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Filme sobre sanfona de 8 baixos terá pré-estreia gratuita em Caruaru

Curta “Dois 8 Baixos” resgata a memória de um dos instrumentos mais emblemáticos do Nordeste e será exibido no Polo Comercial de Caruaru, com debate e shows de forró No dia 17 de junho, o Polo Comercial de Caruaru será palco da pré-estreia do filme Dois 8 Baixos, dirigido pelos professores da Universidade de Pernambuco (UPE) Alex Borges e Paula Gonçalves. A sessão gratuita, marcada para as 19h, contará também com debate com os realizadores e apresentações musicais de Ivison e Arthur – Na casa de Januário – e do mestre Luizinho Calixto, referência nacional do instrumento. O documentário surgiu da preocupação dos diretores com o esquecimento da sanfona de 8 baixos, um símbolo da cultura nordestina que embala ritmos como forró, xote e baião. A produção busca registrar a história dos mestres remanescentes e despertar o interesse das novas gerações pela sonoridade única desse instrumento tradicional. “A ideia da realização do filme partiu de uma preocupação dos professores da Universidade de Pernambuco Alex Borges e Paula Gonçalves com o paulatino esquecimento de um dos instrumentos que mais representa o Nordeste: a Sanfona de 8 Baixos (Fole de 8 Baixos). Este instrumento representa as tradições do Nordeste e toda a sua musicalidade exemplificada no forró, no xote e no baião.” O curta tem como protagonistas o veterano Luizinho Calixto, de Campina Grande, e o jovem caruaruense Ivison Santos. Calixto é reconhecido nacionalmente por seu domínio técnico e por desenvolver um método próprio de ensino. Já Ivison explora o instrumento em novas experimentações sonoras, conectando tradição e inovação. Com incentivo do Funcultura (Governo do Estado de Pernambuco), o projeto é uma realização do Programa Saberes Diversos (Fcap/UPE) e do Lamie (UPE Caruaru), com apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UPE e do Polo Caruaru. Serviço:Pré-estreia do filme Dois 8 Baixos📅 17 de junho de 2025 (terça-feira)🕖 19h📍 Polo Caruaru🎟️ Gratuito🎵 Shows: Ivison e Arthur – Na casa de Januário e Luizinho Calixto🧩 Incentivo: Funcultura | Apoio: UPE e Polo Caruaru | Produção: Saberes Diversos e Lamie

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Nas ruas de Olinda, tambores resistem: documentário celebra 20 anos do Batadoní

Filme "Tambor Louvado por Todos" resgata a memória do grupo percussivo e será exibido gratuitamente no Mercado Eufrásio Barbosa A cultura popular pulsa mais forte nas ladeiras de Olinda com a pré-estreia do documentário Tambor Louvado por Todos, que acontece no próximo domingo, 1º de junho, às 16h, no Teatro Fernando Santa Cruz, no Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa. Dirigido por Sara Brito, o filme registra os 20 anos de trajetória do grupo percussivo Batadoní, símbolo de resistência e expressão coletiva da musicalidade afro-latino-americana em Pernambuco. A sessão é gratuita, com retirada de ingressos a partir das 15h no local, e será seguida por debate com a equipe do filme. Formado a partir de encontros entre amigos e influenciado por mestres da cultura popular e pelos tambores cubanos, o Batadoní se consolidou como um coletivo autônomo que ocupa espaços públicos e fomenta vivências musicais em diversas cidades do estado. O documentário mescla entrevistas, imagens de arquivo e animações para contar essa caminhada — desde as primeiras rodas de percussão ao surgimento do Festival Segura o Bode e do Batadoninho, atividade dedicada a crianças, além das parcerias com maracatus e os desafios enfrentados durante a pandemia. Para a diretora Sara Brito, também integrante do grupo, o filme é um ato de resistência. “Registrar a memória de grupos como o Batadoní é uma forma de garantir sua permanência e visibilidade. Apesar da falta de apoio institucional, seguimos produzindo, educando e nos fortalecendo enquanto coletivo", afirma. Já para Vanessa Lorega, também do grupo, o Batadoní é "um espaço de pertencimento e construção coletiva, feito com identidade e organização". O filme foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo e contou com apoio do Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura, com recursos do Ministério da Cultura. A pré-estreia também tem apoio do Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa e da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco. ServiçoPré-estreia do documentário Tambor Louvado por Todos📅 Domingo, 1º de junho | ⏰ 16h (retirada de ingressos gratuitos a partir das 15h)📍 Teatro Fernando Santa Cruz – Mercado Eufrásio Barbosa, Largo do Varadouro, Olinda – PE🎟️ Entrada gratuita e aberta ao público

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História da educadora indígena Wadja inspira documentário com exibição gratuita e acessível no Cinema São Luiz

Filme encerra a programação do VerOuvindo Circula com homenagem à preservação da língua Yaathe e ao protagonismo feminino indígena A força transformadora da educadora indígena Marilena Araújo, conhecida como Wadja, ganha vida nas telas no dia 24 de maio, às 14h, no Cinema São Luiz, encerrando a segunda edição do VerOuvindo Circula. Dirigido por Narriman Kauane e produzido por Tayho, o documentário "Wadja" celebra o legado da professora que fundou a Escola Bilíngue Antônio José Moreira, voltada ao povo Fulni-ô, e lutou pela preservação da língua Yaathe. A sessão será gratuita e contará com recursos de acessibilidade comunicacional, como Libras, audiodescrição e legendas descritivas. A proposta do filme surgiu da própria Wadja, que desejava ver sua história contada em primeira pessoa. Mesmo após sua morte, a equipe manteve viva a essência do projeto, costurando arquivos pessoais, registros sonoros e entrevistas com pessoas indicadas por ela em vida. “Ela costumava dizer que era audaciosa. Acredito que só projetamos nossos desejos quando nos sentimos, de alguma forma, representadas”, afirma Tayho. A presença da língua originária na narrativa reafirma o compromisso com a valorização cultural e a resistência indígena. Para Liliana Tavares, idealizadora do VerOuvindo Circula, exibir o curta no Cinema São Luiz tem um significado simbólico profundo: “Estamos viabilizando a ida ao Cinema São Luiz dos indígenas que participaram do filme para que possam assistir ao curta feito por eles e sobre eles. Vai ser a primeira vez deles no nosso templo do cinema. Isso tem um valor simbólico e afetivo imenso.” A sessão contará ainda com um bate-papo sobre a importância do reconhecimento linguístico, aproximando as vivências dos povos indígenas e da comunidade surda. O VerOuvindo Circula é uma iniciativa da Com Acessibilidade Comunicacional, com incentivo da Política Nacional Aldir Blanc, e tem como missão democratizar o acesso ao cinema por meio de ações itinerantes e inclusivas. A exibição de “Wadja” promete ser um momento de celebração, reflexão e conexão entre territórios, saberes e linguagens diversas. ServiçoSessão gratuita do documentário “Wadja”📍 Cinema São Luiz (Rua da Aurora, 175 – Boa Vista, Recife)📅 24 de maio (sexta-feira), às 14h🎟️ Classificação indicativa: Livre🔊 Acessibilidade: Audiodescrição, Libras e legendas descritivas🔗 Mais informações: @verouvindo | verouvindo.com.br

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Filme pernambucano será exibido no festival francês "Regards Satellites".

Evento leva ao público francês a diversidade e ousadia do cinema brasileiro contemporâneo Entre os dias 3 e 7 de abril, a Mostra de Cinema de Tiradentes, um dos principais eventos do cinema brasileiro, ganha uma edição especial em Paris, cidade que marcou o nascimento da sétima arte. A programação traz uma seleção de 12 filmes brasileiros que refletem a diversidade, a experimentação e a inovação da produção nacional recente, incluindo o longa pernambucano Pacific, de Marcelo Pedroso. As exibições acontecerão em salas prestigiadas, como Cinéma L’Ecran, Cinéma Le Méliès, Cinemateca Francesa e Salle Langevin, dentro do festival francês "Regards Satellites". A abertura oficial será no Cinéma L’Ecran, no dia 3 de abril, com a exibição do curta mineiro Fantasmas, de André Novais Oliveira, e do longa cearense Estrada para Ythaca, dirigido por Guto Parente, Luiz Pretti, Ricardo Pretti e Pedro Diógenes. A mostra também apresentará obras como É Rocha e Rio, Negro Leo, de Paula Gaitán (SP), um mergulho sensorial na musicalidade de Negro Leo e na paisagem carioca; A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchôa (MG); Baronesa, de Juliana Antunes (MG); e Kickflip, de Lucca Filippin (SP). Além das exibições, a programação inclui uma atração especial no dia 9 de abril, das 18h às 20h, na Salle Langevin: uma conversa com os curadores Cléber Eduardo e Francis Vogner dos Reis. O evento promete aproximar ainda mais o público francês da riqueza cinematográfica brasileira. A programação completa está disponível no site oficial da Mostra de Tiradentes: www.mostratiradentes.com.br.

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Brasil celebra Oscar de Melhor Filme Internacional com 'Ainda Estou Aqui'

Filme de Walter Salles conquista estatueta inédita para o país; Fernanda Torres fica sem prêmio de Melhor Atriz O cinema brasileiro alcançou um marco histórico na 97ª edição do Oscar, realizada na noite deste domingo (3), em Los Angeles. O filme "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles, venceu na categoria de Melhor Filme Internacional, tornando-se a primeira produção brasileira a conquistar a estatueta nesta categoria. A obra superou concorrentes de países como França, Alemanha, Dinamarca e Letônia. Durante seu discurso de agradecimento, Walter Salles dedicou o prêmio a Eunice Paiva, viúva do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura militar no Brasil. O roteiro do filme foi inspirado na incansável busca de Eunice por respostas sobre o paradeiro do marido. O diretor também exaltou o trabalho da protagonista Fernanda Torres e sua mãe, Fernanda Montenegro, relembrando o legado das atrizes na história do cinema nacional. Apesar da vitória histórica, "Ainda Estou Aqui" não levou a estatueta de Melhor Filme, que ficou com "Anora", grande destaque da noite com cinco prêmios no total. Fernanda Torres, indicada na categoria de Melhor Atriz, também não venceu, sendo superada por Mikey Madison, protagonista de "Anora". A indicação, no entanto, reforçou a tradição familiar de excelência no cinema, já que Fernanda Montenegro também concorreu ao Oscar em 1999, por "Central do Brasil". No Brasil, a premiação coincidiu com o período do carnaval, gerando uma celebração digna de Copa do Mundo. Máscaras de Fernanda Torres e Selton Mello (intérprete de Rubens Paiva), além de fantasias inspiradas no Oscar, marcaram presença em blocos carnavalescos do Recife, de Olinda e de diversas cidades. O filme de Walter Salles, que já havia gerado grande repercussão antes da premiação, consolidou seu impacto cultural ao conquistar a estatueta inédita. A vitória de "Ainda Estou Aqui" também reacendeu debates sobre a ditadura militar e suas consequências. O livro autobiográfico que inspirou o filme, escrito por Marcelo Rubens Paiva, voltou ao topo das listas de mais vendidos. Além disso, em janeiro deste ano, a Justiça determinou a correção da certidão de óbito de Rubens Paiva, reconhecendo oficialmente que sua morte foi resultado de violência do Estado brasileiro. Paralelamente, o Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou que revisará a aplicação da Lei da Anistia para crimes de sequestro e cárcere privado cometidos durante o regime militar. Confira abaixo a lista dos premiados nas 23 categorias: Ator coadjuvante – Kieran Culkin, em A verdadeira dor Animação – Flow Curta-metragem animado – In The Shadow of Cypress Figurino – Wicked Roteiro original – Anora Roteiro adaptado – Conclave Maquiagem e penteado – A substância Edição – Anora Atriz coadjuvante – Zoe Saldaña, por Emília Pérez Design de produção – Wicked Canção original – El Mal, de Emilia Pérez Documentário de curta-metragem – A única mulher na orquestra Documentário   - No other land Som – Duna: Parte 2 Efeitos visuais: Duna: Parte 2 Curta-metragem em live-action – I´m not a robot Fotografia – O Brutalista Filme internacional – Ainda estou aqui Trilha sonora  – O Brutalista Ator –Adrien Brody, em O Brutalista Direção – Sean Baker, de Anora  Atriz – Mikey Madison, em Anora Filme – Anora

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Netflix: Amores Solitários (Crítica)

Em Amores Solitários, Katherine Loewe (Laura Dern), uma escritora famosa passando por bloqueio criativo, viaja a um retiro de escritores no Marrocos no intuito de buscar inspiração para sua nova obra. Lá, conhece Owen (Liam Hemsworth), um jovem investidor que foi apenas acompanhar a namorada ao evento. Isso é o que se vê na superfície. O bloqueio criativo de Katherine é consequência do fim de um relacionamento de 14 anos. O retiro serve de fuga do furacão que devastou sua vida. Do lado de Owen, a crise pousa sobre seu relacionamento com Lily (Diana Silvers), uma jovem escritora em início de carreira. A cada festa ou roda de conversa, Owen se dá conta de que não faz parte daquele universo, por vezes marcado pela arrogância, inclusive da própria namorada. Os conflitos pessoais aproximam Katherine e Owen, que dão início a um ardente relacionamento. "Amores Solitários" trata em profundidade da crise de identidade enfrentada pelos protagonistas. O fim do casamento fez Katharine questionar se realmente algum dia teve a capacidade de amar. A relação com Owen, alguns anos mais novo que ela, abre as portas para um recomeço. Laura Dern e Liam Hemsworth exalam boa química desde as cenas de amor com o belo litoral do Marrocos como pano de fundo, até aos momentos, digamos, mais quentes. Cenas dirigidas com muito bom gosto e talento por Susannah Grant, indicada ao Oscar pelo roteiro de "Erin Brockovich". Alguns personagens são mal explorados, como os outros escritores do retiro que poderiam render bons momentos à história. Destaque para Shosha Goren, atriz e comediante israelense que interpreta Ada, uma escritora pedante e de comentários ácidos, ganhadora do Nobel. Ben Smithard é o responsável pela fotografia do longa, que exibe belos cenários do Marrocos, como o centro de Marrakech e a Cordilheira do Atlas. Smithard tem no currículo filmes como "O Exótico Hotel Marigold 2" e "Meu Pai". "Amores Solitários" está disponível no catálogo da Netflix.

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Elizabeth Banks and Kumail Nanjiani talk about what they love about Illuminations adventure packed comedy Migration pop inqpop

Patos: animação do mesmo estúdio de Minions chega ao Prime Video

Como dizia Abelardo Barbosa, nosso Chacrinha, “Nada se cria, tudo se copia”, conhecida frase inspirada em Antoine-Laurent de Lavoisier que certa vez afirmou: “Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Isso vale para muita coisa na vida, inclusive para o audiovisual. Inspirada ou não nesse entendimento, chega ao Prime Video a animação Patos, do estúdio Illumination, o mesmo de Meu Malvado Favorito e Minions. “Pai inseguro superprotege os filhos e, com medo de que algo de ruim aconteça, impede que conheçam o mundo além de seu território”. Já viram algo parecido em algum lugar? Se pensaram em Procurando Nemo, acertaram. É o que acontece em Patos. A trama acompanha uma família de patos formada por Mack (Kumail Nanjiani), um pai superprotetor que tenta ao máximo convencer os filhos Dax (Caspar Jennings) e Gwen (Tresi Gazal) a não cruzarem a linha além do lago onde vivem. Mack é refutado por Pam (Elizabeth Banks), uma mãe cheia de coragem e com vibe de exploradora. A tranquilidade acaba quando um grupo de patos pousa na região e abre a possibilidade dos protagonistas conhecerem um mundo novo, mais especificamente a Jamaica. Dirigida por Benjamin Renner (A Raposa Má, Ernest et Célestine) e Guylo Homsy (Meu Malvado Favorito), a animação prende a atenção pelo carisma dos personagens principais e secundários e pela narrativa sempre em movimento, ora com boas piadas, ora com cenas de tensão. Coadjuvantes como a garça Erin (na versão brasileira dublada por Claudia Raia), personagem que protagonizaria tranquilamente qualquer filme de terror psicológico. Outro personagem é o Tio Dan (dublado pelo excelente Ary Fontoura), que no início dá a impressão de que será apenas um peso para os aventureiros, mas prova ser bom alívio cômico para a história. Voltando ao questionamento lá do início, ter uma sinopse parecida a de outra animação não é um problema. Até porque numa receita, o ingrediente principal pode ser trabalhado de diversas formas, o que contará no final será a criatividade. Patos é uma prova disso. É daquelas animações que merecem pedido de bis. Quem sabe, em breve, uma continuação? Patos está disponível no Amazon Prime Video.

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Crítica| Transformers: O Despertar das Feras

Depois da estreia do dispensável décimo Velozes e Furiosos, chegou a hora de outra franquia que ainda se mantém longeva. Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas cinco anos após o sucesso de crítica e público, Bumblebee (2018). O filme solo do Autobot mais carismático suscitou a expectativa de que a partir dali a franquia Transformers entraria numa nova fase de menos explosões e mais história. Só ficou na expectativa, mesmo. Na trama, os Autobots buscam uma maneira de retornar a Cybertron. A resposta pode vir de um artefato alienígena que, se ativado, levará Optimus Prime e Cia. de volta ao planeta de origem deles. O problema é que esse artefato também é procurado pelos Terrorcons, robôs nada amigáveis que estão a serviço de Unicron, um ser maligno devorador de mundos. O protagonismo dos Autobots é dividido com Noah (Anthony Ramos, de "Hamilton") um ex-militar que tenta a todo custo conseguir emprego para pagar o tratamento médico do irmão Kris (Dean Scott Vazquez), que sofre de uma doença rara. Noah e Optimus Prime compartilham conflitos parecidos. Enquanto Noah é desacreditado por um passado de indisciplina no exército, Prime tem a liderança questionada por ter perdido as primeiras batalhas para o novo inimigo. Homem e robô terão de vencer suas limitações para salvar a humanidade da aniquilação e ainda manter viva a esperança de um possível retorno dos Autobots a Cybertron. A novidade do longa é a presença dos Maximals, um misto de robôs e animais selvagens. O gorila Optimus Primal (Ron Perlman, de Hellboy) lidera o grupo, que tem também o veloz Cheetor (Tongayi Chirisa), o sábio falcão-peregrino Airazor (na voz da ganhadora do Oscar, Michelle Yeoh) e o poderoso rinoceronte Rhinox (David Sobolov). Os personagens são inspirados na série animada Beast War, exibida na década de 90. O roteiro é expositivo e descaradamente didático. Peca ao querer agradar ao mesmo tempo aos que curtem barulho ininterrupto de metal retorcido e aos que preferem uma trama, no mínimo, convincente. Insegurança que resulta em superficialidade para os dois lados. A pressa em saltar logo às sequências de ação afeta o desenvolvimento das personagens, não possibilitando ao espectador apego e interesse aos conflitos rasamente construídos. Transformers: O Despertar das Feras é um decepcionante retorno aos explosivos e descerebrados filmes anteriores a Bumblebee. Até funciona para uma boa tarde de pipoca e diversão. Porém deixa no ar a dúvida se realmente compensa gastar milhões de dólares em mais do mesmo, ainda que ensaiem uma possível união com outra famosa franquia de brinquedos, como é revelado no final do filme. Só o tempo e o retorno nas bilheterias responderão.

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Netflix: Pinóquio de Guillermo del Toro chega ao streaming

A morte é tema não muito frequente nas rodas de conversa. Por outro lado, o oposto dela é sonho de consumo da humanidade: a imortalidade. Há quem calcule que, com os avanços na área da nanotecnologia, daqui a poucas décadas a morte da Morte será decretada. Um problema a menos para a humanidade. Será mesmo? E se a ausência da Indesejada significasse um fardo? Tal questionamento já foi proposto no cinema como no filme "O Homem Bicentenário", protagonizado por Robin Williams. O assunto volta às telas com a estreia na Netflix de Pinóquio. A versão de Guillermo del Toro chega ao streaming três meses após o live-action da Disney, "Pinocchio", de Robert Zemeckis, que pouco acrescentou à história do famoso boneco. Diferente de Zemeckis, Del Toro surpreende ao instigar discussão e filosofar sobre a brevidade da vida. Na versão do cineasta mexicano, Pinóquio carrega consigo a sorte e o fardo da imortalidade. Sorte por possuir algo tão desejado por todos e fardo por, na caminhada, ter de presenciar a partida de cada pessoa que ama. Del Toro inova também ao contextualizar a trama na Itália de Mussollini. Em uma das cenas mais divertidas do filme, o líder fascista é ridicularizado por Pinóquio. Em tempos de avanço da extrema direita no mundo, crítica mais que benvinda. Foram necessários incríveis quinze anos até a conclusão do projeto, todo realizado em stop motion. A riqueza de detalhes dos cenários e caracterização das personagens, como também a bela cinematografia justifica cada ano gasto. O resultado é uma obra esteticamente rica e cheia de camadas. A direção é dividida com Mark Gustafson, que já trabalhou com stop motion em outras produções. O elenco que dublou às personagens tem nomes de peso como Ewan McGregor, que interpreta o grilo Criket, Cate Blanchett, que dá voz ao macaco Spazzatura e Christoph Waltz, como o vilão Count Volpe.

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Lula é personagem central em novo documentário

“A partir do momento que a gente decidiu pensar com a nossa cabeça, olhar e ver as coisas com os nossos próprios olhos, nós começamos a incomodar.” Izaltina, líder quilombola de Sergipe, incorpora bem em seu discurso a alma do documentário "O Povo Pode?", dirigido por Max Alvim. O documentarista encarou o desafio de propor algo novo em meio a tantos outros filmes já produzidos sobre o ex-presidente Lula. Ainda que em essência o longa trate de política, nomes comuns ao cenário político brasileiro ficaram de fora da lista de entrevistados. Como o próprio título sugere, o povo é protagonista. Personagens corriqueiramente tratados como coadjuvantes, aqui ganham destaque, com vez e voz para refletir sobre um Brasil que deixou de ser,  nostálgicos de um passado não tão apartado no horizonte. Além de Izaltina, assumem protagonismo o baiano João Pires, integrante do MST, a jovem camponesa Vani, do sertão pernambucano e a freira Aurieta, da comunidade Brasília Teimosa, em Recife. Lula é personagem central do doc, porém Alvim optou por focar nas imagens de arquivo e na construção da imagem do petista conforme o olhar particular dos quatro entrevistados. A figura do ex-presidente parece encarnar a representação do povo em mesma essência. É o que conclama a sertaneja Vani ao afirmar que "Lula é o povo". Alvim entrega no segundo ato uma restrospectiva que abarca desde a controversa prisão de Lula até o atual governo. Com imagens de arquivo e manchetes dos principais jornais do país, vai costurando fatos como a, no mínimo, estranha relação de Sérgio Moro com o governo Bolsonaro, rompida logo depois. Mostra a saída de Lula da cadeia, como também as ações do ministério do meio ambiente e a missão de "passar a boiada". Se por um lado a retrospectiva mostra-se rica em conteúdo, por outro parece desviar da proposta inicial que, acredito, seria focar no discurso dos quatro protagonistas. "O Povo Pode?" teve lançamento nacional no último dia 4. Já foi exibido em cidades como Recife e São Paulo. Max Alvim pretende promover exibições públicas e gratuitas, passando por sindicatos, universidades, cineclubes e praças públicas.

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