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"Portadores de hipertensão e diabetes são os mais propensos a ter doença renal crônica"

No mês em que é realizada a campanha do Dia Nacional do Rim, a nefrologista Ana Carolina Pessoa alerta para a importância do diagnóstico precoce da doença renal crônica que só apresenta sintomas numa fase avançada e que pode levar o paciente à necessidade de hemodiálise ou de transplante. É comum algumas pessoas percorrerem vários consultórios médicos com queixas de cansaço, fadiga, falta de apetite, náuseas e vômitos, sem ter um diagnóstico preciso e um tratamento para eliminar os sintomas. Até o momento em que recebem de um nefrologista a notícia de de serem portadoras da doença renal crônica (DRC). Esse desconhecimento da enfermidade levou a Sociedade Brasileira de Nefrologia a focar a Campanha do Dia Mundial do Rim (que ocorre neste mês de março) em ações de educação sobre a DRC. Nesta entrevista a Cláudia Santos, a nefrologista Ana Carolina Pessoa, dos hospitais da Restauração e Infantil Maria Lucinda, explica as causas da doença, que tem levado 140 mil brasileiros a serem submetidos à hemodiálise. A boa notícia é que ao se adotar hábitos saudáveis e fazer check ups frequentes, é possível prevenir ou retardar por muitos anos o desenvolvimento e a progressão da doença renal crônica. Este ano a Sociedade Brasileira de Nefrologia decidiu focar a campanha do Dia Nacional do Rim na educação sobre a doença renal crônica. Por quê? A doença renal crônica é a lesão irreversível da função dos dois rins – quando mantida por três meses ou mais – e suas causas mais frequentes no Brasil e no mundo são a hipertensão arterial sistêmica e a diabetes mellitus, doenças muito prevalentes na população. A doença renal crônica é silenciosa, ou seja, não causa sinais ou sintomas que levem os pacientes ao médico por causa dela. A grande maioria não sabe que apresenta problemas nos rins. Quando a doença já está muito avançada e a taxa de filtração de ambos os rins, muito reduzida, alguns pacientes podem procurar um serviço de saúde com queixas de cansaço, fadiga, falta de apetite, náuseas e vômitos. E apenas nos exames de sangue, muitas vezes numa UPA ou serviço de emergência, é que é flagrado o aumento da creatinina, o mais utilizado marcador da função dos rins. Não é incomum que o paciente procure um médico por essas mesmas queixas e acabe recebendo medicações para o estômago, vitaminas etc. e o diagnóstico de doença renal crônica não é realizado, mesmo após o paciente procurar diversos médicos. Infelizmente, muitas vezes, ele já chega ao hospital com doença renal crônica terminal, com necessidade de diálise de urgência, sem nunca ter antes recebido o diagnóstico de doença renal. Este ano a Campanha da Sociedade Brasileira de Nefrologia foca na educação sobre a doença em três pilares: educação para a comunidade – para que saiba mais sobre as doenças renais numa linguagem mais coloquial – educação para os profissionais de saúde, informando que na atenção básica, mesmo fora da população de risco, deve-se solicitar a dosagem da creatinina e o sumário de urina para fazer um check-up, uma triagem dos pacientes. Outro ponto: a função renal do paciente pode estar alterada mesmo com a creatinina dentro do valor normal para o laboratório de análise – isto porque o valor da creatinina depende da massa muscular do paciente. Exemplo: uma senhora idosa de 85 anos com 50 Kg com uma creatinina de 1,2 mg/dL tem a taxa de filtração dos rins bem menor que um jovem de 24 anos com 90 Kg com o mesmo valor de creatinina. O médico pode achar que a creatinina esteja dentro da faixa do valor de referência do laboratório e não deva encaminhar o paciente para o nefrologista. Por isso, é importante utilizar as calculadoras nefrológicas disponíveis no site da Sociedade Brasileira de Nefrologia e a mais utilizada é a CKD-EPI. A campanha deste ano também foca na educação dos formuladores de políticas em saúde pública, uma vez que a doença renal crônica é uma ameaça global à saúde pública, mas nunca priorizada nas agendas governamentais de saúde. Do ponto de vista populacional, programas de detecção de rastreamento precoce da doença deveriam ser incentivados. Quanto mais precocemente a doença renal crônica for detectada, melhor será a qualidade de vida para os pacientes, menores as taxas de mortalidade e sem contar a menor necessidade das terapias renais substitutivas (hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal) que mudam a vida do paciente e são muito caras para o Estado. Repetindo: o ideal é o diagnóstico precoce para que nós, nefrologistas, possamos atuar no sentido de diminuir a progressão da doença renal, talvez estabilizá-la por longos períodos e, caso o paciente necessite de uma terapia renal substitutiva, que ele chegue a esta terapia com boa qualidade de vida e bem-preparado – não precise iniciar hemodiálise de urgência nas grandes emergências como acontece atualmente. Qual a prevalência na população e qual o número de mortes que a doença renal crônica causa? Existem cerca de 140 mil pacientes em hemodiálise no Brasil. Mas esse número representa apenas os pacientes no estágio V, ou terminal. Muitos outros pacientes apresentam os estágios I, II, IIIa, IIIb e IV e nem sabem que são portadores de doença renal crônica. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, a prevalência da doença renal crônica no mundo é de 28% a 46% em indivíduos acima dos 64 anos de idade. De acordo com KDOQI (Kidney Disease Outcomes Quality Initiative) nos Estados Unidos, a doença renal crônica atinge cerca de 15% de toda a população adulta (acima de 18 anos de idade). Estima-se que em 2040 a doença renal crônica poderá ser a quinta maior causa de morte no mundo. A prevalência aumenta em todo o mundo junto com o envelhecimento da população e os maus hábitos de vida: quanto mais pessoas com diabetes e hipertensão sobreviventes, maiores as chances dessas populações começarem a apresentar complicações, incluindo a doença renal crônica. Outra causa pouco comentada é a presença de lesões renais agudas de repetição, que acomete, por exemplo, um idoso

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Recife recebe Feira de Flores de Holambra no mês das mulheres.

São mais de 200 espécies de plantas e flores ornamentais a partir de R$5 A Feira de Flores de Holambra acontece durante o mês de março no Home Center Ferreira Costa. Além de representar uma homenagem às mulheres no mês de março, o evento também pretende ser uma vitrine para os pequenos produtores e estimula o empreendedorismo. A Feira vai até o dia 22 de março, acontece das 08h às 21h, de segunda a sábado, e das 09h às 18h, aos domingos. Nesta edição, ela está sendo realizada no estacionamento da Ferreira Costa da Imbiribeira. As rosas, que costumam ser a campeãs de vendas no período do Dia das Mães, podem ser encontradas em diversos tamanhos e cores. Também há opções de orquídeas, girassol, margarida, flor de Maio, entre outras. A organização informa que são mais de 200 espécies de plantas e flores ornamentais, que podem ser cultivadas tanto em ambientes internos quanto externos. Todos os produtos que fazem parte da exposição serão comercializados a preços populares, a partir de R$ 5,00. E para os visitantes que ficarem na dúvida sobre quais as melhores plantas para sua casa, os floricultores estarão oferecendo orientações no local.

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Publicação apresenta experiências e desafios da carreira dos diplomatas

*Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais Os Diplomatas e suas histórias é uma coleção de crônicas escritos por vários diplomatas brasileiros e por alguns estrangeiros, que narram fatos, reflexões e os dilemas dessa carreira que é valorizada, mas pouco conhecida da maioria dos brasileiros. O livro foi organizado pela embaixadora brasileira Leda Lúcia Camargo - que já atuou em embaixadas de Washington, Buenos Aires, Roma e na missão junto à União Europeia em Bruxelas - e publicado pela editora Francisco Alves. “O exercício da carreira de diplomata é desconhecido pelas pessoas: a ideia limitada que poucos têm dessa atividade é a de que é cercada de vantagens, uma fantasia de viagens, e desconhecem que nosso dia a dia traz inúmeros sacrifícios, também para filhos e cônjuges, com mudanças a cada 3 anos, e que o desgarro constante faz perder afetos, apesar da imensa honra de representar o país 24h por dia, 7 dias por semana. Trabalha-se com discrição, e certa confidencialidade, para não ser submetido a pressões, e às vezes se é mal interpretado. Os diplomatas têm sempre presente que a carreira é uma instituição de Estado e não de Governo e que precisam prestar contas à sociedade, através da imprensa e formadores de opinião, e por isso os autores, mesmo com pequenas crônicas, se dispuseram a revelar, com suas experiências, que bons princípios prevalecem, que a politica externa é regida por valores de nação e que amadorismo diplomático custa caro”, afirmou a organizadora. A embaixadora conta que o livro foi escrito para o público em geral, que terá a oportunidade de conhecer um pouco do que fazem os diplomatas que ao promover a cultura, o turismo, as exportações, atrair investimentos, estão protegendo o emprego de seus concidadãos, sua autoestima e a imagem positiva do país. “As histórias mostram um pouco que os temas com que trabalhamos atingem o cotidiano das pessoas, de antirretrovirais à importação e exportação de produtos agrícolas da mesa diária, da necessidade ou não de vistos para viajar à proteção de nacionais no exterior. Neste momento do terrível ataque russo à Ucrânia, alguém lembra que enquanto tantos querem sair do vitimado país, os funcionários do Itamaraty lá permanecem - e durante esse caos ainda são reforçados com outros- para tentar facilitar os que precisam ajuda?” Entre os 25 autores que compartilharam suas experiências no livro estão o ex-chanceler Celso Amorim, Rubens Rícupero, Marcos Azambuja e a embaixadora Katia Gilaberte, que atualmente é chefe do Escritório de Representação do Itamaraty no Nordeste, sediado no Recife. Leda Lúcia Camargo explica que todos resumem um pouco o que anos de exercício da diplomacia ensinam. “Ser firme sorrindo, conceder em algo quando necessário para não haver rompimento, mas subserviência jamais”. A organizadora do livro afirma que todos passam por sacrifícios, que se aprendem desde cedo na carreira. “O prazer maior vem do resultado e reconhecimento pelo trabalho desempenhado, subindo os degraus da carreira. Não se é diplomata só pelo bom senso, como não se chega a ser aviador ou engenheiro sem muito preparo e esforço. As histórias revelam que em meio à rotina indispensável de "papeis e palavras" em que se vive - e que também proporciona privilégios e honras ao participar de eventos notáveis e a conviver com pessoas excepcionais-, a diplomacia acarreta situações dramáticas e imprevistos inimagináveis”. A embaixadora Leda Lúcia destaca que o livro inclui também alguns fatos históricos nunca antes narrados e, entre alguns, uma pesquisa documentada que revela uma versão completamente nova sobre um episódio que envolveu de forma descabida o pai da Rainha Silvia da Suécia. Katia Gilaberte, que atualmente representa o Itamaraty no Nordeste, participa do livro com as crônicas “Punhos de renda”, “Entre pontes e muros” e “Diáspora”. Ela conta que aceitou o convite da amiga e colega de turma Leda Camargo para participar do projeto com o objetivo de contribuir para ampliar o conhecimento da carreira dos diplomatas entre a população que conhece pouco sobre a importância das relações internacionais.“A princípio, confesso que relutei, pois, para além do meu trabalho como chefe do Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores para o Nordeste, estava profundamente envolvida na confecção de dois livros para crianças. A Leda insistiu e aderi de coração à iniciativa, que abre uma oportunidade importante para mostrar que a vida diplomática está longe do glamour que subsiste no imaginário da maioria das pessoas, exige muito empenho, estudo e sacrifícios, e que nós, os diplomatas, somos, acima de tudo, servidores do Estado, comprometidos com os interesses do país e o bem-estar de sua população, com a paz e a cooperação internacionais. Ainda, somos muitas vezes atores e testemunhas de fatos que constroem a História do nosso tempo, como evidencia o rico caleidoscópio de crônicas que compõem o livro”, afirma. Em “Punhos de renda”, ela escreve com humor e ironia um relato sobre o estado deplorável da residência oficial em Dacar. Quando ela foi designada como Embaixadora junto ao Senegal, em 2005, Katia teve alguns desafios para se instalar. “Tive de limpá-la eu mesma, acompanhada de uma arquiteta que à época me assessorava, munidas de mangueiras, vassouras e esfregões. A casa gigantesca, fechada por mais de dois anos e meio na ausência de um titular do posto, estava recoberta de lama e sujeira. Vivi por dois anos e meio nesse imóvel, próprio nacional inaugurado por João Cabral de Melo Neto em 1974, com placas de concreto que se desprendiam perigosamente do telhado, até que tivessem início as obras de restauração”. O texto busca desconstruir o estereótipo de punhos de renda que até hoje se cola aos diplomatas.A crônica entre pontes e muros expõe uma certa amargura da diplomata no seu percurso no Ministério das Relações Exteriores, sobretudo, no que tange à misoginia, quase sempre escudada na hierarquia. Ela revela, no entanto, também seu orgulho quanto aos resultados palpáveis de projetos de cooperação que, com o apoio inestimável de instituições brasileiras de excelência, pôde desenvolver no Senegal, em especial, o da anemia falciforme no Centro Pediátrico de Dacar, que

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Saiba onde encontrar o Passaporte Pernambuco Gigante para fazer a sua foto

Dez peças instaladas em pontos estratégicos da Região Metropolitana do Recife compõem o circuito de esculturas em tamanho mega Recife, 1 º de março de 2022 - Pontos turísticos da Região Metropolitana do Recife ganharam mais cores com a instalação das versões mega do famoso Passaporte Pernambuco. A ação do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo e Lazer e da Empetur, busca aproximar cada vez mais os pernambucanos e turistas dos principais destinos turísticos do Estado, despertando neles o desejo de “pernambucar”. Ela anuncia também a “Exposição Bora Pernambucar”, que começa no próximo dia 8 no RioMar Shopping. “A ação do Passaporte Pernambuco Gigante foi pensada para ser um convite para todos irem visitar a Exposição Bora Pernambucar, que vai reunir game, mapa gigante do Estado e muita informação sobre os nossos principais destinos. É uma exposição gratuita, para informar e divertir. E os Passaportes Gigantes também seguem este conceito, de unir informação e entretenimento, por meio das obras de artistas locais e informações de alguns destinos. Queremos convidar todos a percorrer este circuito de Passaportes, fazer fotos e postar nas redes sociais”, salienta o secretário de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes. Entre os artistas plásticos que desenvolveram obras especialmente para o projeto estão Dani Acioli, Carla Lima, Galo de Souza, Manoel Quitério, Johny Cavalcante, Vacilante, Priscila Lins, Jota ZerOFF, Andrea Tom e Arbos. Dez pontos turísticos de Olinda e Recife compõem o Circuito dos Passaportes Gigantes, entre eles a Praça do Arsenal e o Marco Zero, locais de grande circulação de pessoas no Bairro do Recife. No Sítio Histórico, o local escolhido foi o Alto da Sé. Na lista abaixo, confira outros locais que receberam as esculturas. CIRCUITO DOS PASSAPORTES GIGANTES Praça do Arsenal; Marco Zero; Segundo Jardim - Boa Viagem; Rua da Aurora; Alto da Sé - Olinda; Dona Lindu - Boa Viagem; Parque da Jaqueira; Centro de Artesanato; Pátio de São Pedro; Catamaran Tours

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Flaira Ferro: "A arte foi um hospital de almas durante a pandemia"

Flaira Ferro, cantora, compositora e dançarina, que tem uma forte relação com o Carnaval, fala sobre a não realização da Festa de Momo, das releituras do frevo misturado a outros ritmos, da sua trajetória e ressalta a importância das expressões artísticas nestes tempos de crise da Covid-19. Flaira Ferro nasceu em pleno Carnaval e ao fazer 6 anos de idade pediu para a mãe levá-la para conhecer o Galo da Madrugada. Ao chegar no maior bloco de rua do mundo, ela começou a imitar a multidão dançando frevo e logo uma roda se formou em torno dela de pessoas admiradas com a destreza da pequena passista. Com tal habilidade, ela foi estudar na Escola Municipal de Frevo com o mestre Nascimento do Passo e chegou a trabalhar com Antônio Nóbrega. Mesmo com toda essa biografia, a dançarina, cantora e compositora diz estar resiliente com o fato de não haver folia este ano. “A prioridade tem que ser a saúde pública e todas as formas de sustentar a vida”. Uma resiliência que não a impediu de cantar a música com PC Silva Um frevo pra pular fevereiro (https:// youtu.be/WVRNYsoLGyE), um lamento pela não realização da Festa de Momo, cujo clipe foi muito visualizado na pandemia. Nesta entrevista a Cláudia Santos, Flaira falou das novas releituras do frevo, dos seus projetos e da importância da arte neste período de pandemia. “Ela foi o nosso álibi, nosso lugar de nutrição do espírito, porque o que seria da gente sem poder ouvir música, sem poder assistir a filmes, sem poder ler livros?” Sua voz doce e tranquila cria um contraste interessante quando fala da fúria das suas letras sobre a condição da mulher e da sua geração que deu um novo impulso às questões feministas. “A raiva tem uma função fundamental para trazer equilíbrio quando as coisas estão muito opressoras.” Como tem sido pra você, que nasceu em pleno Carnaval, passar esse segundo ano sem a folia de Momo. “Me diz como a gente consegue esperar mais um ano?” como diz a canção Um frevo pra pular fevereiro. É sempre com muito pesar que a gente tem que atravessar esse momento, ainda mais pelo motivo que está impedindo o Carnaval de acontecer que é, de fato, essa pandemia em que a prioridade tem que ser a saúde pública e todas as formas de sustentar a vida. Então, óbvio que olhando mais do ponto de vista pessoal, a gente fica triste, querendo que que isso seja atravessado da forma mais rápida possível. Fico querendo inventar formas de criar um Carnaval em casa. Mas, se é pelo bem maior, acho que é muito importante trazer a consciência de que a gente não tem uma festa separada do contexto em que ela vive, né? O Carnaval, inclusive, é reflexo do momento histórico que a gente atravessa. Então, estou resiliente neste momento. É verdade que você começou a dançar frevo desde muito pequena? Minha relação com o Carnaval se deu logo na primeira infância, quando eu pedi de presente de aniversário de 6 anos a minha mãe para conhecer o Galo da Madrugada que é o maior bloco de rua do mundo. Eu via na televisão e ficava muito encantada com as imagens. Aí minha mãe atendeu o pedido e ali foi meu primeiro contato de que eu tenho a memória de estar adiante da dança do frevo, da música, com muita efervescência e me encantar muito com as pessoas, com aquela força lúdica, de ver os homens pintados, as mulheres fantasiadas, os idosos cheio de glitter. Lembro como um grande portal que eu estava conhecendo. A partir dali, eu imitava as pessoas nas ruas, imitava o povo dançando. Pedi para minha mãe uma sombrinha, mas era supercara R$ 50, que na época era muito dinheiro. Veio uma moça, amiga de minha mãe, que me deu a sombrinha e comecei a imitar as pessoas dançando. Logo se formavam rodas ao meu redor de pessoas apreciando ao me ver dançar. Eu tinha já uma facilidade de aprender, tinha uma coordenação motora que assimilava rápido os movimentos e a minha mãe viu que eu fiquei muito feliz. A partir daquele momento, teve todo um processo não de coincidências, eu diria de sincronicidades, que fizeram com que eu fosse parar na Escola Municipal de Frevo. E lá comecei a estudar com o fundador da escola, e criador do primeiro método de ensino do frevo que era Nascimento do Passo. Comecei a ter aulas, a participar de concursos, comecei a me destacar ganhando alguns prêmios como passista. E aí fui desembestando nos festivais de dança do Brasil, ganhando prêmios, sendo reconhecida e foi chegando a notoriedade, as mídias. Até hoje a dança é meu carro-chefe, é a minha primeira língua das artes, assim como o frevo é a matriz. Como você encara o frevo hoje? Muita gente reclama que é uma música só para o Carnaval, mas existem algumas releituras e misturas do ritmo e, por exemplo, na música Revólver você coloca uma atitude rock’n’roll no frevo. característica principal do frevo é a espontaneidade, é a improvisação, é a relação do povo em catarse. A música e a dança são meros reflexos dessas transformações do indivíduo, do corpo humano de quem nasce aqui, de quem bebe desse contexto de manifestações. Então, acredito que o frevo precisa acompanhar o nosso tempo e acompanhar as transformações das novas gerações que estão aí e das que estão vindo. Acho muito importante e é muito saudável a gente ter essa relação entre a tradição e a inovação de mãos dadas. Quando eu propus a música Revólver era o desejo mesmo de fazer uma canção que falasse de questões que estamos atravessando hoje, essa questão armamentista, essa ideia de solucionar a violência pelas armas, era um pouco essa brincadeira de falar do estado de espírito como o principal revólver para as transformações sociais. A própria estética sonora de fazer a música toda praticamente pelo computador, os beats serem timbres eletrônicos, era o desejo de experimentar estéticas

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Confira os 10 países que mais vacinaram no mundo

Com o avanço da vacinação no mundo, passamos a contabilizar os Países que lideram a vacinação completa (duas doses ou uma dose no caso da Janssen). O ranking abaixo foi elaborado a partir das informações do Our World in Data (https://ourworldindata.org), que faz o acompanhamento dos dados oficiais de imunização pelo mundo. A iniciativa tem apoio da Universidade de Oxford. A primeira lista abaixo é um cálculo do percentual da população de cada País que completou o ciclo de vacinação até a data de 20 de novembro. Consideramos no ranking Países com populações a partir de 1 milhão de habitantes. Ranking dos 10 países com maior percentual população completamente vacinada 1 - Emirados Árabes Unidos (94,84%) 2 - Portugal (92,29%) 3 - Singapura (89,82%) 4 - Chile (89,37%) 5 - Cuba (87,30%) 6 - Coreia do Sul (86,46%) 7 - China (85,48%) 8 - Espanha (83,37%) 9 - Camboja (81,68%) 10 - Dinamarca (81,57%) *Consideramos neste ranking os países com uma população de ao menos 1 milhão de habitantes **Esse é o cálculo do percentual da população que recebeu as duas doses ou uma dose da Janssen ***Nesses critérios, os Estados Unidos tem 64,68% da população vacinada e o Brasil 72,30% LEIA TAMBÉM . . O número abaixo é de aplicações de doses da vacina. Ranking dos 10 países com maior número absoluto de doses aplicadas 1 - China - 3,12 bilhões 2 - Índia -  1,77 bilhão 3 - Estados Unidos - 552,87 milhões 4 - Brasil - 391,97 milhões 5 - Indonésia - 344,26 milhões 6 - Japão - 226,39 milhões 7 - Paquistão - 209,44 milhões 7 - Vietnã - 193,41 milhões 9 - Bangladesh - 184,61 milhões 10 - México 181,64 milhões É possível ver esses dados em gráficos e outros números da vacinação no site: https://ourworldindata.org . *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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Brilho Feminino

Ana Cecília Santos Leal é um dos destaques do nosso mundo social. Hoje, está dividida entre o Recife e São Paulo, mas mantém sua atividade empresarial no Recife, junto com a educação dos filhos Pedro, Antônio e Júlia. Durante muito tempo comandou o Club Du Vin, de tão boas lembranças, e agora está à frente da representação do designer de joias Antônio Berardo e do espaço infantil Pé de Moleque. É também uma figura elegante e simpática, muito querida pelos amigos. A nova criação de César Santos César Santos, o chef pernambucano que é referência na gastronomia nacional, comemora os 23 anos do seu restaurante Oficina do Sabor, em Olinda, lançando um novo Prato da Boa Lembrança, usando frutos do mar. É um dos espaços que se tornou visita obrigatória dos turistas que visitam nosso Estado. Sem jatinho Nas suas constantes idas a Brasília, em busca de recursos para o Estado, Paulo Câmara utiliza voos de carreira, jatinho só em ocasiões especiais, em que se vê obrigado a viajar de urgência. Na maioria das idas ao interior, vai, com seus assessores de van. Nunca de helicóptero, que o governador confessa ter medo. Construção A rede internacional de materiais de construção Leroy Merlin, que tem 33 lojas no Brasil, faz prospecção para abrir uma filial no Recife, uma das três que projeta para nossa região. Raquel Lyra será candidata Raquel Lyra continua fazendo um elogiadíssimo trabalho como presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, enquanto se movimenta nos bastidores para ser candidata a prefeita de Caruaru. Vai disputar o pleito, preferencialmente pelo PSB, mas pode optar por outra legenda, caso não seja a escolhida pelo seu partido. Futebol O governo do Estado já decidiu que o programa Todos com a Nota, que distribuía ingressos para jogos do Campeonato Pernambucano, acabou definitivamente. Trânsito Os acidentes automobilísticos já são a quinta causa de morte no Brasil, mais que a marca mundial, onde está em nono lugar. E outros países, como a África do Sul, Tailândia e Rússia têm problemas com o grande número de acidentes com motos. Internacional Gustavo Krause confessa que o direito internacional foi a matéria que mais o atraiu na Faculdade de Direito do Recife. E brinca: "é o único ramo do Direito que conheço."

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Lebret e o Recife

O padre dominicano Louis Joseph Lebret realizou um Estudo sobre Desenvolvimento e Implantação de Indústrias Interessando a Pernambuco e ao Nordeste, que foi publicado sobre a forma de livro, em 1955, pela então Comissão de Desenvolvimento de Pernambuco (Codepe). Um dos líderes do movimento Economia e Humanismo, Lebret lançava um olhar humano e cristão sobre o debate político-ideológico entre os adeptos do capitalismo e os do socialismo, muito presente na década dos 50 como reflexo da Guerra Fria e dos rumos do desenvolvimento econômico no mundo que emergiu após o final da Segunda Guerra Mundial. A concepção de Lebret repousava na noção de organização do espaço ou de gestão do território dentro da tradição francesa de Aménagement Territoire. A sugestão de Lebret era fortalecer uma rede de cidades tanto no entorno mais próximo quanto longínquo do Recife para filtrar ou mitigar as migrações para a capital de forma a evitar que a cidade atingisse a “monstruosidade de um milhão de habitantes” (p.94). Para o Recife em si Lebret tinha propostas para a economia e para a organização urbana e colocava o porto como estratégico para o desenvolvimento da cidade. Lebret argumentava que o Porto do Recife teria que se expandir para o sul, limitado que estava a leste pela cidade e ao norte pela Marinha de Guerra (Escola de Aprendizes Marinheiros). O porto seria de cabotagem, pois não teria condições de receber grandes navios e deveria se expandir ao sul, na direção da bacia do Pina, onde proximamente existia um terreno favorável para acolher um estaleiro naval, tanques de combustíveis e possivelmente uma refinaria. Essa área identificada por Lebret no mapa que acompanha o estudo se situaria hoje por trás do Cais José Estelita, incluindo o Cabanga, território objeto de conflitos de interesse e de polêmicas urbanísticas que tem envolvido amplos setores da opinião pública recifense. Lebret concebia Recife então como uma cidade que deveria se industrializar, inclusive acolhendo empreendimentos pesados como uma refinaria. Essa concepção, por certo, seria hoje objeto de grande questionamento e de severas críticas por planejadores urbanos. Lebret também tinha uma preocupação com a mobilidade pois queria evitar que os trabalhadores se deslocassem grandes distâncias para chegarem ao local de trabalho e, por isso, recomendava que as áreas industriais deveriam ser construídas próximas das residenciais, constatando que no Recife “a descontinuidade é muito grande entre os locais de habitação e de trabalho da população operária” (p.95). A questão da mobilidade já era, portanto, abordada por ele. Sugere assim construir grandes anéis circulares estendendo-os até Olinda até encontrar “a grande estrada” que vai para o norte e que se conecta com a que “vai para o sul”, via de grande densidade de tráfego pela qual rodariam rápidos “trolley-bus” em faixas de 40 metros de largura. Essa era a antevisão de uma Agamenon Magalhães. Assim, Lebret argumenta que a cidade seria descongestionada “porque, de outro modo, se chegaria a uma circulação impossível com tais engarrafamentos por toda parte, que qualquer movimento seria inviável” (p.97). Se Lebret voltasse ao Recife 60 anos depois descobriria que a cidade se tornou monstruosa com 1,6 milhão de habitantes, que se desindustrializou, que sua sugestão para o Cais José Estelita e entorno seria muito polêmica, se não recusada, e que a mobilidade da cidade piorou muito apesar de terem surgido avenidas tipo Agamenon Magalhães. Descobriria também que a refinaria e o estaleiro estariam em Suape onde, de forma visionária, apontou que na “altura do Cabo existe um grande terreno para ser integrado ao Grande Recife” (p. 89). Isso se tornou realidade!

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Por que mudar os nomes das ruas?

Como eram lindos os nomes das ruas da minha infância”..., confidenciava o poeta Manuel Bandeira, enquanto o poeta e compositor Antônio Maria, numa de suas crises de banzo da terra pernambucana, cantava: “Rua antiga da Harmonia, da Amizade, da Saudade, da União... são lembranças noite e dia...”. Os nomes das ruas e demais logradouros de uma cidade por vezes se perpetuam através dos séculos, como acontece com cidades portuguesas, de Lisboa, Porto ou Évora... Mas entre nós, só para atender a modismos e aos políticos de plantão, estão sempre a mudar designações tradicionais: Cais do Apolo, para Avenida Martin Luther King; Estrada da Imbiribeira, para General Mascarenhas de Morais; Estrada do Brejo, para Vereador Otacílio Azevedo; Travessa do Gasômetro, para Rua Lambari; Rua Formosa, para Conde da Boa Vista; Rua dos Sete Pecados Mortais, para Tobias Barreto; Rua do Crespo, para Primeiro de Março; Rua Lírica, para Visconde de Uruguai; Travessa João Francisco, para Cassimiro de Abreu; Beco do Quiabo, para Eurico Chaves; Beco da Facada, para Guimarães Peixoto, numa sucessão de contínuas mudanças. Nesta cidade de Santo Antônio do Recife – “Ingrata para os da terra, boa para os que não são”–, ainda conserva algumas ruas que, como nos engenhos de Ascenso Ferreira, só os nomes nos fazem sonhar: da Concórdia, da União, da Saudade, do Sossego, da Amizade, Nova, da Hora, do Progresso, Imperial, Real da Torre, Real do Poço, Flor de Santana, Direita, Velha, da Glória, da Alegria, dos Prazeres, dos Aflitos, das Graças, das Flores, da Praia, das Calçadas, do Padre Muniz, do Dique, do Porão, dos Pescadores, da Carioca, do Marroquim, do Rangel, do Observatório, do Arsenal de Guerra, da Praia, da Congregação, da Matriz, do Hospício, do Aragão, do Veras, Estreita e Larga do Rosário, do Livramento, do Fogo, das Águas Verdes, do Chora Menino, da Aurora, do Sol, da Fundição, do Futuro, das Ninfas, do Veiga, da Matriz, dos Artistas, do Lima, do Pombal, do Padre Inglês, do Cupim, do Encanamento, das Ubaias, numa sequência de nomes que a voragem do “progresso” ainda não corrompeu. Nos dias atuais, eis que um forte movimento se faz presente em favor de acrescer nomes de certas figuras às tradicionais denominações de nossas ruas e avenidas. Neste sentido, a Lei Orgânica do Município, que em seu artigo 164, estabelece que seja obrigatoriamente ouvido o Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano quando da mudança de qualquer nome de rua, praça ou avenida da cidade do Recife, vem sendo atropelada pelos “Senhores Vereadores”. Fazendo ista grossa para tal dispositivo, contrariando formalmente o que determina a Lei Orgânica do Município do Recife, os chamados “representantes do povo” ensaiam agora o expediente de acrescer aos nomes tradicionais, novas denominações que nada têm a ver com a consagrada toponímia da cidade do Recife. Tal expediente teve início com a mudança da denominação do Aeroporto dos Guararapes, que, como num passe de mágica, recebeu o adendo de Gilberto Freyre, seguindo-se da Avenida Norte, hoje acrescida com o nome do Governador Miguel Arraes, e, mais recentemente, a antiga Estrada de Beberibe que veio a ser Avenida Beberibe Santa Cruz Futebol Clube! E o expediente não parou por aí... Já se encontra em pauta a mudança da Praça do Arsenal da Marinha agora acrescentada com o nome do passista amazonense Nascimento do Passo; a mudança do tradicional Largo dos Coelhos, com o nome acrescido do cantor Reginaldo Rossi... De quebra, teremos a Estrada Velha do Bongi que já tem o seu nome encomendado (!) Com tais mudanças propostas pelos nossos vereadores, logo mais teremos dezenas de tradicionais nomes de ruas e avenidas do nosso Recife, consagrados por séculos pela toponímia popular, mudados para “doutor ou vereador fulano de tal”... Tudo como previra o poeta Manuel Bandeira em 1925! Pelo andar da carruagem, a canção de Alceu Valença e Vicente Barreto, não mais contará em seus versos com o tempo presente, mas no tempo passado, por obra e graça daqueles que hoje se intitulam “fiéis representantes do Povo do Recife”. Na Madalena revi teu nome/Na Boa Vista quis te encontrar/Rua do Sol, da Boa Hora/Rua da Aurora, vou caminhar /Rua das Ninfas, Matriz, Saudade/Na Soledade de quem passou/Rua Benfica, Boa Viagem/Na Piedade, tanta dor/Pelas ruas que andei, procurei/Procurei, procurei... te encontrar/Pelas ruas que andei, procurei/Procurei, procurei te encontrar.

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CADÊ OS OVOS DO BRIGADEIRO?

O brigadeiro Eduardo Gomes foi um brilhante cidadão brasileiro. Entrou na Segunda Guerra Mundial, saiu herói e depois foi por duas vezes candidato a presidente do Brasil. Perdeu primeiro para Eurico Gaspar Dutra e depois para Getúlio Vargas. Mesmo sendo reconhecido por todos como do bem, de grande espírito público, combatente das mazelas sociais e amante da liberdade, não fez sucesso na política. Bem diferente da carreira militar, onde está inclusive carimbado como Patrono da Aeronáutica. Viveu tomando conta da mãe viúva e morreu aos 84 anos. Um metro e 75 de altura, pesando menos de 70 quilos, musculoso, nariz afilado, boca pequena, cabelo arrumado, ele era daquele tipo que nos anos 70 as moças chamavam de “pão”. Muito criticado como orador, mas tão festejado pela beleza, que a mulherada cantava: “Vote no brigadeiro. Ele é bonito e solteiro.” E cadê os ovos? Ou colhões, como dizem os desbocados? Ninguém nunca abriu as pernas dele para confirmar, mas o Brasil inteiro dizia que não tinha: havia perdido na explosão de uma granada. Restou ao nosso herói a homenagem feita com o famoso doce “brigadeiro”. O doce ganhou esse nome porque, como o brigadeiro Eduardo Gomes, não contém ovos. LIGADO EM PERNAMBUCO Quando o estudante de direito Demócrito de Souza Filho foi assassinado por motivação política, na Praça do Diário, a família dele recebeu um telegrama do brigadeiro Eduardo Gomes com a frase de Victor Hugo: “Quem morre pela liberdade renasce para a eternidade.” O BOI VIRA BIFE Ele está pronto para o abate quando pesa 450 quilos. Para não morrer estressado, o bicho é levado por um caminho arborizado num pasto de vacas lésbicas. O boi come e bebe água até ficar bem relaxado. Depois leva choques elétricos e um disparo na nuca. É morte de gado! FELICIDADE APRENDIDA A pesquisa durou 15 anos. Depois de 1.600 estudos, uma universidade francesa está soltando o resultado: você pensa na felicidade, afugenta tudo que de ruim vier pra sua cabeça e pode partir para o abraço. Felicidade é uma questão de prática: exercite e seja feliz.

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