Arquivos Cultura E História - Página 82 De 364 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

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Céu ausente é o novo livro de contos da Cepe

(Da Cepe) “Acho que jogo no time da narrativa curta e aguçada que busca uma voz poética própria. E consegue, depois de trabalhar bastante”. As aspas são do escritor Gustavo Rios, 48 anos, a respeito de sua escrita, cujo gênero predominante é o conto. O autor soteropolitano lança, pela Cepe Editora, a coletânea de contos Céu ausente, dia 9 de fevereiro, na Livraria LDM, às 19h, em Salvador. Na obra de 128 páginas, 13 contos foram selecionados entre mais de 30 que estavam nos arquivos do escritor. Céu ausente versa sobre casamentos fracassados, divórcios adiados, sexos culpados, amores declarados e desmentidos, infelizes infâncias, solidão, medo, tédio, tempo, ditadura e tortura. “Tudo isso faz - ou deveria fazer, no caso da literatura - parte da vida de qualquer um. Seja escritor, pintor de paredes ou capitão de um transatlântico: todos têm seu quinhão de perdas e dramas”. Rios é um narrador poético da vida real que se esbarra em toda esquina com a ficção, e vice-versa. “Tudo é ficcional. E nada é. Considerando o relato de nossas vidas já como reinvenção, toda mentira é verdadeira. E toda verdade é um apanhado de mentiras mais ou menos bem sucedidas”, afirma o autor para, em seguida, citar o cineasta italiano Federico Fellini (1920-1993), a quem define como “um mentiroso magnífico” e, ao mesmo tempo, “um dos homens mais verdadeiros que conheci”. Diante dessa visão de Rios, a literatura pode ser descrita como um “confronto extraordinário”. “Nela, na literatura, podemos dizer verdades que, de outra forma, não seriam aceitáveis. De outra forma, permanecemos agindo como sonâmbulos que insistimos em ser. De segunda à segunda, das oito às dezoito”, pontua. TRECHOS DO LIVRO: Repetíamos o dia anterior no seguinte. O pouco para nos manter em pé, levantar da cama, lavar o rosto e seguir… A convulsão das velas distorcia os movimentos já sem o peso da culpa; a alma pedia alimento, eu obedecia. O esquecimento: não lembrava a solidão forçada, a fileira de gangorras vazias, silêncio incomum para a manhã de verão… Sempre depois da resposta. Passaria sem as imagens definidas do cenho, as sobrancelhas tensas, o espanto, crianças carregadas com pressa. Rostos de medo ao ouvirem seu nome. Meu nome é Cipriano, o Santo, dizia o menino. A culpa era do pai. Soube bem depois. Já quis estar perto do mundo dos literatos, aquela febre caótica e prodigiosa — a anarquia, os punks, até mesmo a barba-comunista; Artaud e seus paradoxos; Zaratustra. Mas só depois descobriu a inutilidade daquilo… Sua batalha era particular, logo aprendeu… Seu velho abria a porta e examinava as paredes, o tapete, a árvore de Natal num canto se igualando a um bicho morto, vértebra inútil e dissimulada para um janeiro ou março… Queria que o dia seguinte, metido num brilho inesperado, fosse a alvorada definitiva de sua utopia. O AUTOR Natural de Salvador (BA), Gustavo Rios é autor dos livros de contos O amor é uma coisa feia (7Letras, 2007) e Allen mora no térreo (Mariposa Cartonera, 2015). De poesia, lançou Rapsódia bruta — poemas e outras brutalidades (Mariposa Cartonera). E ainda integra as coletâneas Tempo Bom (Iluminuras), As Baianas (Casarão do Verbo), além da Revista Confraria (Confraria dos Ventos).

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Senado conclui primeira restauração de obras danificadas nos atos golpistas

(Da Agência Brasil) O Senado terminou a recuperação de uma das 14 obras de arte que foram danificadas durante os atos golpistas de 8 de janeiro. A primeira obra restaurada é o quadro Trigal na Serra, produzido em 1967 pelo pintor brasileiro Guido Mondin. A tela será reposta na recepção da presidência da Casa. Após a retomada do controle do Congresso pelas forças de segurança, o quadro foi encontrado no chão, separado da moldura. A obra estava encharcada de água e tinha sofrido arranhões provocados por estilhaços de vidro. O trabalho de recuperação foi feito pelo laboratório de restauração do Senado. Foram retirados fungos provocados pela umidade e fragmentos de vidro. Uma prensa foi utilizada para planificar a tela, que também ficou empenada. Guido Mondin produziu cerca de 4 mil telas, que estão expostas no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa.  Além de pintor, ele atuou como deputado federal e ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Mondin morreu em 2000, aos 88 anos. De acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU), até o momento, os prejuízos causados pela depredação às instalações do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) chegaram a R$ 18,5 milhões. O valor está sendo cobrado na Justiça pelo órgão para garantir o ressarcimento aos cofres públicos. Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito em segundo turno, no final de outubro de 2022, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro demonstram inconformismo com o resultado do pleito e pedem um golpe militar no país, para depor o governo eleito democraticamente. As manifestações dos últimos meses incluíram acampamentos em diversos quartéis generais do país e culminaram com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

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Patrimônio: É preciso preservar o que é nosso

*Por Rafael Dantas A preservação dos monumentos, obras artísticas e prédios de grande valor histórico que formam o patrimônio material de Pernambuco é um desafio que enfrenta fatores naturais e humanos. Painéis de Brennand e esculturas de Abelardo da Hora em ambientes públicos, igrejas centenárias e mesmo as pontes tão icônicas do Recife enfrentam as intempéries e as depredações, necessitando com frequência de investimentos de restauração. A destruição de obras de arte da Praça dos Três Poderes, nas depredações realizadas em 8 de janeiro em Brasília, e o assalto às peças do Parque das Esculturas, no Bairro do Recife, no ano passado, compõem esse quadro de violência em relação às artes e ao patrimônio público no Brasil. Mas, longe de ser uma batalha perdida, os especialistas consideram que existem caminhos para reverter esse cenário de desvalorização, gerando oportunidades sustentáveis que dialoguem com a sociedade. Embora as imagens de destruição de obras públicas nesses casos mais famosos causem comoção coletiva, a violação às obras de arte não é uma grande novidade, segundo a conservadora-restauradora Pérside Omena. “No caso da invasão dos Três Poderes, os vândalos não tiveram o menor respeito e sensibilidade ao destruir as obras de arte, que são bens de todos. Mas esses ataques acontecem todos os dias nas obras públicas que ficam nas ruas”, lamenta. Recentemente, Pérside coordenou a restauração e o transplante do painel Batalha dos Guararapes, de Francisco Brennand. Instalada em 1962 no Bairro de Santo Antônio, na Rua das Flores, a obra conviveu com anos de violações, com muitos passantes inclusive urinando e defecando sobre o painel que o artista considerava como sua principal obra. As peças que formavam o painel estavam também cheias de pregos, pichações e cartazes colados. A área inferior já estava com parte das cores muito desbotada, quase desaparecida, pelo fato de ter sido usada na prática como um mictório público. Após a remoção de toda essa sujidade e o trabalho para fazer ressurgir as cores originais, a Batalha dos Guararapes foi deslocada do seu lugar original para o bairro de Boa Viagem, na fachada da agência Select do banco Santander na rua Antônio Falcão. “O Centro da cidade está muito degradado. Temos uma cidade bonita, mas está decadente, desprezada. Quando ela foi colocada na Rua das Flores, o Centro era uma área superchique, o comércio era muito forte. Se a cidade estivesse em condições de preservar a obra no seu local de origem, não seria removida. Mas se deixássemos lá na situação atual perderíamos a obra. O painel rapidamente iria se perder”, afirmou Pérside. “Se a cidade voltar a ser o que era nos anos 1960, existe a possibilidade desse painel voltar ao lugar original, sem todo o trabalho de remoção peça a peça que tivemos agora”. *Leia completa na edição 202.4 da Algomais: assine.algomais.com

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Zeca Baleiro Divulgacao Silvia Zamboni

Primeira edição do Janelas de Encontros terá show de Céu e Zeca Baleiro

No dia 2 de março, às 19h, no Ginásio Geraldão, a produtora Kariri Encantado e Artemanha Produções, trazem a Recife, a primeira edição do projeto cultural “Janelas de Encontros”, onde irá unir vários segmentos do universo das artes em um só lugar. E para trazer ainda mais cor, muita mistura, diversidade e musicalidade contaremos com dois grandes shows dos artistas Céu e Zeca Baleiro, subindo ao palco do Janelas para abrir os caminhos nesta primeira edição.  O projeto chega para fomentar e expandir as possibilidades artísticas e sensoriais da cidade, surgindo a partir de um dos livros escritos por Santiago (cineasta, escritor, roteirista, diretor e idealizador do projeto), chamado Janelas, que conta a história de uma mulher que tem um lapso de memória no tempo e, ao retornar, todos os dias precisa enfrentar suas dores e angústias na inconstante busca de se reencontrar dentro de si. E, em breve, estará disponível para os leitores. Diante disso, Santiago decidiu transformar a escrita em vivência, unindo as diversas áreas das artes de Recife. Durante todo o evento, além da área onde serão realizados os grandes show da noite com os artistas convidados Céu e Zeca Baleiro, teremos dois espaços disponíveis para o público: o Gastronômico, que trará as mais variadas comidinhas típicas da cidade, e o Espaço Cultura Viva que será disponibilizado aos artistas (artesãos, ilustradores  grafiteiros, artistas plásticos, escritores…) da cidade que queiram agregar ao projeto e expor suas artes durante o dia do festival.  Santiago acredita que é preciso movimentar e ocupar lugares com a cultura pernambucana saindo do habitual e misturando novas formas de vivenciá-las para movimentar a cultura local. Os ingressos estão sendo vendidos, através da plataforma do Ingressos Prime. Aos artistas interessados em participar do evento, podem entrar em contato através do Instagram do evento @filmejanelas. Santiago Santiago tem quase 30 anos de carreira dedicados à arte, percorrendo a dança, o teatro e o circo. Em 2018, entra para sua atual paixão, o cinema. Também é escritor e roteirista e dentro desse multiverso, já escreveu cerca de 20 dramaturgias e os roteiros do curta-metragem: Absinto (2019) e dos longas-metragem:  Janelas… (2021), Invisíveis (2021), Ópera Caldeirão: a Santa Revolução (2021/2022) e a série Hamlet Fragmentado. Santiago é ainda o idealizador e curador da MICINE (Mostra Independente de Cinema do Nordeste) e do Concurso de Roteiristas MICINE. Serviços Evento: Janelas de Encontros Edição I Data: 2 de março Horário: 19h Local: Ginásio Geraldão  (Av. Mal. Mascarenhas de Morais, 7787, Imbiribeira, Recife/PE) Ingressos: https://www.ingressoprime.com/ceu-e-zeca-baleiro

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Mestre Josilvaldo Caboclo Show Musica Rural Foto Hugo Muniz

Espetáculo ‘Show Música Rural’ estreia em Condado nesta sexta-feira (27)

Projeto é formado pelo Mestre Bi, Mestre Josivaldo Caboclo (na foto), o instrumentista Nino Alves, e a dançarina Juçara, entre outros componentes. (Crédito: Hugo Muniz) Após turnê internacional pela Europa, o espetáculo ‘Show Música Rural’ chega à cidade de Condado, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. O município, conhecido como a terra do Cavalo Marinho, será palco de um evento inédito. A iniciativa trata-se de uma apresentação que mistura poesia, dança, cores e toda sinergia musical do coco de roda, maracatu rural e ciranda.  O evento é realizado, gratuitamente, dentro das comemorações do padroeiro da cidade, São Sebastião, que acontece na Av. 15 de Novembro 11, Centro, Condado, a partir das 20h.  Os ritmos presentes no espetáculo fazem parte da tradição da cultura de raiz pernambucana, e são considerados patrimônio imaterial do Brasil.  “É um show diferente de tudo que já se foi visto em nossa região. Transformamos as apresentações, que normalmente são ligadas à cortejos e apresentações de rua, e levamos para o palco. Uma experiência que deu certo, e que agora estamos orgulhosos para apresentarmos aos condadenses”, conta a produtora cultural e coordenadora do projeto, Joana D’arc Ribeiro. Fazem parte do ‘Show Música Rural”  o Mestre Bi, que é cirandeiro e mestre de maracatu, da cidade de Nazaré da Mata. Além dele, participa o poeta, mestre de maracatu, cirandeiro e embolador de coco, Josivaldo Caboclo, do município de Lagoa do Itaenga. Há, ainda, as participações do instrumentista Nino Alves, a dançarina Juçara, e os músicos: Guilherme Otávio, Valdir Félix, Victor Seabra, Larissa Michele e Karlos Davy.  O show é uma realização da ‘AMATA na Mata’ - projeto de circulação regional que leva apresentações culturais, inéditas, que reúne, em uma única apresentação, danças, música e poesia de tradições ligadas à cultura popular. O projeto tem o incentivo do Governo do Estado, por meio dos recursos do Funcultura.

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jazz gara

Garanhuns Jazz volta às origens e anuncia a programação 2023

Artistas nacionais e internacionais fazem parte da programação do festival de música alternativo ao carnaval pernambucano     Consolidado como um dos principais eventos culturais alternativos ao carnaval tradicional de Pernambuco, o Garanhuns Jazz Festival volta à cidade do agreste do estado após um hiato de oito anos afastado da cidade onde foi criado em 2008 - estava sendo realizado em Gravatá até  2020   quando veio a pandemia. A programação musical contempla artistas nacionais e internacionais do jazz, blues, instrumental, erudito e cultura popular e traz nomes como Derico Sciotti (SP), Quinteto Violado (PE), Liv Moraes (PE), Uptown Blues Band (PE), Lorenzo Thompson (EUA), Tamara Peterson (EUA) e Baby do Brasil (RJ), Jefferson Gonçalves (RJ), Adriano Grineberg (SP) e Bruno Marques (MG), entre muitos outros.  A divulgação do evento, que acontece durante o carnaval, entre os dias 18 a 21 de fevereiro, na Praça Mestre Dominguinhos,  foi realizada hoje por meio de coletiva de imprensa, no Garanhuns Palace Hotel. O lançamento contou com a presença do prefeito Sivaldo Albino; além da secretária municipal de Cultura, Sandra Albino; do secretário municipal de Turismo, Givaldo Calado; do presidente da Câmara de Vereadores, Luizinho Roldão e dos idealizadores e produtores  do Jazz Festival, Giovanni Papaléo e Jackson Rocha. Segundo Giovanni Papaleo, produtor e idealizador do festival, "o Garanhuns Jazz Festival é uma celebração da música e da cultura e estamos ansiosos para celebrar juntos após um ano difícil". O prefeito da cidade, Sivaldo Albino, também se mostrou empolgado com o retorno do festival, afirmando que “mais uma vez, Garanhuns será incluída na rota do turismo durante o período de carnaval, gerando emprego, renda e aquecendo a economia da cidade. Vamos seguir firmes no caminho de tornar Garanhuns a Terra dos Grandes Festivais”. Além de ser um poderoso instrumento de impulsionamento turístico, projetando a cidade em nível nacional e internacional, o festival, com programação inteiramente gratuita, oferece todo conforto de uma estrutura com tenda coberta, mesas com cadeira e praça de alimentação. Em sua última edição em 2015, o festival obteve resultados como: 93% de satisfação dos participantes, com avaliações de ótimo ou bom; 25 mil pessoas estimadas pela Polícia Militar; 0% de ocorrências policiais graves registradas; 98% de participantes que disseram que voltariam ao festival; e 95% de ocupação dos hotéis durante o evento.  De acordo com a secretária de cultura, Sandra Albino, “No Jazz Festival vamos contar com uma programação musical diversificada, que tem a curadoria de Giovanni Papaleo, mas onde também estão incluídos artistas de Garanhuns e região, todos selecionados por meio de convocatória. A estrutura também foi pensada para levar conforto e a melhor experiência possível ao público. Por isso deixo o convite, para todos de Pernambuco e outros estados do Nordeste, para que venham prestigiar o Jazz e demais eventos do Ciclo Carnavalesco de Garanhuns”.  Mais informações:  @garanhunsjazzfestival            Confira a programação completa do Garanhuns Jazz Festival 2023.  Sábado 18/02  20h Arthur Philipe (PE)  21h Celso Pixinga (SP), Derico Sciotti (SP) e banda de Garanhuns 22h Bruno Marques (MG) e Lorenzo Thompson (USA)  Domingo 19/02  20h Derico Sciotti (SP) e banda de Garanhuns  21h Quinteto Violado (PE)  22hUptown Band (PE)  23h Guitar Night com Joanatan RichardTrio (PE), Igor Prado (SP), Luiz Carlini (SP), Bruno Marques (MG), Rodrigo Morcego (PE) e artistas de Garanhuns. Segunda 20/02  20h Vintage Pepper (PE)  21h Igor Prado (SP) e Tamara Peterson (USA)   22h Tributo a Rita Lee com Luiz Carlini (SP), Graça Cunha (SP), Catarina Rosa (PE) e cantoras de Garanhuns  Terça 21/02  20h Nanda Moura (RJ/CE) e Adriano Grineberg (SP) 21h Tributo a Dominguinhos Com Liv Moraes (PE), João Neto (PE), Pablo Moreno (PE), Jefferson Gonçalves (RJ), Uptown Band (PE) e artistas de Garanhuns  22h Baby do Brasil (RJ)

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Max Motta estreia a exposição ´Riso Largo - A Cara do Brasil´ no Recife

Atualmente morando em Belo Horizonte, o artista visual pernambucano escolheu o Recife para trazer a sua primeira exposição do ano de 2023. A vernissage acontece a partir das 14h deste sábado (28), no Mia Café, no Bairro do Recife Para abrir o ano de 2023, o artista visual Max Motta estreia neste sábado (28), no Mia Café, no Bairro do Recife, a partir das 14h, a vernissage da exposição “Riso Largo - A Cara do Brasil” que contará com a participação musical do Dj Camarones e Forró do Caetés. Além das obras, haverá a exibição de vídeos sobre o processo de criação do artista, que serão projetados na parede do café. Em cartaz até 02 de abril, a mostra reúne cenas do cotidiano que narram e representam um povo que resiste no tempo e espaço. O corpo negro, retratado nesta exposição, evidencia o protagonismo daqueles que ocupam lugares em que o racismo tenta interditar, inclusive o da arte. “Começei a me perguntar ‘onde estão os negros na arte?’ Seja quem pinta ou quem é pintado. E senti a necessidade de mostrar a cara desse Brasil que por vezes é violado de sequer existir. Recentemente um amigo veio me falar que é como se eu pintasse todos da sua família sem nunca tê-los vistos. Acho que a arte tem esse poder de representar o eco distinto de diversas vozes”, reflete Max. A exposição conta com 30 obras inéditas, dentre elas o Picolé de Manga Rosa, Vendedor de Pipa, Camarão da Neninha, Caminho da Escola e Raspadinha, que brincam com a escrita popular e informal encontrada em placas, fachadas e letreiros tão presentes nas paisagens das cidades e periferias brasileiras. Seja na praia, na volta da feira ou na banca do metrô, elementos encontrados na rotina das pessoas despertam sentidos além do visual como o cheiro, som e sabor bem característicos das obras de Max. São aspectos culturais de um Brasil diverso, plural, que se reinventa e, aos poucos, apontam os risos da população, tantas vezes escondidos em semblantes marcados pela luta de um trabalho pesado. O público que for à exposição poderá conferir de perto o processo de criação do artista através dos rascunhos originais das suas obras, que utilizam técnicas de muralismo e acrílica sobre tela, barro e madeira. No local, também haverá uma lojinha com produtos licenciados pelo artista, tais como cadernos, cangas, canecas, adesivos e imãs de geladeira. Além disso, o cardápio do Mia Café ganhará a estética da Riso Largo - A Cara do Brasil. O chef de cozinha Dinho preparou drinks especiais com misturas brasileiras que estarão disponíveis para os espectadores que forem conferir a exposição. A entrada é gratuita e a visitação acontece de segunda a sexta e aos domingos, das 11h30 às 19h30. MAX MOTTA Artista visual, Max Motta nasceu no bairro de Torrões, na Zona Oeste do Recife, e hoje vive em Belo Horizonte (MG). Descobriu o seu talento para o desenho quando tinha quatro anos e, aos 13 anos, iniciou sua trajetória profissional no graffiti. Hoje suas obras estão presentes nas ruas de Belo Horizonte, nos prédios de São Paulo e nos muros do Recife, onde recentemente assinou um painel de 1.200m² que homenageia Chico Science e os 30 anos do Movimento Manguebeat, em um túnel que leva o nome do cantor, no bairro da Ilha do Retiro. Max também é ilustrador e tatuador, carregando um traço que facilmente pode ser reconhecido pela reverência às expressões humanas. Ativista da luta antirracista, costuma retratar a beleza e diversidade das peles negra e indígena e também o cotidiano de trabalhadores brasileiros em suas obras . SERVIÇO Exposição Riso Largo - A Cara do Brasil, de Max MottaAbertura no sábado (28), às 14hCom DJs Camarones e Forró dos Caetés Visitação até 02 de abril, de segunda a sexta e aos domingos, das 11h30 às 19h30Mia Café, na Rua do Apolo, 182 – Bairro do RecifeEntrada gratuita

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Pesquisadores lançam Atlas do Pernambuco Indígena  nesta sexta

Portal reúne cartografias e textos com informações sobre povos indígenas. O lançamento será nesta sexta (27 de janeiro), com uma roda de debate no Museu do Estado de Pernambuco. Pernambuco conta com a quarta maior população indígena do país (IBGE, 2010), são mais de uma dezena de povos indígenas no estado. Muitas são as pessoas  que não conhecem esta história e a realidade de Pernambuco. Com o objetivo de  contribuir com os esforços de visibilização dos povos indígenas, os antropólogos/as e pesquisadores/as Estêvão Martins Palitot e Lara Erendira de Andrade idealizaram o projeto Atlas do Pernambuco Indígena, portal https://www.atlasindigena.org/ que reúne informações sobre a temática em formato de mapas e textos. O conteúdo foi organizado com o intuito de alcançar um público amplo e não especializado. O portal também conta com ferramentas de acessibilidade com audiodescrição das imagens.  O portal será lançado em evento no dia 27 de janeiro, a partir das 13h, no auditório do Museu do Estado de Pernambuco (Mepe), com visita à exposição permanente, “Pernambuco, território e patrimônio de um povo”, e roda de conversa. O acesso ao evento é gratuito. O projeto teve o incentivo do Funcultura, Fundarpe, Secult, Governo de Pernambuco. A pesquisa Atlas do Pernambuco Indígena foi realizada pela doutora em antropologia Lara Erendira Andrade, pelo doutorando em antropologia Jamerson Lucena, pela historiadora e mestra em direito humanos Polyana Medeiros e pela designer e doutoranda em antropologia Juliana Ferreira Lima, sob a coordenação do  professor Estêvão Palitot (LAPA/UFPB). “Os mapas sempre foram instrumentos de conhecimento e de poder. Aquilo que neles aparece tem existência reconhecida. Quando se trata de povos indígenas a cartografia convencional está cheia de espaços vazios. Há um silenciamento enorme sobre a presença e as vidas indígenas. Pretendemos contribuir com a luta histórica dos povos indígenas pelo seu reconhecimento através dessa potente ferramenta que são as cartografias digitais”, destaca o antropólogo Estêvão Martins Palitot. “Para nós há uma simbologia muito grande em lançar o projeto neste mês, em pleno processo de retomada da normalidade democrática no país. Entendemos que pesquisa e ação caminham juntas, nossa expectativa é que com o portal possamos colaborar com uma maior visibilidade para os povos indígenas em Pernambuco, e, por consequência, em suas lutas por direitos  sobre seus territórios e culturas e suas demandas por justiça e reparação histórica”, complementa a antropóloga Lara Erendira. PROGRAMAÇÃO - As atividades do lançamento serão iniciadas às 13h, quando o público poderá visitar a exposição acompanhado pelo curador, professor e antropólogo, Renato Athias. O Mepe conta com importante acervo etnográfico de povos indígenas no Brasil, destacando-se, na temática em questão, e possui uma das poucas cópias do importante Mapa Etno-histórico do Brasil e Regiões Adjacentes, de autoria de Curt Nimuendaju, datado de 1936.  Às 14h, será iniciada uma roda de debate com integrantes do projeto e convidados/as. A conversa contará com a participação do coordenador e da coordenadora do projeto, Estêvão Palitot e Lara Erendira de Andrade; das pesquisadoras do projeto, Polyana Medeiros e Juliana Ferreira;  dos professores Edson Silva, Renato Athias, Caroline Leal (todos da UFPE), Vânia Fialho (UPE), Kelly de Oliveira (UFPB), José Augusto Laranjeiras Sampaio (UNEB); e do indígena Ziel Karapató da Associação Indígena em Contexto Urbano Karaxuwanassu (ASSICUKA) e das/os indígenas e antropólogos/as Cristiane Pankararu e Wilke Fulni-ô .  Serviço Lançamento do Atlas do Pernambuco Indígena - https://www.atlasindigena.org/ Data: 27 de janeiro, das 13h às 17h Local: auditório do Museu do Estado de Pernambuco - Av. Rui Barbosa, 960 - Graças, Recife. Acesso gratuito

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Martins Foto Ashlley Melo

Martins apresenta sucessos no Teatro do Parque no sábado (28)

Apresentação intimista com o cantor e compositor acontece no Teatro do Parque às 19h (Foto Ashlley Melo) Considerado um dos compositores de destaque da música contemporânea de Pernambuco, o cantor Martins sobe ao Teatro do Parque neste sábado (28/01), às 19h, em única apresentação pelo 29º Janeiro de Grandes Espetáculos (JGE), trazendo sucessos de sua carreira artística e também alguns covers. Em clima intimista e acústico, apenas em voz e violão, o cantor passeia por um repertório que remonta sua trajetória, interpretando músicas do seu primeiro disco "Martins" (2019), e outros lançamentos posteriores, como o canção "Passa", composição de Igor de Carvalho que Martins lançou como single em dezembro passado. O talento de Martins na composição tem rendido regravações por artistas de renome nos últimos anos. Canções autorais como "Estranha Toada", gravada por Ney Matogrosso; "A gente se aproveita", que também ecoou na voz de Simone; e "Me dê" e "Deixa Rolar", que ganharam versões com Daniela Mercury, devem fazer parte do repertório. Com mais de 100 mil seguidores no Instagram, Martins também é sucesso nas redes sociais, apresentando tanto suas autorais quanto releituras de artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil. Alguns covers, pensados especialmente para a apresentação, também chegam ao palco, propondo um encontro entre a poesia própria do artista e seu diálogo com outras composições. O show tem direção geral de André Brasileiro e conta com coordenação de produção de Tadeu Gondim, da Atos Produções Artísticas. Martins iniciou trajetória envolvido no universo da poesia e da cultura popular, tendo como instrumento a rabeca, quando tocou na banda Sagarana. Ganhando notoriedade, passou a integrar as bandas Marsa e Forró na Caixa, até chegar a seu projeto solo, que despontou em 2019. Atualmente, o artista também circula com o show "Almério & Martins", em parceria com o cantor Almério, cujo registro ao vivo virou disco em 2022. SERVIÇO: Show “Martins no Parque” no 29º JGE Sábado, 28 de janeiro de 2023, às 19h Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81 - Boa Vista) Ingressos: R$ 60 inteira / R$ 30 meia. Venda antecipada pelo link: Mais informações: https://www.instagram.com/martins/ 

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Luna Vitrolira Foto Estudio Orra

Luna Vitrolira estreia show no Recife no sábado (28/01)

"Aquenda - o amor às vezes é isso" será apresentado pela primeira vez na cidade, com participação especial de Amaro Freitas A cantora e poeta pernambucana Luna Vitrolira está de volta aos palcos do Recife. A multiartista apresenta o show "Aquenda - o amor às vezes é isso" pela primeira vez na capital pernambucana no sábado (28/01), às 19h, no Teatro de Santa Isabel, dentro da programação do 29º Janeiro de Grandes Espetáculos (JGE). Interligando música, poesia e performance, o show pauta temáticas que perpassam o afeto, o feminino e a ancestralidade afro-brasileira. Em cena, Luna entoa uma narrativa de multilinguagens que reflete sobre o amor romântico ocidental, a relação histórica da mulher na sociedade e o sagrado ancestral, tratando de violências como abuso, estupro e feminicídio para propor cura, liberdade e autopertencimento. "Precisamos falar de um outro Amor, que não é esse produto que está no mercado, que não é essa realidade de mentira que nos mata. Podemos construir coletivamente outra versão para o Amor”, explica Vitrolira, que receberá no palco a participação especial de Amaro Freitas, diretor musical e produtor do show, promovendo um encontro musical entre o Jazz e a música popular.  O show estreou com duas sessões em setembro de 2022, no Itaú Cultural, em São Paulo, e chega com ineditismo ao Recife. A apresentação é fruto de um processo artístico iniciado em 2018, com o lançamento do livro "Aquenda - o amor às vezes é isso", finalista do prêmio Jabuti em 2019, que se desdobra em disco e filme homônimos, em 2021, e agora, também em show. Em clima de lançamento, Luna reúne canções do disco e intervenções poéticas, abraçando ritmos como Jazz, Swingueira, Brega-Funk, Maracatu e Coco em meio a uma sonoridade pop contemporânea.  No palco, a artista é acompanhada pelos músicos Diego Drão (teclados); Miguel Mendes (baixo, programações e synth); Beto Xambá e Johann Brehmer (percussões); e pelas dançarinas Anne Costa e Briê Silva, que completam a experiência visual do espetáculo ao trazer a dança como um forte elemento de expressão. O show tem direção artística de Vitoria Vatroi, produção executiva de Fabrício Amaral e coordenação geral de Vick Vitória.  O DISCO - Luna Vitrolira estreou na música em 2021, com o disco "Aquenda - o amor às vezes é isso", lançado pela DeckDisc, derivado do livro homônimo lançado em 2018. O álbum é composto por 10 faixas autorais que trazem diversidade sonora baseada na estética e rítmica dos poemas da artista, com temáticas que suscitam mistério e reflexão e batidas que convidam para dançar. Com direção de Amaro Freitas, a obra musical - que pode ser conferida nas principais plataformas de streaming - conta com participações especiais das poetas Roberta Estrela D’Alva, Mel Duarte, Cristal, Tatiana Nascimento, Bell Puã e Bione; da cantora Xênia França e do poeta e cantor José Paes de Lira. O FILME - Levando sua poética também ao audiovisual, Luna Vitrolira lançou o filme “Aquenda - o amor às vezes é isso” em 2021, potencializando a mensagem artística já lançada em livro e disco. Com direção de Vitoria Vatroi e Aida Polimeni, o curta tem 18 minutos e conta uma história que se passa em um engenho da região canavieira de Pernambuco. Luna veste uma personagem que faz um mergulho interno no seu eu, buscando identidade e memória. A trama, embalada por 7 faixas do disco, além de uma canção inédita, pode ser assistida gratuitamente no YouTube. A ARTISTA - Multiartista pernambucana, Luna Vitrolira tem 30 anos e é cantora, escritora, poeta, atriz, performer, MC e apresentadora. É também Mestra em Teoria da Literatura, pesquisadora da poética das vozes e da poesia de improviso do Sertão do Pajeú/PE. Iniciou sua trajetória aos 15 anos como declamadora de poemas no universo da literatura oral e de Cordel. Ao completar 10 anos de carreira, publicou seu primeiro livro de poemas, “Aquenda -  o amor às vezes é isso”, finalista do prêmio Jabuti 2019, que tem recebido destaque da crítica nacional. Integra a exposição “Falares”, do Museu da Língua Portuguesa, ao lado de Lia de Itamaracá e Miró da Muribeca. SERVIÇO: Estreia do show "Aquenda - o amor às vezes é isso", de Luna Vitrolira, no Recife/PE Sábado, 28 de janeiro de 2022, às 19h Teatro de Santa Isabel (Praça da República, 233 - Santo Antônio, Recife/PE) Ingressos: R$ 60 inteira / R$ 30 meia Venda antecipada pelo link:  Classificação Livre

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