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Cultura e história

Johnny Hooker leva música e acessibilidade para o Festival No Ar Coquetel Molotov

Comprometido com ações que incentivem a acessibilidade, o Festival No Ar Coquetel Molotov, em sua edição virtual, que ocorre em um mundo 3D, até o dia 23 de janeiro traz o encontros com a proposta de mostrar a qualidade do que vem se produzindo musicalmente no Brasil, debater questões ligadas à acessibilidade e levar informação e diversão para o maior número possível de pessoas e nesta quarta-feira (20), o festival apresenta a Masterclass “Performance Multimídia e a Construção de uma Persona” com o pernambucano Johnny Hooker, que terá tradução em libras. O artista destrincha a relação de sua obra musical com o cinema, a televisão e o teatro. Servindo também como um comentário sobre o processo criativo do artista atravessando diferentes fases de seu trabalho. A masterclass ocorre na às 20h. Artista Pernambucano que ganhou notoriedade nacional após seu primeiro disco autoral “Eu Vou Fazer Uma Macumba Pra Te Amarrar Maldito”, Johnny Hooker, faz parte do clã dos grandes artistas da nova safra da música popular brasileira. Coleciona alguns prêmios como o melhor cantor do Prêmio da Música Brasileira e dois do MTV Miaw, sendo um deles de melhor clipe. Recentemente ganhou discos de platina por seus dois singles “Amor Marginal” e “Flutua”, este último sucesso do segundo disco “Coração”. Em 2021 está previsto o lançamento do DVD ao vivo do show Macumba gravado em 2016 em Recife e também o seu mais novo trabalho autoral. A oficina é completamente gratuita e as inscrições podem ser feitas no portal coquetelmolotov.com.br. “Sou produtora e surda oralizada, para mim tem sido um desafio muito importante dialogar e sensibilizar desde artistas à toda equipe e conselho do Festival com a minha participação. Somos 24% da população brasileira e também queremos consumir música, o problema é que justamente pela falta de acesso a esse mercado, muitas vezes isso não acontece. É muito importante dialogar e ter trocas sobre como fazer música e tornar um festival mais acessível e inclusivo para o público de pessoas com deficiência (PCD)”, comenta Mariama Damata, conselheira do festival. O público PCD também ouve e aprecia música. Por isso é preciso ter em mente que os recursos de audiodescrição, libras e legendas são mais que necessários em produções de clipes e lyric videos. As convidadas do encontro "Fazendo Música Acessível", que ocorre a partir das 19h, na segunda-feira (18), mostram que é possível também criar e inovar na difusão de uma música acessível. PROGRAMAÇÃO FESTIVAL NO AR COQUETEL MOLOTOV: 20/1 20h - Call center com Johnny Hooker - Zoom 21/1 19h - Artista ou influencer? O cansaço de acumular as funções, o limite das bolhas e monetizando nas redes com Luiz Lins, Brvnks e Romero Ferro com mediação de Benke Ferraz (Boogarins) - Zoom 20h30 - 21h30 - Oficina: como usar um dildo? com Senta - Zoom 22/1 19h - Experiências do imersivo ao digital com Ale Paes Leme, Anna Costa e Silva, Magiluth mediado por Amnah Asad - Zoom 21h - Exibição série No Ar episódio 1 - Youtube 23/1 21h - Exibição série No Ar episódio 1 - Youtube SERVIÇO: TNT Energy Drink apresenta No Ar Coquetel Molotov - 17ª edição 11 a 23 de janeiro de 2021 Patrocínio: Natura Musical, Itaipava, Oi Pontes e Uninassau Projeto Incentivado pelo Sistema de Incentivo a Cultura do Recife Apoio: Pitú e Rappi Mídia Oficial: O Grito!, Brasileiríssimos, Minuto Indie, Rádio Universitária FM Mais informações: www.coquetelmolotov.com.br

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Euclides da Cunha uniu ciência à arte e denunciou diversas violências

Da Agência Brasil A escolha das palavras certas para descrever o ambiente e revelar tragédias. Descortinar violências, "Brasis" diferentes e até a própria consciência. Nas mesmas frases e páginas, misturas de ciências e arte literária. O espírito combativo, curioso e metódico de Euclides da Cunha é anunciado desde as primeiras páginas de Os Sertões (1902), obra monumental da literatura e do jornalismo brasileiro (disponível para leitura em domínio público), segundo explicam estudiosos do consagrado escritor, que nasceu em 20 de janeiro de 1866 (há 155 anos). Mesmo depois de tanto tempo - a primeira edição do livro saiu em 1902 -, os especialistas ouvidos pela Agência Brasil argumentam que a profundidade do trabalho do brasileiro, marcado pelo olhar científico e ao mesmo tempo artístico, explica a atualidade dos seus escritos e a necessidade de ser revisitado no século 21. O autor, ex-oficial do Exército e engenheiro, escrevia para o jornal O Estado de S. Paulo, e foi para a Bahia reportar o que acontecia na Guerra de Canudos (que durou entre novembro de 1896 a outubro de 1897). Euclides esteve na região entre 10 de setembro e 3 de outubro (23 dias) e publicou suas impressões no jornal como Diário de Uma Expedição, a partir das 22 cartas e 55 telegramas escritos. Os trabalhos seriam a inspiração para o livro que seria publicado cinco anos depois, dividido em três partes: A Terra, O Homem e A Luta. Euclides se surpreendeu bastante com o que viu e vivenciou. “Aquela campanha lembra um refluxo para o passado. E foi, na significação integral da palavra, um crime. Denunciemo-lo”, escreveu ele logo na nota preliminar. Segundo pesquisadores, diante do que flagrou, ao invés de compilar relatos e se ater a uma versão do governo central, Euclides mergulhou nas histórias dos sertanejos (sob a liderança polêmica do religioso Antônio Conselheiro), nos contextos amplos do cenários e do ambiente da caatinga e buscou as causas do acontecimento. “Ele sempre acreditou no consórcio entre a ciência e a arte”, afirma o professor de literatura brasileira e hispânica na Universidade da Califórnia, Leopoldo Bernucci, em entrevista por videoconferência. “Euclides tinha uma mente extremamente curiosa em um período marcado pelo culto à ciência”. Obra de arte Bernucci publicou em 2001 versão comentada de Os Sertões e, em 2021, chegará à sexta reimpressão, sempre com novas revisões para facilitar o entendimento de um livro que mexe com a cabeça do leitor. “A obra de Euclides é um conjunto extraordinário de conhecimentos. Trata-se de uma leitura difícil, com saberes técnicos e científicos. Mas ele se propôs a tratar do fenômeno de Canudos. A partir do momento que se lê essa grande obra, pode-se verificar que tudo ali está organizado e articulado”. O livro é considerado uma obra de arte desde a sua publicação. Em 1903, o crítico Araripe Júnior escreveu que não era possível criticar o trabalho. “A emoção por ele produzida neutralizou a função da crítica. E, de fato, ponderando depois calmamente o valor da obra, pareceu-me chegar à conclusão de que Os Sertões são um livro admirável, que encontrará muito poucos, escritos no Brasil, que o emparelhem”. José Veríssimo destacou que o livro revelava “um homem de ciências”, “um homem de pensamento”, e um “homem de sentimento”. A obra lhe valeu a indicação à Academia Brasileira de Letras, em 1903. Além de dispôr a história da revolta e do papel de Antônio Conselheiro, Euclides utilizou um grupo de saberes que incluiu botânica, geologia, sociologia, antropologia, história das religiões e conhecimentos amplos sobre a vida e história militar. Aliás, a formação de Euclides em escolas militares tem influência decisiva, segundo pesquisadores, em seu desenvolvimento intelectual. “As escolas e a carreira militar são decisivas na vida dele. O Exército estava na vanguarda do processo histórico daquele período. Claro que os professores e as referências que ele teve influenciam na obra, que é alta literatura”, afirma a professora Walnice Galvão. Ela pesquisa vida e obra de Euclides da Cunha há mais de 50 anos. A intelectual, docente emérita da Universidade de São Paulo (USP), publicou 12 livros sobre o autor. “Além da formação, outro fato transformador na vida dele é a cobertura em Canudos”, salientou. Para os pesquisadores da obra de Euclides da Cunha, o escritor foi para Canudos certo que encontraria ali uma revolta estimulada pelos monarquistas contra a recém-nascida república, proclamada em 1889. Mas o autor descobre que essa não é a história verdadeira. Não havia relação com disputa política e Euclides mudou de ideia e de foco durante a expedição. “Está estampada em todas as páginas o dilaceramento de consciência que ele viveu ao presenciar a violência do Estado contra os sertanejos”, afirma a professora Walnice Galvão. É nesse contexto que ele considera um crime o que ocorreu ali, com o massacre dos moradores e das cinco mil casas do lugarejo. “O sertanejo é, antes de tudo, um forte”, escreveu na abertura do capítulo três. Essa mudança de ideia, segundo Leopoldo Bernucci, revela-se como um ato de humildade por parte de Euclides, ao deixar o acampamento da expedição promovida pelo governo para se embrenhar na caatinga. A historiografia registra que pelo menos 20 mil pessoas morreram no episódio. Walnice Galvão destaca que Euclides teve uma virada de consciência rápida. “Ele ficou um pouco menos de um mês em Canudos, mas foi o suficiente para ter uma nova percepção do que ocorria. Na verdade, ele levou um choque diante do que descobriu. É um trauma da vida dele”. Preocupação ambiental O professor de literatura Leopoldo Bernucci prepara, junto com o pesquisador Felipe Rissato, uma obra sobre 1,4 mil correspondências enviadas e recebidas por Euclides da Cunha. A estimativa é de pelo menos mais um ano de coleta dessas cartas oficiais e também de cunho pessoal do autor. Chamam a atenção nos materiais a preocupação de Euclides com o meio ambiente. Inclusive, após publicar Os Sertões, o escritor foi convidado para chefiar a Comissão Mista Brasileiro-Peruana de Reconhecimento do Alto Purus, na Amazônia. Nas cartas enviadas para o Barão do

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Projeto recebe inscrições de fotógrafos para exposição sobre Pernambuco

O projeto “Meu Olhar Sobre Pernambuco”, abriu nesta terça-feira (19), as inscrições para fotógrafos pernambucanos com residência em qualquer região do Estado. Aprovado no Edital Criação, Fruição e Difusão- LAB-PE, através da Lei Aldir Blanc, a iniciativa que busca recortes fotográficos de fotógrafos profissionais e amadores, vai realizar exposição virtual e presencial, em março deste ano. A organização irá premiar os finalistas e divulgar a biografia de todos os participantes no canal digital. Os interessados deverão se inscrever até o dia 29 de janeiro no site do projeto: (https://www.meuolharsobrepe.com.br/). No endereço eletrônico estão disponíveis o formulário de inscrição, edital, documentação exigida e orientação para o envio das fotos. É necessário que as obras tenham abordagem na área da cultura, turismo, gastronomia ou relacionadas com alguma personalidade cultural do Estado, por exemplo. “Esperamos receber participantes dos quatros cantos de Pernambuco. A proposta do projeto é apresentar recortes fotográficos da Região Metropolitana, Mata Norte, Mata Sul, Agreste e Sertão”, detalha o idealizador do projeto, Jonnathan Silva. Ainda segundo ele, a ideia é potencializar o trabalho de fotógrafos do estado, que se dedicam na produção de fotografias espontâneas sobre a região. “Será uma oportunidade de reunir talentos desconhecidos com nomes já consagrados”, finaliza Jonnathan. SERVIÇO: Exposição Meu Olhar Sobre Pernambuco Inscrições: https://www.meuolharsobrepe.com.br/ Período das inscrições: De 19 a 29 de janeiro de 2021 Quanto: gratuito Evento: acontecerá em março de 2021 (formato presencial e virtual)

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Juliana Notari: “A arte tem que criar perguntas e reflexões.”

A imagem de uma grande vulva, em tom vermelho intenso, encravada no terreno do Parque Artístico Botânico da Usina de Arte foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais do País este mês e reverberou até na mídia internacional. A obra Diva, da artista plástica recifense Juliana Notari, causou controvérsia num amplo espectro ideológico de pessoas: desde conservadores, até militantes que lutam contra a transfobia, além do movimento negro. Nesta entrevista a Cláudia Santos, Juliana analisa essas críticas, defende a força da obra, que segundo ela vai além da representação de uma vulva, mas expõe as feridas que as mulheres e a natureza sofrem na sociedade patriarcal. A artista comenta também a sua trajetória e a sua concepção de que a arte deve provocar as pessoas a refletirem. Por que a obra Diva causa tantas controvérsias nas redes sociais, provenientes de pessoas da direita e da esquerda? Eu acho que é porque o que está colocado na obra é a representação de uma parte do corpo da mulher que, ao longo da história, nestes dois mil anos de patriarcado, sempre foi um tabu, sempre foi reprimida. A vulva é o lugar onde a mulher sente prazer, não tem uma função reprodutiva, como a vagina, o canal vaginal, onde passa o espermatozoide.A repressão começa pela linguagem, até o nome vulva foi deixado de ser falado, porque chamar uma vulva de vagina, é a mesma coisa que chamar pênis de uretra. Há um silenciamento do corpo da mulher, que vem ao longo dos séculos, e a mulher precisa ser vista como a recatada e do lar, a que está em casa, fazendo o trabalho da reprodução, cuidando dos filhos, que não tem o trabalho reconhecido. Grande parte desses ataques que, se partiram da direita, é proveniente de pessoas que pensam dessa forma. Eu sabia a todo momento que a obra iria provocar críticas, mas não dessa envergadura que foi. Mas antes de tudo, é preciso estabelecer que Diva não pode ser reduzida a uma vulva. Diva é uma grande ferida. Caso ela fosse apenas uma vulva, eu teria feito os grandes lábios, o clitóris. Essa dimensão traumática, expressa em sua forma de ferida aberta, é a mais importante para mim, fica mais agressiva esteticamente na minha obra. A obra não centra o discurso na questão genital, mas abre feridas históricas, coloniais, que estão para além das questões de gênero. Há também uma discussão e questionamentos das feminilidades, da violência contra os corpos, incluindo o da Terra, na nossa sociedade patriarcal e capitalista. As críticas da esquerda que foram em torno da questão racial e de classe social surgiram a partir de uma foto, postada por mim no Facebook e no Instagram, em que é mostrado o processo de construção da obra. Nela, eu, a artista, uma mulher branca, apareço em primeiro plano e os trabalhadores – na maioria negros – trabalham na obra ao fundo. A foto é um retrato da nossa sociedade brasileira. A arte não está apartada da sociedade, ela reflete a sociedade e a arte também é um lugar muito elitizado. Mesmo entendendo que, enquanto imagem, ela possa endossar o racismo estrutural que molda o Brasil desde sua colonização, ela  também denuncia as feridas coloniais que persistem e nos traumatizam até os dias atuais. Esses sintomas históricos não são causados apenas por mim, mas são responsabilidade de todos nós que deixamos essas feridas históricas inflamarem. Feridas como a escravidão, sexismo, o extermínio dos povos indígenas e a ditadura militar não foram tratadas e, por isso, o Brasil segue doente. Os trabalhadores da construção civil contratados pelo engenheiro para construir Diva são sintomas dessas feridas, são descendentes de escravizados negros, de indígenas, como a grande maioria dos trabalhadores urbanos e rurais do Brasil. Então, é uma questão estrutural. Como a gente sabe, os escravos não tiveram acesso à terra, à reparação, à educação, ou seja, não tiveram acesso à sociedade. Foram apartados; foram para as periferias, os subúrbios, as favelas. A outra crítica partiu de mulheres trans que acham que uma vulva reforça o binarismo, a ideia de que só existem dois sexos. Na verdade, não é nada disso, acho que existem várias sexualidades, vários femininos e que todo mundo pode falar. A questão é que elas também têm que ocupar espaço de fala, de colocar a arte delas nos espaços de arte. Aí, são necessárias políticas públicas de inclusão. A todo momento eu não quero anular, eu quero abranger e também quero defender meu direito de falar. Eu sou uma mulher que acha que eu posso falar de uma parte do meu corpo. Eu sou artista, eu sou livre para falar, isso não quer dizer que eu vou anular outras formas de viver a sexualidade, muito pelo contrário, acho que tem que ser multi. Você explicou que a obra busca questionar a relação entre a natureza e a cultura numa sociedade falocêntrica e antropocêntrica. Você poderia detalhar essa ideia? Falocêntrica é essa questão do patriarcado. Vivemos dois milênios de patriarcado, que é justamente essa questão de o homem ter o protagonismo, que ocupa o poder, de usar os corpos dos negros, das mulheres, dos indígenas, reprimindo-os para transformá-los em subalternos a esse poder. É, principalmente, o macho, hétero, branco, que é esse homem, símbolo desse patriarcado, que acha que está no topo do poder e se acha superior e que os outros, todos os diferentes, precisam ser seus serviçais. O sentido antropocêntrico está relacionado à espécie humana em geral (homens e mulheres), que se acha acima de todas as espécies, que tem o direito de desmatar, de matar os animais, de remover montanhas e “comer” a terra, por meio do extrativismo de que o consumismo necessita para poder mover a máquina. A espécie humana se acha o centro da Terra e está acabando com tudo. Então, essa separação, natureza e cultura, em que o homem que se coloca acima da natureza com sua cultura, é que faz com que o antropocentrismo seja uma praga que está nos levando

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Museu do Trem reabre nesta terça-feira (19) com fachada revitalizada

O Museu do Trem, equipamento gerenciado pela Secult-PE/Fundarpe, localizado na Estação Central do Recife, reabre hoje (19) com a fachada totalmente revitalizada. A pintura faz parte de uma série de intervenções na aparência e estrutura do imóvel histórico. Entre as ações de manutenção predial, estão a poda de árvores, serviços na cobertura, com substituição de telhas danificadas, limpeza de calhas e impermeabilização, além de revestimento de paredes, cuidados com o piso e reparos nas instalações elétricas e hidrossanitárias. A execução dos serviços começou em novembro do ano passado e o museu precisou ficar fechado na última semana por causa da reforma.

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6 fotos do casario do Recife na década de 1920

Na década de 1920 circulava a Revista de Pernambuco. No acervo desse material que trazia fotografias de várias cidades e registros de eventos da época, selecionamos 6 imagens de construções do Recife, nos anos de 1925 e 1926. A publicação exaltava o desenvolvimento imobiliário, com a construção das novas casas em ruas recém-abertas ou com novo calçamento e iluminação na capital pernambucana. Recife novo, a cidade inteira se enche de habitações modernas Essa foi a legenda dessa foto publicada em 1925 na Revista de Pernambuco. Infelizmente não há informação do bairro ou da rua dessa casa. . Cada dia novas construções vão surgindo dos terrenos baldios. A proporção que a cidade inteira se ilumina e asfalta. Descrição da foto na publicação indica o avanço do calçamento das ruas e da iluminação pública no Recife, também em 1925.  . Por todo o Recife espalham-se vivendas confortáveis e elegantes . Casario na Rua Amélia, em 1925 . Recife Moderno. Um trecho do Largo do Hospicio, no bairro da BoaVista, em 1926 . As edificações abaixo foram descritas como "Edifício da Usina e das oficinas de saneamento, na Avenida do Cabanga, uma das artérias de acesso ao Pina, construída pelo Governador Sérgio Loreto." . . . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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Sonora Coletiva convida Cannibal para falar sobre música e ativismo político e social

Em meados dos anos de 1980, inconformado com as desigualdades sociais com que se deparava no Alto José do Pinho, bairro da Zona Norte do Recife, o então adolescente Marconi de Souza Santos decidiu abraçar o ativismo político e social. Mas logo descobriria o movimento punk nacional nos sebos de vinis do centro do Recife e nas revistas especializadas em música do Sudeste. Assim, daria o passo decisivo que o faria unir sua militância ao mais novo interesse: ser músico e formar uma banda, e tocar em eventos políticos. Foi nesse contexto que Marconi se transformou em Cannibal e formaria a banda “Devotos do Ódio”, hoje chamada apenas “Devotos”. A live com o compositor, baixista e cantor Cannibal será hoje (14), às 19h, transmitida pelo Canal multiHlab, no YouTube, como parte das atividades do Sonora Coletiva, da Revista Coletiva, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Pioneiro do punk e hardcore recifense, e um dos nomes mais importantes de uma geração de artistas que deram início à cena musical local do final dos anos 1980 e início dos anos de 1990, e que geraria também o Manguebeat, Cannibal vai conversar com os pesquisadores Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto, responsáveis pela mídia experimental multimídia Sonora Coletiva. Os três pesquisadores da Fundaj vêm desenvolvendo atividades no âmbito do Núcleo de Imagem, Memória e História Oral (NIMHO), do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), coordenado pela pesquisadora Sylvia Couceiro e por Cristiano Borba, registrando depoimentos dos que produziram música em Pernambuco entre os anos de 1970 e 2000. Essa será a primeira live do Sonora Coletiva de 2021 e dá continuidade às anteriores que tiveram a música como um de seus temas principais. Para o pesquisador Túlio Velho Barreto, “ter a participação de Cannibal em um dos episódios do Sonora Coletiva permitirá que se conheça ainda mais o artista único que ele é. Ou seja, alguém que conseguiu unir militância politica com a música, o que está evidente no trabalho social que faz desde os anos 1980 no Alto José do Pinho e também em suas letras. Aliás, que estão registradas no livro ‘Música para o povo que não ouve’, lançado pela Companhia Editora de Pernambuco, em 2018”. Já Cristiano Borba, complementa lembrando que “tem outra razão de natureza institucional para reassaltar a participação de Cannibal, já que atualmente estamos desenvolvendo na Fundaj um projeto para ampliar o acervo do NIMHO/Cehibra, agora na área da música, e isso abre novas perspectivas para essa área da Instituição no que diz respeito à ampliação de seu acervo de história oral e para futuras pesquisas nessa área de nossa cultura”. Segundo Allan Monteiro, a partir da live com Cannibal, o Sonora Coletiva pretende contar com a participação de outros e outras artistas locais que transitam entre a música e a literatura, por exemplo. A banda Devotos é formada por Cannibal (baixo e voz), Celo Brown (bateria) e Neilton (guitarra) e tem vários álbuns gravados em estúdio e ao vivo, além de compilações em CD e vinil. Suas músicas são verdadeiros manifestos contra a desigualdade social e econômica sem perder a verve poética. Como explica Cannibal, “tudo começa quando você descobre que o mundo tem uma classificação. Nela alguns são beneficiados, já outros não são sequer assistidos em suas necessidades básicas, e este são a maioria. Não ter direitos assistidos política, social e democraticamente: esta é a primeira revolta. Quando você descobre fazer parte deste quadro caótico só te restam duas escolhas: aceitar calado ou viver gritando. E eu escolhi viver gritando”. *Saiba mais * SONORA COLETIVA é o canal experimental multimídia da revista eletrônica de divulgação científica Coletiva, publicada pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Sediada no Recife, disponibiliza dossiês temáticos com uma perspectiva de diálogo entre saberes acadêmicos e outras formas de conhecimento, prezando pela diversidade sociocultural e liberdade de expressão. É voltada para um público amplo, curioso e crítico. O projeto integra o Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (ProfSocio), o Laboratório Multiusuários em Humanidades (multiHlab) e a Villa Digital, envolvendo ainda as diversas diretorias da Fundaj. Serviço Sonora Coletiva conversa com Cannibal, da banda Devotos Participantes: Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto Data: quinta-feira, 14 de janeiro de 2020 Horário: 19h Transmissão no Canal multiHlab

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Museu da Cidade do Recife transmite evento em homenagem a Frei Caneca

Em reverência a seus ideais libertários, o religioso e líder revolucionário pernambucano Joaquim do Amor Divino, que mais tarde sagrou-se Frei Caneca, será homenageado, hoje (13), pelo Museu da Cidade do Recife, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, em cerimônia virtual, transmitida pelo Instagram. O evento de rememoração é promovido pela Prefeitura do Recife há 33 anos, por meio do Museu da Cidade do Recife, em parceria com a Grande Loja Maçônica de Pernambuco, o Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano e a Ordem dos Carmelitas. A edição deste ano também tem como parceiro o Forte do Brum. Em cumprimento aos protocolos sanitários, que proíbem aglomerações, a homenagem ao revolucionário pernambucano será transmitida, a partir das 15h, no Instagram do Museu da Cidade (@museudacidadedorecife). Sobre Frei Caneca – Religioso e professor de retórica, geometria e filosofia, foi um dos grandes pensadores e líderes do movimento pela independência brasileira, tendo se destacado na articulação da Revolução Republicana de Pernambuco, em 1817, e, mais tarde, da Confederação do Equador. Em 1824, foi preso no Ceará e submetido a julgamento pela Comissão Militar, sendo condenado à morte por arcabuzamento – execução por arma de fogo. Frei Caneca foi enterrado no Convento do Carmo, no Recife e imortalizou-se herói no imaginário pernambucano.

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Recife ganhará nova galeria no Pina

A empresária Christiana Asfora Cavalcanti abre no dia 28 deste mês, no Pina, a Christal Galeria de Artes. O novo espaço de arte e cultura da cidade, ocupa um casarão de 1941 que foi totalmente adaptado para virar um espaço de exposição e instalações artísticas. A galeria terá as curadorias de Stella Mendes, historiadora e gestora cultural, com passagem pelo MASP (SP), AM Galeria (MG) e Bolsa de Arte (RS); e Laurindo Pontes, que atua como marchand e produtor cultural e tem no currículo projetos como “Sé 171 Escritório de Arte” e a “Atenarte”, em Olinda. Também foi produtor e curador de exposições como A Arte e Monumental de Mariana Peretti, no Museu Nacional da República em Brasília (2016).

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CinePE substitui seminários por lives com participação de grandes nomes

Nomes importantes do pensamento contemporâneo, principalmente na área de comunicação, vão participar das lives do Cine PE ao longo deste mês de janeiro. Uma atividade virtual que substitui o modelo presencial dos seminários. Assim, com a pandemia do Covid-19, a programação será realizada on-line, pelo canal do YouTube do festival, o que possibilitou convites a pessoas que teriam dificuldades de estar no Recife presencialmente, por conta das agendas atribuladas. Apesar da programação ter ganhado o título de “Quinta do Cine PE”, excepcionalmente, a estreia acontece hoje (13), às 16 h, tendo o economista, filósofo e escritor Eduardo Giannetti como convidado. A conversa entre Alfredo Bertini e Giannetti deve passear sobre temas como cultura, economia e ética, além dos desafios de empreender no Brasil, um país que convive simbioticamente com crises em todos esses âmbitos. Apesar da densidade dos nomes convidados para as lives, a intenção é que as conversas sejam acessíveis a todos os públicos e, por isso, o formato escolhido foi o de uma conversa-debate. No dia 21 de janeiro, o convidado da Quinta do Cine PE será o publicitário Washington Olivetto, responsável por campanhas que marcaram a história da publicidade no Brasil. Olivetto começou a trabalhar aos 18 anos e, prestes a completar 70 anos, continua buscando desafios. Desde 2017, o publicitário vive em Londres, de onde deve participar da conversa, marcada para começar as 16 h. O convidado da semana seguinte, 28 de janeiro, também as 16 h, será Guga Kertz. O publicitário, um dos profissionais mais reconhecidos do mercado, sócio e CEO da Suno United Creators, acredita que as incertezas do momento ajudam a perceber a publicidade como um vetor de transformação. A criatividade, segundo ele, vem da insegurança. Para as conversas com Washington Olivetto e Guga Kertz, Alfredo Bertini terá a companhia dos publicitários Edison Martins e Paulo André Bione. Dois outros nomes da comunicação ainda comporão o quadro de debatedores desses seminários, que trarão à discussão o futuro da comunicação e da cultura, bem como, os novos modelos de negócios na área. Nessa etapa de programação, o Cine PE sustenta sua aposta no virtual. Nos meses de novembro e dezembro de 2020, o festival realizou os debates relacionados aos filmes exibidos no festival pelo seu canal do YouTube. Os filmes foram exibidos pelos canais de TV fechada (Canal Brasil), aberta (TV Pernambuco) e streaming (pela plataforma dos Canais Globo). Quinta do Cine PE, sempre as 16 h, no YouTube do festival. --> https://www.youtube.com/channel/UC065jNzpv9EQ5YxCCe7Xjuw Quarta-feira (13/01) – Eduardo Giannetti Quinta-feira (21/01) – Washington Olivetto Quinta-feira (28/01) – Guga Kertz

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