Arquivos Z_Exclusivas - Página 182 De 363 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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A vez da Ilha de Antônio Vaz (por Francisco Cunha)

Era assim (Antônio Vaz) que se chamava a ilha que ficava a oeste da Vila do Arrecife dos Navios, depois do rio que desaguava no porto. Em 1630, data da invasão holandesa, a única construção de vulto da ilha era o Convento de Santo Antônio erguido em 1606. Quando Maurício de Nassau chegou em 1637 para comandar os invasores, logo encomendou um plano urbanístico para transformar a ilha na Cidade Maurícia (Mauritsstad) e nela fez construir palácios, fortes, praças, canais e moradias, unido-a por uma longa ponte (a atual Maurício de Nassau) à Vila do Arrecife (hoje Bairro do Recife). Depois da expulsão do holandeses, na ilha desenvolveram-se os bairros de Santo Antônio e São José e, posteriormente, com o aterramento dos braços de maré e canais que a separavam de outras ilhas menores, os bairros do Cabanga e de Joana Bezerra. Hoje, constitui uma unidade geográfica bem maior do que a original porque “termina” ao sul no chamado Braço Morto do Capibaribe (o antigo Rio dos Afogados), limitada ao norte pela bacia da Rua da Aurora (no encontro do Capibaribe com o Beberibe), a oeste pelo “braço vivo” do Capibaribe que corre ao longo da Rua da Aurora e, a leste, pelo Rio Capibaribe já encontrado com o Beberibe (antes de, naturalmente, juntos “formarem o Oceano Atlântico”). Esta unidade geográfica foi oportunamente renomeada de Ilha de Antônio Vaz pela Prefeitura do Recife quando elaborou o plano urbanístico para as áreas do Cabanga, Cais José Estelita e Cais de Santa Rita em 2015. Pois bem, é esta grande e histórica área da cidade que, hoje, está carecendo de uma atenção especial depois que foi vítima de um processo continuado de esvaziamento e degradação ao longo de décadas. É preciso que sejam articulados todos os esforços dos diversos agentes públicos, privados e do terceiro setor envolvidos direta e indiretamente com esta região. Foi por conta disso que diversas instituições, mobilizadas pela CDL Recife, empreenderam, a partir de 2016, o esforço de esboçar o Projeto Viver Recife Centro – Antônio Vaz, a Ilha de Todos os Tempos. Agora, depois de concluída a proposta de revisão do Plano Diretor, é chegada a hora de retomar o esforço de articulação porque, afinal de contas, nenhuma cidade pode se considerar ou pretender ser desenvolvida sem que o seu centro, no caso de quase 400 anos, seja desenvolvido e dinâmico também.

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Semana da Tontura é comemorada no Recife com evento aberto ao público

A tontura é um problema bastante comum e precisa ser investigado sempre que surgem os primeiros sintomas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 30% da população do planeta é afetada por problemas de tontura, na maioria das vezes ocasionado por complicações no labirinto. No próximo dia 25 de abril, das 7h às 11h, em comemoração à Semana da Tontura, que acontece do dia 22 a 26, o Parque 13 de Maio, na área central do Recife, vai receber especialistas para atendimentos gratuitos à população. O objetivo é esclarecer dúvidas e orientações. O evento é promovido pelo departamento de otoneurologia da ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Segundo a otorrinolaringologista Lívia Noleto, especialista em zumbido e otoneurologia pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em otorrinolaringologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e membro do departamento de otoneurologia da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia (ABORLCCF), as tonturas e doenças de labirinto podem ocorrer por vários fatores. “Ao sentir tonturas, as pessoas já creditam esse sintoma a uma labirintite, mas isso precisa ser desmistificado. Afinal, existem diferentes doenças de labirinto” – explica a médica. Para o evento, que vai acontecer paralelamente em várias capitais do Brasil, vai servir como um alerta para o público, esclarecendo dúvidas e orientando os pacientes de acordo com cada necessidade específica. Na Capital Pernambucana, o principal evento será realizado no dia 25 de abril, no Parque 13 de Maio. “O evento é gratuito e aberto ao público. Vamos reunir especialistas e quem for diagnosticado com alguma doença de labirinto, será encaminhado para o serviço público de saúde”, explica Noleto. Serviço Semana Nacional da Tontura Dia 25 de abril, das 7h às 11h Local: Parque 13 de Maio

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Navio MS Sirena encerra oficialmente a temporada de cruzeiros no Recife

O último navio da temporada de cruzeiros 2018/2019 atraca no Porto do Recife, no domingo de Páscoa (21). O MS Sirena encerra o ciclo de navios de cruzeiros, na cidade, que iniciou no dia 20.11.18 e que ao longo destes cinco meses trouxe ao Porto do Recife 20 navios e 29.115 passageiros, um número cerca de 15% maior em relação a temporada 2017/2018. Para receber os turistas no Terminal Marítimo de Passageiros, durante todo o período, foi montada uma grande operação conjunta com a Secretaria de Turismo do Estado, Empetur, Prefeitura da Cidade, CTTU, bombeiros, polícia militar, entre outros órgãos e instituições. O navio MS Sirena está previsto para às 7h da manhã e vai atracar no cais 2 do ancoradouro recifense, com cerca de 600 passageiros e 400 tripulantes à bordo. A embarcação de bandeira das lhas Marshal e com e 181m de comprimento vem do Rio de Janeiro e após a escala no Recife segue para Natal. O navio de cruzeiro estava previsto para o dia 23, mas em virtude do cancelamento de duas escalas antecipou a chegada. O Sirena deve permanecer no Recife cerca de 12h, com previsão de saída às 17h. Nesse tempo os passageiros devem fazer passeios por diversos pontos da capital pernambucana e cidades circunvizinhas. Tradicional no cenário turístico de Pernambuco, “os cruzeiros movimentam um público de milhares de pessoas a cada ciclo. São visitantes que embarcam e desembarcam no Porto do Recife seguindo em viagens nacionais e internacionais. Esse trânsito de passageiros ocorre desde o século XVI e de forma mais estruturada a partir de 1918, com o surgimento do Porto Organizado”, ressalta o presidente do Porto, Carlos Vilar. PERFIL DOS CRUZEIRISTAS Os turistas de cruzeiros dividem-se, basicamente, em dois grupos: os que estão em trânsito - deixam o navio por algumas horas para visitar a cidade e voltam ao cruzeiro para seguir viagem - e aqueles que de fato desembarcam ou embarcam na região. De acordo com pesquisa realizada pela Empetur, entre novembro de 2018 e janeiro deste ano, a maioria dos turistas que chega ao Recife nos cruzeiros é estrangeira (79,90%). Dentre os visitantes, as mulheres representam 61,85% e os turistas acima de 65 anos correspondem a 45,78%. Muitos desses passageiros aportam na capital pernambucana pela primeira vez (63,05%) e a primeira impressão parece ser muito boa, pois 86,45% recomendam a cidade aos amigos. De forma geral, o tempo que o viajante permanece na capital é de 4h, gastam, em média, R$ 238,15 e 71,49% expressam desejo de retornar ao Recife. Entre os itens considerados de maior destaque, os turistas ressaltaram a arquitetura, a hospitalidade, as praias e a gastronomia.

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Movimento nos aeroportos deve crescer 2% no feriado, diz Infraero

No feriado prolongado da Semana Santa, o movimento de passageiros nos aeroportos administrados pela Infraero deve crescer 2%. A expectativa é que até segunda-feira (22), 1,05 milhão de viajantes passem pelos terminais. Esta quinta-feira e segunda (22) serão os dias de maior movimentação. Com o movimento maior nos próximos dias, a Infraero vai intensificar os trabalhos das equipes de segurança de operações e também fez manutenção preventiva de esteiras de bagagem, elevadores e escadas rolantes. No ano passado, no mesmo feriado, foram contabilizados 1,03 milhão de passageiros. A Infraero administra aeroportos como o Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e de Congonhas, em São Paulo. No aeroporto de Brasília, o feriado de Páscoa terá 27 voos extras. A estimativa da Inframerica, consórcio que administra o aeroporto, é de um movimento entre 201 mil e 230 mil passageiros entre hoje e segunda. O dia mais movimentado deve ser hoje. No domingo pela tarde e segunda de manhã também é esperado que o fluxo se intensifique. A Inframerica alerta os viajantes que, para evitar atrasos, cheguem com 1h30 de antecedência para voos domésticos e 2h30 para os voos internacionais. (Da Agência Brasil)

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Diabetes e Páscoa: uma combinação possível?

Muitos associam o diabetes ao consumo de doces – ao receber o diagnóstico da doença, é comum que as pessoas automaticamente pensem que terão que abrir mão de alimentos prazerosos, como o chocolate. Inclusive em datas comemorativas como a Páscoa, em que o doce se faz tão presente. Porém, quem tem diabetes realmente não pode consumir chocolate? A nutricionista Tarcila Ferraz de Campos, vice-presidente do Departamento de Nutrição da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), orienta que, desde que o consumo seja realizado dentro da quantidade de carboidratos diária permitida, a pessoa com diabetes não precisa abrir mão do doce. “Para comer chocolate, é necessário apenas ter o controle da quantidade de carboidratos diária permitida. Além disso, a pessoa com diabetes pode procurar amenizar os efeitos do chocolate sobre a glicemia consumindo o produto após a refeição, como sobremesa. A presença de outros nutrientes, inclusive das fibras, faz com que a absorção não seja tão imediata e não eleve tão bruscamente a glicemia”, afirma. De acordo com a nutricionista, o chocolate diet, vendido com uma opção para quem precisa reduzir a ingestão de açúcar, pode não ser uma alternativa tão saudável assim para quem tem diabetes. “Ele tem praticamente a mesma quantidade de carboidrato de um chocolate tradicional e, algumas vezes, tem mais gorduras e consequentemente mais calorias. Pela falta da sacarose (açúcar) na formulação, a indústria acrescenta outros tipos de carboidratos e gordura para dar sabor. Para checar se a troca do chocolate normal pelo diet vale a pena, é preciso avaliar o rótulo do chocolate selecionado”, explica. Algumas alternativas, como a alfarroba e o chocolate amargo, podem garantir uma Páscoa saudável e, ainda assim, saborosa. “A alfarroba, por exemplo, tem sido utilizada como substituto do cacau para intolerantes à lactose ou celíacos. Apesar de ter sabor similar ao do chocolate amargo, trata-se de uma vagem que, após torrada e moída, resulta em uma farinha e pode ser utilizada em produtos que se assemelham ao cacau. Já o chocolate amargo é o mais rico em antioxidantes, porque tem mais massa de cacau e menos manteiga de cacau. Como o próprio nome diz, é amargo ao paladar, pois possui reduzido teor de açúcar”. Independentemente da opção escolhida, o importante é levar em conta a quantidade de carboidratos diária permitida e, dessa forma, se deliciar com o que a Páscoa tem a oferecer. “Opte pelas opções mais saudáveis e aproveite esse momento em família. Não deixe de tomar seus medicamentos e/ou insulina e mantenha a monitorização da glicemia para entender como ela se comporta nesses dias em que fazemos uso de alimentos diferenciados”, finaliza Tarcila.

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“Precisamos de líderes”, defende Paulo Hartung

O ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung foi o palestrante do encontro do Conselho Estratégico Pernambuco Desafiado, promovido, em março, pela Rede Gestão e pela Algomais. Além de contar o case de ajuste fiscal do governo capixaba, o político e economista destacou a necessidade do surgimento de líderes no País, com capacidade de conduzir as reformas do Brasil. “Precisamos de líderes de verdade. Pessoas que ao decidir entre a via fácil da demagogia e do populismo e o que é certo, façam a opção pelo caminho da resolução dos problemas do País”, afirmou Hartung para um auditório cheio de empresários e gestores públicos que prestigiaram o evento. Ele é apoiador e um dos entusiastas de movimentos como o RenovaBR, uma iniciativa com o objetivo de preparar novas lideranças para entrar para a política. Para Hartung, o grande desafio do País é reduzir o tamanho da máquina pública e torná-la mais eficiente. O economista pontua que apesar da elevada carga tributária, a entrega de serviços públicos é completamente insatisfatória. “As manifestações de 2013 foram uma explosão de insatisfação com a qualidade dos serviços públicos no nosso País. Foi resultado de carga tributária pesada, pessimamente distribuída e entregas ridículas. Temos que estar junto com Brasília para modernizar o Brasil”. Ele fez várias críticas ao Governo Bolsonaro, do qual é oposição, mas defendeu veementemente que a agenda de reformas para o País não deva esperar as eleições de 2022 para ser discutida. A Reforma da Previdência, principal meta anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro após eleito e amplamente defendida pelo mercado, sofre graves riscos frente à dificuldade de articulação do Poder Executivo com o Congresso Federal, ao mesmo tempo em que crescem as manifestações populares contrárias à medida. O governo do Espírito Santo, entre os anos de 2015 e 2018, conseguiu um equilíbrio nas contas públicas, apesar de ter atravessado, como todo o País, a crise econômica recente. Também foi assolado com a paralisação da Samarco após o desastre que ocorreu em Mariana. A empresa era responsável por 5% do PIB capixaba. Além disso, a crise do setor de petróleo e gás afetou de maneira mais forte o Estado, que é o segundo maior produtor do Brasil nesse segmento. Mesmo nesse cenário, o Espírito Santo foi o único Estado brasileiro a receber nota A da Secretaria do Tesouro Nacional na avaliação de capacidade de pagamento. A fórmula para alcançar esse equilíbrio fiscal, segundo o ex-governador, foi ancorada em três pilares: reconquista do controle das contas públicas (com a implantação de programas inovadores nas áreas social, ambiental e de gestão), ação para ampliar os investimentos no Estado e a realização de reformas estruturantes na máquina pública. Uma das medidas adotada para enxugamento das contas foi o congelamento das contratações de cargos comissionados em 20%. Houve uma redução de gastos não essenciais em itens como energia elétrica, viagens, diárias e renegociação dos contratos em geral. SEGURANÇA Hartung afirmou que apesar da redução dos custos na máquina pública, o Estado apresentou melhorias nos indicadores sociais de segurança, educação e saúde. O ex-governador informou que o Espírito Santo teve em 2018 a menor taxa de homicídios em 29 anos. O número de assassinatos caiu pela metade em duas décadas (57,8 mortes por 100 mil habitantes em 1998 para 28,1 em 2018). Outro destaque anunciado pelo palestrante foi o desempenho do Estado no ensino médio, que foi avaliado pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) como o segundo melhor do País.

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Em expansão, Yes! Cosmetics prevê abertura 60 novas franquias

A rede de franquias Yes! Cosmetics, que pretende abrir mais 60 unidades este ano em diversos Estados do País. No último ano, o faturamento da rede cresceu mais de 60%. Com investimento inicial de R$ 105 mil e rentabilidade de 15%, a Yes! Cosmetics se tornou uma franquia atraente e lucrativa para quem deseja abrir o próprio negócio. O faturamento médio é de R$ 60 mil por unidade. No modelo de franquia, a marca conta com duas opções de negócios: quiosque e loja. Para os franqueados, o sucesso da Yes! tem justificava pela confiança na marca e a satisfação com o suporte oferecido, além da excelente rentabilidade. O acompanhamento conta com uma equipe de especialistas no varejo, que está sempre preparada e atenta para atender o fraqueado em todos os aspectos. “Nós acompanhamos de perto todas as unidades, o desenvolvimento da operação e, assim, orientamos nos caminhos necessários para a loja obter sucesso. Estar perto do franqueado e auxiliar na gestão da franquia são pontos que não abrimos mão, afinal nosso objetivo enquanto franqueadora é que nosso cliente possa alavancar cada vez mais as suas vendas e garantir o sucesso do modelo de negócios da Yes! Cosmetics”, afirma o diretor de Franquias e vice-presidente da empresa, Felipe Espinheira. A Yes! Cosmetics atualmente conta com mais de 90 unidades, entre lojas próprias e franqueadas, espalhadas pelo Brasil. "O ano de 2018 foi muito positivo para nós da Yes! Cosmetics. Tivemos um crescimento de mais de 32% da nossa rede de franquias e estamos presentes em 19 unidades federativas. Agora, o nosso foco é estar em todos os estados brasileiros e ampliar ainda mais o acesso dos nossos clientes aos nossos produtos”, completa Espinheira.

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Semana Santa de cinema nordestino gratuito no Agreste

Uma sala de cinema em uma das paisagens mais bonitas do Agreste pernambucano. Nesta Semana Santa, dias 20 e 21 de abril, o povoado de Serra Negra, há 9km de Bezerros, será palco da segunda edição do Curta Na Serra – Mostra de Cinema ao Ar Livre. O evento tem como objetivo oferecer cinema gratuito à população da região, com uma programação diversa de filmes independentes feitos no Nordeste, além de outras atividades e shows musicais. A edição 2019 traz o recorte de curtas-metragens nordestinos, abraçando a pluralidade de linguagens audiovisuais produzidas na região, como ficção, documentário, videoclipe, entre outras. A curadoria foi feita pelos produtores Marlom Meirelles, Eva Jofilsan e Amanda Ramos, enfocando duas vertentes – 11 filmes no primeiro dia, trazendo a temática da arte como resistência social e política; e, no segundo, 7 filmes que provocam reflexões sobre afeto e coletividade em tempos de ódio e intolerância. . . O recorte de filmes perpassa temáticas como empoderamento feminino, a importância da arte para a construção da sociedade, a resistência da cultura e das boas tradições do Nordeste, além de respeito à diversidade sexual e de gênero. Ao todo, são cerca de 3h30 de programação audiovisual gratuita, exibida em telão ao ar livre no anfiteatro do Mirante de Serra Negra. A sessão do sábado começa às 19h, e a do domingo às 18h. A ação acontece de forma a incentivar a produção audiovisual do Nordeste e também aproximar a Sétima Arte de uma localidade onde essa linguagem artística não chega. “O Curta Na Serra vem para trazer possibilidades ao público do Agreste de se informar e se emocionar com a telona, sobretudo com os filmes feitos no Nordeste”, detalha Marlom Meirelles, diretor da Eixo Audiovisual, produtora que realiza o evento. HOMENAGENS - Como de costume, o Curta Na Serra rende homenagens a artistas importantes, tanto da área do cinema quanto de outras áreas, contemplando pelo menos uma personalidade de Bezerros. No primeiro dia, a sessão de filmes começa com solenidade de abertura e uma homenagem à atriz Marcélia Cartaxo, paraibana que figurou em telenovelas e filmes nordestinos nas últimas décadas. No segundo dia, o artesão bezerrense Lula Vassoureiro, Patrimônio Vivo de Pernambuco, será agraciado por sua contribuição às artes plásticas, pela confecção de máscaras de papangu ao longo de sua vida. SHOWS - O Curta Na Serra traz também apresentações ao Polo Cultural de Serra Negra, reverenciando projetos de música autoral pernambucana e também espetáculos cênicos. No sábado (20), após a sessão, a Som Na Rural recebe o projeto Corre-Campo, formado pelos artistas Marcello Rangel, Ágda Moura e Luiza Fittipaldi, com direito a festa posteriormente com os DJs Clássico dos Clássicos. No domingo (21), a programação começa à tarde: às 16h tem o espetáculo “Histórias da Caixola”, com contação de histórias por Alexandre Revorêdo e Stephany Metódio; às 16h30 é a vez do espetáculo “TrupeÇando”, do palhaço Allan Barros; às 17h, o Som Na Rural recebe show da caruaruense Gabi da Pele Preta. ENCONTRO DO AUDIOVISUAL – A Casa das Flores será palco do Encontro do Panorama Nordeste, atividade paralela do II Curta Na Serra. Às 10h do domingo (21), um grupo formado por realizadores de filmes, mostras e festivais do Nordeste vai se encontrar para dialogar sobre o atual cenário de produção audiovisual da região, de forma a discutir entraves e potencialidades. Realizadores do Agreste também estarão presentes para intercâmbio de saberes, contemplando a realidade do cinema na localidade. SOBRE O EVENTO – O Curta Na Serra – Mostra de Cinema ao Ar Livre é uma realização da produtora Eixo Audiovisual com coprodução da Espiral Filmes. A primeira edição do Curta Na Serra ocorreu em 2017 e mobilizou centenas de pessoas em torno das atividades promovidas, ajudando a aquecer o turismo cultural em Bezerros. A segunda edição ocorre com patrocínio da Prefeitura Municipal de Bezerros e incentivo da Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco. SERVIÇO: II Curta Na Serra – Mostra de Cinema ao Ar Livre Quando: sábado e domingo, 20 e 21 de abril de 2019 Onde: Serra Negra – Bezerros/PE Gratuito Programação: SÁBADO, 20 DE ABRIL: Panorama 1: Nossa Arma é o Cinema – Anfiteatro de Serra Negra, 19h. · Cerimônia de abertura; · Homenagem a Marcélia Cartaxo; · Exibição de filmes: Ultravioleta (PB) O Poeta do Barro Vermelho (AL) Julian, Sem A, Sem O (PB) Tempo Circular (PE) Não Te Quero Mais Mizéra (PE) Desyrrê (PE) Impávido Colosso (PE) Eu o Declaro Meu Inimigo (PE) Quanto Craude no Meu Sovaco (PE) Avalanche (AL) Revólver (PE) Shows – Polo Cultural de Serra Negra, 22h. Som Na Rural recebe o projeto Corre-Campo: Marcello Rangel, Ágda Moura e Luiza Fittipaldi + Festa com DJs Clássico dos Clássicos. DOMINGO, 21 DE ABRIL: Encontro do Panorama Nordeste – Casa das Flores, 10h. DOMINGO, 21 DE ABRIL: Encontro do Panorama Nordeste – Casa das Flores, 10h. Shows e Espetáculos – Polo Cultural de Serra Negra, 16h. · Histórias da Caixola - Contação de histórias com Alexandre Revoredo e Stephany Metódio; · Espetáculo TrupeÇando, com o palhaço Allan Barros; · Som Na Rural recebe Gabi da Pele Preta. Panorama 2: Segura Minha Mão – Anfiteatro de Serra Negra, 18h. · Homenagem a Lula Vassoureiro; · Exibição de filmes: Família Tropa Trupe – O Circo Enquanto Vida (RN) Guaxuma (PE) Nova Iorque (PE) Clandestino (SE) Terra (PE) O Som do Silêncio (BA) Bala Perdida (PE)

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Feriadão da Semana Santa com várias opções de cultura e lazer

O feriadão da Semana Santa promete ser de muitas emoções. Apoiadas pela Prefeitura do Recife, as peças teatrais "Jesus, a Luz do Mundo" e a "Paixão de Cristo de Casa Amarela" devem mobilizar milhares de pessoas. O Paço do Frevo estará aberto de quinta a domingo, com destaque para apresentação do Quinteto Chorado, que celebra o compositor pernambucano de choro Rossini Ferreira e o Dia Nacional do Choro. O Econúcleo Jaqueira e o Jardim Botânico oferecem oficinas e atividades educativas. A Ciclofaixa de Turismo e Lazer funciona na sexta e no domingo. CULTURA Recife das Paixões Na capital pernambucana, o feriado santo será cenário para duas grandes encenações da mais célebre história da humanidade, com apoio da Prefeitura do Recife: o espetáculo "Jesus, a Luz do Mundo", que será apresentado nos dias 19, 20 e 21 de abril, às 18h, no Marco Zero; e a "Paixão de Cristo de Casa Amarela", que chega à sua 17ª edição entre os dias 18, 19 e 20 de abril, às 20h, no Sítio Trindade. As programações são gratuitas e abertas ao público. No Marco Zero, a encenação, que leva a assinatura da Apacepe (Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco), terá roteiro, montagem e elenco novos, reunindo 100 figurantes e 43 atores, como Bruno Garcia e Germano Haiut, em 22 cenas, algumas delas jamais encenadas no Marco Zero. A “Paixão de Cristo de Casa Amarela” apresentará 80 atores e figurantes em seis cenários, três deles novos. A encenação a céu aberto apresentará também novos figurinos e terá mãe e filho no papel de Maria e Jesus: Marly Floro Câmara e George Floro Acioly. O espetáculo deste ano será dedicado ao bispo D. Helder Câmara. Paço do Frevo celebra Rossini Ferreira e Dia Nacional do Choro O Paço do Frevo abre normalmente na quinta-feira (18), das 9h às 17h. Na sexta (19), o equipamento estará aberto e fervendo de conteúdo das 13h às 17h, com última entrada às 16h30. No sábado e no domingo (21 e 21), o Paço abrirá das 14h às 18h, com última entrada às 17h30. Informações: (81) 3355-9500. Site: http://www.pacodofrevo.org.br/programacao. Dentro da programação do Sábado no Paço, ocorre a 4ª edição da programação especial "Do Choro ao Frevo". Este ano o Quinteto Chorado celebram, com uma apresentação, os 100 anos do músico pernambucano Rossini Ferreira, trazendo obras do compositor em diálogo com frevos clássicos. O evento antecipa as comemorações do Dia do Choro, é celebrado no dia 23 de abril. O acesso está incluso no valor do ingresso do Paço, sendo R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia) Exposição "Cinco Pontas" no Museu da Cidade Também tem história no roteiro do feriadão. No Museu da Cidade, localizado no Forte das Cinco Pontas, no Bairro de São José, a exposição "Cinco Pontas" estará aberta à visitação gratuita no sábado e domingo, reunindo achados arqueológicos, pinturas e documentos que mostram a importância da fortificação em diversos momentos históricos da capital pernambucana. Em quase 400 anos de existência, o local já foi base para navegadores, depósito, prisão e quartel militar. Informações: (81) 3355-9540. Saiba mais: www.museudacidadedorecife.org . MEIO AMBIENTE O Econúcleo Jaqueira, Zona Norte da cidade, abre as portas ao público durante a Semana Santa. O equipamento de educação ambiental funciona na quinta (18), sexta (19), sábado (20), das 9h às 17h, com exceção do domingo (21), que estará de portas fechadas. Arte-educadores vão comandar atividades relacionadas às práticas sustentáveis de forma gratuita. O Jardim Botânico do Recife, Zona Oeste da cidade, abre as portas para o público durante a Semana Santa. Na quinta (18), sexta (19), sábado (20) e domingo (21), o equipamento público de lazer, pesquisa e conservação funcionará das 9h às 15h30. Durante o período, por conta do feriado, o local não contará com visita guiada. Trilha ambiental, música e oficina de brinquedos no Econúcleo Jaqueira O sábado (20) no Econúcleo Jaqueira começa com trilha ambiental e uma oficina de brinquedos com resíduos sólidos para a criançada. A prática, que começa às 11h, pretende estimular a criatividade e diversão com a criação de brinquedos de papel utilizando jornais usados. Às 14h, o público confere uma trilha ambiental seguida de muita música. Logo após, os visitantes poderão curtir histórias cantaroladas que irão combinar a arte da música com conscientização e o cuidado com a natureza. Econúcleo Jaqueira, sábado (20) 9h – Trilha Ambiental 9h40 – O Meio que se conta: contação de histórias “O morcego e a cabaça” 11h - Resíduos nos eixos: oficina de brinquedos com resíduos sólidos 14h – Trilha Ambiental + historias cantaroladas (espécies da Jaqueira) 15h – Contação de história e Oficina: “Borboletando coisa e tal” 16h – Resíduos nos eixos: oficina de brinquedos com resíduos sólidos Econúcleo Jaqueira R. do Futuro, 959 - Jaqueira De quinta à domingo, das 9h às 17h Entrada gratuita https://www.facebook.com/econucleojaqueira/ Trilha cega e contação de história no Jardim Botânico do Recife Já no Jardim Botânico, às 9h, vai rolar uma trilha cega. Os participantes terão os olhos vendados para uma experimentação durante a caminhada, durante a qual os monitores vão mostrar como trabalhar os sentidos por meio da natureza e de forma lúdica. No período da tarde, haverá contação da história “Comadre Florzinha”, às 13h30, que vai mostrar como é possível cuidar da mata e dos animais, utilizando a história da personagem do folclore brasileiro. Jardim Botânico, sábado (20) 9h - Caminhada Ecológica “Trilha Cega” 10h – Caça ao Tesouro 11h – Sementes do amanhã: oficina de mudas 13h30 - O Meio que se conta: contação de histórias “Comadre Florzinha” 14h10 - Caminhada Ecológica “Trilha Selvagem” 15h10 – Oficina de mini hortas “viveiro de mudas” Jardim Botânico do Recife BR ¬232, km 7,5 - Curado De terça a domingo, das 9h às 15h30 Entrada: gratuita TURISMO E LAZER Ciclofaixa Neste feriadão da Semana Santa, a Ciclofaixa de Turismo e Lazer estará disponível nos dias 19 e 21 (sexta-feira e domingo). O percurso exclusivo para bikes, que soma 35,6km, estará montado oferecendo um passeio por atrativos turísticos da cidade. Nos

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Nossa cozinha é muito mais que bolo de rolo

Nas últimas décadas, especialistas em gastronomia têm valorizado a singularidade de alimentos e a forma típica como são preparados numa área geográfica. É o tão falado terroir. Em Pernambuco, Claudemir Barros tem sido um dos chefs que mais enaltece a riqueza dos quitutes da terra. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele fala da influência de sua mãe, cozinheira do restaurante Leite, que fazia carne de sol e queijo coalho no quintal de casa, das suas pesquisas sobre a culinária sertaneja e da necessidade de estudantes e profissionais valorizarem os ingredientes nordestinos. Como começou a sua paixão pela gastronomia nordestina? Minha mãe foi cozinheira líder do Leite, naquele tempo não havia chef. Ela trabalhou durante 17 anos no restaurante e, por ser muito gorda, tinha medo de morrer e os quatro filhos ficarem à mercê. Ela, então, obrigava todos a cozinhar. Também obrigava a gente a plantar e ter o que comer no quintal de casa. A comida que eu lembro bem que minha mãe fazia era uma peixada. Mas ela valorizava também a carne de sol que era feita dentro de casa, assim como o queijo coalho. Vocês plantavam e faziam queijo numa casa no Recife? Morávamos no Jordão Baixo, que hoje é um bairro, mas antes era considerado como uma cidade interiorana. Como minha mãe foi do interior, fazia as coisas acontecerem dentro de casa. Ela colocava sal na carne e jogava no sereno para fazer a carne de sol. Como havia uma abundância de leite, ela fazia com que ele coalhasse e virasse queijo. Requeijão ela também fazia na própria panela e eu e meus irmãos aprendemos tudo isso. Como não tínhamos condições financeiras, tudo era feito em fogareiro e panela de barro. Como começou a trabalhar na área gastronômica? Como falei, minha mãe nos obrigava a ser cozinheiros. Minha irmã mais velha, aos 15 anos, ao ver a necessidade chegando em casa, foi procurar emprego. Hoje ela é aposentada como cozinheira de uma creche. Meu irmão encostado a ela, Jorge, fez curso de cozinheiro no Senac e foi para o quartel, onde trabalhou como taifeiro (cozinheiro). Hoje é oficial aposentado e, não cozinha mais. Cláudio é sub chef num hotel em Porto de Galinhas. Ou seja, a família toda está nesse ramo. Quando eu era menino via minha mãe ser procurada aos domingos – dia em que o restaurante Leite fechava – por pessoas que queriam que ela fizesse comida em suas casas. Eu dizia para mim mesmo: eu queria que um dia alguém chegasse na porta da minha casa me convidando para cozinhar. Sempre tive essa vontade de querer ser igual a minha mãe e, quando completei 17 anos, fui para o Senac me profissionalizar. Depois trabalhei num restaurante francês em Candeias, depois num outro numa praça do Shopping Recife. Em seguida, fui convidado a trabalhar no Sheraton, onde passei oito anos. Também trabalhei no hotel Golden Beach, em Piedade. Foi quando me mandaram para São Paulo fazer estágio e, quando retornasse, abriria o Mingus que hoje fica em Boa Viagem. Fui chef ainda do Wiella, desde a sua abertura, onde trabalhei 14 anos. Depois comecei a fazer consultoria. Foi quando meus atuais sócios me perguntaram: “por que você não abre um restaurante próprio?” Eu respondi: Por que não tenho tempo (diz rindo e esfregando o polegar com o indicador). Eles disseram: “a gente vai arrumar tempo pra você. Se você abrisse um restaurante, como seria?” Dei a ideia do Oleiro para eles. Eles me perguntaram quando estaria apto a abri-lo e respondi: quando vocês me arrumarem tempo (risos). Cinco dias depois eles me procuraram, dizendo que havia esta casa aqui, propondo o projeto. Como você fez a pesquisa sobre a culinária nordestina que resultou no livro Sonhos & Sabores? Falar da pesquisa é falar de estágios que eu fiz. Fui para São Paulo fazer estágio no Emiliano (restaurante) com a equipe do chef Laurent Suaudeau, um francês radicado no País há mais de 30 anos. Ele se destacou muito por valorizar os ingredientes do nosso País. Logo em seguida, estagiei com Alex Atala, que não preciso dizer quem é. Comecei a observar que essas pessoas cresceram olhando para trás, olhando os ingredientes existentes na sua região, valorizando-os. Foi quando comecei a pesquisar os costumes no interior. Fui a cidades como Frei Miguelinho e fiz um vídeo com um senhor de 84 anos. Perguntava o que ele comia, porque a comida dele era feita daquele jeito e sempre batia com aquilo que nossas mães ensinam pra gente dentro de casa. Passei a levar essas informações para eventos em São Paulo e me diziam que eu precisava tirar aquilo do vídeo e colocar no prato. Passei a fazer menu degustação só com ingredientes daqui. Virei uma referência tanto fora como dentro do Estado. O Recife é considerado o terceiro polo gastronômico do País. Em quê? Por quê? Vi a necessidade de mostrar uma cozinha pernambucana que é muito mais que bolo de rolo, não tirando o mérito, de maneira alguma, do bolo de rolo. Quanto mais eu pesquisava, mais uma coisa me levava a outra. Quando eu estava pesquisando um ingrediente, chegava um senhorzinho ou uma senhorinha e dizia assim: “você já comeu palma?” Eu havia assistido a reportagens sobre esse ingrediente e sabia que era considerado vergonhoso, porque é dado aos animais. Percebi que havia um leque de ingredientes exóticos no Sertão tanto quanto há na Amazônia. Mas há muito preconceito contra esses alimentos, não é? Existe, sim, o preconceito. Ele está alicerçado na região Nordeste. As pessoas têm vergonha do que comeram e ainda comem. Vou usar a palma como exemplo: quem come esse alimento sente vergonha porque as pessoas que vivem na cidade demonstram pavor dele porque aprenderam na televisão que aquilo era errado. Mas se a gente olhar com olhos gastronômicos, veremos que aquele alimento foi o que nutriu aquela família. Uma pessoa percebeu que o gado se nutria de palma e começou a dar também a seus familiares. E quantas pessoas

Nossa cozinha é muito mais que bolo de rolo Read More »