Arquivos Cultura E História - Página 143 De 366 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Como está o mercado dos vinis fonográficos do Brasil?

O próximo SONORA COLETIVA recebe João Noronha, do selo EAEO e do clube de vinil Três Selos, e Rafael Rocha, do Noize Record Club, primeiro clube de vinis da América Latina, para um bate-papo sobre os clubes e o mercado de vinis no Brasil, mídia física de difusão de música que retornou com força total nos últimos anos. Para que se tenha uma ideia de como anda esse mercado, as vendas de vinis superaram as vendas de CDs pela primeira vez em 34 anos nos Estados Unidos, segundo relatórios do setor de mídias de música. Mas esse não é um fenômeno localizado naquele país. O aumento de discos de vinis vem crescendo em todo mundo desde 2005. E no Brasil esse fenômeno não tem sido diferente. Os vinis têm conquistado e reconquistados antigos e novos ouvintes interessados em desfrutar do som analógico proporcionado pelos LPs e compactos, além de fomentar a febre de colecionadores. O bate-papo acontecerá na quinta-feira (dia 17), às 19h, com transmissão pelo Canal multiHlab, no YouTube, como parte das atividades do SONORA, vinculado à revista eletrônica Coletiva, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), de difusão científica e cultural. Os dois convidados conversarão com os pesquisadores Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto, que vêm desenvolvendo atividades no Núcleo de Imagem, Memória e História Oral (NIMHO), do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), coordenado por pesquisadores da Fundaj, entre eles Sylvia Couceiro e Cristiano Borba, registrando depoimentos de pessoas que trabalharam com música em Pernambuco no período de 1970 e 2000. SAIBA MAIS SONORA COLETIVA é o canal da revista eletrônica de divulgação científica COLETIVA, publicada pela Fundaj. A revista disponibiliza dossiês temáticos com uma perspectiva de diálogo entre saberes acadêmicos e outras formas de conhecimento, prezando pela diversidade sociocultural e liberdade de expressão. É voltada para um público amplo, curioso e crítico. O projeto integra o ProfSocio, o multiHlab e a Villa Digital, envolvendo ainda as diversas diretorias da Fundaj.

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Tributo à Flaviola: “Tá tudo tão vazio e mudo”

*Colaboração especial de Caio Mateus Pessoa Flávio Rangel Tadeu Lira, mais conhecido como Flaviola, nasceu em 10 de dezembro de 1952 no Recife e morreu com Covid-19 em 12 de junho de 2021, no Hospital Português. Ele era símbolo de uma geração que representava a liberdade, diversidade e uma música que transcendia além do tempo. Flaviola começou sua carreira no início dos anos 70 com o coletivo Laboratório de Sons Estranhos e produzindo trilhas de teatro. Já em 1972, junto ao grupo Nuvem 33 se apresenta na Feira Experimental de Nova Jerusalém, Agreste de Pernambuco. Posteriormente em 1974, Flávio Lira lança seu primeiro disco “Flaviola e o Bando do Sol”, gravado no estúdio da Rozenblit e com artistas da psicodelia recifense como: Lula Côrtes, Paulo Raphael, Zé da Flauta e Robertinho do Recife. Lailson de Holanda, multiartista e parceiro musical de Flaviola nos falou como se conheceram e a arte dele. “Conheci Flávio na “Feira Experimental” e ali foi o marco zero da psicodelia pernambucana. Ele tinha em sua arte simultaneamente a contestação e o lirismo. Flaviola sofria bastante preconceito e foi o primeiro artista a assumir a sua homossexualidade. A nossa música era libertária e não pedíamos licença para poder fazer”. . . Portanto, este disco marca sua carreira e a cena pernambucana do rock pelo estilo experimental e inovador. A obra é inspirada em poemas de Frederico Garcia Lorca, Henriqueta Lisboa, Vladimir Maiakovski e até musicou um trecho de Hamlet, do escritor inglês William Shakespeare. “Eu tinha 19 anos quando conheci Flávio Lira. Foi em Olinda, na casa de um amigo meu... e assisti um show dele no Sesc e Flaviola representava a beleza em todos os sentidos: poético, musical, artístico, estético e performance”, lembra o cantor e fã Cassio Sette. Outro admirador da música de Flaviola é Fábio Cabral, dono da Passadisco. "Eu conheci Flávio uns quatro anos atrás quando ele veio na minha loja e juntou os colegas dele da década de 70 e participaram da audição de Júlio Ferraz, a partir daí ficamos colegas um do outro. Para mim, o trabalho de Flaviola foi fundamental para a minha formação musical, pois produziu seu primeiro disco com grandes nomes da música pernambucana como Lula Côrtes e Zé da Flauta. Como não havia muita divulgação naquele tempo, só vim conhecer em 79 as canções de Flaviola no LP ‘Asas da América de Carlos Fernando’”. Flaviola passou anos morando no Rio de Janeiro e ficando por muito tempo sem aparecer em eventos e na mídia, mas a sua redescoberta sucedeu com o relançamento em 2011 do LP e CD “Flaviola e Bando do Sol”, pela Mr. Bongo Records, também incluindo algumas faixas no “Psychedelic Pernambuco”. O álbum reúne grandes nomes do gênero, também do mesmo ano. “Flávio Lira ficou muito tempo desaparecido na cena musical e sem ter produzido algum novo trabalho, mas foi redescoberto pelos novos nomes da música de Pernambuco e lançou o Ex-Tudo, em 2020, com D’mingus e nem teve direito a fazer um lançamento. Até pensávamos em fazer uma tarde de autógrafos na Passadico, mas aconteceu a pandemia e nada foi realizado”, comenta Fábio Cabral sobre o ressurgimento de Flaviola. . . “Até então ninguém sabia onde estava Flaviola e o que tinha acontecido com ele, até pensaram que tinha morrido, mas na verade ele estava vivo e morando no Rio de Janeiro. Lá, tive uma apresentação na Galeria Olídio e depois dela nos encontramos e o vi com seu olhar eterno e inconfundível e perguntei ‘você é Flaviola ?. Flávio só fez um gesto, nos abraçamos, tiramos uma foto e isto foi o marco zero do retorno dele” conta o amigo e músico Juvenil Silva como se conheceram. Flaviola fez uma apresentação em 2015 no Abril Pro Rock onde tocou junto com Juvenil e vários integrantes do LP Flaviola e o Bando do Sol. “ Lembro que na época ele não queria participar, mas eu consegui convencer ele, Flávio me disse ‘ Juvenil, com você vou até o fim do mundo’. Neste show de ressurgimento teve a presença de: Paulo Raphael, Zé da Flauta, foi um ‘novo Bando do Sol”. Flaviola antes de falecer deixou um “testamento”, o CD Ex-Tudo. Lançado em 2020 nas plataformas digitais, produzido por D’mingus e Juvenil Silva na guitarra. “Tá tudo tão vazio e mudo – parafraseando com a música Desespero.  No fim do telefonema, longo, mas não tanto como de costume, eu disse para ele não subestimar o vírus, pra se cuidar e que sim que ele ia saísse dessa, a gente ia poder fazer as coisas que estávamos sonhando fazer. Ele confirmou que sim e se despediu com emocionada declaração de sempre: Te amo, meu amigo. Coisa tão rara entre as amizades de um homem para outro e uma das tantas coisas bonitas que ele me ensinou”. Esta foi uma das últimas palavras de Flaviola com seu amigo Juvenil Silva.

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Orquestra Criança Cidadã celebra 250 anos do nascimento de Beethoven

O terceiro concerto da Temporada 2021 da Orquestra Criança Cidadã no YouTube rememora o 250º aniversário de Ludwig van Beethoven (1770-1827), celebrado em dezembro do ano passado. O célebre compositor alemão, que viveu até os 56 anos, continua a influenciar jovens músicos em conservatórios do mundo inteiro, por meio de sua música revolucionária e imortal. Por conta da pandemia, a homenagem da OCC foi postergada, mas foi finalmente gravada no início deste mês e será lançada na próxima quarta-feira (16), às 20h. Nessa ocasião, um trio de instrumentistas da Orquestra executa o “Trio nº 3, em sol maior, op. 9”, em quatro movimentos: “Adagio - Allegro con brio”, “Adagio ma non tanto e cantabile”, “Scherzo – Allegro” e “Presto”. A gravação continuará disponível no catálogo de vídeos após a estreia. André Luiz Serapião (violino), Cícero Bezerra Jr. (viola) e Gabriel David Marques (violoncelo) gravaram a performance na Caixa Cultural Recife e a escolha pela composição foi de André Luiz. “[A peça] é, de fato, muito desafiadora, tanto tecnicamente quanto estilisticamente; foi uma ótima experiência executá-la junto com meus amigos do projeto”, justifica. A Orquestra Criança Cidadã é um projeto social realizado pela Associação Beneficente Criança Cidadã, incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e que conta com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal.   SERVIÇO [MÚSICA] Música de Câmara com Orquestra Criança Cidadã – Homenagem a Beethoven Data: 16 de junho de 2021 (quarta-feira) Horário: 20h Duração: 30 minutos Classificação: Livre Patrocínio: Caixa e Governo Federal Transmissão ao vivo: Canal da Orquestra Criança Cidadã no YouTube (https://www.youtube.com/orquestracriancacidada)

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Artista belo-jardinense lança vídeo-exposição intitulada ‘ansiedade&depressão’

“A arte existe para desafiar o nosso intelecto; para que possamos dialogar de diversas formas. A arte existe para que a gente possa recomeçar.” Essa frase é da artista belo-jardinense Soraya, que acaba de lançar no YouTube “ansiedade&depressão”, uma vídeo-exposição que retrata o caos social e seus efeitos na vida das pessoas. Financiada pela Lei Aldir Blanc da Prefeitura de Belo Jardim, a exposição virtual é composta por obras que mesclam desenhos feitos à mão, técnicas de design e artesanato. De acordo com Soraya, essa obra denuncia a romantização do trabalho árduo, que com suas rotinas intensas, adoece toda a sociedade. Além disso, o trabalho também tem como papel trazer uma reflexão sobre os limites da mente e do corpo. “Em um texto que li dizia: ‘a sociedade positiva é muito pior, porque é difícil combatê-la. Ela vem numa embalagem de motivação. Achamos que ela é boa, que ajuda. Não identificamos a ‘motivação’, o ‘pensar positivo’ como algo nocivo e, por isso, não a combatemos’. Isso me faz refletir que apesar do nosso cansaço extremo e de toda frustração, achamos que não estamos nos empenhando o suficiente, e continuamos a arrastar esse fardo”, explica a artista. Por essa razão, ela convida os internautas a embarcarem nessa obra que emociona, desperta e, de certa forma, também conforta. “ansiedade&depressão” está disponível no YouTube e ficará online até o dia 23 de junho. Após assistir a vídeo-exposição, o internauta poderá fazer uma imersão nas obras e nos processos da artista através do Flickr e de playlist com músicas que se tornaram essenciais na construção e finalização do trabalho. Sobre a artista Soraya, 27 anos, é belo-jardinense e artista visual com recorte em design e tecnologia. Ela produz quadros com conceitos metafísicos que trazem a tona o movimento surrealista em suas obras. Auto-observações, tempo-espaço e militâncias são alguns dos temas indagados pela artista em seus trabalhos. Para acompanhar o trabalho da artista, basta seguir o Instagram @sorayaeponto.

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Tchaikovski é o homenageado em concerto virtual da Orquestra Criança Cidadã

Após a estreia da Temporada 2021 de concertos no canal do YouTube, a Orquestra Criança Cidadã programou mais duas homenagens para as próximas apresentações virtuais. A primeira delas, às 20h da quarta-feira (09), resgata uma das peças tecnicamente mais desafiadoras de Piotr Ilitch Tchaikovski (1840-1893). Quase dois séculos depois do nascimento do compositor russo, suas obras são um legado mais do que vivo entre os músicos do universo sinfônico, camerístico e operístico. Uma delas, escolhida para o tributo musical da OCC, foi “Souvenir de Florence, op. 70”, em quatro movimentos: Allegro con spirito, Adagio cantabile e con moto, Allegretto moderato e Allegro vivace. A gravação da performance – que continuará disponível no YouTube, após a estreia – ocorreu na Caixa Cultural Recife e teve a participação de 15 músicos, incluindo o professor de violino avançado, Gilson Filho, responsável pela preparação do grupo para o concerto. Sobre os ensaios, professor Gilson conta que a maior lição foi o desenvolvimento da empatia musical entre os instrumentistas, de quem, inclusive, partiu a definição da peça para a ocasião. “Pedi para os alunos escolherem uma obra a ser tocada, e eles escolheram, por coincidência, ‘Souvenir de Florence’, que é minha peça favorita de música de câmara”, conta o docente. A Orquestra Criança Cidadã é um projeto social realizado pela Associação Beneficente Criança Cidadã, incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e que conta com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal. SERVIÇO [MÚSICA] Música de Câmara com a Orquestra Criança Cidadã – Homenagem a Tchaikovski Data: 09 de junho de 2021 (quarta-feira) Horário: 20h Duração: 30 minutos Classificação: Livre Patrocínio: Caixa e Governo Federal Transmissão ao vivo: Canal da Orquestra Criança Cidadã no YouTube (https://www.youtube.com/orquestracriancacidada)

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Pernambucanamente se diz: o cão chupando manga

Gilberto Freyre, sociólogo, antropólogo pernambucano autor de Casa Grande & Senzala, e especialmente para os interessados em gastronomia, também autor de Açúcar (1937), dizia do hábito de comer manga de garfo e faca. Bem, é esse um hábito muito especial, visto que para os apreciadores da manga, fruta oriental, que certamente chegou da Índia para o Brasil, estabelecendo-se uma relação física, quase sexual. Comer ou chupar manga, como é comum ouvir-se, reveste-se em um ritual que se inicia na escolha olfativa da fruta, que certamente seduz o usuário pelo perfume da terebentina. Depois a cor: mangas rosadas, amarelas, alaranjadas, umas quase vermelhas são identificadas, notando-se ainda volume e assim o tipo ou qualidade de cada espécie. Após a apreciação e seleção, segue-se o toque para saber a textura, e se esta no ponto; madura, pronta para ser comida ou chupada. Então, finalmente, após tantos processos a manga é vorazmente sugada, mordida, chupada, mastigada, retirando-se a fina casca com os dentes, com os dedos, com o uso de uma faca ou joga-se a fruta no chão para ficar cremosa, quando se faz um delicado orifício para sorver um misto de carne-polpa e caldo grosso, delirantemente deliciosos. Assim, num diálogo corporal que vai além da boca, sujando o rosto, as mãos e outras partes, a manga é plenamente consumida em seqüência de ludicidadde, de uma fruta que é descoberta até o caroço, também alvo de largas chupadas, algumas “fiapentas”, outras carnudas, ainda rijas, moles, contudo todas deliciosas. Lembro-me em Havana dos chamados Filés de Manga, pedaços generosos, como se fossem filés de carne, para serem misturados às saladas ou então para serem egoisticamente consumidos sozinhos, celebrando a essência da fruta tropical que se mostra em cachos nas mangueiras _ lindas árvores que dão sombra e dão sabor. Pergunta-se: então o que é mesmo o cão chupando manga, expressão popular do Nordeste, especialmente em Pernambuco. O imaginário nasce de uma leitura entre o cão, o diabo e a manga, fruta que exige técnica para ser consumida. Contudo a imagem-metáfora é a do animal tentando comer/chupar uma fruta tão complexa, a manga. Fica então a cena de um cão chupando manga, ritual que implica em um animal se relacionando com a fruta que lambuza, que mela de amarelo, que faz mais o corpo comer do que a boca. Que cena!

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Cais do Sertão dá vazão às manifestações culturais juninas

Da Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco O mês de junho é conhecido pelo colorido das bandeirinhas, as fogueiras, os passos ensaiados de quadrilheiros, os clássicos do forró de canto a canto e as tradicionais iguarias gastronômicas do período junino. Durante todo o mês, há homenagens a santos, movimentos culturais e músicos renomados. Ainda impedidos de comemorar à risca, o Centro Cultural Cais do Sertão mantém a tradição junina viva em sua nova programação virtual. Os internautas e admiradores do museu terão acesso à infinidade de atividades - playlists temáticas, lives e webinários - agregadas aos perfis do Spotify, Instagram e canal do YouTube do museu. “O período junino segue imprescindível para se discutir e refletir sobre as manifestações culturais, os músicos, as danças e a gastronomia do São João. Ter o Cais como interlocutor neste processo reforça a missão da gestão em propagar a cultura local ao público”, enfatiza o secretário de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes. A novidade na programação é a série de lives organizada pela Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE) com apoio do Cais. Às terças-feiras, sempre às 19h, os internautas vão assistir webinários sobre o São João transmitidos no YouTube do museu. O segundo programa será na próxima terça-feira, dia 8, e conta com bate-papo acerca da “Pólvora e Povo - a tradição bacamarteira em Pernambuco”. Entre os convidados, a live recebe a Sociedade dos Bacamarteiros do Cabo (Sobac) e Zenaide Barbosa, bacamarteira de Caruaru. Já no dia 15 de junho, o foco do webinário é o papel das quadrilhas juninas na comunidade. O debate também abarca o impacto da pandemia no movimento quadrilheiro, o encontro entre o teatro e a dança e a reinvenção da cadeia produtiva da cultura. Wanderson Miguel (Quadrilha Junina Traquejo de Gravatá) e Flávia Oliveira (Quadrilha Junina Sapeca - Morro da Conceição) são os convidados. A mediação fica a cargo do Educador do Cais, Perácio Gondim. O último webinário, no dia 22 de junho, vai girar em torno dos Patrimônios Vivos ligados ao ciclo junino. O bate-papo terá como convidados Cristina Andrade (Ciranda Dengosa), Mestra Ana Lúcia (Coquista de Amaro Branco) e Salatiel D’Camarão (historiador e detentor da obra do pai, Mestre D’Camarão). Carmem Lélis, historiadora e assessora de Cultura da Prefeitura do Recife, media a conversa. PROGRAMAÇÃO MENSAL A programação regular do mês será toda dedicada aos festejos de São João. Nesta quinta-feira, dia 3, a faixa quinzenal Papo de Museu, que promove a interação do Cais com outros museus do País, recebe o ator e secretário teatral Paulinho Mafe. Ao longo da live, ele falará sobre a “Expo Drilha - Um Registro da Cultura Popular”. A interlocução será mediada por Viviane Sampaio. Na segunda semana do mês, no dia 10, às 17h, a faixa Conexão Cais priorizará os artistas e os seus processos criativos. A convidada é a artista e Miss Plus Size 2020, Cléo Henry. O bate-papo segue as pautas do ciclo junino e da inclusão social. A live será transmitida no Instagram do Cais, sob mediação do educador Perácio Gondim. Já no dia 17, outra live do Conexão Cais trará o bacamarteiro Beto Rocha. Durante o bate-papo, ele esmiuçará sobre o movimento dos bacamarteiros em Bonito. O debate será mediado pela educadora Laís Vilar, do Cais. “A programação virtual do Cais sempre nos motiva a promover interlocuções com o internauta e também com artistas, acadêmicos e gestores museais de todo o País. Neste novo ciclo, estamos seguindo com o compromisso de levar uma programação de qualidade para todos os públicos”, salienta a gestora do Cais, Maria Rosa Maia. PLAYLISTS Além das transmissões ao vivo, o Spotify do Cais também terá novidades. O perfil será nutrido com seleções temáticas sobre os movimentos culturais e artistas que fizeram história no período junino. O perfil contará com seleções sobre o compositor João Silva, Acisão e Bumba Meu Boi. Todas as playlists podem ser acessadas e baixadas gratuitamente. O Cais do Sertão segue fechado para visitação presencial, em respeito às medidas de controle ao novo coronavírus determinadas pelo Governo de Pernambuco.

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Crítica Literária: “A morte do comendador”

*Paulo Caldas Assinado por Aderson Simões Belo, o livro traz de maneira surpreendente o passado do imigrante alemão Gustavo Bauer, descoberto e revelado pelo neto Daniel, um jovem de 17 anos. As cenas transcorrem entre o funeral e a missa de trigésimo dia do honorável comendador e o enredo envolve conflitos familiares e uma investigação internacional sobre fugitivos nazistas. A narrativa, predominante na primeira pessoa, maneja uma ficção quase histórica na sequência em que relata fatos de antanho e se dirige ao leitor numa abordagem ambientada nos dias do agora. Assim, acontecimentos passados e a criatividade tornam-se um só corpo. Segundo a professora Valdenides Cabral de Araújo Dias, no trânsito pelas ranhuras históricas que perpassam o enredo, a novela apresenta detalhes que a enquadrariam no gênero policialesco, uma vez que gira em torno de uma morte, da presença de um detetive israelita que investiga o mistério e do temor do narrador-personagem(Daniel) de ser descoberto. “Versado em Física, ciência dos bens e fenômenos materiais, numa singular simbiose físico-literária, Simões Belo obtém instigantes momentos em sua estreia no mundo da ficção”, comenta o escritor Márcio de Mello em uma das orelhas. “A morte do comendador” tem um primoroso projeto visual concebido por Bel Caldas, a gestão gráfica e impressão da Livro Rápido. Os exemplares podem ser adquiridos na Livraria da Praça (Casa Forte) e com o autor pelo WattsApp 8804.6383. *Paulo Caldas é escritor

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O universo dos sonhos é tema de curso com a artista e terapeuta Drica Ayub

Os sonhos têm alcançado uma maior visibilidade na pandemia. Há relatos de pessoas que estão sonhando mais intensamente nos últimos tempos, seja pelo fato de estarem mais tempo em casa, e, portanto, dedicando mais tempo ao descanso, ou até mesmo por estarem observando de forma diferente as narrativas noturnas, como uma ferramenta de autoconhecimento. De todo modo, esse tema tem sido amplamente pesquisado por terapeutas, artistas, cientistas e público em geral. De fato, os sonhos despertam curiosidade em nós por falarem do mistério, do não saber. Como um convite para desbravar esse universo onírico, o curso “Ciranda de Sonhar” se propõe a abrir caminhos de muitas descobertas dentro de si através da potência do Sonhar. A vivência acontecerá nas terças-feiras do mês de junho, das 19h às 21h, pela plataforma online Zoom, a começar pelo dia 08 e seguindo até o dia 29. Haverá uma aula bônus com leitura de sonhos no dia 05 de julho, para quem se inscrever até o dia 1° de junho. Com momentos teóricos e experimentais, incluindo relatos e análises de sonhos, a terapeuta e artista Drica Ayub, idealizadora e facilitadora do curso, conduzirá o grupo de sonhadoras e sonhadores ao caminho do autoconhecimento e diálogo com a própria sabedoria. “Depois de muitos anos anotando, recebendo e sentindo recados preciosos do mundo do sonhar, eu me dedico, há 2 anos, a pesquisar e estudar o tema de forma teórica, empírica e experimental. Fiz cursos importantes, inclusive com Sidarta Ribeiro, José Balestrini, Kaká Werá e Nelson Job, passando por outros dentro do universo da Psicologia Analítica e Xamanismo. Com o intuito de aprofundar a minha pesquisa e também ofertar conhecimentos e sabedorias, eu alio outras ferramentas nesta vivência, principalmente as que são ligadas ao corpo em movimento e suas sensações, meditação e práticas expressivas, em um trabalho de mergulho profundo no mundo do sonhar”, explica Drica Ayub. Para Carl G. Jung, os sonhos são pontes diretas para o nosso inconsciente, onde, através de metáforas, podemos ter acesso a sua linguagem. Com isso, podemos abrir portas importantes e essenciais no nosso processo de individuação. Além de nos preparar para o dia seguinte, ainda segundo Jung, o sonho é um importante e essencial elemento para a aprendizagem, como cita Sidarta Ribeiro. Ele comenta que “o sonho, se não é real, pode influenciar o curso da realidade”. Quem nunca acordou transtornado por conta de um sonho e todo o dia seguinte teve forte influência do mesmo? Ou um sonho que fez com que você tomasse uma grande decisão na sua vida. Para muitas tradições ancestrais, o sonho é tido como oráculo, como guia na materialidade cotidiana, como fonte de saberes ou, pelo menos, como elemento essencial de contato consigo mesmo. É por meio dos sonhos que muitos xamãs recebem conhecimentos da Natureza e do mundo invisível. Os sonhos, sem dúvida, influenciaram de modo decisivo a cultura de povos e também a própria evolução da humanidade. Ele pode ser considerado o embrião do xamanismo, tataravô da religião, medicina e filosofia. Stanley Krippner nos abre para a percepção de que todo sonhador tem uma pitada de xamã, porque entra em contato com o misterioso e, para Jung, com o numinoso. Sobre Drica Ayub - Drica Ayub é mãe de Ian, pesquisadora da vida, artista das artes do corpo, especialista em Dança pela Faculdade Angel Vianna, terapeuta corporal, palhaça, quase arteterapeuta, aromaterapeuta, estudiosa da agroecologia e música e bióloga de formação. Há mais de 10 anos se dedica às práticas de presença, amalgamando processos de vida-arte, incluindo a maternagem. Está em processo formativo como facilitador do Movimento Autêntico e também como Terapeuta pela experiência somática. Atualmente, sua pesquisa se direciona ao mundo do sonhar, em suas diversas tradições e reverberações, e também às memórias/marcas que nos constroem, sobretudo os corpos femininos. SERVIÇO – CURSO “CIRANDA DO SONHAR” COM DRICA AYUB Idealização e facilitação: Drica Ayub, terapeuta e artista Datas: (08/06) Sonhos e Autoconhecimento (15/06) Sonhos e o Ancestralidade (22/06) Sonhos e o Mistério (29/06) Sonhos e Criação (05/07) Aula bônus com leituras de sonhos para quem se inscrever até dia 1° de junho Horário: 19h às 21h Inscrições: Sympla (link na bio do perfil @drica.ayub) https://www.sympla.com.br/ciranda-de-sonhar---experimentacoes-corpo-oniricas__1224874 Investimento: R$ 220,00, 250,00 e 280,00 (possível, justo e ideal) Vagas: 30 vagas com cinco bolsas integrais para pessoas pretas, trans e periféricas. Mães solo têm desconto especial (entrar em contato). Instagram: @ciranda.de.sonhar e @drica.ayub Público: todas as pessoas interessadas com idade acima de 18 anos

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Festival de Ópera virtual faz grande homenagem a Mozart

Na primeira semana de junho, volta ao ar o Festival de Ópera de Pernambuco (FOPE) virtual. Nesta sua segunda edição, o grande homenageado será Mozart, um dos maiores compositores da música clássica ocidental de todos os tempos e grande operista cujo aniversário de 230 anos de morte será no dia 5 de dezembro deste ano. Cinco das mais famosas óperas deste emblemático compositor foram escolhidas para essa homenagem e serão gravadas e disponibilizadas para o público através do Youtube. Viabilizado graças ao incentivo da Lei Aldir Blanc e por meio da Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco, o II Festival de Ópera de Pernambuco é uma realização da Gárgula Produções, juntamente com a Academia de Ópera e Repertório da UFPE (AOR) e Sinfonieta UFPE, grupos de extensão da UFPE criados em 2016 pelo maestro Wendell Kettle, também professor do Departamento de Música da UFPE e Diretor Artístico do festival. Fazem parte ainda da equipe de direção o cenógrafo e figurinista Marcondes Lima, que assina a Direção de Artes Visuais, e a cantora lírica e produtora cultural Jéssica Soares, Diretora Executiva do evento. A Associação Comercial de Pernambuco (ACP) nesta edição é a uma das principais parceiras, disponibilizando o belo “Palácio do Comércio”, sediado no Marco Zero, para as gravações de todo o festival. “Mesmo nesse momento difícil que atravessamos, a ópera, enquanto manifestação artística plural, se fará presente ao público pernambucano através dessa versão virtual que temos preparado com muito carinho e dedicação. O fascínio e a fruição estética que as óperas de Mozart têm nos proporcionado durante todo o período de preparação desse festival é o que queremos transmitir ao nosso público”, diz Wendell Kettle sobre a iniciativa, lembrando que “Todos – equipe de direção, criação, produção, cantores, instrumentistas de orquestra – estão imbuídos do melhor “”fazer artístico”” para que esse seja mais um evento em prol do desenvolvimento da ópera em nosso estado e da confirmação do nosso Festival pernambucano como um evento representativo da ópera em nosso país”. Novidades O FOPE trará duas novidades nesta edição virtual, realizando sorteios de livros e de aulas de canto, (popular/erudito). Tudo a partir de parcerias firmadas com as Livrarias “Musimed” e “Imperatriz”, e com os professores-cantores integrantes da Academia de Ópera de Pernambuco da UFPE. Os sorteios serão realizados no Instagram do Festival: @festivaloperape, durante a semana de lançamentos dos vídeos. O II Festival de Ópera de Pernambuco contará com cinco atrações: as montagens de duas Óperas - Cosi Fan Tutte e O Empresário (ambas acompanhadas pela formação camerística da Sinfonieta UFPE) – e de três Galas Líricas das óperas Bodas de Fígaro, Don Giovanni e A Flauta Mágica (acompanhados de piano). Galas Líricas são trechos de ópera acompanhados por um piano. Elas serão em solo, duos e ensembles. Toda a equipe artística e técnica envolvida nesta edição do Festival é formada por pernambucanos ou radicados no estado, fomentando, oportunizando, fortalecendo e dando reconhecimento aos profissionais locais. Lançamentos Como o festival será virtual, durante o mês de junho, será lançada uma produção por semana (todas as terças, às 20h) no canal do Festival, que pode ser acessado pelo link: https://linktr.ee/festivaldeoperadepernambuco. Datas 01/06 – Gala Lírica – As Bodas de Fígaro 08/06 – Gala Lírica – Don Giovanni 15/06 – Gala Lírica – A Flauta Mágica 22/06 – O Empresário 29/06 – Così fan Tutte Incentivo à cultura operística A produção do festival pretende, também, usar seu espaço nas redes sociais, em especial no Instagram, para tirar dúvidas sobre ópera e música clássica. A ideia é desmistificar a linguagem e estimular o amor e o conhecimento desta arte que vem se expandindo em Pernambuco, mas que já conta com um público potencial bastante expressivo. “O público brasileiro em geral tem muitas dúvidas sobre ópera e nosso projeto também se dedica a esclarecê-las, pois alguns temas são comuns de serem confundidos, como por exemplo diferenças entre um concerto sinfônico, como Carmina Burana e uma montagem operística, um recital de canto lírico e uma ópera, por isso convidamos quem tiver alguma pergunta que as faça no nosso Instagram, será um prazer respondê-las!”, afirma Jéssica Soares, Diretora Executiva do evento e cantora lírica. Ingressos espontâneos Como evento virtual e sem a cobrança de ingressos, o II Festival de Ópera de Pernambuco permitirá que o público contribua com os valores que julgar compatíveis através do PIX: 17542197000193 da Gárgula Produções – CAIXA. Mais uma inovação que os tempos de pandemia trouxe para apresentações que seriam em espaços hoje fechados.

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