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Brasil não promove jornalismo plural, alerta Repórteres Sem Fronteiras

(Da Agência Brasil) A Organização Não Governamental (ONG) Repórteres Sem Fronteiras (RSF) publicou nesta semana relatório em que alerta que não há no Brasil políticas suficientes para promover a pluralidade no jornalismo nacional. De acordo com a organização, o país carece “de uma política mais robusta e estruturada de promoção da pluralidade e diversidade jornalística”. “Num contexto de recentes ataques ao Estado Democrático de Direito no Brasil, a urgência de assegurar normas e políticas que fortaleçam um jornalismo livre, plural e de confiança é crucial para a própria democracia brasileira”, diz o documento, acrescentando que “o Brasil segue distante de um marco normativo que proteja e promova o pluralismo, a diversidade e um jornalismo forte e relevante”. A pluralidade ou diversidade do jornalismo é defendida pela organização como condição necessária para garantir uma cobertura equilibrada e inclusiva dos acontecimentos, promovendo uma sociedade mais informada. Além disso, outra recomendação é a criação de novas mídias locais para combater os chamados “desertos de notícias”. Estima-se que 26 milhões de brasileiros de 2,7 mil cidades do país não têm qualquer noticiário local. O diretor do RSF na América Latina, Artur Romeu, lembrou que o sistema informativo no Brasil é caracterizado por uma excessiva concentração da propriedade da mídia na mão de poucos grupos econômicos e que essa situação é agravada pela fragilidade dos setores de comunicação pública, comunitária e de mídia periférica, popular ou independente. “Fragilidade essa que está muito associada a uma falta de incentivos e garantias institucionais para que esses veículos possam operar numa situação de menor precariedade no seu trabalho”, destacou. Em 2017, uma pesquisa do RSF, em parceria com o Intervozes, concluiu que as quatro maiores redes de televisão concentravam 70% da audiência nacional, o que configuraria, segundo essas organizações, um oligopólio nas comunicações, o que é proibido pelo parágrafo 5º do Artigo 220 da Constituição brasileira Para promover a diversidade no jornalismo do país, o relatório do Repórteres Sem Fronteiras sugere a oferta de subsídios estatais, a taxação das plataformas digitais para financiar a diversidade do jornalismo no Brasil, bem como distribuição da publicidade estatal “segundo critérios claros e não discriminatórios”. Para a organização, falta vontade política para promover essa agenda, sejam dos governos de esquerda ou de direita. “Nas últimas duas décadas, apesar de gestões que se declararam comprometidas com a construção de um ambiente midiático plural e diverso, o país vivenciou, na prática, a flexibilização das poucas regras anti-concentração na propriedade de emissoras de radiodifusão”, afirma o documento. Mídia Periférica A falta de políticas para o jornalismo independente, periférico e popular, “que desempenha um papel crucial para a formação de cidadãos informados, críticos e participativos”, é apresentada pelo RSF como a mais preocupante de todas. O portal de notícias Desenrola e Não Me Enrola de São Paulo é uma dessas mídias periféricas. Lançado em 2013, o veículo afirma que faz jornalismo com objetivo de “registrar e refletir sobre as transformações sociais e a identidade cultural dos sujeitos e territórios periféricos”. O cofundador do site, o jornalista Ronaldo Matos, que atua na Rede Jornalistas das Periferias, defende que a mídia periférica é necessária porque muitas pautas de interesses dessas comunidades não têm espaço nos veículos comerciais. “As mídias independentes com a atuação das periferias e favelas têm o grande papel de disseminar informações para essa população que não tem esse noticiário garantido nos jornais tradicionais que eles estão acostumados a consumir”, destacou. Matos ressaltou que outra função do jornalismo periférico, além da cobertura dos acontecimentos, é o de “letramento midiático”, que é a habilidade de consumir informações de forma crítica, possibilitando, por exemplo, diferenciar fatos de notícias falsas. “A cultura de consumir notícias é elitizada. Ela pertence a uma classe social que nos domina. Precisamos, cada vez mais, tomar decisões que vão mexer com a nossa vida, baseada numa leitura qualificada do jornalismo no Brasil”, explicou. Uma das ações das mídias periféricas em São Paulo é a distribuição de notícias em telas digitais em comércios das periferias e favelas paulistas. Atualmente, são 15 telas instaladas em mais de 10 distritos das periferias de São Paulo, que alcançam uma média de 500 mil pessoas por mês. Ronaldo Matos conta, por outro lado, que essas mídias enfrentam graves problemas de financiamento. Elas costumam se sustentar por assinaturas do público, por vaquinhas, por meio de editais públicos voltados ao setor cultural, e também por meio de parcerias com os veículos tradicionais. "Elas acabam sucateadas, tendo valores de recursos de pagamentos muito baixos. Você tem carga horária elevada e muita precarização. Além disso, são feitas, em sua maioria, por profissionais negros que se formaram em universidades e não foram aceitos pelo mercado de trabalho do jornalismo tradicional. Não tiveram espaço nas TVs, nos grandes jornais, nas grandes emissoras de rádio”, completou. Em 2019, Ronaldo coordenou uma pesquisa que mapeou 97 iniciativas de comunicação local na cidade de São Paulo. Do total do conteúdo distribuído por essas mídias, 80% eram de produção autoral. Desses veículos, 64% funcionavam com dois a cinco profissionais e oito de cada dez desses profissionais tinham outra atividade para completar a renda. Apoio estatal e taxação de plataformas O RSF afirma que o número reduzido de empresas de comunicação contempladas pela publicidade governamental representa um entrave para a promoção de um ambiente jornalístico plural e diverso no país. “Sem o desenvolvimento e implementação de uma política voltada para mídias não comerciais, independentes e regionais, um fomento concreto à ampliação da variedade de vozes nas comunicações brasileiras segue inexistente”, diz o documento. Sobre as propostas de taxação das plataformas que usam conteúdo jornalístico em tramitação no Congresso Nacional, o RSF diz que elas podem representar um alívio para o setor, mas alerta que os projetos existentes precisam ser aperfeiçoados para financiar a pluralidade no jornalismo. “[Os projetos] seguem o modelo adotado em países como Austrália e Canadá, onde plataformas negociam com veículos de comunicação valores pelo uso dos seus conteúdos, mas não define claramente que tipo de utilização de conteúdos jornalísticos ensejaria remuneração nem estabelece critérios para contemplar

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Fernando de Noronha

5 destinos pernambucanos para ficar de olho no Dia do Turismo Ecológico

Hoje, 1º de março, celebramos o Dia do Turismo Ecológico, uma ocasião especial que destaca a importância do Ecoturismo. Essa prática vai além da simples apreciação da natureza; ela abraça a responsabilidade de proteger os ambientes naturais e de respeitar as comunidades locais durante as visitas a esses locais. O Turismo Ecológico não apenas oferece experiências enriquecedoras para os visitantes, mas também desempenha um papel crucial na conservação da biodiversidade e na preservação de ecossistemas frágeis. Ao explorar áreas naturais de maneira consciente, os praticantes do ecoturismo contribuem para a sustentabilidade ambiental, minimizando o impacto negativo e promovendo a preservação. Pernambuco, conhecido por sua rica diversidade ambiental, oferece vários destinos ecológicos encantadores. Aqui estão cinco deles:

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Sprite Hannah Carvalho

Sprite, Pacto Global e Instituto Limpa Brasil promovem limpeza de praias no Recife

Foto: Hannah Carvalho A Sprite, que recentemente anunciou a transição de sua icônica garrafa verde para uma versão transparente, visando facilitar e ampliar a reciclagem, revela agora sua adesão e parceria ao projeto Blue Keepers, associado à Plataforma de Ação pela Água e Oceano do Pacto Global da ONU - Rede Brasil. Essa colaboração tem como objetivo a implementação de um calendário de ações de limpeza em rios, praias e lagoas em diversas cidades brasileiras. As iniciativas serão conduzidas ao longo do ano e contarão com o suporte e parceria de Andina, FEMSA e Solar, fabricantes do Sistema Coca-Cola Brasil nessas regiões. A The Coca-Cola Company, ao repensar a gestão de resíduos para criar soluções benéficas para a sociedade e o meio ambiente, anuncia não apenas a mudança na garrafa de Sprite, mas também a adesão ao Pacto Global da ONU no Brasil. O calendário de ações de limpeza de rios, praias e lagoas é parte integrante do compromisso da empresa com um Mundo Sem Resíduos, reforçando seu papel como signatária do Pacto Global da ONU pela economia circular. O processo de limpeza teve início em 11 de dezembro de 2022, em Recife (PE), seguido por Salvador (BA) em 17 de dezembro, e está programado para ocorrer ao longo de 2023 em Manaus (AM), Fortaleza (CE), Santos (SP), Salvador (BA), Recife (PE), Itanhaém (SP) e Rio de Janeiro (RJ). As ações serão retomadas em 2024. Cada cidade contemplará pelo menos quatro iniciativas de mobilização, sensibilização e coleta, com Sprite e a iniciativa Blue Keepers unindo esforços para apoiar, fortalecer e dar visibilidade às iniciativas e organizações não governamentais locais que já atuam e têm histórico na limpeza de praias, rios e áreas naturais. O Instituto Limpa Brasil, participante deste projeto, estará em seu segundo ano promovendo ações em Recife. A quinta ação de limpeza em Recife será liderado localmente pelo Instituto Limpa Brasil e acontecerá no próximo dia 2 de março de 2024, sábado, a partir das 8h na Av. Boa Viagem, Praia de Boa Viagem, nº 2682 (entre Quiosque 16 e 17) em Recife/PE. A ação de limpeza será aberta ao público local devendo apenas confirmar a participação com uma inscrição simples através do link https://bit.ly/mutirao-boaviagem2

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onu secom

Pernambuco irá sediar evento do Pacto Global da ONU

Pernambuco vai sediar o próximo evento Conexão ODS realizado pelo Pacto Global da ONU no Brasil. O Conexão ODS é um encontro que une a gestão pública, a iniciativa privada, as organizações não governamentais e representantes da sociedade civil para dialogar sobre ações relacionadas à sustentabilidade. Ana Luiza Ferreira, secretária de Meio Ambiente, Sustentabilidade “O evento mobiliza empresas do setor privado para debater e atingir os 17 ODS. E a governadora já havia demonstrado interesse em promover aqui em Pernambuco”. Os ODS são ações para proteção do meio ambiente e do clima, o fim da pobreza e uma vida mais próspera para todas as pessoas, nas quais as Nações Unidas estão contribuindo para atingir a Agenda 2030 no Brasil. Entre alguns objetivos estão água potável e saneamento, energia limpa e acessível, fome zero e agricultura sustentável.

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Restrição de dados de internet móvel é tema central da Campanha #LiberaMinhaNet

Igualdade de acesso à internet ganha força com a campanha #LiberaMinhaNet, evidenciando as ilegalidades no acesso à rede móvel no Brasil Quem nunca se deparou com a notificação "Você atingiu 100% da sua franquia de dados e sua velocidade foi reduzida"? Justamente nos momentos em que mais precisamos, seja para realizar transações financeiras, solicitar um transporte por aplicativo ou verificar a veracidade de notícias no WhatsApp. Em um cenário onde grande parte da população brasileira depende exclusivamente da internet móvel para se conectar, a iniciativa #LiberaMinhaNet surge como um manifesto contra a disparidade no acesso a esse serviço. A Coalizão Direitos na Rede, em colaboração com o data_labe e o IRIS, lança a campanha #LiberaMinhaNet como um apelo à equidade no acesso à internet. A proposta visa abolir o atual sistema de franquia de dados e implementar planos de internet móvel que garantam uma velocidade mínima após o consumo dos dados, promovendo a liberdade de acesso sem restrições. De acordo com a pesquisa do Instituto de Defesa do Consumidor - IDEC/2021, 52% das pessoas entrevistadas não conseguem acessar serviços públicos devido às limitações de seus pacotes de dados, que restringem o acesso a apenas alguns aplicativos e redes sociais. Samara Souza, jornalista envolvida em produções audiovisuais como diretora de fotografia e colaboradora do Centro Popular do Audiovisual (CPA), explica que a campanha #LiberaMinhaNet busca promover reflexões sobre inclusão social, cidadania e dignidade. Samara Souza “O acesso aos dados móveis promove algo essencial para um ser cidadão que é poder ter plenos direitos de se comunicar, de ser porta voz de suas perspectivas. Com esse caminho, nos conectamos em rede com trocas de ideias, saberes, e podemos usar a tecnologia para o desenvolvimento enquanto comunidade. A limitação, além de ser um fator excludente de pessoas sem renda, aumenta o abismo de acesso a informações. Na Amazônia, onde os fatores geográficos também excluem territórios por falta de rede, deixa de integrar uma parte importante que são as bases mais com as cidades”. Serviços x Conexão Com o rápido avanço da tecnologia, o acesso à internet móvel tornou-se indispensável para a efetivação de direitos básicos, incluindo o uso de serviços públicos digitais como emissão de carteira de trabalho, habilitação, consulta a benefícios do INSS e informações de saúde, entre outros. Segundo dados da pesquisa TIC Domicílios de 2022, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), 149 milhões de usuários de internet residem nos centros urbanos do país. Dessa impressionante cifra, 62% (cerca de 92 milhões) acessam a internet exclusivamente por meio de dispositivos móveis, como smartphones. Esse dado destaca a crescente importância dos celulares como o principal meio de acesso à web no Brasil. Entretanto, as operadoras de telefonia, por meio do modelo de franquia de dados implementado desde 2016, impõem restrições significativas aos usuários. Esse modelo limita a quantidade de dados disponíveis para o uso da internet móvel, obrigando os usuários a adquirirem pacotes adicionais. O Nordeste está em segundo lugar na lista de regiões sem internet A pesquisa TIC Domicílios de 2022 revela que 36 milhões de brasileiros não têm acesso à internet, e a região Nordeste corresponde a 28% desse montante. Uma das pessoas afetadas é Regilane Alves, moradora do Assentamento Maceió, no município de Itapipoca, Ceará. “Na comunidade não pega muito bem, então meus dados móveis nunca funcionam bem lá, de vez em quando eu consigo área em cima da geladeira, deixo o celular pra carregar as mensagens e depois respondo”, relata Regilane.  Para ela, assim como para várias outras pessoas, a internet hoje é imprescindível tanto para trabalho quanto para os estudos. Essa falta de conectividade já fez com que Regilane passasse por alguns constrangimentos. “Eu quase perdi uma oportunidade de emprego por conta dessa dificuldade de área. Eu era jovem assessorada do CETRA e surgiu uma vaga em um projeto e me chamaram para uma entrevista, eles mandaram mensagem num dia de sexta e eu só fui saber no domingo a noite porque uma menina que trabalhava lá morava na comunidade vizinha e veio me dizer que eles queriam falar comigo, aí eu coloquei o celular em cima da geladeira e liguei para o coordenador técnico e deu tudo certo. Foi meu primeiro emprego de carteira assinada”, conta. O levantamento, assim como a pesquisa do Idec, também aponta que pessoas acima de 60 anos, com baixa escolaridade, pobres e pessoas negras são as mais excluídas do mundo digital. “O acesso à comunicação transforma a vida das pessoas, impactando não somente aquela região mas também modificando sua realidade. Facilitando o acesso à educação, saúde, qualidade de vida”, afirma Samara. Ao restringir o acesso à internet e permitir o uso gratuito de dados apenas para alguns aplicativos específicos, as operadoras violam princípios fundamentais da Constituição Federal e do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014). O modelo atual não apenas compromete a neutralidade da rede, mas também contradiz a ideia de uma internet aberta, acessível e igualitária. A campanha #LiberaMinhaNet destaca o respaldo legal para sua causa, citando a Constituição Federal (art. 170 e art. 174), a Lei 12.965/14 (art. 7o) que reconhece o acesso à internet como serviço essencial, e o Decreto nº 8.771/16 que aborda as hipóteses de quebra da neutralidade. Ao encorajar a sociedade a aderir à campanha, #LiberaMinhaNet busca promover uma mudança significativa no cenário do acesso à internet no Brasil, visando uma rede mais justa, aberta e acessível a todos e todas. Para mais informações, acesse: https://liberaminhanet.direitosnarede.org.br/

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Maria Arraes e a Senadora Jussara Lima PSD

Projeto de Maria Arraes sobre saúde mental nas empresas é aprovado no Senado

O plenário do Senado Federal aprovou ontem (28) o Projeto de Lei 4.358/23. Na foto a Deputada Federal Maria Arraes e a Senadora Jussara Lima O Projeto de Lei 4.358/23, de autoria da deputada federal Maria Arraes (SD-PE), propõe a instituição do Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental, com o objetivo de reconhecer as corporações que adotam medidas efetivas para promover o bem-estar dos funcionários. Maria Arraes, deputada federal "Conquistamos hoje um novo e potente instrumento para romper o silêncio e quebrar o estigma em torno do sofrimento psíquico. Todas as trabalhadoras e trabalhadores têm direito a exercer suas funções em um ambiente saudável e inclusivo. Já as empresas ganham, com menos afastamentos por esgotamento profissional e maior produtividade". Regulamento e próximos passos As organizações que obtiverem o certificado terão o direito de exibi-lo em suas comunicações, evidenciando ao mercado e à sociedade o compromisso assumido com a saúde mental. Os critérios para a certificação abrangem desde a capacitação de lideranças até a oferta de recursos de apoio psicológico e psiquiátrico, além de incentivos ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional e estímulo à alimentação saudável. A concessão do Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental será realizada por uma comissão nomeada pelo Poder Executivo, incumbida de atestar a conformidade das práticas desenvolvidas pelas empresas com as exigências da lei. O certificado terá validade de dois anos, sendo necessária uma nova avaliação para a renovação após esse período. O projeto agora segue para sanção presidencial.

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Recife vai sediar os circuitos Brasileiro e Mundial de Vôlei de Praia

Entre os dias 13 e 17, e 21 a 24 de março, respectivamente, a orla do Pina abrigará os dois eventos, que servem de preparação para as Olimpíadas de Paris 2024 (Fotos: Rodolfo Loepert/Prefeitura do Recife) Neste mês de março, o Recife será palco de dois grandes eventos de vôlei de praia, com representatividade tanto nacional quanto internacional. As etapas do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia BET7K 2024 e do Beach Pro Tour Challenge estão agendadas para acontecerem na deslumbrante orla do Pina, nos períodos de 13 a 17 e 21 a 24, respectivamente. O anúncio oficial foi feito pelo prefeito João Campos na manhã desta quarta-feira (28/02), após uma reunião com o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Radamés Lattari, nas instalações do Edifício-sede da Prefeitura do Recife. João Campos, prefeito do Recife “Não temos uma competição deste porte na Praia do Pina há mais de 10 anos e seremos palco do vôlei mundial por 15 dias, o que é um privilégio e o fruto do trabalho da nossa equipe de Esportes. Esse Campeonato vai ajudar muito a cidade, vai trazer visibilidade e, sobretudo, oportunidade de renda e trabalho com, inclusive, mais de 90% das empresas contratadas para a produção do evento sendo locais. Trazer grandes competições é uma boa estratégia, mas é ainda melhor quando é feito de forma contínua - já são mais de cinco nos últimos três anos. E a diretriz que seguimos é que não vamos abrir mão da competitividade, queremos a nossa cidade no topo do Brasil nos grandes encontros esportivos. Hoje o Recife está no pódio e vai trabalhar para não sair dele”. Competições Os torneios, que terão a capital pernambucana como sede, são promovidos pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB), Confederação Sul-Americana de Voleibol (CSV) e pela CBV, com o apoio da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Esportes. Em relação aos ingressos, 98% dos 2 mil lugares da arena serão gratuitos, mediante cadastro em um site a ser divulgado em breve. Além disso, parte das entradas de cada partida será distribuída entre os projetos esportivos apoiados pela Secretaria de Esportes. Essa ação permitirá que jovens atletas locais tenham acesso a jogos de nível mundial, inspirando e motivando-os em sua própria jornada esportiva. As competições receberão duplas masculinas e femininas de diversos países, servindo como preparação para as Olimpíadas de Paris 2024. Serão, ao todo, mais de 400 atletas envolvidos de 47 países. O Circuito Brasileiro terá nove etapas, cinco delas antes dos Jogos Olímpicos. Para definir o campeão, serão computados os oito melhores resultados do ano. O modelo lançado pela CBV em 2022, com divisão entre Top e Aberto, foi mantido, com o aumento de 12 para 16 duplas na divisão principal. O número total de duplas em cada etapa sobe de 28 para 32. As quatro fases do Circuito Mundial que a CBV trouxe para o Brasil em 2024 – além do Recife, há Saquarema (RJ), Natal (RN) e João Pessoa (PB) – estão conectadas ao Circuito Brasileiro. Radamés Lattari, presidente da Confederação Brasileira de Vôlei “Depois do espetacular sucesso do Campeonato Sulamericano de Voleibol, agora vamos até à praia realizar o circuito brasileiro e mundial do vôlei. Foi muito fácil escolher o Recife, pelo prefeito João Campos ser um entusiasta do esporte e pelo fato de hoje o presidente da Federação de Voleibol do Estado de Pernambuco ser o Lula (Luís Antônio Barbosa da Silva), um dos grandes ícones mundiais do voleibol de praia. Esperamos que o público possa assistir grandes partidas e temos certeza que isso vai contribuir cada vez mais para que novos atletas do Recife participem de competições nacionais no futuro”.

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Governo de Pernambuco anuncia mudança na presidência do IPA

Nesta quarta-feira (28), o Governo de Pernambuco anunciou uma modificação no organograma do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), com a nomeação de Ellen Viégas para a presidência da instituição. A mudança, que será oficializada na edição desta quinta-feira (29) do Diário Oficial do Estado, traz Ellen Karine Diniz Viégas, ex-secretária estadual de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca, para liderar o IPA. Com formação em Agronomia, Ellen Viégas possui mestrado e doutorado em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade de São Paulo (USP). Além disso, é professora adjunta da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Na UFRPE, atuou na Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST/UFRPE), exercendo funções como vice-presidente da comissão de extensão entre 2017 e 2019, coordenadora do curso de graduação em agronomia de 2019 a 2021 e diretora de 2021 a 2023. Antes de assumir a presidência do IPA, Ellen Viégas desempenhou o papel de secretária de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco entre agosto de 2023 e fevereiro de 2024. A mudança no comando do IPA reflete a expertise e a experiência da nova presidente, consolidando a busca por avanços e inovações no setor agronômico do estado.

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"Não vendemos só o maltado, nós proporcionamos boas lembranças".

Fundada por Fidélio Lago, um imigrante de Cuba, As Galerias funciona há 95 anos no Bairro do Recife. O neto do fundador, Jorge Gomes, conta como uma bebida e um bolinho de receita cubana conquistaram o paladar do recifense a ponto de a lanchonete se tornar patrimônio da cidade. Uma bebida, originária de Cuba, ostenta a proeza de ser patrimônio cultural, gastronômico e imaterial do Recife. Mas é um reconhecimento bastante compreensível e justo, afinal o maltado, produzido na lanchonete As Galerias desde 1928, faz parte da memória afetiva de muitos recifenses e se incorporou ao paladar da cidade tanto quanto uma tapioca. Sua receita, trazida na bagagem do imigrante cubano Fidélio Lago, tem como segredos o malte retirado da amêndoa do cacau e o sorvete de baunilha, ambos produzidos na lanchonete. Outro sucesso é o bolinho cubano, que traz uma cobertura de malte, castanha e amendoim granulados. Boêmios, assíduos frequentadores da agitada noite do Bairro do Recife de décadas atrás, eram os principais clientes d’As Galerias, quando ela ainda funcionava no edifício conhecido como “Ferro de Engomar” (que sediou o Instituto Cultural Santander). Hoje, a lanchonete está na praça do Arsenal, mas Jorge Gomes, neto do fundador Fidélio, sonha em retornar ao antigo endereço. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele fala da trajetória do empreendimento que atrai uma clientela em busca do famoso maltado e até turistas interessados na sua história, ilustrada em antigas fotografias que adornam as paredes da lanchonete. Emocionado, Jorge também ressalta o significado de manter a tradição do negócio – “eu atendo famílias por várias gerações: o avô trouxe o pai, o pai trouxe o seu filho e o filho está trazendo o neto”. Um negócio que tende a se perpetuar com as filhas Vanessa e Vitória. “Elas já sabem fazer muito bem o Maltado”, assegura, orgulhoso. Como teve início As Galerias? A lanchonete foi fundada pelo meu avô, Fidélio Lago, que veio de Cuba e chegou no Recife em 1928 e, como um bom cubano, trouxe suas "especiarias", entre elas, o maltado que até hoje sobrevive e é o nosso carro-chefe. Inicialmente a lanchonete era localizada numa construção histórica do Bairro do Recife conhecida como “Ferro de Engomar”. O imóvel liga as avenidas Marquês de Olinda e Rio Branco. As Galerias ficava no número 58 da Marquês de Olinda, no piso térreo, era uma passarela ligando uma avenida à outra. Daí vem o nome. Ficamos nesse local por 74 anos. Em 2003, tivemos que entregar o prédio à seguradora a quem o edifício pertencia e fomos para a Rua do Bom Jesus. Em seguida, mudamos para a Rua da Guia, nº 183, onde permanecemos até o imóvel ser vendido após o dono falecer. Mudamos, então, para a Rua da Guia, nº 207. Estamos aqui há quatro anos, mas meu desejo é, em algum momento, voltar ao primeiro endereço, na Marquês de Olinda. Este retorno seria importante não só para As Galerias enquanto empresa, mas para os clientes e para a cultura e lembrança do Recife. Eu assumi a lanchonete em 2008, ao lado do meu pai, Antonio Gomes, que faleceu em 19 de outubro de 2012 com o desejo de transformar As Galerias em patrimônio. Em 2014, conseguimos tombar a lanchonete como patrimônio cultural, gastronômico e imaterial do Recife, resistimos à pandemia da Covid-19 e seguimos sempre trabalhando com respeito à nossa história e à tradição da cidade do Recife. Levamos isso muito a sério, é tanto que estamos aqui há 95 anos, exercendo essa atividade com muito respeito, muito carinho, atravessando gerações de pai para filho, abrindo mão de vida social, trabalhando quase todos os dias do ano, pois aqui só fecha no dia 1º de janeiro e na Quarta-Feira de Cinzas. Trabalhamos de domingo a domingo, sempre servindo o tradicional maltado. Qual o segredo do sucesso do maltado? De que ele é feito? Tem gente que pergunta “esse maltado é aquele que tem leite, Nescau, gelo e açúcar”? Eu respondo que não, isso é achocolatado. O maltado, por sua vez, se faz misturando leite com sorvete de baunilha e malte, que vem da semente do cacau. O malte é quase um xarope da semente do cacau, por isso tem essa saborosidade de chocolate, mas não é enjoativo, você pode tomar um litro tranquilamente e não enjoa. São vocês que produzem o malte? É uma receita nossa bem peculiar de fazer. A gente faz esse malte que leva um pouco de açúcar. O sorvete de baunilha também é uma receita nossa. Quando misturamos o sorvete, o leite, o malte e açúcar, fazemos essa bebida que é uma delícia. Você pode tomar todos os dias e não enjoa. É refrescante, saborosíssimo, por isso se mantém até hoje. O bolinho cubano é outro sucesso. De onde vem essa receita? O bolinho também é uma receita que nossa família trouxe de Cuba. Aqui na lanchonete, vendíamos sete ou oito dúzias desse bolo por dia. Sempre vendemos junto com o maltado. É uma receita da época em que não existia hambúrguer, x-burguer, por isso vendíamos muito. Como também não existia refrigerante. Além do maltado, vendíamos o ice cream soda, que era uma bebida gaseificada. Com o surgimento do refrigerante, as vendas do ice cream soda caíram, mas o maltado continuou persistente. E, nesse período, quem eram os clientes que frequentam As Galerias? De 1928 até meados dos anos 1960, o Bairro do Recife tinha vida noturna, nós tínhamos o Porto do Recife vivo e isso atraia o público à noite. O Recife Antigo era um bairro de baixo meretrício, até os anos 1960 ainda havia vestígios dos cabarés. Aqui era o que se conhecia por “zona”, termo originário de Zona Portuária, que culturalmente passou a ser associado a prostíbulo. Os frequentadores eram as pessoas da boemia. Eram os portuários, embarcadiços, despachantes, estivadores, os gringos que vinham para cá e também as pessoas daqui do Recife que queriam ter uma vida noturna e buscavam alguma forma de prazer. Vinham escondidinhos por aqui, faziam a farra, dizendo que

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Ministra diz que mudança climática pode afetar produção de alimentos

(Da Agência Brasil) A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, alertou nesta terça-feira (27) que as mudanças climáticas podem impactar a capacidade do Brasil de produzir alimentos. “Nós acabamos de identificar, por estudos científicos, áreas de deserto já no Brasil. Expansão da área de baixa umidade em várias regiões do nosso país. Ou seja, para o Brasil continuar ajudando na segurança alimentar do planeta, nós vamos precisar fazer o dever de casa em relação ao clima”, disse ao participar de um evento organizado pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), parte da programação paralela ao encontro do G20. A ministra participou de uma mesa com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen. Segundo Marina, a falta de alimentos pode ser um fator de desregulação da economia global e gerador de instabilidades geopolíticas. “Nós temos também outro problema, que é a questão do risco de uma inflação global que pode ser causada também por insegurança alimentar em função da mudança climática. Geralmente, se faz a associação, muito rapidamente, entre risco de inflação e risco de instabilidade econômica, geopolítica, associado à energia. Mas vamos pensar também que esse risco talvez seja até maior em relação à segurança alimentar”, enfatizou. Sinergia No Brasil, a ministra avalia que existe uma convergência de interesses entre a área econômica e as propostas para o meio ambiente. “Eu acho que é a primeira vez na história do Brasil que a gente conseguiu uma sinergia muito grande entre a área econômica e a área ambiental. O plano de transformação ecológica está sendo coordenado pelo ministro da Fazenda [Fernando Haddad]. Com certeza é o melhor lugar para que ele seja elaborado, porque a partir daí ele pode ser transversalizado [repassado para as outras áreas do governo]”, disse. A ministra destacou ainda a parceria assinada na segunda-feira (26) com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para dar garantias cambiais a projetos de desenvolvimento de economia verde no país. O BID vai oferecer US$ 3,4 bilhões em contratos de derivativos que serão repassados, a partir do Banco Central, para instituições financeiras brasileiras. Os derivativos são contratos que podem ser usados para reduzir o risco de operações financeiras, sendo vinculados a outros ativos, como commodities, moeda estrangeira ou taxas de juros.

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