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Concurso seleciona três artistas para o REC’n’Play 2018

Com proposta de valorizar nomes do cenário musical do Estado, o REC'n'Play - festival de experiências digitais que será realizado no Bairro do Recife entre 7 e 10 de novembro - contará com três seletivas para escolher atrações musicais que se apresentarão no festival. Os nomes serão escolhidos em eventos no Sertão, Agreste e Recife. O REC’n’Play 2018 vai receber mais de 260 atividades nas áreas de tecnologia, economia criativa e cidades inteligentes e, em três noites, vai vibrar com a nova música feita em Pernambuco com o palco montado na Rua do Observatório. A proposta de valorizar a inovação também permeia a programação musical do festival via que vai escalar, em seletivas em Serra Talhada, Belo Jardim e no Recife, três nomes para compor a grade. Batizada como Let’s Play, a seletiva já tem a primeira etapa neste fim de semana durante o “SerTão Mais Criativo”, evento que ocorre entre os dias 13 e 16 de setembro, em Serra Talhada. Em cada uma das noites, oito bandas se apresentam na área de shows do Som na Rural. O segundo nome será selecionado na etapa Belo Jardim do Festival “No Ar Coquetel Molotov”, que ocorrerá de 17 a 20 de outubro. Já para pleitear a terceira vaga, os artistas devem ficar atentos ao site do REC'n'Play, onde será disponibilizado um formulário para se inscrever, entre 24 de setembro e 7 de outubro, na seletiva no Recife. Dos inscritos, seis atrações serão escolhidas para uma apresentação no dia 20 de outubro no Apolo 17, no Bairro do Recife, de onde sairá um vencedor e último selecionado para participar do festival. O resultado será divulgado no dia 24 de outubro. Para participar da seletiva do Let’s Play os artistas devem possuir repertório autoral e estar em atividade. “Apesar de ser um festival novo, o REC’n’Play já conquistou espaço na agenda cultural local. O nosso palco é uma grande oportunidade para bandas menores se apresentarem em uma infraestrutura diferenciada. Queremos ver propostas musicais de bandas que estejam ativas, lançando material novo e fazendo shows, em especial as que venham com uma proposta mais inovadora”, explica Ugo Portela, curador musical do REC’n’Play 2018. Na edição do ano passado, a convocatória do Let’s Play recebeu mais de 70 inscrições e definiu RØKR e 70mg para se apresentarem no palco principal do REC’n’Play 2017. Ao todo, a programação musical do festival totalizou mais de 20 atividades entre shows, palestras, oficinas e workshops inseridas no universo da música.   Seletivas Let’s Play 2018 Etapa Serra Talhada SerTão Mais Criativo // 13 a 16 de setembro Local: Estação do Forró – VI Ferroviária, São Cristóvão – Serra Talhada – PE   Etapa Belo Jardim No Ar Coquetel Molotov // 17 a 20 de outubro Local: Parque do Bambu - Rua Pedro Bezerra s/n - Belo Jardim - PE   Etapa Recife Seletiva Recife // 20 de outubro Local: Apolo 17- Rua Apolo 171, Bairro do Recife - Recife - PE Inscrições: 24 de setembro a 07 de outubro, através do site http://www.recnplay.pe/

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Fim de semana de frevo, artes visuais e cuidados com o meio ambiente

O fim de semana começa apressado e animado na capital pernambucana. Já nesta sexta-feira (14), os recifenses estão convidados para celebrar o Dia Nacional do frevo, conferindo apresentação gratuita do Quinteto Arraial, no Paço do Frevo. No sábado (15), o convite é para que todos se engajem nas atividades do Dia Mundial da Limpeza, para conscientização e mobilização contra a poluição do meio ambiente. Nos museus e galerias da cidade, a programação será intensa, com novos e antiquíssimos motivos para prestigiar a cultura produzida na cidade e seus muitos monumentos. A festa do frevo dá o fim de semana por iniciado já no almoço de amanhã. Ao meio dia, o Paço do Frevo, equipamento mantido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife,  realiza mais uma edição da Hora do Frevo, destacando a música instrumental do Quinteto Arraial. O grupo tem a proposta de apresentar novas composições de frevo de rua, valorizando a criatividade dos novos compositores. A entrada é gratuita e livre para todos os públicos. Informações: 3355-9500 e http://www.pacodofrevo.org.br/programacao. Mas no equipamento onde a história do frevo faz morada, dedicado à documentação, transmissão, salvaguarda e valorização de uma das principais tradições culturais brasileiras, todo dia é do frevo. Nestes sábado (15) e domingo (16), das 14h às 17h, os visitantes também estão convidados a cair no passo, numa vivência de 10 passos do enorme acervo produzido nas ruas, desde que a polca, o dobrado, a marcha e o jazz se misturaram, dando origem à música que foi buscar na capoeira inspiração para ser coreografada. No fim de semana, o Paço do Frevo funciona das 14h às 18h e os ingressos custam R$ 8 e R$ 4 (meia). O museu fica na Praça do Arsenal da Marinha, no Bairro do Recife. O sábado (15) será dia de abraçar uma causa urgente, com programações espalhadas por todo o mundo para livrar os oceanos das toneladas de lixo que lhes consomem a vida. Engajando-se na multidão formada por voluntários de 150 países e mais de 300 municípios no Brasil que participarão do Dia Mundial da Limpeza, a Secretaria de Meio Ambiente convida os recifenses a participar da programação preparada para a data, que começa às 8h, com voluntários realizando coleta de resíduos em quatro locais: praia de Boa Viagem, Avenida Conde da Boa Vista, Praça do Diário e Estação do Metrô do Recife.  Os interessados em participar da “faxina” poderão se engajar de duas formas: levando material reciclável de casa e entregando em qualquer um dos quatro pontos de coleta; ou retirando num desses pontos um kit contendo um saco de 100 litros e luvas para coletar o material que estiver descartado incorretamente. Ao final, todo material reciclável recolhido será levado pela Emlurb às cooperativas de catadores da cidade.  No Dia Mundial da Limpeza, o Recife também vai ganhar um novo espaço para despertar a consciência ambiental e divulgar os atrativos da capital pernambucana. Iniciativa da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, o CAT Ambiental será entregue à população, com palestra de Tião Viana (Limpa Brasil), esquete teatral e apresentação do Maracatu Estrela do Mar, a partir das 16h. O equipamento ficará na Praça do Segundo Jardim de Boa Viagem, na Zona Sul da cidade e funcionará das 10h às 20h, de terça-feira a domingo, com dois atendentes bilíngues. Quem for a Boa Viagem para cuidar do planeta não pode perder a oportunidade de visitar a exposição gratuita Danger, na Galeria Janete Costa, mantida pela Secretaria de Cultura e pela Fundação de Cultura Cidade do Recife, dentro do Parque Dona Lindu. Assinada pelo artista visual francês Serge Huot, a mostra apresenta um conjunto de obras que relacionam a prática do surf com questões ambientais urgentes. A galeria funciona das 14h às 20h, no sábado, e das 15h às 19h, no domingo. Informações: (81) 3355-9825. Sempre oferecendo inusitados e diferenciados olhares para as paisagens recifenses e as histórias que elas contam, o Olha! Recife, também da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, convida para dois passeios no fim de semana. Na manhã do sábado (15), o convite é para navegar a bordo de um catamarã pelas águas do Capibaribe. À tarde, o passeio de ônibus fará um roteiro em homenagem a Dom Hélder Câmara. No dia seguinte (16), a caminhada será pela Avenida Rui Barbosa. As inscrições para os passeios são feitas através do site: www.olharecife.com.br e começam na sexta-feira (14), a partir das 9h. Outra imperdível oportunidade de subverter o ângulo de contemplação dessa intensa experiência chamada Recife é a mostra {Centro} o design do dia a dia, que abre ao público nesta sexta-feira, no Murillo La Greca. Assinada por Arthur Braga, a exposição convida os recifenses a parar para contemplar as paisagens que o cotidiano se apressa em atravessar. A mostra conta com 31 fotos do centro comercial da cidade, feitas por Jão Vicente e Liêdo Maranhão em diferentes momentos históricos, além de 18 placas confeccionadas pelo letrista Carioca, que trabalha para os comerciantes do Centro, e os tamboretes de Quinha. Arthur levou ainda para dentro do museu os sons e rostos apressados. Na tentativa de retratar toda a riqueza que ocupa aquele entorno, captou imagens e áudios, entrevistou ambulantes, parou as pessoas e ouviu suas histórias, dando vez e voz às paisagens e belezas que muita gente nem consegue mais enxergar. Gratuita e aberta ao público, a mostra fica em cartaz até o dia 11 de outubro. Informações: 3355-3129. No Museu da Cidade do Recife, no Forte das Cinco Pontas, os recifenses estão convidados a aprender sobre a história da cidade brincando. Das 9h às 17h deste sábado (15), crianças e adultos podem participar da atividade O Forte e o Tempo, partilhando o desafio de construir o seu próprio forte. A entrada é gratuita. O museu também abre no domingo (16), com a exposição Cinco Pontas, que conta a história da fortificação recifense. Informações: 3355-9540.

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IRB recebe mais uma edição da Primavera dos Museus

Neste ano de 2018 são celebrados os 200 anos da criação do primeiro museu do Brasil e os 60 anos do primeiro documento que tratou do papel educativo dos museus. E é com foco no papel educativo desses equipamentos culturais, que o Instituto Ricardo Brennand participa mais uma vez da Primavera dos Museus, entre os dias 18 e 23 de setembro. Em sua 12ª edição, a temática será “Celebrando a Educação em Museus” e contará com uma programação especial que incluirá ações educativas, curso de gestão de acervos musicais históricos, encontro literário, apresentação musical e muito mais. A ideia é fazer com que o público perceba o dinamismo de um museu e participe, não apenas como visitantes. O Instituto Ricardo Brennand funciona de terça a domingo, das 13h às 17h e o ingresso custa R$ 30,00 (inteiro) e R$ 15,00 (meio). Informações pelo (81) 2121.0352/ 036. Confira a programação: De 18 a 23/09 - das 13h às 17h Ações educativas por meio de textos explicativos, sons, objetos e experiências sensoriais a partir do acervo do Instituto Ricardo Brennand. De 18 a 22/09 - das 8h30 às 12h30 Curso Gestão de Acervos Musicais Históricos, com o musicólogo Paulo Castagna. O curso visa ao estudo de acervos musical a partir de princípios da teoria arquivista geral. Inscrições pelo site: www.institutoricardobrennand.org.br De 18 a 20/09 - das 13h00 às 17h00 Tramas da Educação, exposição de fotos retratando as atividades realizadas durante os 16 anos da Ação Educativa do IRB. O intuito é promover reflexões sobre a educação em espaços museológicos. 19/09 - das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30 Formação de docentes de EJAI sobre Educação Patrimonial, Identidade e Pluralidade Étnica, através dos temas Coleção e Colecionismo e Cultura Indígena e Afro-brasileira. 20/09 - das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30 Formação de docentes de Artes e Bibliotecários sobre Educação Patrimonial, Identidade e Pluralidade Étnica, através dos temas Coleção e Colecionismo e Cultura Indígena e Afro-brasileira. 21/09 - das 14h00 às 17h00 Encontro Literário sobre a renomada obra “O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de la Mancha”, do escritor castelhano Miguel de Cervantes. 22/09 - das 14h30 às 17h00 118ª edição do Peça a Peça. Atividade realizada de forma transdisciplinar, a partir do diálogo entre a Educação Patrimonial e a sobre o período da ocupação holandesa. 23/09 - das 15h00 às 17h30 Performance do Duo Aracê, que apresentará composições de autores pernambucanos, editadas pelo músico e pesquisador Jardel Souza a partir de manuscritos do Acervo Pe. Jaime Diniz do acervo do IRB.

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Palhaçada, história e jogo na programação do Teatrando! da próxima terça-feira (11)

Criado com o objetivo de apresentar a história do Teatro de Santa Isabel e formar novos públicos para as artes cênicas, o projeto Teatrando! recebe, na próxima terça-feira (11), a partir das 19h, o Coletivo de Palhaçaria Feminina Violetas da Aurora. Antes, às 15h, os visitantes serão convidados a passear pelas entranhas e histórias do teatro, durante a vista jogo Proscenium!. A visita Santa Isabel adentro mistura encenação, realidade e jogo, numa experiência que dura mais de duas horas, conduzindo o público pelas instalações, principais fatos históricos do teatro até chegar ao palco, onde os espectadores viram atores e jogadores, provocados a resolver desafios em nome da arte. A visita é conduzida pelo elenco formado pelos atores Alexandre Sampaio, Bruna Luiza Barros, Douglas Duan, Ellis Regina, Kadydja Erlen, Luciana Lemos, Paulo de Pontes e Rafael Dyon. O enredo que conduz os visitantes Santa Isabel adentro é de Analice Croccia, Célio Pontes e Quiercles Santana. A direção geral da visita espetáculo é de Célio Pontes e Quiercles Santana. E a direção musical é de André Freitas. A partir das 19h, tem mais emoção, com Sarau das palhaças Dona Pequena, Uruba, Maroca e Sema Roza Madalena, que transformarão o Santa Isabel em picadeiro. Para participar da visita Proscenium! é necessário realizar inscrição prévia pelo telefone (81) 3355.3323. Já para assistir ao Sarau basta chegar uma hora antes do espetáculo e garantir o ingresso. O acesso às duas etapas da programação é gratuito.

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A beleza da arte vista por Carlos Ranulpho

Houve uma época, nos anos 1970, que exposição de arte visual era algo inédito no Recife. Afinal, para quê produzir vernissages se não existiam compradores? Naquele tempo, as famílias ricas não decoravam suas paredes com obras de arte. Foi o marchand Carlos Ranulpho, 90 anos, que começou a introduzir na capital pernambucana o hábito de apreciar e adquirir quadros, em mostras memoráveis, que revelaram ao resto do Brasil o singular modernismo local. Nas páginas do livro Carlos Ranulpho, o mercador de beleza, assinado pelo jornalista Marcelo Pereira e editado pela Cepe, foi traçado não apenas o perfil biográfico de um dos marchands mais renomados do Brasil e há mais de 50 anos no mercado, mas também a apresenta a história de grandes nomes da arte nacional: Vicente do Rego Monteiro, Lula Cardoso Ayres, Cícero Dias, Wellington Virgolino, João Câmara, Aldemir Martins, Iberê Camargo, Maria Carmem, Portinari, Volpi, Mário Nunes, Teruz, Brennand, José Cláudio, Reynaldo Fonseca, José de Moura, Delano, Aloísio Magalhães, Guita Charifker… O 15º título da coleção Memória será lançada no dia 30 de agosto, às 19h, na Galeria Ranulpho, no Bairro do Recife. Desde criança, Carlos aprendeu a gostar de arte com o pai, o desenhista e caricaturista José Ranulpho. Essa sensibilidade fez com que Carlos apurasse o olhar para a beleza. A começar pelas joias, seus primeiros objetos de valor a serem comercializados. “Eu até que tinha jeito para desenho, mas como eu via meu pai com dificuldades financeiras, e ele nunca teve bons resultados com suas obras, eu não me estimulava, porque sempre pensava em alguma atividade que tivesse rendimento financeiro”, diz Carlos em trecho do livro. Após o sucesso com a venda de joias, não demorou para atentar para o valor das obras de arte. Fechou parceria com artistas e fez grandes amizades. “Carlos Ranulpho tem um admirável olho para a arte, pois ao longo de tantas décadas passaram por suas mãos hábeis muitos dos melhores artistas brasileiros. E, felizmente para a nossa arte, ele ama negociar. É um líder forte, determinado, empreendedor. E amoroso. O que explica a quantidade de amigos dedicados e carinhosos. Eu me incluo entre estes”, disse o editor, curador e crítico de artes visuais Jacob Klintowitz, que assina texto de apresentação. Muito ligado aos trabalhos de temática regionalista e conotação popular, Ranulpho acabou relacionado a uma estética tradicionalista também na linguagem - pintura, gravura e escultura. “Mesmo resistindo às inovações, a Galeria Ranulpho, nesses mais de cinquenta anos de existência, é responsável pelo lançamento e profissionalização de excelentes artistas, não apenas de Pernambuco como também de vários outros estados do Brasil”, diz a professora do Departamento de Teoria da Arte da UFPE, Ana Elisabete de Gouveia, no prefácio da obra. O xilogravurista J.Borges deve a Ranulpho parte de seu prestígio nacional e internacional. “Ranulpho procurou o dramaturgo e escritor Ariano Suassuna para lhe mostrar as matrizes de gravuras que adquirira de J. Borges. Ariano ficou surpreso, pois não conhecia, e com o maior entusiasmo declarou que, depois de Samico, ele era o maior gravador do Brasil”, revela Pereira. Naquela época, meados dos anos 1970, a elite artística e intelectual não via com bons olhos a aproximação de Ranulpho com artistas populares. “Eles preferiam que os artistas vivessem na miséria do que ganhar dinheiro com o seu trabalho”.   SERVIÇO Lançamento do livro Carlos Ranulpho, o mercador de beleza, de Marcelo Pereira (Cepe Editora) Quando: 30 de agosto, às 19h Onde: Galeria Ranulpho (Rua do Bom Jesus, 125, Bairro do Recife) Preço: R$ 80

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Bate-papo sobre a exposição Hermes de Bruno Vilela

No próximo dia 31 de agosto, às 18h30, a Galeria Amparo 60 promove um bate-papo especial, intitulado Arte e memórias arquetípicas, sobre a exposição Hermes, de Bruno Vilela, em exibição desde o fim de julho. A galerista Lúcia Santos e o artista vão receber a terapeuta sistêmica e consteladora Ana da Fonte, referência importante no método Hellinger da constelação, que resgata a "Ancestralidade", tema base da pesquisa de Vilela nesta mostra. Segundo o artista, a relação da arte com a psicanálise será o ponto central da conversa. “Ana vai mostrar que arquétipos, interpretação de sonhos, mitologia e os deuses são representações de características humanas usadas como bases científicas no tratamento no consultório”, explica vilela. O evento é gratuito e aberto ao público. A exposição Hermes marca os 20 anos de carreira do artista, que estava há quatro sem expor no Recife. Esta é a primeira exposição em que Vilela integra desenho, pintura, fotografia e estudos, funcionando como uma grande instalação. As obras são costuradas por textos nas paredes, símbolos e ícones ressignificados pelo artista. Para inspirar essa série de trabalhos o artista se lançou numa pesquisa sobre o hermetismo. É por volta de 2.600 a.C. que surgem os primeiros registros do Hermetismo na história. Incorporados pelos egípcios na figura do Deus Toth, Hermes Trismegistos, o três vezes grande, é Mercúrio na mitologia romana. O semideus que tem a capacidade de levar o conhecimento do divino aos homens. “A figura de Hermes aparece até em igrejas católicas. Existe um mosaico da lendária figura numa catedral em Siena. A lenda diz que Hermes passou o conhecimento a Abraão e desde então todas as religiões têm fundamentos nos princípios herméticos. Do hermetismo surge a alquimia e dela os grandes arquitetos e artistas do renascimento que eram alquimistas”, conta Bruno. A grande obra do hermetismo é o Caibalion. Um pequeno livro com pouco mais de 120 páginas que elabora as sete leis herméticas. Na realidade a alquimia é a arte da transmutação. E a tão falada pedra filosofal é o conhecimento que transforma chumbo, pensamentos e sentimentos grosseiros, em ouro, elevação espiritual e iluminação. O hermetismo nada mais é que uma grande ciência, religião e arte, através da qual o homem aprende o caminho para a evolução. Através da pesquisa desses princípios, Bruno Vilela criou obras que revelam visualmente o conhecimento do grande mestre. São pinturas, desenhos e fotografias que surgem de um profundo mergulho no hermetismo. “As escrituras falam que Deus, O TODO, é indizível e incognoscível. A arte tem então a vocação de mostrar justamente o que não se consegue explicar com palavras”, destaca. A figura de Hermes abre a exposição na fotografia de uma escultura numa fonte. Espécie de oráculo que representa a conhecida citação do Caibalion: “Os lábios da Sabedoria estão fechados, exceto para os ouvidos do Entendimento. Quando os ouvidos do discípulo estão preparados para ouvir, então vêm os lábios para os preencher com a Sabedoria.” A segunda obra tem como título mais uma citação do Caibalion: O Todo está em tudo. Tudo está no TODO. Um grande motor numa fábrica, feito de carvão e tinta acrílica, tem uma auréola que sai da sua grande roda. A sacralização e a possibilidade de se ver o criador em qualquer lugar. O grande motor criador do universo. A primeira obra do salão principal é uma fotografia de grande formato da asa de um avião. O Mensageiro faz referência as asas nos pés de Mercúrio. No céu vemos o Circumponto, antigo símbolo asiático que representa o sol e o universo, utilizado para meditação, feito de folha de prata, através de uma intervenção na fotografia. Ao lado surge o caduceu de Hermes, ressignificado através de duas fotografias e uma intervenção na parede, 2.600 a.C. é um díptico feito de uma imagem de uma Pirita, mineral que tem a propriedade de ser um amuleto que atrai prosperidade e elimina nós energéticos. Essa, em especial, foi fotografada pelo artista no Museu do Minério, em Belo Horizonte (MG), e tem o incrível formato de asa. A fotografia é replicada, espelhada e separada por um desenho feito a carvão na parede. Duas serpen tes sobem em direção ao teto e são feitas das digitais do artista. O princípio da Transmutação dá título à obra seguinte. O leão de São Marcos recebe asas e também tem o papel de levar o conhecimento dos céus a nós mortais através do livro sagrado em suas patas. O espaço representado pela auréola e círculos ao redor de sua cabeça são os infinitos anéis do universo. O leão é feito de óleo e carvão. Na outra parede,  vemos uma grande montanha pintada a óleo. A obra tem 150x200 cm. No cume paira um triângulo em perspectiva feito de folha de prata. A montanha representa  O TODO das leis herméticas. Deus. O incognoscível. O triângulo ascendente é o céu. O triângulo descendente a terra. Os dois juntos formam a estrela de Davi. O casamento do Céu e do inferno escrito por William Blake. Os mesmos triângulos aparecem no teto e no chão da galeria com as frases: O que está em cima...É como que está embaixo. No centro da parede temos uma fotografia. É o ateliê de Burle Marx no seu sítio, no Rio de Janeiro. A composição mostra claramente um templo. Orientalismo foi um movimento do século XIX na pintura e dos anos 30 aos 60 no cinema regido pelas cores do Technicolor. Vemos o templo do mestre, de Hermes, perdido num delírio tropical entre as palmeiras. A última obra da parede tem por título também uma das leis herméticas: O que está em cima é como o que está em embaixo. O templo de Delfos na Grécia aparece como que mergulhado num mar escarlate. São as pálpebras dos olhos saturadas pela luz solar. Nesse templo, o oráculo falava aos humanos as palavras dos deuses através dos gases que saiam da terra e deixavam as sacerdotisas em transe. Também uma ligação, religação, religião, do céu com a terra. Do homem com

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Eu não estou louca, individual de Juliana Lapa, aporta na Torre Malakoff

A artista Juliana Lapa abre, no próximo dia 1 de setembro, às 16h, na Torre Malakoff a exposição individual Eu não estou louca. A mostra, que tem incentivo do Funcultura e apoio da Galeria Amparo 60 e da Companhia Editora de Pernambuco, reúne desenhos, fotografias e objetos criados pela artista entre 2015 – 2018. As obras, que seguem caminhos distintos, formam uma narrativa bastante consistente e representativa do trabalho da artista. Segundo Juliana Lapa, a mostra começou a ser pensada através de uma pesquisa sobre as relações silenciosas e silenciadas no espaço urbano. “gostaria muito de trabalhar uma carga emotiva em paisagens que evidenciam tensões ou afetos do cotidiano. Neste momento de maior busca e entendimento sobre as questões do feminino, passei a entender o meu próprio corpo como um território onde estas tensões e afetos transpassam o tempo todo. Este trabalho ampliou bastante a leitura sobre emoções humanas como motores para auto-revoluções, sejam impressas em paisagens urbanas ou no meu próprio corpo desenhado". A partir dessa ampliação, foi concebida a exposição Eu não estou louca. As imagens apresentadas, ao mesmo tempo que contam suas próprias histórias, cri am juntas uma narrativa a parte. “É um verdadeiro conjunto de possibilidades. Eu não estou louca levanta questões sobre a saúde emocional da mulher e as constantes invasões mentais e físicas que vivemos. Porém, também representa essa incredulidade com o que estou vendo, com esse presente fantástico que vivemos hoje, na política e também no estudo da espiritualidade”, detalha a artista. A literatura é também uma referência importante no trabalho da artista. A frase “no meio da nossa vida me encontrei numa selva escura e sombria”, de Dante, na Divina Comédia, foi uma referência na concepção da série de desenhos Breu, apresentada em parte na Torre Malakoff. A série retrata a entrada neste ambiente interno, denso, escuro. São autorretratos da artista adentrando nesse ambiente de floresta, um lugar sem filtros, "no campo das verdades". A volta constante à mata, local onde a mãe natureza reina absoluta, é um dos focos da artista. Outro aspecto forte da exposição é a identidade animalesca da mulher, que também aparece com muita força nos desenhos apresentados na exibição. São mulheres feridas, que venceram o sofrimento, que soltaram seus bichos. “É um movimento de reconhecer tanto um ser caminhando para a evolução, quanto um ser passível de reproduzir as mazelas que sofreu e que se transforma nessa figura que, em sua essência, é divina e medonha. Este ser representa a força da natureza inevitável, que denuncia que as nossas mazelas sociais e ambientais se relacionam com o feminino devastado e enfraquecido nas engrenagens sociais, políticas e econômicas. Esse conjunto de obras é um espelho muito sincero e até doloroso, espero que outras pessoas encontrem ali também suas dualidades." Segundo a artista, os diários que escreve regularmente, há anos, foram inspiradores e determinantes na produção de boa parte das obras em exibição e, por isso, parte deles será apresentada ao público durante a mostra, juntamente com algumas fotografias que também representam essa investigação constante da artista sobre as emoções humanas. Haverá o lançamento de um catálogo, que reunirá alguns textos críticos sobre o trabalho da artista assinados por Pollyana Quintella e Mariana de Matos. Ao longo da exposição haverá também uma programação com educativo atuante junto a adolescentes de baixa renda, oficina de desenho e uma programação de visitas guiadas com acessibilidade comunicacional.   SERVIÇO Eu não estou louca – Juliana Lapa Sábado, 1 de setembro, às 16h Visitação da mostra até 11 de outubro. Torre Malakoff Praça do Arsenal, s/n – Recife-PE Terça a sexta, das 10h às 17h. Sábado, das 15h às 18h. Domingo, das 15h às 19h.

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Noite de teatro, dança e música marca aniversário da escola João Pernambuco

Uma noite dedicada à cultura vai marcar o 27º aniversário da Escola Municipal de Arte João Pernambuco, situada no coração da Várzea, nesta quinta-feira (23 de agosto). A partir das 19h, a Secretaria de Educação do Recife oferece à população uma série de apresentações que envolverão dança, teatro e música no teatro da unidade. A João Pernambuco é a única escola de artes gratuita de Pernambuco que oferece as quatro linguagens artísticas: Música, Teatro, Dança e Literatura. A entrada é franca. A solenidade marca a entrega de 156 instrumentos e equipamentos musicais que irão reforçar o acervo da unidade. Além de pianos de cauda e verticais, a escola ganhará outros instrumentos como flautas, violoncelos, violas, contrabaixos, flugelhorns, trompetes, clarinetas e teclados. O investimento foi da ordem de R$ 1,4 Milhão e faz parte do processo de reestruturação da João Pernambuco, que recentemente passou por um processo de reforma no telhado do teatro e dos muros que a circundam. A noite será aberta às 19h com uma performance teatral acerca da história da Escola Municipal de Arte João Pernambuco. Em seguida, os espectadores irão desfrutar de uma apresentação do coral da escola e do Coral João Emiliano. A partir das 20h, a música contemporânea para quarteto de cordas dá o tom da noite ao qual se segue uma apresentação musical de estudantes e ex-estudantes da unidade de ensino. Às 21h, Contra-Fluxo – experimento de dança encerra as atividades no teatro. A noite será encerrada nos jardins, com apresentação do Maracatu Real Várzea do Capibaribe.   Serviço: 27º Aniversário da Escola Municipal de Arte João Pernambuco Noite marca entrega de instrumentos na ordem de R$ 1,4 milhão Local: Rua Barão de Muribeca, 116 – Várzea Entrada: Gratuita

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Concatedral de São Pedro dos Clérigos abre as portas para o Duo Colibri na quarta (8)

As flautistas Daniele Cruz e Laurence Pottier, do Duo Colibri, são as convidadas para a próxima edição do Temporada no Pátio, projeto que leva concertos gratuitos à Concatedral de São Pedro dos Clérigos, no Pátio de São Pedro, centro do Recife.  Com uma parceria que dura 30 anos, as musicistas já desenvolveram projetos no Brasil e na França, terra natal de Laurence, até se estabelecerem, em 2015, no formato de duo. Unidas, sobretudo, pelo amor à flauta doce, as duas se preparam para lançar Continent(e)s, álbum cuja campanha de financiamento coletivo on-line ultrapassou em 30% a meta pretendida. Para o repertório do Temporada no Pátio, o Duo Colibri levará canções de alguns dos compositores confirmados para o disco, dentre eles, Lúcia Cysneiros (Zungado) e Emanuel Santana, com Colibri. O concerto terá a participação especial do duo Paula Bujes & Pedro Huff, gaúchos que escolheram o Recife como casa e refúgio musical há cerca de uma década. Foi do Recife que tiraram inspiração para construir o conceito de Afluências (2017), registro no qual saúdam a riqueza cultural da capital pernambucana e seu encontro com diferentes fontes de produção, como a música feita no sul do País. Tal junção fica clara em composições autorais como Toque de Caboclinhos (Paula Bujes), também confirmada no programa.   O PROJETO O Temporada no Pátio nasceu com a intenção de movimentar a Concatedral de São Pedro dos Clérigos, localizada em um dos cartões-postais do Recife, o Pátio de São Pedro. Com projeto de Manuel Ferreira Jácome, o templo exibe pinturas de João de Deus Sepúlveda e Manuel de Jesus Pinto, com detalhes do mestre-dourador Inácio Melo Albuquerque. Parceria entre o Conservatório Pernambucano de Música, Arquidiocese de Olinda e Recife e Instituto Dom da Paz, o projeto marca a entrega da edificação religiosa aos recifenses após ter passado um período fechado para reformas no ano passado. Para auxiliar os que pretendem ir de carro à apresentação, será disponibilizado o Pátio do Livramento, no bairro de São José, para estacionamento. O local contará com policiamento para garantir a segurança e conforto do público.   Serviço Temporada no Pátio – Com o Duo colibri. Participação especial de Paula Bujes & Pedro Huff - Quarta-feira (8/8), às 19h30, na Concatedral de São Pedro dos Clérigos (Pátio de São Pedro). Gratuito. Informações: 3183.3400 e conservatorio.pe.gov.br.

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Arrastão do Frevo, capoeira, concerto na igreja e artes visuais na programação do fim de semana recifense

Para quem não resiste aos acordes do frevo e para quem prefere contemplar as belezas e histórias da capital pernambucana, a Prefeitura do Recife oferece lazer e atividades gratuitas para todos os gostos neste fim de semana. Nos museus, nas ruas e até numa das mais antigas igrejas da cidade, o sábado e o domingo serão intensos, convidando todos os recifenses a celebrar os espaços públicos e nossa cultura. No sábado (4), o Boulevard Rio Branco, no Recife Antigo, recebe mais uma edição do Projeto Ginga Recife, uma parceria da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Recife com os grupos Angoleiros do Sertão e Meia Lua Inteira, que leva a capoeira regularmente para um dos mais bonitos e importantes cartões postais da cidade. O mestre da roda será Soldado, do Grupo Volta Que o Mundo Dá. No Museu da Cidade do Recife, o sábado será de semeadura. A partir das 14h, uma oficina gratuita de horta urbana convida crianças e adultos a encerrar as comemorações da Semana Burle Marx, oferecida pela Prefeitura do Recife para celebrar o paisagista por ocasião de seu aniversário, com a mão na terra. A facilitadora, Rosa Campello, vai ensinar como cultivar frutas e hortaliças, em pomares criados a partir de garrafas de plástico e embalagens de papelão. Serão oferecidas 20 vagas. Informações: 355-9540. Na semana em que a humanidade esgotou, segundo a ONG Global Footprint Network, todos os recursos naturais renováveis que o planeta Terra é capaz de oferecer em um ano, a Galeria Janete Costa convida os recifenses a pensar sobre os oceanos e todo o lixo que eles recebem. A exposição gratuita Danger, do artista visual francês Serge Huot, apresenta um conjunto de obras que relaciona a prática do surf com questões ambientais inadiáveis, para as quais a humanidade precisa olhar urgentemente. A Janete Costa funciona das 14h às 20h no sábado e das 15h às 19h, no domingo. Mais informações: 3355-9825. No MAMAM, duas exposições convidam os recifenses para um passeio cultural nestes sábado e domingo: A arte é um manifesto – 30 anos de Devotos, com backdrops, pôsteres, ingressos, capas de fitas demo e projetos gráficos dos discos que contam a história da banda de rock recifense, e ExistenCidades, do fotógrafo Beto Figueiroa, que questiona a forma como o espaço urbano vem sendo estruturado e teve sua temporada prorrogada até o próximo dia 15 de agosto. A entrada é gratuita e o horário de funcionamento do museu é das 13h às 17h, no fim de semana. Domingo (5) é dia de cair no frevo. A partir das 16h, o Paço do Frevo, equipamento também gerido pela Secretaria de Cultura e pela Fundação de Cultura, oferece o já tradicional Arrastão pelas ruas do Recife Antigo. O cortejo deste mês será comandado pela Orquestra do Maestro Oséas, uma das mais tradicionais do estado, formada por cerca de 40 músicos, e pelos passistas da Escola Municipal Maestro Fernando Borges, mais conhecida como Escola Municipal de Frevo, um dos principais espaços de divulgação e salvaguarda da imensa diversidade de passos do Frevo em Pernambuco. Mais cedo, a partir das 9h do domingo, o projeto Olha! Recife, da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, levará os recifenses para passear pelo Derby, bairro que já foi um dos mais aristocráticos do Recife, até meados do século XX. O passeio é gratuito, mas é preciso inscrever-se no site www.olharecife.com.br, a partir das 9h desta sexta-feira (3). Quem preferir o Recife Antigo como cenário para um passeio neste domingo pode encerrar o fim de semana com música e fé, no concerto gratuito do Quarteto Encore, às 17h, na Igreja Madre de Deus. O grupo de cordas levará ao público seu repertório autoral do disco Mosaicos. A apresentação faz parte do Projeto Música na Igreja, oferecido pela Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, que acontece nos primeiros domingos de cada mês.

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