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57% dos infartos no Brasil poderiam ser evitados com o controle adequado do colesterol alto

Na próxima quarta-feira, 8 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Colesterol e o Hospital Alemão Oswaldo Cruz alerta para a importância de manter os níveis de LDL controlados. Segundo a pesquisa InterHeart, que investigou os principais fatores de risco para infarto agudo do miocárdio na América Latina, 57% dos casos de infarto no Brasil poderiam ser evitados se o colesterol alto fosse adequadamente tratado. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), estima que, somente no Brasil, o aproximadamente 300 mil pessoas morrem por ano em decorrência das doenças cardiovasculares. O colesterol-LDL elevado, popularmente conhecido como colesterol ruim, é um dos principais fatores de risco à saúde do coração, assim como hipertensão, diabetes, tabagismo, obesidade e sedentarismo. O colesterol é um álcool dissolvido em gorduras e é fundamental para o funcionamento do organismo, pois ajuda na produção de vitamina D, de hormônios sexuais e do Cortisol (hormônio do metabolismo de proteínas), sendo importante no processo de regeneração celular. Além de ser produzido pelo organismo, ele pode ser encontrado em alimentos de origem animal como nas carnes vermelhas e em ovos. De acordo com o Dr. Fábio Lario, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, é fundamental que as pessoas conheçam quais são os seus índices de colesterol, sobretudo se possuírem parentes de primeiro grau com história de infarto ou de colesterol muito elevado. "O ideal é que até os 20 anos de idade as pessoas já tenham dosado os níveis de colesterol. Assim, caso os índices estejam alterados, o paciente pode ser orientado e encaminhado para o tratamento mais adequado", afirma Lario. Segundo o cardiologista, além do fator genético a alimentação incorreta, rica no consumo de gorduras de origem animal e gordura saturada, também é considerada um fator importante para o aumento dos índices de LDL no sangue. Cerca de 70% do nível de colesterol no sangue de uma pessoa tem origem genética e 30% está relacionado a fatores alimentares e comportamentais. Dado o diagnóstico, apenas um especialista poderá indicar o tratamento mais adequado, que envolve a mudança de hábitos alimentares, prática regular de atividade física e, em casos determinados, o uso de medicamentos. O profissional ainda alerta para a necessidade de construir uma relação de confiança com seu médico. "Existe muita informação disponível na internet hoje em dia. Boa parte sem base científica adequada, tanto para benefícios, quanto para malefícios. Portanto o paciente deve conversar com seu médico e entender os fundamentos e objetivos do tratamento e evitar suspendê-lo por conta própria. Isso é ainda mais importante para as pessoas que já tiveram problemas cardíacos", diz o cardiologista. Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completou 120 anos em 2017. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, por meio do Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde. Hospital Alemão Oswaldo Cruz – www.hospitalalemao.org.br

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Consumo de tabaco é responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão

O tabagismo está na origem de 90% de todos os casos de câncer de pulmão - entre os 10% restantes, 1/3 é dos chamados fumantes passivos – no mundo, sendo responsável por ampliar em cerca de 20 vezes o risco de surgimento da doença. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil soma mais 28 mil novos casos de tumores pulmonares ao ano. Além disso, o mau hábito aumenta as chances de desenvolver ao menos outros 13 tipos de câncer: de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, rim, bexiga, colo de útero, ovário e alguns tipos de leucemia. Apesar destes dados não serem novidade, o país ainda registra um elevado número de casos de neoplasias malignas entre a população fumante. A oncologista Mariana Laloni, do Centro Paulista de Oncologia (CPO) - Grupo Oncoclínicas, diz que a maioria dos pacientes com câncer de pulmão apresenta sintomas relacionados ao próprio aparelho respiratório, tais como: tosse, falta de ar e dor no peito. Outros sintomas inespecíficos também podem surgir, entre eles perda de peso e fraqueza. Em poucos casos, cerca de 15%, o tumor é diagnosticado por acaso, quando o paciente realiza exames por outros motivos. Por isso, a atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico precoce da doença. Segundo a médica, existem dois tipos principais de câncer de pulmão: carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. "O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes", destaca. O tratamento do câncer de pulmão se baseia em cirurgia, tratamento sistêmico (quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia) e radioterapia. Sempre que possível, a cirurgia é realizada na tentativa de se retirar uma parte do pulmão acometido. Atualmente, os procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, por vídeo (CTVA) são cada vez mais realizados com menor tempo de internação e retorno mais rápido do paciente às suas atividades. A indicação da cirurgia depende principalmente do estadiamento, tipo, do tamanho e da localização do tumor, além do estado geral do paciente. Após a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia são indicadas para destruir células tumorais microscópicas residuais ou que estejam circulando pelo sangue. Para a Dra. Mariana, a combinação de tratamento sistêmico e radioterapia também pode ser administrada no início do tratamento para reduzir o tumor antes da cirurgia, ou mesmo como tratamento definitivo quando a cirurgia está contraindicada. A radioterapia isolada é utilizada algumas vezes para diminuir sintomas como falta de ar e dor. Mas o grande avanço dos últimos anos, ainda de acordo com a oncologista do CPO, é a imunoterapia. Baseado no princípio de que o organismo reconhece o tumor como um corpo estranho desde a sua origem, e de que com o passar do tempo este tumor passa a se disfarçar para o sistema imunológico e então se aproveitar para crescer, a imunoterapia busca reativar a resposta imunológica contra este agente agressor. "Atuando através do bloqueio dos fatores que inibem o sistema imunológico, as medicações imunoterápicas provocam um aumento da resposta imune, estimulando a atuação dos linfócitos e procurando fazer com que eles passem a reconhecer o tumor como um corpo estranho", explica a Dra. Mariana. E se eu parar de fumar? Principal fator de risco evitável de tumores pulmonares, o tabaco está presente em cigarros, charutos, cachimbos, narguilé e também nos cigarros eletrônicos. E, ao contrário do que muitos usuários destes produtos acreditam, nunca é tarde demais para parar. Segundo a especialista do CPO, os benefícios à saúde começam apenas 20 minutos após interromper o vício: a pressão arterial volta ao normal e a frequência do pulso cai aos níveis adequados, assim como a temperatura das mãos e dos pés são normalizadas. Em 8 horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue ficam regulados e o de oxigênio aumenta. Passadas 24 horas, o risco de se ter um acidente cardíaco relacionado ao fumo diminui. E após apenas 48 horas, as terminações nervosas começam a se recuperar de novo e os sentidos de olfato e paladar melhoram. De duas semanas a três meses, a circulação sanguínea melhora consideravelmente. Caminhar torna-se mais fácil e a função pulmonar melhora em até 30%. A partir de um a nove meses, os sintomas comuns em fumantes, como tosse, rouquidão, e falta de ar ficam mais tênues. Os cílios epiteliais iniciam o crescimento e aumentam a capacidade de eliminar muco, limpando os pulmões. A pessoa fica mais disposta para realizar atividades físicas. Em cinco anos, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão de uma pessoa que fumou um maço de cigarros por dia diminui em pelo menos 50%. Quinze anos após parar de fumar, torna-se possível assegurar que os riscos de desenvolver câncer de pulmão se tornam praticamente iguais aos de uma pessoa que nunca fumou. Para mais informações, acesse www.eseeuparardefumar.com.br. Sobre o Grupo Oncoclínicas Fundado em 2010, é o maior grupo especializado no tratamento do câncer na América Latina. Possui atuação em oncologia, radioterapia e hematologia em 11 estados brasileiros. Atualmente, conta com 60 unidades entre clínicas e parcerias hospitalares, que oferecem tratamento individualizado, baseado em atualização científica, e com foco na segurança e o conforto do paciente. Seu corpo clínico é composto por mais de 450 médicos, além das equipes multidisciplinares de apoio, que são responsáveis pelo cuidado integral dos pacientes. O Grupo Oncoclínicas conta ainda com parceira exclusiva no Brasil com o Dana-Farber Cancer Institute, um dos mais renomados centros de pesquisa e tratamento do câncer no mundo, afiliado a Harvard Medical School, em Boston, EUA. Para obter mais informações, visite www.grupooncoclinicas.com.

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Tratamento inadequado do diabetes afeta 18% dos idosos nos EUA; quadro é semelhante no Brasil

Aproximadamente 18% dos idosos com diabetes nos Estados Unidos são tratados de forma inapropriada; ou por excesso de medicamentos ou por subtratamento, revela um estudo publicado recentemente no Journal of General Internal Medicine. A pesquisa foi feita com base nos dados de 78 mil pacientes com mais de 65 anos em dez estados dos EUA – as informações são do Medicare, programa de assistência médica do governo federal americano. O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Dr. João Eduardo Nunes Salles, afirma que um terço dos idosos apresenta algum tipo de alterações no metabolismo da glicose. “É fundamental atentar-se às particularidades que tangem o tratamento do diabetes, não apenas medicamentoso, mas comportamental e nutricional. Além do avanço do sedentarismo e da obesidade, o envelhecimento populacional também tem grande impacto no aumento dos casos de diabetes”, avalia. No Brasil, segundo levantamento da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, o diagnóstico da doença aumentou 54% na população masculina entre 2006 e 2017, atingindo 7,1% dos homens adultos. Contudo as mulheres ainda são as principais vítimas da doença, com 8,1% no último ano. A SBD estima que 16 milhões de brasileiros foram diagnosticados com a doença. Salles alerta também para a importância do controle da doença, sobretudo para diminuir o risco de cardiopatias – segundo a International Diabetes Federation, pessoas com mais de 60 anos e portadoras de diabetes tipo 2 têm um risco de três a quatro vezes maior de morrer por doenças cardiovasculares. “Há alternativas terapêuticas capazes de controlar o diabetes e suas complicações. Conhecimento e acesso a tratamentos adequados são fundamentais para preservar a doença no idoso, aumentando sua expectativa e qualidade de vida”, atesta o especialista. O geriatra Renato Bandeira de Mello, diretor científico da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), faz uma ponderação e explica a necessidade de avaliação ampla ao idoso diabético para racionalizar tanto o diagnóstico como o tratamento dessa condição. “Saber avaliar o idoso de forma multidimensional é fundamental para o processo de tomada de decisões clínicas. Por exemplo, em pacientes com Doença de Alzheimer com comprometimento cognitivo importante ou quando há limitações e vulnerabilidade físicas em decorrência de outras doenças graves, o excesso de exames e tratamentos, assim como o controle rígido do diabetes podem aumentar o risco de complicações e prejudicar a qualidade de vida desses pacientes”. O especialista também destaca que, por meio da Avaliação Geriátrica Ampla, é possível identificar em outro extremo os idosos robustos, em que a idade isoladamente, mesmo quando superior a 80 anos, não limita a indicação dos tratamentos com objetivo de controle de complicações a médio e longo prazo. “Nos idosos plenamente funcionais, mesmo que longevos, não se deve restringir tratamentos somente pela idade em si. Este é um equívoco que pode levar ao subtratamento de condições controláveis”. Sendo assim, recomenda-se que as indicações de exames, procedimentos e tratamentos sejam ponderadas individualmente de acordo com a funcionalidade daquele idoso. A SBGG, no documento “Escolhas Sensatas na Assistência ao Paciente Idoso”, aponta que o controle rígido dos níveis glicêmicos em idosos frágeis pode trazer mais riscos do que benefícios, sobretudo quando há hipoglicemias graves ou recorrentes. Baseado nesta ponderação, recomenda-se não prescrever medicamentos com intuito de atingir alvos de hemoglobina glicada menor que 7,5% em idosos diabéticos com declínio funcional e/ou cognitivo ou em extremos etários. Sobre a SBD Filiada à International Diabetes Federation (IDF), a Sociedade Brasileira de Diabetes é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em dezembro de 1970, que trabalha para disseminar conhecimento técnico-científico sobre prevenção e tratamento adequado do diabetes, conscientizando a população a respeito da doença e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Também colabora com o Estado na formulação e execução de políticas públicas voltadas à atenção correta dos pacientes, visando a redução significativa da doença no Brasil. Sobre a SBGG A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), fundada em 16 de maio de 1961, é uma associação civil sem fins lucrativos que tem como principal objetivo principal congregar médicos e outros profissionais de nível superior que se interessem pela Geriatria e Gerontologia, estimulando e apoiando o desenvolvimento e a divulgação do conhecimento científico na área do envelhecimento. Além disso, visa promover o aprimoramento e a capacitação permanente dos seus associados.

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Dieta pobre em proteína durante gestação aumenta o risco de câncer de próstata nos filhos

Karina Toledo/via Agência FAPESP  Filhos de mães alimentadas com uma dieta pobre em proteínas durante o período de gestação e lactação correm risco consideravelmente maior de desenvolver câncer de próstata ao envelhecer. Foi o que constatou um estudo feito com ratos no Instituto de Biociências (IBB) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu. Os resultados da pesquisa, apoiada pela FAPESP, foram divulgados no The Journals of Gerontology. “Observamos em estudo anterior que a exposição intrauterina à dieta hipoproteica prejudica o desenvolvimento da próstata. Agora, comprovamos que esse efeito registrado no pós-natal aumenta a incidência de doenças prostáticas quando esses indivíduos envelhecem”, disse Luis Antonio Justulin Junior, professor do IBB-Unesp e coordenador do estudo. O modelo usado no laboratório de Justulin consiste em alimentar fêmeas prenhes com uma ração contendo apenas 6% de proteína. O alimento normalmente oferecido a ratos de laboratório tem entre 17% e 23% desse nutriente. “Dados da literatura indicam que o porcentual mínimo necessário para a rata levar a gestação sem problemas é 12%”, disse Justulin. As fêmeas prenhes incluídas na pesquisa foram divididas em três grupos. O controle recebeu a ração padrão, com pelo menos 17% de proteína, durante toda a gestação e 21 dias após o nascimento – período de lactação. A partir do desmame, os filhotes também foram alimentados com a dieta padrão. Na avaliação feita quando a prole completou 540 dias de vida, quando já são considerados ratos velhos, os pesquisadores não observaram nenhum caso de tumor prostático. O segundo grupo de fêmeas recebeu a ração com 6% de proteína durante a gestação apenas. Após o nascimento, passou a se alimentar com a dieta padrão, assim como os filhotes depois do desmame. Na avaliação dos 540 dias, 33% dos descendentes machos haviam desenvolvido câncer de próstata. No grupo três, exposto à dieta hipoproteica durante todo o período de gestação e também de lactação, o índice de descendentes afetados por tumores na próstata foi de 50%. “Fizemos a análise histopatológica nas glândulas desses animais e, em todos os grupos, encontramos alterações pré-neoplásicas que podem interferir na função glandular, como hiperplasia, atrofia epitelial e neoplasia interepitelial – esta última com potencial para se tornar um carcinoma, segundo dados da literatura científica. Mas somente nos animais expostos à dieta hipoproteica na vida intrauterina observamos o desenvolvimento do câncer propriamente dito”, disse Justulin à Agência FAPESP. Desequilíbrio hormonal Em trabalho anterior, publicado em 2017 na revista General and Comparative Endocrinology, o grupo do IBB-Unesp detalhou alguns dos prejuízos que a dieta hipoproteica materna induz na prole. Análises feitas no décimo e no vigésimo primeiro dia após o nascimento mostraram que, nos filhotes de mães submetidas à restrição proteica, a próstata cresce menos e apresenta células epiteliais menos diferenciadas – características que mostram atraso no desenvolvimento. A glândula também apresenta prejuízos funcionais, pois produz uma quantidade menor de secreção e conta com menos espaço para armazená-la. Vale lembrar que a função da próstata é produzir o fluido que protege e nutre os espermatozoides no sêmen, tornando-o mais líquido. “Esses animais, de maneira geral, apresentam baixo peso no nascimento, órgãos menos desenvolvidos e alteração nos níveis hormonais. Mas, por volta do vigésimo primeiro dia após o nascimento, começamos a observar um crescimento acelerado para tentar compensar o déficit”, disse Justulin. No trabalho mais recente, os pesquisadores coletaram sangue dos filhotes machos no dia pós-natal 21 e 540. Observaram que, em comparação ao grupo controle, havia um desequilíbrio na relação entre os níveis de hormônio feminino e masculino. Enquanto o macho controle apresentava 15 picogramas (pg) de estrógeno no dia 21, o macho submetido à restrição proteica durante a gestação e lactação apresentava 20 pg. Já no dia 540, a diferença foi ainda maior: 14 pg no controle contra 35 pg no restrito. Além disso, no dia 540, a alta no hormônio feminino estava associada a uma baixa na testosterona, o principal hormônio masculino. Enquanto o grupo controle tinha 5 nanogramas (ng), o grupo restrito tinha somente 0,8 (ng). De acordo com Justulin, no dia 21 não foi observada baixa na testosterona no grupo restrito, pois era justamente a fase em que os animais passavam pelo pico de crescimento acelerado. “Nossos trabalhos anteriores mostraram que os filhotes submetidos à restrição proteica intrauterina nascem pequenos, mas quando se tornam adultos jovens já não apresentam diferenças em relação aos indivíduos do grupo controle – tanto em tamanho quanto em volume da próstata e nos níveis hormonais. Agora estamos percebendo que, quando os animais envelhecem, as diferenças voltam a aparecer. É como se o envelhecimento funcionasse como um segundo insulto ao organismo, considerando que o primeiro foi a dieta hipoproteica na fase inicial de desenvolvimento”, disse. A hipótese que os pesquisadores agora tentam comprovar é que a exposição desse animal de idade avançada aos níveis hormonais alterados favorece a carcinogênese, ou seja, o desenvolvimento tumoral. “Nós observamos isso na próstata, mas há outros estudos mostrando correlação entre o baixo peso no nascimento induzido por restrição nutricional intrauterina e alterações nos níveis de insulina, maior incidência de síndrome metabólica e doenças cardíacas”, disse Justulin à Agência FAPESP. Atualmente, o grupo do IBB-Unesp investiga as vias de síntese dos hormônios sexuais com o objetivo de entender de que modo a dieta hipoproteica altera o equilíbrio entre estrógeno e testosterona. Outro objetivo é demonstrar o mecanismo pelo qual esse desequilíbrio hormonal favorece o desenvolvimento do câncer de próstata. Resultados preliminares da pesquisa indicam que, no dia 21 pós-natal, os animais restritos apresentam um conjunto de RNAs mensageiros e microRNAs desregulados. “Encontramos vários RNAs mensageiros e microRNAs que estão desregulados tanto nos animais de 21 dias, como nos de 540 dias que desenvolvem câncer. Interessante é que algumas destas moléculas também estão alteradas em pacientes humanos com tumores de próstata, conforme observamos em bancos públicos de dados genômicos, com o auxílio de ferramentas de bioinformática”, disse Justulin. O artigo Maternal Low-Protein Diet Impairs Prostate Growth in Young Rat Offspring and Induces Prostate Carcinogenesis With Aging, de Sergio A. A. Santos, Ana C. Camargo, Flávia B. Constantino,

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Retinopatia diabética: conheça a doença que atinge 150 mil brasileiros por ano

A diabetes se caracteriza pela alta taxa de glicose no sangue (hiperglicemia), gerando alterações cardiovasculares em várias partes do corpo. O que pouca gente sabe, no entanto, é que a doença pode afetar um dos principais sentidos do ser humano: a visão. Isso porque a retina – aquele tecido da parte traseira do olho responsável pela formação das imagens enviadas ao cérebro – é uma área bastante vulnerável, já que é constituída por vasos sanguíneos muito finos. Essa complicação da diabetes se chama “retinopatia diabética”, que atinge 150 mil pessoas por ano no Brasil, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Estima-se que pessoas que sofrem de diabetes têm um risco 25 vezes maior de perda da visão. Além disso, cerca de 40% dos diabéticos sofrem algum estágio da retinopatia diabética, embora metade deles não esteja ciente disso. "As primeiras alterações são silenciosas e o paciente não apresenta queixas. Muitos só procuram o oftalmologista quando percebem uma baixa na visão e, às vezes, as alterações são irreversíveis. Se não for tratado, pode levar à cegueira”, alerta a médica Manoela Gondim, do Serviço Oftalmológico de Pernambuco (Seope). A retinopatia diabética está relacionada ao tempo da diabetes e ao descontrole da glicemia, causando a hiperglicemia. Neste estágio, há várias alterações no organismo que acabam gerando disfunção nos vasos da retina, que ficam danificados e liberam sangue na cavidade vítrea. Com o avanço da doença, a visão escurece e há o risco de edema macular – acumulação de líquido na mácula, zona mais importante da retina. O distúrbio é classificado de duas formas: retinopatia diabética não proliferativa (estágio menos avançado, com vasos sanguíneos obstruídos) e proliferativa (estágio mais avançado, com risco de rompimento dos vasos e cegueira). Alguns cuidados com alimentação e a realização frequente de exames de mapeamento da retina são recomendações importantes para que a doença não evolua. Hoje, com o avanço da tecnologia, há formas eficazes de tratamento. “Fotocoagulação a laser, injeções intraoculares e cirurgias vitreorretinianas são opções disponíveis. Contudo, a prevenção da retinopatia e o controle glicêmico são primordiais para reduzirmos os casos de cegueira pela diabete”, comenta Manoela Gondim.

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HPV é um dos principais fatores do câncer de boca e garganta entre jovens

Julho é o mês reservado para o combate ao câncer de cabeça e pescoço. Entre os dez tipos de câncer de maior ocorrência no Brasil, o tumor orofaríngeo – localizado atrás da boca e que inclui a base da língua, céu da boca, amídalas e paredes laterais – é um dos tumores mais incidentes entre os jovens brasileiros de até 40 anos de idade. “O HPV possui alta associação com este cenário precoce, em conjunto com outros fatores como o tabagismo e o etilismo”, alerta Dr. Marcelo Salgado, oncologista da Multihemo – unidade do Grupo Oncoclínicas em Recife. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o número de casos relacionados à infecção pelo vírus vem aumentando em homens e mulheres e a sua transmissão ocorre por meio da prática sexual sem proteção, principalmente por intermédio do sexo oral. “O risco do desenvolvimento do tumor maligno entre jovens é grande por conta da liberdade sexual adquirida nos últimos anos”, explica o especialista. Ainda segundo Dr. Marcelo, o vírus atinge de forma massiva a população feminina. Cerca de 75% das brasileiras sexualmente ativas terão contato com o HPV ao longo da vida, sendo que o ápice da transmissão do vírus ocorre na faixa dos 25 anos. Primeiros sinais Os primeiros sinais do tumor orofaríngeo podem surgir por meio de feridas que não cicatrizam na boca nos primeiros 15 dias, além do aparecimento de nódulos no pescoço. O paciente pode se queixar também de dor para mastigar ou engolir. “Estes fatores, ligados ao aparecimento de pequenas verrugas na garganta ou na boca, podem revelar um possível diagnóstico com associação ao HPV. Portanto, é muito importante que seja acompanhado de perto por um especialista”, diz o oncologista. Outros sintomas podem estar relacionados à rouquidão persistente, manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca e bochecha, bem como lesões na cavidade oral ou nos lábios e dificuldade na fala. Principais fatores Infecções Virais A geração de jovens e adultos com menos de 40 anos preza e valoriza muito a liberdade sexual. Trata-se de um grupo que nasceu após o “boom” do HIV e, apesar de bem informada e consciente dos riscos envolvendo doenças sexualmente transmissíveis, apresenta índices elevados de contágio pelo chamado papilomavírus humano – conhecido como HPV. “Além disso, a hepatite B e C também são fatores de risco para câncer de cabeça e pescoço, são infecções virais que podem ser transmitidas em relações sexuais não seguras. Vale lembrar sempre da importância do uso de preservativos para a preservação da saúde”, finaliza o médico. Tabagismo Segundo o oncologista, o câncer de cabeça e pescoço apresenta maior incidência entre os jovens e pouco mais de um terço é causado por maus hábitos. “O principal e o mais importante de ser combatido é o tabagismo”, revela Dr. Marcelo. Antigamente, o hábito de fumar era visto com elegância e glamour, sendo incentivado até pelas propagandas que mostravam atores famosos tragando seus cigarros, o que estimulava esse costume entre as pessoas mais jovens. O uso frequente do cigarro também é responsável pelo aparecimento do tumor na cabeça e pescoço. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de boca eram tabagistas. Álcool Houve um tempo em que o cigarro era liberado nos restaurantes e até em sala de aula. Hoje, isso não é mais permitido. Contudo, o uso do tabaco persiste e, na maioria das vezes, vem acompanhando de bebidas alcoólicas. Estimativas apontam que 75% dos casos de câncer de pulmão são decorrentes do uso do tabaco e os fumantes têm cerca de 20 vezes mais risco de desenvolver a doença. O álcool pode agir como um solvente e facilitar a penetração de carcinógenos nos tecidos-alvos. Além disso, aumenta o índice de quebras no material genético e a peroxidação de lipídios e, consequentemente, a produção de radicais livres. Vários estudos epidemiológicos demonstram que o consumo combinado de álcool e fumo constitui o principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço.

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Estudo mostra que o Brasil terá mais de 29 mil novos casos de câncer relacionados ao excesso de peso e as mulheres são as mais atingidas

Que a obesidade é um dos grandes vilões da saúde, todo mundo já sabe. Porém, cada dia mais, surgem estudos e pesquisas com números alarmantes que relacionam o excesso de peso como um dos principais fatores para o aumento de casos de doenças graves como as cardiovasculares, insuficiência cardíaca, apneia do sono e vários tipos de câncer. Segundo o estudo desenvolvido pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em colaboração com a Harvard University, nos Estados Unidos, mais de 15 mil casos de câncer, por ano, poderiam ter sido evitados no país se não fosse a obesidade da população. A pesquisa feita por cientistas brasileiros, americanos e franceses, possuem estimativas ainda piores para o futuro. Até 2025, o Brasil terá mais de 29 mil novos casos de câncer relacionados ao excesso de peso. As mulheres são as mais atingidas, não apenas por serem o público com maior índice de IMC elevado, mas também por serem as mais afetadas pelos tumores de ovário, útero e câncer de mama, que também tem ligação com o sobrepeso. Apesar de todos os problemas físicos, emocionais e sociais que a obesidade pode trazer para a vida de uma pessoa, um em cada cinco brasileiros são atingidos por ela. Para a psicoterapeuta Sorella Mendes, é preciso que as pessoas encarem obesidade como uma doença que necessita de tratamento, só assim será possível mudar esse cenário preocupante. “Uma das principais queixas que escuto de minhas pacientes que enfrentam uma batalha diária para tentar eliminar peso é sobre a necessidade que sentem de comer, sem realmente estarem com fome. Na psicoterapia, tratamos essa fome como uma compulsão alimentar e a chamamos de fome emocional”, afirma Sorella, que idealizou o Projeto Mente Magra. De acordo com Sorella, existem quatro tipos de fome, a fisiológica, a social, a específica ou vontade e, por fim, a emocional. É importante identificar qual fome atinge cada pessoa para assim conseguir tratar o transtorno alimentar. Fome fisiológica x fome psicológica A fome fisiológica é a fome celular, aquela que organismo precisa receber alimentos para sobreviver. A fome real do corpo que não exige um alimento específico, mas que é saciada por qualquer alimento. Quando estamos realmente com fome, o corpo avisa dando sinais como aquele vazio ou dor no estômago, dores de cabeça e até mesmo irritação. Você sabe que precisa comer, para não passar mal ou ficar indisposta. Já as outras três fomes existentes são de fundo emocional, que podem sabotar a mente humana fazendo com que o indivíduo coma por emoção, por momento ou por desejo. Sem o autocontrole, essas fomes emocionais podem levar a compulsão alimentar, uma das principais causas da obesidade ou do sobrepeso. A primeira, e sem grandes problemas quando a pessoa já desenvolveu o autocontrole alimentar, é a fome social. Aquela despertada em eventos e comemorações. Momentos agradáveis em que nos reunimos com amigos e familiares para jogar conversar fora e comer os alimentos disponíveis no momento. Apesar de as vezes exageramos, quando é algo esporádico ou planejado, não chega a prejudicar. A segunda é a fome específica ou vontade, aquela relacionada ao prazer que desperta a vontade de beber ou comer algo específico como, por exemplo, um refrigerante ou um bolo de chocolate. Ela está ligada ao emocional podendo ser despertada por lembranças de infância ou estímulos externos como uma propaganda na televisão. A orientação da psicoterapeuta para esses casos é que o paciente ingira o tal alimento desejado, respeitando sempre os sinais de fome e saciedade, pois a vontade não assumida pode desencadear uma futura compulsão alimentar. “A ingestão dos alimentos considerados proibidos, em pequenas porções, faz com que o indivíduo passe a ter uma alimentação mais equilibrada. Quando entendemos que esses alimentos estarão a nossa disposição, conseguimos fazer escolhas melhores a longo prazo, sem focarmos apenas no prazer momentâneo”, afirma Sorella. Já a terceira, e mais preocupante, é a fome emocional. Essa já é considerada um transtorno alimentar a ser tratado, pois a pessoa come de forma compulsiva, não se sente saciada com pequenas porções, sente uma urgência em comer, come rápido e muitas vezes até escondido. A fome emocional pode ser gerada por um acúmulo de sinais, tanto de fome quanto de saciedade, que não foram respeitados. Longos períodos de restrição alimentar e de mentalidade de dietas, faz com que as pessoas se distanciem do que necessitam dentro de sua individualidade, ou até mesmo, como forma de se desconectar de seus medos, angústias e ansiedades. As emoções que não aprendemos a entrar em contato de forma saudável, geram fugas externas que muitas vezes são descontadas na comida. “A luta contra a obesidade precisa ser olhada com o verdadeiro respeito e cuidado que merece. O paciente obeso sofre com suas próprias limitações, com os problemas de saúde causado pelo excesso de peso, com os transtornos psicológicos que todo o processo causa e ainda é obrigado a enfrentar o preconceito das pessoas que o julgam por estar fora dos padrões considerados “normais” pela sociedade”, declara Sorella.

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Anvisa publica nova regra sobre Suplementos Alimentares nesta semana

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vai publicar, nos próximos dias, a nova regra sobre suplementos alimentares. Com isso, a produção e o comércio dos produtos que já estão no mercado terão que se adequar as novas regulamentações e os suplementos que serão lançados no futuro precisarão de aprovação da agência reguladora. De acordo com a advogada Marianne Albers, sócia do Felsberg Advogados, haverá um período de transição, quando as empresas deverão ajustar seus produtos às novas exigências. "Ainda não sabemos exatamente o que vai constar dessas novas regras sobre os suplementos alimentares, mas o fato é que há muito tempo se esperava por uma regra que unificasse as inúmeras regras e orientações que a ANVISA vinha estabelecendo ao longo dos últimos anos, trazendo muita insegurança jurídica ao mercado", diz Marianne. Tanto é que durante a fase de consulta pública feita pela Anvisa, segundo a advogada, foram feitas mais de 7000 contribuições à agência. "Nós assessoramos alguns clientes na elaboração e apresentação de algumas propostas", explica. Marianne esclarece que um dos pontos da nova regra será a exigência da comprovação da eficácia e segurança dos produtos. "Para todos terão que comprovar a eficácia dos suplementos, caso contrário terão que retira-los do mercado", acredita. A nova regulamentação já foi aprovada, "mas ainda não temos o seu conteúdo integral, pois ainda não foi publicada", diz, o que deverá ocorrer nos próximos dias. Entrarão nessa regulamentação produtos como Vitaminas e Polivitamínicos, Ômega 3, enzimas e probióticos, entre outros.

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Saiba quais são os 7 maiores deslizes de motoristas em rodovia

Muita gente pensa que dirigir em rodovia é mais tranquilo que em via urbana. Porque não tem sinal, nem tantas idas e vindas de carro de todos os lados ou ainda pessoas atravessando a pista. Aí tem motorista que relaxa e acaba dando margem para ocorrerem acidentes. “A via de asfalto tem características próprias que o motorista precisa ficar atento”, afirma o supervisor de operações da Concessionária Rota dos Coqueiros, Robson Lucena. A sinalização é diferente (quando há), o tráfego tem outra pegada e, dependendo do destino, há mais veículos pesados. No dia a dia, monitorando os 6,5 quilômetros pedagiados do Sistema do Paiva, por meio do Centro de Controle Operacional (CCO), que conta com câmeras de alta resolução, ele percebe diversos deslizes. Não só em veículo, mas também em moto, bicicleta e, pasmem, pedestres. Só para se ter ideia, este ano, a concessionária registrou 335 ocorrências de veículos que pararam em locais proibidos, tendo como principal motivo (87%) o uso de celular para fazer ligações ou responder mensagens. “Se numa via toda controlada e com sinalização para oferecer segurança já percebemos distração de motoristas, imagine fora”, observou Robson. Ele listou sete atitudes inapropriadas de motoristas no volante em rodovias em geral.   Confira abaixo: Distração no celular Segundo o supervisor de operações da Rota dos Coqueiros, um dos principais deslizes é o uso do celular no volante. “Como na pista a velocidade passa a ser maior, um segundo que você se distrai e olha para a tela do aparelho pode passar um animal, vir outro carro na contramão ou cair em um buraco que mude a direção do veículo e aí não dê tempo para fazer uma manobra segura”, alerta ele. De acordo com a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet),  o uso do celular ao volante já é a terceira maior causa de mortes no trânsito.   Velocidade alta Quem pisa o pé no acelerador, na rodovia, muitas vezes alcançando velocidade acima do permitido, pode receber multa e ainda colocar em risco sua vida e a de outros. Além de ser mais difícil fazer uma manobra de imediato, o risco de colisão ou de capotamento acaba sendo maior. Vale lembrar que trafegar em velocidade mais baixa também é passível de multa, pode gerar retenção no fluxo na rodovia, obstruindo a passagem de outros veículos. Pior ainda se esses veículos forem de emergência como ambulância.   Sem cinto O fato de não ter guarda em toda a rodovia ou o trânsito fluir razoavelmente, há quem flexibilize o uso do cinto de segurança para ficar mais relaxado. Pior ainda com crianças, que as vezes querem ficar brincando no banco de trás. Até mesmo sem estarem acomodadas na cadeirinha. Havendo uma freada brusca, por exemplo, pode ocorrer fraturas ou ainda o corpo ser lançado para fora do veículo.   A “roubadinha” Aquele retorno feito na pista para pegar o sentido inverso porque resolveu voltar ou está no caminho errado pode ser fatal. Ainda mais se esse procedimento é feito próximo a uma curva, o que não é permitido e nem há visibilidade se vem carro do outro lado. É uma manobra proibida pelo Código de Trânsito Brasileiro.   Ré na pista Outra atitude inadequada é quando o veículo passa da entrada desejada. Aí tem quem pare na pista para tentar dar a volta ou ainda dá ré até chegar ao acesso desejado.   Ultrapassagem inadequada Por pressa ou impaciência, tem motorista que quer logo ultrapassar quem está na frente. Muitas vezes até pela direita ou utilizando o acostamento, o que não é permitido pela legislação de trânsito. A orientação é que a ultrapassagem seja feita apenas em locais indicados pela rodovia e pelo lado esquerdo. E, claro, sempre olhando se vem algum veículo em sentido contrário.   Parada em qualquer local Imagine o risco que é parar o carro em qualquer lugar da pista, seja lá qual for o motivo! Nem precisa dizer o risco de provocar colisão, não é verdade? Ideal é fazer isso em acostamento ou ruas de acesso laterais, com segurança. Em caso de alguma pane, a orientação é realizar os procedimentos de sinalização com pisca alerta e triângulo.  

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Carboidratos são aliados ou inimigos das dietas?

Dietas com baixo teor de carboidratos, conhecidas como low carb, em inglês, ganharam popularidade por acelerar o emagrecimento e proporcionar vários benefícios à saúde, como prevenção de doenças cardiovasculares. Segundo a nutricionista Joyce Moraes, coordenadora e professora de pós-graduação em nutrição clínica e funcional do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE), tais efeitos positivos se dão porque, a partir do momento que há grande redução de carboidratos na dieta, começamos a produzir corpos cetônicos. “Acontece que essas substâncias podem ter efeitos benéficos no nosso organismo. Por exemplo, reduzir bastante o teor de carboidrato para produção de corpos cetônicos pode ser uma estratégia interessante para tratamento da epilepsia”, detalha. Então, a estratégia low carb é a redução do carboidrato, porque já sabemos que alto índice de carboidrato está ligado a várias doenças cardiovasculares. Já a inclusão de lipídeos, como azeite e abacate, que são as chamadas “gorduras boas”, são ótimos, ao contrário do que se pensava antes. “Nós comemos muito carboidrato ao longo do dia. Até porque os alimentos fontes de carboidratos, como arroz, farinha, balas e biscoitos são mais baratos do que carnes e ovos. Mas, a partir do momento que reduzo esses carboidratos, tenho melhores níveis hormonais”, explica Joyce. Também segundo professora de nutrição do IDE, quanto mais carboidrato você come, maior será seu pico de insulina (de açúcar) no sangue, que resulta em vários efeitos deletérios, como acumulo de tecido adiposo. Por isso, os carboidratos têm que ser ingeridos em baixa proporção. Então, a estratégia low carb é a redução do carboidrato, “porque já sabemos, que alto índice da substância tem ligação com várias patologias e não só a questão da perda de peso”, conta a nutricionista. Inclusive, de acordo com a profissional, estudos recentes mostram que alto teor de carboidrato na dieta provoca mais doença cardiovascular do que alto teor de gorduras. “Reduzindo os carboidratos, é possível melhorar níveis hormonais. “Ou seja, hoje, a estratégia é indicada para emagrecimento, balancear os níveis hormonais e prevenir doenças cardiovasculares”, avalia a nutricionista. Alerta na redução drástica de carboidratos  Por outro lado, a redução drástica de carboidratos, que vai gerar alta produção de corpos cetônicos, pode fazer com que a pessoa entre num quadro chamado de acidose metabólica, podendo desencadear até parada cardiorrespiratória. “Outros efeitos ruins são cansaço, fadiga, perda de massa magra, dores de cabeça, mal estar e mal humor”. Logo, é tão importante a avaliação e acompanhamento de um nutricionista, que vai fazer avaliação de peso, idade, exames e para poder prescrever a “dose de carboidratos” individualizada e dieta adequada para cada um.  Outro alerta é para quem acha que fazer low carb é só comer pouco carboidrato. “Tem gente que come pouco carboidrato, mas o problema é a qualidade dele, que pode ser de alta carga glicêmica, ou seja, mesmo em pequenas quantidades vai ter efeito negativo. Não adianta comer pouco e o alimento ser de baixo teor nutritivo, artificial e industrializado. Muito me preocupa também quem acaba cortando frutas e verduras do cardápio, que são importantes fontes de nutrientes. Temos que ter noção que cada alimento tem seu valor e comportamento diferente no nosso organismo”, esclarece a professora de nutrição. Além disso, outras pessoas também que acreditam que fazer a dieta low carb é a solução, quando o problema é outro. “E não adianta reduzir tudo, ainda mais se o alimento for de alto teor nutritivo. É reduzir, principalmente, os carboidratos de alto índice glicêmico e industrializados. Assim, reforço a importância de procurar profissional de nutrição habilitado para orientar a gente”, conclui a coordenadora e professora do núcleo de pós-graduação nutrição do Instituto de Desenvolvimento Educacional Joyce Moraes. Informações sobre especializações na área de saúde: www.idecursos.com.br. 

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