Arquivos Coronavírus - Página 2 De 8 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Coronavírus

Dalla Nora: "Inteligência artificial pode silenciar robôs e sites que criam Fake News"

Paulo Dalla Nora Macedo, co-fundador e vice-presidente do Instituto Política Viva, foi um dos entrevistados na matéria da semana passada sobre Fake News. Publicamos hoje a conversa com ele sobre as alternativas para o País superar esse desafio que tumultuou o debate público no Brasil. O Política Viva nasceu em 2013 para promover o debate político crítico e construtivo que recupere os ideais republicanos com integridade e ponderação. . Além de acirrar a polarização política, que outros prejuízos as Fake News oferecem a sociedade brasileira na sua opinião? O maior mal das Fake News é criar uma agenda de prioridades falsas, distorcer quais os temas que de fato preocupam a sociedade ou distorcer como ela pensaria sobre os temas. Como o congresso e o executivo trabalham muito de acordo com as prioridades da população e das suas posições, a máquina de fake news quer sequestrar a agenda do Pais. . Quais as principais descobertas das pesquisas acessadas ou elaboradas pelo Política Viva sobre as Fake News?  O Política Viva tem como pilar defender a política e lutar contra as fakes news. Temos vários estudos sobre o assunto:as notícias falsas são 70% mais compartilhadas que as verdadeiras, mais de 60% do tráfego nas redes sobre política são gerados por robôs, fora esses robôs existem em torno de 5 mil "engajados" profissionais que criam as narrativas, ou seja existe muito pouca espontaneidade. O instituto Reuters divulgou em pesquisa recente que 84% dos brasileiros não confiam no que lêem nas redes, no entanto são essas redes que estão sequestrando o debate. . O combate às Fake News no Brasil tem alcançado algum resultado? Muito tímido ainda. O combate só vai começar a ser efetivo quando a ser efetivo quando as plataformas forem pressionadas economicamente a agir contra os robôs e páginas que eles sabem que disseminam fake news. A Coca Cola e a Unilever recentemente anunciaram que vão deixar de anunciar no Facebook e twitter. Esse é o passo importante. . Quais os caminhos para se evitar a disseminação ou o impacto tão negativo das Fake News na sociedade? Há alguma contribuição tecnológica para isso? Sim, não temos dúvida que com inteligência artificial é possível silenciar esses robôs e os sites que existem para criar fake news, é muito fácil identificar isso e barrar. O problema é que eles são geradores de tráfego e isso e receita. As pessoas têm que entender que um blog postar que Coronavírus não existe, que você pode ir para rua, não é liberdade de expressão. Liberdade de expressão não contempla crimes contra a saúde pública por exemplo, ou calúnia e difamação. Ou postar como absurdos se fossem verdades. As pessoas confundem opiniões com fatos, todo mundo tem direito a sua opinião, mas ao seu fato não. Blogs e canais que a existem para defender que a terra é plana serve para quê além de semear a dúvida em verdades cientificas? Por que as plataformas deixam no ar? Porque geram milhões com os seus vídeos bizarros. Se não fizemos nada vamos chegar ao ponto de quê não existe mais nenhuma verdade básica, só pessoas perturbadas, ou os que querem explicar a sua própria inadequação, gostariam de viver em um mundo assim.

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Prefeitura do Recife distribui máscaras em 11 locais da cidade

A Prefeitura do Recife vai distribuir máscaras e levar informações seguras sobre a covid-19 em 11 Estações Itinerantes de Orientações na capital pernambucana, durante a próxima semana. Além das tendas montadas em oito novos pontos fixos, a Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife também vai distribuir novamente máscaras e kits de higiene, de casa em casa, em áreas de maior vulnerabilidade social da cidade. Desde o começo deste mês, as estações estão distribuindo, ao todo, 300 mil máscaras. Outras 500 mil foram encomendadas a costureiras aprovadas em edital de chamamento público. De hoje (20) a sexta-feira (24), das 8h às 16h, as Estações Itinerantes de Orientação sobre a Covid-19 vão funcionar na Praça da Independência (Praça do Diario, no bairro de Santo Antônio), Avenida Hildebrando de Vasconcelos (Dois Unidos), Rua Padre Lemos (na frente da feira de Casa Amarela), Rua Paudalho (Torrões), Polo da Academia da Cidade Heróis da Restauração (Areias), Polo da Academia da Cidade da Lagoa do Araçá (Imbiribeira), Terminal de ônibus do Alto José do Pinho e Praça da Vitória (Ibura). A lista de locais está disponível no site da Prefeitura do Recife (www.recife.pe.gov.br). Já a ação porta a porta começa na segunda, na Comunidade Sapo Nu, no Curado. Na terça (21), os agentes de saúde do Recife vão até a Comunidade dos Plásticos, no Córrego do Jenipapo. Já na quarta (22) e quinta-feira (23), a distribuição de máscaras e kits de higiene será na Comunidade Terra Nostra, no Ibura. O kit é composto por água sanitária, álcool em gel, sabão em barra, sabonete, pasta e escova de dente. Para além da distribuição dos materiais, os profissionais da Sesau Recife também identificam as pessoas com sintomas gripais para, se necessário, orientá-las a procurar unidades de referência da Atenção Básica para atendimento de pessoas com suspeita de covid-19. As estações itinerantes nos oito ponto fixos contam com pias para lavagem das mãos e profissionais para dar orientações sobre o uso correto e higienização das máscaras e a importância do distanciamento social. A equipe da Prefeitura do Recife também ensina a população a acessar os sites e aplicativos de serviços que a Prefeitura oferece, como Atende em Casa, Movimenta Recife e Dycovid (este último do MPPE e Porto Digital, parceiros da PCR). Os profissionais da Vigilância Ambiental também reforça com a população a importância de manter os cuidados para eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, chinkungunya e zika. (Da Prefeitura do Recife)

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Recife registra dois meses de queda nos indicadores da pandemia

Da Prefeitura do Recife O Recife registra dois meses de queda nos indicadores da pandemia. Desde meados de maio, os números de casos e óbitos vêm caindo e se estabilizando em baixa. No anúncio feito pelo prefeito Geraldo Julio nesta sexta-feira (17), o gestor destacou a importância de a população não relaxar no respeito aos novos protocolos do plano de convivência para evitar uma segunda onda de casos. “Completamos 60 dias de uma redução sólida e consistente da covid-19 no Recife. Quero agradecer a todos, mas também lembrar que o grande desafio dos recifenses agora é não deixar vir uma segunda onda, pra gente não precisar fechar tudo que foi aberto nos últimos dias. Essas conquistas todas são fruto do trabalho de todo mundo junto e, enquanto não tiver uma vacina, vamos estar sempre correndo riscos e avaliando. A melhor forma da gente manter todas essas conquistas é fazendo a prevenção. É isso que diminui o risco de uma segunda onda”. O gestor destacou que as pessoas que fazem parte do grupo de risco para a covid-19 devem tentar permanecer em isolamento social e, os demais, devem continuar evitando sair de casa sem necessidade, redobrar o cuidado com a lavagem das mãos e o uso do álcool em gel; sempre usar máscara e tentar manter a distância entre as pessoas. De acordo com os dados da Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife, no fim de abril, a média móvel de novos casos de covid-19 (graves e leves) chegou a 285 novos casos por dia e, até a última quarta (15), essa média de novos casos diários é de 12, com uma redução de adoecimento de 95,7%. Se considerarmos a média referente aos casos de síndrome respiratória aguda grave (srag) por covid, entre o fim de abril até 15 de julho, a média chegou a 185 casos por dia e passou para 10 casos diários, com uma redução de 94,5%. Da mesma forma, a média de óbitos por covid, por data de morte, chegou a 45 casos por dia no início de maio e, até o dia 15, a média móvel estava em cinco mortes por dia, o que representa uma redução de 88% nesse período.

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Startup recifense lança app para monitorar colaboradores na retomada aos escritórios

A fim de possibilitar a retomada das atividades corporativas de forma segura, a startup recifense Salvus acaba de lançar a plataforma A Salvus. Voltado para empresas e instituições públicas e privadas, a solução permite que os gestores realizem o monitoramento em tempo real da saúde dos colaboradores e, com isso, possam planejar um retorno gradativo às atividades presenciais. Para isso, todos os dias, os próprios integrantes da organização precisam informar o seu estado de saúde por meio de um breve questionário no aplicativo. Os funcionários poderão também informar as condições de saúde dos familiares que vivem na mesma residência, se desejarem. De acordo com Maristone Gomes, CEO da Salvus, o app disponível nos sistemas iOS e Android foi idealizado para ser o mais simples e rápido possível, uma vez que o usuário faz seu check list diário no próprio smartphone e o gestor responsável acompanha o dashboard no sistema web. “Cada pessoa torna-se responsável pelo fornecimento do seu status de saúde, contribuindo para evitar uma nova onda de contágio da Covid-19 no retorno ao trabalho presencial. Dessa forma, o controle tem maiores possibilidades de ser verdadeiramente eficaz”, explica. Com os dados fornecidos pelos colaboradores, o aplicativo A Salvus consegue filtrar ao gestor os casos e setores mais críticos por meio da Inteligência Artificial (IA). A análise também é feita com base em geolocalização e pelas informações inseridas no check list diário. Com o cruzamento dos dados, a solução indica as áreas e operações que merecem maior atenção. Além de informar seu estado de saúde, o colaborador consegue também realizar pelo app o check list comportamental sobre o ponto de vista operacional e sanitário, receber alertas diários de realização de exames, cadastrar e realizar exames em seus familiares, dispor de recomendações médicas após o resultado dos exames, visualizar estatísticas geradas a partir dos dados fornecidos, acompanhar estatísticas de toda a empresa e acessar canais de notícias confiáveis. Desenvolvida há dois meses, a plataforma A Salvus já conta com aproximadamente 12 mil usuários em nove estados brasileiros. Neste período, parceiros institucionais como a Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) e do Grupo CENE, uma das maiores organizações especializadas em home care do Brasil, utilizaram o aplicativo em caráter experimental. A partir de agora, com todos os ajustes finalizados, qualquer tipo de empresa pode contratar o serviço. Os planos iniciam a partir de R$ 99,00 e variam a depender do número de colaboradores. “O objetivo é ter uma solução eficiente, acessível a todas companhias nesse momento de dificuldade”, conclui o CEO da Salvus. Mais informações podem ser consultadas por meio do site: https://salvus.me/asalvus/.

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Pedro Neves: "O pólo têxtil vem com uma dinâmica de retomada e adaptação"

Para analisar as perspectivas de retomada da economia do interior de Pernambuco, em especial do dinâmico pólo do Agreste, conversamos com o economista Pedro Neves Holanda. . Quais os impactos da Pandemia no polo têxtil e de confecções do agreste? De imediato as medidas de isolamento afetaram o fluxo de caixa das pequenas e médias empresas do setor. Essas empresas possuem um capital de giro muito curto. Então o impacto foi imediato na renda dos trabalhadores. Como uma parte significativa dessas empresas atuam na informalidade, o canal de proteção foi a medida de auxílio emergencial do Governo Federal. Em seguida, o auxílio ao emprego e renda dos trabalhadores formais. Contudo, desde meados de maio que o pólo vem com uma dinâmica de retomada e adaptação. Canais de vendas digitais, adaptação da produção para máscaras e produtos de proteção, inclusive com demanda dos governos federal e estadual, e também, outra regiões do país. Essas são as principais adaptações dos empreendedores da região para manter a dinâmica econômica. O desafio agora se concentra na reabertura das feiras das principais cidades. Caruaru concentra o maior desafio, pois, seguindo as determinações do governo estadual, ficou 10 dias em isolamento mais rígido. O processo de retomada será de cautela e deve envolver novos protocolos e cuidados, já que as feiras concentram uma forte aglomeração e fluxo de pessoas de outros estados do país, aumentando o risco sanitário. Estimativas de que até o final do ano mais de 1 milhão de máscaras sejam produzidas na região do pólo de confecção do agreste. . Quais as perspectivas do setor para o cenário pós-pandemia? Ainda há muitas incertezas sobre a retomada. O principal obstáculo serão os riscos sanitários que as feiras e centros comerciais do setor de confecção pode enfrentar. Entidades empresariais e o poder público buscam encontrar alternativas. Por outro lado, oportunidades podem surgir. A demanda por máscaras e produtos de proteção individual deve manter-se em alta nos próximos períodos. A região pode ganhar destaque nacional nessa cadeia produtiva. Há também um aspecto internacional que pode trazer benefícios. Um cenário geopolítico mais difícil para o comércio internacional, principalmente envolvendo a China, pode trazer uma oportunidades para a região. Antes da pandemia, a competição com produtos chineses era um grande desafio dos empreendedores da região. Dado que o ritmo de produtividade e, portanto, de competitividade chinesa prevalecia. Caso esse cenário se concretize, oportunidades podem surgir para o pólo de confecções. Contudo, será necessário um avanço na produtividade local. . Tem crescido o discurso de incentivo às indústrias nacionais e redução da dependência chinesa. É uma janela de oportunidade para o polo do agreste? É uma janela de oportunidade. Mas ainda não concretizada. O cenário internacional ainda é incerto. Há sinais de mudanças, mesmo que temporários. Países como Índia e Brasil podem se beneficiar de um eventual enfraquecimento da China. Mas ainda é cedo para destacar como uma oportunidade de fato. E nesse sentido, a economia local tem que continuar buscando avançar na produtividade. O que possibilitaria algum nível de competitividade com produtos chineses. . Olhando para os setores em que o interior de Pernambuco é forte e para as tendências do mercado pós Pandemia, onde estão as principais oportunidades e ameaças na sua opinião? Temos um setor tradicional da economia brasileira, a agropecuária. O maior desafio do setor, principalmente na região agreste, sempre foi o fator climático. Contudo, os últimos anos tem sido de chuvas. Então o segmento pode ajudar na retomada da economia. Outro setor que tem fortes expectativas é o da construção civil. Com os níveis baixos de taxas de juros Selic em torno de 2,25%, programas como, Minha Casa Minha vida, devem voltar a se expandir. Na região, boa partes das empresas do setor estavam enxergando 2020 como ano da retomada. Com o surgimento da pandemia, essa retomada deve ser transferida para 2021 e 2022. O setor de serviços, em específico, comércio varejista e atacadista, que apesar de ter menor valor agregado no PIB estadual, tem grande relevância regional na geração de empregos e dinamismo da economia. Em julho de 2019, por exemplo, a cidade Caruaru apresentou um saldo positivo de 184 empresas (cálculo do total de abertura de empresas menos o número de fechamentos no mês). Empresas de comércio varejista de artigos de vestuário representavam 15% do saldo. O setor de de serviços (incluindo comércio) representam mais de 90% do saldo gerado, segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do município de Caruaru. Em uma cenário de retomada da Economia, do emprego e renda, o comércio varejista e o setor de serviços também devem voltar aos níveis anteriores a pandemia. A região agreste vem de duas décadas de crescimento e desenvolvimento robusto. A pandemia trouxe uma pausa, mas a própria característica de negócios informais também facilitam na adaptação. A região ainda tem uma força de trabalho jovem e outras características demográficas que podem manter um nível de crescimento nos próximos anos.

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Chega ao fim o lockdown de Caruaru e Bezerros

Da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco A partir de hoje (6) os municípios de Caruaru e Bezerros, ambos no Agreste, retornam para a 2ª etapa do Plano de Convivência com a Covid-19 de Pernambuco. Depois de dez dias cumprindo isolamento social rígido - por determinação do Governo do Estado, as duas cidades registraram redução no número de casos graves de SRAG. Dessa forma, além do funcionamento dos serviços essenciais, da construção civil (com 50% da capacidade) e do segmento industrial, será permitido o retorno do comércio atacadista. Nos dez dias de restrições mais rígidas, o Governo de Pernambuco realizou uma reforço nas ações de fiscalização, de apoio social e de estruturação da rede pública de saúde voltado para o enfrentamento à Covid-19. Essas medidas permitiram a ampliação do isolamento social, a sensibilização o cumprimento de etiquetas de higiene e cuidado pessoal e capacidade de atendimento aos pacientes que precisam de tratamento. Ao longo dos dez dias de isolamento rígido, o Governo de Pernambuco enviou para o Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, mais 20 respiradores, que estão possibilitando a abertura de novas vagas de terapia intensiva na unidade. Já para Bezerros, foram encaminhados, após assinatura de termo de cessão, cinco respiradores, cinco monitores multiparamétricos e cinco camas hospitalares, que estão proporcionando a abertura de 10 novos leitos exclusivos para o tratamento de pacientes com Covid-19 na cidade. A IV Gerência Regional de Saúde já conta com 143 leitos dedicados à Covid-19, sendo 78 de UTI e 79 de enfermaria, Além de respiradores, o também foram encaminhados, mais de 85 mil Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para as secretarias de Saúde dos dois municípios. Entre os itens, foram entregues máscaras cirúrgicas (70 mil); máscaras do tipo N95 (14 mil), que são indicadas para uso de profissionais que estão em contato direto com os pacientes em procedimentos com risco de geração de aerossol; protetores faciais (1.400) e óculos de proteção (210). A Operação Quarentena, coordenada pela Secretaria de Defesa Social (SDS), chegou a colocar 593 profissionais nas ruas dos dois municípios. Foram mais de 3,5 mil postos ativados nas duas cidades, entre policiais militares, policiais civis e bombeiros militares, além de profissionais de órgãos parceiros, como Detran, Procon, IPEM, guardas municipais e agentes municipais de Saúde. Esse efetivo abordou mais de 1.400 veículos e orientou cerca de sete mil pessoas, além de terem fiscalizado mais de 3.5 mil estabelecimentos comerciais. Além dos pontos de bloqueio, cerca de 40 ações de choque de ordem são colocadas em práticas, por dia, em parques, feiras, bancos, pontos de ônibus e áreas comerciais. Também foram distribuídas 12.300 máscaras de pano e aferida temperatura da 13 mil pessoas. As máscaras foram compradas pela Agência de Desenvolvimento AD Diper do polo de confecções do Agreste. Todos servidores e voluntários utilizaram equipamento de proteção individual composto de máscara, protetor facial, avental e luvas. Ainda foi realizado um trabalho de mobilização com o objetivo alertar as pessoas sobre a necessidade do isolamento social e dos cuidados que todos devem ter, em especial, no período de quarentena rígida. Como resultado dessas restrições, o município de Caruaru conseguiu sair de um índice médio de isolamento social de 35%, chegando a atingir 50.2%. Já Bezerros, que mantinha um distanciamento médio de 32% na pré-quarentena, chegou a atingir 41%. O índice é medido pela empresa de georreferenciamento Inloco. Com o retorno de Caruaru e Bezerros para a etapa 2 do Plano de Convivência com a Covid-19, todos os municípios que compõem a Microrregião de Saúde II agora estão no mesmo estágio. A partir desta segunda-feira, entram na etapa 5 todas as cidades da Macrorregião I, incluindo a região de Palmares. Entre alguns dos municípios que avançarão para a 5ª etapa estão Recife, Olinda, Paulista e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife; Limoeiro, Goiana, Carpina e Bom Jardim, na Zona da Mata Norte. Já as macrorregiões III e IV seguem na etapa 4.

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Mais respiradores para o interior de Pernambuco

Chegaram a Petrolina neste final de semana seis caminhões carregados com 50 respiradores, 50 monitores multiparamétricos, 31 camas hospitalares, 40 concentradores de oxigênio e 108 mil itens de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) enviados pelo Governo de Pernambuco, dentro dos esforços para ampliar a rede de assistência aos pacientes com a Covid-19 no Sertão do São Francisco. Enquanto os números da Covid-19 no Recife e na Região Metropolitana têm caído, o avanço da pandemia preocupa no interior. Do total, 40 respiradores, 40 monitores e 45 mil unidades de EPIs foram enviados para o Hospital Universitário da Univasf. Além disso, outros 10 respiradores, 31 camas hospitalares, 10 monitores, 63 mil unidades de EPIs e os concentradores de oxigênio vão reforçar a estrutura da UPAE Petrolina. Os equipamentos irão possibilitar a abertura de novas vagas de UTI na cidade. (Do Blog do Governo de Pernambuco)

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Descoberta de mecanismo imune envolvido na Covid-19 abre caminho para tratamento

Pacientes com a forma grave da COVID-19 desenvolvem uma resposta inflamatória descontrolada e lesiva ao organismo muito similar à observada em casos de sepse. Experimentos conduzidos no Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID) da Universidade de São Paulo (USP) comprovam que, nessas duas enfermidades, o mesmo mecanismo imunológico está envolvido. Detalhada em artigo divulgado na plataforma medRxiv, ainda sem revisão por pares, a descoberta abre caminho para novas abordagens terapêuticas, entre elas o reposicionamento de um fármaco hoje usado contra fibrose cística – cujo princípio ativo é uma enzima chamada DNase – para o tratamento da infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). “Nos testes in vitro, feitos com o plasma sanguíneo de pacientes internados com COVID-19 grave, a DNase se mostrou capaz de desativar esse mecanismo imunológico que pode causar lesões em órgãos vitais. Agora estamos avaliando com o laboratório farmacêutico que produz o medicamento a viabilidade de iniciar um ensaio clínico”, conta Fernando de Queiroz Cunha, coordenador do CRID – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela FAPESP na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP). Embora seja conhecida como infecção generalizada, a sepse é, na verdade, uma inflamação sistêmica geralmente desencadeada por uma infecção bacteriana localizada que saiu de controle. Na tentativa de combater os patógenos, o sistema imune acaba prejudicando o próprio organismo. Nas formas mais graves, os pacientes desenvolvem lesões que comprometem o funcionamento de órgãos vitais. “Por ser uma infecção viral, o processo inicial da COVID-19 é diferente. Mas, a partir de certo momento, o quadro se torna muito semelhante ao da sepse. Os mediadores inflamatórios são os mesmos e observamos que, nos dois casos, há participação das NETs [armadilhas extracelulares neutrofílicas, na sigla em inglês]”, diz Cunha. Como o próprio nome sugere, a NET é uma estratégia de defesa usada principalmente pelo neutrófilo, um tipo de leucócito capaz de fagocitar bactérias, fungos e vírus e que compõe a linha de frente do sistema imune. Em algumas situações, por motivos ainda não compreendidos, ocorre a ativação de uma enzima conhecida como PAD-4, que migra para o núcleo do neutrófilo e induz um aumento da permeabilidade da membrana nuclear. Esta enzima é fundamental para que o material genético contido no núcleo se descondense e forme redes, que são lançadas pela célula para o meio extracelular com o objetivo de prender e matar potenciais invasores. Esse mecanismo imunológico já foi observado em pacientes com doenças autoimunes e nos infectados pelo vírus da febre chikungunya – uma arbovirose que também produz lesões em tecidos. “O grande problema é que a NET é tóxica para os patógenos e também para as células humanas. A boa notícia é que nossos estudos mostram que a enzima DNase é capaz de picotar essa rede lançada pelo neutrófilo, evitando danos aos tecidos”, afirma Cunha. Ensaios pré-clínicos Estudos recentes mostraram que a infecção pelo SARS-CoV-2 pode causar lesões nos pulmões, coração, rins, nervos e até na pele. Para confirmar a suspeita de que as NETs estariam envolvidas na agressão aos tecidos, os pesquisadores do CRID analisaram amostras do plasma sanguíneo de 32 pacientes internados por COVID-19 e compararam com o plasma de indivíduos saudáveis. No caso dos 17 participantes do estudo que estavam internados em unidades de terapia intensiva (UTIs) e conectados a respiradores artificiais, foi possível coletar também amostras da secreção que é expelida pelos pulmões e fica armazenada no aparelho. O trabalho contou com a colaboração de professores da FMRP-USP da área básica e também da clínica. O grupo clínico é liderado pelo professor Paulo Louzada Junior. Participaram ainda diversos doutorandos e pós-doutorandos, entre eles Flavio Protássio Veras, primeiro autor do trabalho. “Vimos que o plasma sanguíneo das pessoas internadas por COVID-19 está repleto de NETs e que a quantidade dessas armadilhas neutrofílicas na secreção pulmonar é ainda 10 vezes maior. Isso sugere que neutrófilos estão produzindo NETs por todo o organismo, mas a produção é concentrada nos pulmões”, conta Cunha à Agência FAPESP. O achado foi confirmado nas análises feitas com amostras de tecido pulmonar de pessoas que morreram em decorrência da COVID-19, graças a uma parceria com o grupo liderado pelo professor Paulo Saldiva na Faculdade de Medicina da USP em São Paulo. Por um método conhecido como imunofluorescência, o grupo do CRID mostrou que as NETs estão presentes em grandes quantidades nos focos de inflamação existentes no órgão. “Em um dos experimentos, isolamos neutrófilos do sangue de indivíduos saudáveis e incubamos com o SARS-CoV-2. Foi possível observar que, assim que foram infectadas, as células de defesa começaram a produzir NETs”, diz Cunha. Em seguida, esses neutrófilos infectados foram colocados em culturas de células epiteliais originárias de tecido pulmonar humano, que morreram após algumas horas de interação. O mesmo efeito letal ocorreu quando os neutrófilos isolados de pacientes internados por COVID-19 foram colocados na cultura de células epiteliais pulmonares. “No entanto, foi possível evitar a morte das células epiteliais quando tratamos os neutrófilos infectados com a enzima DNase antes de colocá-los no meio de cultura”, conta o pesquisador. Além da DNase, que atua para desestruturar a armadilha neutrofílica depois que ela é lançada pela célula de defesa, os pesquisadores também testaram um composto capaz de inibir a ação da enzima PAD-4 e, portanto, capaz de evitar a formação da NET. Também nesse caso o tratamento preveniu a morte das células derivadas do epitélio pulmonar, mas a substância testada ainda não foi aprovada para uso em humanos. “Esse trabalho apresenta evidências de que a DNase hoje indicada para tratar fibrose cística pode ser testada no combate à forma grave da COVID-19. Mas o fato de o fármaco ser administrado por via inalatória dificulta o tratamento de pessoas intubadas. Talvez o ideal seja tratar o paciente em uma fase mais precoce, quando começar a baixar o nível de oxigenação no sangue”, avalia Cunha. O pesquisador ressalta, porém, que ainda será necessário fazer um ensaio clínico para testar a dose ideal e o momento certo de começar a terapia. Em parceria com pesquisadores do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio)

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Empresa desenvolve tecido capaz de eliminar coronavírus por contato

Pesquisadores da empresa paulista Nanox, apoiada pelo Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), desenvolveram um tecido com micropartículas de prata na superfície que demonstrou ser capaz de inativar o coronavírus SARS-CoV-2. Em testes de laboratório, o material foi capaz de eliminar 99,9% da quantidade do vírus após dois minutos de contato. O desenvolvimento do material teve a colaboração de pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), da Universitat Jaume I, da Espanha, e do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP. “Já entramos com o pedido de depósito de patente da tecnologia e temos parcerias com duas tecelagens no Brasil que irão utilizá-la para a fabricação de máscaras de proteção e roupas hospitalares”, diz à Agência FAPESP Luiz Gustavo Pagotto Simões, diretor da Nanox. O tecido é composto por uma mistura de poliéster e de algodão (polycotton) e contém dois tipos de micropartículas de prata impregnadas na superfície por meio de um processo de imersão, seguido de secagem e fixação, chamado pad-dry-cure. A Nanox já fornecia para indústrias têxteis e de diversos outros segmentos essas micropartículas, que apresentam atividade antibacteriana e fungicida, e em tecidos evitam a proliferação de fungos e bactérias causadoras de maus odores (leia mais em agencia.fapesp.br/30037/). Com o surgimento do novo coronavírus e a chegada da pandemia no Brasil, os pesquisadores da empresa tiveram a ideia de avaliar se esses materiais também eram capazes de inativar o SARS-CoV-2, uma vez que já havia sido demonstrado em trabalhos científicos a ação contra alguns tipos de vírus.Para  realizar os ensaios, a empresa se associou a pesquisadores do ICB-USP, que conseguiram logo no início da epidemia no Brasil isolar e cultivar em laboratório o SARS-CoV-2 obtido dos dois primeiros pacientes brasileiros diagnosticados com a doença no Hospital Israelita Albert Einstein (leia mais em agencia.fapesp.br/32692/). Amostras de tecido com e sem micropartículas de prata incorporadas na superfície foram caracterizadas por pesquisadores da Universitat Jaume I e do CDMF por espectroscopia e colocadas em tubos contendo uma solução com grandes quantidades de SARS-CoV-2, crescidos em células. As amostras foram mantidas em contato direto com os vírus em intervalos de tempo diferentes, de dois e cinco minutos, para avaliar a atividade antiviral. Os experimentos foram feitos duas vezes, em dois dias diferentes e por dois grupos diferentes de pesquisadores, de modo que a análise dos resultados fosse feita de forma cega. Os resultados das análises por quantificação do material genético viral por PCR indicaram que as amostras de tecido com diferentes micropartículas de prata incorporadas na superfície inativaram 99,9% das cópias do novo coronavírus presentes nas células após dois e cinco minutos de contato. “A quantidade de vírus que colocamos nos tubos em contato com o tecido é muito superior à que uma máscara de proteção é exposta e, mesmo assim, o material foi capaz de eliminar o vírus com essa eficácia”, diz Lucio Freitas Junior, pesquisador do laboratório de biossegurança de nível 3 (NB3) do ICB-USP. “É como se uma máscara de proteção feita com o tecido recebesse um balde de partículas contendo o vírus e ficasse encharcada”, comparou o pesquisador. Além de testes para avaliação da atividade antiviral, antimicrobiana e fungicida, o material também passou por ensaios para avaliação do potencial alérgico, fotoirritante e fotossensível, para eliminar o risco de causar problemas dermatológicos. Aplicação em outros materiais A empresa pretende avaliar agora a duração do efeito antiviral das micropartículas no tecido. Em testes relacionados à propriedade bactericida, os materiais foram capazes de controlar fungos e bactérias em tecidos mesmo após 30 lavagens, afirma Simões. “Como o material apresenta essa propriedade bactericida mesmo após 30 lavagens, provavelmente mantém a atividade antiviral por esse mesmo tempo”, estima. De acordo com o pesquisador, as micropartículas podem ser aplicadas em qualquer tecido composto por uma mistura de fibras naturais e sintéticas. Além de tecidos, a empresa está testando agora a capacidade de inativação do novo coronavírus pelas micropartículas de prata incorporadas à superfície de outros materiais, como filmes plásticos e um polímero flexível, semelhante a uma borracha, que utilizou para desenvolver uma máscara de proteção contra o novo coronavírus em parceria com a fabricante de brinquedos Elka (leia mais em agencia.fapesp.br/32982/). “O tecido foi o primeiro resultado da aplicação das micropartículas de prata para inativar o novo coronavírus. Mas, em breve, devemos ter vários outros”, afirma Simões. Elton Alisson | Agência FAPESP  

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Ferramenta permite selecionar antígenos do coronavírus para criar vacina terapêutica

Uma ferramenta computacional tem ajudado pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaboradores internacionais a desenvolver uma vacina terapêutica contra o HIV, vírus causador da Aids, que já começou a ser testada em pacientes no Brasil. Um artigo divulgado recentemente na plataforma medRxiv, ainda em versão preprint (sem revisão por pares), o grupo validou a plataforma computacional e propôs adaptar a metodologia para criar uma formulação capaz de auxiliar na recuperação de pessoas com a forma grave da COVID-19. “A vacina terapêutica seria indicada para pacientes que começam a apresentar queda na saturação de oxigênio, o que pode ocorrer por volta do sétimo dia após o início dos sintomas. A ideia seria evitar que o quadro progrida para insuficiência respiratória”, afirma Ricardo Sobhie Diaz, professor da Disciplina de Infectologia na Escola Paulista de Medicina (EPM-Unifesp) e coautor do estudo. Com apoio da FAPESP, Diaz tem se dedicado a buscar, nos últimos oito anos, a "cura esterilizante" da Aids, ou seja, a eliminação completa do HIV do organismo. O tratamento atual, feito com um coquetel de fármacos, consegue zerar a carga viral. Mas o HIV pode voltar a se replicar caso a terapia seja interrompida. Uma das estratégias pesquisadas na Unifesp consiste em treinar determinadas células do sistema imunológico para “caçar” o vírus no organismo – mesmo que ele esteja na fase latente (inerte dentro dos linfócitos, sem replicação) ou escondido em regiões do organismo em que os medicamentos antirretrovirais não conseguem chegar. O trabalho conta com a participação de cientistas da Itália, da Alemanha e do Egito. “Desenvolvemos uma vacina de células dendríticas, também conhecidas como ‘apresentadoras de antígenos’. Essas células de defesa têm o papel de ensinar os linfócitos do tipo T-CD4 a reconhecer partículas de vírus, bactérias ou qualquer outro invasor. Estes, por sua vez, induzem os linfócitos do tipo T-CD8, também chamados citotóxicos, a buscar e a eliminar as células infectadas por aquele antígeno específico”, explica Diaz. No estudo da Unifesp, o “treinamento” das células dendríticas é feito na bancada do laboratório, de forma personalizada. Para isso, os pesquisadores fazem o sequenciamento do HIV presente em cada paciente, com foco em uma região do genoma viral conhecida como GAG (antígeno grupo-específico, na sigla em inglês), considerada altamente imunogênica (capaz de induzir resposta imune). Também é analisado o perfil genético de cada participante, por meio do sequenciamento dos genes que codificam os antígenos leucocitários humanos (HLA, na sigla em inglês). O objetivo, nesse caso, é descobrir quais são as proteínas usadas pelas células dendríticas para fazer o reconhecimento e a apresentação dos antígenos. “Desenvolvemos uma ferramenta computacional chamada Custommune para selecionar, com base nos dados genéticos, nanômetros virais [peptídeos formados por nove aminoácidos] capazes de induzir uma forte resposta antiviral naquele indivíduo. E então sintetizamos esses peptídeos em laboratório e os colocamos para interagir in vitro com as células dendríticas”, conta Diaz. As células dendríticas são obtidas a partir de uma amostra de sangue do paciente a ser tratado. Os pesquisadores extraem do soro sanguíneo um tipo de leucócito denominado monócito e o expõem a determinadas citocinas (proteínas que atuam como sinalizadores do sistema imune) que induzem a transformação. Após o treinamento, as células dendríticas são injetadas na região inguinal e nas axilas dos pacientes para que se disseminem pelo sistema linfático, onde deverão “capacitar” os linfócitos para eliminar o HIV. Resultados promissores A metodologia já foi testada em 10 pacientes, que receberam três doses da vacina. Análises preliminares indicam que a formulação promoveu uma resposta antiviral no organismo. “Após cada dose, colhemos uma nova amostra de sangue dos voluntários e extraímos os linfócitos T-CD4 e T-CD8. Em seguida, colocamos essas células para interagir, in vitro, com os mesmos peptídeos virais usados na composição da vacina terapêutica. Observamos que os linfócitos, nessa condição, passavam a produzir moléculas como interleucina-2, fator de necrose tumoral alfa e interferon gama – citocinas pró-inflamatórias características de uma resposta antiviral. A cada dose da vacina foi possível observar um aumento linear e significativo na produção das citocinas”, conta Diaz. Como controle, os pesquisadores colocaram os leucócitos dos pacientes para interagir com antígenos da bactéria Staphylococcus aureus e, nesse caso, não houve produção de citocinas. Todos os participantes do estudo já faziam uso do coquetel antiaids (antirretrovirais) há pelo menos dois anos e, portanto, não foi possível avaliar o efeito da vacina em termos de redução da carga viral, que já era indetectável desde o início do estudo. O tratamento com antirretroviral foi interrompido nessas pessoas e, em duas delas, o vírus não voltou a ser detectado no plasma sanguíneo na maior parte das amostras coletadas para análise. O grupo pretende ampliar o teste clínico para um grupo de 50 voluntários, mas os planos foram adiados por causa da pandemia de COVID-19. A proposta é combinar a vacina terapêutica com o coquetel de antirretrovirais padrão acrescido de dois fármacos normalmente não usados no tratamento da Aids. No caso da COVID-19, explica Diaz, a vacina terapêutica também teria de ser personalizada para cada paciente. “No artigo, o pesquisador Andrea Savarino [Università Cattolica del Sacro Cuore, Itália] simulou o uso da ferramenta para selecionar antígenos do SARS-CoV-2 que poderiam ser usados em uma formulação. A plataforma computacional permite desenvolver vacinas de células dendríticas, de peptídeos ou de DNA”, conclui Diaz. O artigo Custommune: a web tool to design personalized and population-targeted vaccine epitopes pode ser lido em https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.04.25.20079426v1. Karina Toledo | Agência FAPESP

Ferramenta permite selecionar antígenos do coronavírus para criar vacina terapêutica Read More »