Arquivos filme - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

filme

172842105567059cbfb985c 1728421055 3x2 rt

Netflix: Amores Solitários (Crítica)

Em Amores Solitários, Katherine Loewe (Laura Dern), uma escritora famosa passando por bloqueio criativo, viaja a um retiro de escritores no Marrocos no intuito de buscar inspiração para sua nova obra. Lá, conhece Owen (Liam Hemsworth), um jovem investidor que foi apenas acompanhar a namorada ao evento. Isso é o que se vê na superfície. O bloqueio criativo de Katherine é consequência do fim de um relacionamento de 14 anos. O retiro serve de fuga do furacão que devastou sua vida. Do lado de Owen, a crise pousa sobre seu relacionamento com Lily (Diana Silvers), uma jovem escritora em início de carreira. A cada festa ou roda de conversa, Owen se dá conta de que não faz parte daquele universo, por vezes marcado pela arrogância, inclusive da própria namorada. Os conflitos pessoais aproximam Katherine e Owen, que dão início a um ardente relacionamento. "Amores Solitários" trata em profundidade da crise de identidade enfrentada pelos protagonistas. O fim do casamento fez Katharine questionar se realmente algum dia teve a capacidade de amar. A relação com Owen, alguns anos mais novo que ela, abre as portas para um recomeço. Laura Dern e Liam Hemsworth exalam boa química desde as cenas de amor com o belo litoral do Marrocos como pano de fundo, até aos momentos, digamos, mais quentes. Cenas dirigidas com muito bom gosto e talento por Susannah Grant, indicada ao Oscar pelo roteiro de "Erin Brockovich". Alguns personagens são mal explorados, como os outros escritores do retiro que poderiam render bons momentos à história. Destaque para Shosha Goren, atriz e comediante israelense que interpreta Ada, uma escritora pedante e de comentários ácidos, ganhadora do Nobel. Ben Smithard é o responsável pela fotografia do longa, que exibe belos cenários do Marrocos, como o centro de Marrakech e a Cordilheira do Atlas. Smithard tem no currículo filmes como "O Exótico Hotel Marigold 2" e "Meu Pai". "Amores Solitários" está disponível no catálogo da Netflix.

Netflix: Amores Solitários (Crítica) Read More »

Elizabeth Banks and Kumail Nanjiani talk about what they love about Illuminations adventure packed comedy Migration pop inqpop

Patos: animação do mesmo estúdio de Minions chega ao Prime Video

Como dizia Abelardo Barbosa, nosso Chacrinha, “Nada se cria, tudo se copia”, conhecida frase inspirada em Antoine-Laurent de Lavoisier que certa vez afirmou: “Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Isso vale para muita coisa na vida, inclusive para o audiovisual. Inspirada ou não nesse entendimento, chega ao Prime Video a animação Patos, do estúdio Illumination, o mesmo de Meu Malvado Favorito e Minions. “Pai inseguro superprotege os filhos e, com medo de que algo de ruim aconteça, impede que conheçam o mundo além de seu território”. Já viram algo parecido em algum lugar? Se pensaram em Procurando Nemo, acertaram. É o que acontece em Patos. A trama acompanha uma família de patos formada por Mack (Kumail Nanjiani), um pai superprotetor que tenta ao máximo convencer os filhos Dax (Caspar Jennings) e Gwen (Tresi Gazal) a não cruzarem a linha além do lago onde vivem. Mack é refutado por Pam (Elizabeth Banks), uma mãe cheia de coragem e com vibe de exploradora. A tranquilidade acaba quando um grupo de patos pousa na região e abre a possibilidade dos protagonistas conhecerem um mundo novo, mais especificamente a Jamaica. Dirigida por Benjamin Renner (A Raposa Má, Ernest et Célestine) e Guylo Homsy (Meu Malvado Favorito), a animação prende a atenção pelo carisma dos personagens principais e secundários e pela narrativa sempre em movimento, ora com boas piadas, ora com cenas de tensão. Coadjuvantes como a garça Erin (na versão brasileira dublada por Claudia Raia), personagem que protagonizaria tranquilamente qualquer filme de terror psicológico. Outro personagem é o Tio Dan (dublado pelo excelente Ary Fontoura), que no início dá a impressão de que será apenas um peso para os aventureiros, mas prova ser bom alívio cômico para a história. Voltando ao questionamento lá do início, ter uma sinopse parecida a de outra animação não é um problema. Até porque numa receita, o ingrediente principal pode ser trabalhado de diversas formas, o que contará no final será a criatividade. Patos é uma prova disso. É daquelas animações que merecem pedido de bis. Quem sabe, em breve, uma continuação? Patos está disponível no Amazon Prime Video.

Patos: animação do mesmo estúdio de Minions chega ao Prime Video Read More »

transformers o despertar das feras review thumb

Crítica| Transformers: O Despertar das Feras

Depois da estreia do dispensável décimo Velozes e Furiosos, chegou a hora de outra franquia que ainda se mantém longeva. Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas cinco anos após o sucesso de crítica e público, Bumblebee (2018). O filme solo do Autobot mais carismático suscitou a expectativa de que a partir dali a franquia Transformers entraria numa nova fase de menos explosões e mais história. Só ficou na expectativa, mesmo. Na trama, os Autobots buscam uma maneira de retornar a Cybertron. A resposta pode vir de um artefato alienígena que, se ativado, levará Optimus Prime e Cia. de volta ao planeta de origem deles. O problema é que esse artefato também é procurado pelos Terrorcons, robôs nada amigáveis que estão a serviço de Unicron, um ser maligno devorador de mundos. O protagonismo dos Autobots é dividido com Noah (Anthony Ramos, de "Hamilton") um ex-militar que tenta a todo custo conseguir emprego para pagar o tratamento médico do irmão Kris (Dean Scott Vazquez), que sofre de uma doença rara. Noah e Optimus Prime compartilham conflitos parecidos. Enquanto Noah é desacreditado por um passado de indisciplina no exército, Prime tem a liderança questionada por ter perdido as primeiras batalhas para o novo inimigo. Homem e robô terão de vencer suas limitações para salvar a humanidade da aniquilação e ainda manter viva a esperança de um possível retorno dos Autobots a Cybertron. A novidade do longa é a presença dos Maximals, um misto de robôs e animais selvagens. O gorila Optimus Primal (Ron Perlman, de Hellboy) lidera o grupo, que tem também o veloz Cheetor (Tongayi Chirisa), o sábio falcão-peregrino Airazor (na voz da ganhadora do Oscar, Michelle Yeoh) e o poderoso rinoceronte Rhinox (David Sobolov). Os personagens são inspirados na série animada Beast War, exibida na década de 90. O roteiro é expositivo e descaradamente didático. Peca ao querer agradar ao mesmo tempo aos que curtem barulho ininterrupto de metal retorcido e aos que preferem uma trama, no mínimo, convincente. Insegurança que resulta em superficialidade para os dois lados. A pressa em saltar logo às sequências de ação afeta o desenvolvimento das personagens, não possibilitando ao espectador apego e interesse aos conflitos rasamente construídos. Transformers: O Despertar das Feras é um decepcionante retorno aos explosivos e descerebrados filmes anteriores a Bumblebee. Até funciona para uma boa tarde de pipoca e diversão. Porém deixa no ar a dúvida se realmente compensa gastar milhões de dólares em mais do mesmo, ainda que ensaiem uma possível união com outra famosa franquia de brinquedos, como é revelado no final do filme. Só o tempo e o retorno nas bilheterias responderão.

Crítica| Transformers: O Despertar das Feras Read More »

FVPXY9lX0AEyRGU scaled 1

Netflix: Pinóquio de Guillermo del Toro chega ao streaming

A morte é tema não muito frequente nas rodas de conversa. Por outro lado, o oposto dela é sonho de consumo da humanidade: a imortalidade. Há quem calcule que, com os avanços na área da nanotecnologia, daqui a poucas décadas a morte da Morte será decretada. Um problema a menos para a humanidade. Será mesmo? E se a ausência da Indesejada significasse um fardo? Tal questionamento já foi proposto no cinema como no filme "O Homem Bicentenário", protagonizado por Robin Williams. O assunto volta às telas com a estreia na Netflix de Pinóquio. A versão de Guillermo del Toro chega ao streaming três meses após o live-action da Disney, "Pinocchio", de Robert Zemeckis, que pouco acrescentou à história do famoso boneco. Diferente de Zemeckis, Del Toro surpreende ao instigar discussão e filosofar sobre a brevidade da vida. Na versão do cineasta mexicano, Pinóquio carrega consigo a sorte e o fardo da imortalidade. Sorte por possuir algo tão desejado por todos e fardo por, na caminhada, ter de presenciar a partida de cada pessoa que ama. Del Toro inova também ao contextualizar a trama na Itália de Mussollini. Em uma das cenas mais divertidas do filme, o líder fascista é ridicularizado por Pinóquio. Em tempos de avanço da extrema direita no mundo, crítica mais que benvinda. Foram necessários incríveis quinze anos até a conclusão do projeto, todo realizado em stop motion. A riqueza de detalhes dos cenários e caracterização das personagens, como também a bela cinematografia justifica cada ano gasto. O resultado é uma obra esteticamente rica e cheia de camadas. A direção é dividida com Mark Gustafson, que já trabalhou com stop motion em outras produções. O elenco que dublou às personagens tem nomes de peso como Ewan McGregor, que interpreta o grilo Criket, Cate Blanchett, que dá voz ao macaco Spazzatura e Christoph Waltz, como o vilão Count Volpe.

Netflix: Pinóquio de Guillermo del Toro chega ao streaming Read More »

8cb295a05195fdd55df005dc26b4be81

Lula é personagem central em novo documentário

“A partir do momento que a gente decidiu pensar com a nossa cabeça, olhar e ver as coisas com os nossos próprios olhos, nós começamos a incomodar.” Izaltina, líder quilombola de Sergipe, incorpora bem em seu discurso a alma do documentário "O Povo Pode?", dirigido por Max Alvim. O documentarista encarou o desafio de propor algo novo em meio a tantos outros filmes já produzidos sobre o ex-presidente Lula. Ainda que em essência o longa trate de política, nomes comuns ao cenário político brasileiro ficaram de fora da lista de entrevistados. Como o próprio título sugere, o povo é protagonista. Personagens corriqueiramente tratados como coadjuvantes, aqui ganham destaque, com vez e voz para refletir sobre um Brasil que deixou de ser,  nostálgicos de um passado não tão apartado no horizonte. Além de Izaltina, assumem protagonismo o baiano João Pires, integrante do MST, a jovem camponesa Vani, do sertão pernambucano e a freira Aurieta, da comunidade Brasília Teimosa, em Recife. Lula é personagem central do doc, porém Alvim optou por focar nas imagens de arquivo e na construção da imagem do petista conforme o olhar particular dos quatro entrevistados. A figura do ex-presidente parece encarnar a representação do povo em mesma essência. É o que conclama a sertaneja Vani ao afirmar que "Lula é o povo". Alvim entrega no segundo ato uma restrospectiva que abarca desde a controversa prisão de Lula até o atual governo. Com imagens de arquivo e manchetes dos principais jornais do país, vai costurando fatos como a, no mínimo, estranha relação de Sérgio Moro com o governo Bolsonaro, rompida logo depois. Mostra a saída de Lula da cadeia, como também as ações do ministério do meio ambiente e a missão de "passar a boiada". Se por um lado a retrospectiva mostra-se rica em conteúdo, por outro parece desviar da proposta inicial que, acredito, seria focar no discurso dos quatro protagonistas. "O Povo Pode?" teve lançamento nacional no último dia 4. Já foi exibido em cidades como Recife e São Paulo. Max Alvim pretende promover exibições públicas e gratuitas, passando por sindicatos, universidades, cineclubes e praças públicas.

Lula é personagem central em novo documentário Read More »

duna Easy Resize.com

Crítica: Duna

Escrita por Frank Herbert, Duna é considerada uma das obras mais importantes da ficção científica. Ao todo, foram mais de 22 milhões de cópias vendidas em todo o mundo. O sucesso entre os fãs do gênero resultou na adaptação cinematográfica dirigida por David Lynch. O longa estreou em 1984 e fracassou em crítica e público. Nem o próprio Lynch gostou do recorte final, que sofreu consideráveis interferências dos produtores. Resultado: narrativa confusa, diálogos carregados de exposição e fãs enfurecidos. Mas há esperança. Ao menos é o que acredita e vende o diretor Denis Villeneuve com sua versão de Duna que estreia esta semana nos cinemas. Na trama, em meio ao domínio de um império intergaláctico feudal, a família de Paul Atreides (Timothée Chalamet) recebe a missão de administrar o planeta-deserto Arrakis. Do lugar brota a especiaria mais valiosa de todo o universo, conhecida como "melange". A substância desperta a ganância de outro clã, os Harkonnens, que lidera uma conspiração contra a Casa Atreides. Porém, algo maior está em curso, o cumprimento de uma profecia relacionada ao futuro de Paul e aos nativos do planeta Arrakis. Sob as cenas grandiosas e efeitos especiais é possível enxergar o subtexto: imagine um lugar que tenha suas riquezas exploradas por outra nação e que a "solução" para os conflitos locais será a chegada de outros estrangeiros. Lembra de algo parecido no mundo real? A história será contada em duas partes, decisão acertada do diretor franco-canadense. O filme de Lynch (ou seria dos produtores?) falhou ao tentar condensar a grandiosa jornada de Paul Atreides em pouco mais de duas horas. Só o primeiro livro na versão em português tem quase 700 páginas. Villeneuve escalou elenco de primeira para o projeto. Além de Timothée Chalamet no papel de Paul Atreides, estão no filme o excelente Oscar Isaac, firme como o Duke Leto Atreides, a atriz sueca Rebecca Ferguson, encarnando Jessica Atreides, Jason Momoa, que interpreta o guerreiro e amigo de Paul, Duncan Idaho, personagem com maior peso e presença na nova adaptação e Zendaya como Chani, personagem ainda pouco explorada na primeira parte. Completam o cast, Stellan Skarsgård, Javier Bardem, Josh Brolin e Dave Bautista.     Duna é o grande projeto de Villeneuve, nome de peso da nova geração de diretores. Sicario, A Chegada, Blade Runner 2049 dispensam apresentações. Em 2016, o diretor revelou à revista Variety o sonho de levar a obra à tela grande. Tela grande que foi pivô de grande polêmica. Duas semanas antes da estreia no Festival de Veneza, Villeneuve não permitiu à imprensa acesso a qualquer link de visualização do filme. Dessa forma, a obra só poderia ser vista, no primeiro momento, nas telonas. Reconheço que essa é daquelas obras que precisam ser vistas no cinema, com som e imagem de qualidade. A experiência não será a mesma na pequena tela de um celular. O longa deve se destacar nas grandes premiações, principalmente nas categorias técnicas como design de som, que aqui auxilia no processo de imersão, atuando como ferramenta narrativa. A trilha sonora é assinada pelo eclético Hans Zimmer, que já compôs para gêneros diversos como terror (It, Annabelle 2), animação (O Rei Leão, Kung Fu Panda) e ficção científica (A Origem, Blade Runner 2049). Duna tem aura de blockbuster, ainda assim, dificilmente agradará ao público que costuma procurar produções do gênero, como Os Vingadores e a franquia O Senhor dos Anéis. Cenas contemplativas como as que acontecem no deserto, momentos de ação pontuais, além do universo complexo criado por Herbert, podem entediar o espectador que não está familiarizado com os livros do autor.  

Crítica: Duna Read More »

Crítica| Os Espetaculares (Amazon Prime Video)

Quem costuma frequentar o metrô do Recife provavelmente já deve ter se deparado com uma campanha publicitária da Amazon Prime Video estampada nos trens e nas plataformas. De olho no grande público, o serviço de streaming está investindo em produções brasileiras de apelo mais comercial. Entre as apostas, a comédia Os Espetaculares. A história acompanha Ed Lima (Paulo Mathias Jr.), um comediante de stand-up egocêntrico que, na intenção de provar seu talento ao filho Theo (DJ Amorim), decide participar de um concurso de comédia. Para isso, fará parte de um grupo formado por um ator dramático (Rafael Portugal), uma comediante nerd (Luísa Perissé) e um atendente de padaria nada normal (Victor Meyniel). O filme é dirigido por André Pellenz, diretor do primeiro Minha Mãe é Uma Peça, longa recordista de público no Brasil. O roteiro, escrito por Sylvio Gonçalves (Confissões de Adolescente, S.O.S. Mulheres ao Mar) é raso e previsível. Em meio aos poucos momentos engraçados, destaque para uma sequência hilária de stand-up dentro de uma igreja evangélica.  Quanto ao elenco, Paulo Mathias Jr. não tem o carisma necessário ao posto de protagonista. Diferente de Luísa Périssé, que consegue imprimir na tela o mesmo talento e bom humor da mãe, Heloísa Périssé. Rafael Portugal fica aquém do bom trabalho que faz no Porta dos Fundos. Os Espetaculares estreou na Amazon Prime Video no início do mês ao lado do terror "A Gruta". A proposta é aumentar o número de produções brasileiras na plataforma. Mais dois filmes ainda estrearão em novembro: Carlinhos e Carlão (12/11) e No Gogó do Paulinho (19/11).

Crítica| Os Espetaculares (Amazon Prime Video) Read More »

Crítica | Por Lugares Incríveis (Netflix)

"Apenas um melodrama adolescente comum." A resposta de Theodore Finch (Justice Smith) ao professor Embry (Keegan-Michael Key) após ser questionado quanto ao seu estado, reflete bem o que é o novo filme da Netflix, Por Lugares Incríveis. A história acompanha Violet Markey (Elle Fanning), uma adolescente de 17 anos que sofre com a perda da irmã, morta em um acidente automobilístico. Violet decide pular de uma ponte, mas é impedida por Theodore, um colega da escola. Desde então, uma forte ligação começa a ser construída entre os dois. Este é sim mais um daqueles melodramas adolescentes no melhor (ou pior) estilo A Culpa É das Estrelas ou Um Amor Para Recordar. Ainda que o gênero tenha público, falta a essas histórias coragem para ousar e fugir do lugar comum. Por Lugares Incríveis é baseado no livro homônimo de Jennifer Niven, que também assina o roteiro ao lado de Liz Hannah (The Post: A Guerra Secreta). A trama até que ousa ao, no primeiro momento, dar destaque ao drama de Violet e, no meio do filme, mudar o foco para Theodore. A segurança demonstrada pelo protagonista no início era apenas uma capa que ocultava traumas do passado que o fazem fugir. Desde então, passa a sofrer bullying na escola e a ser chamado de aberração.     É justamente na metade do segundo ato que os personagens se revelam mais complexos, cheios de camadas. Mas o filme perde a força outra vez na conclusão ao optar por um desfecho clichê e preguiçoso. Elle Fanning e Justice Smith têm até carisma, mas falta química ao casal de protagonistas. Parte por culpa do roteiro que não desenvolve bem a relação entre os personagens. Importantedestacar o belo trabalho de fotografia realizado por Rob Givens. Por Lugares Incríveis tem algumas pitadas de road movie: as cenas na estrada, algumas tomadas aéreas, e de lugares exóticos como um grande lago (que terá certa importância para o desfecho da história) são de encher os olhos. As fragilidades do roteiro e das atuações não ofuscam a importância do filme no sentido de propor a discussão de temas atuais e necessários como o bullying e a depressão. Por Lugares Incríveis está atualmente entre os dez filmes mais assistidos na Netflix.    

Crítica | Por Lugares Incríveis (Netflix) Read More »

"A Vida Invisível" é indicado para o Independent Spirit

Representante brasileiro na luta por uma vaga no Oscar em 2020, “A vida invisível” deu mais um passo para que isso aconteça nesta quinta-feira (22): o longa-metragem está indicado na categoria de Melhor Filme Internacional do Independent Spirit, considerado o maior prêmio de cinema independente. A premiação ocorre em 8 de fevereiro de 2020, nos Estados Unidos, e é um importante termômetro para o Oscar. O diretor Karim Aïnouz comemora a nomeação: “É uma honra nosso filme ter sido nomeado. É um reconhecimento do nosso esforço, do cinema brasileiro. Tendo trabalhado tanto tempo dentro da comunidade do cinema independente americano, nos anos 90, esta indicação me enche de energia. Viva o cinema brasileiro!” O produtor Rodrigo Teixeira também exalta a indicação ao Independent Spirit: “Recebo com grande satisfação essa indicação ao mais importante prêmio do cinema independente. ‘A vida invisível’ merece esse reconhecimento e o cinema nacional também.” “A vida invisível” teve a première em maio deste ano no Festival de Cannes e venceu a mostra Um certo olhar, conquistando um prêmio inédito para o cinema brasileiro. Nos Estados Unidos, o filme tem distribuição da Amazon e a previsão de chegada em solo norte-americano é 20 de dezembro. Já está em cartaz nas salas de cinema do Brasil há algumas semanas, incluindo pré-estreias e o lançamento realizado na quinta. SOBRE O FILME – As irmãs Guida (Julia Stockler) e Eurídice (Carol Duarte) são como duas faces da mesma moeda – irmãs apaixonadas, cúmplices, inseparáveis. Eurídice, a mais nova, é uma pianista prodígio, enquanto Guida, romântica e cheia de vida, sonha em se casar com um príncipe encantado e ter uma família. Um dia, com 18 anos, Guida foge de casa com o namorado. Ao retornar grávida, seis meses depois e sozinha, o pai, um português conservador, a expulsa de maneira cruel. Guida e Eurídice são separadas e passam suas vidas tentando se reencontrar, como se somente juntas fossem capazes de seguir em frente. Tudo isso ambientado no Rio de Janeiro, a partir dos anos 1950, e com participação especial de Fernanda Montenegro. O filme é baseado em romance homônimo escrito por Martha Batalha. Por Houldine Nascimento

"A Vida Invisível" é indicado para o Independent Spirit Read More »

Mostra Play The Movie chega ao Recife e Olinda nesta terça

Como parte da programação do Festival No Ar Coquetel Molotov, a Mostra Play The Movie completa 12 anos. As sessões da Mostra acontecem desta vez no COMPAZ Ariano Suassuna e no Cine Teatro Fernando Santa Cruz, no Mercado Eufrásio Barbosa, trazendo em sua programação uma seleção de videoclipes e documentários inéditos entre os dias 22 e 26 de outubro. O evento conta com patrocínio das Baterias Moura e Uninassau através da Lei Federal de Incentivo à Cultura e apoio do Canal Curta. Nos dias 22 e 23 de outubro, a Mostra Play The Movie vai até o COMPAZ Ariano Suassuna, no Cordeiro, para apresentar sessões especiais com os filmes pernambucanos "Chico Science: Caranguejo Elétrico" e "Sete Corações" para jovens da comunidade e de escolas próximas. Nos dias seguintes, o evento parte para Olinda onde serão exibidos “Clara Estrela”, biografia sobre a cantora Clara Nunes, em uma sessão de acessibilidade com janela de libras e audiodescrição para pessoas com deficiênciaauditivas e/ouvisual. Antes da sessão, acontece a exibição do curta “Neurônios da Ilha”, de Rostand Costa. Completam a seleção de filmes os documentários “Erlon Chaves – Maestro do Veneno” (Dir: Alessandro Gamo) e "Sotaque Elétrico" (Dir: Caio Jobim e Pablo Francischelli), que apresenta o histórico da guitarra em terras brasileiras. "A cada ano, o desafio maior nesta mostra é apresentar produções que não tenham sido exibidas por aqui e com lançamentos. Em parceria com o Canal Curta que ajudou a produzir alguns destes filmes apresentados, conseguimos trazer obras como Erlon Chaves - Maestro do Veneno, Sotaque Elétrico e Clara Estrela. Filmes que apresentam personagens da música nacional de grande importância e que precisam ser vistos pelas novas gerações" resume Jarmeson, curador da Mostra. Além da exibição dos filmes, a Play The Movie apresenta três cine-concertos no Mercado Eufrásio Barbosa, com as bandas pernambucanas Guma, BuffaloLectere com o duo TOMAGA, que veio ao Brasil através do programa Pontes do Oi Futuro, instituto de inovação e criatividade da Oi, e do British Council. Na semana do evento, o TOMAGA ainda realiza uma imersão com músicos e artistas locais no Estúdio Apollo17 (Recife Antigo) com workshops nos dias 22, 23 e 24, das 14h às 18h, com inscrições gratuitas. CINE-CONCERTOS: Com um rock’n roll de influências plurais, o trio da banda Buffalo Lecter dispensa as fórmulas prontas e se fez em laboratório para alcançar a sonoridade multifacetária característica da banda, uma química incendiária que não vai te deixar parado! Formada por Jadie Tavares na Bateria, Laio Orellana na Guitarra e Marcelo Duva no contrabaixo elétrico, a banda lançou em Julho de 2019 seu primeiro registro fonográfico, um EP homônimo, com 4 músicas, disponível nas principais plataformas de streaming. GUMA passeia por solos psicodélicos, grooves dançantes, uso de sintetizadores e instrumentação orgânica. Divagações sobre a vida real ou fantasiada, a banda tem o mar, como objeto de admiração, medo e fascínio. Solidão, desilusões da rotina, encantos amorosos ou a inadaptação às convenções da vida são alguns dos temas recorrentes. Em meio à confusão, porém, a procura por um norte também dá o tom das canções. TOMAGA é o nome da dupla de multi-instrumentistas formada pelo britânico Tom Relleen e a italiana Valentina Magaletti. Os dois trabalham com música experimental e apresentam improvisações e referências de jazz, progressivo e krautrock. A dupla usa microfones de contato e gravações de som ambiente para modificar instrumentos e sons e criar um familiar, mas novo mundo sonoro. Com a participação de músicos locais, a dupla busca capturar a essência regional e personalizá-la com a paleta sonora do duo. A imersão conta, ainda, com a colaboração de Benke Ferraz (Boogarins). As inscrições para imersão são gratuitas e podem ser feitas através do link: https://docs.googlecom/forms/d/e/1FAIpQLSeT93wETPVbOXwjpxm4PmN4M5XjtY8UyKVYOlaw50CmSaS6w/viewform MOSTRA PLAY THE MOVIE 2019 PROGRAMAÇÃO COMPLETA COMPAZ Ariano Suassuna (Cordeiro, Recife) 22/out | Terça 09h00 Neurônios da Ilha (Dir: Rostand Costa) Sinopse: Neurônios da Ilhaé um documentário curta-metragem que conta a história de Marcelo, Izídio e Duka. três músicos independentes que vivem na Ilha do Maruim e integram a banda de reggae Neuro Roots. Alimentando o sonho de viver da música, estendem sua potenciatão longe quanto podem, ensinam música a crianças da comunidade onde vivem e respondem criativamente à violência do nosso tempo buscando saídas por desvios poéticos. 09h15 Chico Science: Caranguejo Elétrico (Dir: José Eduardo Miglioli Junior) Sinopse: O documentário acompanha a carreira do mentor do Manguebeat através de imagens de arquivo, gravações inéditas e depoimentos de nomes como Fred Zero Quatro (Mundo Livre S/A), Jorge Mautner, Carlos Eduardo Miranda, Arnaldo Antunes, Paralamas do Sucesso, Dengue, Lucio Maia, Jorge Du Peixe e Toca Ogan. 23/out | Quarta 09h00 Seleção Videoclipes da Convocatória Play The Movie 2019 09h15 Sete Corações (Dir: Dea Ferraz) Sinopse: Sete vidas. Sete histórias. Sete músicos. Um ritmo. Um amor: O Frevo. A história de um eterno amor de carnaval é contada por sete maestros, embalada por uma trilha composta a 14 mãos. Um registro histórico da obra e vida dos sete principais, e remanescentes, compositores de frevo de Pernambuco. Os maestros Duda, Nunes, Guedes Peixoto, Clóvis Pereira, Ademir Araújo, Edson Rodrigues e José Menezes se reúnem para contar as histórias do estilo musical, das canções e deles próprios. Teatro Fernando Santa Cruz, Mercado Eufrásio Barbosa (Olinda) 24/out | Quinta 19h00 Seleção Videoclipes da Convocatória Play The Movie 2019 19h15 Sessão acessível - “Clara Estrela” (Dir: Susanna Lira e Rodrigo Alzuguir) Sinopse: O filme narra, por meio de entrevistas em diversos programas de TV e rádio, a trajetória de Clara Nunes, cantora que conquistou o Brasil e vários países do mundo. 21h00 BUFFALO LECTER (PE) - Cine-Concerto ao vivo 25/out | Sexta 19h00 Seleção Videoclipes da Convocatória Play The Movie 2019 19h15 Erlon Chaves - Maestrodo Veneno” (Dir: Alessandro Gamo) Sinopse: Este extraordinário músico brasileiro começou sua carreira no rádio, trabalhou como arranjador, compositor de trilhas para TV e cinema e foi precursor da soul music no Brasil com a banda Veneno. 21h00 TOMAGA (UK) - Cine-Concerto ao vivo 26/out | Sábado 18h00 Seleção Videoclipes da Convocatória Play The Movie 2019

Mostra Play The Movie chega ao Recife e Olinda nesta terça Read More »