Arquivos Z_Exclusivas - Página 101 De 363 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Novo estilo de vida poderá modificar a mobilidade das cidades

Ainda não é possível mensurar as mudanças que a pandemia trará para a mobilidade urbana, mas há motivos de termos expectativas de boas transformações. Ricardo Corrêa Silva, mestre em arquitetura e urbanismo pela USP e sócio-diretor da TcUrbes, acredita que as alterações no estilo de vida da população poderão mudar o transporte coletivo e os deslocamentos nas grandes cidades. "Após períodos de mudanças de paradigmas, que são de destruição seguidos por uma criativa renovação, muitas inovações acontecem e outras são aceleradas, como nos períodos que procederam as guerras mundias. Nesse contexto, por exemplo, ocorreu uma grande mudança que veio com o desenvolvimento nada mais nada menos que o do automóvel". O urbanista explica que isso levou os deslocamentos a aumentaram e as cidades puderam se espraiar. Fazendo uma comparação histórica, ele lembra que o subúrbio americano, que foi concebido pelo prefeito de Los Angeles em 1908, anterior a Primeira Guerra Mundial, foi rapidamente impulsionado por uma lei federal no período entre guerras que fortaleceu a indústria da construção civil americana. "Na época, todo o ex-combatente americano tinha o direito a uma casa própria". Essa lei provocou o florescimento nos EUA de um grande contingente de combatentes, em busca da casa própria, que espraiaram as cidades americanas com seu modelo de subúrbio e casa unifamiliares. Essa mudança proporcionou maiores distancias de ocupações urbanas e induziu a necessidade do carros, segundo o urbanista. Além dos veículos automotivos, uma série de outros paradigmas foram modificados com outras inovações, como o advento do anticoncepcional feminino, do microondas e da geladeira. Novas tecnologias que nos países desenvolvidos permitiram que a indústria se apropriasse da mão de obra feminina, que se emancipava e se libertava dos afazeres domésticos. "Não estou aqui questionando a causa e consequência dos fatos, mas apontando que existe um grande processo que era impossível enxergar por quem estava vivendo aquele momento de transição". O impacto da atual pandemia na mobilidade urbana, por exemplo, poderá ser medido pela "imobilidade" que a sociedade viveu neste momento de maior isolamento social. "A classe média, que é o principal vetor de transformação, descobriu que é possível trabalhar de casa. Na verdade já se sabia, mas esses momentos possibilitam as modificações de paradigmas. Portanto, acredito que os shoppings center, baseados no carro, vão ter mudanças aceleradas, concomitante com o florescimento do comércio local e, consequentemente, do transporte ativo:  pedestre, ciclistas e de novos veículos que permitam contato e sinestesia entre pessoas. Assim a infraestrutura urbana para esses modos vai ser melhorada e acredito que esse é o grande legado da pandemia que estamos passando, o de perceber o valor de estar próximo". . . Esse cenário poderá contribuir para a reversão de algumas tendências do mundo pré-pandemia, como o espraiamento da população do espaço urbano. "Essa antiga tendência, pré-pandemia, pode se tornar obsoleta". O arquiteto destaca ainda que diante das dificuldades que o mundo inteiro passa pela pandemia, há um florescimento de uma grande criatividade que pode trazer benefícios para a sociedade. Ele sugere, inclusive, que seja interessante para o Brasil observar as experiências não apenas dos países desenvolvidos, mas principalmente as soluções criadas por nossos vizinhos latinoamericanos ou outras nações com muita desigualdade social. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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Pesquisa iniciada na UFPE apresenta o mais novo dinossauro brasileiro

Por Renata Reynaldo, da UFPE Lagarto nascido do fogo do Museu Nacional. É assim que se traduz o nome do mais novo dinossauro identificado no Brasil. Encontrado e analisado por pesquisadores da UFPE, Universidade Regional do Cariri e Museu Nacional/UFRJ, grupo liderado pela professora Juliana Sayão, que atuava no Centro Acadêmico de Vitória (CAV-UFPE), o Aratasaurus museunacionali tem outra curiosidade: apresenta formas com ocorrência até então restritas à América do Norte e à China, o que leva os paleontólogos a concluir que “esse grupo de animais era mais diversificado e tinha uma distribuição mais ampla do que se supunha”. O estudo de identificação do Aratasaurus – “ara” e “atá” no Tupi significam “nascido” e “fogo”, e “saurus” vem do grego e quer dizer “lagarto” –, partiu de um único fragmento, uma perna direita, encontrado em rochas que recebem o nome de Formação Romualdo, na região da Bacia do Araripe, área rica em fósseis que se estende pelos estados de Ceará, Pernambuco e Piauí. A amostra é classificada no grupo dos celurossauros, que surgiram há cerca de 168 milhões de anos, no período Jurássico Médio, e englobam muitas formas de dinossauros, incluindo as aves recentes. O nome da espécie, museunacionali, é uma homenagem ao primeiro museu fundado no Brasil, em 1808, que foi vitimado por um incêndio de grandes proporções em 2018. O exemplar agora revelado não foi afetado por estar em um laboratório anexo ao palácio. CRETÁCEOS | Segundo Juliana Sayão, que desenvolveu a maior parte da pesquisa no Laboratório de Paleobiologia e Microestruturas do CAV-UFPE, e hoje é docente na UFRJ, os fósseis descobertos na região estudada estão preservados em nódulos calcários, com exceção do Aratasaurus, que foi encontrado em uma placa de folhelho (rocha escura composta por finas lâminas de sedimentos com grãos do tamanho dos de argila), procedente de uma camada situada na base da Formação Romualdo. “Isso indica alguns milhares de anos a mais do que a camada com os nódulos calcários”, explica. A formação dessas rochas é estimada entre 115 e 110 milhões de anos, um período geológico denominado de Cretáceo Inferior. “É o primeiro registro de dinossauro nessa parte da Formação Romualdo, o que abre a possibilidade para novos achados no futuro”, sugere a pesquisadora. Os dados de identificação apontam que o Aratasaurus tinha pouco mais de 3m de comprimento e uma massa entre 34 e 35 kg, estando, portanto, ainda em fase de crescimento, sendo um jovem que poderia alcançar dimensões maiores quando adulto. “Deveria ser um predador ágil, que corria pelas margens de lagos à procura de alimento, possivelmente pequenos animais, e é provável que seu corpo fosse recoberto por estruturas filamentosas interpretadas como protopenas, assim como muitos outros celurossauros”, revela a pesquisadora. A identificação oficial do novo dinossauro foi publicada na prestigiada publicação Scientific Reports com o artigo “The first theropod dinosaur (Coelurosauria, Theropoda) from the base of the Romualdo Formation (Albian), Araripe Basin, Northeast Brazil”, com autoria conjunta de pesquisadores brasileiros e chineses.

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Pernambucano vence competição global de design da Michelin

O designer pernambucano Dayvid Almeida, 27 anos, venceu a Michelin Design Challenge. A competição global, organizada pela Michelin North America, tem o propósito de reconhecer jovens designers que desenvolvem projetos de mobilidade voltados para o futuro sustentável. Na edição 2020, a competição trouxe como tema "Upcycle: desenvolvimento de uma mobilidade sustentável e que aproveite as possibilidades tecnológicas do futuro". Diante dessa provocação, Dayvid  desenvolveu o projeto Volkswagen MUT.E. O projeto consiste em uma membrana feita de smart material que se dobra transformando-se em um veículo e que também pode se converter em módulos arquitetônicos para a cidade, dando diversas funções a um único objeto. Através da biomimética, que se inspira na natureza para a criação de soluções para a indústria, o veículo baseia-se na flexibilidade e capacidade de agarrar objetos que os tentáculos do polvo possui. "O foco atual da indústria automotiva está voltado para a eletrificação da mobilidade, porém muitas vezes originada de uma forma não tão sustentável e que gera preocupações ainda maiores com o descarte da grande quantidade de baterias inutilizáveis com o tempo. A proposta do VW MUT.E segue uma direção totalmente diferente. O veículo é impulsionado por pistões de ar designados como "smart materials" ou materiais inteligentes, permitindo que os pistões se estiquem para impulsionar o veículo na direção contrária, gerando movimento. Sendo o ar o principal combustível de locomoção, o veículo praticamente criaria vida 'inspirando' e 'expirando' o ar interno para se locomover", explicou o designer. A cerimônia de premiação aconteceria em um evento internacional de mobilidade em Montreal, o Movin'on Summit. Por conta do covid-19, o evento aconteceu de forma online no dia 16 de julho. Além de receber um troféu de reconhecimento, Dayvid  terá uma revisão de seu portfólio com importantes diretores de design da indústria automotiva. Natural de Vitória de Santo Antão, Dayvid  é aficionado por carros e desenhos à mão desde criança. Seguindo as duas paixões, ele ingressou no curso de Design na UFPE entre 2011 e 2018. "Nesse mesmo período tive a oportunidade de estudar design de interior automotivo na Hochschule Reutlingen, na Alemanha, por 1 ano (entre 2014 e 2015) através do programa Ciências sem Fronteiras. Isso me encorajou a acreditar ainda mais na minha capacidade de idealizar e projetar novos meios de transporte contribuindo para a mobilidade do futuro". Atualmente o jovem trabalha como designer industrial, integrando a equipe que projeta exoesqueletos da startup pernambucana Neurobots, que já foi destaque em algumas publicações da Algomais e também é uma colecionadora de premiações. "Trabalhando nessa startup estou aprendendo com o time a projetar exoesqueletos de uma complexidade considerável. Isso me fez ganhar confiança para utilizar minha criatividade no desenvolvimento de soluções factíveis para a indústria". Confira abaixo o vídeo de apresentação do designer premiado pela Michelin: . LEIA TAMBÉM Neurobots se destaca em premiação global http://revista.algomais.com/exclusivas/startups-atalho-para-inovacao  

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15 imagens da Rua do Bom Jesus Antigamente

A Rua do Bom Jesus, apontada neste mês como uma das três vias mais bonitas do mundo pela publicação norte-americana Architectural Digest, é o destaque de hoje da coluna Pernambuco Antigamente. Um das mais charmosos passeios públicas do Recife abriga prédios históricos, como a primeira sinagora das américas (a Sinagoga Kahal Zur Israel). Para Lúcia Gaspar, bibliotecária da Fundaj: "Desde o tempo da ocupação holandesa, a Rua do Bom Jesus era a mais importante do Bairro do Recife, possivelmente em decorrência de seu traçado natural de velha estrada, que conduzia viajantes procedentes de Olinda". Fundada no século 15, inicialmente foi chamada de Rua do Bode e, posteriormente, Rua dos Judeus e de Rua da Cruz, antes de receber o nome atual. A Kahal Zur Israel, que significa Rocha de Israel, funcionou entre 1636 e 1654. A visita à sinagoga é obrigatória para quem faz um passeio pelo Bairro do Recife a turismo. Confira abaixo as imagens da Villa Digital (Fundaj) 1. Cortejo na Rua do Bom Jesus, em 1894 (Fotografia adquirida pelo museu do açúcar a Benício Dias em 1963) 2. Rua do Bom Jesus - é possível ver a Torre Malacoff no final da imagem 3. Caminhante solitário na Rua do Bom Jesus, em 1899   4. Postal da Rua do Bom Jesus datada de 1907 (Acervo Josebias Bandeira, Fundaj) . 5. Rua do Bom Jesus, em 1913, num período de demolição de parte do Recife Antigo (Foto: Acervo Benício Dias/Fundaj) . 6. Rua do Bom Jesus, em 1920 . 7. Fotografia da Rua do Bom Jesus, em 1920 (Página Recife Antigamente)   8. Carros antigos na Rua do Bom Jesus, em 1940.   9. Trilhos na Rua do Bom Jesus. No primeiro plano, na sombra, um transporte de tração animal trafegando na via.   10. Cartão Postal da Rua do Bom Jesus e Torre do Arsenal da Marinha (Acervo Josebias Bandeira, Autor Ramiro M. Costa) . 11. Rua do Bom Jesus (sem descrição da data) . Como este é um post especial, pois não é todo dia que uma rua do Recife ganha uma distinção internacional, trazemos hoje também as imagens da algumas pinturas da Rua do Bom Jesus, que encontramos no blog Recife Antigo, pinceladas de história sobre o berço do Recife. 12. Rua do Bom Jesus. Cromolitografia de L. Krauss, 1878 . 13. Rua dos Judeus - Mercado de Escravos - 1641 , de Zacharias Wagener . 14. Arco do Bom Jesus - Maria Graham - 1821 . 15. Rua da Cruz - 1852 - Emil Bauch . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Tempest cresce 15% no semestre e projeta faturar R$ 1 bi em menos de uma década

A pernambucana Tempest, que anunciou recentemente o recebimento de um aporte de investimentos da Embraer, informou que em plena crise promovida pela pandemia conseguiu aumentar em 15% suas vendas no semestre. Referência internacional em cibersegurança, a empresa nascida do Porto Digital prevê a abertura de novos mercados para os próximos anos e um avanço também acelerado no segundo semestre de 2020. No ano passado o faturamento da empresa foi de 120 milhões. Com o plano de expansão, a expectativa da Tempest é de alcançar um faturamento anual de R$ 500 milhões, nos próximos horizonte 4 anos. E de chegar ao patamar de R$ 1 bilhão num horizonte de 6 e 9 anos. A chegada da Embraer, que passa a ser acionista majoritária com a recente rodada de investimentos, abre para a Tempest oportunidade em segmentos bem fechados, mas com atuação global e estratégicas. De acordo com o Cristiano Lincoln, CEO da empresa,  os setores da industria aeroespacial, de infraestrutura crítica nacional e de defesa nacional são os campos recém-abertos para os serviços de cibersegurança da gigante do Porto Digital. "Uma das coisas super interessantes dessa novo investimento da Embraer é essa perspectiva de abertura de novos mercados", comemora o dirigente. O setor da industria Aeroespacial contempla empresas de aviação, de segurança aviões, de sistema de controle de tráfego aéreo. "São máquinas super sofisticadas e cada vez mais conectadas em rede." A infraestrutura crítica nacional contempla, por exemplo, usinas geradoras de energia, como Itaipu, Furnas, Angra 1 e Angra 2. "Esse é um mercado que está tanto no governo e como na iniciativa privada. É um setor que demanda preocupações estratégicas, pois é uma infraestrutura que suporta a sociedade como todo". A defesa nacional lida com as forças armadas e controle de fronteiras, que tem uma demanda de cibersegurança pois trata de informações estratégicas nacionais. Com 320 profissionais divididos entre Recife, São Paulo e Londres, a Tempest possui atualmente 310 clientes. Apesar de atender empresas de vários setores, 65% da receita da empresa são do setor financeiro (bancos, seguradoras e corretoras). Para dar conta do crescimento esperado para os próximos anos, a Tempest espera contratar mais 700 pessoas, formando um time com mil profissionais. Mesmo na crise, a empresa contratou em torno de 20 novos funcionários, visto que teve um aumento de demanda de serviços.

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Aeroporto do Recife ganha nova rota internacional de carga

O Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre, administrado pela Aena Brasil, recebeu no final da noite desta terça-feira (21) o voo inaugural da Lufthansa Cargo, que passa a manter operações fixas no terminal aéreo, localizado na Zona Sul da capital pernambucana. Serão duas frequências semanais com destino à cidade de Frankfurt, na Alemanha, com capacidade de 90 toneladas de carga. As operações acontecerão todas as terças-feiras e sábados - no início da semana aterrissando às 14h e partindo às 16h e, no fim de semana, chegando às 15h50 e decolando às 17h25. Os voos virão do Aeroporto de Viracopos (em Campinas, São Paulo) e, do Recife, seguirá com destino final a Frankfurt. Pontualmente nesta terça-feira, o voo inaugural foi realizado por volta das 23h40 por um ajuste operacional da companhia aérea. As viagens serão feitas principalmente por aeronaves modelo MD11F com capacidade máxima de carga de cerca de 90 toneladas, podendo ser substituído por aviões B777F, que transporta até 100 toneladas por voo. Atualmente as operações de carga correspondem a 11% das movimentações do Aeroporto Internacional do Recife, com cerca de quatro voos cargueiros fixos por semana. Além da nova operação da Lufthansa, o outro voo internacional de carga operado no terminal é o da Latam originário do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo (SP), e que, do Recife, segue para Amsterdam, na Holanda. A expectativa é de que o novo voo da Lufthansa seja abastecido no Recife principalmente pela produção de frutas de todo o Nordeste, além de outros alimentos perecíveis. A nova rota é, também, uma oportunidade para importadores da região, já que se poderá contar com a regularidade dos voos para o abastecimento interno dos mais diversos produtos vindos da Europa. Apesar das dificuldades enfrentadas por todo o setor aéreo em decorrência dos impactos da pandemia do novo coronavírus, o segmento de cargas do Aeroporto Internacional do Recife vem se destacando justamente no apoio logístico das ações de combate à pandemia. Por ser considerado um hub de carga, o terminal aéreo atende a toda a região Nordeste, oferecendo desde o suprimento de equipamentos até o transporte de material biológico, a exemplo de amostras de sangue para testagem. Sobre a Aena Brasil Aena Brasil é a marca registrada da companhia espanhola Aena, considerada pelo Conselho Internacional de Aeroportos como a maior operadora aeroportuária do mundo em número de passageiros, com mais de 275,2 milhões em 2019 na Espanha. Desde começo de 2020, administra a concessão de seis aeroportos da região Nordeste: Recife (PE), Juazeiro do Norte (CE), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB), Aracaju (SE) e Maceió (AL). Em 2019, os seis aeroportos somaram 13,7 milhões de passageiros. Na Espanha, opera 46 aeroportos e 2 heliportos. É acionista controlador, com 51%, do aeroporto de Londres-Luton no Reino Unido, além de gerenciar aeroportos no México (12), Colômbia (2) e Jamaica (2), que totalizaram um volume de passageiros de 78,2 milhões em 2019. Além disso, presta serviços de consultoria para clientes estratégicos como a Companhia de Aeroportos de Cuba - ECASA.

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Dalla Nora: "Inteligência artificial pode silenciar robôs e sites que criam Fake News"

Paulo Dalla Nora Macedo, co-fundador e vice-presidente do Instituto Política Viva, foi um dos entrevistados na matéria da semana passada sobre Fake News. Publicamos hoje a conversa com ele sobre as alternativas para o País superar esse desafio que tumultuou o debate público no Brasil. O Política Viva nasceu em 2013 para promover o debate político crítico e construtivo que recupere os ideais republicanos com integridade e ponderação. . Além de acirrar a polarização política, que outros prejuízos as Fake News oferecem a sociedade brasileira na sua opinião? O maior mal das Fake News é criar uma agenda de prioridades falsas, distorcer quais os temas que de fato preocupam a sociedade ou distorcer como ela pensaria sobre os temas. Como o congresso e o executivo trabalham muito de acordo com as prioridades da população e das suas posições, a máquina de fake news quer sequestrar a agenda do Pais. . Quais as principais descobertas das pesquisas acessadas ou elaboradas pelo Política Viva sobre as Fake News?  O Política Viva tem como pilar defender a política e lutar contra as fakes news. Temos vários estudos sobre o assunto:as notícias falsas são 70% mais compartilhadas que as verdadeiras, mais de 60% do tráfego nas redes sobre política são gerados por robôs, fora esses robôs existem em torno de 5 mil "engajados" profissionais que criam as narrativas, ou seja existe muito pouca espontaneidade. O instituto Reuters divulgou em pesquisa recente que 84% dos brasileiros não confiam no que lêem nas redes, no entanto são essas redes que estão sequestrando o debate. . O combate às Fake News no Brasil tem alcançado algum resultado? Muito tímido ainda. O combate só vai começar a ser efetivo quando a ser efetivo quando as plataformas forem pressionadas economicamente a agir contra os robôs e páginas que eles sabem que disseminam fake news. A Coca Cola e a Unilever recentemente anunciaram que vão deixar de anunciar no Facebook e twitter. Esse é o passo importante. . Quais os caminhos para se evitar a disseminação ou o impacto tão negativo das Fake News na sociedade? Há alguma contribuição tecnológica para isso? Sim, não temos dúvida que com inteligência artificial é possível silenciar esses robôs e os sites que existem para criar fake news, é muito fácil identificar isso e barrar. O problema é que eles são geradores de tráfego e isso e receita. As pessoas têm que entender que um blog postar que Coronavírus não existe, que você pode ir para rua, não é liberdade de expressão. Liberdade de expressão não contempla crimes contra a saúde pública por exemplo, ou calúnia e difamação. Ou postar como absurdos se fossem verdades. As pessoas confundem opiniões com fatos, todo mundo tem direito a sua opinião, mas ao seu fato não. Blogs e canais que a existem para defender que a terra é plana serve para quê além de semear a dúvida em verdades cientificas? Por que as plataformas deixam no ar? Porque geram milhões com os seus vídeos bizarros. Se não fizemos nada vamos chegar ao ponto de quê não existe mais nenhuma verdade básica, só pessoas perturbadas, ou os que querem explicar a sua própria inadequação, gostariam de viver em um mundo assim.

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Seis em cada 10 brasileiros tiveram aumento no custo de vida na pandemia

Para 60% dos brasileiros, os gastos com alimentos, produtos e serviços para si e suas famílias aumentaram desde o início da pandemia do novo coronavírus. Este é o resultado da pesquisa Ipsos Essentials: Cost of Living Amid Covid-19, realizada pela Ipsos com 18 mil entrevistados – sendo 1.000 do Brasil – de 26 países. Enquanto seis em cada 10 notaram uma alta no custo de vida, 15% disseram que os gastos diminuíram e 25% não sentiram diferença alguma nas contas no fim do mês. O impacto da Covid-19 para a população brasileira é muito similar à média global. Considerando o total de participantes do estudo, 60% relataram aumento nos gastos, 12% perceberam uma diminuição e 29% disseram que os custos são os mesmos de antes da pandemia. O que pesa no bolso do consumidor? Na percepção dos entrevistados brasileiros ouvidos pelo levantamento, as compras de mercado – alimentação e produtos de limpeza – são as que mais alavancaram a alta nos custos durante a pandemia: 65% disseram ter tido gastos maiores nesses itens. Para 29%, permaneceram iguais e, para apenas 6%, os gastos diminuíram. Os custos fixos, como serviços de água, energia e gás, também estão entre os que mais cresceram, na opinião dos participantes do Brasil. Para 46%, houve aumento nessas contas, 45% disseram estar iguais e 9% tiveram diminuição nos gastos. Já o valor dispendido em impostos ficou maior para 33%, enquanto 7% relataram queda nos custos e 60% não notaram diferença. Em contrapartida, outras despesas ficaram menos custosas. É o caso dos gastos com transporte que, para 35% dos brasileiros, estão menores. Se mantêm os mesmos para 42% e aumentaram para 23%. Diminuíram também, para 34% dos entrevistados, os custos com roupas, sapatos e acessórios. Já 20% disseram que estão gastando mais e 46% não perceberam nenhuma mudança no bolso. O estudo on-line foi realizado com 18.000 entrevistados com idades de 16 a 74 anos em 26 países, entre os dias 22 de maio de 05 de junho de 2020. A margem de erro para o Brasil é de 3,1 p.p..

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Gauss Cordeiro: "É irresponsável reabertura das escolas ao ensino presencial em 2020"

Gauss M. Cordeiro, professor titular da UFPE e PhD em Estatística em 1982 pelo Imperial College (Londres) foi um dos entrevistados na edição desta semana da Revista Algomais. Ele é contundente contra a reabertura das escolas prevista para os próximos dias. Confira a entrevista por e-mail concedida ao repórter Rafael Dantas. . Qual o seu posicionamento acerca da possibilidade de reabertura das escolas já neste mês de julho?  Chegamos no dia 12 de julho em Pernambuco ao indesejado patamar de 5.595 óbitos e 72.470 casos confirmados. A taxa de mortalidade de Pernambuco é o dobro daquela do Brasil e sua letalidade (óbitos por confirmados) de 7,8% é a 2ª maior do país, só perdendo para o Estado do Rio com letalidade de 8,7%. Apenas, para realçar a letalidade no nosso estado é mais de 6 vezes maior do que a de Brasília, principalmente por conta da nossa pobreza retratada em mais de 1100 favelas. Essa letalidade significa que de 100 casos confirmados irão morrer em média quase 8 por conta da Covid-19. O Estado de Pernambuco tem uma taxa de mortalidade atual de 590 óbitos por milhão de pessoas, 1,72 vezes maior do que a taxa global do Brasil. A taxa de mortalidade no nosso estado já é maior do que as taxas globais da França, Suécia e Itália, apesar da pandemia ter começado nestes países cerca de 5 semanas antes, e eles contarem com muito melhores condições hospitalares para o tratamento de pacientes sintomáticos com a Covid-19. A média móvel de óbitos em 5 dias do nosso estado está estabilizada como bem retratada no último relatório do Instituto de Redução de Riscos e Desastres de PE. Entretanto, a taxa de mortalidade da cidade de Recife é muito alta - cerca de1258 óbitos por milhão de pessoas. Apenas para nos situarmos no contexto global, essa taxa é maior do que a média das taxas das áreas mais pobres de Londres e a pandemia começou lá 45 dias antes. Ademais, a taxa de óbitos em Recife é quase 50% maior do que a Bélgica, país com maior taxa de mortalidade da Europa e, infelizmente, esta pode convergir, caso a população recifense não persista adotando medidas rígidas de distanciamento e higienização, para a taxa de óbitos da Cidade de Nova Iorque (próxima de 2000 óbitos por milhão). Um ponto de grande preocupação é que a taxa de contágio em Recife e de outras cidades da sua região metropolitana são hoje bem próximas de um, o que significa que 100 pessoas infectadas tenderão em média a infectar outras 100 pessoas. . Quais os principais riscos envolvidos para as crianças e familiares? No que se refere às escolas do ensino básico, a Universidade de Johns Hopkins em Baltimore com mais de 100 anos e uma das melhores do mundo enfatiza no seu portal desta pandemia (tem em média um bilhão de acessos por dia): “As crianças em casa têm menor risco de contrair a Covid-19 do que nas escolas com outras crianças”. As crianças mesmo sem sintomas podem transmitir o vírus da mesma forma que os adultos. Os sintomas realmente não são bons preditores do contágio. Cerca de 18% das crianças testadas como positivo não apresentam sintomas. O grande risco para as crianças e jovens que serão infectados assintomáticos e levarem carga viral para suas casas e vizinhos e infectarem pessoas idosas ou outras com comorbidades. . Da publicação da carta até esta semana alguma coisa mudou no quadro analisado por vocês, ao menos no Recife, onde os números de infectados têm reduzido? A carta dos professores do Departamento de Estatística da UFPE à sociedade pernambucana foi publicada há quase um mês e de lá para cá, o número casos confirmados “não decresceu” de forma contínua mas apenas apresentou uma grande variabilidade entre 400 e 1700 casos/dia chegando até mesmo a apresentar uma média superior a 1250 casos/dia nos últimos dias. E observe que o Estado estava sob algumas medidas de isolamento (não tão seguidas por grande parte da população pernambucana) e que agora essas medidas tiveram de ser relaxadas para manter as atividades econômicas de Pernambuco em funcionamento. Entretanto, claro que o número de infectados tenderá a aumentar por conta do relaxamento e, por consequência, o número de óbitos. Tenho notado que algumas autoridades de Pernambuco afirmam que o pico de casos confirmados já passou em Recife e essa hipótese não é verdadeira. Em várias cidades no mundo inteiro os casos confirmados voltaram a crescer mesmo depois da queda após o pico. . O cenário recomendado de reabertura seria apenas com uma vacina ou a redução maior dos casos poderia ser um cenário considerado como seguro? Gostaria de salientar que o “Imperial College of Science, Tehcnology and Medicine”, da Universidade de Londres, estimou que 1/3 da transmissão desse vírus ocorre em escolas e escritórios, enquanto 1/3 fica restrito aos bares, Igrejas, supermercados e áreas de lazer. As fontes de contágio do 1/3 restante variam muito. Dada a faixa etária dos alunos dos ensinos infantil, fundamental e médio, não é possível estabelecer um mecanismo efetivo de distanciamento social. Ademais, o contágio em ambientes fechados pode ocorrer porque as gotículas geradas pela fala ou tosse de infectados podem permanecer suspensas no ar durante horas. No ar condicionado podem se deslocar por mais de 4 metros. Se houver retorno esse ano, muitos alunos serão infectados e inúmeros trarão carga viral para seus lares. A maioria deles não terá sintomas, mas passará para os pais e pessoas idosas no convívio dos seus lares, além de infectarem outros alunos, funcionários e professores que tenham patologias crônicas e que, assim, poderão sofrer problemas sérios de saúde. Inúmeras escolas particulares de Pernambuco de Pernambuco estão funcionando muito bem com as plataformas online tipo “google meet”. Cabe ao Estado de Pernambuco proporcionar os mecanismos para manter o ensino público por meio dessas plataformas levando a internet para as famílias carentes dos alunos da rede pública. Acredito, firmemente, ser uma medida irresponsável ao enfrentamento da pandemia a reabertura das escolas, públicas

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Fundaj lança abaixo-assinado pelo tombamento do Campus Casa Forte

Fundaj lança abaixo-assinado pelo tombamento do Campus Casa Forte Um abaixo-assinado virtual foi criado pela Fundação Joaquim Nabuco. para que a população apoie o tombamento do campus Casa Forte. A instituição já solicitou oficialmente ao Iphan, no dia 13, e à Secretária Estadual de Cultura de Pernambuco, no dia 10, o tombamento dos edifícios Solar Francisco Ribeiro Pinto Guimarães (imóvel já classificado como Imóvel Especial de Preservação IEP nº151), do Paulo Guerra, sua sede administrativa, e do Gil Maranhão, edifício sede do Museu do Homem do Nordeste, um dos mais importantes acervos de antropologia da América Latina. Para assinar, basta acessar o link https://bit.ly/2ZBSu4k, que está disponibilizado nas redes sociais da instituição. “O tombamento desses prédios representa a preservação da história. A presidência da Casa tem o dever de defender esse rico patrimônio histórico, artístico e cultural. Contamos com o apoio da população nessa causa”, ressalta o presidente da Fundaj, Antônio Campos. Com a inauguração do Complexo Cultural Gilberto Freyre, esclarece, será instalada no Solar a Pinacoteca, com espaço para exposições permanentes e de curta duração. Já nas edificações anexas ao casarão funcionam hoje a Galeria Mauro Mota e a Sala do Conselho Deliberativo (Condir), além de outros espaços utilizados como arquivo para o administrativo e para livros da Editora Massangana. Onde hoje funciona o Condir, será instalado o Memorial Gilberto Freyre. Era nesse espaço que o sociólogo fundador da Fundação Joaquim Nabuco despachava. Quando o Complexo for inaugurado, contará também com a Cinemateca Pernambucana, que está instalada provisoriamente no primeiro andar do Museu do Homem do Nordeste. Para garantir a acessibilidade, mas preservando as características do Solar Francisco Ribeiro, um elevador será montado na parte de trás do casarão. Nessa mesma área serão instalados os equipamentos de climatização que garantirão a preservação de todo o acervo. Erguido no século XIX, o casarão foi o marco zero para a criação do instituto de pesquisas que mais tarde se tornaria a Fundação Joaquim Nabuco. O anexo, onde será instalada a Cinemateca Pernambucana, também terá um elevador garantindo acessibilidade em ambos os prédios. O Edifício Gil Maranhão, prédio de 1960 projetado pelo arquiteto Carlos Falcão Corrêa Lima, tem área total aproximada de 1200 m², é um exemplar notável do modernismo brasileiro. Conta com pavimento térreo e superior e tem a estrutura em concreto armado. A fachada tem como destaque o painel cerâmico Canavial, do artista Francisco Brennand, com um espelho d`água. Também apresenta planos extensos de esquadrias em ferro e vidro e trechos revestidos com azulejos. O edifício está localizado mais ao fundo do terreno de modo a criar um amplo jardim voltado para a Avenida Dezessete de Agosto. Nele, estão instalados, no térreo, o Museu do Homem do Nordeste, o Cinema do Museu e a sala de exposições Waldemar Valente. No piso superior funciona, provisoriamente, a Cinemateca Pernambucana, que será levada para o anexo do Solar Franscisco Ribeiro, dentro do Complexo Cultural Gilberto Freyre. Com a transferência, esse piso superior voltará a expor o acervo do Museu do Homem do Nordeste, que conta com uma reserva técnica de 16 mil peças. Por sua vez, o Edifício Paulo Guerra, da década de 1980 e projetado pelo arquiteto Wandenkolk Tinoco, tem 2.400 m² de área. É composto pelo pavimento térreo e mais duas torres articuladas, cada uma com três pavimentos. Sua estrutura é em concreto armado. Está localizado imediatamente após o conjunto oitocentista do Solar Francisco Ribeiro. Tem características da arquitetura modernista brasileira. No edifício funcionam hoje a Editora Massangana, a Sala Calouste Gulbenkian, a presidência e todo setor administrativo da Fundação Joaquim Nabuco. PROCESSO PARALISADO A suspensão da licença ambiental pela Prefeitura do Recife ao Atacado dos Presentes dado nesta segunda-feira (20) impede o início das obras no terreno de 12,1 mil metros quadrados na esquina no Poço da Panela, Zona Norte da cidade. No despacho, a Prefeitura do Recife solicitou a apresentação de estudo de impacto no Patrimônio Histórico, Cultural e de Mobilidade não contemplados no Relatório Ambiental Preliminar (RAP). O terreno em questão fica a menos de 20 metros do campus da Fundaj em Casa Forte.

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