Arquivos Cultura E História - Página 355 De 364 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Estreia quinta Sistema 25 na Caixa Cultural

A Caixa Cultural Recife apresenta de 4 a 27 de agosto de 2016, de quinta a sábado, o singular espetáculo Sistema 25, que faz uma importante reflexão sobre sistema prisional brasileiro. A montagem dos grupos Cênico Calabouço e Teatral Risadinha tem como ponto de partida a visita a um presídio no dia de uma rebelião. O público é convidado a  vivenciar, interagindo com 25 atores, questões como tortura, solidão, disputa de poder, saudades, drogas, companheirismo, violência sexual, entre tantas outras problemáticas sociais. As sessões acontecem às 19h nas quintas e sextas-feiras e às 15h e 19h aos sábados. Os ingressos custam R$ 10 e R$ 5 (meia) e estarão à venda nas quartas-feiras que antecedem o primeiro dia de apresentação da semana, respectivamente: 3, 10, 17, e 24 de agosto. O espetáculo dura 2h40 minutos e tem Classificação Indicativa de 16 anos. Para provocar a sensação de estar dentro de um presídio, cada sessão será destinada a 25 espectadores. Além das apresentações, o projeto conta com seminários gratuitos nos dias 10, 17 e 24 de agosto, que consistem em curta encenação seguida de debate sobre os temas Dor, Amor e Força. A montagem é dirigida por José Manoel Sobrinho e foi a grande premiada da 22ª edição do Janeiro de Grandes Espetáculos nas categorias Melhor Espetáculo, Direção, Trilha Sonora Original, Atores Coadjuvantes (Emanuel David D´Lúcard e Robson Queiroz) e Cenário. O projeto foi concebido para ser uma alegoria, anárquica, irônica, que expõe algumas questões vivenciadas por homens nas penitenciarias do país. "Muitas inquietações provocaram a montagem dessa obra. Os atuais sistemas de financiamentos governamentais para as artes, o sistema penitenciário e as constantes rebeliões, o sistema judiciário e a fragilidade de sua inoperância, os processos de criação e manutenção dos espetáculos e a relação do público com o teatro", explica o diretor José Manoel Sobrinho.

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Lançada a convocatória para participantes da Festa do Livro

A partir desta quarta-feira (3), os interessados em participar da Festa do Livro já podem se inscrever. A convocatória foi lançada no Diário Oficial do Município na terça (2) e também pode ser encontrada no site da Prefeitura do Recife. Estão sendo selecionadas propostas para exposição e comercialização de livros e outras atividades literárias durante a Festa, que acontece dentro da programação da 14ª edição do Festival Recifense de Literatura – A Letra e a Voz, promovido pela Prefeitura, através da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife. O material deve ser entregue até a próxima segunda-feira (8), no horário das 8h às 12h e das 13h às 17h, na Gerência Operacional de Literatura e Editoração, que fica no Teatro Barreto Junior, bairro do Pina. Autores locais e nacionais, livreiros, cordelarias, editoras, sebos ou vendedores de livros autônomos e demais interessados podem participar. Da proposta deve constar a com descrição de atividades dentro do setor livreiro, incluindo experiências em eventos literários e perfil dos acervos. O resultado da convocatória será divulgado através de publicação no Diário Oficial e na Gerência Operacional de Literatura e Editoração. Os selecionados terão três dias úteis para apresentar documentação. O descumprimento da entrega de documentos desabilitará o proponente selecionado. O 14º Festival Recifense de Literatura – A Letra e a Voz acontece de 24 a 28 de agosto, na Avenida Rio Branco, bairro do Recife.

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Exposição na Arte Maior Galeria retrata praias do Nordeste

O azul intenso que colore os mais de 3 mil quilômetros do litoral nordestino, e enche os olhos de milhares de turistas estrangeiros e brasileiros, foi a fonte de inspiração dos devaneios artísticos que originaram as 28 obras da exposição "Artistas pintam praias do Nordeste". O acervo foi minuciosamente selecionado pelo curador, marchand e perito em arte Sergio Oliveira. A exposição irá apresentar a pintura de praias através do tempo, com quadros de saudosos artistas, como Mario Nunes, da década de 60 e Rubens Sacramento, da década de 50, e telas de artistas da atualidade a exemplo de Zé Som, Alexandre Washington e Joel Oliveira. A abertura da exposição acontece nesta quinta-feira (4) e as visitações seguem até o dia 14 de agosto. A Arte Maior Galeria fica na Avenida Conselheiro Aguiar, n° 1472, no Recife Trade Center, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Os valores dos quadros variam entre R$ 800,00 e R$ 8.000,00. "Fui colecionando e consegui reunir obras de uma beleza pictórica raríssima das belas praias do Nordeste do Brasil. É um tema que nunca perde adeptos, acho que por causa da beleza e encantos do nosso litoral, além de ser uma forma de manter nos ambientes das grandes cidades um pouco de natureza", ressalta Sergio Oliveira complementando o que mudou, ao longo do tempo, foi a maneira de retratar as belas praias. "Dos artistas da atualidade temos três diferentes estilos, sendo o Zé Som, que pinta com as mãos num estilo bastante impressionista e quase primitivo; Alexandre Washington, num estilo impressionista suave e limpo, enfatizando a paz que essas praias representam; e finalmente Joel Oliveira, no seu estilo impressionista quase acadêmico", explica o curador. Entre as telas de destaque, está a "Dois Irmãos", que retrata o belo morro do arquipélago Fernando de Noronha. A obra é assinada pelo pernambucano Alexandre Washington e foi pintada com Óleo sobre Eucatex. Os pescadores das praias de Casa Caiada e do Janga, em seus barcos à vela, aparecem nas impressões de Rubens Sacramento. Os ventos fortes do Nordeste são marcas registradas do artista, que é um dos mais reconhecidos pintores de marinhas de Pernambuco. Já as piscinas naturais da praia de Serrambi e o Pontal de Maracaípe aparecem sob o olhar e interpretações de Zé Som, paisagista, florista e pintor cujo trabalho já alcançou países como a Áustria, Alemanha, Suíça, França, República Tcheca, África do Sul, Japão e Cingapura. Também há obras das praias Sumaré, Pipa, Praia da Preguiça, Timbaú do Sul, Carneiros, Maragogi, Coroa do Avião, Porto de Galinhas, Japaratinga, Barra de São Miguel e Praia do Francês.

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Exposição Inferno Ostentação é prorrogada na Galeria Janete Costa

Quem ainda não conferiu a exposição Inferno Ostentação, ganhou mais uma oportunidade. É que a mostra agora fica em cartaz até o dia 21 de agosto, na Galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu. Nos finais de semana, atividades artísticas serão realizadas no local. A exposição de pintura tem curadoria da Casa Navio (Aslan Cabral) e conta com as principais obras do Coletivo Vacilante. A entrada é franca. O Vacilante é um grupo formado pela união de Alexandre Pons, Rafael Ziegelmaier, Heitor Pontes e Luciano Mattos com o propósito de experimentar criação coletiva em pintura. O nome escolhido pelo Coletivo faz referência à ideia de que os vacilos são tão importantes na vida quanto os acertos. Por isso, eles resolveram assumir a proposta de um processo artístico Vacilante, resultando quase sempre em pinturas carregadas de imagens, tempestades cerebrais, acumulo generoso de camadas e gestos. Tinta óleo, tinta acrílica, spray automotivo, abstração e figurativismos coexistem em suas telas e murais que assinalam a relevância da pintura contemporânea dentro da obra produzida pelo coletivo. Alguns locais da cidade já exibem permanentemente obras do Vacilante, como é o caso do skatepark Marcelo Lyra, localizado na praia de Boa Viagem e da fachada do Irak. Durante os finais de semana, a exposição vai proporcionar encontros em atividade relacionadas a arte e pintura para publico geral incluindo artistas, visitantes espontâneos, adultos e crianças. A mostra Inferno Ostentação fica aberta à visitação nos seguintes horários: quarta à sexta-feira, das 12h às 20h; Sábados e Domingos, das 14h às 20h.

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A mostra, a dança e a cidade do Recife (Por Romildo Moreira)

Há projetos indispensáveis para o desenvolvimento da arte, porque significam estímulo, reciclagem, troca de experiências, etc. Isso do ponto de vista de quem a pratica. E não é muita a diferença quando observada pela ótica do público, que se beneficia com tais projetos, tendo neles a oportunidade de se inteirar do que está sendo produzido na atualidade (em pluralidade de expressão, diversidade de formato e do inusitado na criação), sem precisar atravessar fronteiras. Nesse aspecto, a cidade do Recife contribui, e muito, com as linguagens artísticas, visto que todas elas têm eventos como festivais e mostras anuais, que atribuem esses benefícios ao movimento cultural da cidade, deixando-a “antenada” e instigada a produzir cada vez mais. Para o segmento das artes cênicas, o segundo semestre de cada ano na capital pernambucana tem uma sucessão de mostras e festivais que em muito contribuem com a produção do teatro, da dança e do circo, como já falamos aqui em oportunidades passadas. Cada um dos festivais com sua cota de importância e com o seu público fiel, fazendo o moinho da arte girar também a economia da cidade maurícia. Se somarmos a quantidade de artistas, técnicos e produtores visitantes, que aqui permanecem por no mínimo três dias, em função da participação na programação de cada festival, veremos que o quantitativo de hospedagem, alimentação e transporte desse contingente, no final do exercício, representa uma elevada posição no faturamento dos respectivos setores de serviços.  Ver-se então mais um benefício impulsionado pelo setor cultural, o econômico. Agora chegou a vez dos refletores focarem a Mostra Brasileira de Dança, que no período de 29 de julho a 7 de agosto, ofertará uma série de espetáculos espalhados em palcos como: Teatro de Santa Isabel; Teatro Hermilo Borba Filho; Teatro Apolo, Teatro Arraial Ariano Suassuna e Teatro Luiz Mendonça, assim como em espaços cênicos alternativos. – A MDB 2016, em busca de abrir mais espaços para o exercício da dança, está levando ao Compaz do Alto Santa Terezinha (Zona Norte da cidade) em duas oportunidades, ações como: uma visita guiada do Balé Teatro Guaíra, do Paraná, no dia 30 de julho e um programa intitulado Dança Solidária, no dia 7 de agosto, composto por vários grupos e bailarinos pernambucanos, interagindo com o mais novo equipamento público de vivências que o Recife dispõe, oferecendo lazer cultural à comunidade do entorno, e o que é melhor, com entrada franqueada ao público. Aproveitamos para parabenizar à coordenação da Mostra por esta iniciativa e também à direção do Compaz  por receber calorosamente os artistas em suas instalações, o que certamente resultará em frutos futuros e que a comunidade do Alto Santa Terezinha agradece desde já. A Mostra Brasileira de Dança escolheu uma personalidade emblemática da dança no Recife para homenagear este ano, que é a bailarina e coreógrafa Mônica Lira. Isso pelo conjunto de atividades em função do engrandecimento da dança local que ela, há muito, empreende. Mônica Lira criou e mantém o Grupo Experimental, um dos mais bem sucedidos grupos artísticos do Recife; foi uma das criadoras do Festival de Dança do Recife (ao lado de Shiro e Andrea Carvalho); abriu e mantém o Espaço Experimental, que além de sede do grupo serve de espaço cênico para espetáculos de teatro e dança, e também para a formação de novos bailarinos nos cursos que lá são oferecidos; coreografa com frequência espetáculos de teatro, e figura entre os atuantes e criadores do Movimento Dança Recife (agrupamento sem fins lucrativos que atua especificamente em política cultural), entre outras performances, que justificam a homenagem. – Aqui registramos os sinceros parabéns a Mônica Lira pela merecida homenagem. Pois é, são de eventos contínuos como os festivais que povoam a cidade, que o público recifense pode se manter interagindo com a arte que o país produz, tornando-se mais culto e, provavelmente, mais humano e feliz, como desejam os artistas em suas criações.

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Ópera no Instituto Ricardo Brennand

O V Opera Studio do Recife, projeto pioneiro em Pernambuco de um curso avançado de qualificação de cantores líricos profissionais, terá recital de encerramento no próximo domingo (31), no Instituto Ricardo Brennand, na Sala do Conselho. A entrada é gratuita e o concerto tem início a partir das 15h. Em sua quinta edição, o curso recebeu um total de 70 inscritos, o dobro do ano anterior, e 36 contemplados. A seleção não se restringiu apenas aos cantores da capital pernambucana e contemplou músicos do Amazonas, Minas Gerais, Paraná, Ceará, São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Norte. Dados que demonstram um forte indicativo da nacionalização do projeto e que situam o Recife no cenário brasileiro da Ópera. As aulas foram coordenadas pelo barítono Marcelo Ferreira, que integrou também o corpo docente junto com os professores Cynthia Lawrence (EUA), Stefano Vizioli (Itália), Mark Calkins (EUA), Tati Helene e Vitor Philomeno. Repertório – O recital de conclusão abordará grandes clássicos da ópera mundial, como obras de Wolfgang Amadeus Mozart e Ludwig Van Beethoven; também estão presentes os italianos Claudio Monteverdi e Domenico Cimarosa, além do maior compositor brasileiro de óperas Carlos Gomes, entre outros. O Opera Studio atrai cantores de todo o país e tem servido como uma ponte entre a cena local e instituições de ensino no exterior, tendo já intermediado a ida de dois alunos para os EUA com bolsa completa de mestrado. O curso é realizado pela Jaraguá Produções e tem o apoio do Governo do Estado, através do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura – Funcultura, e do Consulado Geral dos Estados Unidos no Recife. SERVIÇO: Recital de Encerramento do V Opera Studio do Recife Quando: Domingo (31/07), a partir das 15h Onde: Instituto Ricardo Brennand (Alameda Antônio Brennand, s/n - São João - Várzea) Quanto: Entrada franca

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CESAR abre chamada para a Fábrica Educacional de Software

Empresas brasileiras já podem se inscrever na nova chamada lançada pelo CESAR.EDU, braço educacional do CESAR. O edital disponibiliza os alunos do Mestrado Profissional em Engenharia de Software para desenvolverem soluções que visem o fortalecimento destas entidades e que contribuam para o incremento das atividades inovadoras nas empresas, em especial as de pequeno e médio porte. Com a experiência, os estudantes da disciplina Fábrica de Software podem realizar na prática o que estão aprendendo na teoria. Para as empresas é a chance de ter solucionado, sem custo algum, um problema interno que possa dificultar ou impedir seu desenvolvimento. A chamada está aberta até o dia 4 de agosto. O Mestrado Profissional do CESAR.EDU é ministrado por profissionais do CESAR e parceiros externos com experiência de mercado. Tem duração de até dois anos e a fase de desenvolvimento das soluções leva cerca de cinco meses. Os alunos são divididos em grupos e, com orientação dos professores da instituição, criam softwares, protótipos ou provas de conceito para resolver o problema. “Um dos objetivos do aprendizado baseado em problemas reais (Problem Based Learning) é despertar nos alunos a capacidade de entender uma situação específica e pensar em soluções inovadoras sob o ponto de vista tecnológico e de mercado”, afirma Felipe Furtado, professor do Mestrado Profissional em Engenharia de Software. O edital de seleção dos problemas está disponível no endereço http://imprensa.cesar.org.br/Edital_RFP-CESAR_EDU_2016_1.pdf. As empresas interessadas devem enviar proposta exclusivamente pelo e-mail atendimento@cesar.edu.br até o dia 4 de agosto. A seleção das propostas será feita pelos integrantes da Fábrica Educacional de Software do CESAR.EDU e por gestores do CESAR. A divulgação do resultado será por email no dia 9 de agosto.  

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A cultura em tempo de eleições (Por Romildo Moreira)

Ao aproximar-se as eleições municipais, torna-se mais que oportuno, necessário, que os segmentos setorizados da cultura discutam com profundidade o que de providências políticas são preciso para por em prática pela administração municipal, para, em documento assinado, ser entregue aos postulantes ao cargo de prefeito. A hora é exatamente essa para a mobilização nesse sentido, porque as chapas eletivas estão sendo formadas e na sequencia, os compromissos de campanha serão efetivados, para divulgação nos discursos de palanque ao vivo nas ruas e em cores na tela da TV. As críticas e exigências são fartas e que assim seja sempre. Porém, é também necessário que, organizadamente, os segmentos da cultura apontem diretrizes que facilitem o cotidiano administrativo da cidade em investir nas ações do setor.  Há quem diga: é só cumprir as leis existentes.  Mas não é só isso porque as leis, em geral, são generalizadas em verbos do tipo: promover; apoiar; difundir; descentralizar; etc., o que facilita que as ações do poder público se enquadrem, aleatoriamente, aos preceitos legais. É aí, portanto, que reside o “x” do problema. Se não forem apontadas prioridades consecutivas que consistam num plano político de atitude para a gestão, certamente reinará a política da ação eventual que fragilizam, em muito, o desenvolvimento e o avanço dos setores, em especial, os artísticos. Entra aí o fundamental papel do Conselho Municipal de Cultura na manutenção e atualização dos anseios dos setores nele representados, tanto no apontamento, quanto na vigilância do cumprimento político de uma gestão democrática. Aos municípios que ainda não contam com esse instrumento legal de política cultura, torna-se urgente uma mobilização para torna-lo realidade. Aos conselhos já existentes, é inevitável que haja constantemente o entrelaçamento de cada representante eleito com a sociedade setorial que ele representa, para que de fato, e de direito, a representação seja plena e, consequentemente, o poder deliberativo (e consultivo) do conselho, legítimo e respeitado. Na atual conjuntura, quanto mais profundidade nos debates organizados pela sociedade civil, no intuito de contribuir com a política cultural da cidade, melhor. É com o amadurecimento da opinião pública que se eleva o amadurecimento do exercício de poder dos cargos eletivos. E com isso, a probabilidade de acertos nas opções apontadas para um programa de ação cultural é bem maior, e bem melhor de ser acompanhada, que o contrário, considerando que é no município que o cidadão reside, e quer permanecer residindo, paga seus impostos e necessita ser atendido conforme merece e contribui pra isso. Vê-se então que em tempo de eleições o segmento cultural tem um papel bem mais extenso que fazer campanha para candidatos, papel esse que poderá, definitivamente, tornar realidade os quase impossíveis sonhos de ter: equipamentos culturais funcionando a contento; a produção artística crescendo em quantidade e qualidade; a circulação da produção atendendo espaços nunca antes atendidos; a facilitação do acesso à formação; a valorização financeira da atividade; o tratamento profissional e respeitoso a todos os trabalhadores do setor; a continuidade e diversidade de programas essenciais de fomento à produção; a garantia de apoio para a efetiva manutenção de eventos consolidados no calendário cultural da cidade, etc. Se são sonhos, que não se eternizem assim, até mesmo porque muitos deles já foram realidade e, sem dúvida, todos podem ser tão real quanto o poder que emana das urnas. E esse poder só valerá a pena se os nossos sonhos forem os reais objetos de trabalho dos eleitos, para revertê-los em fatos concretos. DICAS DE ESPETÁCULOS EM CARTAZ NO RECIFE: - “Os Três Porquinhos”, com a Portugal Produções e Paulo de Castro Produções. Local: Teatro Barreto Júnior (Pina) Dias: 23 e 24/07 – às 16h. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00 – Informações: 33556399. Programação do XIII Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco - “O Pequeno Príncipe”, com a Cia. do Riso. Local: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu) Dias: 23 e 24/07 - às 16h30 Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00 – Informações: 33559821. - “Meu Reino Por um Drama”, com a Métron Produções. Local: Teatro Experimental Roberto Costa (Paulista North Way Shopping) Dias: 23 e 24/07 – às 16h30 Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00 – Informações: 98859º777.

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Pedestre, a medida de todas as coisas (Por Francisco Cunha)

Na palestra que fiz mês passado no seminário A Mobilidade a Pé e o Futuro do Recife, organizado pelo INTG – Instituto da Gestão e apoiado pelo Cesar, pela Urbana/PE e pela Fiepe, tive oportunidade de falar sobre a importância crucial do pedestre para o urbanismo contemporâneo. Esse seminário regional foi um desdobramento no Recife do seminário internacional Cidades A Pé, realizado em São Paulo no mês de novembro do ano passado. Disse que, embora graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFPE, só fui entender o que considero vital na questão urbana atual depois que andei milhares de quilômetros no Recife. Depois, portanto, que, na prática, me “pós-graduei” pelos pés. O essencial do que aprendi foi que se o pedestre se sente mal no solo é porque o urbanismo é ruim e o planejamento urbano, se houve, falhou. O planejamento urbano tradicional, o que se aprende na escola e amiúde se aplica por aí, começa olhando o espaço pelo satélite (ainda mais agora com a proliferação das tecnologias de internet...), depois “desce” para o mapa, para a planta, para o detalhe e termina por não chegar ao nível do chão, de quem está andando na rua. Depois de gastar muita sola de sapato por aí, defendo que haja uma inversão de sentido, que o planejamento comece pelo chão, por onde anda o pedestre e, aí, vá “subindo” até chegar ao satélite. Se isso fosse feito, com certeza, não teríamos muitas das atrocidades que suportamos nas cidades brasileiras andando por elas... Na Grécia antiga, a filosofia pré-socrática defendia que “o homem é a medida de todas as coisas”. Na cidade, a medida de todas as coisas, sem a menor sombra de dúvida, é o pedestre! Não entender isso é ficar na contramão da história contemporânea do urbanismo. Que o digam Jan Gerl com seu consagrado livro “Cidade para as Pessoas” e Jeff Speck com o seu excelente livro “Cidade Caminhável”. Que o digam as cidades da Europa e, já, muitas dos EUA, além de praticamente todas as capitais latino-americanas... Já existem, inclusive, um conceito e um conjunto de indicadores que ajudam a materializar essa tendência. Trata-se, o conceito, do Walkability e o conjunto de indicadores, do Walk Score que medem o quanto “caminhável” é determinado local, bairro ou cidade. Temos que seguir por aí. Afinal, como repete aquele complemento de comercial de rádio e TV, independente do meio de transporte que utilizemos, “na cidade, todos somos pedestres”.

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ExcentriCidades começa hoje com Painho e o Trem

Cineasta e produtora cultural, Mery Lemos lança o seu primeiro  curta-metragem, "Painho e o Trem", na 5ª edição do Excentricidades 2016. O evento acontece hooje  (19), a partir das  19H, no Coletivo Sexto Andar (6º andar do Edf. Pernambuco), e propõe o resgate de experiências e resistência, entre linguagens artísticas, para (re)lembrar que é preciso acessar nossa ancestralidade. Apostando e incentivando o intercâmbio entre as regiões do Estado como forma de fortalecimento da cultura pernambucana, o ExcentriCidades conta ainda com a performance "Do Terreiro à cena", do artista-pesquisador e brincate de Cavalo Marinho e Maracatu de Baque Solto Agnaldo Roberto (Condado), além das apresentações da banda Ticuqueiros e do Mestre Bi (Nazaré da Mata). A entrada custa R$ 15, à venda no local. Nos últimos anos, há um comprovado desenvolvimento no audiovisual na Mata Norte de Pernambuco. O surgimento de núcleos criativos e cineclubes vem proporcionando uma maior capacitação de mão-de-obra local e a difusão de um olhar interno sobre a região. Roteiristas e diretores, muitas vezes nascidos e criados em lugares como Timbaúba, Aliança e Goiana têm norteado suas produções pelo imaginário de suas cidades. É neste contexto que a produtora e cineasta natural de Carpina, realizou o seu primeiro curta-metragem: "Painho e o Trem". Atuando como militante cultural há mais de 20 anos e contribuindo com diversos trabalhos no segmento audiovisual em sua região, Mery Lemos já atuou no Cineclube Claraboia, Curso Engenho de Imagens, Mostra Canavial de Cinema, Núcleo de Produção Engenho Digital, dentre outros eventos. Em "Painho e o Trem", a cineasta traz uma visão crítica sobre o sucateamento da rede ferroviária do Estado através do personagem principal, seu pai, que trabalhou durante quase toda a vida na empresa de trens que atuava em Pernambuco. Durante os 17 minutos da película, Otávio Sabino discorre sobre a recente história das ferrovias no Estado. A obra é permeada pelo universo afetivo da artista, que por diversas vezes foi usuária da ferrovia e procura trazer suas lembraças e questionamentos sobre o ambiente. O documento memória traz nuances de video-poesia e tem a trilha sonora assinada pelo músico pernambucano Juliano Holanda. SERVIÇO Lançamento do filme "Painho e o Trem", de Mery Lemos, no ExcentriCidades QUANDO: 19 de julho, a partir das 19h. QUANTO: R$ 15. ONDE: Coletivo Sexto Andar, 6º andar do Edf. Pernambuco, Avenida Dantas Barreto, 324, Santo Antônio. INFORMAÇÕES: (81) 3032-2876 .

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