Arquivos Notícias - Página 87 De 679 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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viva guararapes 2023

Recife terá o "Viva a Guararapes na Roça" neste domingo

Prepare-se para vestir seu figurino xadrez, saia rodada enfeitada e chapéu de palha, pois o São João ainda não acabou: o evento "Viva a Guararapes na Roça" será a despedida das festividades juninas no Recife. O evento acontecerá no próximo domingo (2), das 10h às 17h, na Avenida Guararapes, e contará com 12 polos e dois palcos dedicados à diversão e lazer das famílias. No Polo Instagramável, os participantes terão a oportunidade de participar de uma oficina de adereço junino para customizar suas roupas. Com a temática "Vila Guararapes São João", o evento oferecerá um cenário inspirado nas vilas rurais e no clima festivo do São João. O Viva é uma iniciativa cultural e esportiva realizada pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo e Lazer, com o apoio do Programa Recentro, com o objetivo de incentivar os recifenses e visitantes a vivenciarem e ocuparem o centro da cidade, aproveitando suas paisagens, arquitetura e história. Durante o "Viva a Guararapes na Roça", também haverá o tradicional casamento matuto com a apresentadora Sayuri Heiwa, o show da Quadrilha Raio de Sol a partir das 15h30, e karaokê junino das 10h às 17h. No Polo Infantil, as crianças poderão brincar com jogos de quermesse, chutar a gol, aproveitar o touro mecânico, participar de recreação, pula-pula, muro de escalada, brinquedos infláveis, cama elástica e participar de oficinas de pintura e balão. O Polo Esportivo oferecerá atividades como basquete e vôlei de rua, badminton, futebol de barrinha e patinação. No Polo de Serviços, o público terá acesso a ações de saúde, oficina de turbante e ao Espaço Orgulho (mês LGBTI+). No Polo Sesc, haverá uma barraca do beijo com informações sobre doenças transmitidas pelo beijo, orientação de escovação dentária e aplicação de flúor. No Polo Geek, haverá uma feira geek e a oportunidade de jogar Just Dance. No Polo Pet, haverá adoção de animais em parceria com a ONG Anjos do Poço, além do desfile Pet Matuto. Também será oferecida vacinação antirrábica e pré-agendamento de castração pela Secretaria dos Direitos dos Animais do Recife (SEDA), juntamente com atividades como pintura infantil com temática pet e apresentação canina. No Polo Sebo, haverá as feirinhas de Vinil e do Sebo, além da festa Odara Ôdesce, com as DJs Allana Marques e Lala K discotecando das 12h às 17h. O Polo Cultural e Artístico contará com um aulão de dança muito procurado, ministrado por Surama Nascimento e convidados, das 10h às 12h. Também teremos apresentações de Larissa Lisboa, Geração Nordestina, Rogé

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Censo 2022: Pernambuco ultrapassa a marca de 9 milhões de habitantes

(Do IBGE) De acordo com o Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pernambuco tem 9.058.155 habitantes, representando 4,46% do total da população brasileira. Os primeiros resultados da operação, com informações sobre os números de população e de domicílios do estado, foram divulgados na manhã de ontem. O estado mantém sua posição como o sétimo mais populoso do país em comparação ao Censo 2010, sendo também o segundo mais populoso do Nordeste, atrás apenas da Bahia. Em 2010, a população pernambucana era de 8.796.448 habitantes. A taxa de crescimento geométrica de 2010 até 2022 foi de 0,24% ao ano. Os dez municípios mais populosos de Pernambuco, de acordo com o Censo 2022, são Recife (1.488.920 habitantes), Jaboatão dos Guararapes (643.759), Petrolina (386.786), Caruaru (378.052), Olinda (349.976), Paulista (342.167), Cabo de Santo Agostinho (203.216), Camaragibe (147.771), Garanhuns (142.506) e Vitória de Santo Antão (134.110). Igarassu, na 11ª posição, com 115.196 moradores, e São Lourenço da Mata, em 12º lugar, com 111.243 residentes, completam a lista de municípios pernambucanos com mais de 100 mil habitantes. A cidade pernambucana com maior aumento de população em números absolutos foi Petrolina, que passou de 293.962 para 386.786 habitantes de um censo para outro, um aumento de 31,6%. A localidade era a sexta mais populosa do estado em 2010 e passou para o terceiro lugar em 2022. O município foi o 16º do país com maior crescimento absoluto. Caruaru, por sua vez, teve o segundo maior aumento populacional do estado em números absolutos. O saldo positivo foi de 63.140 habitantes, ou 20,1% de moradores a mais desde 2010, quando havia 314.912 residentes no município. Os municípios com menor população no estado no Censo 2022 são Itacuruba (4.284 pessoas), Ingazeira (4.768), Solidão (5.210) e Calumbi (5.228). Incluído nessa lista está o Distrito Estadual de Fernando de Noronha, com 3.167 habitantes. Dos 184 municípios de Pernambuco, 97 municípios e o Distrito Estadual de Fernando de Noronha apresentaram aumento populacional em 2022 em relação a 2010, totalizando um crescimento estadual de 3% ou 261.707 habitantes. Recife e Olinda estão entre as cidades mais densamente povoadas do Brasil A densidade demográfica de Pernambuco é a sexta maior do Brasil, com 92,37 habitantes por quilômetro quadrado. Olinda é a sétima cidade mais densamente povoada do país e a primeira do estado, com seus 349.976 habitantes distribuídos em 41,3 km², o equivalente a 8.474 habitantes/km². O Recife é a 12ª cidade brasileira mais densamente povoada e a segunda no estado, com 6.803,6 habitantes/km². Já a cidade menos densamente povoada de Pernambuco é Parnamirim, no sertão, com 7,13 habitantes/km², bem abaixo da média nacional, de 23,86 habitantes por quilômetro quadrado. Número de domicílios em Pernambuco aumenta mais de 36% em relação a 2010 Em Pernambuco, o Censo 2022 contou 4.094.799 domicílios, um aumento de 36,8% em comparação a 2010, quando foram computados 2.993.825 lares. O estado é o sétimo com maior número de domicílios do país. Essa tendência de alta foi observada em todos os estados e, no Brasil, o avanço foi de 34%. Por outro lado, a média de moradores por domicílio particular permanente ocupado diminuiu de 3,44 em 2010 para 2,83 em 2022 (tendência observada em todos os estados), valor que deixa o estado pernambucano em 15º lugar nacional. Recife teve um aumento de 25,1% no número de domicílios recenseados entre 2010 e 2022, passando de 515.100 para 644.212 lares. Com isso, a capital pernambucana foi a 11ª cidade do país com maior número de domicílios recenseados. As dez cidades pernambucanas com maior número de domicílios foram Recife, Jaboatão dos Guararapes (235.053), Caruaru (138.485), Petrolina (128.380), Olinda (127.261), Paulista (124.313), Cabo de Santo Agostinho (71.666), Camaragibe (53.357), Garanhuns (49.029) e Vitória de Santo Antão (48.335). A cidade pernambucana com maior proporção de domicílios vagos foi Santa Filomena, no Sertão, com 24,9% do total. Em seguida, estão Solidão (24,3%) e Betânia (23,5%). Já a cidade pernambucana com a maior porcentagem de domicílios de uso ocasional, grupo de domicílios composto, em sua maioria de residências de veraneio ou casas de campo, foi a Ilha de Itamaracá com 60,2% do total de residências. O município ocupa o 11º no ranking nacional. Após a Ilha de Itamaracá, os municípios com maior percentual de domicílios de uso ocasional são Tamandaré (44,80%), São José da Coroa Grande (39,15%), Sairé (24,61%) e Gravatá (23,60%). Concentração urbana do Recife é a quinta maior do Brasil O Censo 2022 também traz dados sobre concentração urbana, ou seja, municípios isolados ou arranjos populacionais acima de cem mil habitantes. Pernambuco tem cinco concentrações urbanas: a do Recife, que engloba toda a região metropolitana mais o município de Paudalho; a de Caruaru, a de Garanhuns, a de Vitória de Santo Antão e a de Petrolina/Juazeiro (BA). A concentração urbana do Recife é a quinta maior do país, com 3.783.101 habitantes, distribuídos em 1.698.783 domicílios, logo atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. Dos 15 municípios que compõem a concentração urbana do Recife, 11 apresentaram crescimento populacional entre os anos de 2010 e 2022, com destaque para Ipojuca (PE), com 1,72% de taxa de crescimento geométrico ao ano, Itapissuma com 1,30% e Paulista com 1,09%. Os quatro que tiveram taxas negativas de crescimento geométrico foram Olinda (-0,64%), Recife (-0,27%), Moreno (-0,21%) e Jaboatão dos Guararapes (-0,01%). No geral, a Grande Concentração Urbana de Recife/PE apresentou uma taxa média geométrica de crescimento anual de 0,09%. As demais concentrações urbanas do estado também tiveram aumento de população entre 2010 e 2022: o maior índice foi alcançado em Petrolina/Juazeiro (BA), com avanço médio de 1,98% na taxa de crescimento geométrico, seguida por Caruaru (1,53%), Garanhuns (0,81%) e Vitória de Santo Antão (0,39%).

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Raquel Lyra anuncia nomeação de 184 professores para a UPE

A governadora Raquel Lyra anunciou a nomeação de 184 professores para a Universidade de Pernambuco (UPE), a fim de completar o quadro de servidores. O anúncio foi feito ao lado da reitora da UPE, Maria do Socorro Cavalcanti, do vice-reitor José Roberto de Souza e da secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação, Mauricélia Vidal. O concurso para os professores ocorreu em setembro de 2022. Dos 184 convocados, 155 são professores adjuntos, 16 são assistentes e 13 são auxiliares. Esses docentes serão distribuídos por todas as 18 unidades da Universidade. Do total, 45% dos professores irão atender às demandas da Região Metropolitana do Recife, enquanto os outros 55% serão alocados nas unidades localizadas no interior do estado, onde irão ministrar diversos componentes curriculares nos cursos de licenciatura e bacharelado da UPE. "Esta é uma excelente notícia, que há muito tempo é aguardada por todos da UPE. São professores concursados que passam a ocupar seus cargos de docência em licenciatura e bacharelado nos campi da Universidade. Agradeço o esforço de todos pelo trabalho e dou minhas boas vindas àqueles que estão chegando para transformar a educação de Pernambuco também no nível superior", afirmou a governadora Raquel Lyra.

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"2013 fez surgir uma polarização até então adormecida desde o fim da ditadura"

As Jornadas de Junho de 2013 completaram uma década. Em apenas 10 anos o País assistiu duas eleições presidenciais vencidas por margens muito pequenas em 2014 e 2022, o impeachmente de Dilma Rousseff, o surgimento e a derrocada da Operação Lava Jato e a ascenção e queda do Bolsonarismo. Além desses episódios que costuraram a vida política do País, a sociedade ficou rachada no processo de polarização, que travou o debate público. Para analisar esse cenário e as relações entre as manifestações de 2013 e os acontecimentos posteriores no País, ouvimos Túlio Velho Barreto, que é cientista político e pesquisador da Fundaj, onde atualmente ocupa o cargo de diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte. Dez anos após as Jornadas de Junho de 2013, que foram bem difíceis de entender na época, o que poderíamos apontar como as motivações daquele movimento tão diverso, que teve repercussões importantes na política do País? Não podemos esquecer que tudo começou, mais explicitamente, como protestos contra o aumento de passagens de ônibus urbanos, processo que desaguou na luta pela gratuidade desse serviço e pela melhoria na qualidade do atendimento de diversos serviços públicos. Isso às vésperas da Copa das Confederações, que se realizaria naquele ano, e mesmo da Copa do Mundo, que ocorreu no ano seguinte. Ou seja, um momento em que o governo canaliza muitos recursos públicos para eventos privados organizados por uma entidade estrangeira, a FIFA, que já enfrentava uma crise interna após inúmeras denúncias de corrupção. Como a pauta foi se ampliando e os protestos iniciais começaram a ganhar muito espaço nas mídias, no país e no exterior, as pautas passaram a ser bastante heterogêneas, por um lado, e os partidos políticos passaram a perder centralidade para novas organizações, muitas delas surgidas a partir das redes sociais. É importante ressaltar ainda que a esquerda e o centro-esquerda estavam no poder desde 2003 e tinham perdido muito de sua capacidade de mobilizar a militância social e política. De certa forma, as ruas, que desde as lutas contra a ditadura civil-militar que se estabeleceu a partir de abril de 1964, eram ocupadas por aqueles segmentos mais à esquerda, passaram a ser, então, espaços de disputa. As direitas perceberam isso e se organizaram para disputá-las e ocupá-las. Tal fato surpreendeu a muitos, sobretudo os militantes mais à esquerda acostumados a recorrer, praticamente sozinhos, às ruas em momentos de protestos e de lutas. Com isso, criou-se condições para que as direitas, incluindo a extrema-direita, ganhassem mais visibilidade e organicidade. E surgisse uma polarização até então "adormecida", pelo menos desde o fim da ditadura em 1985.  Quais os legados e repercussões para o Brasil e para Pernambuco após as Jornadas de 2013? A eclosão daquele movimento contribuiu para a ascensão do Bolsonarismo e para a polarização política no País? Essas duas questões estão absolutamente relacionadas, senão mesmo imbricadas. Como considero que as direitas passaram a perceber que as ruas eram espaços de disputa, que não eram mais, vamos dizer, quase um monopólio das esquerdas, isso contribuiu decisivamente para que estas ganhassem, como disse, visibilidade e organicidade. O que ocorreu no momento mais crítico do ponto de vista econômico, o pior desde o início do ciclo de crescimento vivenciado nos governos Lula. O primeiro governo Dilma Rousseff já sofreu o impacto do fim desse ciclo, e as Jornadas de Junho ocorrem aí, o que facilitou a ação organizadas dos partidos de oposição, de perfil mais conservador e alguns mesmo reacionário, junto às organizações que haviam contribuído para mobilizar vastos segmentos por meio das redes sociais. O comportamento dos partidos derrotados em 2014, quando Dilma Rousseff foi reeleita, principalmente do PSDB e de seu candidato, que contestaram o resultado das urnas, foi um passo a mais no sentido do que já vinha se desenhando desde as Jornadas de 2013. Então, a polarização que ainda não tinha ganho tanto corpo naquele ano foi crescendo até desembocar no que viria ocorrer em 2016. De fato, não demorou e veio o golpe jurídico-parlamentar que afastou a presidenta do cargo, fato que criou, definitivamente, as condições para o crescimento da extrema-direita e ascensão de um representante seu ao poder, ainda que por meio de uma eleição. Mas, ressalte-se, eleição realizada sob suspeita de uso irregular das redes sociais e após o candidato favorito ser retirado da disputa em processos irregulares, como revelado nos últimos anos. Costumo afirmar que, em 2016, apenas se abriu a Caixa de Pandora liberando os monstros que levaram à situação terrível, que passamos a viver a partir de 2018 até há pouco, com uma política genocida em meio a maior pandemia que a humanidade já vivenciou. Mas, a verdade é que o "ovo da serpente" já havia sido parido e estava sendo chocado. Qual a relação que podemos traçar daquele momento com a disseminação das redes sociais e o atual debate da regulamentação das plataformas digitais no País? Sim, de certa forma os acontecimentos iniciados em 2013 serviram de laboratório para o que viria ocorrer em 2014, mas sobretudo em 2018, com o uso intensivo e irregular que se fez das redes sociais para eleger o candidato da extrema-direita. Sabe-se que houve transferência não apenas de tecnologias, mas igualmente de pessoal, usadas para eleger Donald Trump nos Estados Unidos, para o Brasil. E assim fomentar a campanha dos representantes locais da extrema-direita na eleição de 2018, no caso, os dois militares oriundos do Exército, Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão. Desde então esse tema da regulamentação passou a integrar a agenda de discussões acerca do uso das novas tecnologias, em particular das redes sociais. A própria formação do que se convencionou chamar de Gabinete do Ódio, organização informal que atuou no interior do governo Bolsonaro-Mourão, com participação de, pelo menos, um de seus filhos, alertou, por exemplo, a Suprema Corte para a necessidade de investigar o seu modus operandi, bem como tem mobilizado os democratas e as pessoas republicanas para tal fato. Lembre-se que a investigação do uso intensivo de fakes news recai sobre essa organização por iniciativa do STF. Por

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Piscinas Naturais de Porto de Galinhas

Porto de Galinhas é um dos destinos mais procurados para julho

A Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo) revelou que Porto de Galinhas é mais uma vez destaque na preferência dos turistas para as férias de julho. Os dados são de um levantamento da empresa com as operadoras associadas para mapear quais os destinos mais procurados para o período. A pesquisa informa que os destinos apontados refletem o que já vinha se consolidando no Anuário da Braztoa 2023, que colocava o Nordeste na liderança, com 38,4% dos embarques. Os resorts figuraram entre os produtos nacionais mais vendidos. “Recebemos a notícia da Braztoa com muita felicidade. Muito importante para nós figurar a lista dos destinos nacionais mais procurados para as férias, isso reflete no trabalho que vem sendo feito em prol do Porto de Galinhas”, comemora o presidente do Porto de Galinhas CVB, Otaviano Maroja.

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Forte Noronha

Fernando Noronha recebe encontro global pelos oceanos livres de plástico

Fernando de Noronha promoverá um encontro coletivo em prol do meio ambiente e dos oceanos, encerrando as celebrações do mês do Meio Ambiente e dos Oceanos. O evento, intitulado "Noronha e Oceanos Sem Plásticos - De Mãos Dadas Por Oceanos sem Plástico", contará com a participação de especialistas, ativistas, gestores ambientais, artistas e representantes de entidades ligadas à proteção dos oceanos. O objetivo é mudar perspectivas sobre o relacionamento da humanidade com os oceanos, estimulando ações integradas para reverter processos de poluição e degradação. O encontro será realizado presencialmente e também transmitido pela internet através dos canais do Lab no Instagram e Youtube, diretamente do Forte Nossa Senhora dos Remédios em Fernando de Noronha. A iniciativa é promovida pelo Lab Noronha Pelo Planeta em parceria com o Forte Noronha e a Administração da Ilha. “Este encontro inaugura um conjunto de ações planejadas pelo Lab Noronha, com diversos parceiros, para tornar a ilha um centro de integração e reverberação de movimentos internacionais voltados para soluções sustentáveis e regenerativas. A ideia é desenvolver, com participação ativa da comunidade local, novos modelos econômicos que impulsionem o turismo e outras vocações, e, simultaneamente, protejam o meio ambiente, reduzam desigualdades e fortaleçam a cultura pernambucana”, afirma Sérgio Xavier, diretor-executivo do Lab, ex-secretário de meio ambiente e sustentabilidade de Pernambuco. A programação do encontro envolve apresentações artísticas, palestras, rodas de conversa, performances, atividades para crianças, lançamento de livros e exposição fotográfica "Desplastifique!". Também serão exibidos filmes e vídeo-mensagens de líderes ambientais, além da feirinha NoronhArte. O evento inclui atividades de educação ambiental lideradas pelo Climate Reality e pelo movimento Xô Plástico. Sua missão é conscientizar sobre a urgência de restringir o plástico, um problema discutido por 175 países que estão buscando desenvolver um tratado global da ONU para reduzir a poluição plástica, com o apoio da França e do Brasil.

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anselmo cultura

"A sanfona de oito baixos está desaparecendo em Pernambuco"

Documentarista e pesquisador critica a falta de espaço para o forró tradicional nas festas juninas do interior de Pernambuco, aponta os novos talentos do baião e defende a implantação de uma política que leve o legado de Luiz Gonzaga às escolas para que essa cultura não se acabe. Apaixonado pelo Sertão, o documentarista e pesquisador Anselmo Alves, há anos tem travado uma batalha em prol das tradições da cultura sertaneja, em especial da preservação da sanfona de oito baixos. Ao longo do tempo, os músicos que tocam o instrumento têm diminuído em Pernambuco, o que pode ser uma sentença de morte para o ritmo que Luiz Gonzaga popularizou. “A sanfona de oito baixos é importante porque é matriz musical do forró, é de onde surgiu o baião”, justifica Anselmo. Nesta entrevista a Cláudia Santos, o documentarista critica a programação do período junino nas cidades do interior pernambucano, onde o forró tradicional não merece destaque. Aponta quem são os novos talentos que bebem na fonte de Gonzaga e defende uma política voltada para difundir o baião entre a garotada de Pernambuco. “Mestre Salustiano falava um negócio fantástico: ‘se o folguedo não chegar na criança, ele morre’. A sanfona de oito baixos não está chegando na criança”. O que você acha da presença do forró no São João de Pernambuco atualmente? No Recife, graças a Peixe (João Roberto, ex-secretário de Cultura do Recife), já há 20 anos, não se permite que o forró de plástico e a dupla sertaneja entrem nas festas juninas, embora já tenha entrado no Carnaval, mas no São João foi a única capital que resistiu em botar o forró autêntico. Nas outras cidades o que se ouve é dupla sertaneja, funk, passinho. Eu não sou contra nenhum desses ritmos, agora o São João é uma festa de tradição, que vem de Portugal, e quem joga o lado profano e belo é Luiz Gonzaga. Essa história começa a ser destruída a partir dos anos 1970, 1980 até os anos 1990, com a antena parabólica. Naqueles anos, os meninos de Serra Talhada – onde eu nasci – não torciam para o Náutico, nem para o Sport, nem para o Santa Cruz. Torciam para os times do Sul do País que viam na televisão e, ao mesmo tempo, assistiam às duplas sertanejas. Para deixar mais distante da juventude o xote, o xaxado, o baião e o arrasta-pé veio a segunda leva com Carla Perez, a sexualização do palco e a dança da garrafa que, há 20 anos, vendia três milhões de discos. Não sou conservador, nem contra a sensualidade do palco. Sou contra a sensualidade chula, ou seja, uma música que descontrói a mulher e enaltece o homem como a letra de uma canção do Saia Rodada que diz “dinheiro na mão, calcinha no chão”. Isso é um estímulo à prostituição. Essa música que se diz forró, não é xote, nem xaxado, nem é baião, só usaram o nome forró. Roubaram, é um estelionato poético. Eu nasci em Serra Talhada, numa vila de 18 ruas, meu tio era músico e passou a adolescência com Moacir Santos (arranjador, compositor, maestro e multi-instrumentista falecido em 2006), que quando estava no interior ia para a casa do meu tio. Conheci muito Moacir Santos. Então eu vivi num ambiente musical e eu ficava encantado quando vovô me levava para a feira, onde eu via um cego tocando uma sanfona de oito baixos. Era uma coisa mágica! Mas imagine se eu tivesse 11 anos hoje, cheio de hormônios, eu ia ver um velho cego, pobre, tocando sanfona de oito baixos, ou uma mulher bonita no palco? Claro que falam mais alto os hormônios do que as harmonias. Então eu acho que existe uma desconstrução muito grande. Pergunta se na festa do peão boiadeiro, lá do Centro-Oeste, o pessoal vai deixar a gente tocar Zé Marcolino, Zé Dantas, Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira? Não vai. Pergunta se no Rio Grande do Sul, que mantém a tradição (e isso se deve muito a Borghettinho (o instrumentista gaiteiro Renato Borghetti), e ao CTG, Centro de Tradições Gaúchas, que foi fundado há 60 anos e hoje tem centros espalhados não só no Brasil, mas no Uruguai, no Paraguai, que preservou a cultura. O axé da Bahia é maravilhoso. Acho Ivete Sangalo maravilhosa, midiática, é uma artista completa, canta aqui, canta em Las Vegas, é aplaudida em todo lugar. Agora o que é que Ivete Sangalo tem para abrir o São João de Caruaru? Toda essa história do baião, do xaxado, dessa festa profana de Gonzaga nasceu com a sanfona de oito baixos. Faço parte de um movimento chamado Respeitem os Oito Baixos. Somos eu, Leda Dias (cantora) e Diviol Lira (acordeonista). O instrumento em Pernambuco é terminal. Há 15 anos que eu luto para que essa matriz musical não desapareça. A sanfona de oito baixos é importante porque é matriz musical do forró, é de onde surgiu o baião. Ela foi trazida pelos portugueses no começo do século passado e chega no Nordeste brasileiro, no Sertão mais precisamente, na época do velho pai de Luiz Gonzaga, na década de 20. Nessa época muda-se a afinação do instrumento que era europeia e fazem uma adaptação para poder tocar o forró. É a chamada afinação transportada. Esse código musical da sanfona de oito baixos é único no mundo. Aqui, em Pernambuco, existem apenas cinco crianças que tocam o instrumento. Há também a Or - questra da Sanfona de Oito Baixos que eu ajudei a construir, são uns 20 instrumentistas experientes que nunca foram à escola de música, grande parte é analfabeta. E a gen - te perdendo tudo isso, porque não houve uma política pública que garantisse uma escola permanen - te da sanfona de oito baixos, como Borghettinho fez no Rio Grande do Sul, a Fábrica de Gaiteiros. Então você acha importante incentivar as crianças? Foi o que Luiz Gonzaga fez aos distribuir sanfonas para a garotada. Cento e quarenta para ser mais preciso. Gonzaga viu Dominguinhos, com 14 anos, tocando

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10 anos de Junho de 2013: o mês que não acabou

*Por Rafael Dantas As emblemáticas Jornadas de Junho de 2013 completam 10 anos neste mês. A diversidade de cartazes, bandeiras e de manifestantes da época parecem refletir também as leituras traçadas hoje daquela ocupação das ruas. Afinal, há uma relação sobre aquele episódio, que começou contra o aumento de R$ 0,20 das passagens de ônibus, com o cenário político posterior ao impeachment, a ascensão de Bolsonaro e a polarização do País? Os analistas divergem sobre a compreensão daquele momento, mas concordam que ele marcou uma ruptura do processo político vivido no Brasil. Sob a gestão da presidente Dilma Rousseff, o Brasil de 2013 começava a atravessar o fim tardio de um ciclo econômico global que entrou em colapso anos antes nas principais economias do mundo. O País vivia também o clima pré-Copa do Mundo de 2014 e a realização da Copa das Confederações 2013, com muitas contestações dos gastos públicos nesse evento. No âmbito tecnológico, a popularização das redes sociais era um fenômeno que contribuiu para a convocação das manifestações, infladas com uma extensa cobertura midiática dos veículos tradicionais de comunicação. “Essas mobilizações começam com o MPL (Movimento Passe Livre), que teve início em Porto Alegre e foi até São Paulo. Ele enfrentou forte violência policial, o que fez ganhar uma dimensão muito maior a partir dos questionamentos sobre a repressão. Ele reivindicava não só uma tarifa menor, mas era uma contestação da mercantilização da mobilidade urbana. Esse movimento se diferencia dos anteriores, quando vários grupos e indivíduos vão ocupar as ruas, atingindo uma abrangência impressionante. Havia tanto manifestantes com uma gama de outras contestações, como muitos sem saber ao certo o caráter ideológico do que estavam protestando”, explica a professora da UPE (Universidade de Pernambuco) e doutora em história, Susan Lewis. Os demais movimentos sociais só embarcam mais tardiamente nessas manifestações, mas não como protagonistas. Para quem tem uma análise negativa dos protestos de Junho de 2013, estava formada ali uma tempestade perfeita, que foi um impulso para o crescimento da extrema direita no Brasil. Para quem avalia de forma mais positiva esse fenômeno, as massas nas ruas representaram um ponto de ruptura de um sistema que já não dava conta dos anseios sociais e que seria marcado por uma atuação mais intensa da população na vida política do País. Seja uma visão ou outra, as jornadas colocaram no mesmo espaço – as ruas – desde os manifestantes que defendiam a redução ou a gratuidade do transporte público (Movimento Passe Livre) aos que bradavam contra a corrupção, pelos serviços públicos “padrão Fifa” entre outras centenas de pautas. Diferente de anos anteriores, em que esses movimentos de rua eram dominados pela esquerda, o Brasil assistiu à erupção de novos grupos de direita nos protestos. Os representantes políticos eleitos na época e os partidos políticos foram hostilizados em diversas manifestações. MOBILIZAÇÃO PELAS REDES O cientista político André Régis, professor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), era vereador do Recife em junho de 2013. Ele conta que a classe política foi apanhada de surpresa com as massas nas ruas. “Eu tinha mandato de vereador e recordo bem dos debates que se sucederam na Câmara Municipal. Todos estavam surpresos. Não sabiam exatamente do que se tratava aquilo. Na minha concepção, as pessoas foram às ruas sem serem chamadas por um partido. Os partidos e sindicatos começaram a perder relevância em 2013”. Na leitura do ex-vereador, as novas tecnologias permitiram a mobilização nas ruas de grupos que não estavam ligados aos sindicatos que tinham know-how de promover as mobilizações populares. “Eram manifestações acéfalas, que não tinham um comando, uma cabeça. Isso dificulta a nossa análise sobre quem foi o responsável por levar as pessoas para a rua. Como não tinha quem capitaneasse, ninguém conseguiu capitalizar. Não se gerou energia para pavimentar a Presidência da República em 2014”. André Regis acredita que o caráter heterogêneo de quem estava nas passeatas e a falta de lideranças são alguns dos motivos pelos quais as Jornadas de Junho não tiveram continuidade e de suas inúmeras pautas nunca terem sido atendidas. Ele considera que há uma grande diferença entre esse movimento — muito marcado pela presença da juventude e de pautas mais sociais — e as mobilizações dos anos seguintes, integradas por muitos saudosistas da ditadura militar do País. “Não vejo aquilo como sendo responsável por nada que veio depois. Um raio que caiu. Depois a vida seguiu. Fatos sucederam que não têm relação com o que ali foi gerado”. O cientista político analisa que apesar de não ser um movimento que gerou frutos, ele foi o primeiro de uma sequência que as plataformas digitais permitiram, a partir da capacidade de mobilização, como no impeachment de Dilma e nas manifestações anos após contra o Supremo Tribunal Federal. As mudanças tecnológicas, associadas à pressão política do Governo de Dilma Rousseff sobre os gastos da Copa do Mundo, na avaliação de Régis, beneficiaram mais o eleitorado à direita, que não tinha a mesma capacidade de mobilização dos partidos de esquerda. Apesar do valor que as redes sociais tiveram nas mobilizações, a imprensa tradicional também teve um papel forte no episódio, segundo Susan Lewis. Diferente do histórico de criminalização dos movimentos sociais nas coberturas jornalísticas, as manifestações de junho foram impulsionadas pelos veículos de comunicação. “Naquele momento havia um impasse, diante de um movimento muito grande, com várias propostas e reivindicações, também elitistas. A mídia teve que não mais apenas criminalizar, mas mostrar o que acontecia. Embora muito seletivamente. Em setembro daquele ano, por exemplo, as emissoras não mostraram o Grito dos Excluídos”, afirma Lewis. Em paralelo, essa imprensa que também está sendo questionada em cartazes nas ruas, passa a conviver com a efervescência das redes sociais que disputam o controle das narrativas e criam o ambiente para novos atores políticos. “Vemos um processo de declínio da TV, que tem que se adaptar a essas novas formas de mídia, com um alcance significativo, que privilegia a rapidez em detrimento do conteúdo”. É dentro desse contexto de popularização dos discursos políticos na

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Mutirão inclui quase 16 milhões de brasileiros no Censo 2022

(Da Agência Brasil) Previsto para ser lançado na próxima quarta-feira (28), o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) esteve a um passo de ser comprometido. A falta de apoio para acesso dos recenseadores a áreas remotas ou carentes e resistência de alguns cidadãos abastecidos por notícias falsas por pouco fizeram o equivalente a quase um estado do Rio de Janeiro deixar de ser contado. Ao longo dos últimos três meses, sucessivos mutirões do IBGE e do Ministério do Planejamento conseguiram reverter a situação. Uma série de forças-tarefas incluiu, de última hora, 15,9 milhões de brasileiros no censo. Ao todo, foram três operações especiais. A primeira buscou alcançar brasileiros na Terra Indígena Yanomami, que nunca tinham sido recenseados. As outras procuraram reduzir a taxa de não resposta em dois ambientes opostos, mas com resistência a recenseadores: favelas e condomínios de luxo. “Nesta semana, vamos deixar para trás informações de 13 anos atrás, do Censo de 2010. Para formular políticas públicas, conhecer as demandas da população e atuar em emergências, precisamos de informações atualizadas. O recenseamento é essencial para conhecer quem somos, quantos somos e como somos hoje. Não como éramos”, diz o assessor especial do Ministério do Planejamento, João Villaverde. Indígenas Realizado em março, o recenseamento na Terra Indígena Yanomami incluiu 26.854 indígenas no censo, dos quais 16.560 em Roraima e 10.294 no Amazonas. O mutirão foi essencial para atualizar a população indígena no Brasil, estimada em 1,65 milhão de pessoas segundo balanço parcial apresentado em abril. O número completo só será divulgado em julho, quando o IBGE apresentará um balanço específico do Censo 2022 para a população indígena. A operação na Terra Yanomami foi complexa, mas conseguiu, pela primeira vez na história, recensear 100% da etnia no território. Por envolver dificuldades de acesso a aldeias aonde só se chega de helicóptero, o mutirão foi coordenado por cinco ministérios e reuniu 110 servidores federais dos seguintes órgãos: Polícia Rodoviária Federal, que forneceu os helicópteros; Ministério da Defesa, que forneceu o combustível; guias do Ministério dos Povos Indígenas; servidores da Secretaria de Saúde Indígena da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai); além dos próprios recenseadores do IBGE. Realizado de 7 a 30 de março, o mutirão foi necessário porque o recenseamento tradicional não conseguia chegar a todas as aldeias yanomami. Por causa das operações para retirar os garimpeiros e do remanejamento de helicópteros para as ações de resgate humanitário, o censo teve de reduzir o ritmo em fevereiro, quando cerca de apenas 50% da população do território havia sido contabilizada. Favelas Nas favelas, o censo esbarrava em outras dificuldades. Além da falta de segurança em alguns locais, muitos moradores não queriam abrir a porta para o recenseador porque tinham recebido falsas notícias de que teriam benefícios sociais cancelados. Outro problema, principalmente em áreas mais densas, era a falta de endereços nas comunidades. Muitas vezes, os recenseadores não tinham informação sobre novas moradias surgidas nos últimos anos, como puxadinhos e lajes num mesmo terreno. “O que impedia a entrada dos recenseadores na favela era a falta de conexão dos recenseadores e do Poder Público com as pessoas que moram lá. Além disso, havia a falta de conscientização das pessoas por falta de uma explicação que alcançasse os moradores das favelas da importância do censo e de respostas sinceras e objetivas”, analisa o Marcus Vinicius Athayde, diretor do Data Favela e da Central Única adas Favelas (Cufa), que auxiliou o IBGE no mutirão. O mutirão começou no fim de março, com o lançamento de uma campanha na Favela de Heliópolis, em São Paulo, do qual participou a ministra do Planejamento, Simone Tebet. A operação ocorreu em 20 estados e registrou aglomerados subnormais (nomenclatura oficial do IBGE para favelas) em 666 municípios. O número de habitantes só será conhecido em agosto, quando o IBGE divulgará um recorte do Censo 2022 para as favelas. Segundo Athayde, a Cufa ajudou primeiramente por meio de uma campanha chamada Favela no Mapa, que usou as lideranças estaduais da entidade para conscientizar os moradores de favelas da importância de responder ao censo. Em seguida, a Cufa recrutou moradores de favelas e lideranças locais para atuarem como recenseadores e colherem os dados das comunidades onde moram. Também houve mutirões de respostas em eventos comunitários. “Responder ao censo traz benefícios de volta para o morador da favela, para seus vizinhos, para sua família, na medida em que o governo e as políticas públicas atuarão de forma mais adequada para essa população”, destaca Athayde. Condomínios Por fim, o último flanco de resistência a recenseadores concentrava-se em condomínios de luxo, principalmente em três capitais: São Paulo, Rio de Janeiro e Cuiabá. “Historicamente, a taxa de não resposta, que é o morador que não atende ao recenseador, fica em torno de 5%. Isso em todos os países que fazem censo. Nessas três cidades, a taxa estava em 20% em condomínios de alto padrão”, conta Villaverde, do Ministério do Planejamento. No Censo 2022, a média nacional de não respostas estava em 2,6% segundo balanço parcial divulgado em janeiro. No estado de São Paulo, alcançava 4,8%, principalmente por causa da recusa de moradores de condomínios de renda elevada. Para contornar os problemas, o Ministério do Planejamento e o IBGE promoveram uma campanha maciça em redes sociais. Parte das inserções foi direcionada a sensibilizar porteiros, que obedecem a regras restritas para entrada de estranhos. Outra parte esclareceu que síndicos não têm o poder de proibir o morador de receber o IBGE. “Muitas pessoas queriam atender ao censo, mas não sabiam que o recenseador não tinha vindo porque o síndico vetava”, recordou Villaverde. Também houve reportagens de quase 10 minutos em televisões locais sobre o tema. Segundo o assessor especial do Planejamento, a mobilização foi um sucesso. “Em uma dessas três capitais, conseguimos reduzir a taxa de não resposta para menos de 5% em condomínios de alta renda”, diz. A operação para os condomínios começou em 14 de abril e estendeu-se até 28 de maio, último dia de coleta de dados para o Censo 2022. Entraves A realização do Censo 2022 enfrentou diversos

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Muito forró e gastronomia no São João de Gravatá

Para quem gosta de um friozinho noturno, um bom forró e mesa farta, subir a serra para Gravatá é uma das pedidas para o período junino. A cidade se vestiu para os festejos de São João no Arraiá da Felicidade, tem uma programação descentralizada e um conjunto de boas opções gastronômicas para quem vai forrozar ou pular a fogueira. Polos Juninos Gravatá criou cinco polos juninos para o Arraiá da Felicidade. Eles vão acontecer no Mercado Cultural e no Polo da Sanfona, além do São João da Gente (que acontece nos distritos da zona rural e nos bairros) e do Pátio de Eventos Chucre Mussa Zarzar. O Polo da Sanfona será em um pavilhão coberto, montado da Avenida Joaquim Didier, com a cidade cenográfica (São João no Sítio), praça de alimentação e um autêntico forró pé de serra. O Mercado Cultural é outra parada obrigatória para quem visita a cidade. Apesar de ter uma programação especial de São João, o espaço é movimentado o ano todo, principalmente nos finais de semana. Rei das Coxinhas Logo na chegada de Gravatá, a parada obrigatória é no Rei das Coxinhas. Famoso pelo salgado que leva no nome, o espaço inovou em um doce especial para o período junino: a pamonha coberta com calda de chocolate. Se você estranhou, pode confiar que vale a pena experimentar a combinação. A cobertura é usada na cartola de chocolate, um sucesso da casa. O Rei das Coxinhas tem um cardápio bem vasto de refeições regionais, além das coxinhas diversas e o chocolate quente com segredos vindos de uma chocolateria de Gramado e aperfeiçoados pela família que dirige o negócio. Charque da Dona Neuza Com uma trajetória de empreendedores de sucesso, que começaram na feira e depois em casa, a Charque de Dona Neuza se consolidou na cidade, como uma opção para os moradores e turistas que visitam Gravatá. São várias opções de carnes, como picanha e carne de sol, mas a pedida especial é a charque. A opção da charque desfiada é imperdível. A macaxeira frita e a manteiga de garrafa são acompanhamentos obrigatórios. O empreendimento familiar, localizado pertinho do Polo Moveleiro, oferece pratos fartos e tem na cartola e no pudim de leite alguns dos destaques da sobremesa. A música ao vivo é outro ingrediente da experiência gastronômica da casa. O Charque da Dona Neuza fica na Rua Vicente Soares da Silva 78 (@charquedadonaneuza). Doce Brownie O charme de Gravatá combina com o ambiente aconchegante e delicioso das cafeterias. Com a vocação turística e cultural local, a cidade já possui um circuito dessas casas para serem visitadas. Um dos destaques no segmento, localizado no coração do município, é a Doce Brownie. Com uma arquitetura bem tradicional e decorada para os festejos juninos, o empreendimento dirigido por Ju Farias começou vendendo seus brownies na rua e hoje tem sua marca e seus pratos conhecidos para além de Gravatá. A marca tem uma outra unidade em Caruaru. O endereço é: Av. Joaquim Didier, 85 - Centro (@docebrownie) Apesar do doce levar o nome do espaço, as coxinhas são as mais pedidas na casa. Há opção até de coxinha de carne de sol e catupiry. Cafés, bolos, sorvetes e milkshakes integram o cardápio de sucesso do espaço que possui também quitutes regionais para quem quer mergulhar no período junino também na mesa. Casa de Mira A pouco mais de 12 quilômetros de Gravatá funciona no Distrito de Mandacaru o restaurante Casa de Mira. Com um perfil mais rústico, de um sítio mesmo, o espaço oferece self service com uma cozinha bem raiz da gastronomia nordestina, com um fogão à lenha e com o toque especial de Dona Mira nos pratos. A vista do espaço e a calmaria do distrito são alguns dos atrativos. Para quem quer conhecer uma nova Gravatá mais rural, vale a pena atravessar as paisagens do município até chegar em Mandacaru. O Restaurante Casa de Mira está localizado no Loteamento Laboredo, Distrito Mandacaru (@restaurantecasademira). Barito Fondue Para diversificar o cardápio, uma das casas especializadas em fondue na cidade é o Barito Gravatá. O espaço também dispõe de um cardápio regional e uma boa carta de vinhos. A música ao vivo, embalada no Jazz, e o ambiente super aconchegante para o almoço ou para as noites frias da cidade. Dá para conferir a programação musical do restaurante, que é um dos atrativos do espaço, nas redes sociais. Barito Gravatá fica na Av. Cícero Batista de Oliveira, 1778 - Alpes Suiços (@baritofondue).

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