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Pernambuco precisa investir R$ 15,2 bilhões em saneamento até 2033

Um estudo realizado pela KPMG para a ABCON revela quais são as demandas de investimento por estado no saneamento para os próximos 14 anos, a fim de atender às metas de universalização do Plansab – Plano Nacional de Saneamento Básico até 2033. Pernambuco precisaria investir R$ 15,24 bilhões no período (R$ 1,08 bilhão por ano) para atingir as metas estabelecidas pelo Plansab. Esse total inclui obras em ampliação de extensão de redes, adutoras, construção de estações de tratamento de água e esgoto, elevatórias, reservatórios, ligações de água, cisternas, poços artesianos, redes coletoras de esgoto, coletores- tronco, ligações de esgoto e tanques sépticos. A região Sudeste, mais populosa, é a que mais demandará investimentos (R$ 175 bilhões para o período), seguida do Nordeste (R$ 135 bilhões). Os números gerais do estudo, sem o detalhamento dos estados, já haviam sido divulgados. Segundo a pesquisa da KPMG, o Brasil precisa de um investimento de R$ 497 bilhões para os próximos 14 anos para universalizar o saneamento no país, ou R$ 35,5 bilhões ao ano. Os valores são mais de três vezes o investimento realizado em 2017 (R$ 10,9 bilhões, segundo o SNIS, Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento). Se forem considerados os custos para compensar a depreciação de ativos, o investimento total no saneamento chega a R$ 700 bilhões, ou cerca de R$ 50 bilhões/ano (cinco vezes a média investida por todo o setor nos últimos anos). Outro estudo, realizado pelo Instituto Trata Brasil, mostra que o país deixa de gerar R$ 1,2 trilhão em benefícios econômicos e sociais ao deixar de investir o necessário na infraestrutura de água tratada e esgotamento sanitário.

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Cais do Sertão realiza Odisseia sertaneja na primeira edição de 2019 do projeto Uma Noite no Museu

A Secretaria de Turismo e Lazer do Estado de Pernambuco, por meio do Centro Cultural Cais do Sertão, realiza, nesta hoje (21), mais uma edição do projeto Uma Noite no Museu, que já recebeu, ao longo dos anos, inúmeras escolas da Região Metropolitana. Na edição deste mês, o primeiro encontro será dedicado à produção de trabalhos e aprofundamento da cultura local sob a ótica da Odisseia Sertaneja. As atividades começam às 17h, com a presença dos alunos da Erem Maria Vieira Muliterno, de Abreu e Lima, responsáveis por desenvolver material acerca do tema “criar”. O projeto sempre acontece na última terça-feira de cada mês. A entrada é gratuita e o centro cultural ficará disponível para visitação até as 20h. Promovendo a participação de oito escolas, a iniciativa do museu em parceria com a Secretaria Estadual de Educação de Pernambuco abraça, neste primeiro encontro, a força e a sensibilidade criadora do sertanejo em sua produção cultural. Durante a execução da Odisseia Sertaneja, os estudantes poderão expressar, por meio de performances, pintura e de monólogo sobre a arte sacra, as diversas possibilidades de criação do nordestino. Ao final das apresentações, os trabalhos serão avaliados por equipe do Cais do Sertão. “O projeto Uma Noite no Museu permite explorar o potencial artístico dos estudantes da Região Metropolitana do Recife. Este projeto do Cais é muito especial, por buscar, sobretudo, a valorização de nossa cultura e a integração dos alunos com nossas tradições e valores”, destaca o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes. Às próximas edições do Uma Noite no Museu terão como tema: a arte das rendeiras, a esperança do sertanejo e a devoção à Virgem Maria. Obras como “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto; “O auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna; “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, e “Os Sertões”, de Euclides da Cunha serão reverenciadas ao longo do ano pelos estudantes. O projeto Uma Noite no Museu tem entrada gratuita. Para assistir as apresentações, o público deve chegar ao Cais antes das 17h, horário de fechamento do centro. As performances dos estudantes começam em seguida. SERVIÇO: Uma Noite no Museu - Odisseia Sertaneja, com alunos da Erem Maria Vieira Muliterno. Terça (21), a partir das 17h, no Cais do Sertão (Av. Alfredo Lisboa, s/n, Recife Antigo. F.: 3182-8266)

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Mostra de Cinema Esloveno no Cinema da Fundação

A Fundação Joaquim Nabuco, por meio do Cinema da Fundação, em parceria com a Embaixada Eslovênia no Brasil e o consulado do país em Pernambuco, realiza na próxima quarta-feira (22) a abertura da Mostra de Cinema Esloveno. A exibição acontecerá no Cinema do Museu, no campus Casa Forte. Oito filmes serão exibidos durante a mostra, começando com o O inimigo da turma, de Rok Bicek, que em 2014 foi selecionado como representante do país à edição do Oscar 2014, organizada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. A mostra é gratuita e será aberta às 20h. O filme, inspirado em eventos que ocorreram na escola secundária de Rok Bicek, é um estudo sobre a psicologia de grupo e a necessidade de encontrar um inimigo comum em momentos de crise. Conta a história de jovens que se unem contra um professor após uma colega de sala se suicidar. Também farão parte da mostra Feliz para morrer, de Matevž Luzar, Ivan, de Janez Burguer, Siska Deluxe, de Jan Cvitkovic, Pânico, de Barbara Zemljic, Fazendo da nossa maneira, de Miha Hočevar, Uma viagem, de Nejc Gazvoda, e Sonata Silenciosa, de Janez Burguer. Para a coordenadora do Cinema da Fundação, Ana Farache, a exibição é uma oportunidade de trazer o audiovisual esloveno para o Recife. “A Mostra do Filme Esloveno é uma oportunidade ímpar que estamos oferecendo ao público do Cinema da Fundação. É um raro e imperdível momento para apreciadores do cinema produzido no leste europeu. Estamos agradecidos e entusiasmados com a essa parceria com a embaixada e consulado da eslovênia. A mostra está linda e instigante”, destacou. Cônsul da República da Eslovênia em Pernambuco, Rainer Michael, essa é a primeira mostra do cinema do seu país na região Nordeste. “Estamos muito felizes pela acolhida feita pela Fundaj. Esse evento tem uma grande força em estimular o cinema jovem que está sendo estabelecido na Eslovênia. A certeza é de que devemos expandir esse tipo de ação.”, afirmou. De acordo com Michael, a mostra será ponte entre o Brasil e a Eslovênia. “Estamos oferecendo um intercâmbio com a sétima arte entre os países. Uma verdadeira troca de experiências. O nosso objetivo é abrir uma visão diferente no cinema, de acordo com cada cultura”, afirmou. Cinema esloveno A história do cinema esloveno, segundo os pesquisadores, é composta de uma série de filmes livres de tendências que influenciaram o cinema em diversos países. O primeiro documentário esloveno foi feito apenas alguns anos após a invenção da câmera cinematográfica. O cinema do país teve grande expansão após Segunda Guerra Mundial. É dessa época o primeiro longa-metragem esloveno, On Our Own Land, dirigido por France Štiglic. Os diretores responsáveis pelos filmes mais importantes na história do cinema esloveno são Matjaž Klopčič e Boštjan Hladnik com os filmes A Story That Doesn’t Exist (1967) e Dancing In The Rain (1961), respectivamente. Confira abaixo a programação completa: Mostra de Cinema Esloveno 22 a 26 de maio de 2019 Inimigo da Turma (Eslovênia,2013) Ficção. De Rok Biček. Com Igor Samobor, Natasa Barbara Gracner, Tjasa Zeleznik. Quando Sabina, uma menina introvertida do colégio, comete suicídio, seus colegas de turma culpam o novo professor de alemão pela sua morte. A relação entre eles torna-se extremamente tensa e os debates sobre a vida, cada vez mais fervorosos. 112 min | 14 anos Feliz para morrer (Eslovênia, 2013) Ficção. De Matevž Luzar. Com Evgen Car, Milena Zupancic, Vladimir Vlaskalic Ivan é um professor de música aposentado e, aos 70 anos, está cansado de tudo. Ele compra uma túmulo e entra num asilo para esperar a morte em paz. Porém, dentro da casa de repouso, ele redescobre a sua paixão pela vida. Ivan (Eslovênia,2017) Ficção. De Janez Burger. Com Marusa Majer, Matjaz Tribuson, Leon Lucev.Depois de dar a luz a um filho ilegítimo, Mara é persuadida por Rok, seu amante, para ir à Itália com o bêbe conseguir dinheiro, prometendo a ela um futuro brilhante. Mas, no meio do caminho ela terá que escolher entre o seu namorado magnata ou o filho recém nascido. 95 min | 16 anos Siska Deluxe (Eslovênia, 2015) Ficção. De Jan Cvitkovič. Com Ziga Födransperg, Marko Miladinovic, David Furlan. Aos 30 anos, três amigos de infância nunca conseguiram sucesso com seus empreendimentos, devido à imaturidade. Quando a tia de um deles morre, deixando uma pequena propriedade comercial para trás, eles decidem abrir uma pizzaria, e as coisas começam a mudar. 108 min | 12 anos Pânico (Eslovênia, 2013) Ficção. De Barbara Zemljič. Com Janja Majzelj ,Grega Zorc , Vladimir Vlaskalic. Buscando dar mais emoção à vida, Vera, aos 30 anos, inicia um caso extraconjugal. Mesmo perdendo o marido, o emprego e, também o amante, ela acha que deve recomeçar e se divertir independente das consequências. 103 min | 14 anos Fazemos da nossa maneira (Eslovênia, 2010) Ficção. De Miha Hočevar. Com Matevz Stular, Jurij Zrnec , Tadej Koren Smid. Nas férias de verão, Alex e seus amigos vão acampar próximo ao Rio Soca, na Eslovênia. Ao chegar na floresta, eles conhecem o irritante chefe dos escoteiros, que os fará competir e aprender a pensar sobre a vida, o amor e a natureza de outras formas. 97 min | Livre Uma Viagem (Eslovênia,2013) Ficção. De Nejc Gazvoda. Com Luka Cimpric, Jure Henigman, Nina Rakovec.Três amigos embarcam em uma viagem pela estrada, como fizeram na escola, mas as coisas mudaram. Gregor vai em uma missão de guerra, Ziva vai estudar no exterior, enquanto Andrej permanece sendo o mesmo. Mas há muitos segredos que nunca foram ditos. 85 min | Livre Sonata Silenciosa (Eslovênia,2010) Ficção. De Janez Burger. Com Leon Lucev, Marjuta Slamic, Luna Zimic Mijovic. Após ter a esposa morta, Stevo fica com seus filhos numa casa demolida esperando por outro ataque. Quando ele menos espera, uma caravana chamada Circus Fantasticus chega na sua propriedade trazendo uma surpresa. 75 min | Livre

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Virada que alivia o Sport, ascensão do Náutico e momento difícil do Santa

*Houldine Nascimento O Sport estava a alguns minutos de uma crise. Em jogo realizado no domingo (19), o time pernambucano perdia para o América-MG por 1 a 0 até os 45 minutos do segundo tempo, quando Elton sofreu pênalti ao quase ter a cabeça decepada por Pedrão. Guilherme cobrou e empatou. Poucos minutos depois, Hyuri virou para o Leão. Antes dessa virada relâmpago, o Leão jogava muito mal. Na primeira etapa, Mailson salvou a meta rubro-negra ao menos três vezes. Em um dos lances, foi buscar no ângulo um chute de Felipe Azevedo, ex-Sport. A vitória em Belo Horizonte dá um respiro ao trabalho de Guto Ferreira e faz o Leão ir ao sétimo lugar da Série B com seis pontos. O alívio é grande na Ilha do Retiro, mas o desempenho da equipe tem deixado bastante a desejar, especialmente para quem iniciou a competição como um dos favoritos ao acesso. SÉRIE C – Náutico e Santa Cruz tiveram resultados distintos nesta rodada. O Timbu foi a Campina Grande, no sábado (18), e desbancou o Treze. O único gol da partida foi marcado por Matheus Carvalho, aos 20 minutos, e fez o Náutico subir para o terceiro lugar do grupo A com seis pontos. Sob o comando de Gilmar Dal Pozzo, o Alvirrubro já conseguiu dois resultados positivos: o primeiro deles na quarta-feira passada (15) ao ganhar do Campinense por 2 a 0 e garantir uma vaga na fase de grupos da Copa do Nordeste de 2020. Já o Santa Cruz decepcionou mais uma vez seus torcedores ao apenas empatar com o Sampaio Corrêa por 3 a 3, no Arruda, também no sábado. O Tricolor pernambucano ficou três vezes à frente do adversário no placar, mas cedeu o empate. O resultado teve como consequência a demissão do técnico Leston Júnior, que vinha fazendo um trabalho irregular. Hoje, o Santa é o lanterna do grupo A da Série C com três pontos. *Houldine Nascimento é jornalista

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Em visita à China, Mourão reativa comissão sino-brasileira

O vice-presidente Hamilton Mourão está na China esta semana, onde presidirá a quinta edição da reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), na quinta-feira (23), em Pequim. Ele também será recebido pelo presidente chinês Xi Jinping e ainda terá compromissos em Xangai, um dos maiores centros econômicos do país asiático. Instituída em 2004, a Cosban é o principal mecanismo de coordenação da relação bilateral entre o Brasil e a China e é comandada pelos vice-presidentes dos dois países. A comissão, no entanto, não se reúne desde de 2015. Em recente entrevista à TV Brasil, Mourão disse que ideia é resgatar e reorganizar a Cosban para fortalecer a cooperação econômica. O vice-presidente informou que a reunião também vai servir como preparativo para a viagem do presidente Jair Bolsonaro à China no segundo semestre, provavelmente em outubro.“Vamos procurar dar uma mensagem política ao governo chinês e, ao mesmo tempo, nosso posicionamento em relação à iniciativa Belt and Road (Cinturão e Rota), uma nova plataforma que o governo chinês, ao longo dos últimos cinco anos, vem buscando colocar no comércio mundial”, afirmou. A iniciativa Um Cinturão, uma Rota (One Belt, One Road), também chamada de A Nova Rota da Seda, foi lançada em 2013 pelo presidente chinês Xi Jinping e visa promover acordos de cooperação para desenvolver projetos de infraestrutura, comércio e cooperação econômica na comunidade internacional. Principal parceiro A China é, desde 2009, o principal parceiro comercial do Brasil. A corrente de comércio bilateral alcançou, em 2018, US$ 98,9 bilhões (exportações de US$ 64,2 bilhões e importações de US$ 34,7 bilhões). O comércio bilateral caracteriza-se por expressivo superávit brasileiro, mantido há nove anos, e que, em 2018, atingiu o recorde histórico de US$ 29,5 bilhões. No ano passado, os principais produtos exportados pelo Brasil foram soja, combustíveis e minérios de ferro e seus concentrados. Já os principais produtos chineses importados pelo Brasil foram plataformas de perfuração ou de exploração, dragas, produtos manufaturados em geral, circuitos impressos e outras partes para aparelhos de telefonia. Segundo dados do Ministério da Economia, até 2018 a China acumulava estoque de US$ 69 bilhões de investimentos no Brasil, em 155 projetos, especialmente nos setores de energia (geração e transmissão, além de óleo e gás), infraestrutura (portuária e ferroviária), financeiro, de serviços e de inovação. Além da visita do presidente Jair Bolsonaro à China, no segundo semestre, o presidente chinês Xi Jinping virá ao Brasil para participar da 11ª Cúpula do Brics, grupo de países que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que ocorrerá nos dias 13 e 14 de novembro.

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Tecnologia transforma o cotidiano de hospitais e a formação de alunos

Quem passa, hoje, em frente a salas de aula de algumas instituições de ensino pode se espantar e imaginar que alunos e professores estão no auge de uma brincadeira. Na Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), por exemplo, é possível encontrar estudantes e docentes jogando videogame. Mas, na verdade, trata-se de uma aula sobre como atender uma pessoa com acidente vascular encefálico (AVE). Na Faculdade de Odontologia da USP de Bauru (SP), está em fase de experimentação o uso de realidade virtual para aprender a aplicar anestesia. Esses são apenas dois exemplos de como a aprendizagem na área de saúde está passando por profundas mudanças. O assunto foi debatido durante o Cidades Algomais FPS 2019, evento que teve como tema central A Educação do Futuro – Inovação e Tecnologia na Formação de Profissionais de Saúde. Realizado pela Algomais e Rádio CBN Recife, aconteceu dia 6 de maio, no Teatro RioMar e patrocínio da Faculdade Pernambucana de Saúde e apoio da Rádio Globo Recife, Hotéis Pernambuco, Luck Viagens e Shopping RioMar. Segundo especialistas, inovações na maneira de dar aulas são fundamentais não só para despertar o interesse dos alunos desta era tecnológica, como também para prepará-los para as transformações no ambiente de trabalho. A tecnologia cada vez mais vai transformar o futuro das profissões de saúde. Algumas vão desaparecer, outras serão substituídas e todas as restantes vão sofrer, sem exceção, modificações importantes na sua prática. “Precisamos preparar esses jovens para exercerem suas profissões por mais de 30 a 40 anos, no mínimo. Mas, se oferecermos um aprendizado semelhante àquele com o qual nos formamos, estaremos condenando esses jovens ao fracasso profissional”, sentencia Gilliatt Falbo, coorndeador acadêmico da Faculdade Pernambucana de Saúde. “O acesso imediato às informações, o uso da simulação realística, a realidade aumentada, a inteligência artificial, os vídeos, os games educacionais, tudo isso vai mudar o perfil do profissional de saúde do futuro”, alerta. Na verdade, o perfil do estudante já é bem diferente de anos atrás. Hoje as pessoas conseguem aprender e ter acesso, a qualquer momento, a uma quantidade grande de conteúdo organizado e gratuito. “Essa situação não tem precedentes na história e gera várias possibilidades”, constata o futurista Luiz Candreva, head de inovação e transformação digital do Hub São Paulo. Candreva, que será palestrante do Cidade Algomais FPS, exemplifica esse novo momento com um artigo do Fórum Econômico Mundial que destacou o feito de um garoto de 16 anos: ele descobriu que perfurando uma semente de milho de uma determinada forma, faz com que a planta cresça mais forte, gere mais frutos, seja mais resistente a pragas e dure mais tempo. Perguntaram ao garoto como fez essa descoberta e ele respondeu dizendo que assiste ao Youtube desde os 6 anos e leu muita coisa sobre esse tema na web. “Um moleque de 16 anos bateu todos os agrônomos do mundo que recebem financiamentos polpudos para pesquisas de desenvolvimento da melhoria do milho. Isso é característica dessa geração que tem acesso à informação e um modelo mental que gera esse desejo de protagonismo, de fazer a coisa acontecer”, analisa o futurista. Instituições de ensino também precisam ficar alertas para a velocidade com que acontecem todas essas mudanças. Ao contrário de um tempo atrás, quando todo um processo ao longo do tempo levava a uma transformação, hoje ela acontece de forma instantânea, imediata e impactante. É a chamada disrupção, que atinge desde taxistas, com os aplicativos de compartilhamento de carros, a hotéis com a chegada do Airbnb. Por isso, a educação, hoje, precisa levar o aluno a adaptar-se às constantes transformações. “Como diria Alvin Toffler, o grande lance do futuro é ensinar as pessoas a aprender e desaprender e aí elas podem se moldar de acordo com as mudanças que vêm pela frente”, ressalta Candreva. Atitude que, segundo Falbo, o próprio professor também deve se apropriar. E, também fazendo uma citação, desta vez, do sertanejo existencialista Riobaldo, personagem de Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, reforça: “Mestre é aquele que, de repente, aprende”. E essa grande quantidade de informações disponíveis na web acabou também por impactar o paciente que, hoje, chega ao consultório munido de muitos dados sobre seu estado de saúde. “A tendência é as pessoas escolherem junto com seu médico o que é melhor para elas”, estima Falbo. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL Mas, em meio a essa profusão de dados, já não é mais possível a um profissional estar atualizado sobre todo o conhecimento relativo à sua área de trabalho. Há uma produção exponencial de informações, de artigos científicos, sendo impossível a um ser humano acompanhar. Mas todas essas informações podem ser acessadas a qualquer momento e lugar pelo smartphone. Mais que isso: já existe inteligência artificial capaz de acumular toda essa informação e subsidiar o médico num laudo. É o que faz o sistema Watson, da IBM. Fala-se que, num futuro breve, o paciente entrará numa tomografia computadorizada e, ao sair, já terá o diagnóstico feito pela máquina. Uma transformação ainda maior está em curso com a popularização dos wearables, as chamadas tecnologias vestíveis, dispositivos tecnológicos que podem ser utilizados pelas pessoas como vestuários. Hoje, por exemplo, existem relógios que monitoram índices como a taxa de glicemia e os batimentos cardíacos. “Mas, no futuro, o aparelho fornecerá informações de oximetria (volume de oxigênio transportado pelo sangue) e vai transmiti-las para o médico. Também vai monitorar a curva glicêmica, fornecer gráficos sobre a variação da glicemia no organismo e avisar o paciente quando deve tomar a insulina”, vislumbra Falbo. Acredita-se também que o médico, com o uso de óculos de realidade virtual, verá acima da cabeça do paciente seu prontuário, com todos os dados sobre sua saúde. Engana-se, porém, quem pensa que essa quantidade de aparelhos e aplicativos tornará a medicina mais fria e desumana. Com as máquinas fornecendo todas essas informações, o profissional de saúde será dispensado de várias tarefas e poderá se dedicar com mais exclusividade para conversar e dar atenção ao paciente. Quem viver, verá. *Por Cláudia Santos, editora da Revista Algomais

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Realidade virtual, games e bonecos viram recursos pedagógicos

Recursos de aprendizagem criativos, lúdicos e que parecem saídos de um filme de ficção científica começam a ser incorporados pelos cursos da área de saúde. Alguns não são necessariamente uma novidade, mas ganharam um alcance inimaginável com o advento das novas tecnologias. É o caso da imersão, muito utilizada no ensino de idioma, em que os alunos viajam para outro país e aprendem uma nova língua imersos no cotidiano de outra cultura. Ou por estudantes de arqueologia que aprendem o conteúdo estudado em visita a sítios arqueológicos. Mas a imersão também é uma maneira de formar o profissional sem causar prejuízos a vidas humanas. Pilotos de avião, por exemplo, treinam numa primeira etapa em simuladores de voo, antes de dirigir, de fato, uma aeronave. “A educação imersiva coloca o aluno diretamente com o conteúdo da aprendizagem. Uma coisa é o aluno ouvir ou assistir explicações sobre determinado assunto. Outra, é experienciar esse conteúdo”, diferencia Romero Tori, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e palestrante do CAM FPS. O mesmo conceito começa a ser empregado na formação de profissionais de saúde a partir das novas tecnologias. Com o uso de óculos de realidade virtual, é possível simular ambientes hospitalares, consultórios e pacientes com grande realismo e baixo custo. Além de permitir a simulação de procedimentos, como uma cirurgia, a tecnologia imersiva também possibilita vivenciar as consequências de erros, como por exemplo, atingir uma artéria, durante a operação, causando uma hemorragia. “Os alunos vão poder repetir as ações até se sentirem aptos”, salienta Tori. Outra vantagem é que todas as ações do aluno poderão ser gravadas e analisadas posteriormente pelos professores e pelo próprio estudante. “Isso traz impacto na qualidade do profissional formado que, ao fazer seu primeiro atendimento com o paciente real terá a segurança e a habilidade de quem já fez aquilo antes”, analisa o professor. Tori é coordenador do Laboratório de Tecnologias Interativas da Poli-USP, onde desenvolve, junto com alunos e professores de várias áreas, projetos de educação imersiva. Uma das criações é o simulador para treinamento de anestesia odontológica, desenvolvido em parceria com a Faculdade de Odontologia da USP de Bauru. Ao usar óculos de realidade virtual, o aluno entra num ambiente de consultório, podendo observar a boca do paciente. “A simulação não é só visual, colocamos uma seringa na mão do estudante e ele sente a resistência da mucosa bucal quando introduz a agulha, dando mais realismo”, explica Tori. Isso é possível por meio de um dispositivo háptico (tátil), ao qual a seringa é acoplada e que produz um retorno de força que é controlado por computador. “Todo procedimento é gravado e avaliado pelo sistema. Só que é uma gravação não em forma de vídeo, mas em realidade virtual. Quando o aluno ou o professor forem observar o que foi realizado, vai ser como se estivessem num ambiente real, podem revivenciar o treino”, acrescenta Tori. Ele coordena outro projeto em parceria a Faculdade de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto para treinar a coleta de sangue num ambiente hospitalar. “Nossas próximas pesquisas vão envolver a simulação de emoções nos pacientes virtuais. Eles vão reagir com expressão de dor, medo ou susto, de acordo com as ações do treinando. Também vamos introduzir o uso da inteligência artificial para avaliar com precisão o desempenho do aluno e orientá-lo como se aprimorar”, planeja Romero Tori. PARECE REALIDADE A simulação, na verdade, é um recurso que vem sendo utilizado na formação de profissionais de saúde, antes mesmo da introdução das novas tecnologias. Instituições como a FPS, treinam seus alunos com manequins que guardam uma impressionante semelhança com humanos e apresentam órgãos internos muito parecidos com os das pessoas reais. Também pode-se recorrer a atores que interpretam o papel de paciente com todas as suas reações aos procedimentos a que é submetido. “Poder oferecer ao profissional de saúde a oportunidade de treinamento em um ambiente que não oferece riscos aos pacientes é fundamental. Essa oportunidade de repetição da prática é condição básica para uma boa capacitação”, reconhece Brena Melo, obstetra do Imip e professora da FPS. A médica, que fará palestra sobre o tema no CAM FPS, ressalta que a simulação também pode ser utilizada como uma forma de avaliação ainda mais completa do que um simples teste convencional. “Podem-se analisar todas as competências necessárias a um bom profissional: cognitiva (saber o que deve ser feito), habilidades técnicas (saber como deve ser feito) e atitudes (fazer utilizando critérios éticos, empatia, trabalhando em equipe)". Outra vantagem da simulação é poder treinar o profissional de saúde numa situação rara, vista poucas vezes no dia a dia. Mas também em situações nem tão raras, nas quais a equipe hospitalar precisa estar muito bem treinada e apta para conduzir de maneira adequada o atendimento. “É o caso da hemorragia pós-parto, que acontece com uma certa frequência na maternidade e toda a equipe precisa estar muito bem engrenada na assistência à paciente”, exemplifica Brena. Nesse arsenal pedagógico há espaço até para – quem diria! – o videogame. Os games educativos são jogos digitais que têm o objetivo de formar e desenvolver competências, não apenas de entretenimento. A relação positiva deles com a aprendizagem vem sendo muito estudada nas últimas décadas. “O desafio e a curiosidade presentes nessa ferramenta são aspectos que contribuem para a concentração e dedicação às tarefas”, informa Taciana Duque, coordenadora do Curso de Medicina da FPS. Segundo a médica, estudos têm demonstrado que os jogadores de videogames são capazes de realizar trabalhos que requerem tomada de decisões com mais rapidez do que os não jogadores. Para profissionais como médicos, possibilitam o desenvolvimento de competências essenciais para sua atuação, como o pensamento estratégico e analítico, a capacidade de resolução de problemas e a formulação e execução de um plano de ação. Diante de tantos benefícios, Taciana e os também docentes da FPS Luciana Lima e Raphael Bruno, se renderam às vantagens da ferramenta e desenvolveram o game Um bom dia para salvar vidas. O intuito é treinar profissionais para atender

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Prefeitura do Recife implanta quatro novas rotas cicláveis na cidade

A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) e da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), realizará, até julho, a implantação de quatro novas rotas cicloviárias na cidade. Batizadas de João Medeiros, Visconde de Jequitinhonha, Várzea e Maurício de Nassau, elas vão ter, no total, 12 km extensão. As novas rotas estão em consonância com o Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana do Recife (PDC/RMR) e farão conexão com a malha cicloviária já existente, beneficiando as zonas Sul e Oeste da cidade. Com isso, Recife passará a contar com 82 km de rotas cicláveis, representando um aumento de mais 240% na extensão dos corredores permanentes, que era de 24 km em 2012. A Ciclofaixa João Medeiros já teve o serviço de sinalização iniciado. A rota terá 2 km de extensão e começará na Rua Professor João Medeiros, a partir da Delegacia de Boa Viagem até o cruzamento com a rua Félix de Brito e Melo, seguindo pela rua General Edson Amâncio Ramalho até se conectar com a Ciclofaixa Antônio Falcão e retornando pela Rua Professor Arnaldo Carneiro Leão. A nova rota também irá proporcionar a ligação com as já existentes: Via Mangue, Jardim Beira Rio e Shopping RioMar. Ainda na Zona Sul, será implantada a Ciclofaixa Visconde de Jequitinhonha, que terá 1 km de extensão e formará um circuito com a Orla de Boa Viagem e Avenida Armindo Moura. Após a conexão com a Ciclofaixa Setúbal, a nova rota seguirá pela Avenida Visconde de Jequitinhonha e ruas Setúbal e Baltazar Passos, até se conectar com a Ciclovia Orla de Boa Viagem e Ciclofaixa Brasília Teimosa. Na Zona Oeste, será implantada a Ciclofaixa Várzea, que terá 6 km de extensão. A rota começará na Avenida Afonso Olindense, a partir da Avenida Caxangá, e segue pela Rua Rodrigues Ferreira até a Praça Pinto Damásio. Ela continua nas ruas Azeredo Coutinho, Francisco Lacerda, João Francisco Lisboa e Avenida Acadêmico Hélio Ramos e Avenida Professor Luiz Freire até se conectar, através de pontilhão sobre a BR-101, com a Rota Antônio Curado. Já a Ciclofaixa Maurício de Nassau, que terá 3 km de extensão, passará pela Rua Doutor João Lacerda, no Cordeiro, seguindo pela Avenida Maurício de Nassau e Rua Nossa Senhora da Saúde, até se conectar com a Ciclofaixa Inácio Monteiro. As novas rotas também se conectarão com as já existentes: Antônio Curado, Cavouco, Tiradentes, Arquiteto Luiz Nunes, Estrada do Bongi, Jardim São Paulo e Compaz Ariano Suassuna. Para regulamentar a implantação das novas rotas, a CTTU vai realizar a manutenção de toda sinalização vertical e horizontal das vias correspondentes. Além disso, a maior parte dos percursos passará a ter velocidade regulamentada de 40 km/h onde for ciclofaixa ou 30 km/h onde for ciclorrota. É importante ressaltar que, com o objetivo de dar mais segurança viária a todos os modais, a CTTU também irá realizar a proibição dos estacionamentos existentes nas vias nas quais as rotas serão implantadas. Durante as semanas seguintes ao início da operação de cada novo equipamento, que acontecerão conforme o serviço de sinalização for concluído, serão destacadas equipes de agentes e orientadores de trânsito para realizar o trabalho de monitoramento e orientação nos locais. É importante ressaltar que aqueles que insistirem no descumprimento da sinalização podem ser notificados. As multas podem ser grave, em caso de estacionamento irregularmente na ciclofaixa (R$ 195,23 e 5 pontos na CNH); ou gravíssima multiplicada por 3x, se transitar na ciclofaixa (R$ 880,41 e 7 pontos na CNH). (Do PCR)

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"Muitas jovens mães se guiam pelo Google"

Décadas atrás, quando as famílias eram maiores, havia um convívio mais intenso entre parentes de diferentes faixas etárias e quase sempre contava-se com a presença de um bebê. Hoje, com os núcleos familiares menores, a primeira criança que muitas jovens mães pegam no colo é o seu filho. Sem referência, elas recorrem à ciência, livros de autoajuda, psicólogos e até à internet para encontrar uma receita sobre como cuidar dos pequenos. Neste mês em que se comemora o Dia das Mães, Cláudia Santos e Rafael Dantas, conversaram com a psicanalista Ana Rocha, do CPPL (Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem) para analisar essas mudanças. Ela também comenta a crescente participação dos pais nos cuidados com os filhos e a dificuldade dos adolescentes em vivenciar uma frustração. Hoje a mulher tem a opção de ser ou não mãe, ter filho mais jovem ou com mais idade. A escolha dessas opções traz angústia para ela? Penso que sim. Conquistamos a possibilidade de escolha, que é uma coisa muito importante. Há algumas gerações, a única razão de ser da vida de uma mulher era a maternidade e o casamento. Hoje você pode escolher a sua realização pessoal com ou sem a maternidade. Avalio que nisso há um gerador de ansiedade que não está restrito às mulheres. Em um curto espaço de tempo fizemos uma desconstrução vertiginosa de como era a vida há 100 anos. Era o tempo da família patriarcal, que se sustentava num mundo também extremamente hierarquizado, respaldado do ponto de vista da política dos Estados totalitários. As relações do mundo profissional eram muito hierarquizadas também. Tudo isso dava respaldo a essas famílias. Com os avanços dos princípios democráticos, como a igualdade de direitos, a inclusão e legitimação das diferentes formas de pensar e de existir, há uma transformação das relações que se tornaram mais horizontalizadas. Um mundo onde tem, potencialmente, lugar para todos. Estamos lutando por isso, que não está acabado. Mas, essa mudança teve desdobramentos para o núcleo familiar. A mãe naquele modelo antigo não perguntava o que ela precisava fazer com o filho. Isso se passava de geração em geração pela tradição. Quando desconstruímos isso, quem vai dizer o que é uma boa mãe ou um bom pai? Os livros de autoajuda? Os especialistas? A ciência? Os psicólogos? Os educadores? Isso provoca muita angústia. Esse é o nosso desafio, não só das mulheres. É saber como a gente vai criar um outro jeito de ser pai e mãe sem ficar no saudosismo de antigamente. Ainda não existe um novo modelo? Não. O que cada um precisa compreender, não só as mulheres, é que nós precisamos forjar o nosso jeito de ser pai e mãe dos nossos filhos. As pessoas não têm nos procurado para fazer uma terapia pessoal ou por achar que seus filhos precisam. Mas por insegurança. Por não saber como devem agir com os seus filhos nas mais diferentes idades. Os pais ficam muito preocupados, por quê? Apesar de tudo o que conquistamos, fica no imaginário de que aquela forma de criar do passado era a melhor do mundo. Mãe dentro de casa, totalmente dedicada aos filhos. Ora, é só a gente lembrar como eram as famílias no passado. Havia muito sofrimento também. Todas as grandes famílias que a gente conhece têm pessoas com muitos distúrbios. Aquele modelo não assegurava felicidade. As mulheres eram muitos infelizes. Por outro lado, é verdade que em determinadas etapas da vida da criança é necessário o cuidado dos pais presencialmente. Pelo menos nos dois ou três primeiros anos de vida, na primeira infância. Você não pode sair de manhã e retornar à noite quando o filho já estiver dormindo. A criança muito pequena precisa se realimentar da presença dos pais. Como tem sido a transformação do papel dos homens no cuidado dos filhos? As conquistas das mulheres têm favorecido aos homens para que se aproximem também dessa experiência do cuidar. Poder se envolver com seu filho, colocar para dormir, dar uma mamadeira, poder brincar. É uma experiência para além de chegar a criança pronta, tomada banho e o pai cheirá-la e entregá-la de volta para a mãe. Isso tem dado a chance para as crianças desenvolverem com os pais uma aproximação que nunca tiveram antes. Alguns homens têm tomado isso como oportunidade de enriquecimento pessoal muito grande. Enquanto outros se sentem extremamente humilhados por isso. As mulheres lidam bem com isso? Quando ficamos repetindo essa fala da dupla jornada é como se, de alguma maneira, houvesse a resistência de algumas mulheres de sair desse lugar de rainha do lar. Existe uma certa ambivalência. Ao mesmo tempo que há um orgulho enorme do que consegue fazer e dar conta, muitas vezes a mulher reclama do cansaço. Mas muitas delas não suportam ver os filhos se aproximarem muito do pai. Há um desalojamento que todos estamos fazendo. Se queremos olhar pelo lado negativo, podemos. Mas eu prefiro olhar pelo lado positivo. Todos ganham. Que tipo de transformações estão acontecendo nas crianças com a participação maior dos seus pais, em relação às outras gerações? Há um ganho enorme. Como isso pode ser mensurado? Há alguns anos era impensável um pai ter a guarda compartilhada. A não ser quem queria infernizar a esposa. Antigamente quando um homem se separava da mulher, via seus filhos a cada 15 dias. Todo processo de acompanhar, educar, protagonizar como figura paterna estava impedido. A maioria dos pais não fazia muita questão disso também. Não era uma coisa sofrida. Hoje, cada vez mais, o que vemos são os pais desejando compartilhar. Pegar o filho na escola alguns dias, levar para dormir em casa, algumas vezes na semana participando das atividades escolares. E o efeito que tem para a criança é de uma vinculação extremamente diferenciada quando os pais se ocupam dos cuidados com eles. As vezes se tem a ideia de que brincar com os filhos é o que eles querem. Ora, brincar é ótimo. Mas o que eles preferem mesmo é brincar com outras crianças. O que

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Primeiro outlet de Pernambuco vai gerar 2 mil empregos diretos

Um dos principais corredores logísticos do Pernambuco, a BR-232 , no município de Moreno, será construído um centro de compras voltado para cidades médias do Nordeste, o Recife Outlet Premium. Inspirado nos modelos norte-americanos, o primeiro outlet do Estado vai comercializar grandes marcas e terá um investimento de R$ 60 milhões. A perspectiva é de gerar 2 mil novos empregos já na primeira fase de operação. O governador Paulo Câmara e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, receberam os investidores no Palácio do Campo das Princesas. O empreendimento é assinado pelo Grupo BCI, que atua há mais de 20 anos no mercado pernambucano, por meio dos empresários Paulo Perez, Marcos Menezes e Rômulo Pina. "Esse é mais um importante investimento que temos o prazer de anunciar. O Recife Outlet Premium será um grande indutor do desenvolvimento econômico da região, gerando emprego e renda. Esse modelo de empreendimento vai contribuir ainda mais para o fortalecimento de uma cadeia que vem crescendo em Pernambuco", destacou Paulo Câmara. O projeto conta com a consultoria do especialista em shoppings centers Eduardo Lemos Filho, da LMS│TGI Gestão de Empreendimentos. Entre as empresas que os sócios agregam estão TT Work, Pandenor, Shineray do Brasil, BCI Combustíveis, BCI Armazéns Gerais e BCEI Imobiliária. Durante o encontro, os empreendedores informaram ao governador que a terraplenagem da área de 11,2 hectares será iniciada até o fim deste mês. As obras, por sua vez, terão início em agosto de 2019 e a entrega aos lojistas está prevista para julho de 2020, dois meses antes da inauguração para o público, planejada para setembro do ano que vem. A expectativa do secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, é que o equipamento fortaleça o perfil do Agreste como destino para o turismo. “Mais uma vez, Pernambuco exerce esse protagonismo no Nordeste, ao receber o mais moderno outlet de marcas premium da região. É um equipamento importante, tanto para quem faz turismo de negócios quanto para quem faz turismo de lazer, uma vez que o Aeroporto Internacional do Recife nos conecta a todos os Estados nordestinos. Ganhamos mais um atrativo que, certamente, vai aumentar o tempo de estadia do visitante por aqui”, enfatizou Schwambach. Modelo norte-americano  O novo shopping será erguido nas proximidades do condomínio Alphaville. Diferenciado dos demais em conceito e na arquitetura, o projeto foi baseado no modelo “village”, totalmente térreo e bastante difundido nos outlets dos Estados Unidos. A principal característica destes projetos é a área de circulação aberta, o que reduz o investimento e agiliza o acesso dos consumidores a todos os espaços. O Recife Outlet abrirá as portas com área bruta locável (ABL) de 13 mil metros quadrados, mas terá capacidade para chegar a 24 mil m² no futuro. Estão previstas 66 operações em um primeiro momento, com lojas e praça de alimentação, além de restaurantes e 650 vagas de estacionamento. Há perspectiva de se dobrar essa capacidade, para 1,3 mil vagas. "O empreendimento não terá o perfil de shopping no modelo que conhecemos, o layout proporcionará uma locação mais barata para os lojistas. Vamos atender diretamente às fábricas. Os consumidores que tiveram acesso às marcas, em outro momento, não regridem mais em suas escolhas de compra", comenta Eduardo Lemos. De acordo com o consultor, há no Brasil, atualmente, 12 equipamentos com este perfil. No Nordeste, apenas Ceará e Bahia contam com outlets, embora em formatos mais antigos. No ano seguinte à inauguração, em 2021, devem ser criados mais mil postos de trabalho, com a expansão que já está sendo planejada - a expectativa é que o shopping chegue a 18 mil metros quadrados de ABL. Segundo o Grupo BCI, este tipo de empreendimento tem como característica a empregabilidade de mão de obra mais jovem, o que vai beneficiar diretamente as populações de Moreno e de Jaboatão, por exemplo, pela proximidade. Os empreendedores estimam atrair consumidores de todo o Nordeste. Somente em um raio de 100 km, calculam alcançar 7 milhões de potenciais clientes de 115 municípios de Pernambuco e da Paraíba. Desde que foi duplicada, a BR 232 tem atuado como fio condutor na atração de grandes empreendimentos para o Agreste do Estado, e foi escolhida estrategicamente para sediar o centro de compras. Entre as razões preponderantes estão a grande movimentação de veículos e o fato de interligar o Recife a cidades economicamente importantes, como Caruaru. O Recife Outlet ficará a 20 km do Marco Zero da capital pernambucana, permitindo que os visitantes também tenham acesso ao mall.

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