Arquivos Cultura E História - Página 70 De 378 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

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Afogados da Ingazeira recebe 1ªConferência Livre para a Cultura

No sertão pernambucano, a cidade de Afogados da Ingazeira realiza hoje (25) a 1ª Conferência Livre do Município. Este evento pioneiro, organizado por um grupo de produtores culturais locais, reúne uma ampla gama de profissionais da cultura, incluindo artistas, produtores e técnicos. A conferência, que ocorre na emblemática Estação Ferroviária a partir das 18h30, tem como tema central "Democracia e Direito à Cultura para quem?", convidando todos os presentes a refletir sobre o acesso à cultura na comunidade. Além das discussões sobre o tema central, a programação inclui debates sobre a criação do Conselho Municipal de Cultura, um importante passo para fortalecer a gestão cultural local. Também aguardados com grande expectativa são os detalhes sobre o lançamento dos editais da Lei Paulo Gustavo do Município, que serão divulgados nas próximas semanas. A escolha da Estação Ferroviária como local para a conferência não é apenas prática, mas também simbólica, enfatizando o compromisso com a acessibilidade e a inclusão de todas as partes interessadas na rica cena cultural de Afogados da Ingazeira. “É importante que o encontro aconteça na região central da cidade, com a participação do maior número possível de pessoas da cultura, num espaço acessível para todes. A escolha da estação ferroviária, para nós, também é simbólica", explica o coletivo em comunicado. SERVIÇO: 1º Conferência Livre do Município de Afogados da Ingazeira para Artistas, Produtores e Técnicos da Cultura O evento acontecerá na segunda-feira, dia 25/09, a partir das 18h30, na Antiga Estação Ferroviária da cidade.Mais informações sobre a Conferência podem ser encontradas em @livreculturaafogados .

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Teatro Barreto Júnior recebe espetáculo infantil neste domingo

No próximo domingo, dia 24/9, às 16h30, a Humantoche Produções traz novamente o espetáculo "Ariel, a Pequena Sereia" para o público infantil de Recife e Região Metropolitana. O teatro Barreto Júnior, localizado na Rua Estudante Jeremias Bastos, Pina, Recife, será o palco desse clássico repleto de efeitos especiais em 4D, com direito a uma chuva de bolinhas de sabão e iluminação especial que transforma o cenário em um verdadeiro fundo do mar. O espetáculo reconta a adorada história da sereia que desejava conhecer o mundo humano. Os ingressos podem ser adquiridos pelo Sympla (https://www.encurtador.com.br/agrLR) ou na bilheteria do teatro (sujeito a lotação). Os valores são de R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia-entrada, aplicável a estudantes, professores, crianças de até 12 anos, pessoas com necessidades especiais e idosos). O espetáculo é indicado para todas as idades e promete emocionar tanto adultos quanto crianças. Inspirado no conto clássico de Christian Andersen, "A Pequena Sereia", essa adaptação narra a jornada da sereia Ariel, filha do Rei Tritão, que desafia as ordens do pai e se apaixona por um humano. A aventura de se tornar humana, as consequências e reviravoltas dessa história envolvente serão apresentadas no espetáculo.

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Roda de Conversa reúne três visões artísticas

O artista plástico Luciano Pinheiro, o escritor Ronaldo Correia de Brito e a pesquisadora Joana D’Arc Lima conversa com arte, criação e cultura A nova edição do "Roda de Conversa.23" reúne, neste sábado (26.09), o artista plástico Luciano Pinheiro, que está em exposição com “Delírica Vertigem”, a curadora da mostra, Joana D’Arc Lima, e o escritor Ronaldo Correia de Brito. O encontro será na Arte Plural Galeria (APG), a partir das 15h, com um descontraído bate-papo em torno de processos criativos, arte e cultura. Com acesso gratuito, limitado à capacidade do espaço, o evento é mais uma ação da APG em comemoração aos seus 18 anos de atividades voltados a fomentar a multiplicidade das artes em suas diversas expressões. A conversa entre os três convidados vai começar a partir de um olhar sobre o título da exposição "Delírica Vertigem", com obras produzidas durante o confinamento de Pinheiro durante a pandemia de Covid-19. Suas preocupações se transformaram em aquarelas delicadamente coloridas e em recortes e colagens feitos a partir de suas próprias obras. Esses pedaços reaproveitados e remontados funcionam como um jogo lírico, na tentativa de equilibrar a “vertigem” individual e coletiva por meio da arte. A curadora Joana D’Arc Lima destaca, porém, que a exposição oferece uma visão do tempo e das diversas camadas de significado presentes nas obras do artista, que iniciou sua carreira na década de 1960 em Recife.  A exposição “Delírica Vertigem” está aberta à visitação até o dia 7 de outubro na Arte Plural Galeria, com entrada gratuita de segunda a sexta, das 9h às 18h, e aos sábados, das 14h às 18h. A APG fica na Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife. 

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Diogo Viana Arquitetos Sala Burle Marx

CASACOR Pernambuco: obras de Roberto Burle Marx em destaque na mostra

A sala de entrada da CASACOR Pernambuco, no histórico Edifício Chanteclair, no Bairro do Recife, é um dos destaques da nova edição da mostra. O espaço traz o paisagismo exuberante e uma exposição de telas pintadas pelo arquiteto paisagista e artista plástico Roberto Burle Marx. A sala tem projeto arquitetônico de Diogo Viana e texto crítico assinado por Guilherme Moraes, ambos da Galeria Marco Zero. A CASACOR abre as portas nesta sexta (22) e vai até 5 de novembro. O ambiente de entrada foi nomeado como Sala Burle Marx, inspirada no paisagismo e na obra artística de Burle Marx, onde foram paginados em um jardim vertical e uma exposição reunindo doze pinturas assinadas pelo artista, cuja mãe era pernambucana. “A proposta da sala é oferecer, ainda no primeiro olhar, uma rica experiência de imersão às artes visuais, com a assinatura de um dos mais importantes nomes da história da arte brasileira e  é considerado a principal referência do paisagismo tropical moderno em todo o mundo”, explica Diogo Viana. Segundo Guilherme Moraes, que assina o texto crítico, o foco da é reforçar que “para além de um grandíssimo paisagista, Marx é reconhecido também pela magnitude de sua produção pictórica enquanto artista plástico, pois é onde se consegue vislumbrar o funcionamento de sua mente que cria a partir de tantas portas e vias de acesso”, conta o curador. A Galeria Marco Zero selecionou doze obras de seu acervo, entre elas algumas inéditas no Recife, para compor mostra e celebrar multiplicidade da obra deste grande artista que é Roberto Burle Marx. A exposição traz um olhar fundamental do multiartista. O trabalhos do acervo da Marco Zero também irão compor outros ambientes da mostra, nos projetos de Luiz Dubeux e João Vasconcelos, Luíza Nogueira, André Carício e Duda Jungmann.  A CASACOR é reconhecida como a maior e mais completa mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo das Américas. Anualmente, o evento reúne renomados arquitetos, designers de interiores e paisagistas em 21 praças nacionais e mais seis internacionais. Em Pernambuco, ela acontece pelo segundo ano consecutivo no Edifício Chanteclair, um dos mais importantes marcos arquitetônicos da cidade. Nesta edição, 27 escritórios participam da mostra, unindo jovens talentos a nomes consagrados da arquitetura e do design brasileiros, escolhidos pelo olhar multidisciplinar da curadoria – que sempre busca revelar variados estilos, olhares e vivências. SERVIÇOGaleria Marco Zero leva olhar inédito de Burle Marx para a 36ª CASACOR Pernambuco 2023 Quando: de 22 de setembro a 5 de novembro de 2023Onde: Edifício Chanteclair – Av. Marquês de Olinda, 286 / Bairro do RecifeHorário: de terça a sexta-feira, das 15h às 22h. Sábados e feriados, das 12h às 22h. Domingo, das 12h às 21h.Ingressos: R$80 (inteira) e R$40 (meia-entrada). Crianças até 12 anos não pagam. Obrigatória a apresentação de documento comprobatório.

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FELICIDADE CORDEL

Felicidade Cordel lança novo single após luta contra depressão

Com uma carreira musical de 18 anos, a cantora Felicidade Cordel está lançando o single "Eu sou de luz, eu sou amor" nesta sexta-feira, 22 de setembro, disponível em todas as plataformas digitais. Além da música, um videoclipe também será lançado no mesmo dia no canal do YouTube da cantora. Apesar do nome alegre, Felicidade Cordel passou por um período de depressão nos últimos anos, enfrentando os desafios da Esclerose Múltipla e do diagnóstico de depressão em 2019. No início de 2020, seguindo orientações médicas, a cantora deixou o emprego e pouco depois, a pandemia de COVID-19 paralisou o mundo. A experiência a levou a morar com seus pais, onde encontrou apoio crucial. Ela compartilha que seu pai a ajudava a lidar com crises de ansiedade e oferecia palavras de encorajamento todas as noites. Durante esse período, Felicidade se reconectou com sua essência e espiritualidade, fortalecendo sua jornada de superação. Ela destaca a importância do apoio da família e da rede de afeto, e enfatiza que a depressão não é frescura, mas sim uma doença que requer tratamento médico e psicológico. A nova música foi apresentada pelo pai da cantora em seu estúdio em casa, e ela sentiu que as letras expressavam seus próprios sentimentos em relação à depressão, ansiedade e angústia. A canção também celebra emoções positivas como amor, fé, superação e esperança. Felicidade Cordel escolheu lançar a música em setembro para apoiar a campanha Setembro Amarelo, dedicada à prevenção do suicídio. Dados do Ministério da Saúde mostram um aumento nas taxas de suicídio entre adolescentes nos últimos anos, tornando a conscientização sobre saúde mental uma questão urgente.

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CASACOR Pernambuco 2023 abre nesta sexta-feira (22)

A edição deste ano acontece mais uma vez no Chanteclair, com 28 ambientes, entre eles uma loja design exclusiva da mostra (Foto: Alison Matias) A edição de 2023 da CASACOR Pernambuco inaugura suas portas nesta sexta-feira, dia 22, às 14h, no Edf. Chanteclair, situado no Bairro do Recife. Sob o tema "Corpo e Morada", a mostra propõe uma reflexão sobre a casa como uma extensão do corpo humano. O evento permanecerá aberto até 5 de novembro, apresentando 28 ambientes que ocupam o térreo e o mezanino do edifício, com quartos, salas, cozinhas, lofts, estúdios e uma série de operações gastronômicas e comerciais. Além disso, a CASACOR PE 2023 oferecerá uma área externa chamada Praça Recentro, onde serão realizados shows e eventos culturais abertos ao público todas as quintas-feiras até o final da mostra. A CASACOR PE 2023 destaca o trabalho de jovens talentos e consagrados profissionais da arquitetura e do design brasileiros, escolhidos pela curadoria da mostra, que busca representar diversos estilos, perspectivas e experiências. Nesta edição, a CASACOR, em colaboração com a Lightsource e o especialista em iluminação Carlos Fortes, proporciona uma iluminação especial para a fachada do Chanteclair, deixando uma marca duradoura na cidade. Antes da abertura oficial, na quinta-feira (21), está previsto um evento de pré-estreia para convidados, patrocinadores e fornecedores, com entretenimento fornecido por Lala K e Patusco. A ocasião contará com a presença de autoridades políticas, incluindo a governadora Raquel Lyra, o prefeito do Recife, João Campos, secretários, empresários e membros da classe artística. Serviço: 36ª CASACOR Pernambuco Data: de 22 de setembro a 5 de novembro de 2023 Local: Edf. Chanteclair - Av. Marquês de Olinda, 286, Recife Antigo Horário: de terça a sábado, das 14h às 22h (bilheteria até 21h); domingos e feriados, das 12h às 20h. Operações de café, restaurante, bar, lojas e galerias abrirão a partir das 12h, de terça a domingo. Ingressos: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia para estudantes, professores, PCD e pessoas com 60 anos ou mais mediante documento). Crianças até 12 anos não pagam. Apresentação de documento comprobatório é obrigatória.

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"Uma das coisas que literatura faz é criar laços"

Flávia Suassuna, nova integrante da Academia Pernambucana de Letras fala da sua produção literária e conta como seu tio Ariano Suassuna contribuiu para tornar-se escritora. Ela também é professora e analisa o impacto da internet no ensino e afirma que a ficção pode ajudar a reduzir a polarização atual. É comum os alunos de Flávia Suassuna se encantarem com a maneira como ela oferece os conteúdos das suas aulas de História da Literatura. Prova disso é que esta entrevista, que ela concedeu a Cláudia Santos no café de uma livraria no Recife, foi interrompida por uma ex-estudante que não se conteve para abraçar e fazer elogios à antiga mestra. Talvez esse talento se deva à maneira envolvente como Flávia conversa e que pode ter origem no DNA que compartilha com o tio Ariano Suassuna. Além da prosa boa — que pode ser constatada nesta entrevista — a professora também herdou do tio o ofício de escritora e seu trabalho foi reconhecido ao ser recentemente eleita para integrar a Academia Pernambucana de Letras. Nesta conversa, ela fala da sua trajetória pedagógica e literária, da relação com Ariano, do impacto da internet no aprendizado das crianças e na polarização ideológica que, para ela, pode ser revertida com a leitura de romances. Ao se identificar com os personagens, muitas vezes, o leitor, segundo Flávia, desfaz preconceitos e amplia seus conhecimentos. Parafraseando Contardo Calligaris, ela assegura: “a literatura, a ficção, tem uma mágica complementar porque ensina também a identificação como ser humano”. Como surgiu seu interesse pela literatura? Quando eu era muito pequena, as pessoas me perguntavam: o que você vai ser quando crescer? Eu dizia que queria ser mãe e escritora. Não entendia por que todo mundo achava graça da resposta, eu estava falando sério. Talvez tenha organizado isso na minha cabeça a partir da existência de tio Ariano, que era escritor, porque uma menina de 5 anos provavelmente não saiba o que seja um escritor. E como era Ariano como tio? Ele foi perfeito comigo. Um dia papai disse a tio Ariano: tem uma pessoa lá em casa que gosta desses livros que você gosta. Tio Ariano ficou todo entusiasmado e começou a me mandar livros no Natal, no aniversário. Quando fiz 11 anos, ele me deu As Minas do Rei Salomão, um livro de aventura que eu amei. Depois passou a me dar livros que tinham a ver com a minha idade. Foi um orientador perfeito das minhas leituras. O que acho lindo de tio Ariano é que ele é uma pessoa muito forte, muito incisiva, mas nunca me orientou para eu ser armorial, por exemplo. Ele deixou que eu seguisse meu caminho. Perto de morrer, ele disse: “as pessoas vêm me perguntar o que é que eu sou de Flávia. Aí eu digo que eu sou tio e todo mundo diz que você é uma professora muito adorável. E eu fico muito orgulhoso”. Vê que coisa bonitinha! Uma das coisas que literatura faz é isso: criar laços. É você contar e discutir a história de Capitu, ver como cada geração enxerga essa a história, trazer o filme de Capitu, trazer uma adaptação do livro Dom Casmurro. Tudo isso vai criando laços entre as pessoas de uma sociedade. Esse é um dos motivos por que existe essa história da criação de uma identidade nacional com aqueles livros. Nunca conheci um russo, mas eu amo os russos por causa de Tolstói. É nesse sentido que a literatura cria esses laços de identidade e fraternidade mais amplos. Li um artigo do psicanalista Contardo Calligaris, em que ele diz que quando leu O Caçador de Pipas se identificou com o narrador, apesar de o romance se passar num espaço político, social, ideológico totalmente diferente do dele. Calligaris disse também que num documentário sobre o Afeganistão, você aprende muito, mas você aprende a diferença, as particularidades do país. Já a literatura, a ficção, tem uma mágica complementar porque ensina também a identificação como ser humano. Você percebe que uma pessoa que mora no Afeganistão é tão humana quanto você. E a história é muito linda, fala de um menino de 8 anos que viu um amigo sendo violentado e correu. Esse artigo de Contardo Calligaris me bateu muito porque eu pensei a mesma coisa que ele: se eu tivesse 8 anos e visse uma amiga sendo violentada, eu acho que eu correria… Como você decidiu atuar como escritora e professora? Isso foram os desastres da vida porque eu queria ser mãe. Tive três filhos, mas fui abandonada pelo pai deles e precisei sustentá- los. Eu tinha o curso de Letras e me tornei professora por uma necessidade básica de sobrevivência. Acho, inclusive, que ser professora dificulta um pouco ser escritora, porque a gente tem muita coisa para fazer em casa, mas não tinha outro jeito. Somos pagos pela hora dada, mas quando chegamos na sala de aula, já gastamos um tempão preparando a aula, corrigindo trabalhos. Você começou sua carreira como escritora ao lançar Jogo de trevas (1980), que foi o primeiro romance a ser publicado por uma mulher em Pernambuco. Como foi essa produção? Eu ainda era solteira. Esse romance foi publicado pelas Edições Pirata em 1980. Eu tinha um professor maravilhoso chamado José Rodrigues de Paiva e eu fiz uma proposta indecente a ele. Eu disse: se eu lhe der o meu romance pronto, você perdoa o meu último trabalho? Porque eu não conseguia conciliar o trabalho e fazer o romance. Ele aceitou. Dei os originais do meu romance, e ele me deu uma nota, me livrei do trabalho dele e consegui terminar esse livro. Depois participei do concurso literário para marcar os 450 anos do Recife, instituído por Jarbas Vasconcelos, que era prefeito. Eu ganhei e esse foi meu segundo romance chamado Remissão ao Silêncio. Comecei com prosa que exige uma disciplina. Para fazer esse segundo romance, eu saía da minha casa, ia para a casa da minha mãe toda quarta-feira de tarde, deixava meus filhos para poder escrever. Depois passei

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Festival FALA! destaca o papel do jornalismo de causas

De 21 a 23 de setembro deste ano, o Centro Cultural Cais do Sertão, em Recife, será o palco da quarta edição do FALA! - Festival de Comunicação, Culturas e Jornalismo de Causas, um evento gratuito que abordará o futuro do jornalismo e sua relevância na sociedade brasileira. O festival, idealizado pelo Instituto FALA!, pretende explorar as diversas formas de arte e cultura, conectando-as ao jornalismo independente e à comunicação popular, com foco nas múltiplas linguagens do cotidiano, incluindo slam, literatura, teatro, música, artes visuais e cinema. Os organizadores destacam que o objetivo do Festival FALA! é criar um espaço para reflexões sobre o papel do jornalismo independente e da comunicação popular como instrumentos de promoção de uma democracia plena. Além disso, busca-se discutir a importância da cultura, identidade e diversas formas de expressão artística no jornalismo. Durante os três dias de programação, haverá oficinas, performances artísticas, mesas de debate e rodas de conversa abordando temas como a relação entre jornalismo e poesia, comunicação e ancestralidade, educação midiática para combate ao discurso de ódio, território como meio e mensagem da comunicação, jornalismo de causas e a cobertura de políticas, economia e justiça. "O Festival FALA! tem se tornado cada vez mais uma referência para comunicadores de causas. É um espaço seguro onde se abarca a pluralidade e a responsabilidade social, além do compromisso com a democracia. São diversas vozes que ecoam e se unem em prol da comunicação, da cultura e do jornalismo de causas, em busca de um impacto positivo na sociedade", afirma Rosenildo Ferreira, fundador do site de notícias 1 Papo Reto e correalizador do Festival FALA!. O Festival FALA! também apresentará ao público os trabalhos de reportagem e produção audiovisual de quatro coletivos de comunicação de Salvador e região metropolitana, selecionados por meio de um edital anunciado na edição anterior, em 2022. Os conteúdos serão gravados e disponibilizados posteriormente no canal do YouTube do Instituto FALA!. Programação do Festival FALA! - 2023 Quinta-feira, 21 de setembro: Sexta-feira, 22 de setembro: Sábado, 23 de setembro:

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Dia do Frevo: entenda por que duas datas homenageiam o Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade

O Dia Nacional do Frevo é celebrado nesta quinta-feira (14). Em Pernambuco, o dia 9 de fevereiro também homenageia o ritmo, que é Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, título concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2012. Em 9 de fevereiro de 1907, segundo explica o historiador Luiz Santos, o frevo foi citado pela primeira vez pela imprensa, sendo o registro feito no antigo "Jornal Pequeno", do Recife. O descobridor dessa publicação foi o historiador Evandro Avelar, há 30 anos. O dia 9 também marca o momento em que o frevo recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no ano de 2007, cem anos depois desse primeiro registro da palavra "frevo". Já o dia 14 de setembro tem relação com o aniversário do jornalista Osvaldo da Silva Almeida, um grande defensor e propagador do frevo.   "Osvaldo Almeida foi um cronista importante na primeira metade do século 20. Ele alimentava os jornais da cidade com várias notícias sobre carnaval, falava muito sobre os clubes, divulgava o trabalho desses clubes no carnaval do Recife". Luiz Santos, historiador. Celebração com encontro entre Homem da Meia- Noite e Cariri Olindense  Para celebrar a data, dois gigantes desfilam pelas ruas do Bairro do Recife, nesta quinta-feira (14).  A partir das 19h, o Homem da Meia-Noite e o Cariri Olindense vão desfilar ao redor do Paço do Frevo ao som de orquestras de frevo. A festa marca também o início das comemorações de dez anos do Paço do Frevo, que fará aniversário em 2024. A abertura da noite fica por conta do Bloco da Saudade, com a Orquestra do Maestro Bozó.  Acompanhado da Orquestra do Maestro Carlos, o calunga do Clube Carnavalesco de Alegoria e Crítica O Homem da Meia-Noite virá em desfile pela Rua do Bom Jesus. Ao mesmo tempo, pela Rua da Guia, embalada pela Orquestra do Maestro Oséas. No fim dos cortejos simultâneos, os dois gigantes se encontrarão em frente ao Paço do Frevo, quando as orquestras também se juntarão. Ao longo do dia, o Centro de Referência em Salvaguarda do Frevo, que fica no museu, está com programação especial e entrada gratuita para todos os públicos, funcionando em horário ampliado, das 10h às 21h.  O equipamento cultural receberá o público com Doses de Frevo, que são visitas mediadas abordando aspectos históricos e curiosidades sobre o 14 de setembro, às 10h e às 14h.  A programação traz ainda aulas curtas para todo mundo aprender os passos básicos e o ritmo essencial do Frevo. As Vivências em Música ocorrem pela manhã, às 10h30, 11h20, 12h e 12h40. Já as Vivências em Dança serão à tarde, às 14h30, 15h20, 16h e 16h30. 

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SANTOS MARTIRES DO RIO GRANDE DO NORTE

Santos mártires imolados pelos holandeses no Rio Grande do Norte em 1945

*Por Leonardo Dantas Silva Quando das Guerras com a Holanda (1630-1654), se transportou para o Nordeste do Brasil, os propósitos da Guerra Religiosa, que grassava em Flandres e nos Países Baixos, entre católicos, calvinistas e luteranos desde a segunda metade do Século 16. Em 16 de julho de 1645, na localidade de Cunhaú, no hoje município de Canguaretama, no Rio Grande do Norte, uma tropa holandesa de 200 homens, comandados pelo alemão Jacob Rabi, juntamente com um grande número de índios tapuias e potiguares, dizimaram 69 habitantes locais que assistiam à missa dominical na igrejinha de Nossa Senhora das Candeias. Matança semelhante veio se repetir, dias depois, no povoado próximo, Uruaçu. Ali também foram dizimados Mateus Moreira e dezenas de outros homens; repetindo os índios os mesmos atos de antropofagia de Cunhaú devorando, ainda vivos, os corpos de suas vítimas, retirando deles os olhos, a língua, o pênis e outras partes. Por causa de tais atrocidades, os portugueses passaram a fio de espada cerca de 200 outros índios que lutaram ao lado dos holandeses, quando da Batalha de Casa Forte (Recife), em 17 de agosto de 1645. Esses fatos motivaram um longo processo de canonização por parte da Igreja Católica, concluído recentemente pelo Papa Francisco, em solenidade acontecida no domingo 15 de outubro do ano de 2017, quando declarou santos os 30 Mártires de Cunhaú e Uruaçu, massacrados no Rio Grande do Norte em 16 de julho de 1645. A cerimônia de canonização foi presidida pelo Papa Francisco e contou com 450 concelebrantes, assistida por aproximadamente 50 mil pessoas, que lotavam a Praça de São Pedro em Roma. Na ocasião, o Papa Francisco declarou santos os mártires potiguares, após o pedido oficial durante a cerimônia celebrada pelo cardeal Angelo Amato, prefeito da congregação da Causa dos Santos. “Que estes que agora são santos indiquem a todos nós o verdadeiro caminho do amor e da intercessão junto ao Senhor para um mundo mais justo”, declarou o Papa Francisco, em sua homilia. Por causa desses episódios, a história nos relata o sentimento de abandono que veio a tomar conta dos habitantes de Pernambuco que, em outubro de 1645, resolveram redigir um longo manifesto narrando o clima de terror que estavam vivendo sob o domínio holandês. Manifesto dos cidadãos de Pernambuco publicado para sua defesa sobre a tomada de armas contra a Companhia das Índias Ocidentais, dirigido a todos os príncipes cristãos e particularmente aos Senhores Estados dos Países Baixos Unidos. Numa das versões do documento, escrito em espanhol, como se depreende da cópia original, pertencente ao Instituto Ricardo Brennand do Recife, são descritas algumas das atrocidades perpetradas pelos holandeses e índios antropófagos, seus aliados, que a eles eram entregues, para alimentação, os corpos das vítimas dos seus soldados. "Sendo bem servidos pelos selvagens tapuias a quem animavam [os holandeses] como a tigres e lobos sangrentos, que diante dos seus olhos comiam os corpos mortos daqueles que haviam matado, feito tão abominável que nem os antigos tiranos cometeram tal crueldade. Nas praças onde paravam para repousar e comer os que os recebiam amigavelmente em suas casas eram mortos e como recompensa da sua cortesia e pagamento pela comida que aqueles cristãos haviam dado a cristãos, davam-se seus corpos como comida para os selvagens." No ano seguinte (1646), o embaixador Francisco de Souza Coutinho, de posse de cópia desse manifesto, bem como dos relatórios de funcionários da Companhia, descontentes com o clima de terror insuflado pelo Governo do Recife, fez publicar uma série de panfletos, traduzidos para o holandês, denunciando a triste situação em que viviam os habitantes de Pernambuco. "Não há infâmia tão grande nem descortesia que não tenham usado contra as mulheres; depois de terem abusado delas desonestamente, e as filhas aos olhos dos pais e as mulheres casadas na presença de seus maridos as davam como regalo aos selvagens, que depois de satisfazerem seus intentos bestiais, as matavam e comiam. É verdade que não era a maior crueldade matá-las, porque depois da infâmia de desonrá-las e violá-las, elas mesmas prefeririam a própria morte por acharem- -se privadas de sua honra. Os ouvidos humanos têm horror de escutar tais coisas, mas os da Companhia tiveram olhos para vê-las e permitir tais crueldades, não apenas a um, mas a muitas de nossas pequenas crianças arrancaram os selvagens dos seios de suas mães. Assados e guisados como prato muito delicado. Comum entre eles um provérbio que dizia que os holandeses vieram ao Brasil para castigar os pecados dos portugueses, no que também concordamos e confessamos diante de Deus que bem merecemos tal castigo por nossos pecados, mas que tenham conosco segundo sua grande misericórdia e como um pai benigno que após haver castigado seus filhos lança o açoite ao fogo. Nossa perdição não foi apenas termos caído nas mãos de senhores cruéis e que tinham ódio mortal contra a nação [portuguesa], mas também extremamente apegados ao dinheiro; e passada toda a fúria sangrenta dedicaram-se com afinco a tomar-nos nossos bens justa ou injustamente." Esses panfletos eram impressos em oficinas apócrifas e distribuídos nas ruas, de modo a levantar a opinião pública contra os dirigentes da Companhia das Índias Ocidentais, com sede em Amsterdã. Esta, por sua vez, incomodada com tamanho noticiário, veio à forra [levar a efeito uma vingança; desforrar-se, vingar-se], denunciando, pela imprensa, a deslealdade de Portugal e a duplicidade de D. João IV ao apoiar, de forma escusa, o movimento separatista de Pernambuco.

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