Arquivos Cultura E História - Página 122 De 371 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Cicero Belmar FotoDeCarlosLima

Cícero Belmar expõe memória e esquecimento em livro lançado pela Cepe

Jornalista, romancista, autor de peças teatrais, de biografias e de obras infantis, Cícero Belmar Siqueira Rodrigues apresenta seu mais novo trabalho: O livro das personagens esquecidas. A publicação reúne 25 contos e será lançada pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) quinta-feira, 17 de março, às 19h, na sede da Academia Pernambucana de Letras, localizada no Recife e onde ele ocupa a cadeira de nº 33. Com um jogo equilibrado entre realidade e ficção, o livro retrata as múltiplas faces do Brasil e nas personagens esquecidas caberiam muitos brasileiros. Cícero Belmar explorou sua experiência profissional para escrever os contos, que passeiam por questões de natureza política, social, religiosa e urbanística. “Como sou jornalista, tenho um defeito de fábrica, de não criar as histórias a partir de uma ficção. Todas elas têm um pé na realidade. Até mesmo aquela cujo título é Esquecidos por deus. Essa, eu criei a partir de um caso jornalístico. De um recorte de jornal. Eu invento a partir de elementos do fato jornalístico. Digamos que em cada conto eu usei 50% de realidade. É a minha ‘técnica’ de criação”, declara o escritor. As histórias narradas nas 144 páginas do livro foram escritas ao longo de vários anos, diz ele, entrelaçadas pelo tema do esquecimento e da memória. “Eu levo isso às últimas consequências, como se o fazer literário dependesse da própria memória para ser contada. A memória é prima-irmã da literatura, na minha opinião”, destaca. Nesse cenário, nascem a mulher que vai se desligando da vida por causa de uma doença neurodegenerativa, o comunista que esquece para continuar vivo e um velho casarão derrubado em nome da modernidade. “Quero apenas contar histórias que se pareçam com a vida real”, afirma Belmar, pernambucano de Bodocó, no Sertão. Não à toa, muitos leitores, ao fechar o livro, poderão ficar com a impressão de que já viram alguns desses personagens, como a criança que engraxa sapatos em bares numa presença quase invisível. O livro leva a reflexões sobre a vida e o tempo. E como diz o protagonista do conto Dente de Ouro: “Eternidade é uma coisa que ninguém tem prova de que existe. O que existe é um lugar nas nossas lembranças para a gente guardar a história das almas.” Os contos selecionados para compor O livro das personagens esquecidas passaram pelo crivo de Raimundo de Moraes, Cleyton Cabral, Gerusa Leal e Lúcia Moura (falecida em 2021 por complicações da covid), escritores do grupo de oficina permanente Autoajuda Literária, do qual Belmar também faz parte. Cleyton, Gerusa e Raimundo participarão da solenidade de lançamento da publicação e vão dividir a mesa com o autor num bate-papo sobre o livro. “O título, inclusive, nasceu a partir de uma sugestão de Cleyton”, acrescenta o jornalista. Entrevista com o autor O Livro das personagens esquecidas sugere (ou pode sugerir) que se trata de pessoas que fizeram algo extraordinário e não tiveram o devido reconhecimento. Mas não é isso. São pessoas comuns com histórias marcadas pelo esquecimento. Sua fonte de inspiração para escrever os contos é a vida como ela é? Cícero Belmar - Gosto muito de retirar o sentido das coisas vividas. A literatura, assim como a vida, depende do nosso olhar. Da maneira como vemos as coisas. Uma cena do cotidiano pode estar repleta de sentido, de poesia, de beleza, dependendo da maneira como a vimos. Dependendo da nossa capacidade de ver a simbologia das coisas, os detalhes. Há literatura no dia a dia, nas coisas que fazemos, nas coisas mínimas do cotidiano. A diferença da vida para a literatura é que a primeira é mais objetiva. A vida é a terceira dimensão e, a literatura, a quinta. Nós a retiramos da quinta e a colocamos no plano da leitura, que seria uma quarta dimensão de nossa existência. No caso desse livro, eu procurei ver as histórias pelo prisma de memória, do esquecimento. Eu escolhi contar as histórias a partir desse prisma. A memória é fio condutor da literatura e de nossas vidas? O esquecimento é uma ameaça para a literatura e para nossas vidas? Pelo sim, pelo não, ambos, assim como as lacunas do tempo, são aliados do fazer literário quando o filtro da fantasia é quem recria o passado. Você aborda o esquecimento em suas formas mais variadas, desde aqueles que se esquecem, pela necessidade de viver, passando pelos que são esquecidos. Qual é o pior dos esquecimentos para você? Belmar - O esquecimento, em geral, é ruim quando botamos panos quentes sobre fatos históricos traumáticos. O esquecimento é ruim quando ele se camufla e faz com que esses fatos possam voltar a acontecer. A memória é nossa história, somos nós mesmos e nossos aprendizados. Não podemos esquecer aquilo que nos serve de exemplo, para buscarmos o progresso. O esquecimento é ruim quando ele é o avesso da emancipação e das lutas. Quando ele é aliado do comodismo. Mas, às vezes, nós somos obrigados a esquecer para seguirmos em paz. Nós temos o direito de esquecer. Há contos, neste livro, que tocam nessas questões. Ao falar de esquecimento, enquanto memória e tempo, o livro levanta questões sociais, políticas, religiosas, urbanísticas e o negacionismo tão característico do atual governo federal. Ele é um recorte do Brasil? Belmar - O livro tem um fundo político muito grande. Eu tinha numerosos contos, sei lá quantos, e os submeti ao grupo literário de que participo chamado Autoajuda Literária. Os amigos e amigas que fazem parte deste grupo me ajudaram a selecionar as narrativas. E essa seleção ocorreu logo depois do golpe de que foi vítima a presidente Dilma. Outros, foram escolhidos um pouco mais adiante, mas eu acredito que todos estávamos igualmente indignados com o resultado das eleições de 2018. Acho que aquele ambiente político e social que vivíamos influenciou na seleção. Infelizmente, as coisas pioram de lá para cá e o livro tem muito a ver com essa realidade. Os contos têm um viés político, com certeza. Quem quiser pode dizer que é um trabalho um tanto quanto engajado. Sem problemas.

Cícero Belmar expõe memória e esquecimento em livro lançado pela Cepe Read More »

oficinas usina Arte

"O Solo da Arte" inscreve para oficinas musicais gratuitas na Usina de Arte

Projeto realiza, de sexta (18) a segunda (21/03), quatro oficinas com foco na área musical. Inscrições seguem abertas até encerrarem as vagas disponíveis. A Usina de Arte, em Água Preta, Mata Sul de Pernambuco, sedia neste fim de semana o projeto "O Solo da Arte", que propõe formações artísticas gratuitas para jovens da região, além de público geral interessado. Integrando o Festival Arte na Usina, a iniciativa está com inscrições abertas para quatro oficinas na área musical, que ocorrem de sexta (18) e segunda-feira (21/03), na Escola de Música e na Biblioteca da Usina de Arte. Na sexta e no sábado (18 e 19/03), pela manhã, acontece a Oficina de Composição Musical, com Juliano Holanda, para até 20 participantes. À tarde, é a vez da Oficina de Iniciação à Arte do DJ, com Pepe Jordão, com 15 vagas disponíveis. No domingo (20), a tarde é dedicada à Oficina de Percussão com Material Reciclável, com Tarcísio Resende, para até 50 pessoas. E entre domingo e segunda (20 e 21/03), no turno da manhã, são 25 vagas disponíveis para a Oficina “Canto – O impulso na voz e no corpo”, com Renata Rosa. Ao todo, são 110 vagas disponíveis para as quatro oficinas, visando aproximar o público jovem de linguagens e estéticas criativas na área musical. As inscrições, que seguem abertas até encerrarem as vagas, podem ser feitas gratuitamente através do e-mail osolodaarte.usina@gmail.com. O projeto "O Solo da Arte" acontece com apoio do Prêmio Funarte de Festivais de Música 2021, via Funarte e Governo Federal. FESTIVAL ARTE NA USINA - O festival Arte na Usina é uma celebração coletiva do caráter livre e transformador da arte e do espírito criativo, tendo a música como foco. Um encontro anual para difundir e multiplicar as atividades desenvolvidas pela Usina de Arte, fomentando inovações culturais, econômicas e ambientais na Zona da Mata Sul pernambucana. Realizado desde 2015, o festival promove uma imersão nas reflexões e perspectivas desenhadas pela Usina de Arte, provocando rupturas no pensar e no agir que reverberam ao longo de todo o ano. Já passaram pelo festival diversos artistas como Chico César, Almério, Bruno Lins, Elba Ramalho, Arnaldo Antunes, Lívia Nestrovski, Fred Ferreira, entre outros. SOBRE A USINA - Instalado onde funcionou a Usina Santa Terezinha (maior produtora de álcool e açúcar do Brasil nos anos 1950), na cidade de Água Preta, Mata Sul de Pernambuco, o projeto Usina de Arte conecta arte, cultura e meio ambiente, criando um museu de arte contemporânea ao ar livre, dentro de um Parque Artístico Botânico. Além de atividades culturais diversas, nele estão instaladas quase 40 obras de nomes como Geórgia Kyriakakis, Saint Clair Cemin, José Spaniol, Juliana Notari, Denise Milan, José Rufino, Flávio Cerqueira, Bené Fonteles, Hugo França, Paulo Bruscky, Marcelo Silveira, Liliane Dardot, Marcio Almeida, Frida Baranek, Artur Lescher, Carlos Vergara, Júlio Villani, Iole de Freitas e Vanderley Lopes. SERVIÇO:Oficinas "O Solo da Arte"Na programação do Festival Arte na UsinaDe sexta a segunda, 18 a 21 de março de 2022Na Biblioteca e na Escola de Música da Usina de Arte (Rua do Eucalipto Usina - Santa Terezinha, Água Preta/PE)Inscrições gratuitas e mais informações pelo e-mail: osolodaarte.usina@gmail.com Oficina de Composição Musical, com Juliano Holanda18 e 19 de março, das 9h às 12hFaixa etária: a partir de 14 anos20 vagas Oficina de Iniciação à Arte do DJ, com Pepe Jordão18 e 19 de março, das 15h às 18hFaixa etária: a partir de 16 anos15 vagas Oficina de Percussão com Material Reciclável, com Tarcísio Resende20 de março, das 14h às 18hFaixa etária: a partir de 16 anos50 vagas Oficina “Canto – O impulso na voz e no corpo”, com Renata Rosa20 e 21 de março, 9h às 13hFaixa etária: a partir de 12 anos25 vagas

"O Solo da Arte" inscreve para oficinas musicais gratuitas na Usina de Arte Read More »

Serie Amazonia KilianGlasner galeria

Com foco na acessibilidade da arte, Número Galeria realiza inauguração nesta quinta (17)

A abertura, que começa às 17h, vai contar com obras inéditas de Kilian Glasner, Márcio Almeida, Paulo Bruscky, Marcelo Silveira e Hildebrando de Castro Arte para poucos? Arte para todos! Afinal, somos séries, somos múltiplos. É no que acreditam Lúcia Costa Santos, Eduardo Gaudêncio e Ricardo Lyra, que inauguram nesta quinta (17) a Número Galeria. O espaço é especializado em obras múltiplas, pensadas para serem reproduzidas num determinado número de cópias, com tiragens maiores ou menores, e consequentemente mais acessíveis. O evento, que vai até às 21h, vai contar com o lançamento de obras inéditas de Kilian Glasner, Márcio Almeida, Paulo Bruscky, Marcelo Silveira e Hildebrando de Castro. Lúcia Costa Santos, que há 24 anos comanda a Amparo 60, especializada em arte contemporânea, e Eduardo Gaudêncio e Ricardo Lyra, que há seis anos criaram a Spot Art, plataforma online, foram convidados pela CASACOR 2021, para ocupar um espaço dedicado à arte no evento. O que seria apenas um projeto ganhou continuidade e endereço fixo na loja Dona Santa, em Boa Viagem. No acervo, obras de artistas renomados como José Patrício, Rodrigo Braga, Márcio Almeida, Hildebrando de Castro, Paulo Bruscky, Juliana Notari e José Paulo. “Lançar a Número com obras de artistas com repercussão nacional e internacional é muito gratificante”, afirma Eduardo Gaudêncio. “A galeria foi pensada para fomentar o mercado de arte. A ideia é incentivar a produção local e nacional de múltiplos e séries com o objetivo de aproximar colecionadores, apreciadores ou quem queira começar uma coleção de peças de arte”, explica. “O que queremos sempre é trazer novas formas de expressão, até porque os artistas que integram o casting da Número vão além dos formatos habituais, conhecidos pelo mercado local. A intenção da é trazer um novo olhar para a arte já conhecida pelos clientes”, pontua Ricardo Lyra. "Isso gera uma oportunidade não só de conhecer outro tipo de arte, mas consumir e colecionar outro tipo de arte". Lúcia Costa Santos conta que ter um espaço que reunisse artistas locais e nacionais de arte contemporânea que trabalham com múltiplos era um desejo antigo seu. “Tivemos uma grande surpresa, porque o número de artistas que trabalham com esse formato é muito maior do que a gente esperava”, comenta. “Isso gera uma oportunidade de você ter obras importantes por um valor mais acessível”, pontua. “Também vamos contar com outras ferramentas, como palestras, para fomentar o colecionismo”. A primeira será nesta sexta (18), às 18h, com Kilian Glasner, que vai participar de um bate-papo com o público sobre seu trabalho. Inauguração da Número Galeria Lançamento de obras inéditas de Kilian Glasner, Márcio Almeida, Paulo Bruscky, Marcelo Silveira e Hildebrando de Castro 17 de março (quinta), das 17h às 21h Bate-papo com Kilian Glasner 18 de março (sexta), às 18h Dona Santa (Rua Professor Eduardo Wanderley Filho, 187 - Boa Viagem) Eventos gratuitos e abertos ao público

Com foco na acessibilidade da arte, Número Galeria realiza inauguração nesta quinta (17) Read More »

teatro young credito Maringas Maciel cultura

Maria Ribeiro vive Fernanda Young na peça "Pós-F", em cartaz no Santa Isabel

Em sua primeira obra de não ficção, Young traz para o debate o que significa ser homem e ser mulher hoje. Em textos autobiográficos, ela se revela como uma das tantas personagens às quais deu voz, sempre independente e tendo a inadequação como um sentimento intrínseco. Esse constante deslocamento faz com que Fernanda seja capaz de observar o feminino e o masculino em todas as suas potencialidades. A montagem chega ao Recife neste fim de semana, com sessões no Teatro de Santa Isabel, no sábado, às 20h; e no domingo, às 18h. No palco, Maria Ribeiro dá voz a Fernanda Young sob a direção criteriosa de Mika Lins. Com iluminação de Caetano Vilela, o espetáculo possui uma linguagem poética e contemporânea, ao mesmo que seduz pela estética e envolve o público pela divertida e instigadora temática. A estreia on-line aconteceu em 12 de setembro de 2020, marcando a retomada das atividades culturais do Teatro Porto Seguro, e foi um sucesso de público e critica. Em apenas oito apresentações, o espetáculo contou com mais de 8.000 espectadores. Agora, em sua versão presencial, ganha novos formatos e linguagens, que fazem dele um espetáculo provocativo, em que ao mesmo tempo se ri do outro e de si mesmo. Para a diretora Mika Lins, a encenação não ficcional procura ao máximo levar ao palco as experiências pessoais da autora. “Buscamos transformar o que é expresso na teoria em ação, na experiência pessoal dela. É quase como se a Fernanda estivesse em cena exposta como pessoa e contasse suas memórias e vivências. Para além das ideias avançadas propostas no livro pela Fernanda, a peça é muito baseada na visão pessoal que eu e a Maria Ribeiro tivemos depois que ela passou pelas nossas vidas. E eliminamos qualquer didatismo, pois é um espetáculo sobre uma artista, sobre uma criadora, sobre uma ficcionista”, explica. Maria Ribeiro, corroborando com o pensamento da diretora, diz que “assim como Leila Diniz, Fernanda era daquelas mulheres que, apenas cumprindo sua psique, nos libertava de tudo o que não era natural, e sim, convenção” Vivências da Fernanda No livro, a partir de experiências pessoais, Fernanda Young se revela como uma das tantas personagens femininas criadas por ela, sempre livre para fazer o que quiser, amar quem quiser e viver à sua maneira, porém cercada por um sentimento intrínseco de inadequação. Esse constante deslocamento faz com que Fernanda seja capaz de observar tanto o feminino como o masculino em todas as suas potencialidades. É esse modo de ser que motivou Young a propor a ideia de um pós-feminismo e pós-Fernanda, um relato sincero sobre uma vida livre de estigmas, calcada na sobrevivência definitiva do amor, no respeito inquestionável ao outro e na sustentação do próprio desejo. E esse olhar profundo para o outro possibilitaria acabar com quaisquer formas de rótulos e papéis impostos tanto para a mulher como para o homem, que também sofre com as enormes pressões da sociedade patriarcal e precisa ser um aliado na luta contra o machismo. Assim, Fernanda oferece sua visão de mundo na tentativa de superar polarizações e construir algo maior, em que caibam todos os gêneros. SERVIÇO Pós-F Dias 19 e 20 de março de 2022 Teatro Santa Isabel (400 lugares) Praça da República, 233 – Recife / PE Telefone: (81) 3355-3323 Vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/71757/d/128558 SÁBADO, ÀS 20h, E DOMINGO, ÀS 18h Ingressos: R$ 80 Duração: 50 minutos Recomendação: 14 anos

Maria Ribeiro vive Fernanda Young na peça "Pós-F", em cartaz no Santa Isabel Read More »

amaro freitas

Trajetória de Amaro Freitas é tema de bate-papo com o pianista pernambucano no Sonora Coletiva

O pianista recifense Amaro Freitas, que recentemente lançou o aclamado álbum 'Sankofa', é o convidado do próximo Sonora Coletiva, transmitido pelo Canal do multiHlab, no YouTube, dia 15 de março (terça), às 19h De uma periferia do Recife a promessa de ícone internacional do jazz, Amaro Freitas trabalhou incansavelmente para se tornar o artista que é hoje. Consolidado como um dos mais destacados instrumentistas no Brasil, já ganhou projeção internacional por sua “abordagem do teclado tão única, que é surpreendente”, segundo uma das mais importantes revistas de Jazz e da música instrumental no mundo, a Downbeat. Seus dois primeiros álbuns, 'Sangue Negro' (2016) e 'Rasif' (2018), provocaram uma onda de aclamação instantânea no Brasil e no exterior. Já o novo álbum 'Sankofa', uma busca espiritual por histórias esquecidas, filosofias antigas e figuras inspiradoras do Brasil Negro, é o seu trabalho mais impressionante e profundo. Por isso mesmo figurou nas listas de melhores discos de 2021 de revistas especializadas, como a francesa “Jazz Magazine”, enquanto uma de suas músicas, “Vila Bela”, está entre as “10 Best Jazz Song of 2021” do Spotify. No Brasil, o álbum foi apontado como uma das melhores do ano por especialistas, a Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e “O Globo”, entre outras entidades e mídias. Com o retorno das apresentações ao vivo, Amaro Freitas tem cumprido intensa agenda no Brasil. Recentemente, fez show e lançou e autografou o novo álbum no Recife. Antes já havia circulado por Curitiba, São Paulo e Rio. Em breve estará em Aracaju e no Festival de Jazz de Vitória, no Espírito Santo. E, de volta a SP, se apresentará com Chico César. Em 2018-19, foi ainda mais longe. Apresentou-se em festivais e palcos da Europa, inclusive na icônica cidade de Montreux e seu festival, e nos Estados Unidos, onde tocou no Lincoln Center, em Nova York. Em breve cumprirá nova agenda internacional, incluindo apresentações em Londres, Berlin e outras cidades europeias. Sua formação e concepção musical, seus elogiados álbuns e essa incrível e meteórica trajetória estarão presentes no bate-papo do Sonora Coletiva com Amaro Freitas em sua segunda edição de 2022. O novo episódio será transmitido ao vivo pelo Canal multiHlab, no YouTube, dia 15 de março, às 19h. O Sonora Coletiva é uma atividade da Revista Coletiva, vinculada à Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e é apresentado por um de seus editores, o pesquisador Túlio Velho Barreto. Saiba maisSONORA COLETIVA é o canal experimental da revista eletrônica de divulgação científica COLETIVA, publicada pela Fundaj. Sediada no Recife, a revista disponibiliza dossiês temáticos e artigos com uma perspectiva de diálogo entre saberes acadêmicos e outras formas de conhecimento, prezando pela diversidade sociocultural e liberdade de expressão. É voltada para um público amplo, curioso e crítico. O projeto integra o ProfSocio, o Canal multiHlab e a Villa Digital, envolvendo ainda as diversas diretorias da Fundaj. ServiçoLIVE – DO RECIFE PARA O MUNDO ATRAVÉS DA MÚSICASONORA COLETIVA conversa com AMARO FREITAS15 MARÇO (terça-feira) - 19h - Canal multiHlab no YouTubeApresentação TÚLIO VELHO BARRETO (Fundaj)

Trajetória de Amaro Freitas é tema de bate-papo com o pianista pernambucano no Sonora Coletiva Read More »

TANDAN ARTHUR REIS

Teatro e dança no 1º Festival de Acessibilidade Artística e Criativa dedicado à pessoa com deficiência

A iniciativa faz parte do 1º Festival ConectAção LAB: Residência, Experimentações e Acessibilidade Criativa nas artes - evento pioneiro que têm como proposta conectar, unir, interligar, agregar, relacionar, associar, combinar, vincular e unir pessoas com deficiência e sem deficiência, por meio da arte, cultura e da acessibilidade em uma dimensão artística De 17 (quinta-feira) a 20 (domingo) de março, a cidade do Recife será palco do 1º Festival ConectAção LAB: Residência, Experimentações e Acessibilidade Criativa nas artes. O evento, que tem como protagonistas pessoas com deficiência, traz apresentações de teatro, dança, instalação e performances acessíveis em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e audiodescrição. Destaque ainda, para o show ‘Virada na Jiraya’, de Flaira Ferro; o espetáculo infantil Tandan; o Subnormal, diretamente de São Paulo e as ações com o grupo de surdos ‘Slam das Mãos’. A programação artística será realizada no Teatro do Parque; no Bairro da Boa Vista, no centro do Recife. Já as oficinas culturais acontecerão no Paço do Frevo, rua da Guia, Bairro do Recife. O festival foi um dos contemplados pelo edital Joel Dartz, idealizado pela Prefeitura do Recife. A abertura do festival trará o monólogo “Subnormal'', que abordará a trajetória do ator Cleber Tolini, da cidade de São Paulo (SP), de 24 anos. Ele que teve seu nervo ótico afetado após uma neurocirurgia, ficando com 20% de visão ou visão subnormal, também conhecida por baixa visão. O espetáculo evidencia uma mistura de comédia e realidade sobre a vida do artista, além de chamar atenção do público sobre a experiência da deficiência visual dentro das artes. Toda a história da dramaturgia será contada com recursos da audiodescrição de forma integrada, narrada pelo próprio artista, uma maneira de garantir uma dimensão criativa e estética da própria obra, e proporcionar acessibilidade às pessoas com deficiência visual. O roteiro da audiodescrição criativa é da profissional Paula Lopez (SP). Já o clima festivo e cultural ficará por conta da cantora pernambucana, Flaira Ferro. Ela promete colocar todo mundo para cantar e dançar à vontade, com suas músicas, que trazem letras aguerridas, reflexivas e afiadas. Um som especial que colocará o festival em uma mistura de rock, frevo, samples e beats eletrônicos em atmosfera dançante e combativa. Inovação e representatividade são algumas das marcadas do 1º Festival ConectAção LAB - nas ações cênicas e acessibilidade no show. Destaque para diversidade e representatividade em cena das artistas/tradutoras surdas Letícia Lima e Larissa Gervásio, que estarão no palco traduzindo de forma performática, toda a programação musical, do português para Libras em parceria com Efraim Canuto. Os artistas contaram com a preparação do bailarino Jefferson Figueirêdo. O show da artista Flaira Ferro será realizado na noite da sexta-feira, dia 18/03, a partir das 19h. Os ingressos para o público em geral custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada) e podem ser comprados pelo sympla https://www.sympla.com.br/show-virada-na-jiraya-com-flaira-ferro--voz-e-guitarra__1504381 A partir da experiência sensorial o espetáculo “Tandan” faz uma abordagem inovadora para o público infantil. De olhos vedados, crianças de 5 a 9 anos, serão convidadas a embarcar em uma dança através dos sentidos. Uma instalação sonora e tátil, convida os pequenos, para embarcar em uma trilha sonora executada na tridimensionalidade espacial, com o uso de caixas de som sem fio que se movem durante toda a apresentação. A vivência, realizada de forma individual, deve durar cerca de seis minutos. O espetáculo é reservado à participação de até 15 pessoas, previamente agendado pela produção do festival: crianças surdas e com deficiência visual. Um dos destaques da programação do 1º Festival ConectAçãoLAB será a participação do “Slam das Mãos”, com duas atividades, no dia 19 de março. A primeira delas será a apresentação da residência artística, com o experimento SUAR que contou na fase de preparação com os artistas Efraim Canuto, Andreza Nóbrega e Dado Sodi. Em cena estarão, cinco artistas surdos e intérpretes expressando narrativas diversas em Libras. Já no dia 20, o Slam das Mãos promoverá uma batalha de poesias em Libras. Direcionada ao público de pessoas sinalizadas em Libras (surdos e ouvintes).A ideia é que esse público solte a criatividade e criem suas próprias poesias de forma improvisada sobre diversos temas do cotidiano. Quem for classificado pela comissão julgadora e vencer a disputa, receberá uma premiação especial ao final do festival. “O Festival ConectAção LAB é um evento dedicado à arte e acessibilidade como espaço para encontros, vivências e experimentações. Precisamos tirar a acessibilidade do lugar comum, dando para ela novas possibilidades estéticas. Queremos garantir e estimular os artistas com deficiência a ocuparem seu lugar. E assim, celebrarmos a diversidade cultural pernambucana e brasileira, destaca a produtora cultural e coordenadora do festival, Andreza Nóbrega. Durante quatro dias de programação, o público também poderá participar de várias atividades formativas, como a oficina “Teatro Experiri: Corpos em jogo e performance'', com Andreza Nóbrega. É pré-requisito ser maior de 18 anos e desejar se experimentar de forma prática com a linguagem teatral. Há, ainda, a oficina “tradução artística Libras/Português”, ministrada por Rogério Santos. Nesse caso, é exclusivo para pessoas fluentes em Libras. Por fim, a oficina “Criação de Arte Surda”, apresentada pelo artista e professor surdo, Cristiano Monteiro. Ele é um dos maiores incentivadores para a ampliação e o desenvolvimento da arte surda no Brasil. Cada oficina terá disponibilidade de 20 vagas. Todos os participantes receberão certificado. Para participar das oficinas é preciso realizar inscrição previamente, por meio do site https://vouseracessibilidade.com.br/festivalconectacaolab/, até o dia (14), segunda-feira, ou as vagas esgotarem. Os valores variam de RS20, RS40 e R$100. HOMENAGEADOS - Nesta 1ª edição do 1º Festival ConectAção LAB, presta uma homenagem especial ao artista Igor Rocha. Ele é graduado em Letras/ Libras, palhaço, surdo, professor e especialista em educação para surdos. Além disso, tem atuação em experimentações artísticas com a literatura surda e na linha de palhaçaria, com o projeto palhaço Surddy. Outra homenageada é Kilma Coutinho. Artista pernambucana com forte atuação no campo das artes visuais. Juntos, eles serão condecorados com uma honraria, que será entregue durante a cerimônia de abertura, no próximo dia 17 de

Teatro e dança no 1º Festival de Acessibilidade Artística e Criativa dedicado à pessoa com deficiência Read More »

janice japiasu poesia escultura

Circuito da Poesia conta agora com estátua de Janice Japiassu

Escultura fica na Rua do Príncipe, nas imediações da Universidade Católica, celebrando o protagonismo feminino na literatura feita no Recife. Janice é a terceira mulher a compor o Circuito (Da Prefeitura do Recife) Celebrando as vozes femininas que contam a história da literatura feita na capital pernambucana, a Prefeitura do Recife encerra a semana das mulheres entregando à cidade uma nova escultura para compor o Circuito da Poesia. A 19ª estátua do circuito, inaugurada há pouco, rende homenagem à poetisa, artista plástica e compositora Janice Japiassu, para quem Ariano Suassuna cunhou o rótulo definitivo de “Musa Sertaneja do Movimento Armorial”. O prefeito do Recife João Campos fez a inauguração da obra no último sábado (12), dia do aniversário do Recife. “No dia em que o Recife completa 485 anos, e na semana da mulher, a gente faz uma importante instalação - a estátua de Janice Japiassu, aqui na frente da Universidade Católica de Pernambuco. A gente agradece à Universidade por essa parceria, por essa sensibilidade. A gente vê mais uma estátua a ser instalada no Recife, de maneira descentralizada, e trazendo a participação feminina cada vez mais presente na nossa cidade. A gente precisa aumentar essa participação, são 19 estátuas, sendo três mulheres e a gente tem o compromisso de aumentar esse número que é tão importante. Então, viva o Recife, viva Janice e viva a Universidade Católica”, comentou João Campos. Janice é a terceira mulher homenageada pelo Circuito, que, a partir de agora, será pautado também pela paridade de gênero. “Com essa instalação aqui, a gente está fugindo um pouco da lógica de colocar no Recife Antigo ou perto da moradia do homenageado. A gente pensou numa área como a Boa Vista, perto da Universidade, perto da estátua de Clarice, do Teatro do Parque, um complexo educacional e cultural. Vamos mobilizar e levar para as pessoas esse contato, esse encontro com a cultura”, esclareceu o secretário de Cultura do Recife, Ricardo Mello. Assinada pelo artista Demétrio Albuquerque, a escultura foi erguida pela Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) na Rua do Príncipe, nas imediações da Universidade Católica de Pernambuco, parceira e grande entusiasta desta nova etapa do Circuito, devendo entrar rápida e definitivamente no circuito de programações literárias e pedagógicas daquele efervescente entorno acadêmico e da cidade inteira. “Esse espaço é sonhado há muito tempo. A ideia é que o Recife possa aproveitar esse espaço, um novo espaço de cidadania. O que a gente não esperava era receber esse presente justamente no dia do aniversário da cidade”, disse o Reitor da Universidade, Padre Pedro Rubens. O momento foi coroado com uma declamação de poesias feita por Heidée Camelo e Antônio Marinho. O Circuito era composto até agora por 18 monumentos, em celebração a grandes nomes da literatura e da música recifense: Manuel Bandeira (Rua da Aurora); João Cabral de Melo Neto (Rua da Aurora); Capiba (Rua do Sol); Carlos Pena Filho (Praça do Diário); Clarice Lispector (Praça Maciel Pinheiro); Antônio Maria (Rua do Bom Jesus); Ascenso Ferreira (Cais da Alfândega); Chico Science (Rua da Moeda); Solano Trindade (Pátio de São Pedro); Luiz Gonzaga (Praça Mauá); Mário Mota (Pátio do Sebo); Joaquim Cardozo (Ponte Maurício de Nassau); Ariano Suassusa (Rua da Aurora); Alberto da Cunha Melo (Parque 13 de Maio); Celina de Holanda (Avenida Beira Rio); Liêdo Maranhão (Praça Dom Vital); Naná Vasconcelos (Marco Zero); e Reginaldo Rossi (Pátio de Santa Cruz). Sobre Janice Japiassu - Janice Japiassu Nasceu em Monteiro, na Paraíba, em 1939. Sua militância literária, no entanto, só viria a vingar no Recife, a partir de 1960, quando chegou para estudar filosofia na UFPE. Foi lá que ela conheceu Ariano Suassuna, na época professor da disciplina de estética, que serviu como um dos principais mentores e conspiradores de sua trajetória artística. Janice, a quem Ariano se referia como Musa Sertaneja do Movimento Armorial, conjugou os predicados de poeta, artista plástica e compositora. Integrante da Geração 65, grupo de poetas escritores com grande influência no campo literário local e nacional, teve 12 livros publicados. Com predileção pela métrica nordestina tradicional, do cordel ao soneto, destacou-se pela utilização criativa e flexível do ritmo, da rima e das paisagens recifenses, que, assumidamente, serviram-lhe de inspiração e cenário infalíveis. (Fotografias - Rodolfo Loepert/ PCR Imagem)

Circuito da Poesia conta agora com estátua de Janice Japiassu Read More »

algo mais batman capa divulgacao

3 quadrinhos para ler antes (ou depois) de assistir o novo filme do Batman

*Por Eduardo Martins Enfim, vamos voltar a falar de quadrinhos. A saudade estava grande, estimados leitores. E nada melhor que recomeçar a Coluna Gibitown com o assunto mais quente do momento na cultura pop, no cinema e nos quadrinhos. Com estreia no dia 3 de março, THE BATMAN, dirigido por Matt Reeves e protagonizado por Robert Pattinson, é o mais novo blockbuster de sucesso de 2022.  Na primeira semana de exibição, o longa-metragem já arrecadou mais de 31 milhões de reais. Se juntar com a pré-estreia do filme, realizada no dia 1º de março, o valor total vai para 45 milhões de reais. Mais de 2,2 milhões de espectadores foram aos cinemas assistir ao novo filme do morcegão, segundo dados da pesquisa realizada pela ComScore. No calor do hype, nada melhor que entender quais são as referências que ajudaram a moldar a película de Reeves. Como aqui o assunto é quadrinhos, vamos nos ater apenas ao formato e não vamos falar do filme, “SEM SPOILERS”. Essa lista é tanto para você, que ainda não viu o filme, quanto para quem já assistiu. A ideia é mesclar quadrinhos lançados recentemente com outros nem tanto, tentando fugir dos clássicos que aparecem em todas as listas do Homem-Morcego. E assim, agradar, tanto o fã mais "raiz", quanto o novo leitor.  Batman - O Impostor Dentro dessa linha de raciocínio, a primeira HQ da lista tinha que ser essa, lançada aqui no Brasil pela editora Panini em outubro do ano passado. ⁣Há tempos que não lia algo tão legal do homem-morcego. História bem amarrada, desenhos realistas, cores sensacionais. Páginas que saltam do papel, tamanha é a semelhança com os movimentos vistos no novo longa-metragem. As aparências não param por aí, o jovem Bruce Wayne desenhado pelo artista Andrea Sorrentino tem o rosto praticamente idêntico ao de Robert Pattinson. Isso porque “Batman: O Impostor'', é escrita por Mattson Tomlin, que também é o roteirista do novo filme do morcego.  Contudo, mesmo que as aparências e o tom da série sejam reais, o quadrinho não é uma cópia da história vista nos cinemas. Em “Batman, O Impostor”, vemos o jovem Bruce Wayne como Batman há menos de um ano. Na página de abertura, já podemos sentir como será essa minissérie: realista e violenta, mesmo que o protagonista, por mais ridículo que isso possa parecer, use uniforme e máscara. As semelhanças, digamos, mais bobas param por aí. ⁣ Um fake Batman está aterrorizando Gotham City, sem piedade, e tudo feito diante das câmeras. Assassinatos a sangue frio ao vivo em vídeo. Na mira de poderosos criminosos e do Departamento de Polícia de Gotham City, o verdadeiro Batman trava um jogo de investigação para conseguir descobrir quem é o impostor e, assim, limpar seu nome. ⁣ Dividida em três partes, ainda conta com arte de Andrea Sorrentino (Gideon Falls e Coringa: Um Sorriso De Matar) e cores de Jordie Bellaire (Superman e Authority). Batman - Ego O maior inimigo do Batman é o próprio Batman. Em Batman - Ego, o vencedor do prêmio Eisner, Darwyn Cooke está no auge da sua curta carreira como quadrinista (ele faleceu aos 53 anos de idade, em 14 de maio de 2016, vítima de câncer), e faz uma viagem nas profundezas da mente perturbadora do herói. Não se engane com o traço mais cartunesco do artista, achando que apenas uma história para crianças.  Não é à toa que EGO foi o quadrinho escolhido por Matt Reeves e Robert Pattinson para guiar a criação da mentalidade do novo Batman dos cinemas. Antes do filme entrar em exibição, Reeves disse em entrevista a DC FANDOME que a história lançada no ano de 2000 por Cooke:  “Eu queria entrar na mentalidade do personagem e queria pensar na psicologia. Para mim, uma HQ que combina esses elementos é 'Ego'. Ele está enfrentando a fera que é o Batman e é esse tipo de dualidade que eu procurava. Há muito no que está tentando fazer na história sobre ele confrontando o lado sombrio de si mesmo e o grau que você tem de autoconhecimento.”  Já Pattinson disse ao Den of Geek que 'Ego' o influenciou para criar a abordagem psíquica justaposta de Batman com Bruce Wayne: “Bruce está totalmente comprometido em ser o Batman, que simplesmente não liga em ser visto pela cidade. Ele não deseja ser Bruce. Ele acha que é assim que ele pode se salvar, vivendo nesse tipo de estado zen como Batman, onde é apenas puro instinto e nenhuma bagagem emocional”.  “Batman: Ego e outras histórias” foi relançado em maio de 2021, também pela Editora Panini, como um compilado de histórias mais curtas. Batman: Ego (2000) 1, Batman: Gotham Knights (2000) 23 (II), 33 (II), Solo (2004) 1, 5, Harley Quinn Holiday Special 1, Selina's - Big Score 1. Essa última, é uma ótima HQ referência da Mulher-Gato do novo filme.   Batman - Terra de Ninguém É claro que, com o sucesso do novo filme do Reeves, uma continuação é mais do que esperada. Isso porque o final de THE BATMAN pode ter sido inspirado no extenso arco “Terra de Ninguém”, lançado em 1999. No total, "Terra de Ninguém" teve 80 edições mensais regulares, que foram reunidas posteriormente em uma enorme coleção de capa dura em cinco volumes, lançada no Brasil pela Editora Eaglemoss. Nos quadrinhos, a história começa com o arco “Cataclismo”, que descreve um grande terremoto que atingiu Gotham City. Como resultado, o governo dos EUA evacua oficialmente Gotham e depois abandona e isola aqueles que optaram por permanecer na cidade. Gotham é colocada em quarentena do resto do país com lei marcial em vigor. Cenário perfeito para estabelecer o caos, com uma galeria implacável de inimigos e poderosos tentando conquistar seus territórios. "Terra de Ninguém" mostra, em detalhes, um período da vida dos moradores da cidade, explicando todos os acontecimentos desde o momento do isolamento, até o momento da reabertura e o início da reconstrução. Sem querer entrar em detalhes, para evitar os malditos spoilers, Terra de Ninguém é

3 quadrinhos para ler antes (ou depois) de assistir o novo filme do Batman Read More »

museu homem nordeste

Semana de Arte Moderna de 1922 é tema do Domingo dos Pequenos de março

Programação conta com atividades sobre obras de Tarsila do Amaral e Anita Malfatti A Semana de Arte Moderna de 1922 foi um marco histórico, cultural e artístico. Realizado no Teatro Municipal de São Paulo entre os dias 13 e 18 de fevereiro, o movimento foi transformador e determinante na construção de uma identidade mais nacionalista. Embora tenha tido maior repercussão no Sudeste, a Semana teve desdobramentos na região Nordeste, com artistas como Vicente do Rêgo Monteiro. O pintor pernambucano teve oito obras exibidas no Teatro Municipal de São Paulo e é um dos principais nomes do modernismo brasileiro. A trajetória do artista está sendo celebrada pela Fundação Joaquim Nabuco e pelo Museu do Homem do Nordeste com ações como a exposição "Um Pernambucano na Semana de 22: Vicente do Rego Monteiro", que será inaugurada em junho, no campus Derby da Fundaj. Para relembrar a manifestação e celebrar seu centenário, o Domingo dos Pequenos do mês de março vai relembrar a Semana de Arte Moderna de 1922. Promovida pela Fundaj e pelo Muhne, a primeira edição do ano será híbrida e tem como objetivo desenvolver conhecimento das manifestações artístico-culturais da época. Além disso, a criatividade e imaginação dos participantes serão estimuladas a partir da produção e prática de jogos didáticos. A programação do “Domingo dos Pequenos - Celebrar a arte brincando!” conta com atividades envolvendo obras emblemáticas de grandes nomes do modernismo brasileiro no âmbito da pintura. Serão oficinas de jogo da memória e quebra-cabeça com as pinturas “A Cuca” e “O Pescador”, de Tarsila do Amaral, “Retrato de Ronald de Carvalho”, de Vicente do Rego Monteiro, “O Farol”, de Anita Malfatti, “Homens Trabalhando”, de Zina Aita, e “Pierrete”, de Di Cavalcanti. Tudo isso para que a criançada se divirta aprendendo mais sobre personalidades importantes para as artes do nosso país. O Museu receberá um grupo infantil da Casa da Criança Marcelo Asfora para participar da ação educativa ao longo da tarde do próximo dia 13. Além disso, por meio do Instagram (@museudohomemdonordeste), o público vai acessar um vídeo, link de download das imagens de referência para impressão e manual com passo a passo para jogar. Os materiais utilizados são impressora, papel ofício A4, papelão, papel cartão ou papel paraná, cola, tesoura, lápis coloridos. Serviço:Domingo dos Pequenos - Celebrar a arte brincando!Tema: Semana de Arte Moderna de 1922Data: 13 de marçoPlataforma: @museudohomemdonordeste no Instagram

Semana de Arte Moderna de 1922 é tema do Domingo dos Pequenos de março Read More »

Credito do fotografo Alexandre Salomao3 Easy Resize.com

Elis Costa estreia a videodança “O voo” nesta sexta-feira

Nesta sexta-feira, 11 de março, Elis Costa estreia a videodança “O Voo”, às 19h, no canal da artista no Youtube (link na bio do Instagram @eliscosta), com acesso gratuito e livre para todos os perfis. Após a primeira exibição do filme inédito, haverá uma live de lançamento e debate com toda a equipe que participou da criação da obra, às 20h, no mesmo canal, com interpretação em Libras. O projeto tem incentivo da Lei Aldir Blanc, através do edital Criação, Fruição e Difusão 2ª edição – LAB PE 2021. A videodança “O voo” nasce das percepções que atravessam nossos corpos nesta pandemia. Encarar a irreversibilidade, a impermanência e os sentimentos decorrentes das rupturas inesperadas e violentas de vínculos significativos, consequências da Covid-19, nos causam uma sensação de desintegração, perdas de referências e alteração da realidade. A elaboração do luto, que é humano e necessário, impulsionou a artista da dança Elis Costa a investigar seus próprios movimentos e a mergulhar dentro de si mesma. A partir das metáforas atribuídas ao ato de voar, Elis entende “O voo” como a capacidade de transmutar, de integrar para continuar viva. A artista explica que os primeiros passos dessa criação aconteceram durante uma performance on-line de longa duração chamada COVID-A, idealizada e proposta por Valéria Vicente e com o envolvimento de mais de 30 artistas do Brasil, em homenagem às vítimas da Covid-19, quando o país chegava ao marco de 100 mil mortes em agosto de 2020. Foi quando Elis Costa apresentou, por 1h30, o experimento que intitulou naquele momento de “Estudando o voo”. Após esse primeiro experimento, a artista iniciou a produção da videodança “Plantando o voo” e, agora, estreia o desdobramento e culminância de todo esse processo, a videodança “O voo”. Para a realização da videodança “O voo”, a artista Elis Costa uniu uma equipe de profissionais para somar na cinematografia, na dramaturgia, no roteiro, na caracterização, na trilha sonora, na direção de arte e todas as demais funções necessárias para a construção coletiva de uma obra de audiovisual sob a perspectiva da dança. “Gosto de dizer que 'O voo' contém as suas fases anteriores, que fazem parte de um mesmo caminho, ainda que seja outro lugar. Os próprios nomes escolhidos das obras já revelam essa posição, assumem o processo, a construção, a artesania”, Elis Costa. "Tenho me compreendido como uma artista que se interessa em exibir o processo. Como a própria natureza do luto é processual, entendo a estreia do novo trabalho e a partilha de seus passos como inseparáveis. Somos aproximadamente 6 milhões de enlutados e enlutadas hoje no Brasil só por COVID. É muita gente. Ainda assim enfrentamos uma crescente invisibilização na medida que as narrativas oficiais induzem a dúvida sobre o horror que vivemos. Foram 650 mil vidas perdidas, oficialmente, entre elas a do meu pai - e o número segue crescendo diariamente. A ausência do meu pai é concreta e eu a sinto a cada segundo. Para nós, a memória é um lugar imprescindível no caminho pela justiça e reparação necessárias. Há um sentido de denúncia dessa banalização, seja na própria videodança, seja na escolha por partilhar o seu processo", Elis Costa. "O voo" é uma videodança inédita, produzida de forma independente, com estreia marcada para a semana onde somamos exatos dois anos da primeira morte oficial por Covid-19 no Brasil. É um convite ao delírio, a imergir na imaginação como uma ponte de criação de outros mundos e possibilidades.

Elis Costa estreia a videodança “O voo” nesta sexta-feira Read More »