Arquivos Cultura E História - Página 88 De 380 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Daniel de Moraes maestro Wendell Kettle Mariane Mariz profa. Rose Mary Martins e Elias Marques

Ópera O Professor de Música estreia no Dona Lindu

Depois do sucesso de público e crítica do Festival de Ópera, realizado no ano passado no Recife, será aberta a temporada artística 2023. O espetáculo O Professor de Música (Il Maestro di Musica), do italiano Giovanni Battista Pergolesi, será exibido nos dias 2 e 3 de maio, no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu. É mais uma produção da Academia de Ópera e Repertório e da Sinfonieta UFPE, sob a direção artística, cênica e regência do maestro Wendell Kettle. O maestro e a universidade têm realizado produções operísticas elogiadas pela qualidade, além de várias ações para a formação de profissionais e público para esse gênero artístico. O Professor de Música é uma ópera barroca, de curta duração – tem dois atos – por ser um intermezzo. “Os intermezzos eram pequenos dramas musicais apresentados nos saguões dos teatros, nos intervalos das grandes óperas, com estilo cômico. Então, o espetáculo que vamos apresentar também é uma obra cômica e é a primeira vez que será exibida no Recife”, esclarece Kettle. “Seu autor, Pergolesi, é um compositor muito famoso, tem uma história de vida muito interessante. Ele morreu com 26 anos, mas tem um extenso trabalho”, informa o maestro. “Escolhemos essa ópera para abrir nossa temporada 2023 pela beleza e atratividade que ela exerce sobre o público. A música e o enredo possuem grande vivacidade cênico-musical”. O espetáculo conta a história de um professor de canto lírico, que tem entre os seus discípulos uma aluna preferida, Lauretta, que faz o papel principal da ópera dirigida pelo professor. Ocorre que um empresário é esperado na sua escola para selecionar e contratar cantores para a prestigiada Ópera de Nápoles. O professor fica preocupado porque Lauretta é a aluna mais talentosa. “Na verdade, ele tem medo de perdê-la, pois se apaixonou por ela. Essa trama entre os três personagens faz a gente se envolver: será que ela vai aceitar o convite do empresário de ir para a Ópera de Nápoles ou ela vai ficar com o professor? E o final é surpreendente”, diz Kettle em tom de suspense. A produção traz no elenco Karla Karolla e Mariane Mariz, ambas no papel de Lauretta, Bruno Lacerda e Elias Marques, como Lamberto (o professor de música) e Daniel de Moraes, como Colagianni (empresário de ópera), além do Coro da Academia de Ópera e Repertório da UFPE. A montagem chama a atenção pela qualidade dos músicos e cantores e pela beleza do cenário e do figurino. Para chegar a esse patamar Kettle e seu grupo, no entanto, tiveram que usar de muito trabalho, criatividade e contar com a parceria da UFPE porque fizeram a montagem sem financiamentos. “Não usamos recursos de editais, mas a universidade está nos ajudando, em especial a pró-reitora de Extensão e Cultura, Conceição dos Reis”, conta o maestro. Para enfrentar as dificuldades, a ordem foi reciclar. “A UFPE nos emprestou os móveis históricos do seu acervo para compor o cenário. A professora Rose Mary Martins fez um fantástico trabalho de elaboração dos figurinos, ao reciclar peças, houve toda uma transformação. Quem já viu nosso ensaio aberto constatou que os figurinos estão belíssimos. Os alunos do curso de teatro vão fazer a iluminação”, conta Kettle. Não por acaso o maestro afirma ser um “um espetáculo raiz”, porque remontou ao período em que chegou à UFPE e começou a fazer atividade operística sem recursos. Na época, ele montou a ópera O Contrato de Casamento, de Rossini, com a mesma garra e criatividade de agora. “Nessa ópera voltamos às nossas origens. Os cantores estão sem cachê, porque estamos fazendo um trabalho de formação dos alunos e eles estão colocando a mão na massa. É bem interessante. Com essa configuração, o resultado se torna surpreendente”. O Professor de Música será exibido no Teatro Luiz Mendonça nos dias 2 e 3 de maio (hoje e amanhã) às 20h. Dentro da estratégia de formação de público, haverá a récita especial para alunos das redes públicas de ensino e comunidades do Compaz, às 17h. Todas as apresentações são gratuitas, com entrada no teatro 30 minutos antes do início do espetáculo, conforme a ordem de chegada.

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raul cordola

80 anos de Raul Córdula na Amparo 60

Espaço-Tempo é a retrospectiva exibida na Galeria Amparo 60 dedicada ao trabalho do artista Raul Córdula que comemora seus 80 anos em 2023 e tem uma trajetória de mais de 60 dedicados à arte. A exposição marca, ainda, o início das celebrações dos 25 anos da Amparo 60 comemorados este ano. A retrospectiva reúne mais de 20 trabalhos de várias fases do pintor, do início, na década de 1960, até trabalhos mais recentes. A seleção foi feita pelo próprio artista. “São pinturas, gravuras, aquarelas sobre papel, guaches sobre papel. Meu trabalho começou na geração dos anos 1960, passou pelo abstracionismo e depois ela se tornou mais geométrica, o que sigo fazendo até hoje”, conta o artista. A exposição segue até 26 de maio na Galeria Amparo 60 (Rua Professor Eduardo Wanderley Filho, 187 – Boa Viagem, Recife)

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Guararapes, o imaginário da fé

Por sua importância na formação histórica da nacionalidade brasileira, as colinas de Guararapes vieram a ser consideradas Monumento Nacional no ano de 1964; quatro anos depois, com a indenização paga aos monges beneditinos de Olinda, deu- -se início ao processo de desapropriação e criação do Parque Histórico Nacional dos Montes Guararapes, criado pelo Decreto Federal nº 68.527, de 19 de abril de 1971. Três colinas – conhecidas como Morro do Telégrafo, Morro da Ferradura e Morro do Oitizeiro – compõem os 225,40 hectares do Parque Histórico dos Montes Guararapes. Em seu sopé, travaram–se duas das mais renhidas batalhas contra os exércitos holandeses que ocupavam o Nordeste do Brasil desde 1630. Na primeira, em 19 de abril de 1648, 5 mil soldados da Companhia das Índias Ocidentais, sob o comando do general Sigmund von Schkoppe, foram derrotados por 3.500 combatentes comandados por João Fernandes Vieira, Vidal de Negreiros, Filipe Camarão e Antônio da Silva. Nas baixas do exército holandês figuravam 523 feridos e 515 outros, entre mortos e prisioneiros, dos quais 46 oficiais. No confronto, perderam as vidas os coronéis Hendrick van Haus, Cornelis van Elst e Servaes Carpentier, ficando feridos o general von Schkoppe e o coronel Guilherme Houthain. Do lado dos luso-brasileiros foram computados 84 mortos e mais de 400 feridos. A segunda batalha dos Montes Guararapes aconteceu 10 meses depois, em 19 de fevereiro de 1649, quando 2.600 homens que integravam as tropas luso-brasileiras, sob o comando do general Francisco Barreto de Menezes, vêm derrotar 3.510 combatentes do exército da Companhia das Índias Ocidentais comandados pelo tenente-general Johan van den Brincken. A derrota nas duas refregas veio a se tornar nos maiores fracassos da história dos exércitos holandeses. Enquanto nas perdas do lado luso-brasileiro foram computados 47 mortos e 200 feridos, do lado dos invasores perderam a vida o comandante-geral, tenente-general Johan van den Brincken, o vice-almirante Giesseling e 101 outros oficiais que, somados às demais baixas, perfaziam um total de 1.044 mortos e mais de 500 feridos. Estava, assim, selado o fim do Brasil Holandês em terras do Nordeste brasileiro: cinco anos mais tarde, acontece a rendição das tropas ocupantes, assinada por Sigmund von Schkoppe em 26 de janeiro de 1654. Em memória das duas batalhas dos Montes Guararapes, ocorridas nos anos de 1648 e 1649, o general Francisco Barreto de Menezes, mestre-de-campo, general do Estado do Brasil e governador da capitania de Pernambuco, mandou erguer uma capela em louvor a Nossa Senhora dos Prazeres. A partir de 1656, como era de se esperar, as gerações de pernambucanos que se sucederam jamais esqueceram os feitos gloriosos de seus antepassados, atribuindo à providência divina as vitórias de nossos desprovidos e despreparados exércitos contra forças numericamente superiores, adestradas e infinitamente bem armadas. Entende o imaginário pernambucano que fora a excelsa padroeira da Igreja dos Montes Guararapes a responsável pelas vitórias aqui alcançadas, daí sua presença nos painéis comemorativos mandados confeccionar pela Câmara de Olinda, em 1709, e nos dois da própria igreja, confeccionados em 1801, possivelmente pelo pintor José da Fonseca Galvão, e atualmente integrantes do acervo do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Como centro de devoção e romarias, o santuário dos Montes Guararapes já era conhecido no Século 18, com a documentação da existência das casas destinadas aos romeiros de 1734. Sua festa, instituída por seu fundador em comemoração às vitórias alcançadas sobre os holandeses, que acontece anualmente na segunda segunda- feira após o Domingo de Páscoa, tomou caráter mais popular que religioso, sendo descrita com detalhes curiosos por Bernardino Freyre de Figueiredo Abreu e Castro, quando da publicação de seu romance, Nossa Senhora dos Guararapes, impresso no Recife em 1847. Já naquele tempo trazia em seu bojo uma forte presença das nações africanas – cabindas, cabundá, malabar, além dos devotos em geral, sendo marcada por verdadeiros banquetes regados por “vinhos portugueses das mais diferentes e consagradoras marcas”. Para o padre Lino do Monte Carmelo Luna, a festa se estendia por oito dias numa mistura de religiosidade e paganismo, venerando- se os santos padroeiros dos altares laterais e figuras de orixás criadas pelo imaginário do sincretismo religioso afro-brasileiro. O abade do Mosteiro de São Bento de Olinda, D. Pedro Roeser, nos dá informes curiosos sobre a Festa dos Prazeres, mostrando que, há mais de um século, o sincretismo religioso encontra-se presente como sendo “um exemplo de mistura de catolicismo e paganismo”. A festa de Nossa Senhora dos Prazeres era de grande pompa. Prolongava-se por oito dias. O primeiro era dedicado à Nossa Senhora do Rosário, o segundo à Nossa Senhora dos Prazeres, o terceiro à Senhora Santana, o quarto a São Gonçalo, o quinto ao Bom Jesus das Bouças, o sexto à Nossa Senhora da Soledade, o sétimo à Nossa Senhora da Conceição e o oitavo ao Deus Baco.

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GaleriaMarcoZero Canto a Liberdade

Agenda Cultural para o feriadão do Dia do Trabalhador

Galeria Marco Zero homenageia pluralidade da arte de Montez Magno em ‘Canto à Liberdade’ Após o sucesso de Montez Magno na SPArte, a Galeria Marco Zero, liderada por Marcelle Farias e Eduardo Suassuna, apresenta um novo recorte da trajetória do artista pernambucano. Com curadoria de Itamar Morgado e Bete Gouveia, a exposição “Canto à Liberdade” conta com mais de 100 obras distribuídas em dois pavimentos da galeria. A mostra tem como ponto de partida um poema visual que retrata o olhar livre e atemporal do artista. Com entrada gratuita, a exposição estará aberta ao público a partir desta quinta-feira (27) até o dia 22 de junho. A Galeria Marco Zero está localizada na Avenida Domingos Ferreira, nº 3393, no bairro de Boa Viagem. ‘Encanto, a Família Madrigal’ retorna ao Teatro Barreto Júnior No próximo domingo, dia 30/04, o Teatro Barreto Júnior, localizado no bairro do Pina, receberá a produção “Encanto, a Família Madrigal”, da Humantoche Produções. Com sessão marcada para às 16h30, o espetáculo promete muita animação e beleza, incluindo efeitos em 4D, como uma chuva de papel picado e até neve. Além disso, a iluminação especial completa a encenação. Inspirado na animação homônima da Disney, o espetáculo conta a jornada de Mirabel Madrigal em busca de seu poder mágico, em uma reflexão sobre autoconhecimento, família, perdão e redenção. Os ingressos estão disponíveis para compra no Sympla, com valores de R$ 70 (inteira), R$ 35 (meia) e R$ 35 + 1kg de alimento não perecível (ingresso social). A portaria do teatro abrirá meia hora antes da apresentação, e os assentos são de livre escolha de acordo com a ordem de entrada. Vale lembrar que crianças de até 12 anos pagam meia entrada. Parte da arrecadação dos ingressos será doada ao abrigo infantil Lar Paulo de Tarso. Museu de Cera em Porto de Galinhas é uma opção cultural para o feriadão Uma opção de lazer para toda a família durante o feriado prolongado do Dia do Trabalhador é o Museu de Cera Dreamland, em Porto de Galinhas. O espaço conta com mais de 80 réplicas de celebridades, políticos, jogadores de futebol, personagens fictícios e históricos. Recentemente, o espaço recebeu novas estátuas, como a do Papa Francisco, do Príncipe William e do ator Bruce Willis. Durante o feriadão, o museu terá horário especial de funcionamento, das 9h às 22h20. O espaço também conta com acessibilidade, loja temática e áreas instagramáveis. O museu fica na Rua Esperança, 163, em Porto de Galinhas. Praça do Sebo, no centro do Recife, recebe a 5ª edição do Abril Pro Livro A Praça do Sebo, localizada no Centro do Recife, será o cenário do Abril Pro Livro, evento organizado por livreiros e sociedade civil que ocorrerá no próximo sábado (29) em celebração ao Dia Mundial do Livro. Com recital de poesias, apresentações musicais e roda de diálogos, o evento terá como tema “histórias que curam” e contará com a presença de bibliotecárias e psicólogas para discutir a influência da literatura, arte e cultura na promoção do autocuidado e saúde mental. O Abril Pro Livro é uma iniciativa que busca reativar as atividades culturais da Praça do Sebo, que completa 42 anos de existência e resistência em 2023, e que já foi palco de grandes encontros e agitos literários.

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Orquestra de Câmara encerra turnê por Pernambuco em Camaragibe

A música armorial, representação artística sonora do Movimento Armorial encabeçado por Ariano Suassuna é tema, em abril e junho, da Orquestra de Câmara de Pernambuco (OCPE). Inspirado nos 50 anos do Armorial, o conjunto, comandado pelo maestro José Renato Accioly, se lança no Circuito de Música de Câmara – Edição Armorial, realizando cinco concertos gratuitos em cidades de Pernambuco e do Maranhão. Depois de passar por Sertânia e pelo Recife, a turnê chega, nesta sexta-feira (28), ao Teatro Bianor Mendonça Monteiro, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. Depois de Camaragibe (28/4), na Região Metropolitana do Recife, as maranhenses Santa Rita (9/6) e Itapecuru Mirim (10/6) serão as próximas a receber o grupo. “Camaragibe, pela proximidade com o Recife, acaba não recebendo apresentações de orquestras, assim como Santa Rita e Itapecuru Mirim, que também são próximas a São Luís. Então será a oportunidade de alcançar essas cidades sem tradição neste tipo de música”, ressalta a produtora Carla Navarro.

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O feitor de enigmas

*Paulo Caldas Natanael Lima Júnior segue meticuloso os caminhos do existencial neste “O feitor de enigmas”, e ressalva, sob o ponto de vista conteudístico, o tenaz desafio de decifrar a origem das ardilosas idiossincrasias nossas de cada dia. Do todo flui um discreto hermetismo que tangencia momentos outros, quando a apreciável verve do autor se faz soberana ante os mistérios intrínsecos do humano. Atento aos aspectos estéticos, trata as palavras com o devido esmero, expondo versos bem postos tanto em momentos intimistas, quanto nas abordagens horizontais. Neste sentido, manuseia rimas internas e aliterações vistas em “Rosa Efêmera”, expressa a dureza dos metais, caso do poema AI5, por exemplo, ou com a sonoridade presente no poema “Acordes dissonantes”. Ainda em “Rosa Efêmera” existe um visível capricho na dosagem dos ritmos marcados pelas proparoxítonas. O talento autor vem em boa companhia: assinaram depoimentos sobre a obra escritores do nível de Sidney Nicéas, Valmir Jordão, Urariano Mota, Cida Pedrosa, Lourdes Nicácio, Lourdes Sarmento, Lourdes Horta, Neílton Florentino, Marcelo Mário de Melo e Jorge Lopes. A publicação tem o selo da Imagética Edições, prefácio de Cláudio Aguiar, projeto editorial de Natanael Lima Júnior, concepção visual de Erivaldo Passos, ilustração de Ângela Lúcia Costa, revisão de Neílton Florentino e impressão da Luci Artes Gráficas. Os exemplares podem ser adquiridos através da @imageticaediçoes ou pelo fone 81 98800312. *Paulo Caldas é Escritor

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Companhia Giradança reflete sobre corpos femininos em espetáculo no Sesc Santo Amaro

Grupo potiguar circula com o espetáculo “Graça” por diferentes cidades do país e desembarca no Recife nesta quarta e quinta-feira Camadas de tinta e de histórias acumuladas, impressas, misturadas, desbotadas, dissolvidas nos corpos. Assim podem ser observadas as bailarinas da Companhia Giradança (RN) no espetáculo “Graça – uma economia da encarnação”, com apresentações marcadas nos dias 19 e 20 de abril, 20h, no Teatro Marco Camarotti no Sesc Santo Amaro, área central do Recife. O espetáculo, que questiona o ser fêmea através das automitologias, tem Jania Santos, Joselma Soares e Ana Carolina Vieira, bailarinas da Companhia, trazendo à tona histórias que atribuem aos próprios corpos qualidades e possibilidades múltiplas, como nas narrativas mitológicas. A coreografia do grupo potiguar foi elaborada por Elisabete Finger, que é performer e coreógrafa. Já a direção artística é de Alexandre Américo, artista e pesquisador da dança, com enfoque na investigação em arte contemporânea, que considera o espetáculo como um marco para a Giradança, pois “avança no seu pensamento poético e político”. “Graça” contará com audiodescrição e intérprete de libras durante a apresentação de quinta-feira (20) e é indicado para maiores de 18 anos. Os ingressos podem ser adquiridos diretamente na bilheteria do teatro Marco Camarotti. A turnê de “Graça – uma economia da encarnação” é realizada através do Prêmio Funarte Circulação e Difusão da Dança 2022, com apoio da NatalCard, Michelle Tour, Transborda, HUB Criativo PE Criativo, Sebrae e Sesc – PE. A produção é da Listo Produções Artísticas Giradança. O espetáculo já passou pelos estados de São Paulo, Ceará, Paraná e Rio Grande do Norte. A Companhia Giradança foi criada  na cidade de Natal/RN, em 2005, e se estabelece, já em seus primeiros trabalhos, como uma zona capaz ,de gerar tecnologias inacabadas (coreografias) operadoras de corpos discursivos com o enfoque nas relações tensionais entre corpos com e sem deficiência. A Giradança tem apresentado em palcos de todo o Brasil um trabalho que rompe preconceitos, limites pré-estabelecidos e cria novas possibilidades dentro da dança contemporânea. Com quase uma década de trabalho, acumula diversos prêmios nos seus mais de 13 espetáculos de repertório, onde já se apresentou por mais de 15 estados brasileiros e 5 países. Serviço “Graça – Uma economia da encarnação” Quando: 19 (quarta-feira) e 20 (quinta-feira) de abril, às 20h Local: Teatro Marco Camarotti – SESC Santo Amaro (Praça do Campo Santo, s/nº – Santo Amaro / Recife – PE) Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia-entrada para comerciários e dependentes, estudantes e idosos)  – na bilheteria do Teatro Classificação indicativa: 18 anos

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Coletivo Lugar Comum estreia obra audiovisual de Segunda Pele

Com incentivo do Funcultura, as exibições on-line acontecerão nos dias 21, 22 e 23 de abril, com ingressos gratuitos no Sympla O Coletivo Lugar Comum, grupo pernambucano de dança, performance e experimentos artísticos, apresenta uma versão inédita do espetáculo Segunda Pele, agora, em formato de obra audiovisual. O processo fílmico se propõe em transpor para a tela as diversas camadas de subjetividade, atravessamentos, vivências e pluralidade de vozes das seis mulheres que colocam os seus corpos e as suas trajetórias em cena. O experimento poético, que culminou em uma videoinstalação, poderá ser assistido pelo público em três exibições on-line, nos próximos dias 21, 22 e 23 de abril, às 20h, com link a ser divulgado no Instagram @lugarcomumcoletivo. Após a primeira sessão haverá uma roda de diálogo com a equipe criativa, que contará com intérprete em Libras. O projeto tem patrocínio do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura-PE). Segunda Pele é um espetáculo que veio ao mundo em 2012 e em seguida teve uma nova versão da montagem em 2016, com a forte característica de estar em incansável movimento, em processo de continuidade e de transmutações. Com dramaturgia que se desenha espontaneamente a partir do agora, das memórias ancestrais, das buscas, dos afetos, dos medos, dos desejos deste instante, ou seja, das marcas reais que emergem das profundezas subjetivas de cada uma das artistas que compartilham daquele espaço de tempo, as montagens serão sempre inéditas e retroalimentadas. Em cena, neste desdobramento da obra em audiovisual, estão as performers Liana Gesteira, Maria Agrelli, Maria Clara Camarotti, Renata Muniz, Sílvia Góes e Sophia William. A direção geral e de fotografia é de Dea Feraz. A narrativa cênica testemunha as seis artistas habitando seus corpos. Mulheres que atravessam a própria pele para contar de suas existências. De forma experimental e poética, o processo fílmico faz um percurso do corpo marcado ao corpo fluxo, tentacular e livre. O novo mundo, o novo corpo, há de nascer em coletivo e em meio à ruína que nos circunda. “Na primeira versão de Segunda Pele já havia a proposta de cada uma de nós trazermos as questões individuais, buscando e se reencontrando com a nossa pele, e também os momentos coletivos em que dançamos nossas subjetividades juntas. O afeto sempre foi esse lugar de encontro no coletivo, o olho no olho, o toque, o sentir uma a outra. A obra não é uma transposição do espetáculo para o audiovisual, é um desdobramento que vai se modificando, assim como nossos corpos, nossas subjetividades e nossas trajetórias”, explica Liana Gesteira, artista performer. A obra audiovisual Segunda Pele se propõe a ser sensorial, despertando e estimulando os sentidos de quem assiste. O olhar de Dea Ferraz é o que cria os planos cênicos e conduz a percepção do espectador. “Há uma confluência de pensamento e pesquisa que nos mantém em criação coletiva. Eu no campo das imagens, elas no campo dos corpos e da presença. Entre exercícios e conversas, fomos entendendo que aquelas ‘corpas’ do espetáculo já não eram as ‘corpas’ do agora. Havia um desejo coletivo de entender sobre quais ‘corpas’ carregávamos hoje. Que ‘corpas’ habitamos? O elemento câmera sempre esteve em relação, ou seja, a cena precisava ser experimentada sob o ponto de vista da câmera, na construção das imagens. Algumas cenas foram ensaiadas, enquanto outras pediam o improviso, e essas decisões foram sendo tomadas durante os encontros na intenção de potencializar tanto corpo quanto imagem. É no encontro entre corpo-câmera que o processo fílmico se faz”, compartilha Dea Ferraz. Em complemento ao olhar fotográfico, a criação da iluminação cênica, assinada por Luciana Raposo, e o desenho de som de Kiko Santana são elementos essenciais na reconstrução da obra teatral para o cinema. “Pra mim a direção de arte do filme é a iluminação, executada com maestria por Lu Raposo. A luz desenha os espaços e cria as atmosferas que buscamos. Já o desenho de som de Segunda Pele trabalha sob duas camadas, na primeira construindo os ambientes das caixas cênicas com seus ecos e reverbes, ouvindo as ‘corpas’ em seus movimentos e respirações; e na segunda contando uma história sutil, a história da passagem do corpo marcado para o corpo fluxo, o corpo livre. Nessa segunda camada, experimentamos construir sons e ruídos numa ação mais direta de interferência, porque a história pedia. Há um nascimento acontecendo e os sons são essenciais para criar essa sensação”, detalha Dea Ferraz. 

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Orquestra Criança Cidadã retoma apresentações para formação de plateia de música sinfônica

A série “Concertos para a Comunidade” inicia nova temporada neste dia 20 e segue durante o ano passando por bairros de Recife, Olinda e Ipojuca A Orquestra Criança Cidadã reabre sua temporada de concertos gratuitos na próxima quinta-feira (20), com a volta do projeto Concertos para a Comunidade, iniciativa que leva música clássica a locais longe dos teatros e mais perto do grande público. Estão previstos seis Concertos para a Comunidade entre abril e dezembro, sempre com classificação livre. Em cada um deles, a intenção é a de estabelecer laços com as comunidades através de concertos-aula, nos quais, além de música, há muita interação com a plateia, que aprende mais sobre os instrumentos que compõem uma orquestra sinfônica. No primeiro ano de realização da série, em 2022, foram realizados oito concertos, que alcançaram mais de 1500 pessoas. Buscando ampliar as plateias em 2023, pela primeira vez a OCC realizará seu projeto em Ipojuca e em Olinda.  “Há muita alegria e satisfação em tocar para os nossos vizinhos de comunidade”, comemora o maestro assistente da Orquestra, Jadson Dias. Para ele, a perspectiva de retomar a série de concertos abertos é animadora. “O resultado do ano foi bastante positivo porque vimos a comunidade ter acesso de forma mais fácil a músicas de concerto, que geralmente só se veem em teatros e lugares que muitos não têm o hábito de frequentar”, observa. O primeiro evento do ano terá como palco a Escola de Referência em Ensino Médio Joaquim Nabuco, no bairro de São José, Recife. Na ocasião, o concerto será voltado apenas para alunos da unidade de ensino, assim como o concerto seguinte, em 20 de junho, que será realizado na Escola Municipal Professor José da Costa Porto, na Ilha Joana Bezerra.  Depois, entre julho e dezembro, todos os Concertos para a Comunidade serão abertos para o público: em 19 de julho, na Paróquia Imaculada Conceição e Santo Antônio, no distrito de Camela, em Ipojuca; nos dias 20 de setembro e 18 de outubro, no Compaz Dom Hélder Câmara, ao lado da estação de metrô Joana Bezerra, na capital; e, por fim, no dia 10 de dezembro, o espetáculo acontece na Paróquia São Lucas, em Ouro Preto, Olinda. O calendário completo está disponível online, no site da OCC: https://orquestracriancacidada.org.br/concertos. A Orquestra Criança Cidadã, sediada nas instalações do 7° Depósito de Suprimento do Exército Brasileiro, é um projeto realizado com incentivo do Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), e que conta com patrocínio do Governo Federal e realização da Funarte.

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Ricardo Mello e Betinho Montenegro lançam hoje “Terra do Brinca” e “Meu Pai Travesseiro”

Obras utilizam poesia e ilustrações para mergulhar no universo da garotada e retratar experiências que marcam a infância. Lançamento marca o Dia Nacional do Livro Infantil e terá venda revertida para custear estudos de Francisco, filho do cantor Jr. Black O jornalista Ricardo Mello e o diretor de arte Betinho Montenegro escolheram o Dia Nacional do Livro Infantil, a ser celebrado na terça-feira, 18 de abril, para lançar seu primeiro projeto juntos: “Terra do Brinca” e “Meu Pai Travesseiro”. As duas obras de poesia, que mergulham no universo da garotada para falar de experiências que marcam essa fase da vida, como as férias, a ida ao teatro, brincadeiras e o elo de amor que une pai e filho, serão autografadas a partir das 18h, na Livraria Jaqueira, no Bairro do Recife. Apesar de ganharem o mundo juntos, os dois projetos foram iniciados e construídos em momentos diferentes. “Terra do Brinca” foi montado em etapas, conta Mello, que atualmente divide o tempo para a escrita com os inúmeros afazeres como secretário de Cultura do Recife. “Há cerca de cinco anos, Lis, minha filha que hoje tem 11 anos, estava com uns seis, e propus a ela que me sugerisse temas para poemas de um futuro trabalho. Queria que o livro viesse do universo infantil, diferente do que já tinha feito até então. Minha ideia era de que os poemas partissem do universo dela enquanto criança, tratando de temas que ela gostaria de falar”, explica. E “Terra do Brinca” ficou bem assim: tem poema sobre viagem de avião, férias, teatro, amizade, cachinhos dourados e até sobre um dia de preguiça quando sair do colchão é difícil. São 12 poemas, quem ganham vida em forma de imagens pelo desenho criativo e cheio de vida de Betinho Montenegro, que faz até o ‘hahhahaha’ ganhar vida nas páginas coloridas. “Eu e Betinho temos uma história curiosa, porque nossos pais eram amigos desde a juventude. E nós já nos admirávamos, um acompanhando a trajetória do outro na mesma área, até que fizemos esta parceria. Sempre trabalhei escrevendo para que a ilustração fosse outra forma de expressão daquilo que é dito pelas palavras. O ilustrador tem total liberdade para criar, em traços e cores, a expressão dele para os poemas; nada é brifado”, completa o autor. A pandemia fez o livro ser editado, inicialmente, em versão digital. Contando com uma participação mais do que especial, que abriu uma nova porta para o projeto. “Um dia eu vi Jr. Black, amigo que conhecia como cantor e compositor, contando histórias para crianças. Não era apenas um ator, era um verdadeiro encantador dos pequenos. Fiquei absolutamente impressionado com aquilo, daí passamos a conversar sobre o projeto, incorporando a ideia de declamação dos poemas, que também seriam musicados, assim teríamos alguém contando e cantando a “Terra do Brinca”, que se tornava o lugar de um gigante anfitrião, incorporado por aquele parceiro multitalento. Convidamos Moringa Áudio, que compôs as primeiras melodias. Black as gravou três canções. Sua partida faz com que o projeto se complete assim. E traga a sua marca única. Black foi incentivador, parceiro e uma grande inspiração”, diz o jornalista.  A participação de Jr. Black no projeto, além da trilha sonora original, que será apresentada no lançamento, foi registrada no papel. Um gigante sorridente ilustra as primeiras páginas da publicação. Já “Meu Pai Travesseiro” tem uma ‘dupla’ origem. “Recebi de um amigo um texto feito pela filha dele com referência a uma garota que havia perdido o pai e criado uma relação com algo que a fazia lembrar dele. Na mesma época, Tiê, minha filha mais nova, se acostumou a deitar com a cabeça na minha barriga. Foi uma fase em que eu estava num ritmo intenso de trabalho e, sempre que chegava em casa, ela deitava encostada na minha barriga. Me inspirei na fusão dessas histórias, na relação de amor de pai e filha e na forma que a filha encontrou para lidar com a ausência paterna”, revela Mello. Além de ser o Dia Nacional do Livro Infantil, o 18 de abril é também uma das datas em que no Brasil se comemora o Dia do Amigo, sendo mais um motivo para dedicar o lançamento a Jr. Black. “O projeto é dedicado a ele, este gigante contador de histórias, este gigante cantador, de sentimentos, de emoções, como grande ator, cantor e compositor que ele é, pois deixou uma obra eterna. A terça-feira será um tributo à amizade, ao encontro presencial, a esta volta do encontro pós-pandemia, e ao que é eterno, como obra, como legado, que é o que Black deixou pra gente”, finaliza Mello. Toda a renda obtida com a venda dos livros reverterá para os estudos de Francisco, filho de Jr. Black. SERVIÇO: Lançamento dos livros “Terra do Brinca” e “Meu Pai Travesseiro”, dia 18h, às 18h, na Livraria Jaqueira (Rua Madre de Deus, 110, Bairro do Recife)

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