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Crítica | Por Lugares Incríveis (Netflix)

"Apenas um melodrama adolescente comum." A resposta de Theodore Finch (Justice Smith) ao professor Embry (Keegan-Michael Key) após ser questionado quanto ao seu estado, reflete bem o que é o novo filme da Netflix, Por Lugares Incríveis. A história acompanha Violet Markey (Elle Fanning), uma adolescente de 17 anos que sofre com a perda da irmã, morta em um acidente automobilístico. Violet decide pular de uma ponte, mas é impedida por Theodore, um colega da escola. Desde então, uma forte ligação começa a ser construída entre os dois. Este é sim mais um daqueles melodramas adolescentes no melhor (ou pior) estilo A Culpa É das Estrelas ou Um Amor Para Recordar. Ainda que o gênero tenha público, falta a essas histórias coragem para ousar e fugir do lugar comum. Por Lugares Incríveis é baseado no livro homônimo de Jennifer Niven, que também assina o roteiro ao lado de Liz Hannah (The Post: A Guerra Secreta). A trama até que ousa ao, no primeiro momento, dar destaque ao drama de Violet e, no meio do filme, mudar o foco para Theodore. A segurança demonstrada pelo protagonista no início era apenas uma capa que ocultava traumas do passado que o fazem fugir. Desde então, passa a sofrer bullying na escola e a ser chamado de aberração.     É justamente na metade do segundo ato que os personagens se revelam mais complexos, cheios de camadas. Mas o filme perde a força outra vez na conclusão ao optar por um desfecho clichê e preguiçoso. Elle Fanning e Justice Smith têm até carisma, mas falta química ao casal de protagonistas. Parte por culpa do roteiro que não desenvolve bem a relação entre os personagens. Importantedestacar o belo trabalho de fotografia realizado por Rob Givens. Por Lugares Incríveis tem algumas pitadas de road movie: as cenas na estrada, algumas tomadas aéreas, e de lugares exóticos como um grande lago (que terá certa importância para o desfecho da história) são de encher os olhos. As fragilidades do roteiro e das atuações não ofuscam a importância do filme no sentido de propor a discussão de temas atuais e necessários como o bullying e a depressão. Por Lugares Incríveis está atualmente entre os dez filmes mais assistidos na Netflix.    

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O sucesso da gelada artesanal da Debron

Lançamento de novos estilos, premiações internacionais e investimento na experiência dos seus consumidores foram algumas das fórmulas da DeBron para crescer nos últimos anos. A cervejaria artesanal pernambucana elevou em 71% o volume de vendas em 2019. Em 2020, a empresa projeta um novo salto e já virou o ano com uma novidade que promete reunir cervejeiros e turistas na sua sede, em Jaboatão dos Guararapes: um espaço de eventos e convivência. Pioneira no mercado de cervejarias artesanais em Pernambuco, a DeBron vai completar cinco anos de atividades em junho. O nome significa A Fonte, em holandês, em homenagem à primeira experiência de produção de cerveja no Estado ainda nos dias do Conde Maurício de Nassau. O empreendimento dos sócios Thomé Calmon, Raimundo Dantas e Eduardo Farias começou apenas com chopes, o que formou seu público inicial. Esse produto ainda é responsável por 70% do consumo da marca, sendo distribuídas em mais de 130 chopeiras em terras pernambucanas, na Paraíba e em Alagoas. “Quando começamos não havia ainda esse negócio em Pernambuco. Viajamos o País para conhecer o segmento e trazer as melhores consultorias. Desde o início o mercado de cervejas caseiras começou a se aproximar da gente, participar dos nossos eventos. Os principais cervejeiros artesanais que atuam hoje no Estado estavam nessas farras e se entusiasmaram para abrir os seus negócios”, conta Thomé Calmon. Um ano depois do início da operação, surgiram as primeiras garrafas, em apenas três estilos (larger, golden ale e weizen). Hoje já são 18, sendo alguns sazonais. Para dar conta da variedade de produtos e do aumento de clientes, a fábrica cresceu. A primeira produção foi de 8 mil litros mês. Hoje a cervejaria tem a capacidade instalada de produzir até 130 mil litros mensais. Em 2019, a marca teve picos de produção de 110 mil litros por mês. Apesar dos números impressionarem, não é o volume de produção a principal preocupação da empresa. A DeBron tem um investimento forte em qualidade do produto e na experiência do consumidor final. Participando de concursos no Brasil e no exterior, a marca é a mais laureada entre todas as cervejas artesanais do Nordeste, com seis medalhas nacionais e 16 prêmio internacionais. A imperial stout, que tem em sua composição rapadura e amêndoas de cacau, já venceu a Copa do Mundo das cervejas, o World Beer Awards, em Londres, em 2018, na categoria. “Temos trabalhado muito em qualidade, controles e processos. Trazemos consultorias externas para oxigenar, apontar ideias novas. Esse é o nosso principal investimento hoje”, conta Thomé. Uma característica do segmento, segundo o empresário, é de ter uma atuação marcante num raio de 150 km. Daí, a marca ser forte em Pernambuco, Paraíba e Alagoas. As garrafas da DeBron são encontradas ainda, em menor escala, em São Paulo, Brasília e Fortaleza, via distribuidores. A distribuição em grandes redes de supermercado, como Pão de Açúcar e Carrefour, também contribuiu para robustecer a sua presença junto a um público consumidor mais amplo no País. “A entrada nas gôndolas das grandes redes ajudou muito para a DeBron ser mais conhecida. É uma exposição de marca muito importante”, afirma. Uma novidade no início deste ano foi a inauguração do um espaço climatizado, com capacidade de promover eventos para até 1,2 mil pessoas. “Sempre tivemos o sonho de agregar a fábrica a uma área de convivência em que a gente conseguisse expandir a experiência cervejeira. É um local para as pessoas verem a operação, perceberem que há vida atrás da garrafa e conhecer o processo de fabricação. Teremos experiências de harmonização também. Pretendemos fazer vários eventos, além de locar o espaço para promover a cultura cervejeira. Ser um ponto focal para que as pessoas se reúnam e tomem um bom chope”, planeja. O investimento no complexo cervejeiro foi de R$ 600 mil. Além do espaço para eventos, com vista para os tanques do processo industrial, há ainda uma lojinha, onde são comercializadas as variedades de estilos da marca e alguns sourvenirs típicos da cena cervejeira. A 500 metros do aeroporto e no caminho das praias da Zona Sul, há uma aposta de que o espaço seja frequentado também por turistas. Nos sábados, há visitas guiadas na fábrica para visitantes agendados. Para 2020, o empresário promete que os cervejeiros vão conhecer três novos estilos da marca que estarão nas prateleiras até dezembro. A expectativa de crescimento da empresa para este ano é avançar em 70% no volume de produção e de contratação de pelo menos mais 30% do quadro de profissionais. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Consórcio Nordeste traz novas perspectivas para a região

O Brexit no Reino Unido, a guerra comercial de Estados Unidos x China e os milhares de refugiados das tensões políticas são alguns sintomas de um mundo em "divórcio". Em contraponto ao tempo atual de colisões no cenário nacional e internacional, o Consórcio Nordeste deu, nos últimos seis meses, os primeiros passos de uma coalizão estratégica dos governadores da região. O movimento não é para “o Brasil ser dividido e o Nordeste ficar independente”, como na canção imortalizada pela voz de Elba Ramalho. Mas o casamento das forças políticas dos nove estados é visto como um caminho para atrair investimentos estrangeiros e gerar melhorias na gestão pública. Na análise dos especialistas, esses dois benefícios devem construir oportunidades para os empreendedores da região. Nos primeiros seis meses do Consórcio Nordeste, a ação que mais atraiu a atenção da população e do mercado foi uma viagem conjunta dos governadores para “vender” as oportunidades da região na França, na Itália e na Alemanha. Ao abraçar essa missão, os chefes do executivo fomentaram a comunicação e o fluxo de negócios com investidores estrangeiros. Nessa agenda ficaram claros os principais potenciais de captação de recursos e de realização de negócios para a região. . . “Eles estão muito interessados por parcerias público-privadas. Tem muita gente querendo conversar sobre isso na área de infraestrutura, seja rodoviária ou portuária. A potencialidade do Nordeste de energia limpa é muito grande, é a maior do Brasil. Isso também desperta os investidores da área solar e eólica”, afirmou o governador Paulo Câmara. Ele pontua ainda que os investidores estão de olho nos polos em desenvolvimento já aquecidos do Estado, como o automotivo. “No caso de Pernambuco, na visita à Itália, as perguntas são em torno da Fiat Chrysler Automobiles, por exemplo”. Em 2020, em mais um passo de estruturação dessa coalização de governadores, o grupo inaugurou uma sede em Brasília e monta uma agenda de retorno à Europa. A Espanha, que ficou de fora na primeira missão, deve ser um dos destinos. Outra meta seria o mercado chinês, mas a epidemia do coronavírus adiou os planos. “A China é onde está o dinheiro. É um polo óbvio em que temos que estar presentes. Mas temos que aguardar o desenrolar dessa crise”, afirmou Câmara. De acordo com o presidente do Iperid (Instituto de Pesquisas em Relações Internacionais e Diplomacia) e cônsul da Eslovênia, Rainier Michael, o movimento externo dos governadores é tipicamente de paradiplomacia. Trata-se de uma espécie de diplomacia que corre em paralelo ao poder federal, sendo conduzida pelas autoridades municipais e estaduais. “Há uma série de questões culturais, de turismo e de economia que os Estados podem e devem conversar e que o Consórcio do Nordeste é um caminho muito importante para isso”. . . O cônsul avalia que para potencializar os ganhos econômicos e sociais desse caminho aberto pelos governadores é preciso mais ação da iniciativa privada e mais velocidade na comunicação do Consórcio Nordeste com o corpo diplomático presente na região. “Os empresários têm que ser a locomotiva desse consórcio e trabalhar de forma conjunta com os governadores”. Ele defende que haja uma organização no entorno de entidades representativas como a Fiepe para despertar uma integração empresarial com essa nova estrutura regional. “Tem que ter uma proximidade empresarial e pública para que possamos tirar maior proveito desse processo”. Para o economista Edgard Leonardo, professor do Centro Universitário Tiradentes (Unit) e das Faculdades Integradas Barros Melo (Aeso), além da capacidade de atração de investimentos, a integração poderá resultar em oportunidades de exportação para empresários da região. “Ao fazer essas viagens, é possível oferecer produtos daqui, como carne de frango e frutas. Podemos aumentar exportações para destinos que podem estar sendo negligenciados. Além disso, existe a possibilidade de acertar mercados para produtores que trabalham em menor escala. Muitos pequenos empresários que não têm porte para o mercado externo, podem se unir para ter volume de exportação”. . Apesar das vulnerabilidades climáticas da região, é nos negócios relacionados ao meio ambiente que estão nascendo grandes oportunidades para o Nordeste. A Caatinga, que abriga o semiárido mais populoso do mundo, é alvo de interesse de investimentos estrangeiros. “No Brasil muitas políticas avançaram na Amazônia e na Mata Atlântica nas últimas décadas. No bioma da Caatinga, no entanto, a partir de uma articulação coordenada, há um potencial para garantir recursos para sua preservação e para desenvolver algumas atividades de produção”, aponta o secretário de meio ambiente de Pernambuco, José Bertotti. Ainda na pasta ambiental, as oportunidades relacionadas à produção de energias renováveis são a outra bandeira com maior interesse estrangeiro. Para se ter ideia do potencial desse setor, Pernambuco recebeu, em 2019 o anúncio da empresa hispano-brasileira Solatio Energia que vai investir R$ 3,5 bilhões para construir a maior fazenda de energia fotovoltaica do País. A partir de 2021 vai gerar mil empregos no Sertão durante a sua construção. A capacidade instalada da fazenda solar será de 1,1 GW. “Essa é uma das linhas estruturadoras que o Consórcio Nordeste articula. Há uma política global de enfrentamento das mudanças climáticas, com a necessidade de transformação da matriz energética. No esforço de diminuir o peso dos combustíveis fósseis para as energias renováveis, o Nordeste desponta como grande produtor de energia solar e eólica”, aponta Bertotti. Ele ressaltou que hoje a energia que vem dos ventos já é a fonte de 30% de todo o consumo do Nordeste. “A redução do custo de geração dessas novas fontes de energia deve atrair empreendimentos e grandes fluxos de investimentos. Não só de plantas de captação, mas também indústrias de equipamentos e montagem de placas solares”, prospecta Bertotti. Os alemães seriam os principais interessados em investir nesse setor. Não são apenas os empresários que podem ser favorecidos, os estudantes também devem se beneficiar com essa ação paradiplomática. Inicialmente, o Programa Ganhe o Mundo já atraiu interesse da França, por exemplo. Até então os convênios foram feitos apenas com países de língua inglesa, espanhola e alemã. Tanto o governador como os especialistas entrevistados apontam que essa sinergia internacional

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Nem toda tontura é labirintite

Por Yuri Euzébio* Quando uma pessoa sente “o mundo rodar”, na maior parte das vezes, já pensa logo que está com labirintite. Mas não é bem assim, existem também outras causas que provocam a sensação de tontura e vertigem. Na verdade, até a palavra labirintite é mal-empregada. “Ao pé da letra, esse termo refere-se apenas à inflamação do labirinto, que é uma região interna da orelha ligada às funções de audição e de equilíbrio”, conceitua Alberto Monteiro, otorrinolaringologista do Hospital Jayme da Fonte. O termo correto para o conjunto de enfermidades que afetam o labirinto é labirintopatia. A confusão existe, segundo os otorrinos, porque há um senso comum entre pacientes e até médicos não especialistas de que toda tontura seja labirintite. Há também muita confusão entre vertigem e tontura. De acordo Luiza Gondra, otorrinolaringologista e preceptora do Ambulatório de Otoneurologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, tontura é um termo genérico para a característica em que o paciente percebe o espaço girando, sem a sensação de estar em movimento. Já a vertigem é justamente quando o paciente sente, ele próprio, rodando ou girando, ou seja, uma falsa sensação de deslocamento. Segundo Luiza, os sintomas da labirintopatia estão relacionados, basicamente, a tontura, perda auditiva, zumbido e flutuação da audição, que é quando a audição do paciente fica “flutuando” com dias bons e outros ruins. Se o paciente não apresentar inflamação no labirinto, está descartada a hipótese de ser labirintite. As causas da labirintopatia podem ter diversas origens, que passam por motivos pouco óbvios, como a alimentação. “O consumo abusivo de café, refrigerantes, doces e gordura irrita o labirinto. Infelizmente, poucas pessoas se atentam que uma dieta pouco saudável influencia na manifestação da doença”, alerta Monteiro. Há ainda questões vasculares, que são os problemas de circulação sanguínea na  no cérebro e a obstrução dos vasos que acabam afetando o labirinto. “Entretanto, uma das causas mais comuns é a questão emocional, como ansiedade e estresse, que influenciam no funcionamento dos órgãos causando, como por exemplo, dores de estômago e enxaqueca, mas também podem acabar descompensando o labirinto”, alerta Monteiro, acrescento que em alguns casos pode até provocar a perda de audição. DIAGNÓSTICO O diagnóstico do sintoma da tontura se dá por meio de testes clínico e complementares. “Às vezes, precisamos de alguns exames focados no labirinto, chamados de exame ortoneurológico, além de imagem e laboratoriais para investigar algum distúrbio e, principalmente, um exame físico. Ser avaliado por um médico é imprescindível para descobrir algum indício do que pode ser aquela tontura”, detalhou Luiza. Monteiro chama a atenção para uma averiguação detalhada do paciente. “É preciso fazer uma investigação, com exame de sangue para ver se há distúrbio metabólicos, se é diabético, se o colesterol está alto, identificando qualquer um desses fatores, o tratamento envolve a correção desse indicativo”. “Após investigação com auxílio dos exames otoneurológicos e confirmada a labirintopatia, é indicado o tratamento específico  para o labirinto, que pode ser por meio de medicamentos, correção dos hábitos de vida e até mesmo manobras ou exercícios de habituação do labirinto”, informa Luiza.  Muitas vezes o tratamento é realizado em conjunto com profissionais de outras especialidades, caso seja comprovada alterações como diabetes e hipertensão. Esses especialistas que precrevem os medicamentos em conjunto com uma dieta. A automedicação, segundo a otorrinolaringologista, não deve ser realizada. Apesar de ainda não ser de conhecimento geral, a taxa de incidência dessas doenças é alta. De acordo com os especialistas, algo em torno de 40% a 60% da população tem algum tipo de tontura ou vertigem, acometendo mais os idosos e as crianças. Por isso, se você apresentar algum dos sintomas elencados, procure um otorrinolaringologista.      

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Caminhada apresenta arquitetura neocolonial do Recife

O grupo Caminhadas Domingueiras passeou pelas peças da arquitetura neocolonial no Recife distribuídas na cidade. O estilo, criado entre as décadas de 1910 e 1920, é marcado pela influência da arquitetura colonial e barroca, mas com uma proposta de construir um estilo nacional, fazendo um contraponto à Art Decó e ao eclético. De acordo com o arquiteto Francisco Cunha, que conduziu o percurso, o neocolonial foi vitorioso no País por pelo menos 10 a 15 anos. "É um estilo espremido entre o eclético, do final do século 19, e o moderno. Esse estilo defendia que nós, do Brasil, precisávamos de um estilo nosso, que não é o eclético, que foi importado da França. Começou um debate sobre qual era o estilo brasileiro e se chegou a ideia que o estilo brasileiro era o que recuperava as características do barroco e do colonial", afirmou Francisco Cunha na partida da caminhada. A caminhada partiu da Praça Euclides da Cunha, que fica em frente ao Clube Internacional do Recife. Erguido no estilo neocolonial, o edifício possui como elementos característicos do período como as pilares, colunas, a varanda e as janelas visíveis na sua fachada. . O segundo prédio com estilo neocolonial visitado foi o Memorial de Medicina da UFPE, antiga Faculdade de Medicina. O local foi no passado o Grande Hotel Internacional, obra de Delmiro Gouveia. . Na avenida Rui Barbosa, mais duas antigas residências que guardavam o estilo. Numa delas funciona atualmente o Restaurante Ilha da Kosta. . A caminhada se encerrou no Arquivo Público de Pernambuco, na Rua do Imperador Dom Pedro II. O prédio foi construído inicialmente no estilo colonial, mas numa reforma posterior adquiriu características da arquitetura neocolonial. O espaço, erguido entre 1729 e 1732, no passado abrigou câmara e cadeia. O grupo foi recebido pelo presidente do Arquivo Público Evaldo Costa e o diretor Frederico Carvalho.   . *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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Brasil confirma 25 casos de coronavírus

O Ministério da Saúde confirmou mais seis novos casos de coronavírus no país, totalizando 25 casos até o momento. Dos novos registros, três estão em São Paulo, um em Alagoas, um no Rio de Janeiro e um em Minas Gerais. Cinco desses casos foram de pessoas que se contaminaram fora do país. O outro caso, um dos três de São Paulo, é de uma contaminação local, ou seja, quando é possível identificar a fonte do contágio. Segundo a Secretaria de Saúde do estado, os três novos casos do estado estão estáveis e em isolamento domiciliar. No caso do paciente do Rio de Janeiro, trata-se de uma mulher de 42 anos, moradora no município do Rio, que acompanhou em viagem à Itália uma pessoa já confirmada como positiva para o coronavírus. Ela retornou do exterior na última quarta-feira (4). Os primeiros sinais apareceram no dia seguinte à sua chegada ao Brasil. Essa mulher também está em isolamento domiciliar. Atualmente, 664 casos são considerados suspeitos e outras 632 pessoas já foram descartadas como portadoras do Covid-19. O ministério recebe as notificações de suspeitas das secretarias estaduais de saúde. Da mesma forma, são as secretarias que confirmam os casos, sendo que a contraprova deve ser realizada por laboratórios atestados pelo governo federal. Para combater a doença, as dicas são cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar; utilizar lenço descartável para higiene nasal; evitar tocar as mucosas de olhos, nariz e boca; limpar regularmente o ambiente e mantê-lo ventilado; lavar as mãos por pelo menos 20 segundos com água e sabão ou usar álcool gel. (Da Agência Brasil)

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Número de casos do novo coronavírus chega a 13 no Brasil

O número de casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) chegou a 13 no país. Há ainda 768 casos suspeitos e outros 189 foram descartados pelas autoridades de saúde. O boletim foi divulgado pelo Ministério da Saúde hoje (6), em Brasília. O resultado marca um aumento e cinco pacientes infectados pelo vírus desde o último balanço, divulgado ontem (5). Um dos novos casos foi registrado na Bahia. Uma mulher de 34 anos, residente da cidade de Lauro de Freitas, que teve o diagnóstico depois de viagem pela Itália, onde passou pelas cidades de Milão e Roma. Embora esteja assintomática, ela se encontra isolada em casa, sob observação das autoridades de saúde. Os outros quatro novos casos foram identificados em São Paulo, totalizando dez pacientes com o vírus no estado. Completam a lista um no Rio de Janeiro e um no Espírito Santo. No Distrito Federal um teste acusou a infecção, mas a secretaria de saúde ainda aguarda a contraprova. (Da Agência Brasil)

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Seminário de Olinda e a República de 1817

Homem do século 16, bom cristão, temente à Deus, Duarte Coelho cedo preocupou-se com a fé do seu povo. Muito antes de sua partida para o Brasil, já contratara os serviços do Padre Mestre Pedro da Figueira, que viria a ser o primeiro vigário da igreja matriz do Salvador de Olinda, tendo este recebido o seu primeiro ordenado em 3 de junho de 1534; correspondente a um trimestre, 3$750, a razão de 15$000 ao ano. No âmbito da vila de Olinda foram logo construídas as igrejas de Nossa Senhora do Monte, já existente em 1537, a matriz do Salvador (1536) e a ermida de Nossa Senhora da Graça (1550), esta última erguida pelo próprio Duarte Coelho, sobre o outeiro mais alto da capital da Nova Lusitânia. Com a chegada dos jesuítas Manuel da Nóbrega e Antônio Pires à Olinda (1551), Duarte Coelho fez a doação da ermida de Nossa Senhora da Graça, com todas as terras ao seu redor, aos padres da Companhia de Jesus para que nela fosse fundado um colégio e iniciassem a catequização dos indígenas. Após diversos insucessos, conseguiram os jesuítas abrir o colégio de Olinda, que prestou seus bons serviços, embora não chegasse ao esplendor de outros colégios, nomeadamente o da Bahia. Pregaram missões populares na vila e pelos engenhos. Mas quanto aos índios pouco foi feito, apenas uma ou outra aldeia, durante todo Século 16 no máximo chegando a quatro, incluída a Paraíba, com pessoal muito limitado, não obstante ser a capitania mais povoada do Brasil. As atividades do Real Colégio de Olinda, construído parcialmente com subsídios da Coroa, pagos em açúcar que era comercializado pelos padres jesuítas, só vieram ter início em 1568, como escola elementar, acrescentando-se dois anos mais tarde o curso de latim. Em 1576, na presença do Bispo D. Antônio Barreiros, 3º Bispo do Brasil (1576-1600), foi instalado o curso de Teologia Moral, “em vista ao elevado número de clérigos. Nessa época chegou a contar 92 alunos, dos quais 32 no curso de humanidades e 70 no elementar. Entre seus reitores destacaram-se o padre Rodrigo de Freitas (1568-1572) e o padre Luís da Grã (1577-1589), este último o mais capaz e benemérito dos superiores jesuítas de Pernambuco. Fora das lições de casos, não houve no Colégio de Olinda outros estudos de grau superior, devendo os alunos que os quisessem continuar ir à Bahia ou ao Reino” (Arlindo Rubert, A Igreja no Brasil. v. I. Santa Maria (RS): 1981. p. 61 e 158. p. 251). A antiga ermida construída pelo primeiro donatário foi logo substituída por outra maior. Ainda no século 16, entre 1584 e 1592, os padres da Companhia de Jesus levantaram a igreja atual, de frontispício sóbrio, frontão triangular, cobertura em duas águas e nave única. A capela-mor é ladeada por duas capelas reentrantes, sendo o traçado do templo inspirado na arquitetura da igreja de São Roque de Lisboa, no Bairro Alto. Já nos primeiros anos, os padres da Companhia de Jesus também instalaram no local um Horto Botânico, a fim de aclimatar as primeiras mudas de plantas trazidas de outros continentes para o Brasil (coqueiros, bananeiras, etc.). *Por Leonardo Dantas, jornalista e historiador (Publicado em 08/04/2017)

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Comidas e Territórios - Para celebrar os 120 anos de Gilberto Freyre

Sem dúvida o açúcar e sua civilização fazem um importante território de interpretações sobre o Nordeste por Gilberto Freyre. Contudo o obra de Gilberto no âmbito da comida e do território é muito mais ampliada e quer entender outros sistemas alimentares para assim melhor entender o Nordeste. Diz Gilberto Freyre: “Venho há anos, tentando organizar um mapa culinário do Brasil em que se exprima uma geografia não da fome, mas da velha e autêntica glutoneria brasileira. Que entre nós existe glutoneria, sem deixar de haver fome. Existe a arte da boa cozinha, sem deixar de haver falta ou escassez de carne sangrenta, legume verde e até peixe fresco, para serem cozinhados de gostosas maneiras tradicionais e regionais”. (Mapa Culinário do Brasil in Diário de Pernambuco, anos 1950) Por um mapa que mostre a pluralidade de cozinhas, a biodiversidade entre tantos temas, de sentido e de valor patrimonial^. Do jornal Diário de Pernambuco diz Gilberto: “Um mapa do Brasil fixando as principais especializações regionais da cozinha nacional, começaria com o sarapatel de tartaruga do Amazonas e a sopa de castanha do Pará: o Pará do açaí. Mas não pararia no açaí. Não ficaria no Pará. Viria até o churrasco sangrento do Rio Grande do Sul acompanhado de mate amargo. Incluiria o “barreado” paranaense. O lombo de porco mineiro. O vatapá baiano. O cuscuz paulista. O sururu alagoano. A fritada de caranguejo paraibana. O arroz de cuxá maranhense. O quibebe do Rio Grande do Norte. A paçoca cearense. O pitu pernambucano”. . Gilberto vê a partir de Pernambuco uma diversidade, e busca por um verdadeiro mapa que seja tão complexo quanto possível mostrar as diferentes bases étnicas, que representam a variedade do que é a comida, ou o que é o “comer à brasileira”. Este desejo de Gilberto é atual, tem suas bases na história social e econômica ,e tudo isto se junta aos movimentos midiáticos do nosso século sobre a comida e sua glamourização O fenômeno globalizado da gastronomia no Brasil, e no mundo, aponta tendências, estilos, movimentos de consumo, e da moda que são dominantes no nosso século A comida possibilita reconhecer um povo, um território, pois ela reúne ingredientes identitários, e assim mostra o seu mais profundo sentimento de pertença a uma cultura. Nos anos 1950 Gilberto Freyre quer um mapa culinário do Brasil, para um entendimento de território, de meio-ambiente, de sistemas alimentares, de povos e de culturas. Com certeza, hoje, os conceitos de mapear são muito mais dinâmicos para preservar atualidades que possam acompanhar transformações do meio-ambiente; movimentos de populações, os refugiados das guerras; da intolerância religiosa entre outras expressões sociais globais. Assim, o entendimento de território, de “mapa” e de sistema alimentar deve ganhar uma leitura que possa traduzir os momentos contemporâneos da história e de um mundo globalizado.

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Matrix 4: um reboot, uma nova fase ou apenas fan service?

Antes de mais nada, você tomou a pílula vermelha, meu véi? Vamos conversar sobre um filme que tem gerado muita expectativa e também revolta entre os fãs de uma das franquias mais 'extrapower do pipoco de zion'. Aclamada pelo público nerd e geek, como também acadêmicos, Matrix Influenciou a cultura pop, a maneira de pensar personagens, coreografias de combate, os efeitos especiais, técnicas de filmagem, e, também, mostrou nas telas do cinema uma reflexão sobre nossa existência. Sim, falo da trilogia de ficção científica idealizada e produzida pelas irmãs Lilly e Lana Wachowski, criadoras de não apenas dos filmes, mas do universo The Matrix.   Ver essa foto no Instagram   Uma publicação compartilhada por ???? к/т "Юнион" ???? (@union_nrb) em 4 de Mar, 2020 às 5:05 PST Atualmente, nas redes sociais, é possível observar todo um frenesi de fãs 'virados na gota serena' postando imagens e vídeos de cenas do quarto filme, que está sendo rodado na cidade de São Francisco, no norte da Califórnia, Estados Unidos. Alguns gritam de êxtase, outros ficam apreensivos com a possibilidade de ser desintegrado do legado da Matrix. Tome #matrix4!  Mas falamos de um filme que não chamou atenção do público em sua época, antes de seu lançamento. Falo dos final dos anos de 1990, 'home-rapaz'. Naquele período, tínhamos pouquíssimos vídeos, imagens. Para ver um trailer, você ralava até ‘perder o couro’ por causa da conexão de internet que era lenta que só 'a murrinha'. Poucos ‘cabras da peste’ e ‘marias bonitas’ passavam horas na frente do PC para esperar o carregamento do ‘danado’ do vídeo, muitas vezes no formato .MOV e, assim, poder assisti-lo, isso tudo fazendo figa, meu véi. Era o mundo em 1999, monitores de tubo, sem Google, Youtube, Facebook ou Instagram, você precisava ser nerd com 'mindset elevado ao cosseno de teta' para navegar na web e encontrar assuntos ou conteúdos interessantes, principalmente os que eram extrapowers.  The Matrix foi lançado no dia 31 de março de 1999, nos Estados Unidos, e posteriormente, em 21 de maio do mesmo ano no Brasil. Antes da estreia não havia publicação de postagens, comentários nos aplicativos de ICQ ou MSN Messenger na quantidade que vemos hoje. Falo de uma época em que ainda nem existia o hoje falecido Orkut. Não haviam fãs antes do lançamento, e muitos dos possíveis adoradores foram ver a película de tons esverdeados sem pretensão alguma. Eu fui um deles.  Keanu Reeves não tinha a fama que possui hoje, uma imagem que foi explorada até no filme Sonic (2020). Falando nos Games e no Oscar, os danados estão tirando uma casquinha 'da cebola' da 'aura' e do 'Chi' do ator (Se não tomou a pílula vermelha, vá tomar para continuar lendo). Acredito que é a única pessoa que encarnou dois personagens que não existiam nos quadrinhos nem em livros, filmes e que viraram marca. Os dois personagens, interpretados por Reeves, estão sendo usados em todo tipo de produto off-line e on-line: Neo, da trilogia Matrix, e John Wick, da franquia de mesmo nome.   Mas o que esperar de The Matrix 4, depois do que ocorreu no final da trilogia? Cuidado com spoiler do último filme (pois ainda tem pessoas que podem não  ter assistido, de maneira inacreditável). Em Matrix Revolutions (novembro de 2003), Trinity (Carrie-Anne Moss) morreu e Neo ficou cego no mundo real. Os dois são os únicos a verem o brilho do sol acima das nuvens, pois a natureza tinha sido completamente devastada pelas guerras entre os humanos e as máquinas antes da criação da primeira versão da Matrix.    Ele negociou a paz entre humanos e as máquinas com o Deus Ex Machina, uma espécie de interface central da Cidade das Máquinas. Para isso Mr. Anderson (Neo no mundo real) prometeu que acabaria com o vírus do agente Smith dentro da Matrix. Neo consegue vencer a luta sem usar os golpes e poderes 'sobrenaturais' que ele tem dentro do Sistema. Simplesmente cria uma conexão direta de Smith com o Deus Ex Machina. No final do terceiro filme (na verdade a última parte do segundo), aparentemente Mr. Anderson morre e é levado para algum lugar na cidade das máquinas, conseguindo criar um bug inesperado no processo de ‘looping do infinito’ da Matrix. Traduzindo, ele libera humanos e reinicia o sistema de forma diferente do programado pelas máquinas. Muitos não gostaram do final, eu particularmente não gostei tanto, mas entendi que o herói só é visto assim porque se doa por uma causa maior, e Neo terminou optando em salvar a humanidade, pois seu amor já tinha falecido. Mas poderia ter sido diferente, poderia ser do tipo 'eu sou Neo'.  Isso se torna até contraditório, pois ele causou um problema inédito no Sistema por renegar seu papel de escolhido para salvar a humanidade, optando por evitar a iminente morte de Trinity em Matrix Reloaded (maio de 2003). Sim, pense numa 'mulé virada no mói de coento' a Trinity, tinha esse negócio de depender de homem não: bonita, inteligente, hacker, pilota de moto e helicóptero, mestra em arte marcial, subcapitã da Nabucodonosor, pense numa extrapower, que 'dá um caldo' nos inimigos e policiais logo nas primeiras cenas do filme de 1999.   Nas teorias desenvolvidas por fãs da franquia, uma delas narra que tudo que vimos relacionado ao mundo real é, na verdade, outra camada da Matrix, ou seja, os humanos não acordaram, continuam fazendo aquilo programado pelas máquinas. Essa teoria estabelece um pensamento de que as máquinas, no esforço de aperfeiçoar o programa de controle da humanidade, teriam percebido que seria necessário uma simulação de uma versão da realidade para que alguns homens e mulheres, os dissidentes, pudessem achar que conseguiram sua liberdade, habitando a cidade de Zion e, desta maneira, terminaram por ajudar na atualização da Matrix. Seria por isso que Mr. Anderson conseguia parar e destruir as Sentinelas, robôs sanguinários e espiões na imensidão do mundo real, o simulacro, o Escolhido já tinha um caminho a seguir.   Entretanto, mesmo achando isso possível, discordo

Matrix 4: um reboot, uma nova fase ou apenas fan service? Read More »