA TEM HISTÓRIA! (6min) Mirtes Ferreira TAPUIA DO CANINDÉ (8min) Silvania Ramos SAUDAÇÃO AS YÁBÁS (5min) Maria Inêz RODA DE DIÁLOGO DIA III |16/07 | OBINRIN-KUNHÃ:  ANCESTRALIDADE E CONTINUIDADE DE RAIZ PRA RAIZ (5min) Marcela Santos NO PASSO DA VIDA…SÃO DOIS PARA LÁ DOIS PARA CÁ (3min) Zenaide Bezerra O LEGADO (8min) Mestra Nice Teles FOLHAS (3min) Luciana Souza DA SERPENTE À ROSEIRA, SALVE AS ARRUACEIRAS! (8min) Marcela Rabelo RODA DE DIÁLOGO

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Sumaya Espelho dagua

MAMAM recebe exposição colaborativa Isto é um roçar de mãos?

“Isto é um roçar de mãos?” é a pergunta-provocação que nomeia a próxima exposição coletiva no Aquário Oiticica, sediado no Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam). A mostra reúne os trabalhos dos artistas Kaísa Lorena, Mitsy Queiroz e Sumaya Nascimento que, a partir de reuniões iniciadas em janeiro deste ano, apresentam 23 obras-híbridas, nas quais a mistura de linguagens, processos criativos, afetos, materiais, técnicas, suportes e conceitos serviram enquanto mote expositivo. A exposição contou com a curadoria de Guilherme Moraes, editor da Revista Propágulo e pesquisador no Programa Associado de pós-graduação em Artes Visuais da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e Ana Gabriella Aires, professore, escritore e pesquisadore associada ao Programa de Pós-Graduação em Literatura Comparada da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Em conjunto, a dupla de co-curadores atuou enquanto testemunhas, ouvintes e conversadores dentro dos encontros, contribuindo com interrogações e observações que se transformavam, gradativamente, em debates metalinguísticos sobre os processos de curadoria, socialização e criação coletiva desenvolvidos ao longo dos últimos seis meses. “Isto é um roçar de mãos?” foi incentivado pela Prefeitura do Recife, por meio do edital de fomento à cultura Recife Virado, e é um desdobramento da pesquisa de Mestrado de Kaísa, intitulada “O entretecer estético-político para criação poética de imagens híbridas: um estudo teórico e prático de criar em rede tecendo junto a corpos dissidentes”. Dentro da pesquisa, a artista-proponente da mostra pretende investigar processos criativos dentro de dinâmicas de criação em rede, herança de uma auto-observação: “comecei a pensar sobre como era mais estimulada a criar quando estava com outras pessoas”, explica em uma das reuniões. Partindo da observação da bricolagem como forma de produção, isto é, um trabalho manual feito de improviso e que aproveita materiais diferentes, o ponto de partida para a reunião dos três artistas foi o ato de entretecer, que significa vamos tecer juntos. Por isso, durante o período de imersão, os artistas compartilharam uma espécie de diário de campo coletivo, em que foram estimulados a incorporar o imprevisível dos percursos de produção artística ao diálogo e dinâmicas de produção construídas entre eles em cada encontro. “Pudemos ver Mitsy Queiroz, artista e arte-educador, desafiar suas colegas a partir de produções suas, solicitando, para o encontro seguinte, a realização de imagens fotográficas arranjadas em frase. Em um encontro seguinte, após a socialização e conversa sobre o exercício posto por Mitsy, a artista Sumaya Nascimento foi propositora de uma nova partida que se sucederia: cada um dos outros dois artistas deveria, em uma semana, apresentar-lhe uma produção tridimensional. Desses entrecruzamentos foi-se criando um processo de socialização de inquietações e vontades relativas a cada investigação individual em curso, como também sendo propostos, paulatinamente, pontos de contato e contaminação entre poéticas dispostas a se parearem no espaço-tempo desta ação”, explicou Guilherme Moraes no comentário curatorial da Exposição. A exposição “Isto é um roçar de mãos?”, pergunta retirada do poema de Carlito Azevedo, crítico e poeta brasileiro, não deve ser pensada enquanto produto final, mas enquanto processo de constante construção. “As reuniões foram momentos de andanças em direção aos outres”, escreve Euana, autora do texto curatorial. “Entretecidos entre si e entre as obras – que em dado momento têm a autoria contaminada – ficamos todos. Como não ficar, no aqui e no agora? […] Eis, pois, a mostra de diálogos, afetos, a mostra do contato que para acontecer sempre tiveram e continuam tendo os próprios afetos enquanto guia, um roteiro errante”, pontua em outro trecho. Após a inauguração, a mostra colaborativa fica aberta para visitação até 30 de julho, de terça-feira a sábado, das 12h às 17h. Ao todo, somam-se 23 obras, entre elas, 12 fotografias, uma instalação, 4 esculturas e 2 livros-objetos. SERVIÇO MAMAM recebe exposição colaborativa Isto é um roçar de mãos Siga no Instagram: @entre_tecer

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