Arquivos Cultura E História - Página 186 De 380 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Lançada a primeira exposição digital de Arte Sacra do Brasil

Museu de Arte Sacra de São Paulo, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, foi fundado em 29 de Junho de 1970 por meio de um acordo entre o Governo Estadual e a Cúria Metropolitana e desde então está instalado numa ala do Mosteiro da Luz, edifício colonial com mais de 240 anos de história, sendo um dos poucos do gênero a resistir na capital. Este ano, estão previstas várias ações para comemorar os 50 anos do MAS/SP. O grande destaque dessas comemorações foi o lançamento da primeira e maior coleção relacionada a arte sacra e barroca no ambiente virtual do Brasil. Em parceria com o Google, o perfil do museu na plataforma Google Arts & Culture, apresenta mais de 200 peças acompanhados de textos curatoriais e comentários da equipe educacional do museu. Na ocasião do lançamento foi disponibilizada uma exposição virtual imersiva com mais de 50 itens que se relacionam com a cidade de São Paulo e suas transformações urbanas. A exposição também aborda a formação do acervo do MAS, iniciado por Dom Duarte Leopoldo e Silva ainda no ano de 1907. A importância do acervo é inestimável para a cultura nacional e a plataforma do MAS/SP no Google Arts se afirma como uma forte fonte para pesquisas acadêmicas, materiais didáticos e educativos além de proporcionar acesso sem o limite das fronteiras físicas possibilitando uma visão diferenciada de importantes partes do acervo. Todo o conteúdo do Google Arts está disponibilizado em português e inglês além de possibilitar o contato com as obras de artes que muitas vezes a própria experiência física não permite, como observar detalhes e minúcias de cada obra através do recurso de aproximação da imagem, além de poder observar algumas delas em ângulos inusitados, como a parte de trás ou até mesmo a base das peças. Este recurso tecnológico permitirá que o visitante veja as obras de maneira muito diferente, enxergando detalhes que passavam desapercebidos. Uma das peças que está nessa exposição e merece um olhar mais atento é a imagem de Nossa Senhora das Dores, de autoria do mestre Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho, que foi uma das primeiras peças adquiridas pelo Governo do Estado para endossar os tesouros do acervo. Os traços angulosos do planejamento das vestes e o formato das sobrancelhas, olhos, boca e nariz foram indicados pelos técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como estilemas de Aleijadinho, figura que foi amplamente estudada e disseminada pelos modernistas como um personagem mítico no intuito de construir a história da arte brasileira. Filho de mãe negra escravizada, sabemos que teve um protagonismo na produção colonial mineira onde atuou como escultor, entalhador, arquiteto e carpinteiro. A peça é tombada individualmente pelo IPHAN. Apesar de alguns nomes de destaque, a arte sacra caracteriza-se por ter a grande maioria de suas peças de autoria desconhecida, porém de belezas surpreendentes. Além de inúmeros anônimos, o acervo do MAS/SP também conta com pinturas de Anita Malfatti, Benedito Calixto, Almeida Júnior, Jesuíno do Monte Carmelo, Henry Benard além de esculturas assinadas por Victor Brecheret, Mestre Valentim, Frei Agostinho de Jesus, Frei Agostinho da Piedade e muitos outros. Ainda fazendo parte do acervo temos uma enorme coleção de mobiliário, prataria e ourivesaria, sem contar o enorme presépio napolitano que desde o início da década de 1990 possui uma sala exclusiva com cem metros quadrados a fim de exibir as 1620 peças do século XVIII que compõe a cidade de Nápoles e a famosa cena da natividade de Jesus. Este presépio é o terceiro maior do mundo em exibição permanente, doação do empresário e mecenas Ciccillo Matarazzo. Conheça e divulgue a plataforma no Google Arts e Culture assim como as outras dezenas de atividades e conteúdos disponíveis: linktr.ee/museuartesacra

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Boleiras, doceiros , doceiras e outros ofícios do açúcar

Brasileiros de todas as localidades vivem dos ofícios culinários de fazer doces a partir do açúcar proveniente da cana-de-açúcar. Essa realidade vai muito além das indústrias, das fábricas regionais e familiares, que fazem caldo de cana, melado, rapadura e variados tipos de açúcar. Por isso, pode-se afirmar que há milhões de pessoas que vivem diretamente do trabalho de interpretar o açúcar em diferentes produtos alimentícios. São inúmeras receitas para o cotidiano e para as festas. Essa é a marca fundamental de que o doce, na vida brasileira, está na nossa formação social a partir de uma verdadeira civilização do açúcar. Civilização que começa com o estilo colonial lusitano que já traz a globalização em virtude das suas muitas relações comerciais e culturais entre o Ocidente e o Oriente, por causa das “Grandes Navegações”, nos séculos XV e XVI. Por tudo isso, há uma preferência nacional pelas comidas doces e em especial para o pernambucano. E para atender tão diverso e variado mercado, constata-se que há muitos ofícios domésticos do fazer doce, seja para consumo local, regional, nacional ou mesmo internacional. São notáveis as produções tradicionais de doceiras, boleiras, cozinheiras (os) especialistas em receitas com açúcar; juntamente com padarias, confeitarias; bancas de feiras, de mercados populares, e de vendas ambulantes; restaurantes, bares; e outros estabelecimentos que comercializam doces. As cozinhas tradicionais e domésticas trazem um dos mais notáveis acervos de técnicas culinárias de um verdadeiro artesanato da comida, no caso do doce. Muitas destas técnicas chegam da Idade Média, dos conventos ibéricos, onde se desenvolveu uma doçaria que até hoje é repetida em muitas cidades de Portugal e da Espanha. Refiro-me a uma doçaria à base de ovos, amêndoas, açúcar em diferentes “pontos” de caldas; e misturas de águas flor de laranjeiras ou de rosas, o que demonstra também uma forte e atuante presença do Magrebe. E por aqui, no Brasil, as frutas nativas, como: goiaba, abacaxi, pitanga, araçá, caju, buriti, pequi; e exóticas, na sua maioria do Oriente, tais como: manga, laranja, limão, jaca, carambola, maçã, pêssego; ganham novas interpretações nas formas de doces em calda, em massa, cristalizados; e como geleias. Estas bases ancestrais da doçaria ampliam-se em preparos de escala familiar, além de padarias e confeitarias, e com receitas que valorizam ingredientes da produção local, e também os profissionais desta tão rica cadeia produtiva do doce brasileiro. Já imaginou um aniversário sem bolo, seja especial ou mesmo um bolo de trigo. O que verdadeiramente importa é a presença simbólica do bolo, uma referência aceita pela cultura como uma comida doce que é um alimento que anuncia um rito de passagem, um ritual desejado pela sociedade. Os doceiros e doceiras preservam ainda as memórias e os valores patrimoniais que estão representados em tantas e diversas maneiras de receitas de fazer doces, e dar soluções estéticas que integram estes acervos de representação e de identidade dos nossos sistemas alimentares. As experiências vivenciadas nas casas como aprendizados familiares também buscam manter verdadeiras assinaturas de receitas e de estilos regionais de traduzir o açúcar na forma de “doce”. O aprendizado de fazer doces traz o entendimento de educação do lar, de formação social, de ofício, de possibilidades de trabalho, ora para seguir uma tradição familiar, ora para atender um momento de crise, como a que vivemos na atualidade. Desta maneira cozinhar é um recurso clássico para a complementação da renda familiar, ou como a principal renda da casa. Por tudo isso, fazer diferentes preparos doces garante o trabalho e a dignidade de milhões de brasileiros. E, assim, muitas famílias se mantêm, por gerações, com o ofício de trabalhar com o açúcar para realizar variados tipos de doces, que ganham categorias especiais conforme a região, a base étnica e a sociedade.

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Editora Massangana da Fundaj lança oito livros

Da Fundaj A Editora Massangana da Fundação Joaquim Nabuco fará o lançamento de suas publicações mais recentes pela Internet. Os autores e editores apresentarão virtualmente os títulos no canal do YouTube da Fundação Joaquim Nabuco. O primeiro encontro está marcado para a próxima sexta-feira (3), às 17h: Joaquim Nabuco: a voz da abolição, HQ assinada por Lailson de Holanda Cavalcanti, cartunista, desenhista de histórias em quadrinhos, músico, publicitário e jornalista. “Além da importância intrínseca desses livros e do periódico que materializa parte da ampla proposta de Gilberto Freyre sobre os trópicos, há a de concretizar propostas editoriais da Massagana desenvolvidas ao longo dos anos anteriores e que resultam do esforço de muitos pesquisadores, escritores, jornalistas e artistas”, diz Mario Helio Gomes de Lima, diretor da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundação Joaquim Nabuco. Para Lailson, sua HQ tem como “espinha dorsal” o diário de Joaquim Nabuco. “O livro traz a sua história desde a infância, mostrando a formação do abolicionista. Após pesquisa, reuni os acontecimentos da trajetória de Nabuco, que conta com uma narrativa sequencial”, explica. Agenda Os demais lançamentos estão agendados para os dias 10, 17, 24 e 31 deste mês. No dia 10 será apresentada a Coleção Travessias, composta por quatro livros ilustrados por Maurizio Manzo. A coleção aborda os direitos humanos por meio da ficção. Reúne quatro livros: Travessia para se ensinar a ler o mundo em prol de uma cultura de paz, organizado por Joana Cavalcanti, e que inclui, além do seu próprio texto, os de Sandro Cozza Sayão e de Maria Ferreira; Tudo tem cor, de Sandro Cozza Sayão; Olha o mundo, de Luana Freire; e Os sapatos de Amarati, de Joana Cavalcanti. “Essa coleção almeja que crianças e professores que têm como berço a língua portuguesa, sobretudo em Cabo Verde e no Brasil, possam transformar as suas vidas e seus contextos a partir da leitura, da reflexão crítica, construindo ‘mundos no mundo’ por meio da solidariedade, da empatia e do respeito ao outro”, comenta Joana Cavalcanti. Seguindo a agenda, dia 17 será divulgada a Coleção Cinemateca Pernambucana, a partir de dois títulos: A brodagem no cinema pernambucano, de Amanda Mansur, e Verouvindo: audiodescrição e o som do cinema, de Liliana Tavares. “A coleção surge para difundir ainda mais o cinema produzido em Pernambuco, reunindo obras com abordagens históricas, técnicas e estéticas consideradas essenciais para o campo audiovisual. Além da questão da acessibilidade, que buscamos alcançar plenamente no Cinema da Fundação por meio do Projeto Alumiar”, ressalta Ana Farache, coordenadora do Cinema da Fundação e da Cinemateca Pernambucana. No dia 24, Roberto Beltrão e Rúbia Lóssio apresentarão o Almanaque Pernambucano dos Causos, Mal-assombro e Lorotas. Encerrando esse ciclo de lançamentos, no dia 31, Alexandrina Sobreira, pesquisadora da Fundação Joaquim e editora da revista Ciência & Trópico, lançará o número 43 desse periódico.

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9 fotos da Praia de Boa Viagem há quase um século

As imagens que destacamos hoje não são da Avenida Boa Viagem ou dos prédios e casas que estavam na orla em décadas passadas. Uma pesquisa no acervo da Revista da Cidade do Recife, com exemplares que estão digitalizados entre 1926 e 1929 pela Fundaj, podemos captar um pouco do lazer dos pernambucanos em uma de suas praias mais populares. As vestimentas de banho ou as roupas típicas de um passeio mais elegante são algumas surpresas. Nas próximas edições da coluna destacaremos mais fotos desse período. Algumas fotos têm alguma legenda da revista e o nome do autor. Clique nas imagens para ampliar.   . Dois cliques de F. Rabello, um dos principais fotógrafos da publicação . . Muitas poses para os registros . . Brincando de cabra cega nas areias de Boa Viagem . Confira as vestes de banho no lazer da praia . . Finalmente, uma foto apenas da paisagem dos coqueiros que enfeitam a praia . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Venda beneficente de fotos de Rose Klabin com colaboração de Karim Aïnouz

“Ficar em casa não é ficar calada”. Foi sob esse mote que a Secretaria da Mulher do Recife lançou, no início de abril, campanha contra agressões dirigidas às mulheres, nesses tempos de pandemia e distanciamento social. Palco de diversas ações que têm buscado fortalecer os laços femininos, o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães dá sua contribuição à iniciativa em parceria com Rose Klabin. A carioca, que já expôs no equipamento cultural mantido pela Prefeitura do Recife, ofereceu ao Mamam doação de peça da sua série "Nordeste Cli-Fi". Os interessados poderão escolher entre uma das duas fotografias ofertadas pela artista. O valor da venda será totalmente revertido ao Centro de Referência Clarice Lispector, espaço que acolhe e orienta mulheres em situação de violência doméstica e/ou sexista. O material é impresso em papel 100% algodão, com dimensão 30X50 cm. As pessoas interessadas em efetuar a compra devem entrar em contato pelo e-mail comunicamamam@gmail.com Lançado em 2016, "Nordeste Cli-Fi" reúne fotografias produzidas durante viagem que Klabin realizou pelo Nordeste, com intervenções de Karim Aïnouz. O cineasta cearense trilhou os mesmos caminhos na construção do filme “Viajo porque preciso volto porque te amo” (2009) - obra codirigida com o pernambucano Marcelo Gomes. "Nordeste Cli-Fi" agrupa imagens de construções inacabadas e paisagens industriais nordestinas. Os cenários revelados pela artista receberam intervenções de Aïnouz. A obra apresenta uma convergência de linguagem cinematográfica e das artes visuais, que remete ao cli-fi (climate fiction) – gênero narrativo desenvolvido em ambientes pós-apocalípticos, ocasionados por deteriorização climática. "Karin sobrepôs imagens que passam a ideia de figuras mitológicas inventadas por ele. As publicações foram feitas de modo bem rudimentar, sem nenhuma tentativa de mimetização ou de fazer com que as imagens estivessem originalmente ali colocadas de maneira intencional", explica Rose Klabin. Sobre a artista Rose Klabin nasceu em 1977, no Rio de Janeiro. Viveu, estudou e trabalhou em Nova York e em Londres. Lá, se formou na Central Saint Martins, onde também fez mestrado em Fine Arts. Desde 2007, vive no Brasil, investigando a vida brasileira contemporânea, com um interesse particular pela cultura empresarial. Entre as exposições individuais que já apresentou, Rise and Fall, na Galeria Patti and Ernest Worth, de Israel, em 2013; na galeria paulistana Eduardo Fernandes em 2012; e ainda na londrina Tristan Hoare, também em 2012. Anteriormente, expôs seus trabalhos na Galeria Ipanema, no Rio de Janeiro, em 2004, e na Generous Miracle Gallery, de Nova York, em 2002. Centro de Referência Clarice Lispector O local funciona na Rua Bernardo Guimarães, 470, Boa Vista (próximo a Unicap) e é formado por uma equipe multidisciplinar de psicólogas, assistentes sociais, advogadas e educadoras sociais. O Centro ainda dispõe de um espaço lúdico com atividades direcionadas aos filhos e filhas das mulheres atendidas. Todo o atendimento é gratuito e funciona de segunda à sexta-feira. Devido à pandemia de covid-19, o horário de atendimento mudou 8h às 18h. Fones: (81) 3355-3008/3009. Outros serviços relacionados: Liga, Mulher: 0800 281 0107 e Whatsapp de plantão 24 horas: 9488-6138 .

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Daniela Mercury faz live do Orgulho Gay

Depois do sucesso da Live da Rainha e muitos pedidos dos fãs, Daniela Mercury se prepara para uma nova, diversa e divertida live em casa. A artista vai fazer a LIVE DO ORGULHO, dia 28 de junho, às 18h, em Salvador. A data é celebrada em TODO O MUNDO porque ficou marcada como o dia da Revolta de Stonewall nos Estados Unidos, 51 anos atrás, quando pessoas LGBTQIA+ reagiram aos constantes ataques da polícia norte americana ao famoso bar Stonewall In, frequentado por homossexuais e transexuais. A partir deste dia no ano de 1969, o 28 de junho passou a ser celebrado como o dia mundial do Orgulho LGBTQIA+. “É um momento muito importante de fortalecimento da nossa comunidade e de luta por igualdade e pela manutenção da democracia. Sabemos que muitos estão sofrendo dentro de casa com o preconceito durante a quarentena. Sabemos que muitos precisam de reforço para continuarem altivos. Sabemos que muitos precisam de alegria e de amor para continuarem na luta. Eu não podia deixar de fazer essa live. É a LIVE DO ORGULHO. E Eu tenho orgulho de ser quem eu sou. Tenho orgulho da minha família e tenho orgulho de celebrar essa data com todos que valorizam e lutam pela diversidade.”, afirma Daniela. O encontro do dia 28 de junho será na casa da Rainha, em Salvador, e promete ter muitas surpresas. A produção da transmissão será feita novamente pela produtora Macaco Gordo, com a direção de Chico Kertész (diretor do filme “Axé, Canto do Povo de Um Lugar”e do videoclipe “Pantera Negra Deusa”) e direção de fotografia de Rodrigo Maia. A equipe é a mesma que fez a Live da Rainha, um sucesso de público com mais de meio milhão de views e mais de 3 milhões de impressões. Isso sem falar na qualidade de som e imagem, que foram muito comentadas nas redes sociais. Vai ser um dia colorido e de esperança, um dia de LIVE DO ORGULHO!!!! SERVIÇO: DANIELA MERCURY – LIVE DO ORGULHO Hashtags: #DanielaMercuryLivedoOrgulho #DanielaMercury DATA: 28 de junho HORÁRIO: 18h Transmissão: Youtube.Com/DanielaMercury

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"Olhos de Gato" é o novo livro de Maria Anna Martins

"Olhos de Gato" é o novo livro da escritora nordestina Maria Anna Martins que conta o romance e as confusões da personagem Cassandra e suas amigas. A comédia romântica está em pré-venda no site da editora Sekhmet, por R$20 até o dia 30 de junho deste ano. O livro, que se passa em Recife, apresenta a vida da personagem Cassandra Moreira, uma jornalista que se formou na UFPE e estava noiva de um advogado, Ricardo, mas acabou o traindo com o irmão dele, Roberto em uma festa. Feita a confusão, a trama continua após dois anos, com Cassandra desempregada, solteira, e morando com suas duas melhores amigas. E se as coisas já não estavam difíceis o suficiente, uma delas revela que está namorando o ex-noivo da protagonista, sem fazer ideia da história de Cassandra.

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Lives do São João da PCR têm início hoje

Pode pendurar as bandeirinhas, providenciar a canjica e abrir as janelas de casa e da internet para o forró entrar. Começa hoje (23) a programação de lives e apresentações volantes, preparada pela Prefeitura do Recife, para celebrar o São João 2020, apesar da pandemia. O palco da festa será o site www.saojoaodorecife.com.br, cheio de serviço e música para embalar os festejos juninos no arraial que cada recifense precisou improvisar em casa. No arraial virtual, preparado pelas secretarias de Turismo, Esportes e Lazer, Cultura e pela Fundação de Cultura Cidade do Recife, serão disponibilizadas apresentações artísticas gravadas de casa pelos artistas, além de oito shows ao vivo, transmitidos nesta terça-feira junina (23) e no próximo dia 29, diretamente do Sítio Trindade, sob o comando dos dois homenageados do São João 2020: Silvério Pessoa e Josildo Sá. A festa vai ser animada e acessível. Nos dois dias de apresentações ao vivo no Sítio, intérpretes de Libras democratizarão o balancê da capital. Também haverá intérprete de libras na Celebração dos Santos Juninos, que será a primeira parada deste inusitado passeio na roça virtual. Celebração dos Santos Juninos Antes que as sanfonas comecem a resfolegar, os padroeiros do ciclo serão homenageados, a partir das 18h de amanhã, com uma celebração virtual no Santuário do Morro da Conceição, conduzida pelo padre Luiz Rodrigues e transmitida pela internet, para evitar aglomerações dentro da igreja. Adaptando a liturgia da tradicional Procissão dos Santos Juninos, as bandeiras serão posicionadas no altar do Santuário durante a cerimônia, que será captada por seis câmeras e transmitida no Facebook do São João da Prefeitura do Recife (www.facebook.com/saojoaodorecife) e em todas as redes sociais do Santuário: no Facebook (www.facebook.com/santuariomorrodaconceicao), no Instagram (www.instagram.com/santuariomorrodaconceicao) e no YouTube (https://www.youtube.com/channel/UC-4cAsnCvXooKdmLYvNMMpg). Do Santuário, o andor dos Santos Juninos descerá o Morro para ser levado, da Rua da Harmonia até o Sítio Trindade, em carro aberto, acompanhado pela Forrovioca. De lá, a Forrovioca parte para animar a cidade. Mas não leva todo o forró embora. A festa finca pé no Sítio, onde a noite será de muito forró virtual, animada por Silvério Pessoa e seus convidados. Lives no Sítio Das 19h em diante, no Sítio Trindade, Silvério Pessoa recebe Geraldinho Lins, Nando Cordel e Michelle Melo, para uma noite de muito forró e brega. Os apresentadores serão a dupla Mateus e Catirina, que já emprestam sua alegria e irreverência aos festejos do Sítio há muitos ciclos juninos. A live junina será transmitida no YouTube da Prefeitura do Recife (www.youtube.com/prefrecife). Para evitar aglomerações, o acesso do público ao estúdio de transmissão dos shows, localizado dentro do casarão do Sítio Trindade, não será permitido. No dia 29, tem mais forró ao vivo, com Josildo Sá e seus convidados: Cristina Amaral, Maciel Melo e Petrúcio Amorim. A programação será transmitida pela TV Pernambuco nos dias 23 e 29 e pela Frei Caneca FM, no dia 29. Forroviocas Enquanto Silvério semeia forró no Sítio e na internet, as Forroviocas distribuem alegria pelas ruas da cidade. Até as 22h, duas Forroviocas circularão pela cidade, levando gabaritadas atrações para garantir o rala bucho dos recifenses, nem que seja no parapeito da janela. A festa volante se repete nos dias 24, 26, 27, 28 e 29. A cada noite, cada Forrovioca transportará quatro shows cidade afora. Entre os artistas que embarcarão na programação das Forroviocas, estarão: Lia de Itamaracá, Novinho da Paraíba, Gerlane Lops, Quinteto Violado, Ed Carlos, Nádia Maia, Cezzinha, Almir Rouche, André Rio, Maciel Salu, Nena Queiroga, Maestro Forró, Walmir Chagas, Liv Moraes, Azulão e Bia Marinho, entre muitos outros. A solidariedade também será atração da festa. As lives promoverão a arrecadação de recursos, que serão destinados à compra de cestas básicas para a Sociedade dos Forrozeiros e para a Federação de Quadrilhas e Similares do Estado de Pernambuco (Fequajupe). As doações confirmadas durante as lives serão captadas pelo Quero Impactar, através da geração de um QR CODE, criado especificamente para o evento realizado virtualmente. Poderão ser feitas doações também acessando diretamente o site www.queroimpactar.com.br. O ciclo junino, que começou no último dia 16, com as rodas de conversa sobre o movimento quadrilheiro pernambucano, será todo viabilizado com recursos da iniciativa privada, através de chamamento público, realizado antes da pandemia, para seleção de patrocinador para os ciclos culturais da cidade. Site junino No arraial virtual que a Prefeitura providenciou para este São João, tem um bocadinho de cada coisa que o ciclo junino tem de melhor. Entre os conteúdos que já estão na página ou entrarão ao longo da semana, tem brincadeiras e simpatias sob o comando da influenciadora Jurema Fox e aulão de forró com a bailarina e produtora cultural Andréa Carvalho. Tem ainda vídeo do chef Elsinho Simões, ensinando a fazer mungunzá salgado e bolo de fubá, além de dezenas de apresentações de trios de forró e forrozeiros para colocar todo mundo para arrastar pé entre as lives. Os recifenses também poderão acompanhar a programação e os conteúdos juninos pelo Portal do Turismo (visit.recife.br); além dos outros canais oficiais da Prefeitura do Recife (youtube, instagram e facebook). PROGRAMAÇÃO SÃO JOÃO 2020 LIVES SÍTIO TRINDADE DIA 23, a partir das 19h Silvério Pessoa recebe Geraldinho Lins, Nando Cordel e Michelle Melo Apresentação: Mateus e Catirina   DIA 29, a partir das 19h Josildo Sá recebe Cristina Amaral, Maciel Melo e Petrúcio Amorim Apresentação: Mateus e Catirina   FORROVIOCAS DIA 23, a partir das 17h Forrovioca 1 Itinerário: Casa Forte - Bomba do Hemetério (RPA 3) Fabiana Pimentinha Quinteto Violado Ed Carlos André Macambira Forrovioca 2 Itinerário: Santo Amaro - Recife Antigo (RPA 1) Gennaro Irah Caldeira Dudu do Acordeon Carlinhos Monte Verde   DIA 24, a partir das 17h Forrovioca 1 Itinerário: Derby - Prado (RPA 4) Lia de Itamaracá Jorge Silva Beto Hortis Tempero Brasileiro Forrovioca 2 Itinerário: Linha do Tiro - Campo Grande (RPA 2) Israel Filho Edilza Ayres Tribo Cordel Belo Xis   DIA 26, a partir das 17h Forrovioca 1 Itinerário: Afogados - Areias (RPA 5) Nádia Maia Cezzinha Almir Rouche Cascabulho Forrovioca 2 Itinerário: Bomba do

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Escritor português publicará Diário em parceria com a Fundaj

Da Fundaj Antes mesmo de completar meio século, o escritor português Gonçalo M. Tavares, 49 anos, já imprimia sua marca neste mundo ora conturbado e sensível, arrancando elogios de nomes como José Saramago. Suas produções superam a casa das quatro dezenas, arrebatam leitores, chocam aos clássicos e causam rebuliço no mercado editorial. Pelo menos 45 países já acessaram uma de suas 220 traduções. Do mesmo modo está no teatro, nas artes visuais, em vídeo e ópera. A partir deste sábado (20), a Fundação Joaquim Nabuco, por meio da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), publicará, diariamente, no site oficial www.fundaj.gov.br e nas redes sociais uma reflexão inédita do autor. A iniciativa se dá em meio ao isolamento social adotado como medida para conter a crise sanitária que assola o globo, causada pelo novo coronavírus (Covid-19). “Neste momento, precisamos promover outras formas de intercâmbio. O convite a Gonçalo M. Tavares integra esse esforço no qual a Fundação Joaquim Nabuco vem operado para continuar presente, proporcionando debates e reflexões para atravessar este e outros momentos”, explicou o também escritor e presidente da Instituição, Antônio Campos. “Permanecemos comprometidos com a preservação histórica, mas atentos à atualidade. Gonçalo é um destes como Fernando Pessoa e Valter Hugo Mãe. Um nome para ser ainda mais conhecido, de olhos atentos e dedos afiados em um mundo em cheque — como na sua Jerusalém”, concluiu. O diretor da Dimeca, Mario Helio Gomes, ressalta que "Em tempos sombrios como os atuais, a arte que mescla inteligência e sensibilidade é a ferramenta ideal para que as cores, os ritmos, as linhas, volumes e luzes entrem na casa de cada um de nós”. A escolha pelo português, explica, se deu por se tratar de um dos melhores escritores da atualidade, que há meses desenvolve trabalhos com reflexões a respeito do assunto. No YouTube, há uma série de vídeos na qual o autor de títulos como Aprender a Rezar na Era da Técnica (Caminho, 2007) e Uma Menina está Perdida no seu Século à Procura do Pai (Porto Editora, 2014) sugere leituras e fala da experiência do confinamento. Todos os dias, escreve ao site do semanário lusitano Expresso o seu Diário da Peste. “Leio que algumas formigas conseguem comer e guardar algo no estômago sem digerir. Quando a comunidade precisa, elas regurgitam o alimento intacto para todos comerem. É um ‘estômago social’, dizem”, publicou na segunda-feira, também sobre protestos e festas escondidas. Na parceria, o autor publica o Diário Visual e Gráfico. Assim, reúne elemento imagéticos e organizacionais para experimentar outros tipos de poética. Como em O senhor Swedenborg e as investigações geométricas (Caminho, 2009), na qual mistura versos às figuras de triângulos, quadrados e círculos. Agora, diz compor uma literatura feita do material visual do mundo. “Em tempos estranhos, é necessário utilizar o material da estatística, das notícias e colocá-los no centro da criação. Apontamentos rápidos sobre os humanos e suas tragédias, amores e alegrias, micronarrativas e aforismos”, revela Gonçalo M.Tavares. Para se ter ideia, a edição europeia de 1001 livros para ler antes de morrer incluiu Jerusalém (Caminho, 2004), ao ‘guia cronológico dos mais importantes romances de todos os tempos’. Não por acaso, o título recebeu o Prêmio Literário José Saramago, em 2005. “Gonçalo M. Tavares não tem o direito de escrever tão bem apenas aos 35 anos. Dá vontade de lhe bater”, disse o próprio Saramago, durante o discurso de entrega do prêmio. Também promoveu o livro ao conjunto de obras da ‘grande literatura ocidental’. Em 2007, Jerusalém levou o Prémio Ler/Millenium e o brasileiro Telecom de Literatura (atual Oceanos).

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Crítica Literária: O espetáculo da ausência

*Por Paulo Caldas Respeitável público! Vos convido a assistir ao “O espetáculo da ausência”, sequência de contos de Ney Anderson, lançado este ano pela Editora Patuá, com Ilustração, projeto gráfico e diagramação de Leonardo Mathias. A partir de "Máscara Rasgada", conto de abertura, o autor envolve os detalhes com discrição, mas apego aos axiomas de uma refinada técnica, percebida em sutis passagens de tempo, por exemplo.  Ney despreza os atalhos que conduzem ao happy end, inverte a bússola e vai à realidade e é este o conteúdo dos seus textos; o clima de um cotidiano sem doçura, esculpido ao cinzel do normal, e o normal é assim: o duro gemido do mundo. Neste espetáculo de ausências não se assiste à interpretação de meros atores literários, porém personagens legítimos, vivos, bentos pelo infortúnio, imiscuídos à perversão do conviver, da solidão, essa fera voraz devoradora do tempo, que faz os relógios caminharem lentos no entender do poeta Alceu. O livro de Ney faz morada no Recife, virtude que motiva o leitor a caminhar com ele pelas praças, ruas e becos desse Burgo Maurício, presença marcante nas letras de Pena, Bandeira, Mota, Domingos, Jordão, Gilvan Lemos, Carrero e nem sei quem mais. O fim de cada conto (notável pela construção do clímax narrativo) aflora a expectativa de que a história seguinte traga o mesmo abraço de emoção que o autor oferece na história anterior. Ao nascer, “O espetáculo da ausência” recebeu merecidas bênçãos de notáveis da literatura daqui, a exemplo dos acadêmicos Cícero Belmar e Raimundo Carrero, além dos cumprimentos gaúchos do prestigiado escritor Luiz Antonio de Assis Brasil. *Paulo Caldas é escritor

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