Arquivos Z_Exclusivas - Página 55 De 363 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Quadrinhos e games: um caso de amor (Parte 1)

*Por Eduardo Martins "Lembro-me como se fosse hoje. O ano era 1996, em um sábado qualquer. Acordei mais cedo que o normal, e sentado em frente ao "Fliperama da Dona Cris", esperei ela abrir o estabelecimento para ser o primeiro a jogar o fliperama que tinha acabado de chegar: Marvel Super Heroes. No alto da adolescência nerd, extasiado com o simples fato de jogar com meus personagens favoritos: Wolverine, Homem-Aranha, Hulk e Capitão América. E ainda, no estágio final, lutar contra o poderosíssimo Thanos e recuperar as joias do infinito". Sim, caro leitor, muito antes de todo o sucesso da franquia cinematográfica bilionária da Marvel, a indústria de games já flertava com Desafio Infinito, série em quadrinhos criado em 1991 por Jim Starlin, George Perez e Ron Lim. Desde dos anos 30, as famigeradas "revistas de histórias em quadrinhos" alimentam a cultura de massa e influenciam diversas outras mídias e formas de entretenimento. No começo dos anos 80 até os dias atuais, são milhares de produções que carregam esse DNA: desenhos animados, seriados e filmes. É evidente que o "irmão mais novo" não ficaria fora dessa. Os primeiros videogames passaram as duas primeiras décadas, 50 e 60, desenvolvidos por engenheiros e cientistas e eram ligados àqueles computadores gigantescos que mal cabiam na sala de estar. Somente em 1972, com a criação do Atari-Pong e do Magnavox Odyssey, que os consoles ficaram acessíveis. Deu Match! O início de um relacionamento sério entre quadrinhos e games. Quem nunca se imaginou jogando com seu super-herói favorito? Os quadrinhos sempre estiveram lado a lado dos primeiros videogames, por mais que a tecnologia e o enredo ainda não fizessem jus as artes e roteiros bem mais elaborados das histórias de super-heróis americanos do final dos anos 70. O primeiro lançamento aconteceu em 1979, com o jogo do Superman, para o Atari 2600. Porém, só no final dos anos 80, é que realmente os jogos baseados em quadrinhos começam a conquistar o público e adaptações de obras de grandes editoras, e até de outras pouco conhecidas, começam a proliferar. Definitivamente, essa dupla formou uma das principais fontes de diversão da criança e do adolescente oitentista: os gibis de heróis e os jogos de videogame em casa ou no fliperama na rua. E foi nesse último que, um simples namorinho de portão, tornou-se um relacionamento sério, por conta do enorme sucesso do jogo para arcade "As Tartarugas Ninjas", lançado pela Konami em 1989. Por mais que o jogo seja baseado no sucesso da franquia e do primeiro desenho animado para TV, diversos elementos da obra original em quadrinhos, criada pela dupla Kevin Eastman e Peter Laird, foram mantidos. A popularidade do jogo foi tão grande que cruzou diversas plataformas e até hoje continua com uma jogabilidade fluída se comparado a outros jogos do mesmo período. Apesar da década de 80 ser o início de uma relação duradoura, somente nos anos 90 que os jogos baseados em quadrinhos se tornam bem mais atrativos, tanto em termos gráficos, quanto em sinergia. O que fazia a cabeça da gurizada foram os jogos 2d conhecidos como beat ´em up, onde o combate corpo-a-corpo é travado diante de vários inimigos, normalmente, em um ambiente urbano. A pancadaria com enredo mais eloquente, viu nos quadrinhos uma chance de atrair seus fãs com mais facilidade. Jogos como X-Men – O jogo, pela Konami, O Justiceiro, pela Capcom, ambos baseados em quadrinhos da Marvel, os jogos do Batman e da Liga da Justiça, licenciados da DC Comics, e outros como Cadillacs and Dinosaurs, oriundos do quadrinho indie da Xenozoic Tales, que prova o sucesso mesmo longe de uma adaptação de uma editora mainstream. Com o crescimento dos computadores pessoais, os famosos PCs, e com a expansão da internet, surge um novo capítulo no cruzamento entre quadrinhos e videogames: os jogos de aventura. Sam & Max, uma dupla de detetives antropomórficos que combatem o crime em Nova Iorque foi lançado em quadrinhos pelo artista Steve Purcell, em 1987 e seis anos depois virou um jogo para computadores desenvolvido pela LucasArts. O jogo cheio de enigmas e reviravoltas é muito fiel ao quadrinho, graças a participação de Purcell no processo de criação junto com a equipe de desenvolvedores. Com o sucesso de Sam & Max, outros produtores começaram a enxergar nos quadrinhos independentes uma fonte inesgotável de histórias e novas franquias de sucesso. Da tela para o papel: Games que se transformaram em quadrinhos. É verdade que não existe em mesmo volume de publicação, jogos baseados em quadrinhos, mas o inverso também é real e desde dos anos 80 continua presente em produções mais recentes. Alguns personagens de jogos clássicos como: Mortal Kombat, Sonic - The Hedgehog, Street Fighter, Mega Man e Wonder Boy, também já estiveram nas páginas dos quadrinhos. E franquias mais modernas utilizam o formato para ampliar a experiência do jogador. São casos, como: Call of Duty, The Last Of Us, Assassin's Creed, Halo e World of Warcraft. Mas isso, a coluna vai tratar, me breve, em uma parte II, específica sobre o tema. E o casamento rendeu vários frutos e continuará firme e forte. "Batman: Arkham City","Injustice 2" e os dois jogos do aracnídeo: "Marvel´s Spider-Man" (2018) e o lançamento mais recente "Marvel´s Spider-Man: Miles Morales" (2020), são a prova de que os quadrinhos e os jogos de videogame, PCs e smartphones, vão continuar juntos por muito tempo e a relação entre as duas indústrias só tende a ficar ainda mais integrados. Top List Gibitown: 10 games baseados em quadrinhos que você precisa jogar agora! Os dez melhores games baseados em quadrinhos ocidentais, ok? Isso porque jogos baseados em mangás e animes também serão tratados em outra edição especial aqui, na coluna Gibitown. Fiquem ligados e que comecem os jogos. #10 - Asterix (1991) Asterix foi lançado pela Sega para o console Master System. Na época, a revista inglesa especializada em games, Mean Machines, exaltou a enorme semelhança entre o jogo e o quadrinho criado em 1959 pela dupla francesa Albert Uderzo

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Comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica deixam cargos

Da Agência Brasil O Ministério da Defesa anunciou a saída dos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. A mudança ocorre um dia após Fernando Azevedo e Silva ter deixado o cargo de ministro da Defesa, assumido então por Braga Netto, que chefiava a Casa Civil. A nota do ministério não informa o motivo das saídas nem os nomes de quem ocupará os comandos das três Forças Armadas. Segundo a pasta, a decisão foi tomada durante reunião com a presença de Fernando Azevedo e Silva, Braga Netto e dos três comandantes substituídos – Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica). Na segunda-feira (29), ao anunciar que deixaria o cargo de ministro da Defesa, Azevedo e Silva agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro a oportunidade de “servir ao país”, integrando o governo por mais de dois anos. “Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado”, afirmou, destacando que deixa o posto com a certeza de ter cumprido sua “missão”. Azevedo e Silva também disse ter dedicado total lealdade ao presidente, e agradeceu aos comandantes das Forças Armadas (Aeronáutica, Exército e Marinha), bem como às respectivas tropas, “que nunca mediram esforços para atender às necessidades e emergências da população brasileira”.

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Governo de Pernambuco anuncia 15 novos projetos industriais no Estado

O Governo de Pernambuco segue no trabalho de atrair novos investimentos para ampliar e descentralizar a produção industrial do Estado. Mais 30 novos projetos foram anunciados durante a 114ª Reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic). Do total de empresas que escolheram o Estado para fazer novos aportes, 15 são indústrias, entre novas e ampliações de plantas existentes, reunindo investimentos de R$ 42 milhões e previsão de criar 325 empregos. O encontro, transmitido pelo canal do Youtube da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), teve os secretários de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio, e da Fazenda, Décio Padilha, no comando da pauta. “Pernambuco tem uma relação sólida com o setor privado e isso se mostra com mais esse número. Previsibilidade é um sinal que as empresas precisam na hora de tirar projetos do papel e a segurança no cumprimento de contratos é o que o nosso trabalho sempre mostra a partir dos esforços de todos os órgãos do governo. As ações de atração de novos negócios seguem dando resultados, apesar do cenário adverso causado pela pandemia, e consolida nosso compromisso de gerar negócios em todo o Estado, criando uma produção diversificada para fortalecer o setor e oferecendo oportunidades a todos os pernambucanos, da Região Metropolitana do Recife até o Sertão”, destacou o secretário Geraldo Julio. O destaque da reunião ficou com a empresa Iguatemi Gelados do Nordeste, que se instalará no município de Paudalho, na Mata Norte. A planta produzirá sorvetes, picolés e chocolate, com investimento previsto de R$ 2,5 milhões e geração de 88 empregos. Já em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, a Davilla Massas Alimentícias abrirá suas portas produzindo massas de pizza, de coxinha, pastéis, biscoitos e bolos. Estima-se a criação de 59 postos de trabalho e aportes na ordem de R$ 2 milhões para a instalação da fábrica. Também na Mata Norte, em Nazaré da Mata, a Pincéis Roma ampliará sua linha de produção e passará a produzir, também, mangueiras para gás, suportes para rolo de pintura, tampa para calhas e escova para limpeza de vaso sanitário. Para garantir essa nova operação, a empresa investirá R$ 20 milhões, com a previsão de contratar mais 52 pessoas. Ao todo, dez municípios foram contemplados, sendo quatro na RMR e seis no interior. No interior são: Feira Nova; Paudalho; Serra Talhada; Vitória de Santo Antão, Caruaru e Nazaré da Mata. Das 12 Regiões de Desenvolvimento (RD) de Pernambuco, seis deverão sediar as novas unidades ou ampliações industriais: Agreste Central (1), Agreste Setentrional (1), Mata Norte (3), Mata Sul (2), Sertão do Pajeú (2) e RMR (6).

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Recife doa sistema de vacinação digital contra a covid-19

Enquanto o País registra aglomerações e longas filas para a vacinação contra a covid-19, no Recife a imunização acontece de forma fluida e rápida, o que permite a capital sair na frente e ampliar os grupos de vacinação contra a doença antes de outros municípios. A explicação está na aposta da gestão de investir em um processo 100% digital. Agora, o que já era bom exemplo, vai poder ser multiplicado. O prefeito João Campos anunciou a doação do sistema desenvolvido pela Prefeitura do Recife para o cadastro, agendamento e também atendimento nos centros de vacinação a todos os municípios de Pernambuco e do Brasil que queiram seguir os mesmos passos.“Desde o início da vacinação aqui no Recife, nós tomamos a decisão de fazer tudo de maneira digital:o cadastro, o agendamento e a validação de todas as informações quando a pessoa chega no centro de vacinação. Tudo isso é feito dentro de um sistema que foi desenvolvido pela nossa equipe aqui da prefeitura e agora a gente vai fazer a doação, através da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), do grupo Unidos pela Vacina, para qualquer município de Pernambuco ou do Brasil que desejar utilizar esse sistema”, anunciou João Campos. O prefeito destacou que a ajuda será dada de forma gratuita, para multiplicar forças no combate à doença. “Nós vamos fazer isso porque a tomada de decisão do gestor ela é muito mais segura e mais rápida se tiver mais informações acerca de determinado tema. Isso nos ajudou muito e a gente entende que tudo aquilo que dá certo a gente tem que multiplicar e tem que fazer chegar a quem precisa. Então, qualquer gestor do Brasil que desejar o nosso sistema, ele vai estar disponibilizado de forma gratuita para ajudar a vacinação no nosso País”, completou. O Recife foi a primeira capital do Nordeste e uma das primeiras do Brasil a iniciar a vacinação em diversos grupos prioritários, como aquele formado por idosos com 64 anos ou mais. Em um único dia, a capital pernambucana já alcançou a marca de 8,2 mil pessoas vacinadas, sem filas ou aglomerações. Até o momento, 198.445 pessoas foram vacinadas no Recife. Dessas, 62.874 receberam a segunda dose do imunizante e já concluíram o esquema vacinal. Todo o processo é feito através da plataforma Conecta Recife. Os recifenses, liberados ou não para a vacinação, podem realizar o cadastro através do site www.conectarecife.recife.pe.gov.br ou do app Conecta Recife, disponível gratuitamente na PlayStore, para Android, e AppStore, para quem utiliza o sistema iOS. Todas as pessoas cadastradas são notificadas quando o agendamento abrir para o grupo da qual elas fazem parte. Agendar é simples: basta escolher o local, data e horário da imunização e levar a documentação anexada no cadastro (documento oficial com foto e comprovante de residência no Recife) no dia do atendimento. CONSÓRCIO CONECTAR - O Recife integra o Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras - Conectar, iniciativa liderada pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) para aquisição de imunizantes pelos municípios brasileiros, com o objetivo de reforçar o Plano Nacional de Imunização (PNI). A FNP é formada hoje por 412 municípios com mais de 80 mil habitantes, correspondendo a 61% da população do País e 70% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Ao todo, mais de 2 mil municípios fazem parte do grupo que busca a aquisição de vacinas junto aos laboratórios de todo o mundo.

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Jornalismo é essencial em situações de caos como a que vivemos.

Com a popularização desse oceano de notícias que é a internet não faltaram profetas do apocalipse da comunicação assegurando que o jornalismo estava com os dias contados. Afinal, agora, todo usuário da web passou a ser também um produtor de informação. Mas, o tempo e a Covid-19 mostraram que a essência do fazer jornalístico continua imprescindível. “Esse tipo de informação, verificada, de qualidade e contextualizada, vai ser sempre essencial, seja em que formato for”, garante Lívia de Souza Vieira, professora da Faculdade de Comunicação da UFBA (Universidade Federal da Bahia). “Em momentos de incerteza, os cidadãos procuram informações confiáveis e, no caso da pandemia, isso é mesmo uma questão de vida ou morte”, endossa a acadêmica que é doutora em Jornalismo pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e editora da newsletter Farol Jornalismo, que aborda pesquisas e tendências do setor. Neste momento em que a Algomais completa 15 anos, Cláudia Santos conversou com a especialista sobre as perspectivas do jornalismo, a viabilidade dos modelos de negócios para o setor e o uso das novas tecnologias. Durante a pandemia, houve um aumento da procura por informação jornalística e de assinantes. A senhora acredita que esse cenário positivo deve se manter? Como o jornalismo pode se destacar no imenso mar de informações da internet? Sim, houve um aumento da procura por jornalismo, ou seja, por informação confiável, durante a pandemia. Canais de TV, sites jornalísticos, bateram recordes de audiência em diversos países do mundo, inclusive aqui no Brasil. E não só de audiência, mas houve também um aumento do número de assinantes: o New York Times, por exemplo, ganhou 600 mil novos assinantes nos três primeiros meses de 2020. Isso compensou, em parte, a queda das receitas vindas da publicidade durante esse período. Esse cenário positivo mostra que o jornalismo é essencial em situações de caos como a que a gente está vivendo. Em momentos de incerteza, os cidadãos procuram informações confiavéis e, no caso da pandemia, isso é mesmo uma questão de vida ou morte. Eu acredito que a audiência pode até diminuir ou estagnar depois que a pandemia terminar (e reter essa audiência é um grande desafio para os veículos), mas como o jornalismo correspondeu muito bem a essa procura, pavimentou-se um bom caminho em direção ao aumento da credibilidade e da confiança, que são tão importantes nesses tempos de desinformação. O jornalismo pode se destacar não só produzindo informação de qualidade mas, também, criando estratégias de circulação dessas informações para que elas atinjam o maior número de pessoas. É importante não só a diversidade de pautas e assuntos mas, também, de profissionais e de fontes. Um veículo com profissionais negros, LGBTs, com necessidades especiais, vai também ser mais sensível a essas pautas. A diversidade tornou-se um tema imprescindível na pauta jornalística? Sim, não só diversidade de pautas e assuntos mas, também, diversidade de profissionais e de fontes. E uma coisa está relacionada à outra. Um veículo com profissionais negros, LGBTs, com necessidades especiais, vai também ser mais sensível a essas pautas e seus repórteres vão procurar especialistas que também representem essa diversidade. É um círculo virtuoso. O jornalismo nas periferias, por exemplo, tem crescido muito no vácuo que os grandes veículos deixaram ao longo dos anos por ignorarem ou estereotiparem essas comunidades. Qual o futuro do jornalismo local e como a senhora analisa a existência dos chamados “desertos de notícias”, lugares onde não há informação jornalística local disponível para as pessoas que vivem neles? A questão dos “desertos de notícias” impacta o jornalismo local e até a maneira de consumir informação no futuro, pois ela depende muito das condições de acesso. A qualidade da conexão de internet e a própria existência dela são fundamentais para como as pessoas vão se informar no futuro. No Brasil, cerca de 70% das pessoas têm acesso à internet, então ainda existem cerca de 47 milhões de brasileiros sem internet. Esse é um dado importante. Há ainda muitos “desertos de notícias” no Brasil, ou seja, municípios sem cobertura jornalística local. O último levantamento do Atlas da Notícia mostrou que os “desertos de notícias”, quando somados aos “quase desertos”, ainda atingem 29,6% da população brasileira. O que eu acho que vai sempre existir é a necessidade de fornecer ao cidadão informações que vão ajudar nas decisões do seu dia a dia, na sua vida em comunidade e na maneira como ele age em sociedade. Esse tipo de informação, verificada, de qualidade e contextualizada, vai ser sempre essencial, seja em que formato for. Analistas têm apontado que as pessoas estão demandando um jornalismo mais propositivo. O que a senhora acha dessa análise? O jornalismo de soluções, ou propositivo, tem ganhado força não por passar uma visão positiva dos fatos, mas por não encerrar a apuração no fato em si, na tragédia. A ideia é contextualizar, de maneira a apresentar ao leitor as soluções possíveis para determinado problema. Pesquisas têm mostrado que as pessoas estão cada vez mais evitando as notícias (news avoidance), porque elas as deixam tristes, ansiosas e mal-humoradas. Estamos vendo isso acontecer nesta pandemia. Então, o que o jornalismo de soluções procura fazer é apresentar caminhos possíveis, não de maneira romântica ou ilusória, mas de modo a contextualizar os diferentes cenários, comparar com outros, para trazer uma visão mais holística do problema relatado. Assine a Revista Algomais e leia a entrevista completa na Edição 180.5: assine.algomais.com

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Sistema Hapvida doa estruturas modulares transformadas em 20 leitos de UTI

O governador Paulo Câmara anunciou, em pronunciamento ontem (28), que Pernambuco ultrapassou a marca de 500 leitos abertos em 28 dias para o enfrentamento à Covid-19. O anúncio aconteceu após uma visita ao Hospital de Referência à Covid-19 – unidade Olinda, localizado na maternidade Brites de Albuquerque. A unidade teve sua capacidade ampliada, com mais 20 leitos de UTI. A expansão foi instalada, na área externa do serviço de saúde, em 15 estruturas modulares doadas ao Estado pelo Sistema Hapvida. As estruturas modulares, com investimento em torno de R$ 1 milhão, têm 250m² de área total, contam também com camas doadas pelo Hapvida e receberam do governo do estado os equipamentos para transformação em leitos de UTI. Com as novas vagas, a unidade passará a contar com 120 leitos, sendo 70 de UTI. “Estamos satisfeitos de podermos fazer parceria, buscando melhorar a vida do povo, cuidar das pessoas. É uma estrutura de qualidade e o atendimento vai ajudar muito aqui à estrutura que já existe na Brites de Albuquerque. O Hapvida nos mostrou uma alternativa, que foi a construção dessa estrutura com contêineres que eles já tinham montado no Rio Grande do Norte e agora disponibilizam para Pernambuco, que vai nos ajudar num momento difícil. Está tudo pronto, com equipamentos de alta qualidade, estrutura física também está montada, então é só as equipes chegarem, a partir desta segunda-feira, e nós já vamos contar com mais 20 leitos de UTIs para nossa rede pública, e com certeza vai nos ajudar a salvar vidas nesse momento tão difícil que passa o nosso estado, que passa o nosso país”, afirmou o governador Paulo Câmara. O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, destacou a importância da parceria privada. “ É uma grande satisfação para o estado de Pernambuco, receber esse tipo de colaboração. Temos feito, ao longo do enfrentamento à covid-19, a maior operação sanitária, logística de mobilização de equipamentos, insumos, recursos humanos, de sua história. Essa unidade marca uma parceria entre o setor público e a iniciativa privada da empresa Hapvida, que se dispôs a nos ajudar com esse módulo aqui. São mais 20 leitos de UTI que a gente vai colocar à disposição do Sistema Único de Saúde. Para se ter ideia do tamanho desse esforço, nunca antes visto na história, nós estamos chegando com essa unidade aqui, a mais de 500 leitos de UTI abertos apenas neste mês de março, nesses 28 dias”, destacou. O Sistema Hapvida não mede esforços para salvar vidas, principalmente nesse atual momento da pandemia. A partir de experiências que deram bons resultados em Wuhan, cidade na China, epicentro do surto do novo coronavírus, o Sistema Hapvida também utilizou contêineres no tratamento de pacientes no estado do Rio Grande do Norte, contribuindo para a reabilitação de pacientes que foram infectados. “Essa iniciativa extrapola os limites das nossas fronteiras, Pernambuco é a nossa segunda principal praça do Sistema Hapvida e dessa forma a gente estende à toda a população do estado a nossa ajuda nesse momento de crise da saúde mundial.Essa estrutura tem uma grande virtude, que é a versatilidade na montagem. Ela serve tanto para leitos de enfermaria como para leitos de UTI. E, aqui em Pernambuco, foi definido um padrão de leitos de UTI. Uma outra grande virtude é a velocidade com que se consegue viabilizar o equipamento. Para essa estrutura, entre a chegada e a entrega de hoje, estamos falando em torno de 10 dias”, explicou o vice-presidente administrativo da Hapvida, André Melo.

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Butantan desenvolve a primeira vacina nacional contra covid-19

O Instituto Butantan anunciou hoje (26) que começou a desenvolver a produção-piloto da primeira vacina brasileira contra o novo coronavírus. A expectativa é que os ensaios clínicos de fases 1 e 2 em humanos comecem em abril, o que ainda precisa de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Chamada de ButanVac, essa seria uma vacina desenvolvida e produzida integralmente no Butantan, sem necessidade de importação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA). Segundo o governo, os resultados dos testes pré-clínicos realizados com animais se mostraram “promissores”, o que permitiria evoluir para estudos clínicos em humanos. A produção-piloto do composto já foi finalizada para aplicação em voluntários humanos durante os testes. Os resultados da pesquisa clínica em humanos vão determinar se a vacina é segura e tem resposta imune capaz de prevenir a covid-19. “Este é um anúncio histórico para o Brasil e para o mundo. A ButanVac é a primeira vacina 100% nacional, integralmente desenvolvida e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, que é um orgulho do Brasil. São 120 anos de existência, o maior produtor de vacinas do Hemisfério Sul, do Brasil e da América Latina e agora se colocando internacionalmente como um produtor de vacina contra a covid-19”, disse o governador de São Paulo, João Doria. Para a produção da vacina, o instituto deverá usar tecnologia já disponível em sua fábrica de vacinas contra a gripe, a partir do cultivo de cepas em ovos de galinha, que gera doses de vacinas inativadas, feitas com fragmentos de vírus mortos. A iniciativa do novo imunizante faz parte de um consórcio internacional do qual o Instituto Butantan é o principal produtor, responsável por 85% da capacidade total, de acordo com o governo do estado, e tem o compromisso de fornecer a vacina ao Brasil e aos países de baixa e média renda. Diretor-presidente do Butantan, Dimas Covas, avaliou que a tecnologia utilizada na ButanVac é uma forma de aproveitar o conhecimento adquirido no desenvolvimento da CoronaVac, vacina desenvolvida em parceria com a biofarmacêutica Sinovac, já disponível para a população brasileira. “Entendemos a necessidade de ampliar a capacidade de produção de vacinas contra o coronavírus e da urgência do Brasil e de outros países em desenvolvimento de receberem o produto de uma instituição com a credibilidade do Butantan. Em razão do panorama global, abrimos o leque de opções para oferecer aos governos mais uma forma de contribuir no controle da pandemia no país e no mundo”, disse Covas. Segundo ele, a parceria com a Sinovac será mantida e não haverá nenhuma alteração no cronograma dos insumos vindos da China. A previsão do diretor-presidente do Butantan é que será possível entregar a vacina brasileira ainda este ano. “Após o final da produção da vacina contra Influenza, em maio, poderemos iniciar imediatamente a produção da Butanvac. Atualmente, nossa fábrica envasa a Influenza e a CoronaVac. Estamos em pleno vapor”, disse. Tecnologia A tecnologia da ButanVac utiliza um vetor viral que contém a proteína Spike do coronavírus de forma íntegra. O vírus utilizado como vetor nesta vacina é o da Doença de Newcastle, uma infecção que afeta aves. Por isso, o vírus se desenvolve bem em ovos embrionados, o que permite eficiência produtiva em um processo similar ao utilizado na vacina de influenza, conforme divulgou o Butantan e o governo estadual. “O vírus da doença de Newcastle não causa sintomas em seres humanos, constituindo-se como alternativa muito segura na produção. O vírus é inativado para a formulação da vacina, facilitando sua estabilidade e deixando o imunizante ainda mais seguro”, diz Butantan.

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Governo de Pernambuco estende quarentena até 31 de março

Do Governo de Pernambuco O governador Paulo Câmara anunciou, em um pronunciamento nesta quinta-feira (25.03), que o Estado vai estender a quarentena mais rígida até o próximo dia 31 de março. Com isso, Pernambuco completará 14 dias seguidos de medidas restritivas em todo o território. O governador comunicou ainda que já a partir do dia 1º será colocado em prática um novo plano de convivência com a pandemia da Covid-19, com regras válidas até o dia 25 de abril. “As atividades econômicas poderão reabrir das 10h às 20h nos dias de semana, e das 9h às 17h aos sábados, domingos e feriados. As praias voltarão a ter atividades físicas individuais permitidas, e a volta às aulas estará liberada a partir do próximo dia 5 de abril, para a rede privada e para o ensino médio da rede estadual”, detalhou Paulo Câmara sobre as novas medidas, esclarecendo também que as celebrações religiosas poderão voltar a acontecer, desde que obedecendo aos protocolos e horários pré-estabelecidos. Segundo o governador, a flexibilização das restrições não significa que a pandemia foi superada em Pernambuco. “Pelo contrário, temos um caminho longo pela frente até a superação total desse flagelo. Todos já sabemos quais são as atitudes que permitem conviver com a doença. Faça a sua parte, use máscara e oriente as pessoas que estejam relaxando nos cuidados básicos”, advertiu Paulo Câmara, acrescentando que considera o atual momento decisivo na luta contra a doença, que já dura mais de um ano.

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Unimed Recife no ranking dos melhores hospitais do mundo

A revista norte-americana Newsweek, em parceria com a empresa global de pesquisa Statista Inc, publicou o mais recente ranking dos melhores hospitais do mundo. O Hospital Unimed III aparece como o melhor de Pernambuco, o segundo melhor do Nordeste e o 34º do Brasil. O ranking da Newsweek é um dos mais respeitados no mundo e avalia vários pontos, entre os quais equipes médica e de enfermagem e o uso de tecnologia de ponta. A lista aponta hospitais de 25 países, como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Brasil e Canadá. O Hospital Unimed Recife III é ainda o primeiro hospital da América Latina 100% digital com certificação internacional da HIMSS Analytics. Este ano, a Unimed Recife completa 50 anos de atuação no estado.

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“Acreditamos no design como uma ferramenta a serviço da transformação.”

A experiência do Laboratório O Imaginário, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), é um exemplo de sucesso de como a a academia pode intervir de forma respeitosa nas comunidades e ajudá-las a empreender, gerar renda e, ao mesmo tempo, valorizar suas culturas e tradições, empoderando seus integrantes. “Imaginar que a sociedade banca a geração desse conhecimento (acadêmico) e não fazer uso dele é inadmissível”, defende Ana Andrade, arquiteta que coordena o Laboratório com a professora Virgínia Cavalcante. Só para ficar num exemplo deste trabalho, no quilombo Conceição das Crioulas, a confecção de bonecas inspiradas nas seis mulheres que fundaram a comunidade garante a sustentabilidade de seus integrantes e aumentou a autoestima das artesãs que, hoje, vendem as suas criações até para o museu Masp, em São Paulo. Nesta conversa com Cláudia Santos, Ana Andrade fala das estratégias e dos resultados desses 20 anos de atuação da iniciativa que transformou a vida de vários artesãos. Como surgiu a ideia da criação do Laboratório O Imaginário? Na época (2000), eu era diretora de cultura da UFPE e trabalhava com a pró-reitora Célia Campos, durante o reitorado de Mozart Neves. Nesse momento, tentando fazer as coisas mais eficientes e concisas, criamos o Centro Cultural Benfica. Ele reunia todo o acervo da universidade em termos de arte, arte popular e arte contemporânea. Constatamos que tínhamos um acervo valiosíssimo na área de arte popular. Fui professora do Departamento de Design da UFPE, durante muitos anos, e essa aproximação deu um estalo, confirmado com oportunidades que aconteciam, naquela época, com o Programa Comunidade Solidária, no governo de Fernando Henrique e que teve como figura muito marcante a doutora Ruth Cardoso. Ela fez um fortalecimento da extensão universitária e provocou uma grande aproximação da universidade com programas de inclusão social do Comunidade Solidária. Havia os programas Artesanato Solidário e o Universidade Solidária. Assim, a pró-reitoria de extensão, juntando as diretorias de Cultura e de Extensão, investiram nesse programa que buscava fazer com que o estudante reconhecesse essas realidades diferentes daquela em que ele estava inserido e pudesse e contribuir. Unimos essas oportunidades e, daí, surgiu o Laboratório, que é um laboratório de design formado por professores do Departamento de Design da UFPE, mas também por outros professores de outros departamentos, bem como estudantes e técnicos, com a ideia de fazer com que o design, de fato, seja um instrumento da sustentabilidade. Acreditamos no design como uma ferramenta que pode estar a serviço da transformação. Como vocês conseguem introduzir o design, agregando valor ao artesanato, sem ferir a essência e a tradição artesanal? Há duas questões que precisamos pontuar. A primeira é o respeito ao conhecimento popular. Mesmo sendo da academia, temos que reconhecer o valor do conhecimento popular, das pessoas e de seus saberes. Essa questão de valor e respeito está intrínseca na ação junto a qualquer comunidade, não só a comunidade artesanal. O outro ponto é que o design tem uma natureza interdisciplinar. Só se consegue fazer design se houver uma boa interlocução com o contexto. Neste sentido, existem as questões relativas à forma, ao material e à maneira de se produzir. E há também as questões relacionadas às suas funções: como e para que se usa determinado objeto, como ele deve ser feito para ser usado melhor e proporcionar mais conforto e segurança e, até mesmo, incluir a questão plástica, se imaginarmos que decoração é também uma função. Existem ainda as questões relativas aos significados que são relacionadas também ao valor nessa interlocução com o mercado e na valorização do contexto. Então, respondendo, eu diria o seguinte: o design, pela sua natureza, tem a capacidade de fazer essa interlocução com o mercado e ela tem que ser feita com base no respeito ao conhecimento e ao valor dessas pessoas com quem se está lidando. Você poderia contar a experiência d’ O Imaginário na comunidade quilombola Conceição das Crioulas no Sertão? A experiência em Conceição das Crioulas foi fundamental porque foi por intermédio dela que conseguimos fazer um desenho de um modelo de intervenção. Inicialmente, nós trabalhávamos com o Sebrae para atender grupos de artesãos de diversas localidades, com diversos interesses. O que observamos nesse modelo era que as oficinas que realizávamos para os artesãos não tinham sustentabilidade. Terminada a oficina, não havia continuidade porque conciliávamos interesses, modos de fazer e histórias diversos. A oportunidade de atuarmos em Conceição das Crioulas, através do programa Universidade Solidária e depois do Artesanato Solidário, permitiu desenharmos um modelo que tinha como foco a comunidade, sua história, seus valores, seus desejos e seus produtos e, a partir desse entendimento, montava-se uma ação que não visava apenas ao produto dos artesãos, mas o produto, a forma de fazer, a história do local, as oportunidades que o local fornecia e as capacitações para inclusão de mais pessoas nesse fazer, a melhoria desse fazer, todas as questões que poderiam valorizar o local a partir de um produto simbólico que foram as bonequinhas de Conceição. Por meio delas, traduziu-se toda a história da comunidade, seu mito fundador das seis negras que compraram as terras ao imperador, começaram a plantar algodão e ergueram o povoado. A junção dessas oportunidades e esses reconhecimentos garantiram o sucesso de um projeto. A gente conseguiu fazer com que ele continuasse acontecendo, independentemente da gente estar presente no local durante todos esses anos. Elas hoje expõem no Masp, trabalham e o protagonismo da mulher foi fortalecido. Os homens se inseriram para facilitar e aumentar a produção. Enfim, realizamos tudo que achávamos que podia acontecer nessa maneira de fazer. Não é só fazer oficinas específicas, mas investir, inclusive, naquilo que a comunidade queria naquele momento, que era o reconhecimento do seu território nas brigas de terra com os posseiros. Para ajudar, chegamos até a fazer site e um jornal chamado Crioulas. Todas essas ações, inclusive, de comunicação, ajudaram a tornar o projeto, de fato, sustentável com o empoderamento das quilombolas. Leia a entrevista completa na Edição 180.3 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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