Arquivos Notícias - Página 579 De 673 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Gestão de cidades em tempos de crise

O Brasil é considerado um dos países mais urbanizados do mundo. As estatísticas apontam que cerca de 85% da população brasileira vive nas cidades e isso implica em pressões diversas e intensas sobre os gestores públicos municipais. Em meio a uma crise fiscal de grosso calibre que atinge em cheio as finanças do setor público e dos municípios brasileiros em particular, os gestores que tomaram posse agora em janeiro para o quadriênio 2017-2020 se deparam com o desafio redobrado de manter o foco simultaneamente em dois horizontes: fazendo o que precisa ser feito no curto prazo e construindo as condições para um futuro urbano melhor no médio e longo prazos, apesar e para além da crise. Para que isso seja possível, um requerimento fundamental é que a cidade tenha sua estratégia própria e não fique apenas a reboque das estratégias individuais e particulares dos inúmeros atores que interagem diariamente no seu território. Ou seja, é preciso que se cuide de elaborar ao longo da gestão, sem pressa mas também sem descanso, um plano estratégico de longo prazo que dê conta das dimensões econômica, social, ambiental e espacial da cidade pelo menos com o horizonte de mais duas gestões à frente (dez anos). Já no que diz respeito às ações imediatas de curto prazo, valem algumas sugestões para os gestores que vão tocar o barco municipal a partir de agora: 1. Manter uma equipe de secretários enxuta, competente e de confiança (“tripulação da tormenta”). 2. Realizar com ela um planejamento para o horizonte da gestão (quatro anos) que deve ser iluminado o mais possível por um planejamento de longo prazo (dez anos à frente pelo menos). 3. Fazer um ajuste fiscal rigoroso o suficiente para salvar o presente porém estratégico o necessário para não matar o futuro. 4. Promover o monitoramento sistemático e periódico (de preferência semanal) do que foi planejado com a equipe de secretários. 5. Conclamar os cidadãos para, com eles, enfrentar o tempo de incertezas pela frente tendo sempre presente o indispensável componente da esperança em dias melhores. A cidade é uma das organizações mais complexas de todos os tempos e sua gestão requer uma atenção especial que deve ser pautada por um planejamento eficaz. Sem isso, as chances de sucesso ficam muito reduzidas, em especial em épocas de crise intensa como a que, infelizmente, vivemos atualmente.

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Reserva do Paiva recebe gravação do filme Piedade

As belezas naturais e os grandes empreendimentos da Reserva do Paiva foram, mais uma vez, escolhidos para compor as locações de longas-metragens nacionais, desta vez como um dos cenários de Piedade, do premiado diretor pernambucano Cláudio Assis, conhecido por filmes como Amarelo Manga (2002) e A Febre do Rato (2011). Cauã Reymond, Matheus Nachtergaele, Gabriel Leone e Fernanda Montenegro estão entre os astros que compõem o time de peso do longa. A expectativa é de que as gravações ocorram nas próximas semanas. As cenas, que serão protagonizadas por Nachtergaele e Leone, ocorrerão em dois locais: no empreendimento “Novo Mundo Empresarial”, escolhido pela equipe do longa por ser uma construção com uma beleza arquitetônica diferenciada e moderna, além de oferecer uma estrutura completa e incomum ao que o mercado local oferece; e na ponte Arquiteto Wilson Campos Júnior. Além disso, o Espaço de Vendas, próximo aos cenários escolhidos, será um dos principais pontos de apoio para toda a equipe durante as filmagens. Para Camila Valença, produtora do longa, a escolha pela Reserva do Paiva também está relacionada à importância do bairro para Pernambuco. “É um ambiente seguro, bonito e no litoral do Estado, ambiente no qual se passa a trama. Além da Reserva do Paiva, também vamos filmar no Cabo de Santo Agostinho e em Suape”, comenta Valença. Ainda não há uma data prevista para o lançamento de Piedade nas grandes telas. Antes, em 2012, a Reserva do Paiva, com sua praia e beleza natural preservada, foi escolhida como um dos cenários do filme Paraísos Artificiais, vencedor de quatro prêmios no Cine-PE sendo, um deles, o de Melhor Fotografia. Na ocasião, a praia do Paiva recebeu mais de dois mil figurantes, além dos protagonistas Nathalia Dill e Luca Bianchi.

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62% dos trabalhadores de Recife afirmam que as empresas não estimulam o uso de transporte alternativo

Dados da Pesquisa Mobilidade Alelo, realizada pela Alelo, empresa líder no setor de benefícios e despesas corporativas, em parceria com o IBOPE CONECTA, apontam que 62% dos trabalhadores de Recife afirmam que as empresas não estimulam o uso de transporte alternativo. Atualmente, o meio de locomoção mais utilizado no trajeto casa-trabalho é o ônibus por cerca de 53% das pessoas, seguido pelo carro com 42% e do metrô com 15%. Em Recife, a distância média percorrida pelo trabalhador para chegar ao local de trabalho fica em torno de 16,8 quilômetros e ele leva cerca de 44 minutos. O custo do transporte público é de R$ 7,90 por dia, o que significa R$ 174 por mês. Já o gasto com o transporte privado é de R$ 185. O objetivo do levantamento é entender os hábitos de utilização de transporte dos trabalhadores brasileiros para ir e voltar do trabalho, entender o perfil dos usuários de transporte público e privado, quanto gastam e o que fazem nesse trajeto. Quando questionados, por exemplo, sobre qual o transporte que gostariam de usar para ir trabalhar, 60% dos entrevistados afirmam que é o carro, e 55% dizem que o transporte que menos gostam é o ônibus. E mais, do total de trabalhadores que não utiliza o transporte público, 39% dizem que passariam a usar se não precisassem mudar de transporte no trajeto. Na pesquisa também foi possível entender sobre o comportamento das pessoas no percurso. Por exemplo, 56% dos trabalhadores escutam música, 24% navegam nas redes sociais, 23% acompanham as notícias do dia e leem, 20% conversam com amigos e familiares, e 16% jogam no celular. Isso mostra o quanto a tecnologia está presente e o smartphone está ligado às principais atividades realizadas durante o percurso casa/trabalho. Como grande parte das empresas não estimula o uso de transporte alternativo e não tem horário flexível, conforme mostra a pesquisa, os trabalhadores acabam buscando alternativas para fugir do trânsito. Na capital pernambucana, 40% dos entrevistados dizem que enfrentam o trânsito, mas 23% aproveitam para praticar alguma atividade física, 20% fazem compras e 18% ficam além do horário de trabalho. É a primeira edição da Pesquisa Mobilidade Alelo. Nos últimos anos, a empresa tem investido em estudos para compreender ainda mais o dia a dia do trabalhador brasileiro como as duas edições da Pesquisa Hábitos Alimentares do Trabalhador Brasileiro e a Pesquisa para saber sobre as preferências para o Natal. “A Alelo é uma empresa pioneira e inovadora e entende que essas informações captadas na pesquisa retratam a realidade do país hoje. Ter esse recorte por estados ajuda ainda mais nesse entendimento do trabalhador. O fato é que o brasileiro está muito conectado e isso precisa estar na pauta das empresas tanto nos serviços oferecidos como na forma de se comunicar com os usuários”, destaca André Turquetto, diretor de Marketing e Produtos da Alelo. Sobre a pesquisa A pesquisa Mobilidade Alelo foi realizada pelo CONECTA, por meio de entrevistas online, com 2.450 pessoas, sendo 48% homens e 52% mulheres, todas economicamente ativas, com uma idade média de 36 anos (intervalo observado: de 18 a 60 anos) e residentes em 9 capitais – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Curitiba, Salvador, Brasília e Goiânia. Desse grupo, 65% trabalham em regime CLT e 35% são autônomos ou possuem outra forma de remuneração. O ramo de atividade se divide em: 41% serviço, 19% comércio, 10% indústria, 30% outros (agronegócio, órgãos públicos etc.). 67% dos entrevistados têm renda individual na faixa de R$ 881,00 a R$ 4.400,00. 49% recebem vale-transporte. Para saber mais, acessehttp://www.alelopesquisa.com.br/mobilidade.html.

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Exportações têm alta de 9,8% no terminal logístico do Aeroporto do Recife

Diante de um ano de crise, a valorização do dólar contribuiu para um câmbio favorável em relação às vendas para o exterior. Este foi um dos principais motivos para que o terminal de logística de cargas (Teca) do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre (PE) registrasse, em 2016, alta na movimentação de produtos no setor de exportações. De janeiro a dezembro do ano passado, o complexo logístico armazenou 5.254,4 toneladas em itens que seguiram para fora do país. Na comparação com 2015, quando foram movimentadas 4.782 toneladas, o aumento foi de 9,8%. Entre os itens mais movimentados destacam-se pescados e frutas, como manga e mamão. Além disso, equipamentos e produtos médico-cirúrgicos; partes e peças automotivas; insumos e produtos eletroeletrônicos também são exportados com frequência pelo Teca. Os produtos são enviados para todo o mundo, com a média de três embarques diários, tendo 20 países como os principais destinos: Espanha, Portugal, Alemanha, Inglaterra, Itália, Suíça, Áustria e Holanda; na Europa; Estados Unidos, México e Canadá, na América do Norte; Argentina, Chile, Colômbia, Uruguai, Peru, Equador e Bolívia, América do Sul; Cuba e República Dominicana, na América Central; e Japão, Índia e China, na Ásia. O coordenador de carga internacional do Teca de Recife, Darlan Epifanio Pessoa Leão, declarou que o comprometimento e a qualidade operacional de toda a equipe, além da confiança dos clientes e parceiros, foi de suma importância para o aumento das exportações. "Mesmo diante da realidade econômica do país, acreditamos que podíamos fazer melhor e nos empenhamos para realizar com profissionalismo a missão que nos foi confiada", ressaltou Darlan. Com 6.125m² de área para cargas de exportação e importação, o Teca apresenta um depósito de carga restrita, com capacidade diária de até 30 toneladas, e câmara frigorífica com módulos de resfriamento e congelamento. Especificamente para carga nacional, o terminal de cargas conta com dois anexos, com 3.967 m² de área construída. O terminal dispõe ainda de modernos sistemas de informatização, que proporcionam agilidade no desembaraço da carga e na movimentação de mercadorias dentro dos armazéns, bem como segurança no processo de armazenagem. Também é possível que o cliente monitore, via internet, o percurso da mercadoria despachada desde o terminal de embarque até o momento da retirada dos volumes no aeroporto de destino. A Rede logística da Infraero Além de administrar 59 aeroportos, 72 Estação Prestadora de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo (EPTAs), a Infraero possui em sua estrutura uma Rede de 24 terminais de logística de cargas internacionais, espalhados por todo território nacional. Neles são prestados os serviços de armazenagem e capatazia da carga importada, a ser exportada. No caso das cargas nacionais, (movimentadas dentro do país), são 49 os aeroportos que contam com a exploração desse negócio, que é realizado diretamente pelas companhias aéreas e pelo operador postal (Correios). Os complexos logísticos contam com câmaras frigoríficas, instalações para carga viva, áreas especiais para cargas valiosas, material radioativo e demais artigos perigosos. O primeiro Teca da Infraero foi inaugurado em julho de 1974, no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em Curitiba.

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PE: venda de planos de previdência cresce 37%

A procura por planos de previdência da Caixa Seguradora aumentou em Pernambuco. No ano passado, as novas vendas chegaram a R$ 99,9 milhões no estado, alta de 37% em relação a 2015. As discussões e o envio da proposta de reforma da Previdência ao Congresso contribuíram com o aumento das vendas. "As pessoas passaram a se preocupar mais com o futuro. Sabem que com a reforma precisarão complementar a renda para a aposentadoria”, explica a diretora de Previdência da Caixa Seguradora, Rosana Techima. Os resultados mostram que o ano também foi bom para os investidores. “Crescemos acima do esperado”, afirma Rosana, que explica: “Foi um ano de juros altos no país e nossos produtos estavam muito atrativos para investidores. Os planos de pagamento único tiveram grande procura”. Resultados nacionais A Previdência da Caixa Seguradora fechou 2016 com recordes. O faturamento total foi de R$ 7,4 bilhões, alta de 34% em relação a 2015. As novas vendas chegaram a R$ 4,5 bilhões, 49% a mais do que no ano passado. Apenas em dezembro, foram R$ 507,6 milhões em novas vendas. No segundo semestre, a empresa reformulou o plano voltado para crianças, o Prev Crescer. As vendas então dispararam e em novembro e dezembro foram dez vezes maiores do que nos primeiros meses do ano. Único plano de previdência do país exclusivo para mulheres, o Prev Mulher cresceu 57% em relação a 2015. O produto garante uma consulta e um exame ginecológico anual às clientes e oferece indenização de R$ 50 mil para mulheres que tiverem filhos gêmeos, trigêmeos ou mais por fecundação natural.

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Arquinho Equivocado (por Paulo Roberto Barros e Silva)

O Projeto original do Arco Metropolitano elaborado no final dos anos 90 pela Fidem é de uma via expressa, Classe Especial do DNIT, com duas vias independentes separadas por um amplo canteiro central. Sua extensão, total incluindo dois acessos ao Complexo de Suape e a Ilha de Itamaracá, somam 92 Km. A sua concepção teve por diretriz ligar os trechos norte e sul da BR-101 contornando o Núcleo Urbano Metropolitano, visando anular os atritos redutores de velocidade e geradores de conflitos e redução dos custos operacionais das viagens. No Governo Eduardo Campos surgiu a PPP do Arco Metropolitano como alternativa de viabilização do projeto. Entretanto, em decorrência da perspectiva de lançamento da candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República, a presidente Dilma Roussef avocou a sua execução com recursos oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Dessa forma, o DNIT assumiu o processo, separou em dois trechos as obras, preparou o Edital de Licitação do 1º trecho – de Suape até Moreno - iniciando tratativas para resolver a passagem do Arco por Aldeia. O Governo Dilma e o Governo do Estado nada mais fizeram. Diante desse fato, o Governo do Estado, buscando uma solução para a travessia da BR-101 na Região Metropolitana, desenvolveu a alternativa do Miniarco, uma rodovia contornando o núcleo urbano de Abreu e Lima. A alternativa dessa Rodovia de Contorno, contida em Lei Estadual, para os municípios de Abreu e Lima e Igarassu interceptando a BR-101, se propõe a “atender à demanda de mobilidade urbana na região e possibilitar o escoamento da produção das indústrias que se instalaram na Zona da Mata Norte pernambucana” (texto contido na justificativa do projeto de lei). Diante dos argumentos apresentados na justificativa do projeto de lei e em decorrência da análise do traçado viário divulgado, deve-se observar aspectos relevantes na alternativa proposta: a) A questão central da BR-101 no território metropolitano se traduz pelo seu caráter suprarregional por um lado e por outro, sua natureza essencialmente urbana dentro da metrópole. Os movimentos pendulares na BR-101 para o norte e para o sul do País indicam uma escala de fluxos crescentes, inclusive pela inserção do Polo Automotivo ao norte e sua intensa conexão com o Porto de Suape ao Sul; b) O tráfego Olinda/Igarassu, diferentemente do destacado na justificativa do projeto de lei de criação da “Rodovia de Contorno” é na verdade de baixa expressão, não sendo necessário implantar uma rodovia na forma proposta se esse fosse o problema da imobilidade no trecho a ser evitado – a área central da cidade de Abreu e Lima; c) Com a criação do Polo Automotivo, se fez e se faz urgente tratar do tema. Assim, o Arco Viário se apresenta como prioridade e compromisso dos governos Federal e Estadual. Entretanto razões inexplicáveis adiaram a sua implantação. Adiado mas não abandonado, posto que sua emergente necessidade se faz presente todos os dias entre Abreu e Lima e a Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes. d) Hoje, a BR-101 é uma via urbana – a quarta perimetral metropolitana, tornando-a inviável para os fluxos pendulares regionais, em especial, a movimentação de cargas. É imperioso afirmar que o “Arquinho” proposto é incapaz de alterar o desempenho da BR-101, quando muito, desafoga um trecho de menos de 6 Km nos seus críticos 50 Km. Por outro lado, uma questão central na proposta recentemente batizada de “Arquinho”. Trata-se de responder a seguinte pergunta: o Governo de Pernambuco desistiu do Arco Viário Metropolitano? Aparentemente não. Na prática sim, já que o mesmo ficará inviabilizado com a construção do “Arquinho”. Ao menos pelos próximos 70 anos, período de concessão definido pelo Governo de Pernambuco (35 + 35 anos). A sinalização é de que, ao formalizar a concessão com o investidor privado, o Governo do Estado deve assegurar o cumprimento do equilíbrio econômico-financeiro do negócio firmado. O Arquinho é um equívoco que aniquila a alternativa de solução para a travessia da metrópole, prejudicando o setor produtivo, em especial a demanda por cargas e a vida da população metropolitana. Considerando que o atual cenário político institucional indica a existência de canais de interlocução saudáveis entre Pernambuco e Brasília, não se deve caminhar na emergência tardia, ao contrário, Pernambuco não pode abrir mão do Arco Viário Metropolitano. Para tanto, ao invés de uma meia-solução, registre-se, de pouca serventia, deve-se retomar o debate, corrigir os desvios, acomodar os interesses ambientais e a geometria do traçado viário. E seguir adiante, mobilizando a parceria privada e fazendo acontecer. *Por Paulo Roberto Barros e Silva

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Cineasta pernambucana lança novo longa na Mostra de Cinema de Tiradentes

O documentário longa-metragem Modo de Produção, da pernambucana Dea Ferraz, foi exibido nesta quinta-feira (26), na 20ª Mostra de Cinema Tiradentes, em Minas Gerais. A produção faz do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ipojuca (PE) seu personagem central. Depois do forte Câmara de Espelhos, lançado no último Festival de Brasília, Modo de Produção mantém a pegada urgente, se mostrando um filme atual e necessário por refletir possibilidades de um olhar sobre instâncias como Trabalho, Estado, Justiça, Sindicato e uma massa de trabalhadores à mercê de mecanismos burocráticos que transformam a vida em espera. Aposentadorias, demissões, relações de trabalho e um suposto desenvolvimento econômico-social que se avizinha como uma miragem distante ou, quem sabe, fantasma: o Porto de Suape e suas promessas. Modo de Produção nasce em 2013. Seu argumento recebeu o prêmio Rucker Vieira, para produção de um curta-metragem. O desejo era o de falar sobre a forte ideia de progresso e desenvolvimento imposta pela mídia, Governo e setores da sociedade civil diante do que era “vendido” como principal saída para o desenvolvimento social do Estado. Em 2015, após a diretora perceber que o curta não comportava a riqueza do material captado, o projeto recebeu apoio para a montagem do longa-metragem pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura). Com os olhos mais livres, num contexto de país completamente transformado, as imagens foram revisitadas por Dea e o parceiro neste trabalho Ernesto de Carvalho, montador. Foi assim que o filme ganhou outra dimensão. “Nesse reencontro com o material, percebemos que Suape já não era a questão, tinha virado passado. Tinha algo mais forte ali: as relações de trabalho, o abismo entre Estado e cidadão, a distância entre direitos e realidade”, reflete a diretora. Para além do registro dessa suposta transição de modo de produção, que seria da cana-de-açúcar para a indústria, o filme ganha contornos extremamente atuais. “Suape não é o foco, mas está no extra campo desse Sindicato e portanto na vida desses homens e mulheres - mas, mais do que isso, o filme pra mim é um retrato brutal de um sistema que oprime e isola. O retrato da lógica de exploração do Capital, de mãos dadas com Estado e Justiça”, completa Ferraz. A capacidade de observar é desafio do documentário, onde tudo parece se desenrolar diante da equipe, como situações e histórias prontas. “Havia algo da experiência física que me soava muito potente e mesmo entendendo a interferência que uma equipe de filmagem causa num ambiente como esse, apostei nessa abordagem porque - nesse espaço - acreditei que a interferência se daria mais de uma forma a potencializar do que intimidar”, conta Dea sobre o processo de filmagem, que priorizou perceber a imagem numa ordem menos descritiva, menos narrativa, e mais como experiência. A força e o desejo de compartilhar a experiência da imagem, a espera, o tempo, a situação que se forma diante do espectador. Num mundo onde a informação, a agilidade, a virtualidade transformam a sensorialidade das pessoas, Modo de Produção caminha pro lado oposto, tentando mergulhar o espectador na fala e no silêncio do outro, para quem sabe reencontrar o silêncio em si. “Porque dentro daquelas paredes parecia caminhar toda a história do Brasil. As escolhas econômicas de um país que faz suas apostas em modelos de desenvolvimento que parecem estar sempre um passo atrás. Tangendo uma massa de trabalhadores - como gados - de uma lado a outro, sem nenhum investimento na formação básica desses homens e mulheres, que vão e vêem porque precisam sobreviver. O capital em seu mais alto grau de perversidade”, observa a diretora.

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Sítio Trindade oferece mini oficina de jardinagem gratuita

Você gosta de cultivar plantas em casa ou na varanda do seu apartamento e não tem muito jeito para a coisa? Que tal aprender técnicas fáceis e básicas gratuitamente para cuidar melhor do seu jardim? A partir da próxima segunda-feira (30), o Sítio Trindade, em Casa Amarela, estará oferecendo a Mini Oficina de Jardinagem, das 9h às 11h, com aula ministrada pelo facilitador Marcelo Muniz. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no próprio Sítio, localizado na Estrada do Arraial, em Casa Amarela, Zona Norte do Recife. A mini oficina será realizada nos dias 30 e 31 de janeiro, 2,3 e 6 de fevereiro. Os participantes terão dois dias de aulas teóricas, em que receberão informações sobre conceitos básicos da jardinagem, tipos de plantas, dicas de poda, entre outras. Nos demais dias, o trabalho é botar a mão na terra, com aulas práticas nos jardins do próprio Sítio Trindade. A idade mínima para participar é de 14 anos. Informações pelo telefone: 3355.3410.

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Confiança do consumidor aumenta 3,5% em janeiro

Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) aumentou 3,5% em janeiro frente a dezembro e alcançou os 103,8 pontos. Com isso, está 5,3% acima do registrado em janeiro de 2016. Mesmo assim, o indicador continua 4,5% abaixo da média histórica, que é de 108,7 pontos. As informações são da pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 27 de janeiro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, os brasileiros estão mais otimistas neste início de ano porque melhoraram as perspectivas em relação à inflação, ao emprego e à renda pessoal. O indicador de expectativas de inflação aumentou 8,1%, o de desemprego subiu 8,3% e o de renda pessoal cresceu 7,5% em janeiro na comparação com dezembro. Quanto maior o indicador, maior é o número de pessoas que espera a queda da inflação e do desemprego e o aumento da renda pessoal. A população também percebe melhora de sua situação financeira e redução de seu endividamento. Mesmo assim, está cautelosa com as compras de maior valor, como automóveis, móveis, eletrodomésticos. O índice de expectativas de compra de maior valor nos próximos seis meses caiu 2,6% em relação a dezembro e está 4,5% menor do que o de janeiro de 2016. Na avaliação da CNI, isso "reflete um comportamento mais cauteloso devido à perda de rendimento com a recessão prolongada". Para o economista da CNI Marcelo Azevedo, a reação das expectativas de compra de maior valor depende da confirmação, na prática, da queda da inflação e do desemprego e da melhora da renda da população. "As compras de maior valor exigem financiamentos e, consequentemente, comprometimento de parte da renda por mais tempo. Por isso, a disposição dos consumidores vai melhorar na medida em que as pessoas se sentirem mais seguras com o emprego e com as condições financeiras", afirma Azevedo. Ele explica que o Inec é um índice importante porque antecipa tendências de consumo. Consumidores confiantes, com perspectivas positivas em relação ao emprego e seguros com relação à situação financeira, tendem a comprar mais, o que aquece a atividade econômica. Esta edição do Inec, feita em parceria com o Ibope, ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios entre 19 e 23 de janeiro.

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MRV faz balanço positivo de 2016 e prevê lançamentos

Especializada em imóveis mais econômicos, no padrão Minha Casa Minha Vida, a MRV fechou bem o ano de 2016 (com 3 lançamentos e 1,5 mil apartamentos) e prevê um 2017 pelo menos semelhante. Estão no horizonte da empresa fechar 2017 com quatro novos empreendimentos e mais 1,5 mil unidades habitacionais no mercado. A construtora mira o público C e D em busca do primeiro imóvel. “É um segmento blindado, mesmo em meio a crise. Mantivemos o ritmo dos lançamentos e obras. Até as vendas recomeçaram a crescer”, declara o diretor comercial da MRV, Yuri Chain. A redução da taxa de juros no País e a sinalização de mudanças no programa Minha Casa Minha Vida (como a ampliação do limite de renda mensal para beneficiários do programa de até R$ 9 mil) são elementos que indicam um reaquecimento do mercado. Com direcionamento de R$ 657 milhões para aquisição de terrenos no território nacional nos últimos três anos, a empresa avalia que Pernambuco é um dos estados que se destacam no Nordeste pela capacidade de receber lançamentos. Atuando há oito anos em Pernambuco, a empresa, em parceria com a Moura Dubeux, já possui empreendimentos ou terrenos próprios no Recife, Caruaru, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista. Entre os lançamentos deste ano, estão Real Garden, em Camaragibe, Villa das Seringueiras e Villa dos Cajueiros. Estes últimos integram o Reserva Villa Natal, bairro planejado em Socorro, Jaboatão dos Guararapes. O Reserva Villa Natal possui três empreendimentos entregues e vai disponibilizar a chave de outros dois, que serão concluídos neste semestre. O projeto possui apartamentos de dois quartos, com ou sem suíte. De um total de 2,650 mil unidades lançadas, já foram vendidas mais de 2 mil. O outro imóvel com previsão de ser lançado em 2017 será no Recife, no bairro de Apipucos. Eduardo Moura, diretor da Moura Dubeux, sinaliza que o mercado de Caruaru, no agreste pernambucano, é outro solo fértil para a construção imobiliária e que poderá ter novidades em breve. “É possível lançar um novo empreendimento em Caruaru, próximo ao North Shopping. A experiência de qualificação da urbanização ao redor desses empreendimentos na cidade foi muito interessante”, afirma o executivo. A empresa tem na marca Vivex seu braço de atuação junto ao segmento econômico. OBRAS PÚBLICAS E MEIO AMBIENTE Em Pernambuco, a companhia desembolsou quase R$ 5 milhões para custear obras em áreas públicas. “Investimos também na criação de ruas e ponte de acesso, redes de esgoto, água e energia, além do desenvolvimento de paisagismo”, relembra Yuri. As cifras destinadas a ações de infraestrutura da empresa ultrapassaram R$ 16 milhões na região nordeste em 2016. Outro ponto forte de investimentos da MRV é no meio ambiente. Somente na região, foram plantadas no último ano 15 mil árvores, beneficiando não só os clientes da construtora, mas toda a população das comunidades.

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