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Lula inicia visita à China com encontros empresariais e perspectiva de 16 novos acordos bilaterais

Presidente brasileiro participa de reuniões com CEOs e da cúpula Celac-China ao lado de Xi Jinping O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Pequim no sábado (10) para uma visita oficial à China marcada por compromissos com o setor empresarial e encontros diplomáticos de alto nível. Nesta segunda-feira (12), Lula participa de reuniões com os diretores-executivos da Envision Energy, fabricante de turbinas eólicas, e da Norinco, conglomerado chinês que atua nos setores de defesa, automotivo, eletrônico e químico. As conversas, segundo o Palácio do Planalto, acontecem no hotel onde Lula está hospedado. Ainda nesta segunda-feira, o presidente se reúne com representantes de empresas do setor de saúde e participa da assinatura de acordos. O dia será encerrado com o Seminário Brasil-China, que reúne empresários dos dois países. A visita segue na terça-feira (13) com a participação de Lula na cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) com o governo chinês. Também estão previstos encontros com o presidente da Assembleia Nacional Popular, Zhao Leji, com o primeiro-ministro Li Qiang e com o presidente Xi Jinping, no Grande Palácio do Povo. Estima-se que 16 acordos bilaterais sejam assinados. A passagem pela China ocorre após Lula visitar a Rússia, onde se encontrou com Vladimir Putin e participou da cerimônia pelos 80 anos da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial. O retorno ao Brasil está previsto para quarta-feira (14).

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“Diante das tarifas aplicadas pelos EUA, produtos pernambucanos deverão buscar novos mercados consumidores.”

Os impactos do tarifaço provocado por Donald Trump são analisados pelo vice-presidente do Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia, João Canto. Ele avalia as oportunidades e ameaças que a crise apresenta a países como China e Brasil, aponta os setores mais afetados em Pernambuco e a necessidade de o Estado encontrar novos parceiros comerciais. Ao analisar a intrincada guerra tarifária desencadeada pelo Governo Donald Trump, João Canto, vice-presidente do Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia), aponta para a perspectiva de o Brasil ser considerado como um destino interessante para algumas cadeias produtivas. Entretanto, caso a crise comercial se intensifique, o País pode ser prejudicado, segundo Canto, porque o comércio mundial perderá dinamismo, o que afetaria a demanda por commodities brasileiras. “A balança comercial brasileira sofreria alto impacto pois a China é o maior parceiro do Brasil; haveria fuga de dólar e desvalorização do real; aumento do custo de produção de muitos setores industriais brasileiros; entrada massiva de produtos chineses mais baratos no País; maior dificuldade para a indústria brasileira competir”, adverte o vice-presidente do Iperid. Na verdade, nesse xadrez de aumento tarifário, é difícil saber quem perde e quem ganha. Profissional de Comércio Internacional com mais de 15 anos de experiência, Canto afirma que a China aposta num jogo de paciência. “Quanto mais os EUA intensificam a retórica protecionista, mais se isolam de aliados e perdem competitividade global, abrindo espaço para Pequim se apresentar como alternativa estável e racional”. Mas salienta que a guerra comercial traz impactos para as duas maiores economias do mundo, que são as que mais importam e exportam. “O custo de conversão para empresas exportadoras chinesas e importadoras americanas é alto, e não há muitas saídas a curtíssimo prazo: ou absorvem o custo da tarifação (reduzindo rentabilidade), ou repassarão no preço (risco de redução no consumo). Isso desencadeia desaceleração econômica e pressão sobre outros parceiros econômicos das duas potências”.  De qualquer forma, para o analista, a alternativa para o Brasil e Pernambuco é buscar novos mercados exportadores para mitigar os impactos tarifários.  E acrescenta que exportadores pernambucanos têm ainda a possibilidade de se voltar para o mercado doméstico. Qual sua análise sobre o enfrentamento da China aos sucessivos anúncios de aumento de tarifas feitos por Trump? Especialistas afirmam que o Gigante Asiático já se preparava para esta situação e tem investido no seu mercado interno para não ficar à mercê das exportações.  A China tem adotado uma estratégia cuidadosamente calibrada que mescla firmeza diplomática, resiliência e planejamento de longo prazo, e tem respondido aos aumentos tarifários de forma equivalente ou até mais rigorosa, como ocorreu recentemente com a elevação de taxas para produtos norte-americanos de 84% para 125%. É um recado de que Pequim não cederá à pressão, nem aceitará acordos desvantajosos, preservando sua imagem tanto interna, quanto externa.  A China vem diversificando suas cadeias de suprimentos, incentiva a inovação tecnológica, para semicondutores, IA, entre outros, como forma de independência estratégica, e vem investindo no consumo interno para depender cada vez menos de exportações. Uma diretriz clara desde o plano “dupla circulação” anunciado por Xi Jinping. Entretanto, ainda que a China tenha poder de reação, a guerra comercial com os EUA traz impactos para os dois lados, pois são as duas economias que mais importam e exportam, sempre estão no topo e dependem uma da outra.  A função de pivotar grandes cadeias de suprimentos estabelecidas para países intensivos em comércio internacional, como China e EUA, tem um custo alto. O custo de conversão (ou também de não fazer nada) para empresas exportadoras chinesas e importadoras americanas é alto, e não há muitas saídas a curtíssimo prazo: ou absorvem o custo da tarifação (reduzindo rentabilidade), ou repassarão no preço (risco de redução no consumo). Isso desencadeia desaceleração econômica e pressão sobre outros parceiros econômicos das duas potências.  Segundo especialistas, a China aposta num jogo de paciência: quanto mais os EUA intensificam a retórica protecionista, mais se isolam de aliados e perdem competitividade global, abrindo espaço para Pequim se apresentar como alternativa estável e racional. Isso também é importante domesticamente para a China, onde o governo precisa mostrar à população e ao próprio Partido Comunista que não se dobra às provocações estrangeiras, especialmente de um rival estratégico como os EUA.  Todo esse embate tarifário não está apenas no comércio de bens e serviços, há conexão com o tema da dívida pública americana. A China é um dos maiores detentores de títulos da dívida americana, e, há anos, exportava produtos para os EUA e reinvestia os dólares recebidos comprando títulos dessa dívida. Isso ajudava a financiar gastos do governo americano a juros baixos, a manter o dólar forte e o yuan relativamente desvalorizado, favorecendo suas exportações. Com a guerra comercial imposta, a tendência é que a China venda menos, tenha menos dólares e, portanto, compre menos títulos da dívida.  Atualmente, a dívida pública dos EUA ultrapassa US$ 34 trilhões, e o país precisa vender mais títulos para pagar juros e financiar seus programas. Se a China e outros países compradores (como Japão) se retraem economicamente, os EUA precisariam aumentar o juro da dívida para atrair outros investidores e, caso o FED (Federal Reserve, banco central norte-americano) recompre, terá efeitos inflacionários, agravando a situação.  A China, claro, evita fazer isso de forma agressiva porque também seria prejudicada. Mas o simples fato de ter esse poder é uma alavanca estratégica importante no contexto. É curioso o comportamento da China, que tem uma economia socialista de mercado, criticar e desestimular tarifas no comércio internacional e, ao mesmo tempo, o descompasso teórico ou ideológico de Washington que, nesse tema, renunciou ao liberalismo da Escola de Chicago para defender sua economia sob o protecionismo tarifário. Quais os prejuízos da economia brasileira, especialmente o setor industrial, provocados pela guerra tarifária? Há risco de o mercado do Brasil ser invadido por produtos chineses mais baratos? Sim. Já estamos sendo invadidos por produtos chineses há muito tempo e seriámos ainda mais. A China é uma economia em que a

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Reflexões sobre o Afeganistão - Por Marco Alves

Em 2020, o Presidente Trump anunciava que o exército americano ia retirar suas tropas do Iraque e do Afeganistão. Diante do cenário de pandemia mundial, o Presidente Biden, aguardou para confirmar essa decisão. Em Abril 2021, foi confirmada então essa retirada, efetiva até 11 de setembro. Desde então, com a saída dos soldados americanos teve uma consequência radical, a volta com força total dos Talibãs. No dia 7 de Outubro de 2001, os Estados Unidos atacaram o Afeganistão em represália dos atentados do 11 de Setembro. O idealizador dos atentados, Bin Laden e sua organizarão, Al-Qaeda, estavam lá baseados com apoio do governo Talibã. O ataque americano permitiu o desmembramento da organização terrorista no país e a queda do governo Talibã. Nesse sentido, a operação foi um êxito. Desde então os Estados Unidos, igual no Iraque, se implicaram numa operação de luta contra o terrorismo e a implementação de um regime democrático (no sentido americano). No auge das operações 110 mil homens da coalizão (EU e OTAN) estavam mobilizados, hoje, pouco mais de 30 mil. Mas quais são as conclusões efetivas da maior intervenção americana de sempre (cerca de 20 anos)? a) O Afeganistão não é mais o palco principal de intervenção da Al-Qaeda. A organização terrorista "levou" suas atuações para outros países como a Síria e principalmente na Africa, com a “filial” Al-Qaeda no Magrebe Islâmico. b) Os Estados Unidos gastaram cerca de 2 trilhões de dólares (todos orçamentos cumulados) com mais de 100 bilhões para o desenvolvimento local sem sucesso. Esse valor é superior ao que foi investido durante o Plano Marshall na reconstrução da Europa no pós-guerra. Aparece hoje óbvio que financiar e apoiar financeiramente o exército local (300 mil homens) será mais barato que manter uma operação militar de porte em campo, mas isso também cria uma dependência forte. E quando os Estados Unidos deixarem de apoiar? c) As tentativas de guerras para impor a democracia, se revelam sem sucesso para os Estados Unidos, em parte porque não conseguiram obter a adesão plena da população, devido aos inúmeros "danos colaterais" dos ataques aéreos americanos, e não conseguiram colocar aliados diretos no poder nas eleições democráticas que ocorreram nos últimos anos. Os Talibãs são de etnia pachtun como 42% da população. d) Além disso, as próprias ações americanas acabaram por deslegitimar o poder local quando iniciaram a negociar acordos de paz com os talibãs em 2019, sem a presença das autoridades afegãs, deixando a imagem que estes não eram um força legítima. Essa iniciativa, simbolicamente, deixa entender que os Talibãs venceram a guerra. e) Para manter um semblante de paz e conter a presença talibã em certos territórios, os Estados Unidos e o poder central concederam uma forte autonomia a “senhores de guerras”, que viraram governadores, assim como armamento. Estes consolidaram suas forças e retomaram a atividade da produção de papola e ópio, que é tradicional na região. Hoje o pais é uma narcoeconomia e, segundo alguns especialistas, com a saída do Estados Unidos poderá se tornar um narcoestado. Considera-se que cerca 20% do PNB (produto nacional bruto) e 354 mil empregos são oriundos do tráfico de droga. O Afeganistão é o maior produtor de ópio do mundo (85% da produção mundial). f) Os rebeldes talibãs controlavam 77 distritos em maio. Em julho, passou para 222 no total de 400 (o governo central controla ainda 73). O exército afegão ainda mantém o controle das principais cidades do país, mas até isso está sendo difícil. Quantro delas caíram nas mãos dos talibãs. Essa progressão parece não ter fim. g) A saída dos americanos terá impactos geopolíticos fortes. As reconquistas dos territórios do Norte pelos talibãs fizeram com que a Rússia mandasse frotas de blindados nas fronteiras do Tadjiquistão. A posição do Paquistão, que foi uma das bases de apoio dos Talibãs será consolidada na região o que pode ser considerado uma ameaça para a Índia. Alem disso, para o Paquistão, apoiar os talibãs é impedir que o regime democrático se consolide no Afeganistão e assim manter influência no país com essa instabilidade. A China com sua força tranquila, por via de acordos comerciais e projetos de desenvolvimento, pode ser um dos principais "vencedores" nesse marasmo, dado que os talibãs, neste momento, e mais ainda se voltarem ao poder, precisarão de apoio internacional. Essa penetração da China vai no sentido de uma política de expansão de influência na Asia Central para recriar as antigas rotas da seda. O que nos resta são interrogações, dificeis de serem respondidas mas todas de grande importância dado os atores que eles implicam: Qual será a posição internacional se os talibãs voltarem ao poder ? Principalmente a da Rússia e da China ? Qual o papel do Irã nesse contexto? O que pode acontecer se os talibãs quererem se autonomizar rapidamente da influência do Paquistão? Como vai reagir a India? Os talibãs voltando ao poder poderão ser de novo uma base para a Al-Qaeda e o Estado Islâmico ? Qual o peso do tráfico de droga num país destroçado, instável ? Não o sabemos de fato. A unica certeza é que hoje a saida dos Estados Unidos em muitos aspetos se parece com a derrocada no Vietnã.       Marco Alves, Fellow IPERID na França Politista, jurista internacional e internacionalista

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Pós-pandemia: "PE pode ser afetado positivamente pelos investimentos chineses"

A China e os Estados Unidos estão no centro de uma disputa de gigantes que deverá afetar a globalização tal qual conhecemos. Para entender as tendências para o País asiático no cenário pós pandemia, conversamos com o cientista político e pesquisador do Instituto de Estudos da Ásia da UFPE e da Rede de Estudos Brasil China (RBChina) João Ricardo Cumarú. Confira! Como deverá ficar a relação da China com a América Latina após essa pandemia, visto que estamos diante de uma tendência de menos globalização e maior protecionismo dos países? No caso da América Latina há uma expectativa, em um primeiro momento, que a região seja fortemente afetada. Um relatório recente da Cepal alerta que o maior impacto da crise econômica gerada pela pandemia será na região, devido à alta dependência das exportações para a China e dos preços das matérias-primas. Entre os países, a maior queda deve ser registrada na Venezuela, onde a estimativa é que o PIB alcance 18% negativo este ano. Equador, México e Argentina devem ter contração de 6,5% na economia, enquanto no Brasil a previsão era de uma queda de 5,2% no PIB, já revisada pelo FMI essa semana para 9,1%. Assim como no continente africano, nos países latino-americanos houve uma queda expressiva na atividade de investimentos chineses. As fusões e aquisições chinesas na América Latina, por exemplo, atingiram 18 transações no valor de US $ 8,9 bilhões em 2019, mas nos três primeiros meses de 2020 totalizaram apenas US $ 163 milhões em três negócios. Todavia, acredito que o continente já tem papel geopolítico bastante relevante para os chineses e, quando eles recomeçarem a olhar para investimentos no exterior a América Latina certamente estará no radar, com o país asiático desempenhando um papel fundamental em projetos de infraestrutura regional e investindo em setores como geração de energia e mineração. Pernambuco poderia ser afetado negativamente ou positivamente? No caso do Brasil, apesar do discurso sinofóbico de figuras expressivas do governo federal, os chineses são muito pragmáticos e sabem que essas desavenças são passageiras. A demanda chinesa e a oferta brasileira de carnes, grãos e de oportunidades na área da infraestrutura mostra a complementaridade entre os dois países. Não podemos esquecer do campo da tecnologia, com o desenvolvimento da rede 5G, chave da guerra comercial China-EUA. O Embaixador chinês Yang Wanming tem afirmado que as relações comerciais sino-brasileiras têm muita margem para serem ampliadas e anunciou recentemente que, em julho, autoridades e empresários chineses farão uma reunião online com o Brasil para tratar de temas como investimentos e obras de infraestrutura. Pernambuco, apesar de concentrar apenas 3% do comércio bilateral Brasil-China, também tem muitas potencialidades a serem exploradas. Além de contar com um dos três Consulados Gerais da China no Brasil, possui uma sede modelo do Instituto Confúcio (instituição de promoção cultural e do mandarim), é uma região com rico potencial de geração elétrica por fonte eólica e solar, rica em recursos agrícolas, possui um porto importante que serve de ligação com outros continentes, o Porto de Suape; além de concentrar um parque tecnológico de relevância nacional, o Porto Digital; e se mantém como um centro de comércio, indústria, serviço e transporte com forte potencial de desenvolvimento. Nesse sentido, acredito que Pernambuco possa ser afetado positivamente pelos investimentos chineses em um cenário pós-pandemia, desde que esteja atento às oportunidades que daí surgirão. Que projetos poderiam ter maior potencial de atração de investimentos chineses para o Estado de Pernambuco? Em um potencial cenário de recuperação econômica, ainda que lenta, grandes obras estruturadoras como o Arco Metropolitano, a expansão do Porto de Suape, a conclusão da Transnordestina e do Projeto de Integração do São Francisco deverão ser retomadas ou aceleradas. Todas essas obras estão no radar de grandes empresas chinesas, como a CCCC, SPIC, Sinopec, entre outras. No campo comercial, em entrevista essa semana à agência de notícias chinesa, Xinhua, a ministra da Agricultura Tereza Cristina, falou que o governo trabalha para ampliar a cesta de produtos agrícolas brasileiros exportados à China e as frutas estão entre as prioridades para venda. Em 2019, o Rio Grande do Norte começou a exportar melão para o mercado chinês; e, segundo a ministra a próxima fruta em negociação é a uva. Essa é uma das janelas de oportunidades que é possível vislumbrar para Pernambuco no comércio com a China, uma vez que 40% das exportações de uva no Brasil são provenientes do Vale do São Francisco, na região de Petrolina e Juazeiro.

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Pernambuco recebe doação de EPIs da Província de Sichuan, na China

Ao lado do secretário estadual de Saúde, André Longo, e do secretário de Educação, Fred Amâncio, o governador Paulo Câmara recebeu, na manhã desta sexta-feira (08/05), doação de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) da Província Popular de Sichuan, localizada na China. A doação, entregue pela Cônsul geral da China no Recife, Yan Yuqing, inclui 10 mil máscaras cirúrgicas, 1,2 mil máscaras N95 e 200 macacões de proteção. O material, que já está sendo encaminhado para as unidades de saúde de Pernambuco, é uma contribuição do Governo da Província de Sichuan para os esforços do Governo do Estado de Pernambuco nas ações de combate à COVID-19. “Esse material vai efetivamente salvar vidas, reforçando a segurança dos profissionais de saúde que estão na linha de frente dos nossos hospitais”, agradeceu o governador Paulo Câmara. EPIs - O Governo de Pernambuco, por meio da secretaria estadual de Saúde (SES-PE), tem monitorado permanentemente o abastecimento e os estoques de equipamentos de proteção individual (EPIs) das unidades da rede estadual de saúde e deflagrado ações para garantir a compra de itens de acordo com as especificações técnicas recomendadas pelos órgãos de controle, visando garantir a segurança do profissional de saúde e dos pacientes. Desde o início dos esforços comandados pelo Gabinete de Enfrentamento à Pandemia, já foram adquiridos e entregues às unidades da rede hospitalar mais de 16 milhões de unidades de EPIs e outros 20 milhões de unidades já foram compradas e aguardam entrega pelos fornecedores. É importante destacar que alguns desses tipos de EPI, como a máscara N95, conforme protocolos e orientações técnicas das autoridades sanitárias, só são indicados para profissionais que estão em contato direto com os pacientes suspeitos ou confirmados da Covid-19, em procedimentos com risco de geração de aerossol.

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Guedes reduz previsão de queda no PIB e diz que exportação para China cresceu

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil não está passando por choque externo por causa da pandemia da covid-19. Guedes participa de audiência pública virtual na Comissão Mista do Congresso de Acompanhamento das Medidas Relacionadas à Covid-19. Segundo Guedes, as previsões iniciais de queda da economia neste ano eram de 6%, sendo que desse percentual um terço viria de impacto externo, gerado por queda das exportações e interrupção de comércio, entre outras. “E dois terços seriam da disrupção interna, pelo fato de fazermos o isolamento social, interrupção de cadeias de pagamento e desaquecimento”, explicou. O ministro disse, no entanto, que o choque externo não está acontecendo. “As exportações para os Estados Unidos e para a Argentina, os dois maiores parceiros depois da China, caíram acima 30%. Para União Europeia caíram 2% [ou] 3%. Mas para a China, [as exportações] subiram 25%, 26%. Como a China é mais do que a soma de Estados Unidos, Argentina e União europeia, as exportações brasileiras estão inalteradas". O ministro disse que se a queda da economia prevista inicialmente que era de 6% agora está em 4%. (Da Agência Brasil)

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Governo inicia busca de 960 toneladas de materiais de saúde da China

Duas aeronaves contratadas pelo governo brasileiro já estão no Oriente Médio, de onde partirão para a China, hoje (15), para buscar a primeira remessa de equipamentos de proteção para profissionais de saúde, comprados pelo governo federal, e que serão usados no combate à pandemia do novo coronavírus. De acordo com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, serão realizados cerca de 40 voos, ao longo das próximas seis a oito semanas, com o objetivo de importar 960 toneladas de materiais. "É realmente uma operação de guerra, que começa amanhã. Nós temos dois Boing 777, que estão em Abu Dhabi [Emirados Árabes Unidos], e se deslocam para Xiamen, e assim que a carga estiver liberada pelas autoridades chinesas, a gente inicia esse retorno", detalhou o ministro durante coletiva de imprensa, no Palácio do Planalto, para atualizar as ações do governo no combate à doença. O plano de logística do Brasil usará rotas aéreas com escalas no Oriente Médio e no norte da África. A expectativa é que essa primeira carga, composta por 15 milhões de máscaras cirúrgicas, pesando 53 toneladas, chegue ao Brasil, pelo aeroporto internacional de Guarulhos (SP), até o próximo dia 21. De São Paulo, os equipamentos serão distribuídos, por via aérea e terrestre, para todas as regiões do país. Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto, o governo federal também recebeu, nesta terça-feira (14), uma doação de equipamentos da empresa Vale do Rio Doce. São 660 mil máscaras modelo N95, 2,7 milhões de máscaras cirúrgicas comuns, 200 mil aventais e um milhão de testes rápidos para a covid-19. (Da Agência Brasil)

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Ano Novo Chinês desembarca no Recife

O Ano Novo Chinês ou a Festa da Primavera é a data mais importante para todos os chineses, expatriados mundo afora e que celebram a data com diversas manifestações culturais. Em parceria inédita entre o Governo Chinês, por meio do Consulado Geral da China em Recife, e a Prefeitura do Recife, a capital entra no calendário internacional de celebrações com apresentação gratuita da Companhia Artística e Cultural de Henan para celebrar a Festa da Primavera, como a data é chamada, no Teatro Luiz Mendonça, no dia 22 (quarta), às 20h. A apresentação, que integra o Janeiro de Grandes Espetáculos, é construída através de performance da Companhia de Música e Dança de Zhengzhou e do Grupo de Monges Guerreiros do Templo Shaolin. No total, estarão em palco 20 pessoas, que prometem encantar a plateia em 90 minutos de espetáculo dividido em 11 cenas que mesclam apresentações de dança e música mescladas à precisão e beleza das artes marciais. Para ter acesso ao espetáculo – limitado à lotação do local, os interessados deverão levar 1kg de alimento não-perecível. Recife será uma das únicas três cidades no país a receber o espetáculo para celebrar a Festa da Primavera e a cidade abre a turnê nacional da Companhia Artística e Cultural de Henan, que ainda irão se apresentar nas cidades de Foz do Iguaçu e Curitiba entre os dias 24 e 26 de janeiro. O Ano Novo Chinês - Desde 2010 o Ministério da Cultura e Turismo da China em conjunto com instituições chinesas, entidades culturais bem como associações de comunidades chinesas no estrangeiro, promovem celebrações do Ano Novo Chinês no mundo inteiro através do projeto conhecido como Feliz Ano Novo Chinês, tendo como intuito jubilar e partilhar esta data com outras culturas bem como instruindo sobre a descendência da cultura e linhagem dos costumes chineses. Em 2019, a festa aconteceu em 140 países com 500 cidades envolvidas e é a festa mais aguardada pela comunidade chinesa.

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Percepções da China (por João Canto)

Entre os dias 26 de junho e 11 de julho deste ano, à convite do Consulado-Geral da China em Recife, em parceria com o MOFCOM - Ministério do Comércio daquele país, uma comitiva dos estados do Nordeste, a qual integrei a equipe da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, visitou Xangai e cidades próximas. Gostaria de aproveitar o espaço para agradecer e parabenizar a Cônsul-Geral Sra. Yan Yuqing e sua equipe consular pela iniciativa de aproximar ainda mais o Estado de Pernambuco com a China, criando novas oportunidades de relacionamento sino-brasileiro. No Programa desta Missão, baseado em Xangai, continham, dentre outras agendas nas cidades de Yiwü, Jinhua e Hangzhou, visitas e palestras para entendermos os aspectos e ativos econômicos que alicerçam o robusto crescimento econômico chinês, tais como a Zona de Livre Comércio e o Porto Eletrônico, ambos em Xangai. Porém, não pretendo aqui tecer comentários técnicos ou sobre aspectos da agenda que pude participar, tampouco dos números do crescimento econômico, mas sim expor superficialmente algumas percepções que pude ter acerca da China – mas, obviamente, sem generalizações, dada a robustez e tamanho do país. Para situar o leitor, a China é composta por um pouco mais de 1.3 bilhões de habitantes em uma área de 9,5 milhões de quilômetros quadrados. Possui em seu território apenas 12% de terra agriculturável, e acesso à água potável abaixo da média recomendada por habitante. Portanto, haveria uma condição natural “limitante” para o crescimento econômico. Apesar dessa condição natural imposta à China, atualmente é a segunda maior economia mundial. Quando se tornou o Líder Supremo da China em 1978, Deng Xiaoping constatou que o PIB Per Capita chinês rodeava US$156,00, e estabeleceu uma meta bastante clara: quadruplicar esse valor até o ano 2000. Para isso, percebeu que precisava reformar e abrir o país para o mundo. Na minha perspectiva, uma das grandes colaborações de Xiaoping, em meio à grandes êxitos socioeconômicos logrados, foi a cultura experimentação. A partir de testes práticos acerca teses e teorias, verificou modelos e formatos até então nunca aplicados no país. Como clássico exemplo, a cidade de Shenzhen, no sudeste do país, foi a primeira Zona Econômica Especial e um dos principais experimentos sobre a factibilidade de aplicar o modelo de mercado no país. O resultado do experimento perdura até os dias de hoje na cidade, onde o então conjunto de vilas contendo setenta mil habitantes, cujas principais atividades econômicas à época eram agricultura e pesca, transformou-se numa grande megalópole de 12 milhões de habitantes, lastreada em diversos segmentos industriais e tecnológicos de valor agregado. A título de comparação, o PIB de Shenzhen é superior ao PIB conjunto de todos os estados do nordeste brasileiro. Após participar de algumas palestras e reuniões do Programa, percebi que a cultura da experimentação permanece até hoje. O conceito de ‘tentativa e erro’ para eles me pareceu muito natural, importante de serem verificados e experienciados, e lidam de maneira muito pragmática com a falha, sem preciosismos ou vaidades. A noção de que é necessário experimentar, testar ideias, errar para acertar, talvez tenha sido o mais importante aprendizado nesta ida à China. Quando me perguntam o que mais vi na China, respondo sem medo de errar: além de marcas e carros de luxo importados, muitas gruas nos topos de prédios em construção e maquinários pesados rasgando as ruas da cidade. Xangai, a maior cidade do país (23 milhões de habitantes), impressiona não só pelo porte, mas também pela infraestrutura, pela modernidade, pela arquitetura dos arranha-céus. Apesar de ter ficado positivamente atônito com o show de luzes dos altos edifícios no distrito de Pudong, me chamou muito a atenção em outros distritos a atividade da construção civil e o contínuo – diria incansável – avanço da infraestrutura da cidade, seja ampliando a abrangência do sistema de metrô, seja expandindo a estrutura das vias elevadas da cidade ou simplesmente melhorando a condição e qualidade do que já existe. Afinal, transportar 24 milhões de pessoas diariamente não é fácil, sendo necessária constante aumento de infraestruturas. Curiosamente, vi também muitos bairros serem construídos do zero. Onde antes havia um bairro antigo, com pouco ou nenhum desenvolvimento, ou baixa condição habitacional (para os novos padrões), serem postos ao chão para a construção de um novo bairro, com mais qualidade, estrutura, maior valor agregado, diria. Em determinado momento, passando por uma via elevada, percebi uma grande área devastada, com muitos entulhos e detritos, algumas casas inabitadas ainda para serem demolidas. Continuei olhando e, logo ao lado, uma área totalmente nova, sem nenhuma construção imobiliária ainda, porém com ruas e vias novíssimas (ainda sem as demarcações), postes e semáforos sem fiação, e parques e praças recém montadas. As árvores destas praças, apoiadas em estacas para dar suporte ao plantio recente de mudas adultas, evidenciavam a suspeição -que eram de outros participantes também: se tratava, de fato, de um bairro totalmente novo ou remodelado para atender aos novos padrões. Conforme citei em um parágrafo anterior, as marcas e automóveis de luxo importados ilustram bem os novos hábitos de consumo dos chineses. O poder de compra elevou-se exponencialmente nos últimos anos, fazendo com que os chineses busquem acessar e consumir outros produtos diferenciados – que antes seriam indisponíveis no mercado local ou restritos à uma parcela social elevada – para satisfazer os novos desejos de consumo. Veículos importados, artigos de moda internacional, produtos de tecnologia, turismo no exterior, entre outros bens e serviços de maior valor agregado estão mais acessíveis e disponíveis. Aliás, falando em consumo, me impressionou bastante a utilização massiva de meios de pagamento eletrônico através dos aplicativos Alipay ou WeChat Pay. Confesso que num primeiro momento fiquei tentando compreender o motivo de um cliente numa loja qualquer, ao passar no caixa, utilizava o leitor de QR Code para scannear um código (ou ser lido), digitava algo no celular – possivelmente para confirmar a operação –, pegava os produtos e saía da loja. Esperei a vez do cliente seguinte e prestei mais atenção no processo. Só aí percebi que se tratava

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