Arquivos covid - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

covid

Ana Brito Fiocruz

"Máscara é uma peça do nosso indumentário sem prazo de validade para acabar"

Ana Brito, epidemiologista e pesquisadora da Fiocruz/PE, analisa o atual estágio da pandemia e as possibilidades do surgimento de novas variantes do coronavírus. Também critica o Conselho Federal de Medicina que segundo ela “assumiu um papel de negação da ciência” Com a crescente redução dos casos de Covid-19 no Brasil, a evolução da atual pandemia para uma situação de endemia tem sido tema de debates e destaques no noticiário. Até o presidente Jair Bolsonaro chegou a anunciar que pediria ao Ministério da Saúde para decretar que o País estaria agora num processo endêmico da infecção pelo novo coronavírus. Entretanto, para Ana Brito, pesquisadora médica do Instituto Aggeu Magalhães-IAM, Fiocruz, está havendo uma grande confusão sobre esses termos. Ana, que é epidemiologista e professora aposentada da Faculdade de Ciências Médicas da UPE, ressalta que apenas a Organização Mundial da Saúde pode decretar o fim da pandemia. Alerta também que um cenário de endemia não deva ser o desejável e sim o fim da transmissão do SARS-CoV-2. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ela analisa a situação atual da crise sanitária no Brasil e no mundo, comenta as sequelas da Covid longa e critica o que ela chama de “postura negacionista” do Conselho Federal de Medicina. A pandemia da Covid-19 no Brasil caminha para uma situação de endemia? Há uma grande incompreensão na determinação dos termos. Esses dados de pandemia, epidemia, surto são todos baseados em estatísticas. A classificação de uma doença como endêmica ocorre quando ela acontece com muita frequência num local. A dengue, por exemplo, é uma doença endêmica em Pernambuco. Desde os anos 1940 que nós não tínhamos caso de dengue no Brasil, o Aedes aegypt tinha sido praticamente eliminado das zonas urbanas do País. Mas em 1984, com a urbanização acelerada, com condições subumanas de habitações das populações, com a contaminação de rios e riachos e assoreamentos etc., ocorre a reintrodução do vetor, o Aedes aegypti. Desde então seus casos são monitorados e durante os anos foi construída uma média do número de casos esperados. Quando as doenças endêmicas, como a dengue, extrapolam o limite máximo esperado, ocorre um surto, se os casos estão circunscritos a uma área geográfica (como um município ou bairro), ou uma epidemia quando ela se dissemina em várias regiões. A pandemia é uma situação de ameaça à saúde da população que extrapola as fronteiras de países e de continentes. Se o problema já existia, é quando esse problema ultrapassa os limites esperados de tolerância. A denominação de pandemia é feita apenas pela Organização Mundial da Saúde, que reúne informações de mais de 190 países membros da Organização das Nações Unidas. Só a OMS pode classificar se a situação é de pandemia ou não. Ninguém mais. Não é correto que o ministro da Saúde diga que o Brasil está caminhando para uma endemia, ele não tem elementos, nem capacidade, nem foram deliberados poderes mundiais para que ele dissesse isso. Se a pandemia da Covid-19 vai evoluir para uma endemia, essa chave aí ainda não disseram para a gente. O desejável não é caminharmos para uma endemia, que não significa uma situação mais simples, significa a permanência do problema, só que a Covid-19 não estaria em níveis que extrapolam todos os continentes. O que a gente espera, como epidemiologista, é que haja uma homogeneidade na distribuição de vacina em todo o mundo, para que possamos caminhar para interromper a transmissão do vírus SARS-CoV-2, como aconteceu com a varíola, nos anos 1970. Se vamos para uma endemia, teremos que conviver com essa doença por várias gerações e fazer vacinas de reforço. Uma endemia custa muito caro a um país, porque a vacina é cara e temos mais de 20 vacinas no nosso calendário normal, que é bancado pelo SUS. Mas enquanto existir a circulação livre do vírus, vai existir a possibilidade de produção de novas variantes com escape tanto para a doença natural como para a vacina. Essa é a última onda? Não sei, ninguém sabe. Até agora a gente não sabe porque existe circulação livre do vírus na África, onde menos de 20% da população está vacinada no continente inteiro e, em outros países, mais de 30% da população não adere à vacina, o que é um crime contra a humanidade. Acho que lidar com essa questão é urgente. Não é possível que os países convivam com o negacionismo sem que essas pessoas sofram qualquer punição, seja punindo sua circulação livre ou pagando cotas altas. Mas nem dinheiro paga o adoecimento pela Covid. Como você analisa o atual momento da Covid-19 no Brasil? O que eu posso dizer hoje é que estamos entrando num processo de diminuição da taxa de transmissão do SARS-CoV-2, causador da Covid-19 e que este momento pode não ser de uma emergência sanitária para o Brasil. A denominação de emergência sanitária implica em questões sobre autorizações emergenciais de compras públicas etc. Existe um arcabouço jurídico que está por trás das definições dessas situações. Em relação à pandemia, posso dizer que ela persiste, porque a Covid-19 está em expansão, inclusive em países gigantescos como é o caso da China que tem um programa de tolerância zero à Covid-19. Eles têm uma forma de abordagem de enfrentamento baseado no diagnóstico, no isolamento, na quarentena e testes massivos para a população. Mas nas duas últimas semanas houve um crescimento em cidades com 17 milhões de habitantes que neste momento estão em lockdown. Taiwan, que é uma área muito próxima da China, que tem coberturas vacinais altas, também assiste a uma nova onda de Covid pela Ômicron. Portanto temos ainda o processo pandêmico porque a doença está em expansão no mundo. Mas alguns países, como o Brasil, já começam a vivenciar este momento que a gente chama de lua de mel da Covid, que significa um arrefecimento de casos e óbitos, com a população bem vacinada. Mas, é preciso correr para vacinar as crianças e particularmente as de 3 a 5 anos, que provavelmente vão começar a ser vacinadas, depende das liberações da Anvisa. Também

"Máscara é uma peça do nosso indumentário sem prazo de validade para acabar" Read More »

Sergio Buarque economia

Sérgio Buarque: "A pandemia provocou mudanças estruturais na economia que devem permanecer"

No marco dos dois anos da chegada da Covid-19 em Pernambuco, no último dia 12 de março, a Algomais discutiu quais as principais mudanças e tendências que a pandemia trouxe para a economia, o urbanismo, a saúde e a cultura. Para tratar sobre o cenário econômico, que teve impactos abruptos, conversamos com o economista Sérgio Buarque, que apontou as fragilidades que ficaram mais visíveis do Estado e do País e traçou alguns desafios atravessarmos em direção ao mundo pós-pandemia. Confira abaixo a entrevista. Qual a principal transformação da pandemia na economia? De imediato, a pandemia de Covid-19 escancarou as fragilidades da economia de Pernambuco, principalmente o enorme peso dos serviços na estrutura produtiva e, ligado a este, a predominância do trabalho informal. Os serviços vinculados ao turismo sofreram um golpe significativo, embora o segmento de restaurantes tenha conseguido inovar com o sistema de delivery. As medidas de distanciamento social definidas para conter a propagação do vírus teriam levado a um desastre econômico e social de grandes proporções se não fossem os programas de compensação do governo federal. No nível internacional, a pandemia denunciou a existência preocupante de uma enorme concentração territorial da produção de insumos e medicamentos estratégicos, com grande dependência da China e da Índia, os dois principais produtores globais. Ao mesmo tempo, o mundo experimentou uma desestruturação da rede de suprimentos de bens e insumos, provocando escassez de alguns componentes e, como consequência, pressão inflacionária. Na medida em que for sendo superado a propagação do vírus, os fatores de desequilíbrio vão moderando. Entretanto, a pandemia provocou mudanças estruturais que devem permanecer no futuro, mesmo após a superação da enfermidade. O principal deles foi a aceleração da transformação digital, tendência que já vinha maturando e ganhou força como resposta ao distanciamento social: ampliação em larga escala do teletrabalho, das aulas remotas, do comércio eletrônico (ecommerce) e dos serviços de entrega através das plataformas digitais, favorecendo o crescimento das atividades econômicas que podem operar sem contato físico entre produtores e consumidores. Como consequência da pandemia e destas mudanças estruturais, a economia registrou uma clara expansão dos sistemas de saúde e do complexo médico-hospitalar e o crescimento da indústria farmoquímica. Qual a principal mudança esperada na economia no pós-pandemia? O Brasil e, Pernambuco em particular, vai ter que conviver com uma herança negativa da pandemia de grande consequência na economia futura: o déficit de aprendizagem das crianças e jovens decorrente da suspensão das aulas por um longo período, apenas parcialmente compensada pelas aulas remotas. A perda de quase dois anos de estudo por conta do isolamento social para prevenir a pandemia vai criar enormes dificuldades para aumento da qualificação profissional e a produtividade do trabalho, com impacto negativo na economia. Este passivo vai entrar em choque com a tendência de aceleração da transformação digital que vai elevar a demanda por mão de obra altamente qualificada para atender às atividades econômicas que incorporam novas tecnologias e a substituição de trabalho rotineiro por sistemas digitais. O que já está ocorrendo, por exemplo, com cobradores de ônibus, deve se acentuar no futuro. O resultado mais provável será uma enorme fragmentação do mercado de trabalho: carência de pessoal qualificado e excesso de oferta de mão de obra com baixa qualificação profissional. Qual os caminhos para resolver os principais problemas econômicos no cenário pós-pandemia? Diante dos desafios futuros identificados acima, será necessária uma atuação concentrada dos governos e das empresas em duas áreas complementares. O mais importante de tudo, um investimento de peso na educação para recuperar o passivo do aprendizado acumulado durante a pandemia. Recuperar as perdas recente ainda é muito pouco, considerando os baixos níveis de proficiência em português e matemática dos jovens que concluem o ensino médio em Pernambuco. Os dirigentes e gestores públicos da área sabem da importância deste esforço concentrado na educação. A sociedade e os empresários devem entender que, sem isto, o futuro de Pernambuco estará comprometido.Ao mesmo tempo, é fundamental um pacto pela qualificação profissional da população em idade ativa de trabalho, preparando para as novas e crescentes exigências do mercado de trabalho. Sem isso, vai haver um estrangulamento nas atividades produtivas e uma estagnação da produtividade do trabalho, acompanhada de marginalização de parcela da população que não tem a qualificação mínima para a nova economia.

Sérgio Buarque: "A pandemia provocou mudanças estruturais na economia que devem permanecer" Read More »

PCR abre vacinação para adolescentes de 12 a 17 anos com deficiência ou comorbidades

A partir das 20h desta quarta-feira (18) será liberado, no Conecta Recife, o agendamento para imunização de adolescentes entre 12 e 17 anos com deficiência permanente; com comorbidades; gestantes e puérperas (com filhos até um ano) com essa faixa etária. A imunização desse público já poderá ser feita a partir desta quinta (19) nos 26 pontos de vacinação. É importante ressaltar que os adolescentes terão de estar acompanhados dos pais ou responsável legal. “Hoje a gente abre um novo grupo para vacinação no Recife. A partir das 20h, no Conecta Recife, vai estar disponível para agendamento, para os jovens de 12 a 17 anos, que tenham alguma comorbidade ou deficiência permanente. As grávidas e as puérperas com crianças de até um ano de idade também estão incluídas neste grupo. Sobre a lista de comorbidades elegíveis, está disponível no Conecta Recife e é preciso que o laudo seja impresso e assinado por um médico para dar direito à vacinação. Todos os centros de vacinação da cidade vão poder receber esse novo grupo. E com essa nova abertura, a gente avança ainda mais para garantir que logo logo a cidade toda vai estar vacinada”, destacou João Campos. Entram no grupo de adolescentes com comorbidades, por exemplo, as pessoas transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea; imunossuprimidos; pessoas com doença renal crônica em terapia de substituição renal (diálise); e pessoas com obesidade mórbida. Além disso, todos os adolescentes que tenham quaisquer comorbidades elencadas no Plano Nacional de Operacionalização (PNO) da Vacina contra Covid-19, como diabetes mellitus, pneumopatias graves, alguns tipos de hipertensão, doença cerebrovascular, doença renal crônica, entre outras. Também podem agendar a imunização as pessoas com Síndrome de Down; deficiência permanente física, intelectual ou sensorial (visual ou auditiva). Este grupo inclui pessoas com limitação motora que cause grande dificuldade ou incapacidade para andar ou subir escadas, como amputação, paraplegia, tetraplegia, ostomia, nanismo etc; indivíduos com grande dificuldade ou incapacidade de ouvir mesmo com uso de aparelho auditivo; indivíduos com grande dificuldade ou incapacidade de enxergar mesmo com uso de óculos; e indivíduos com alguma deficiência intelectual permanente que limite as suas atividades habituais, como trabalhar, ir à escola, brincar etc. Além disso, estão incluídos os adolescentes com transtorno do espectro autista e aqueles com doenças raras. Entre estas, citam-se aquelas que causam imunossupressão como síndrome de Cushing, lúpus eritematoso sistêmico, doença de Chron, imunodeficiência primária com predominância de defeitos de anticorpos; doenças que causam comprometimento pulmonar crônico como a fibrose cística; doenças que causam deficiências intelectuais e/ou motoras e cognitivas como a síndrome Cornélia de Lange, a doença de Huntington; e outras doenças raras como anemia falciforme e talassemia maior. Para a vacinação dos adolescentes, é necessário anexar o documento de identidade ou Certidão de Nascimento; documentação dos pais ou responsável ou tutela; e comprovante de residência no nome dos pais ou responsável. Além da documentação acima, aqueles com comorbidades também precisam anexar um documento que comprove a comorbidade. Pode ser a declaração no modelo da Prefeitura do Recife (disponível no Conecta Recife) ou um laudo médico com o respectivo CID (Classificação Internacional de Doenças) da doença/condição. Os adolescentes com deficiência, com transtorno do espectro autista ou aqueles com doenças raras devem anexar a documentação pessoal e, também, um documento comprobatório da condição. Serão aceitos: laudo médico que indique a doença/deficiência; cartões de gratuidade no transporte público que indique condição de deficiência; documento oficial de identidade com a indicação da deficiência; ou documentos comprobatórios de atendimento em centros de reabilitação ou unidades especializadas no atendimento de pessoas com deficiência. Para comprovar a condição é obrigatório anexar, no caso das gestantes, preferencialmente, um laudo médico ou cópia do cartão da gestante; podendo ser também exame laboratorial ou de imagem. Todos devem estar assinados e carimbados por profissional competente. Já para as puérperas, serão aceitos declaração/certidão de nascimento da criança ou resumo de alta da maternidade. É importante destacar que os documentos anexados no Conecta Recife também devem ser levados no dia agendado para vacinação. Os pais ou responsável também devem apresentar o documento de identidade no dia da vacinação do adolescente. A declaração ou o laudo precisam ser originais e ficarão retidos no local. Apenas as pessoas com Síndrome de Down estão isentas da declaração, tendo em vista que a informação poderá ser autorreferida. O Governo de Pernambuco também vai realizar a imunização dos adolescentes que estão cumprindo medidas socioeducativas.

PCR abre vacinação para adolescentes de 12 a 17 anos com deficiência ou comorbidades Read More »

Saiba os mitos e verdades sobre manter um ambiente higienizado

Passado um ano, o excesso de limpeza já faz parte da rotina de muitas pessoas para combater o Coronavírus. Já se sabe que é extremamente importante utilizar máscaras, manter o distanciamento social e lavar bem as mãos, se possível complementando com álcool em gel. Afinal, em março completam 365 dias desde a chegada do coronavírus no Brasil. Mesmo assim, com todo ritual de limpeza pessoa e do ambientes, existem alguns lugares que requer uma atenção redobrada na hora de tirar aquela sujeirinha. O banheiro e a cozinha são exemplos de ambiente que precisam estar em perfeitas condições de higiene. Neste sentido, é importante que algumas medidas sejam tomadas diariamente e que uma limpeza mais completa seja feita com frequência. “ O produto usado para cada ambiente faz toda diferença na hora de higienizar. Já que o banheiro e a cozinha são lugares com maior número de germes, é preciso utilizar produtos que limpem e que sejam bactericidas e, para isso, o detergente e o cloro formam uma dupla perfeita”, a diretora administrativa da Valença Química. Além do detergente clorado, que possui cloro e detergente num só produto, o álcool 70% virou a vedete da vez no quesito higienização. Mas, o seu uso ainda gera muitas dúvidas sobre como garantir a higienização do ambiente em tempos de pandemia. Sua utilização tem sido frequentemente por meio de um pano úmido com água para depois passar no chão ou em outro lugar que deseja higienizar, o que perde sua eficácia. “A melhor forma de aproveitar o álcool 70% é jogando- o em cima do local que deseja higienizar, para depois passar o pano. Desta forma, sua eficácia permanece e o ambiente ficará totalmente higieniza”, alerta. Outra dúvida bastante frequente é sobre a melhor forma de utilização do álcool 70% liquido e o álcool gel. Ainda de acordo com Carla, a versão liquida é indicada para ambientes e o gel, para higienização pessoal das mãos. “ O álcool gel possui durabilidade maior que o liquido, por isso é mais indicado para as mãos. Mas, caso a pessoa prefira utilizar o álcool líquido não tem problema. O que muda é que ele deve ser utilizado mais vezes para garantir a higienização”, esclarece. Além da limpeza diária dos ambientes, as roupas e utensílios pessoais devem ser tratados como prioridade no quesito limpeza. As máscaras, que viraram obrigatórias há um ano, merecem uma atenção especial e tem levantado muitas dúvidas na hora de lavar. Mas, te que ser lavada separadamente das outras roupas? Resposta é não. As máscaras pode ser lavadas junto com outras roupas sem problema algum.

Saiba os mitos e verdades sobre manter um ambiente higienizado Read More »

"Sucesso da imunização, por qualquer vacina, será alcançado com 70% da população vacinada"

*Por Rafael Dantas Na produção da matéri de capa da Revista Algomais que foi veiculada no dia 8, falamos com vários especialistas sobre os desafios da gestão João Campos. Publicamos hoje o conteúdo na íntegra do pesquisador Jones Albuquerque, que atua no no IRRD (Instituto para Redução de Riscos e Desastres de Pernambuco) da UFRPE, e do Lika (Laboratório de Imunopatologia Keizo-Asami), da UFPE. Quais os principais desafios do novo prefeito no enfrentamento da pandemia? Os principais desafios do novo prefeito no quesito saúde sanitária da população podem ser elencados segundo ordem de prioridade: 1 - restaurar a confiança da população na vigilância sanitária do município que saiu muito desgastada do 1º ano de enfrentamento à COVID-19. Este não é um problema não só da Prefeitura da Cidade do Recife, mas de vários países do mundo; 2 - Integrar as ações do Recife a dos demais municípios que o cercam e isto inclui a entrada de indivíduos externos ao Município como pelo Terminal Integrado de Passageiros, Aeroporto Internacional, Transporte Marítimo. Todos estes devem ser considerados como "municípios" vizinhos e serem passívels de todas as práticas adotadas no Recife. Este desafio exige interlocução direta com o Governo do Estado de Pernambuco e Governo Federal; Pois percebeu-se a fragilidade do Recife quanto a isso documentada em vários trabalhos científicos inclusive. Como este que usa esta figura como ilustração, realçando Recife como um dos principais pontos de entrada do vírus do País por causa do Aeroporto Internacional, já a partior do dia 50 é possível notar a disseminação a partir de Recife: 3 - Incluir as BRs que passam por Recife nas ações e práticas de vigilância sanitária quanto ao quesito Pandemia, pois, como observado desde 18 de abril, a BR232, por exemplo, foi a grande disseminadora do vírus no Estado e Pernambuco e foi a partir de Recife. Com a BR101 não foi diferente. Observando outras pandemias que você já analisou, como foi (e como deveria ser aqui) o tratamento do poder municipal nesse momento de tanta ansiedade já sobre a vacina? Estar-se diante de uma pandemia, isso significa que não é suficiente que a população de apenas um município esteja imunizado e protegido se a sua vizinhança não esteja. Assim, o tratamento do poder municipal da Região Metropolitana do Recife (RMR) de ser harmonizado com os demais municípios que o cercam. Garantindo uma barreira de imunização, não só das pessoas que residem na RMR, mas de todas aquelas que circulam na RMR. Só assim, vacina ou quaisquer práticas imunizantes terão êxito absoluto garantindo o que se chama comumente de "Herd Immunity" como ilustrado na figura a seguir. Observa-se, matematicamente, que o sucesso teórico é alcançado com 70% para o caso de COVID-19. E que esta imunidade não respeita limites municipais, mas sim o contágio entre os indivíduos. Por isso a necessidade de tratamento harmonioso entre os vários municípios que circunvizinham Recife. O que podemos esperar para o segundo ano da pandemia no Brasil? Do ponto de vista epidemiológico 1 - Precisaremos restaurar a Autoridade Sanitária do País que está bastante fragilizada e sem respaldo nos vários Estados e Municípios que compõem o Brasil; 2 - Precisaremos manter todas as práticas de distanciamento, uso de máscaras e higienizaçao durante todo o ano de 2021. Pois as novas variantes do vírus em alta infecção em vários países neste fim de 2020 e a demanda síncrona pelas vacinas em todo o mundo só nos garantirão imunidade segura, pelo que parece, só no 2o semestre de 2022; 3 - Precisaremos adaptar as nossas vidas ao novo modo de viver com vírus desta natureza, pois outros virão e precisaremos ter aprendido com COVID-19 para não sofrer novamente com os mesmos erros. Isso passa por repensar os "modus operandi" das formas de trabalho, o formato das escolas e das universidades, o desenho das nossas residências e cidades, as formas de diversão e entretenimento, como cuidamos da nossa saúde repensando os "consultórios", hospitais, como nos transportamos e nos locomovemos pelas cidades, entre outras formas, pois tudo que junta mais que 5 pessoas simultaneamente precisará ser repensado se quiser sobreviver "imune" aos novos vírus que nos acometerão ; 3 - Precisaremos redefinir o conceito de "saudável" de um indivíduo para incluir não só o aspecto clínico, mas o aspecto epidemiológico de onde este indivíduo reside e circula. LEIA TAMBÉM Jones Albuquerque: “Precisamos modificar nossos hábitos para sobrevivermos às pandemias” . . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

"Sucesso da imunização, por qualquer vacina, será alcançado com 70% da população vacinada" Read More »

Governo de Pernambuco proíbe festas e shows

Do Blog do Governo de Pernambco O Governo de Pernambuco, após análise do Gabinete de Enfrentamento à Covid-19, anunciou a proibição de shows, festas e similares, com ou sem cobrança de ingresso, independente do número de participantes. Casamentos, formaturas e eventos sociais semelhantes são exceções, e poderão ser realizados, desde que cumpram os protocolos. A medida, que teve como base o atual momento epidemiológico, vale para todo o Estado, e inclui a proibição de shows e festas em comemoração ao Natal e Réveillon, realizados em espaços públicos ou privados, como condomínios, clubes, hotéis e estabelecimentos afins, com ou sem cobrança de ingresso. O decreto entrou em vigor a partir desta terça-feira (08.12). De acordo com o secretário estadual de Saúde, André Longo, Pernambuco fechou a semana epidemiológica (SE) 49, no último sábado (05.12), com alta nos indicadores de solicitações de UTI, casos de SRAG, além de aumento nas taxas de ocupação dos leitos, o que configurou a semana como a 3ª seguida com aumento dos patamares epidemiológicos. Na SE 49, houve aumento de 5,6% nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, suspeitos para a Covid-19, na comparação com a SE 48, e de 18% em relação à SE 47. “Intensificamos a fiscalização no último fim de semana e constatamos o descumprimento dos protocolos em alguns bares, restaurantes e clubes que promoveram festas e shows. A fiscalização, a partir de hoje, será ainda mais intensa, para coibir as situações de descumprimento dos protocolos e também para conscientizar a população”, explicou o secretário. No último final de semana, o PROCON Estadual, em ação conjunta com a Polícia Militar, Bombeiros e Brigada Ambiental, vistoriou 16 estabelecimentos, chegando a interditar ou notificar sete deles. “Se continuarmos a ver a recorrência do descumprimento de protocolos, ações mais duras poderão ser adotadas nestes setores de lazer e entretenimento”, advertiu Longo. O secretário de Saúde lembrou ainda que, diante do aumento das taxas de ocupação, o Governo do Estado vem trabalhando para abrir novos leitos. “Em menos de um mês, já reativamos 150 leitos – os últimos 20, inclusive, foram abertos nesta segunda-feira na Maternidade Brites de Albuquerque”, concluiu.  

Governo de Pernambuco proíbe festas e shows Read More »

Campanha de jovens arrecada 1 milhão de reais

Liderada pela ONG Juntos e Grupo Servir a campanha ‘Todos Juntos’ garantiu a arrecadação de R$1 milhão de reais. A marca foi atingida nesta segunda (11), mas a mobilização continua. De início, todas as metas foram alcançadas para contemplar os profissionais da saúde que estão na linha de frente da Covid-19. Mas a corrente do bem cresceu, e o trabalho dos voluntários já dura 50 dias. Neste período, duas mil doações foram recebidas. Dezesseis campanhas foram criadas para levantar recursos. Profissionais de dezessete hospitais receberam EPIs. Cestas de alimentos e materiais de higiene chegaram para quase sete mil famílias. Para André Farias, um dos líderes da campanha Todos Juntos, a equipe estava na expectativa de que unidos, poderiam alcançar bons resultados e atender hospitais e comunidades. “Em um momento de instabilidade repentina, um grupo de líderes pernambucanos entenderam que precisavam se mobilizar para utilizar de talentos e de todo seu capital de relacionamento na construção de pontes para uma verdadeira transformação”, finalizou o fundador do Grupo Servir. Segundo o fundador da ONG Juntos, Dr. Henryque Amaral, alcançar o marco milionário é uma grande vitória para todos os envolvidos na campanha. “É maravilhoso ser o instrumento da solidariedade de tantas pessoas que acompanharam e acreditaram no nosso trabalho doando tempo, dinheiro, produtos e até mesmo promovendo leilões, bazar e outras ações de solidariedade”, disse o outro coordenador da campanha, reforçando a satisfação do grupo em ajudar os menos favorecidos e os profissionais de saúde que estão na linha de frente do vírus. Hemope, Hospital da Restauração e da Mulher, Maria Lucinda, Correia Picanço, Universitário Oswaldo Cruz, Getúlio Vargas, Agamenon Magalhães, Barão de Lucena e Otávio de Freitas, foram algumas unidades de saúde que a ação destinou donativos. CAMPANHA CONTINUA: Os voluntários continuam recebendo as doações através da conta bancária da organização. Banco Itaú, CNPJ: 34.558.748/0001-26, Juntos – Jovens Unidos Na Transformação Social, agência: 8322, conta corrente: 44200-8. As doações também podem ser realizadas no site do PicPay ou do PayPal, basta apenas pesquisar o nome do grupo na plataforma escolhida. Toda movimentação financeira, destinos dos recursos podem ser acompanhados através do site da ONG ou através das redes sociais: http://ongjuntos.org.br/ BALANÇO PARCIAL DA CAMPANHA TODOS JUNTOS: Valor arrecado até 11/05: R$1.002,761,00 Campanhas – 16 Doações – 2.157 Hospitais beneficiados – 17 Famílias atendias – 6.768 Pessoas em situação de rua – 1.000 Toneladas de alimentos – 82 Luvas – 197.500 Máscaras N95 – 8.100 Protetor Facial – 5.140 Litros de Álcool 70 – 600 Litros de Álcool Gel – 200 Capotes – 17.600 Máscaras – 10.000 Toucas – 25.000

Campanha de jovens arrecada 1 milhão de reais Read More »

Testes para Covid-19 são produzidos em Pernambuco

O Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz-PE) desenvolveu um teste In House para auxiliar no diagnóstico da Covid-19 em Pernambuco. O novo kit já começou a ser utilizado na última segunda-feira (06.04) pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE) e será complementar aos envios feitos pelo Ministério da Saúde. O teste é similar ao kit desenvolvido por Bio-Manguinhos, na Fiocruz do Rio de Janeiro. Ele se baseia no mesmo princípio de detecção de um fragmento do genoma do novo coronavírus (Sars-CoV-2), por meio da amplificação exponencial do material genético do vírus nas amostras biológicas coletadas de pacientes em investigação, possibilitando confirmar ou descartar o caso. “Seguimos trabalhando firmes para dotar a rede estadual de saúde de mais exames. O Instituto Aggeu Magalhães, brilhantemente, conseguiu fazer um kit de exame para a covid-19 In House, produzido aqui mesmo em Pernambuco e seguindo os mais altos padrões. Graças a esta parceria, a instituição vai auxiliar ainda mais o Estado nesse tipo de insumo, que, pela demanda mundial, vem sendo cada vez mais difícil de adquirir. Mais uma vez, quero agradecer o empenho e dedicação de todos que fazem a Fiocruz-PE”, afirmou o secretário André Longo. A vice-diretora de pesquisa da Fiocruz-PE, Constância Ayres, explica que foram realizadas avaliações para verificar a eficácia desse teste In House. Para isso, o Lacen-PE disponibilizou amostras positivas e negativas da Covid-19 e a Fiocruz fez a comparação dos resultados produzidos pelos dois testes, validando a eficácia do teste pernambucano. O material já está em uso no Lacen-PE, numa primeira produção com capacidade para 2 mil testagens. É importante destacar que para utilizar o teste produzido no Estado, o Instituto Aggeu Magalhães está comprando os mesmos kits de extração do RNA e purificação do material genético, que são necessários numa etapa anterior ao teste. Esse material tem que ser utilizado em conjunto com o material que está em produção pela Fiocruz PE. (Do Governo de Pernambuco)

Testes para Covid-19 são produzidos em Pernambuco Read More »