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Cresce o número de diagnósticos de neurodivergências

Especialistas apontam que crescimento se deve ao avanço dos critérios diagnósticos, ao maior acesso aos técnicos de saúde e à conscientização da população. Mas há profissionais que enxergam nesse aumento uma tendência à medicalização do comportamento humano e a transformação das emoções em transtornos. *Por Rafael Dantas Talvez você tenha percebido uma presença maior de estudantes no espectro autista nas escolas ou mesmo nas ruas. Ou notado mais diagnósticos de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) e dislexia, inclusive em adultos. Essas são algumas das principais condições neurodivergentes representadas pelo símbolo do infinito colorido ou pelo quebra-cabeça, este último associado ao autismo. Enquanto essas imagens ganham espaço em campanhas na mídia, essa população também se destaca em produções audiovisuais de sucesso, como The Good Doctor ou Uma Advogada Extraordinária. Mas, afinal, onde estavam essas pessoas décadas atrás? Em apenas um ano, o número de alunos com autismo matriculados nas escolas brasileiras aumentou 48%, de acordo com o Censo Escolar de 2023. O crescimento dos diagnósticos dessa condição é uma tendência global, conforme aponta o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. Na década de 1970, o autismo era identificado em cerca de 1 em cada 10 mil crianças. Em 1995, essa proporção subiu para 1 em cada 1.000 e, em 2023, alcançou 1 em 36, evidenciando uma evolução significativa nos índices. Os dados referentes ao tamanho da população no TEA (Transtorno do Espectro Autista), por exemplo, ainda são desconhecidos. Porém, esse tema foi incluído na última pesquisa do Censo Demográfico 2022, ainda não divulgado. A população neurodivergente é formada por pessoas que apresentam autismo, TDAH, dislexia, síndrome de Tourette, entre outras condições. Esses grupos são caracterizados por apresentarem diferenças no funcionamento cerebral que afetam áreas como percepção, processamento de informações, comportamento e interação com o ambiente. Essas diferenças podem incluir desafios em algumas habilidades, como atenção, leitura ou interação social mas, também, pontos fortes únicos, como criatividade, memória ou resolução de problemas. Apesar da maior percepção da presença dessa população na sociedade e dos expressivos números de novos diagnósticos, há diferentes interpretações para explicar esse crescimento. A corrente científica majoritária considera três fatores principais: a amplitude dos diagnósticos, o maior acesso aos profissionais de saúde e a conscientização da população. “Neurodiversidade é um conceito que reconhece a variabilidade do nosso funcionamento neurológico. Temos os marcos do desenvolvimento mas todos não seguem o mesmo padrão”, afirma Victor Eustáquio, sócio-fundador da Somar Special Care, psicopedagogo e especialista em neurociência. “Eles sempre existiram. O que mudou foi a percepção”, avalia. Os pilares apontados pelo especialista são os avanços dos critérios de diagnósticos. Esse aperfeiçoamento seria uma das razões para o crescimento do número de pessoas diagnosticadas, incluindo os casos mais leves. Anteriormente, por exemplo, só seriam reconhecidos como autistas os quadros mais severos. Hoje percebe-se um panorama que considera perfis moderados e leves. Os outros pilares apontados pelo psicopedagogo são justamente o maior acesso da população aos profissionais de saúde. Se anteriormente o comportamento distinto do filho era negligenciado pela família ou, nos casos mais graves, até escondido da sociedade, a procura pelos médicos foi ampliada nas últimas décadas. Os investimentos mais massivos em comunicação midiática, seja pelo jornalismo ou no entretenimento, e nas campanhas educativas teriam levado também a sociedade a enxergar essa população que era invisibilizada. O Dia do Autismo, do TDAH, da Dislexia… entre tantas outras datas ajudaram a popularizar o tema. No caso brasileiro, um marco importante foi a entrada em vigor da MBI (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência), no ano de 2015. Considerada decisiva para a visibilidade e os direitos das populações neurodivergentes no Brasil, a lei reconhecia as pessoas no Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras condições neurodivergentes como parte do grupo de indivíduos com direitos ao acesso mais amplo a políticas de inclusão e suporte. “Havia muitas pessoas neurodivergentes, sim, antes disso. Mas, elas não estavam abraçadas por essas leis de proteção, pelo direito ao tratamento. Além disso, só era considerado com TEA aquele paciente bem caracterizado. Mas hoje a gente sabe que o espectro autista é muito mais abrangente”, declarou o fundador e diretor executivo da Clínica Mundos, Leonardo Lyra. Antes das leis e do avanço da comunicação, essa população não era percebida pela sociedade. “Muitas vezes essas pessoas estavam escondidas em casa pelas famílias, sofrendo em silêncio, ou eram aqueles indivíduos que tinha uma série de limitações mas tinham que se adequar ao ambiente normal. Isso não é incomum. Se fizermos esse exercício de parar um pouquinho e refletir, vamos lembrar daquele amiguinho da escola ou alguma pessoa próxima que poderia ser neurodivergente. Os dados atuais indicam que em cada sala de aula vamos ter pelo menos uma criança com essa característica”, afirmou Leonardo. DESAFIOS EDUCACIONAIS O avanço da população neurodivergente nas escolas é perceptível aos pais e um desafio às instituições. Se antes eram invisíveis, não chegavam às escolas ou dentro das salas de aula não tinham o devido apoio, hoje, a atenção educacional voltada para essas crianças está muito mais sofisticada. “Agora a gente tem muito mais conhecimento, mais embasamento e mais diagnóstico. Entendemos que essa quantidade de crianças já existia. Mas elas sofriam bullying, eram repetentes. Elas estavam lá, mas não eram vistas dentro da sua necessidade”, avalia a Gabriela Camarotti, diretora pedagógica da Escola Vila Aprendiz. Com 16 anos de atuação, a escola percebeu o aumento da procura das famílias com diagnósticos de autismo, TDAH, entre outras neurodivergências. “A Vila nasceu com o pilar da personalização da educação. Nosso objetivo lá atrás já era conseguir fazer a trilha de desenvolvimento mais personalizada por aluno. Mas percebemos, sim, um aumento significativo das crianças neurodivergentes com as mais diversas necessidades”, constata a diretora. 7A instituição, portanto, desenvolveu uma abordagem pedagógica personalizada, que integra psicologia e educação especial, promovendo um ambiente acolhedor e inclusivo. O maior vínculo com as famílias das crianças e o investimento em capacitação contínua em neurociências e educação especial, inclusive com visitas anuais a escolas em São Paulo, para

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Autistas: abertas inscrições gratuitas para colônia de férias

Realizada pela ONG Amigos da Inclusão em parceria com o Instituto do Autismo, a iniciativa oferece 9 mil vagas gratuitas para crianças e adolescentes com TEA em várias regiões de Pernambuco A ONG Amigos da Inclusão, em parceria com o Instituto do Autismo (IDA), abriu as inscrições para colônia de férias para crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Com 9 mil vagas gratuitas, o evento será realizado entre os dias 6 e 24 de janeiro. A colônia contará com unidades no Recife, Olinda, Igarassu, Carpina, Timbaúba e Caruaru, atendendo famílias da Região Metropolitana, da Mata Norte e do Agreste do estado. Programação A programação contará com brinquedos infláveis, contação de histórias, musicalização, piscina e esportes diversos. Todo o planejamento foi elaborado para atender às necessidades específicas dos participantes, respeitando os diferentes níveis do espectro autista. Horário As atividades acontecerão em dois turnos: das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30, em estruturas adaptadas para garantir conforto e segurança. Durante o evento, os participantes terão acesso a lanches, como pipoca e algodão-doce. Apoio multidisciplinar e inclusivo Para oferecer suporte adequado, a colônia terá equipe multidisciplinar composta por terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, educadores físicos, fisioterapeutas e psicomotricistas. Crianças que necessitam de acompanhamento individualizado, como aquelas não verbais, terão suporte especializado para participar plenamente das atividades. A iniciativa reforça o compromisso com a transformação social e a valorização da diversidade. “Nosso objetivo é simples: queremos que essas crianças possam brincar, sorrir e se sentir acolhidas exatamente como são. Para as famílias, é uma chance de se sentirem informados, de criarem memórias felizes e, principalmente, de perceberem que não estão sozinhas nessa jornada”, afirmou Kadu Lins, diretor da ONG Amigos da Inclusão e do Instituto do Autismo. Como se inscrever? As inscrições estão disponíveis por meio de uma postagem fixada no Instagram da ONG Amigos da Inclusão (@amigosdainclusao.ong) ou pelo site Para validar a inscrição, é necessário apresentar o laudo médico de TEA. Cada família pode inscrever mais de uma criança ou adolescente, desde que todos os documentos exigidos sejam entregues. Além das atividades para as crianças, os responsáveis terão acesso ao curso online gratuito "De férias com meu filho autista", que ensinará estratégias para estimular o desenvolvimento motor, cognitivo, social e de comunicação. O curso será disponibilizado em uma plataforma digital, sem limite de vagas. Serviço:

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Inclusão em movimento: a importância dos esportes e atividades físicas para a pessoa autista

Mais de 83% dos autistas apresentam algum déficit motor, que pode variar desde falta de força, coordenação, equilíbrio. O que pouca gente sabe é que, quando se trabalha o desenvolvimento motor do autista, essa prática ajuda não só na questão física, mas também na comunicação, na sociabilização e nas questões cognitivas, sendo assim imprescindível o acompanhamento desse desenvolvimento. Conversamos com o prof. Kadu Lins, referência nacional quando o assunto é a pessoa autista nos esportes, atividades físicas e psicomotricidade, para essa edição especial da "Algomais Fitness e Welness" sobre a campanha Abril Azul - mês de conscientização do autismo. Por jornalista Jademilson Silva Segundo o Profissional de Educação Física e Diretor Geral do Instituto do Autismo (IDA), Kadu Lins, as práticas esportivas são aceitas pela ciência para desenvolvimento das pessoas autistas. “Hoje em dia já temos a ciência mostrando os benefícios em diversas modalidades, desde os esportes coletivos, aos treinos aeróbios de corrida, com bicicleta, treino de musculação, natação, lutas, entre outros. O importante é que seja algo que vamos conseguir dar sequência, que a criança demonstra interesse e tenha prazer em praticar”, diz Kadu Lins. O ambiente aquático tende a ser muito reforçador para o autista, principalmente para aqueles que têm déficits motores. Além dele ter uma maior liberdade, o autista se sente mais livre e relaxado. “Porém, é importante ressaltar que o risco de afogamento também aumenta, caso não acompanhado. É preciso entender que a água também é um ambiente de treino, e não só de brincadeiras, para que ele se desenvolva. Mas de maneira geral, a água ajuda bastante o tônus muscular e a capacidade cardiorrespiratória”, revela. A prática de artes marciais ajuda a melhorar a coordenação motora, o equilíbrio, a concentração e a autoconfiança, além de proporcionar uma atividade física divertida e socialmente estimulante. No entanto, é importante considerar as necessidades individuais da pessoa com autismo e garantir que a prática da arte marcial seja adaptada e supervisionada por profissionais qualificados. “Os esportes de luta, além de ajudarem no desenvolvimento da força, da consciência corporal, e de outras capacidades físicas, tendem a ajudar muito nas questões sensoriais, de contato físico, suor, roupas diferentes, com o uso do Kimono”, informa Kadu Lins. A criança deve ter a orientação do profissional de educação física. Sobre psicomotricidade Psicomotricidade é uma ciência que estuda o ser humano em relação ao movimento, ao mundo interno e externo, as suas emoções e habilidades interpessoais. “Para o autista, é de grande importância a psicomotricidade, justamente por trabalhar desde a parte motora, como também a parte relacional, de sociabilização, do desenvolvimento socioafetivo e do controle de emoções. É saber ganhar, saber perder, buscar soluções para os problemas, aprender a usar seu corpo da melhor forma com eficiência”, diz Kadu Lins. A atividade esportiva deve ser adequada, segura e prazerosa para a pessoa autista, de modo a promover não apenas o desenvolvimento da psicomotricidade, mas também a socialização, a autoconfiança e o bem-estar geral. Desafios e conquistas O prof. Kadu Lins elenca os principais desafios enfrentados sobre a inserção da criança atípica para praticar esportes e atividades físicas. “O desafio começa pela falta de locais e de profissionais capacitados. Depois vem o preconceito dos outros participantes. Esse desafio segue com a falta de conhecimento da própria família sobre os benefícios do esporte. Mas todos esses podem ser superados, com muita informação. Eu sempre falo da educação parental. Quanto mais os pais souberem dos benefícios, mais poderão ajudar seus filhos. Não desistir quando seu filho não quiser ir depois da primeira vez. É preciso tentar entender o porquê ele não quer ir, para ir solucionando os problemas, até ele sentir vontade de não parar mais”. Para Kadu Lins, existem várias adaptações às necessidades específicas de cada pessoa autista, no tocante às atividades multidisciplinares desenvolvidas por profissionais especializados. “Podemos dizer que há várias adaptações. Autismo não tem apenas uma característica. Falo muito de adaptar para o autista e não para o autismo. No geral, estabelecer rotinas visuais do que vai acontecer para mostrar a ele previsibilidade, fazer adaptações para diminuir o toque, caso ele se incomode com o sensorial no início, diminuir o volume da música, imitar o movimento e não só falar, respeitar o tempo de descanso dele que pode ser maior. É dar opções que se adequem ao seu cognitivo, e sempre oferecer suporte necessário”, revela Kadu. Os pais ou responsáveis fisicamente ativos são modelos para crianças autistas se espelharem e optarem também por atividade esportiva ou física. “Falo muito que o exemplo começa em casa. Pais fisicamente ativos tendem a ajudar ainda mais seus filhos a gostarem de esportes e de atividades físicas. Fora isso, dar todo o suporte necessário, não desistir na primeira atividade. Às vezes, os pais escolhem um esporte, a criança não se adapta, e daí não tentam outras práticas esportivas. Incentive, dê exemplos, tente várias atividades e sempre comemore as evoluções”, diz Portanto, a família tem ação crucial para o desenvolvimento do autista no contexto esportivo. Depoimento de um caso sobre esportes e desenvolvimento do autista Kadu Lins cita o caso de gêmeos autistas que melhoraram a sociabilidade, a condição motora e emocional, ao começar a praticar esportes e atividades físicas. “Temos várias crianças e adolescentes que mudaram de vida depois do esporte. Temos gêmeos autistas, Pedro e Ângelo, que só conseguiram escrever depois que praticamos diversas modalidades, como tênis, natação e musculação, e conseguiram desenvolver a força e a coordenação que as mãos precisavam para a escrita. Já no treino de futebol, conseguimos fazer com que tocassem as pessoas, aprendessem a perder, tolerassem o barulho. Até de campeonato eles participaram. De atletas famosos, temos jogadores de futebol, de basquete, de dança, corredores, todos com relatos de que entraram no esporte por serem introspectivos, com dificuldade de comunicação, questões sensoriais e hoje superaram para poder se tornar mundialmente conhecidos”, informa. Para tornar a sociedade mais inclusiva e acolhedora em relação à participação de pessoas com autismo em atividades esportivas e de treinamento, se faz necessário respeitar as diferenças. “Primeiro entendendo

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Autismo é tema central de nova série coreana da Netflix

Protagonista excêntrico, Q.I. altíssimo, habilidades especiais que o tornam diferenciado em sua profissão. De qual personagem e série estou falando? Características particulares que descreveriam muito bem Sheldon Cooper, da sitcom "The Big Bang Theory". Ou seria o Dr. Shaun Murphy, da série médica "The Good Doctor"? Eu também apostaria em Sam, de "Atypical". Com exceção de TBBT (ainda que não revele oficialmente a condição de Sheldon), as outras duas produções citadas têm em comum o protagonista estar no espectro autista. Baseada na mesma proposta, estreou recentemente na Netflix a coreana "Uma Advogada Extraordinária". O episódio piloto repete os conflitos iniciais enfrentados pelo protagonista de "The Good Doctor". Na história, Woo Young Woo (Park Eun Bin) é uma advogada de 27 anos com síndrome de Asperger. Seu talento e inteligência a qualificam a uma vaga de emprego em um grande escritório de advocacia. Da mesma forma que Shaun enfrentou desconfiança entre os médicos, Woo é desacreditada logo de início. A fotografia da série contribui com a narrativa, pincelando, em parceria com a equipe de efeitos especiais, as visões e pensamentos de Woo, como sua admiração por baleias. O que remete a Sam, de "Atypical", e seu fascínio por pinguins. A bela Park Eun Bin, atriz que encarna Woo, propõe à personagem um misto de meiguice e excentricidade. "Uma Advogada Extraordinária" terá novos episódios a cada semana. Já estão disponíveis os quatro primeiros desta temporada.

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Iniciativas que transformam vidas

Os projetos Peniel Ações Sociais e Autismo Compartilhar Solidariedade se uniram em torno de um sonho em comum: ajudar quem mais precisa. É com esse objetivo que neste domingo (20), as entidades inauguram um centro de acolhimento, no bairro de Dois Unidos. A ocasião é comemorada com uma festa pelo mês das crianças, a partir das 13h. “Teremos brincadeiras como pula-pula, piscina de bola, corrida de ovo, quebra panela, além de palhaços e super-heróis para divertir os pequenos. Também ofereceremos gratuitamente pipoca, cachorro quente e picolé para aquelas famílias que não tiveram condições de comemorar o Dia das Crianças”, adianta Peniel Souza, fundador do projeto Peniel. Para viabilizar as ações de ambas as iniciativas, o centro passou por uma grande reforma realizada com doações e, atualmente, conta com nove cômodos. “A ideia é termos um espaço onde possamos arrecadar, organizar, reformar e distribuir as doações que recebemos de amigos, empresas e voluntários”, diz Peniel. Já o Autismo Compartilhar Solidariedade utilizará alguns cômodos do centro para atender famílias com membros autistas ou pessoas com autismo, que não têm acesso a orientação e tratamento. “A ideia é acolher quem recebeu o diagnóstico e não sabe o que fazer”, explica Carlos Nascimento, fundador do projeto. Além de orientar esses grupos familiares, com palestras, atividades e informação, a iniciativa prestará atendimento gratuito especializado aos sábados, das 14h às 18h. “Temos voluntários em fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional, arteterapia, terapia naturalista, massoterapia, orientação jurídica e outras áreas, que vão atender pacientes dentro do espectro autista”, explica Telma dos Anjos, vice-coordenadora da entidade. Outra frente de atuação é o incentivo a pessoas com autismo e seus familiares. “Nosso trabalho é conscientizar as famílias de que aceitação é o melhor remédio. Amor e paciência são o segredo para cuidar de um filho autista, tenha ele o grau que tiver”, recomenda Carlos. Para ele, o orgulho autista é muito importante. “Não podemos nos envergonhar do que somos, como agimos ou nos comportamos. Independente do autismo, somos seres humanos e temos a capacidade de fazer tudo o que quisermos e, principalmente, de sermos felizes”, avalia. O centro de acolhimento também oferecerá aulas de música, artesanato, artes marciais, inglês, espanhol e culinária. Também prestará alguns serviços gratuitos como corte de cabelo, design de sobrancelhas, casamento coletivo e emissão de documentos. Serviço: Inauguração centro de acolhimento Peniel Ações Sociais e Autismo Compartilhar Solidariedade Quando: Domingo, 20 de outubro de 2019 Horário: Das 13h às 18h Endereço: Rua Leoncio Rodrigues, 75. Dois Irmãos.

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Autismo e suas possibilidades serão discutidos em encontro com profissionais de Brasil e exterior

Com o objetivo de sensibilizar e conscientizar a sociedade, em especial os estudantes e profissionais em diferentes áreas de atuações, sobre o tema Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), suas possibilidades de tratamento e prognóstico, a Faculdade IDE, junto com a SOMAR (clínica especializada em atraso do desenvolvimento), promove, nos dias 08 e 09 de novembro a primeira edição do “TEA Meeting”. Com o tema geral “A Autismo e suas possibilidades”, as palestras do evento acontecem no Mar Hotel (Boa Viagem, Recife). Já os minicursos serão ministrados na Faculdade IDE (Pina, Recife). O “TEA Meeting” reúne também profissionais renomados nacional e internacionalmente da área de saúde, como Jason Garner (Dubai), Paulo Nascimento (CE), Maria Fernanda Cestari (SP), Adriana Zinki (SP), Diogo Lovato (SP) e Marcelo Cairrão (PE), entre outros profissionais da Faculdade IDE, além de pais de portadores de autismo e um jovem autista. Participam das discursões profissionais de diferentes áreas, como: análise aplicada do comportamento, fonoaudiologia, genética, neurociência, odontologia, psicologia, psiquiatria e terapia ocupacional. As palestras, mesas redondas e minicursos abordam temas importantes para o tratamento do autismo. Entre eles: a integração sensorial como intervenção fundamental para o autismo; comportamento inadequado no autismo; seletividade alimentar no autismo; neurofeedback e o autismo; o autista na escola e alfabetização; intervenção com TEA na fase adulta; a odontologia no paciente com TEA; atualização sobre genética e autismo; e escalas e avaliações de TEA. Haverá ainda relatos de experiências com autismo. Uma das discursões mais esperadas evento será sobre o autismo na fase adulta, assunto pouco debatido atualmente e que será levantado por Jason Garner, de Dubai. “Acreditamos que olhando o autismo em todos os seus aspectos, veremos a importância de conhecer as diferentes possibilidades e oportunidades. Assim, queremos que nosso evento seja cenário para quebra de paradigmas e aceitação de uma neurodiversidade”, revela a organização. As inscrições para participar da primeira edição do “TEA Meeting” já estão abertas, através do site do evento (www.doity.com.br/teameeting). O investimento para participar do ciclo de palestras, com 15 horas, é de R$ 280. Já o valor por minicurso, com 4 horas, cada, custa R$ 180. E só poderão se inscrever nos minicursos os participantes inscritos do ciclo de palestras. Há certificado online. O Mar Hotel está localizado na Rua Barão de Souza Leão, 451, Boa Viagem (Recife, PE). E a Faculdade IDE fica na Rua Manoel de Brito, 311, Pina (Recife, PE). SOBRE A ORGANIZAÇÃO Na realização do evento, realizado pela Faculdade IDE (faculdadeide.edu.br), instituição que atua há mais de 12 anos com pós-graduações na área de saúde, com sede no Recife e atuação em nove estados do Norte e Nordeste. Entre os mais de 130 cursos de especializações da faculdade, a pós-graduação em “Transtorno do Espectro do Autismo, com ênfase em intervenção comportamental”, que tem coordenação pedagógica da SOMAR, clínica especializada em atraso do desenvolvimento. Também parceira neste evento, a SOMAR fica no Recife e é uma instituição que se destaca na área de autismo, tendo como missão estimular o desenvolvimento de crianças e jovens com autismo de forma multidisciplinar e personalizada. O encontra conta ainda com apoio Centro Ativa de Terapia Comportamental, instituição localizada em São Paulo, Tismoo, A Turma lá da Rua e Sorriso Especial. SERVIÇO O quê? Tea Meeting - 1º Encontro de Autismo Quando: 08 e 09 de novembro de 2019 Onde (palestras): Mar Hotel – Rua Barão de Souza Leão, 451, Boa Viagem, Recife Onde (minicursos): Faculdade IDE – Rua Manoel de Brito, 311, Pina, Recife Investimento: R$ 280 (ciclo de palestras/15h) e R$ 180 (por minicurso/4h cada). Inscrições: através do site www.doity.com.br/teameeting PROGRAMAÇÂO Dia 08/11 7h30 – Credenciamento Minicursos manhã Local: Faculdade IDE 8h30 – Minicurso 1 Tema: Introdutório sobre neurofeedback e autismo Ministração: Paulo Nascimento (CE) e Igor Tchaikovsky (PE) 8h30 – Minicurso 2 Tema: Odontologia e autismo Ministração: Adriana Zink (SP) 12h30 – Credenciamento Minicursos tarde Local: Faculdade IDE 14h – Minicurso 3 Tema: A intervenção ABA através do ensino naturalístico Ministração: Jason Garner (Dubai) 14h – Minicurso 4 Tema: Escalas e avaliações em TEA Ministração: a definir 19h – Abertura do Evento Local: Mar Hotel 20h30- Palestra de abertura Dia 09/11 Ciclo de Palestras Local: Mar Hotel 8h - A Integração Sensorial como intervenção fundamental para o Autismo 8h45- Comportamento inadequado no Autismo Ministração: Fernanda Garner 9h30- Seletividade Alimentar no Autismo Ministração: Mª Fernanda Cestari (SP) 10h15 - Coffee Break 10h45 - Mesa redonda: O Neurofeedback e o Autismo Participação: Marcelo Cairrão (PE), Paulo Nascimento (CE) e Igor Tchaikovsky (PE) 12h – Almoço 13h30 - Autismo e Atualidades Ministração: Dr. Marcelino Bandin (PE) 14h30 - O Autista na Escola e Alfabetização Ministração: Marta Rubner 15h15 - Intervenção com TEA na fase adulta Ministração: Jason Garner (Dubai) 16h - Coffee Break 16h30 A odontologia no paciente com TEA Ministração: Adriana Zinki (SP) 17h15 - Mesa redonda: Atualizações sobre Genética e Autismo Participação: Dra. Graciela Pignatari e Diogo Lovato (SP) 18h15 - Relato de experiências com o Transtorno do Espectro do Autismo Depoimentos: Leonardo (jovem com autismo) e uma mãe de uma criança com autismo 19h45 – Apresentação de encerramento

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Diogo Calife, jovem escritor com autismo, autografa seu primeiro livro nesta sexta na Fenagreste

Foi da paixão pelo desenho que Diogo Calife, hoje um jovem de 20 anos, virou escritor. Desenhando em um programa simples de criação e edição de imagens no computador desde os 11 anos, em 2013, aos 15, ele surpreendeu os pais com um livro inteiramente feito por ele, com ilustrações e diálogos. Batizado de Laydo em hora de dormir, a obra marcou o início da carreira do jovem artista. Nesta sexta-feira (10), às 14h, Diogo estará na Fenagreste, ao lado dos pais, Rejane e Roberto Calife, para falar sobre a sua primeira obra e também sobre a sua trajetória pessoal. Diogo é autista e encontrou no desenho e na escrita uma forma de vencer os desafios apresentados pela doença. “Autismo: as dificuldades e possibilidades” será o tema do bate-papo, às 14h, no auditório da Fenagreste. Após a conversa, Diogo participará de uma sessão de autógrafos do livro. “Quando soubemos que nosso filho tinha autismo, tivemos dificuldades em encontrar informações e pessoas especializadas que pudessem nos ajudar. Queremos contar um pouco da nossa experiência e também auxiliar pessoas que têm filhos autistas”, destaca o engenheiro Roberto Calife. A ideia de escrever o HQ surgiu do próprio Diogo, que prepara o seu segundo livro, previsto para ser lançado ainda no final deste ano. A primeira obra do artista foi inspirada pelos filmes que ele assiste e pelos desenhos que gosta de fazer. O livro conta a história de Laydo, que não queria mais perder nenhum minuto da diversão, então resolveu que não iria mais dormir. Essa decisão atormentou a vida de seus amigos, Lagarto, Ratinho Azul e Dr. Caramujo. Dispostos a fazer Laydo dormir, seus amigos tentam de tudo. Quando parece que o sono não vai mesmo chegar, um fato novo muda totalmente o rumo da estória. O livro Laydo em hora de dormir tem 30 páginas, foi lançado pela Editora Coqueiro e será vendido no local por R$30. Serviço Sessão de autógrafos do livro Laydo em hora de dormir, do autor Diogo Calife, na Fenagreste – sexta-feira, 10 de agosto, às 14h, no auditório da Fenagreste (Centro Cultural Tancredo Neves, em Caruaru). Evento aberto ao público.

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Autismo: 3 primeiros sinais do transtorno

O olhar ausente, o vocabulário limitado, o isolamento social e as crises comportamentais são apenas algumas das características que as pessoas com autismo podem apresentar. Cada um dos dois milhões de brasileiros com o transtorno - sendo 600 mil crianças e adolescentes - tem características e necessidades diferentes. O que todos têm em comum é o fato de que, quanto mais cedo o diagnóstico e intervenção, mais eficiente é o tratamento e menores as limitações, segundo o psiquiatra Gustavo Teixeira, fundador do CBI (Child Behavior Institute) of Miami, que oferece cursos sobre os transtornos de comportamento infantis e da adolescência. Os primeiros sinais do distúrbio podem ser percebidos na fase entre um e dois anos. “Se a criança não fala, não aponta para objetos e não olha nos olhos dos pais, ela precisa ser avaliada por um médico”, aponta o especialista em saúde mental infantil e psicoeducação. Não existem exames laboratoriais para fazer esta identificação. A avaliação é o diagnóstico clínico e o tratamento é multidisciplinar: envolve de terapeuta a fonoaudiólogo e mediação escolar. É fundamental, então, a difusão de conhecimento, para que pais, professores e profissionais de saúde possam oferecer as melhores condições para o desenvolvimento da criança. “A informação diminui o preconceito e faz com que as pessoas busquem ajuda e tenham ferramentas para lidar com o autismo”, salienta João Roberto Magalhães, também fundador do CBI of Miami. O Instituto ministra cursos on-line sobre problemas comportamentais que atingem cerca de 10% a 20% das crianças e adolescentes - como o famoso “Reizinho da casa”, déficit de atenção, agressividade, dificuldade de aprendizagem, depressão e suicídio. Os treinamentos são dados por especialistas nos temas e abordam as novidades sobre as patologias, suas características, o impacto na vida das famílias e amigos e, claro, os tratamentos.

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