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8 fotos do Corredor do Comércio Antigamente

Na semana em que a Revista Algomais apresentou o projeto do Corredor do Comércio e as mais novas intervenções realizadas nesta região central da cidade, a coluna Pernambuco Antigamente destaca os principais trechos deste trajeto que começa na Praça Maciel Pinheiro e termina na Praça Dom Vital. Confira abaixo imagens de décadas atrás da Rua Nova, da Ponte de Ferro, da Praça da Independência, da Rua Imperatriz Teresa Cristina, entre outras. Clique nas imagens para ampliar. Praça Maciel Pinheiro . Rua da Imperatriz Teresa Cristina . Ponte da Boa Vista, em 1930 . Rua Nova, na década de 70 . Praça da Independência   Rua Duque de Caxias . Largo do Livramento, em 1925 . Mercado de São José *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Oscar 2021| Confira as apostas de jornalistas para as principais categorias

Mais uma edição do Oscar à porta, desta vez afetada pela pandemia do novo coronavírus. Como resultado, muitos filmes independentes na lista, boa parte ligada a plataformas de streaming. Só a Netflix recebeu 35 indicações, 11 a mais que em 2020. A 93ª edição será marcada pela diversidade. Para começar, duas mulheres foram indicadas no mesmo ano na categoria melhor direção: Chloé Zhao ("Nomadland") e Emerald Fennell ("Bela Vingança"). É a primeira vez em toda a história da premiação que isso acontece. Na categoria melhor ator, Riz Ahmed ("O Som do Silêncio"), muçulmano, e o ator asiático Steven Yeun ("Minari"), estão entre os indicados. Entre os coadjuvantes, três atores negros: Daniel Kaluuya e LaKeith Stanfield de "Judas e o Messias Negro" e Leslie Odom Jr. ("Uma Noite em Miami..."). Como fazemos todos os anos, convidamos os jornalistas e críticos de cinema Houldine Nascimento e Wanderley Andrade, editores do Cinegrafando, que lançarão suas apostas para a premiação. Wanderley Andrade Melhor Filme: “Nomadland” Melhor Diretor: Chloé Zhao (“Nomadland”) Melhor Ator: Chadwick Boseman (“A Voz Suprema do Blues,”) Melhor Atriz: Frances McDormand (“Nomadland”) Melhor Ator Coadjuvante: Daniel Kaluuya (“Judas e o Messias Negro”) Melhor Atriz Coadjuvante: Glenn Close (“Era uma Vez um Sonho”) Melhor Roteiro Original: “Bela Vingança” Melhor Roteiro Adaptado: “Nomadland” Melhor Filme Internacional: “Druk - Mais Uma Rodada” Melhor Documentário: “Time” Melhor Animação: “Soul” Melhor Fotografia: “Mank” Melhor Trilha Sonora: “Soul” Melhor Canção: “Speak Now" de "Uma Noite em Miami…"   Houldine Nascimento Melhor Filme: “Nomadland” Melhor Diretor: Chloé Zhao (“Nomadland”) Melhor Ator: Chadwick Boseman (“A Voz Suprema do Blues,”) Melhor Atriz: Viola Davis (“A Voz Suprema do Blues”) Melhor Ator Coadjuvante: Daniel Kaluuya (“Judas e o Messias Negro”) Melhor Atriz Coadjuvante: Yuh-Jung Youn (“Minari”) Melhor Roteiro Original: “Bela Vingança” Melhor Roteiro Adaptado: “Meu pai” Melhor Filme Internacional: “Druk: Mais Uma Rodada” Melhor Documentário: “Professor Polvo” Melhor Animação: “Soul” Melhor Fotografia: “Mank” Melhor Trilha Sonora: “Soul” Melhor Canção: “Io sí" de "Rosa e Momo"

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Sérgio Ferreira: "Precisamos incentivar a autoconsciência"

Sérgio Ferreira era um homem dos números e dos cálculos, mas foi fisgado pelas elucubrações filosóficas. Engenheiro e economista, fez doutorado em filosofia, com uma tese que unia os pensamentos de Viktor Frankl e Friedrich Nietzsche. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele conta um pouco dessa sua trajetória e analisa como a fusão desses dois grandes pensadores podem nos ajudar neste trágico momento da pandemia. O que o levou a estudar filosofia? Sou formado em engenharia e economia, sempre trabalhei com projeto econômico e adoro ser engenheiro também. Mas sempre gostei muito de filosofia, de pensar sobre a vida. Com as minhas filhas já criadas, resolvi voltar para a academia com o objetivo de entender melhor o mundo. Fiz meu mestrado em administração, especificamente em teoria institucional, que também nos dá uma certa ideia do mundo como um todo e das instituições. Fui presidente da AD Diper, no terceiro governo de Dr. Arraes. Quando saí de lá, nessa perspectiva de entender melhor o mundo, resolvi entrar para o movimento de cursilho de cristandade. Fui da igreja católica e esse foi um movimento trazido para cá por Dom Hélder. O interessante é que era um movimento somente dos leigos. Uma das mensagens do cursilho é sobre o sentido da vida, mas eu sentia que a resposta religiosa é boa quando se tem fé. Mas o mundo mudou de uns tempos para cá, quando Nietzsche falou que Deus estava morto. Ele não estava querendo dizer que Deus não existe mas que, como explicação do mundo, Deus não fazia mais sentido, porque na contemporaneidade, no mundo da ciência, essas explicações religiosas deixaram de existir. Durante muito tempo o mundo ocidental foi carregado de explicações dogmáticas que a gente aceitava, mas isso foi deixando de existir. É o que Nietzsche chama de morte de Deus. Eu tenho fé, mas consigo separar o conhecimento religioso do conhecimento filosófico científico que vive da crítica, de perguntas. No conhecimento religioso, você tem que aceitar as explicações que são dadas. Eu queria entender mais sobre o sentido da vida, não apenas sobre esse aspecto religioso. Nessa caminhada me deparei com um pensador chamado Viktor Frankl, que criou a logoterapia. Ele escreveu um livro muito famoso Em busca de sentido, sobre sua experiência como prisioneiro num campo de concentração. Ele nasceu em 1905 e morreu em 1997, era austríaco. Antes de ser preso, já com 16 anos, teve um artigo aceito na revista de Freud. Ele começou como freudiano mas, depois, foi achando que esse pensamento não explicava bem o que ele queria que era o sentido da vida. Ele achava que colocar o sentido apenas no prazer, principalmente sexual, não explicava. E onde entra seu interesse por Nietzsche? Estudando Frankl, reparei que ele de vez em quando citava Nietzsche e fiz meu doutorado unindo o pensamento dos dois. Nietzsche influenciou o mundo como um todo naquele período até a Primeira Guerra e depois também. Mas Nietzsche é amado e odiado. Muita gente acha que ele disseminou o suicídio porque esse pensamento da morte de Deus não é bem compreendido. Na verdade, Nietzsche é um crítico do niilismo mas muita gente acha que ele é niilista. Ele mostrou que as pessoas, ao quererem explicar o mundo a partir de Deus e se conscientizarem que isso não explica a realidade, vão ficar frustradas e verão que isso é “um nada” e o niilismo vem disso. Mas, para Nietzsche, os cientistas também acabariam niilistas por buscarem a verdade e ele afirmou que não existe verdade. Nietzsche diz que o mundo é aqui na Terra e temos que olhar para a Terra, não para os céus, para entender o mundo. Essa discussão foi cada vez me encantando mais ao longo da pesquisa. E Nietzsche tem um conceito importante que se chama vontade de potência. O que vem a ser vontade de potência? Nietzsche afirmou que o mundo está em eterna luta, tudo são lutas em movimento. Se você olhar para o cosmo como um todo, são asteroides batendo um com outro. Também na Terra os seres viventes querem ter mais força, querem progredir, permanecer, existir. A partir desse conceito eu respondo a uma pergunta que muita gente se faz nesta pandemia: se Deus só quer o bem do mundo, como é que está acontecendo tanto sofrimento? Acontece que coronavírus está querendo também permanecer, lutar, ele precisa infectar as pessoas para poder se reproduzir. E aí a partir desse conceito de Nietzsche, minha conclusão é que vai caber a nós, seres humanos, nos unirmos para vencer todas essas adversidades. Ou cooperamos mais, olhamos mais para a Terra, mais para o entorno, ou o mundo se acaba, porque o mundo é vontade de potência e se nós, seres humanos, não procuramos nos entender, nos organizar, ficarmos buscando explicações no céu, um vírus desse pode nos derrotar. Da mesma forma, tempos e tempos atrás, um asteroide bateu na Terra. Mas, ao contrário de Nietzsche, tenho minha religiosidade acredito que existem energias que nós não explicamos, não acho que tudo seja filosófico. Eu me considero um espiritualista. Essa união não parece pouco provável nestes tempos de tanta polarização política? Esse modelo de mundo dividido entre esquerda e direita, com partidos políticos, vem da Revolução Francesa, com os girondinos e jacobinos. Acho que até hoje existe uma crise de identidade porque logo depois disso chega Karl Marx, com a teoria dele desenvolvida em plena Revolução Industrial e ele não foi um crítico dessa revolução, dessa produção em massa. Ele foi contra o controle do capital que estava na mão de poucos, mas ele não criticou essa forma de ser do mundo, massificada. Nietzsche foi um crítico da Revolução Francesa. O que eu vejo – e talvez seja um sonho, uma utopia – é que nós precisamos nos unir porque desse jeito o mundo está acabando. E isso não é só no Brasil, o mundo todo é assim. Acredito que o modelo que foi criado até hoje está nos levando à destruição. A economia tem uma lei

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"O Corredor do Comércio tem um valor histórico enorme e com uma atividade econômica intensa".

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife, Rafael Dubeux, foi um dos entrevistados da edição desta semana da Revista Algomais em que tratamos sobre o projeto do Corredor do Comércio do Recife. Reivindicação antiga da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), a recuperação das principais vias comerciais dos bairros centrais da cidade tem um novo olhar neste ano, com as estratégias do urbanismo tático. O secretário comenta também sobre o impacto da pandemia na atividade dessa região e fala das ações do poder municipal para incentivar os pequenos empresários e empreendedores. Qual a sua avaliação sobre o projeto de revitalização do Corredor do Comércio do Recife? Rafael Dubeux - A região central da cidade merece mesmo uma atenção diferenciada, já que é o coração da cidade. O Corredor do Comércio é parte desse núcleo, com um valor histórico enorme e com uma atividade econômica ainda muito intensa. A Prefeitura está articulando ações para promover a recuperação desses principais eixos e, em parceria com os empreendedores locais, poderemos dar uma nova cara à região. Qual o impacto da Pandemia nesta região? Rafael Dubeux - A pandemia trouxe impacto para quase todas as atividades econômicas. O comércio de rua, naturalmente, sofreu um revés forte por conta das medidas de distanciamento e pelo uso crescente do comércio eletrônico. Todos esses segmentos passam por uma reestruturação no nível mundial e é preciso se adaptar a essa nova realidade. Mesmo sabendo que das nossas limitações, inclusive orçamentárias, a gestão do prefeito João Campos anunciou uma série de ações no sentido de auxiliar os setores produtivos, adiando o recolhimento de taxas municipais, como o IPTU e ISS municipal e do ISS do Simples Nacional, e oferecendo mais prazos aos empreendedores. Todos os impactos, que superam quase de R$ 30 milhões, estão beneficiando cerca de 30 mil empreendimentos da cidade. Também elaboramos e lançamos em menos de 3 meses o Crédito Popular do Recife, um dos compromissos de campanha do prefeito, que ajudará setores produtivos nesse momento difícil. É uma ajuda para dar fôlego sobretudo aos micro e pequenos negócios. Algumas intervenções em ruas dessa região central já foram iniciadas. Quais as primeiras ações da PCR no centro nesta gestão? Quais os resultados esperados? Rafael Dubeux - Houve intervenções de urbanismo tático, com pintura da Rua Velha para embelezar o espaço e ampliar a segurança para os pedestres. Também houve intervenção na Avenida Nossa Senhora do Carmo, com a maior faixa de pedestre da cidade e espaços de proteção aos que caminham pela cidade. Também foi expandida a rede de Wifi gratuito do Conecta Recife, o que facilita o uso pelos usuários e também pelos pequenos comerciantes, que podem usar as maquininhas de pagamento. Estão nos planos da secretaria que tipo de ações e articulações para a revitalização do Corredor do Comércio? Rafael Dubeux - Temos discutido com os lojistas locais a requalificação de outras ruas, incluindo pinturas de fachadas. Queremos também avaliar em conjunto a possibilidade de pedestrianização de alguns trechos. No nível mais amplo, uma preocupação permanente deve ser a melhoria das atividades de zeladoria e controle urbano. O CredPop servirá de impulso para alguns dos empreendedores do local. Além disso, a transformação digital de toda a região precisa se consolidar no horizonte de ação de todos neste novo contexto econômico.

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O que é o Corredor do Comércio do Recife?

A revitalização do Corredor do Comércio do Recife foi o tema de capa da Revista Algomais da edição 181.3 (acesso exclusivo aos assinantes).  Na reportagem destacamos quais os primeiros passos que foram dados para recuperar o principal corredor de lojas de rua da capital pernambucana e quais as apostas do poder público para qualificar essas vias que ainda atraem um significativo fluxo de consumidores. Como esse conceito do Corredor do Comércio é mais conhecido pelos próprios lojistas, apresentamos hoje as principais características desse trajeto, sendo guiados pelo presidente do CDL, Frederico Leal. O mapa abaixo ilustra todo o percurso. Podemos considerar que o eixo principal do Corredor do Comércio do Recife é da Praça Maciel Pinheiro, na Boa Vista, até a Praça Dom Vital, em São José. Antes mesmo da Praça Maciel Pinheiro, três ruas já possuem uma forte vocação comercial: a Rua Manoel Borba (com várias óticas), a Rua do Aragão (com lojas de móveis novos) e a Rua da Conceição (móveis e eletrônicos usados). A partir da praça, no entanto, estão as principais ruas comerciais desse centro urbano. Exclusivas de pedestres, a Rua Imperatriz Teresa Cristina e a Rua Nova, conectadas pela icônica Ponte da Boa Vista (Ponte de Ferro) são grandes corredores de consumidores diariamente. A pandemia, a crise econômica, a insegurança e a falta de uma maior conservação são alguns dos fatores que levaram vários pontos comerciais a serem fechados nos últimos anos. Da Rua Nova, o Corredor do Comércio segue até a Praça da Independência (Pracinha do Diário), virando à direita para a Rua Duque de Caxias, repleta de lojas populares de diversos segmentos. O último trecho desse corredor é bifurcado. Após a travessia da Avenida Nossa Senhora do Carmo dois trajetos quase paralelos seguem até o Mercado de São José (pela Rua do Rangel) e até a Praça Dom Vital (pelo Pátio do Livramento e Rua da Penha). Além desse tronco, há ainda infiltrações importantes como a Rua da Palma e a Rua das Calçadas, entre outras vias com vocação histórica para a atividade comercial. "Com a pandemia, vivemos uma tendencia de shopping de rua, com mais atividades ao ar livre. Na revitalização do centro, além da questão comercial, temos a oportunidade de juntar moradia, cultura, religião e turismo", aponta Frederico Leal. Ele afirma que o CDL defende há cerca de 15 anos a recuperação das vias comerciais desses bairros centrais do Recife. "Se conseguirmos zeladoria, segurança, limpeza e revitalização comercial, voltarão as ocupações residenciais nos prédios que hoje estão esvaziados". O presidente da CDL está otimista com a criação de um escritório para cuidar do centro do Recife e avalia também que a recuperação do Corredor do Comércio dialoga com outro grande projeto da cidade, o Parque Capibaribe. "Esse é  um projeto fantástico para resgatar o rio, que é a matriz da existencia do Recife. A apoteose do Rio Capibaribe é o Centro e as suas pontes. O centro é onde nasceu a cidade, onde estão as suas referencias, que infelizmente estamos perdendo. É preciso ressaltar isso". LEIA A REPORTAGEM NA EDIÇÃO 181.3 DA REVISTA ALGOMAIS: assine.algomais.com

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Governo do Estado anuncia mais R$ 5 milhões para impulsionar pequenos produtores

Do Governo de Pernambuco O Força Local, programa que aplica recursos em projetos que promovem o fortalecimento dos Arranjos Produtivos Locais em Pernambuco, abre novo chamamento público. Dessa vez, serão R$ 5 milhões destinados a projetos nas cidades, o dobro do ofertado em editais anteriores. A iniciativa é uma das principais apostas da administração para distribuir os investimentos e direcionar recursos para atividades que são a vocação e a cultura econômica dos municípios. A nova fase foi anunciada ontem (15), no Palácio do Campo das Princesas, pelo governador Paulo Câmara. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio, e o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), participaram do evento. “Pernambuco tem essa vocação, tem gente trabalhadora que sabe fazer a diferença com as oportunidades que são criadas. O Força Local é isso, é oferecer oportunidades, dentro de recortes regionais, dando também incentivos à participação feminina e buscando desenvolver o Estado em todas as regiões. Nossa intenção é chegar até o final de 2022 com mais de R$ 20 milhões investidos no programa”, frisou Paulo Câmara. Nesta edição, serão selecionados até 38 projetos. As propostas têm de ser enviadas até 17 de maio e a divulgação provisória dos contemplados deverá ser anunciada em 1º de junho. Todo o recurso aportado é destinado para capacitação das equipes, compra de equipamentos, reforma de espaços e desenvolvimento de negócios. Vale ressaltar que o programa estabelece uma pontuação extra de 10% para APLs com pelo menos 80% de participação feminina, em conformidade com o projeto Pernambuco com Elas, que visa reunir propostas e esforços pela inserção justa e cidadã das mulheres no mercado de trabalho. De acordo com o secretário Geraldo Julio, é o momento certo de injetar recursos nas pequenas economias, para fortalecer os negócios no enfrentamento à pandemia e prepará-los para a retomada futura. “Oferecer um aporte que pode ser essencial para um negócio se estruturar e melhorar já seria de grande relevância para as pessoas que querem crescer na cidade que escolheram viver. Considerando uma pandemia, que fez o trabalho de gerar renda ainda mais desafiador, o Força Local chega em 2021 com o dobro de recursos, elevando o alcance e o impacto do projeto. Já chegamos em 70 cidades e a ideia é ir ainda mais longe, em todas as regiões do Estado”, destacou. Desde a criação do Programa Força Local, o Governo contabiliza aportes totais de R$ 12 milhões, sendo R$ 7 milhões da AD Diper e R$ 5 milhões em contrapartidas. Os recursos foram distribuídos em 58 projetos, beneficiando 5.100 mil pessoas, priorizando a coletividade, integração e diálogo, competitividade, visão de negócios e fomento. "O Força Local é um projeto com bastante capilaridade, atendendo vários municípios, entidades e produtores rurais. Vamos trabalhar esse novo chamamento com abertura a partir de amanhã para todas as entidades sem fins lucrativos e pretendemos anunciar um aporte maior de recursos. Neste chamamento, temos como novidade a inclusão do polo moveleiro como um dos setores prioritários. Nossa meta é fortalecer o cooperativismo e o associativismo que é muito importante para levar desenvolvimento para os municípios mais afastados", reforçou Roberto Abreu e Lima, presidente da AD Diper. Até hoje, já foram beneficiadas as cadeias produtivas da agricultura; apicultura; bovinocultura do leite; caprinovinocultura; confecções e moda; piscicultura; avicultura; horticultura e cafeicultura. Podem participar do novo edital entidades sem fins lucrativos, associações, entidades e organizações sociais que precisam pleitear ao governo recursos para desenvolver seus projetos e criar um mercado de desenvolvimento. O edital está disponível no site da AD Diper, o www.addiper.pe.gov.br.

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"A competitividade depende de uma formação básica de qualidade"

O que fazer para qualificar a educação brasileira? Qual a relação dessa formação dos nossos jovens com a competitividade dos nossos profissionais? E como tem sido o impacto da pandemia nos diversos sistemas de ensino no País? Conversamos com o professor da UFPE e da Cesar School, Luciano Meira, sobre esse cenário para compreender o momento atual da educação no País e apontar soluções. O docente, que é também sócio-empreendedor da Joy Street, foi um dos entrevistados para a matéria de capa desta semana da Revista Algomais, em que discutimos os desafios para os próximos 15 anos no Estado.   O que você considera fundamental para transformar a educação brasileira no cenário dos próximos 15 anos, na direção de construirmos um sistema educacional de qualidade e que colabore com o desenvolvimento do País e de Pernambuco? - Ordenação e otimização dos recursos garantidos pelo FUNDEB, através de gestão transparente e profissional, incluindo contínua prestação de contas à sociedade. - Completa reformulação dos cursos de pedagogia e licenciaturas e dos programas de formação continuada de professores, através da implementação da Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). - Governança técnica e menos sujeita a interferências políticas de grupos ideológicos nos órgãos de gestão dos sistemas de educação, desde a direção da escola até o alto comando do MEC e suas instituições vinculadas, tais como o INEP. - Articulação nacional para implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), através do desenho de estratégias negociadas entre secretarias de educação, órgãos de classe, educadores, terceiro setor, dentre outros agentes. - Resolução definitiva das questões relativas ao acesso à Internet, através de planos de conectividade, disponibilização de dispositivos apropriados e oferta de recursos digitais eficientes para o engajamento dos estudantes nas atividades escolares e melhoria da aprendizagem. - Uma reformulação completa dos métodos e práticas didáticas implementadas nas escolas, favorecendo a construção de relações intelectuais e afetivas fortes entre educadores e estudantes, inclusive através do uso de tecnologias digitais capazes de criar e escalar novos formatos de aprendizagem, melhor conectados com o novo mundo do trabalho. . Que impactos um avanço consistente na educação pode trazer para a maior competitividade de Pernambuco? O sistema educacional deve conversar mais com o mercado profissional para formar pessoas conectadas com os desafios do nosso tempo? - A competitividade depende de uma formação básica de qualidade, nas várias competências previstas na BNCC, por exemplo, incluindo talvez principalmente os modos de uso dos conhecimentos científicos tradicionalmente trabalhados na escola. Isso quer dizer, entre outras coisas, que devemos promover na escola o exercício da autonomia, da confiança no outro e da cooperação, além do fomento a formas de trabalho menos dependentes de hierarquias rígidas. Essas qualidades têm sido associadas a ganhos de produtividade, e avanços na educação deveriam necessariamente articular conhecimento científico e competências sócio-emocionais, por exemplo. - Dessa forma, nossa maior competitividade pode depender da forma como o espaço escolar está organizado e busca promover o desenvolvimento integral dos estudantes, gerando sujeitos: 1. eticamente mais responsáveis; 2. melhor preparados para uma atuação profissional mais criativa; 3. socialmente mais disponíveis para acolher e promover o outro. - Para que isso aconteça, também é necessário o diálogo entre escola e comunidade, um diálogo que parte de um posicionamento firme da rede escolar acerca de sua missão e propósitos estratégicos. Nesse formato, o mercado de trabalho não dita as regras para a escola, mas se comunica com seus propósitos e é capaz de nela disparar projetos formativos que, ao realizar os resultados listados no item anterior, também contempla as direções inovadoras continuamente construídas pelos setores produtivos representados na comunidade, com a escola no centro. . Quais os impactos a pandemia trouxe para a educação pernambucana e brasileira? Há algum aspecto importante de inovação que experimentamos nesse tempo? O ensino híbrido veio para ficar? - Um primeiro resultado interessante é que, como já prevíamos anteriormente, a maioria dos educadores não são necessariamente resistentes a mudanças ou ao uso de novas tecnologias, como tantos outros preconizavam, e eles podem sim realizar esforços de adaptação, mesmo na ausência de métodos claros e bem estabelecidos de como realizar a mudança ou empregar determinados artefatos e recursos tecnológicos em suas práticas pedagógicas. - Segundo algumas pesquisas recentes, um outro impacto importante foi o reconhecimento do importante papel das relações afetivas de confiança e amparo entre estudantes e professores, e o papel destes últimos na criação de “circuitos de afetos” capazes de manter (ou criar) o lugar da escola no cotidiano daqueles primeiros. - Com a maioria ou todas as atividades acadêmicas realizadas por meio de plataformas digitais, será difícil dispensar seu uso em pelo menos algumas dessas atividades, principalmente em vista da autonomia conquistada por estudantes e professores no processo. por outro lado, ainda experienciamos profundas desigualdades no volume e qualidade do acesso a tecnologias digitais entre estudantes e professores (em termos de conectividade, dispositivos e recursos) e isso será o obstáculo definitivo para manutenção de avanços em suas formas de uso, conquistadas com muito esforço durante a pandemia.

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"A educação é o ingrediente chave para diminuir a desigualdade brasileira"

Vitor Pereira, Doutor, mestre e bacharel em Economia pela PUC-Rio (2016), com doutorado sanduíche na Universidade de Stanford (2015), é professor do Mestrado Profissional em Avaliação e Monitoramento de Políticas Públicas da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e foi um dos nossos entrevistados na última edição da Revista Algomais, sobre o futuro da educação. Ele também foi diretor do Departamento de Avaliação da SAGI, no antigo Ministério do Desenvolvimento Social e possui experiência na condução de diversas avaliações de impacto, especialmente no campo da economia da educação. Publicamos hoje a entrevista na íntegra em que ele fala nessa relação da qualidade da educação e a competitividade do País, além de apontar cases de referência de países que conseguiram virar o jogo do desenvolvimento econômico a partir de um investimento robusto e acertivos nos seus sistemas de ensino. Como as dificuldades do nosso sistema de educação colaboram para a desigualdade social do País? Como é possível reverter esse cenário? A educação é, de longe, o determinante principal da produtividade e dos salário das pessoas. Quanto mais anos de estudos, maior a renda da pessoa. Mas infelizmente, o Brasil é ainda é um pais com pouca mobilidade educação, embora o quadro melhorado recentemente. Um estudo recente do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), mostrou que apenas 1 em cada 4 filhos de pais sem instrução alcançam o ensino médio. De cada 6 em 10 brasileiros cujos pais não possuem o ensino médio também pararam de estudar antes de terminar essa etapa. Sem dar oportunidade educacional a essas gerações mais novas, estamos reproduzindo a desigualdade das gerações passadas. O problema não é simples. Há estudos que mostram que, ao aumentar a escolaridade dos pais, os filhos são beneficiados. Por exemplo, a geração de maio de 68 na França teve os requerimentos para ingressar na universidade e para nela permanecer afrouxados durante um período. Isso facilitou a essa geração nascida entre 1947 e 1950 possuir um curso universitário. Os filhos dessa geração acabaram mais educados do que da geração anterior e da seguinte. Da mesma forma, reformas que expandiram o acesso à educação na Suécia e na Finlândia beneficiaram a geração seguinte. No entanto, o quadro é um pouco mais complicado. Na Noruega, por exemplo, a maior educação dos pais não beneficiou os filhos, o que é um sinal de outros fatores, como as características da família ou habilidade dos pais deixam um pouco mais complexo esse processo de perpetuação da desigualdade entre gerações. Nos EUA, se tomarmos duas crianças com pais de mesma renda e mesma educação, o fato de crescer em um conjunto habitacional diminui as chances de a criança subir na vida depois, comparada com crianças que passaram os primeiros anos de vida em locais menos violentos ou com melhor acesso à serviços. Pegue esses exemplos e pense em uma criança crescendo em uma favela típica de Recife ou do Rio de Janeiro, que ainda chega no ensino fundamental tendo aulas interromidas por tiroteios. Não é difícil imaginar como essas crianças enfrentam desafios hercúleos para poder completar o ensino médio, eventualmente cursar uma univeridade e subir de vida. . Como é possível reverter esse cenário? Esse cenário não significa, porém, que estejamos fadados a reproduzir nossa desigualdade passada. A educação é o ingrediente chave no processo de aumentar a mobilidade social e diminuir a desigualdade brasileira. E a ação mais contundente para podermos aumentar as chances de mobilidade social de uma criança é incluí-la em uma escola de qualidade. Em uma escola de qualidade, as chances de aprendizado sao maiores, as chances de repetir de ano são menores e, consequentemente, as chances de abanonar precocemente os estudos acabam reduzidas. O desenvolvimento do cérebro começa na gestação. É durante os primeiros mil dias de vida, contando os meses da gravidez, que o cérebro mais se desenvolve. Existem muitos riscos ao bom desenvolvimento durante esses primeiros dias, como a falta de nutrição adequada, o consumo de tabaco e álcool durante a gravidez, a contaminação por doenças infecciosas e o estresse materno. Esses fatores podem resultar em crianças menos saudáveis e com menor peso ao nascer, o que tem consequencias sobre seu desenvolvimento futuro. Nos primeiros anos de vida, a amamentação no peito e os estímulos adequados e positivos são fundamentais para o bom desenvolvimento da crianças, mas nem sempre os pais sabem da importância desses cuidados. . Então, esse fosso da desigualdade a partir da formação cognitiva começa mesmo antes das crianças entrarem na escola e aumenta nos primeiros anos de ensino? Há evidencia dos EUA, por exemplo, de que pais de estratos sociais mais baixos conversam menos com as crianças, comunicam um vocabulário mais limitado e pronunciam menos frases positivas para as crianças do que pais de classes mais abastadas. As diferenças de desenvolvimento por classes sociais se inicia ai e vai se ampliando durante a vida. Nesse sentido, programas de visitação domiciliar que encorajem os pais a ter interações mais estimuladoras com os filhos em casa podem se muito promissoras. Na Jamaica, crianças que passaram por um programa desse tipo tiveram ganhos cognitivos expressivos durante a vida e, 20 anos depois, tinham salários 30% mais altos do que as crianças que não haviam sido sorteadas para participar do programa. Essa é a experiencia que inspirou o Programa Criança Feliz , que hoje está presente na maioria dos municípios brasileiros. A relevância da primeira infância também traz ao primeiro plano a questão da qualidade das creches e pré-escolas brasileiras. O Brasil nos últimos anos universalizou a matrícula na pré-escola, e ainda caminha para chegar na taxa cobertura de creche preconizada pelo Plano Nacional de Educação, de 50%. No entanto, o desenvolvimento da criança nesses centros depende crucialmente da intencionalidade pedagógica do professor e da qualidade das suas interações com a criança. Ainda damos muito pouca atenção à garantia da qualidade da educação nas creches e pré-escolas brasileiras. Um outro momento crucial do desenvolvimento das capacidades dos indivíduos é durante o processo de alfabetização. Enquanto as crianças da classe média acabam sendo

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Porto de Suape autorizado a receber navios New Panamax

A Capitania dos Portos de Pernambuco autorizou o Porto de Suape para receber navios porta-contêineres da classe New Panamax, a de maior dimensão disponível na América Latina, que mede 366 metros de comprimento, largura de 52 metros e capacidade para cerca de 14 mil TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés). Apenas portos de classe mundial têm infraestrutura para receber esse tipo de embarcação, a maior que pode cruzar o Canal do Panamá por meio das novas eclusas. A permissão para navios New Panamax favorece a atração de novas rotas de navegação para o país, atendendo importadores e exportadores da região Nordeste, onde Suape já é o porto líder em movimentação de contêineres. “Suape é a principal porta de entrada e saída de navegações de cabotagem e de longo curso para o Nordeste e merecia mais essa autorização para se equiparar a outros grandes portos mundiais. A nova condição fortalece a missão estratégica de Suape de ser um hub logístico para região, assim como a de fomentar a vocação de entreposto do nosso porto. Além disso, abrindo possibilidade para atender o Estado com mais produtos de escala global, a gente ganha mais um item de grande valor para a lista de atrativos de Pernambuco na hora de atrair novos investimentos”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio. Para realizar manobras de entrada e atracação ou saída e desatracação, é necessário o emprego de alguns requisitos, como atuação de, pelo menos, dois práticos a bordo, e os procedimentos devem ocorrer somente com luz natural. Além disso, deve-se utilizar o mínimo de quatro rebocadores. Uma vez atracado, o navio pode operar em qualquer horário, já que o Porto de Suape funciona durante 24 horas. “Estarmos aptos a receber esses megaconteineiros é condição indispensável para que Suape exerça a vocação de porto concentrador de cargas de alto valor agregado na América do Sul. Passamos a ter a possibilidade de incremento na movimentação de contêineres, inclusive no transbordo, já que elevamos nossa capacidade para recebimento de navios de 14 mil TEUs”, explica Roberto Gusmão, presidente de Suape. Líder na movimentação de contêineres no Norte/Nordeste, Suape bateu recorde em 2020 com 483.919 TEUs e 1,6% de crescimento em relação ao ano anterior. Em toneladas foram 3,6% de aumento nas cargas conteinerizadas, passando de 5,3 milhões para 5,5 milhões. O acordo assinado entre o Tecon Suape (terminal de contêineres) e a Agência Argentina de Investimento e Comércio Internacional aumentará o fluxo de mercadorias que tenham o Nordeste como origem e destino. Com isso, Pernambuco passará a absorver diretamente toda a carga argentina com destino à região, tendo Suape como porta oficial no comércio bilateral.

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João Campos analisa os 100 dias de sua gestão na Prefeitura do Recife

Assumir uma prefeitura em plena pandemia não tem sido fácil para os prefeitos eleitos no último pleito. No Recife não tem sido diferente. Mas João Campos tem atuado para não só enfrentar os desafios da crise sanitária mas, também, em outras áreas críticas da cidade como a desigualdade social, a mobilidade e a revitalização do centro do Recife. Nesta entrevista Cláudia Santos, o prefeito faz um balanço dos seus primeiros 100 dias à frente da PCR. Levando em conta esses 100 dias à frente da Prefeitura do Recife, quais os maiores desafios que o senhor tem enfrentado na gestão da cidade? O Brasil tem enfrentado os dias mais difíceis da pandemia da Covid-19 e aqui no Recife não tem sido diferente. Nesses 100 dias, a gente trabalhou em três frentes para vencer o novo coronavírus: a vacinação, a abertura de leitos para o tratamento de pacientes com o reforço às normas sanitárias e o apoio à população mais vulnerável. Ainda em janeiro, o Recife tomou a decisão de fazer o processo da vacinação 100% digital. Em apenas quatro dias, criamos o sistema que permite o cadastro e o agendamento do dia, local e horário de imunização. A sistematização também nos permite ter o controle de estoque e de informações sobre as pessoas vacinadas. O resultado é que o Recife tem uma vacinação rápida e eficiente que permite o município abrir a imunização para outros grupos prioritários antes de outras cidades do País. Mas a pandemia não afetou apenas a saúde das pessoas. São muitos os desempregados e desassistidos pelo governo federal. Voltamos o nosso olhar para o cuidado com as pessoas, por meio de iniciativas de apoio à população como o AME Recife, nosso auxílio emergencial para as famílias que estão na fila do Bolsa Família e para aquelas com crianças até 3 anos. O AME Carnaval, que apoia o setor da cultura um dos mais afetados pela pandemia entre outras ações. E isso tudo sem deixar de dar continuidade aos serviços e projetos que a cidade precisa. Estamos nas ruas com a Ação Inverno, com investimento de R$ 69 milhões para atender quem vive em áreas de risco, asfaltamos ruas e passeios, construímos escolas e continuamos trabalhando pela qualidade de vida dos recifenses e das recifenses. Uma das muitas consequências da pandemia é o aumento da pobreza e da fome. Como a prefeitura tem enfrentado esta situação? A prefeitura do Recife tem uma grande preocupação com a questão socioeconômica. Estamos fazendo grandes esforços para amparar a população neste momento difícil em que as atividades econômicas foram duramente afetadas e o desemprego aumentou. Em março, lançamos o maior programa de proteção social da gestão, o Auxílio Municipal Emergencial Recife (AME Recife), que vai atender cerca de 30 mil famílias nos meses de abril e maio. Essa ajuda foi destinada a dois grupos: um formado por famílias que estão no Cadastro Único (CadÚnico), a chamada “fila” do Bolsa Família, e que estavam há meses sem nenhum tipo de assistência para dar conta das necessidades básicas; e outro formado por famílias que já recebem o benefício do governo federal e têm crianças com idade entre 0 e 3 anos, a primeiríssima infância. O primeiro grupo recebe duas parcelas de R$ 150 e o segundo um complemento de renda de R$ 50 também nos meses de abril e maio. O investimento foi de R$ 6,4 milhões dos cofres municipais. Quem trabalha no Carnaval, a maior festa do Recife, suspensa devido à pandemia, também recebeu ajuda da Prefeitura. Criamos o Auxílio Municipal Emergencial Carnaval (AME Carnaval), destinado a artistas, atrações e agremiações que tiravam da principal festa do Recife o sustento. Ao todo, cerca de 800 agremiações receberão o benefício até o fim do mês de abril. O investimento contou com apoio da Ambev e chegou aos R$ 4 milhões. Também oferecemos apoio aos setores produtivos, para que as empresas mantenham o seu funcionamento e não deixem mais pessoas desempregadas. A prefeitura adiou o pagamento do ISS para setores impactados mais severamente pela restrição de circulação de pessoas, como bares e restaurantes, hotéis, casas de eventos, salões de beleza, clínicas de estética, agências de viagem e espaços de entretenimento. Mas não basta somente fazer a nossa parte. A prefeitura também precisa unir esforços com a população. Por isso, em março, quando o Recife completou 484 anos, lançamos a campanha Aniversário Solidário, para arrecadação de alimentos em diversos pontos da cidade, como a sede da prefeitura, os postos de vacinação e supermercados parceiros. Diante dessa crise econômica, como estão as contas da prefeitura? Recebemos a Prefeitura com as contas em ordem, mesmo diante do cenário desafiador do ano de 2020, com os efeitos da pandemia restringindo receitas e exigindo investimentos na criação da rede emergencial de saúde e no apoio da população mais vulnerável. Porém, sempre é necessário cortar custos e manter um bom equilíbrio fiscal. Tivemos esse compromisso com o povo do Recife, de fazer da maneira correta, respeitando o dinheiro público. Por isso, lançamos um ousado plano de ajuste fiscal para melhorar a pontuação do Recife junto aos órgãos internacionais e conseguir fazer mais investimentos. Revimos contratos, cortamos despesas e atentamos para a gestão de pessoal visando a alcançar uma economia de R$ 100 milhões. Tudo isso apoiado na modernização da máquina pública e no planejamento integrado, para tornar a administração mais ágil e eficaz. Uma nova etapa do Parque Capibaribe está sendo realizada com o Parque das Graças. Qual a perspectiva de serem executadas outras etapas do projeto ainda na sua gestão? No dia do aniversário do Recife, 12 de março, a gente anunciou a construção do Parque das Graças, que vai ser o coração do Parque Capibaribe. É mais uma área verde que chega para a nossa cidade, para que a gente possa oferecer espaços de convivência aos recifenses e, ao mesmo tempo, cuidar do meio ambiente e do nosso Rio Capibaribe. O parque vai ter um quilômetro de extensão e a gente vai dividir em três fases. A primeira, já entrega

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