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Cultura e história

iracema danca recife

Espetáculo de dança “Iracema” volta aos palcos com grande elenco e novas coreografias

A Companhia de dança Família Pernambuco apresenta, sábado (25/03), no Teatro Barreto Júnior, o Espetáculo Iracema. Inspirada na obra homônima de José de Alencar, a adaptação é ambientada no carnaval de Olinda e Recife e tem entre as coreografias caboclinhos, frevo, maracatu, afoxé, samba, entre outras. O espetáculo, que estreou em novembro do ano passado, nasceu do desejo do diretor e coreógrafo, Pedro Pernambuco, homenagear sua avó Iracema através da ressignificação das narrativas brasileiras que envolvem o seu nome. Tanto no samba de Adoniran Barbosa, quanto no romance de José de Alencar, Iracema morre no final. “Vovó Iracema, figura alegre e cheia de vida, merecia uma obra dançante, vibrante, colorida como um carnaval”, afirma o diretor. Na história da Família Pernambuco, Iracema é uma cabocla da Tribo dos Carijós do Recife. Sendo filha do cacique Araquém, ela é detentora do segredo da Jurema, bebida mística da tribo que ela vende no carnaval de Olinda. É em Olinda, durante a folia de momo, que ela conhece Martim, turista português que está visitando Pernambuco. A paixão acontece. Os encontros e desencontros dos dois se passam nas folias das ladeiras de Olinda (1º ato) e nas avenidas do centro do Recife (2º ato). Araquém percebe o que está acontecendo e tenta evitar a aproximação dos dois. O segredo da Jurema está em jogo. Mas o amor há de vencer. “Viver e não ter a vergonha de ser feliz”. A Jurema há de abençoar essa união. Moacir nasce. A vida segue como uma escola de samba que passa na avenida, o surdo colocando nossos corações em sintonia, a dança nos conectando, a arte nos dando força para seguir em frente. Para a apresentação do próximo sábado (25), além de grande elenco, o Iracema vai contar com novas corepgrafias e figurinos. Serviço: Espetáculo de Dança Iracema Sábado (25/03) 20h Teatro Barreto Júnior - R. Est. Jeremias Bastos - Pina, Recife Ingressos: R$ 15,00 meia e R$30,00 inteira. À venda na bilheteria do teatro ou pelo whatsapp 81994943721

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Espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém começa na próxima semana

Entre os dias 1 e 8 de abril acontecerá a temporada 2023 do espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. Estarão no elenco desta edição os atores Kleber Toledo, no papel de Jesus; Eriberto Leão, como Pilatos; Luiza Tomé, interpretando Maria; Nelson Freitas, vivendo Herodes e Duda Reis no papel de Herodíades. O elenco também é formado por mais de 50 atores e atrizes pernambucanos, entre os quais se destacam Ricardo Mourão (Caifás), José Barbosa (Judas) e Marina Pacheco (Madalena). A temporada 2023 será a 54ª edição da Paixão de Cristo realizada na cidade-teatro de Nova Jerusalém, localizada no município do Brejo da Madre de Deus, no agreste pernambucano, a 180 km de Recife. As entradas para o espetáculo, que já estão à venda pelo site oficial www.novajerusalem.com.br.

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Vingadores ganha versão em teatro no Recife

Cenas de ação e efeitos especiais prometem levar ao público para uma experiência verdadeiramente heróica; além da turnê pelo Nordeste, adaptação pernambucana chegará aos estados de Minas Gerais e São Paulo Uma enorme ameaça causa alvoroço no mundo dos super-heróis e o Recife receberá, no próximo domingo (26) de março, em apresentação única, o espetáculo ‘Vingadores - A Última Missão’. A produção pernambucana adaptou o enredo das telonas do cinema para o teatro. A montagem conta com uma turma pra lá de poderosa: Homem de Ferro, Capitão América, Viúva Negra, Homem Formiga, Hulk, Thor, Homem Aranha e o Pantera Negra, para juntos, deterem quem está por trás disso e tentar acabar com o nosso planeta. Os ingressos custam a partir de R$ 50. O espetáculo começa às 16h, no Teatro Boa Vista. “Trazer o universo dos Vingadores para o teatro é um projeto incrível, pois, estamos levando os principais heróis que acompanhamos no cinema, para mais próximo do público, com um espetáculo inédito, que conta com a interação dos personagens com os fãs e uma trama repleta de ação do início ao fim”, revela Rostan Barros, produtor do espetáculo e responsável pela produtora Zoom Eventos. Rostan Barros assina a direção do espetáculo, Anderson Dantas é o responsável pelas coreografias. Faz parte do elenco pernambucano, Alex Carvalho, Anderson Cardoso, Anderson Dantas, Daiane Marcela, Jhonatan Silva, Weydson Matheus, Vinicius Dias, Waleska Araújo e Adriano Junior. Após a capital pernambucana, o elenco pernambucano de ‘Os Vingadores - A Última Missão’ chegará em Belo Horizonte, São Paulo, Aracajú, João Pessoa, Garanhuns e Caruaru. A peça já passou por Salvador, São Luís, Fortaleza, Maceió e Teresina. SERVIÇO: Onde: Teatro Boa Vista - Rua Dom Bosco, 551, Boa Vista, Recife | Quando: domingo, 26 de março Horário: às 16h | Classificação: livre | Duração: 55 minutos Entrada: meia-entrada 50,00 | Ingresso social 60,00 +1kg de alimento | Inteira 100,00 Vendas: https://www.sympla.com.br/evento/vingadores-a-ultima-missao-no-teatro/1809898 Mais informações: (81) 99611-3915

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Documentário Cibernéticas tem sessão gratuita no Cinema do Porto hoje (24)

Comemorando o Mês das Mulheres, a Deusdará Filmes promove uma pré-estreia gratuita do documentário CIBERNÉTICAS, de Graziela Mantoanelli, hoje (dia 24), às 19h, no Cinema do Porto, unidade de exibição do Cinema da Fundação no Porto Digital. O filme discute a equidade de gênero e a experiência das mulheres na educação e no mercado de trabalho no campo da tecnologia. O evento é aberto ao público em geral, e também contará com a presença da diretora e de convidados. Inscrições gratuitas pelo site http://bit.ly/IngressosCiberneticas Um filme-manifesto por aumento da presença feminina no universo da tecnologia, impactando o desenvolvimento social, econômico e cultural, o documentário conta com depoimentos de mulheres que se destacam na área, como Aildes Monteiro (Gerente de Projetos na Unisys), Camila Achutti (fundadora e CEO do MasterTech), Emmanuelle Richard (desenvolvedora de fintech), Isabelle Cristina (líder do Projeto Meninas Negras), Liane Tarouco (professora da UFRGS e precursora do movimento de internet no Brasil), Silvana Bahia (coordenadora do PretaLab) e Soraya Roberta (doutoranda em ciências da computação no Instituto Metrópole Digital em Natal RN). Ao explorar as dificuldades e desafios que as profissionais enfrentam no mercado da tecnologia, o filme busca inspirar meninas e mulheres de todo o Brasil a buscar seu espaço na área da tecnologia. Atualmente as mulheres ocupam menos de 40% das posições nesse setor, de acordo com a Brasscom. “O incentivo ao aprendizado da linguagem computacional pode significar para muitas meninas uma janela de oportunidade para o futuro, já que a tecnologia tornou-se um importante funil de acesso ao mercado de trabalho. Por isso a urgência em criar espaços que permitam que meninas, jovens e mulheres se vejam atuantes na área”, diz Graziela.

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4 fotos e um pouco da história da fábrica da Fratelli Vita no Recife

Nascida na Bahia, a Fratelli Vita fez história também em Pernambuco. A memória do sabor do refrigerante é sempre ressaltada pelos pernambucanos que conheceram a marca no seu auge. Essa trajetória que ficou no imaginário popular principalmente do Recife foi registrada no livro A História da Fratelli Vita no Recife, de Gustavo Arruda. A vinda da fábrica de refrigeranes para o Recife se deu em um processo de expansão da Fratelli Vita ainda no longínquo ano de 1912. De acordo com Arruda, a empresa passou pela Rua da Imperatriz, depois foi instalada na Rua da Soledade, nº 1132, no bairro da Soledade. "Em 1941, a Coca-cola instalou no Recife a sua primeira fábrica do Brasil. Entretanto, a maior companhia de refrigerantes do mundo não esperava encontrar na Capital do Frevo a forte concorrência de uma marca regional: a Fratelli Vita. Os refrigerantes da antiga fábrica dos irmãos Vita eram tradicionalmente consumidos há décadas e, segundo os contemporâneos, os mais gostosos em qualquer sabor: guaraná, limão, maçã ou pera. Especialmente no de guaraná. Bem docinho, de cor escura e com um delicioso aroma, acondicionado em uma charmosa e inconfundível garrafinha. O Guaraná Fratelli Vita era presença certa na hora do recreio da escola, no lanche de casa e em qualquer ocasião, para aplacar a sede que o clima quente do Nordeste provoca", registrou o prefácio do livro da marca. O grande rival da empresa em Pernambuco, em décadas de operação, foi a multinacional Coca-Cola. "O maior de todos os concorrentes da Fratelli Vita era a Coca-cola. Mas até a gigante mundial perdia em vendas e aceitação popular para a Fratelli Vita, 31 anos depois do refrigerante norteamericano chegar ao Brasil", escreveu Arruda. O livro é rico em detalhes e curiosidades sobre a atuação arrojada e familiar da empresa. Em outubro de 1972 a empresa encerrou suas atividades, sendo vendida para a Brahma, mas deixou um grande saudosismo entre os pernambucanos. Em agosto do ano passado um dos descendentes da marca anunciou a volta das vendas da marca Fratelli Vita. Fábrica na Rua da Soledade

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Espetáculo "3 Movimentos" leva dança contemporânea, popular e urbana ao teatro

3 Movimentos é um espetáculo de dança que traz à tona histórias de três personagens diferentes, entrelaçadas em um universo permeado por temas como simplicidade, luxúria, contenção e amor. A proposta conta com músicas de artistas pernambucanos e músicos que viveram/vivem no estado, como Nena Queiroga, André Rio, a banda Mar Assombrado e Ulysses Caíque, e resgata algumas características culturais locais, tanto em estilos de dança, a exemplo do Frevo, como nas tradições festivas, incluindo o Carnaval e o São João. A estreia será no dia 1 de abril de 2023, no Teatro Barreto Junior. A base das coreografias é composta por sequências que contemplam os estilos de dança contemporânea, popular e urbana e leva ao público uma proposta que congrega 15 cenas interligadas. As três personagens são representadas pelas cores Azul (sensibilidade e simplicidade), Amarela (centro e racionalidade) e Vermelha (ousadia e sensualidade). Assim como as cores primárias dão origem a todas as outras existentes, a montagem trabalha sentimentos, nuances e características do ser humano de forma que representem uma base para a reflexão sobre a multiplicidade da estrutura social existente, permeada por contrastes, que incluem atitudes louváveis e condenáveis no ambiente onde vivemos. Os bailarinos são alunos, professores e parceiros da Escola Social Cobogó das Artes, que tem levado aos palcos pernambucanos, nos últimos anos, produções teatrais diversificadas, a exemplo dos espetáculos A Família Addams, Sonho de uma Noite de Verão e Lisbela e o Prisioneiro. A direção do espetáculo é da bailarina e professora da escola, Vanessa Sueidy. “É desafiador contar uma história apenas por meio da dança, sem uso de texto. As cenas são conectadas e revelam os destinos de cada uma das três protagonistas, e tudo é revelado pela interpretação dos bailarinos ao executar os passos”, frisou a diretora. A preparação corporal é da atriz e bailarina Emília Marques, que possui ampla experiência em Ginástica Rítmica e tem preparado os corpos dos dançarinos para a execução dos movimentos propostos. No segundo semestre de 2022, o grupo levou ao público duas das coreografias do espetáculo, apresentadas na Mostra de Dança PE e Noite de Gala da Dança, que integram a sequência das apresentações previstas para abril. Por essas participações, a equipe recebeu o troféu Destaque da Dança 2022. O espetáculo conta com o apoio dos seguintes parceiros: Escola Social Cobogó das Artes, Lira Produções, Condomínio Ignêz Andreazza, Lilianne Guerra Fotografia, Vallença Studio Design, Tati Clementino Beauty e Alê Moura Beauty. SERVIÇO: Estreia do Espetáculo de dança 3 MovimentosDias: 1 de abrilIngressos: R$ 30,00 (meia) e R$ 60,00 (inteira)Local: Teatro Barreto JuniorHorário: 20h30 Bailarinos: Carol Marinho, Desireé Giovanna, Eduarda Melo, Emília Marques, Estefane Soares, Kassio Soares, Kleber Santos, Lucas Lopes, Ricardo Andrade, Ryan Santos, Vanessa Sueidy e Zayda Damasceno

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Galeria Marco Zero leva Montez Magno para Festival Internacional de Arte em SP

Composta por mais de 20 obras, o projeto solo dedicado ao artista pernambucano Montez Magno tem curadoria de Germano Dushá. “Complexo Cosmotecnológico” fica em exibição de 29 de março até 2 de abril Na intenção de dar continuidade ao reverberar da arte pernambucana em todo o território nacional, a Galeria Marco Zero celebra os 65 anos de carreira do pintor, escultor, escritor e ilustrador pernambucano, Montez Magno, na próxima edição da SP-Arte, que acontece entre os dias 29 de março e 02 de abril. Com curadoria de Germano Dushá, o projeto solo é intitulado “Complexo Cosmotecnológico” e mostra reúne mais de 20 trabalhos, em um arco que vai da década de 1960 até meados dos anos 2000, e testemunha a complexidade de uma obra prolífica, profunda e que se desdobrou de modo espiralar ao longo do tempo. MONTAGEM - Com mobiliário expositivo específico, o estande é composto por pinturas de diferentes séries intermitentes — com obras dos três ciclos de Barracas do Nordeste (1972, 1977-78, 1984-85) , das séries Tantra (1963-2006) e Série Negra (1961-2007), que revelam a capacidade de representação imagética de Montez Magno, e peças tridimensionais que marcam o pensamento sobre teorias que expliquem sua visão sobre a origem do universo, assim como algumas maquetes criadas por meio de matéria-prima comum, como a série Cidades Imaginárias (1972). CURADORIA – Germano Dushá escolheu um recorte que se concentra na conexão entre espiritualidade e das múltiplas maquinações da nossa natureza. “Do cosmo às cidades, do Sol fervente às pequenas esferas metálicas, das formas geométricas bem organizadas à velocidade orgânica das cores” enumera o curador. Ele ainda revela que essas obras representam a força de um programa artístico obstinado como o de Montez, que buscou estar sempre em expansão, e que essa postura auxiliou o artista a expandir seu lado criativo. O resultado é uma produção plena e vital, que atravessou o século XX impulsionada por referências diversas e até esotéricas.

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Exposição Fotográfica de Síndrome de Down no Recife

Até o dia 2 de abril, representando uma ação alusiva ao dia internacional da síndrome de down, a Ferreira Costa, localizada na Tamarineira, recebe a Exposição Fotográfica de Síndrome de Down, que acontece dentro da loja no L1. A Exposição que é assinada pela fotógrafa Carol Mayer em parceria com o grupo inclusivo Fazendo Acontecer contará com fotos e filmes, que propõem uma maior interação e diálogo com o público, tem como objetivo proporcionar reflexões pertinentes, abordando situações do cotidiano, direitos, informações e dicas onde todos que vivenciarem essa experiência possam ganhar e contribuir sendo grandes em suas ações para uma sociedade mais inclusiva.

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Primeira edição do Curta a UFPE acontece neste final de semana

(Da Ascom da UFPE) A Universidade Federal de Pernambuco apresenta a primeira edição do Curta a UFPE, projeto institucional que tem como objetivo tornar a Universidade um território de convivências, construções conjuntas e trocas de saberes a partir da sua integração com os vários setores da sociedade, também aos fins de semana. Nos próximos dias 25 e 26, o Campus Recife da UFPE estará aberto ao público e com um grande evento gratuito, realizado com apoio da Fundarpe e da Secretaria de Cultura da Cidade do Recife. As atividades serão circulares e acontecerão em três polos: na Concha Acústica, reformada recentemente; nas imediações do Clube Universitário e na avenida principal da UFPE, que estará, em parte, fechada para a circulação de carros. Um grande corredor de vivências e integração com a sociedade, reforçando a vocação extensionista da universidade pública. A Concha Acústica será palco de uma efervescência cultural, recebendo espetáculos de diversos artistas que trazem à tona a importância do fomento à cultura dentro da UFPE. No sábado, a partir das 15h, teremos os shows da Orquestra Experimental de Frevo da UFPE, do Afoxé Oyá Alaxé, da banda de reggae N’Zambi e, para encerrar o primeiro dia, a cantora Gabi do Carmo apresenta o show “Afronambuco”. No domingo, as atrações da Concha Acústica começam mais cedo, a partir das 14h, e incluem o público infantil, trazendo a Cia Brincantes de Circo e apresentação da Fada Magrinha. De forma plural e integrando os diversos públicos, a programação inclui música clássica, com o grupo Harmonie Musik UFPE, e cultura popular com a Tribo Canindé do Recife - Patrimônio Vivo de Pernambuco. No âmbito da Cultura Corporal, serão realizadas diferentes atividades para serem experienciadas por todas as pessoas interessadas em um estilo de vida mais saudável. Tanto no sábado, como no domingo, entre 6h e 12h, serão realizadas nas imediações do Clube Universitário, práticas de futsal, natação, atletismo, ciclismo, beisebol, dança de salão, judô, karatê, crossfit, basquete, bocha, xadrez, slackline, vôlei de praia, capoeira, queimada, entre outros. A participação dessas atividades será por demanda espontânea e não precisa de inscrição prévia. O evento contará, durante todo o final de semana, com quatro feiras que acontecerão simultaneamente. As vendas e exposições dos seus produtos trazem a dimensão social, e ainda mais interação para o evento; são elas a Feira das Mulheres Pretas, o bazar da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Pernambuco, a Feira Umba dos Pretos Negócios e a venda de produtos alimentícios pela Comunidade do Arruado do Engenho Velho. Nesse clima de festa, a Universidade Federal de Pernambuco leva o Ensino, a Pesquisa e a Cultura, de forma extensionista, para toda a comunidade, e incentiva ainda mais o diálogo com os diferentes setores da sociedade. Curta a UFPE é uma simbiose de diferentes sabores, cores e formas que mostram as diversas faces da Universidade, que ganha ainda mais relevância com a sua pluralidade. Programação 25/03 6h às 12h - Nas imediações do Clube Universitário No âmbito da Cultura Corporal, serão realizadas diferentes ações que poderão ser experienciadas por todas as pessoas interessadas num estilo de vida saudável e sustentável. Práticas de futsal, natação, atletismo, ciclismo, beisebol, dança de salão, judô, karatê, crossfit, basquete, bocha, xadrez, slackline, vôlei de praia, capoeira, queimada e várias outras atividades. Conha Acústica 15h - Orquestra Experimental de Frevo da UFPE: A OEF é um grupo residente do Departamento de Música da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). É a primeira do gênero “residente” numa universidade, considerando a UFPE o local ideal para desenvolvimento de atividades artísticas que se aprofundem com pesquisa e criação de um tema tão caro às raízes do estado. Desde sua criação, em 2010, o grupo realiza concertos, muitos deles de cunho didático, visando suscitar o gosto pela música pernambucana e conta, em seu repertório, com frevos tradicionais e composições inéditas. Coordenada pela docente Maria Aída Barroso, a Orquestra Experimental de Frevo foi uma das ações contempladas no edital de apoio aos conjuntos e coletivos artístico-culturais da UFPE. Além de ser um projeto de extensão universitária, atualmente é também ofertada como disciplina optativa “Prática de Conjunto Orquestral” para o curso de bacharelado em Música – Instrumento. 16h - Afoxé Oyá Alaxé: Grupo fundado em 2004, no Bairro de Dois Unidos, como uma manifestação da cultura afro-brasileira, fundamentada nos preceitos do Candomblé Nagô. Oyá Alaxé significa: Kí Lè Nfi Oyá Pè. Oyá Owo, Oyá Alaxé Oyá – Quem vocês pensam que Oyá é? Oyá possuidora do axé. O Afoxé Oyá Alaxé é um bem cultural descendente do Ilê Obá Aganjú Okoloyá (Terreiro de Mãe Amara). Tal prerrogativa é o que fundamenta a relevância dessa manifestação, é o que explica a maneira singular como nós apresentamos os aspectos e valores sociais que compõem a base da cultura africana no Brasil. A voz principal é conduzida por Helaynne Sampaio, licenciada em Dança e mestranda em Educação Contemporânea na UFPE. 17h - Show de N’Zambi: Banda que surgiu aqui, no bairro da Várzea, e está comemorando seus 20 anos com o show "N’ZAMBI - Duas décadas de Reggae”. O grupo possui três álbuns gravados: Kaya, Mas Se Oriente! (2008), Pra Verdade Estremecer (2014) e Palavras de Amor (2021). Formada por Diego ILarráz (baixo e voz), George de Souza (vocal e guitarra), Gustavo Souto (guitarra e voz), Mauro Delê (percussão e voz), Paulo Ricardo (bateria, efeitos e voz). Conta ainda, com o apoio dos músicos André Santos (Deco Trombone) e Jadson Vale (Bactéria) nos teclados. A banda é conhecida por fazer um reggae com identidade ao beber dos diversos gêneros musicais de matriz africana, com referências no ska, dub, rap, ragga, blues, frevo, cumbia e jazz, como forma de conquistar outros públicos além do reggae. 18h20 - Gabi do Carmo: Além de artista, Gabi é graduanda do curso de Gestão da Informação da UFPE e vai apresentar seu show “Afronambuco”. Uma cantora preta e recifense de coração, apaixonada pelas manifestações culturais da nossa cidade, descobriu no canto sua conexão com a cultura. Do Mercado da Boa vista ao

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Frevo na Praca do Diario Pierre Verger 1947

Frevo mete medo a quem não é do Recife...

*Por Leonardo Dantas Silva (Foto: Frevo na Praca do Diario, por Pierre Verger - 1947) N a visão do escritor Mário Sette, tratava-se apenas do frevo… "O frevo! Um imperativo de loucura, um contágio de desatinos, uma coceira de alegria. Ninguém mais se continha, ninguém mais se governava. Todas as imediações do bairro atravessado pelo buliçoso cordão carnavalesco vibravam ao zumbido fortíssimo do contentamento. Nas ruas mais afastadas o povo parava, ouvia os acordes ásperos da orquestra, orientava-se, e disparava de novo, entre avisando-se: – Vem pelo Pátio do Terço, minha gente!– Vamos esperar ele na esquina da igreja.– Eu vou atalhar no Livramento. Você acredita que este cenário, aqui descrito, pode meter medo em quem não é do Recife? O que, para nós, é apenas o frevo, para quem não é da terra se transforma em sinônimo de pavor quando passistas, endemoniados, tomam conta das ruas. Para o escritor Mário Sette, in Seu Candinho da Farmácia (1933) “era apenas o frevo” que tomava conta das ruas estreitas do bairro de São José, mas para a garota Maria Lia Faria, aquela multidão de homens, empunhando sombrinhas, com os seus corpos suados, pulando ao som de uma fanfarra de metais, tornara-se uma onda que ameaçava quem estivesse no seu trajeto. Recém-chegada do Rio de Janeiro, Maria Lia (que veio a ser mãe do nosso José Paulo Cavalcanti), veio residir no Parque Treze de Maio e, no seu primeiro Carnaval, em 1939, se viu diante de um clube carnavalesco pedestre, trazendo sua fanfarra a executar agudas notas, acompanhada de uma percussão que levava a multidão à loucura… Aquela onda de homens a pular contritos, no ruge-ruge de corpos, sisudos e circunspectos, acompanhando os agudos acordes dos trombones e trompetes, causou espanto, seguido de medo e pavor, naquela adolescente que tentava se aclimatar aos costumes de sua nova cidade. Tal não foi a surpresa quando, naquele mesmo Carnaval, ao adentrar-se nos salões do Clube Internacional constatou que no Recife a festa tinha outras características. Poucos pares enlaçados, como era comum no Rio de Janeiro e em outras capitais, mas muita gente pulando ao som do frevo da Orquestra de Nelson Ferreira, não com a violência que acontecia nas ruas, “coisa de doido de cabra assanhado”, mas moderadamente, comportadamente, a cantar a plenos pulmões as marchas românticas compostas por Capiba, Irmãos Valença e outros mais. Neste mesmo Carnaval, a Maria Lia vem a conhecer, também, o Maracatu Elefante a desfilar pelas ruas, ao som dos seus bombos e atabaques, que lhes trouxe de volta às melodias que aprendera a cantar na cozinha de sua casa do Rio de Janeiro, quando as empregadas entoavam loas dos terreiros de candomblé. Naquele balanço, naquele gingado, a menina se sentiu em casa; “na sua praia”, como se diz em nossos dias…

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