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Funcultura

Aberta oficina de dança popular

O projeto Ações Coordenadas em Dança – Acorda volta para formar a segunda turma do Recife em janeiro. O projeto de dança popular, que conta com o incentivo do Funcultura, também já promoveu oficinas gratuitas nos municípios de Água Preta e Nazaré da Mata. “Na primeira oficina, tivemos muitos alunos dos bairros mais centrais do Recife, Agora, a expectativa é conseguir atingir pessoas da região metropolitana, possibilitando o encontro delas com a própria cultura, por meio da dança Brasílica”, sailenta a bailarina e idealizadora do projeto, Christianne Galdino. Idealizado pelos bailarinos e pesquisadores Christianne Galdino, Pedro Pernambuco e Carmem Queiroz, ao lado da produtora cultural Carla Navarro, o projeto Acorda preserva a dança Brasílica, desenvolvida originalmente pelo Balé Popular de Pernambuco. A metodologia resgata a formação cultural e a história do Nordeste, baseando-se nas manifestações populares, a exemplo do caboclinho, maracatu, frevo, reisado, entre outros ritmos. Dividido em quatro ciclos, o formato contempla os ciclos carnavalesco, junino, afro-ameríndio e natalino, a serem trabalhados na formação. A primeira capacitação do Acorda na capital pernambucana aconteceu em duas etapas, nos meses de setembro e outubro. E a segunda turma está marcada também em duas fases: nos dias 26 e 27 de janeiro, e nos dias 2 a 10 de fevereiro. As aulas acontecem sempre das 9h às 12h e das 13h às 16h, no Espaço Vila, localizado em Santo Amaro. Na última aula da turma, no dia 10 de fevereiro, será realizada uma pequena mostra para que os alunos apresentem o que aprenderam com as oficinas do Acorda. “O projeto tem sido muito bem aceito em todas as cidades por onde passamos. Estamos muito felizes com os resultados. Vimos que as pessoas têm interesse, que há demanda para a dança popular. É preciso manter acesa essa chama e é esse o objetivo do Acorda. Cada lugar que recebeu as turmas contou com suas particularidades, mas em todos houve muita entrega dos alunos e muita procura pelas vagas. A vontade é continuar, fazer novas edições em outras cidades pernambucanas. Estamos avaliando esta possibilidade por se tratar de uma iniciativa apoiada pelo Funcultura”, explicou Chris Galdino. A última turma do Acorda contará com 20 participantes, entre adolescentes a partir dos 14 anos a adultos interessados em dança, sem restrição de idade. O grupo está sendo formado por articuladores presentes no Recife e na Região Metropolitana. A proposta é reunir pessoas de todas as idades com algum interesse em dança ou que tenham presença importante na vida cultural das comunidades, para que funcionem como multiplicadores. “O nosso principal objetivo, de plantar a sementinha da dança popular, foi alçando com sucesso. Não ter colocado idade máxima de participação foi muito bom porque tivemos pessoas mais velhas envolvidas, mães e filhos dançando juntos e isso foi o muito legal”, finaliza a dançarina. PROGRAMAÇÃO RECIFE LOCAL: Espaço Vila (Rua Radialista Amarílio Nicéas, 76, Santo amaro) DATAS: 26 e 27 de janeiro e 2, 3, 9 e 10 de fevereiro HORÁRIO: das 9h às 12h, das 13h às 16h --

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Eu não estou louca, individual de Juliana Lapa, aporta na Torre Malakoff

A artista Juliana Lapa abre, no próximo dia 1 de setembro, às 16h, na Torre Malakoff a exposição individual Eu não estou louca. A mostra, que tem incentivo do Funcultura e apoio da Galeria Amparo 60 e da Companhia Editora de Pernambuco, reúne desenhos, fotografias e objetos criados pela artista entre 2015 – 2018. As obras, que seguem caminhos distintos, formam uma narrativa bastante consistente e representativa do trabalho da artista. Segundo Juliana Lapa, a mostra começou a ser pensada através de uma pesquisa sobre as relações silenciosas e silenciadas no espaço urbano. “gostaria muito de trabalhar uma carga emotiva em paisagens que evidenciam tensões ou afetos do cotidiano. Neste momento de maior busca e entendimento sobre as questões do feminino, passei a entender o meu próprio corpo como um território onde estas tensões e afetos transpassam o tempo todo. Este trabalho ampliou bastante a leitura sobre emoções humanas como motores para auto-revoluções, sejam impressas em paisagens urbanas ou no meu próprio corpo desenhado". A partir dessa ampliação, foi concebida a exposição Eu não estou louca. As imagens apresentadas, ao mesmo tempo que contam suas próprias histórias, cri am juntas uma narrativa a parte. “É um verdadeiro conjunto de possibilidades. Eu não estou louca levanta questões sobre a saúde emocional da mulher e as constantes invasões mentais e físicas que vivemos. Porém, também representa essa incredulidade com o que estou vendo, com esse presente fantástico que vivemos hoje, na política e também no estudo da espiritualidade”, detalha a artista. A literatura é também uma referência importante no trabalho da artista. A frase “no meio da nossa vida me encontrei numa selva escura e sombria”, de Dante, na Divina Comédia, foi uma referência na concepção da série de desenhos Breu, apresentada em parte na Torre Malakoff. A série retrata a entrada neste ambiente interno, denso, escuro. São autorretratos da artista adentrando nesse ambiente de floresta, um lugar sem filtros, "no campo das verdades". A volta constante à mata, local onde a mãe natureza reina absoluta, é um dos focos da artista. Outro aspecto forte da exposição é a identidade animalesca da mulher, que também aparece com muita força nos desenhos apresentados na exibição. São mulheres feridas, que venceram o sofrimento, que soltaram seus bichos. “É um movimento de reconhecer tanto um ser caminhando para a evolução, quanto um ser passível de reproduzir as mazelas que sofreu e que se transforma nessa figura que, em sua essência, é divina e medonha. Este ser representa a força da natureza inevitável, que denuncia que as nossas mazelas sociais e ambientais se relacionam com o feminino devastado e enfraquecido nas engrenagens sociais, políticas e econômicas. Esse conjunto de obras é um espelho muito sincero e até doloroso, espero que outras pessoas encontrem ali também suas dualidades." Segundo a artista, os diários que escreve regularmente, há anos, foram inspiradores e determinantes na produção de boa parte das obras em exibição e, por isso, parte deles será apresentada ao público durante a mostra, juntamente com algumas fotografias que também representam essa investigação constante da artista sobre as emoções humanas. Haverá o lançamento de um catálogo, que reunirá alguns textos críticos sobre o trabalho da artista assinados por Pollyana Quintella e Mariana de Matos. Ao longo da exposição haverá também uma programação com educativo atuante junto a adolescentes de baixa renda, oficina de desenho e uma programação de visitas guiadas com acessibilidade comunicacional.   SERVIÇO Eu não estou louca – Juliana Lapa Sábado, 1 de setembro, às 16h Visitação da mostra até 11 de outubro. Torre Malakoff Praça do Arsenal, s/n – Recife-PE Terça a sexta, das 10h às 17h. Sábado, das 15h às 18h. Domingo, das 15h às 19h.

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Cia de Frevo na programação do Quartas da Dança

Apresentando tanto o que há de novo, quanto o que há de tradicional no frevo, o grupo Cia de Frevo do Recife vai subir ao palco do Teatro Barreto Júnior hoje (8), às 20h, com o espetáculo Frevariando. O espetáculo faz parte da programação do Quartas da Dança, projeto promovido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, para fomentar a dança na cidade. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) e serão vendidos na bilheteria do teatro. A temporada do espetáculo, que começou na quarta-feira passada, encerra no próximo dia 15. A proposta do Quartas da Dança, cujas apresentações foram iniciadas no último mês de maio, é assegurar palco e formar público para a dança na cidade, por isso disponibiliza o Teatro Barreto Júnior com condições facilitadas para grupos, companhias e artistas independentes. Os grupos têm direito à bilheteria das apresentações, pagando apenas 10% da arrecadação pela ocupação do teatro. Confira a programação completa do Quartas da Dança:   Agosto - Dias 8 e 15: Frevariando, da Cia de Frevo do Recife   - Dias 22 e 29: Índios do Brasil, do Grupo Companhia Artística Jovens Encenam (AJÊ) Setembro - Dias 5, 12, 19 e 26: Falso Brilhante, da Outros Ares Cia de Dança Outubro - 3 e 10: Destremelar, do Grupo Destremelar - Dia 17: Magna, da Cia Mestiça de Cris Galdino - Dias 24 e 31: Se tu Soubesses, da Cia de Dança Ferreiras Novembro - 7 e 14: Duvido, da Cia Sopro de Zéfiro e Ária Social

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Mostra Canavial de Cinema leva filmes para Mata Norte

A Mostra Canavial de Cinema chega à sua sexta edição e contempla oito cidades da Zona da Mata Norte de Pernambuco. Condado, Goiana, Tracunhaém, Lagoa do Carro, Nazaré da Mata, Vicência, Aliança e São Vicente Ferrer receberão, entre os dias 10 e 29 de janeiro, o festival. Com uma ampla programação gratuita, além das exibições norteadas pela temática "Cinema e Guerrilha", com curadoria do jornalista e crítico Fabrício Cordeiro, a mostra expande as atividades e leva aos municípios, oficinas, debates e apresentações musicais. O projeto é realizado pelo Núcleo de Produção Engenho Digital (NPED), com apoio do SESC e incentivo do Governo de Pernambuco através do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura). Realizado desde 2011, com coordenação de Caio Dornelas, o Festival divide as exibições em dois programas oficiais com 10 curtas-metragens que serão exibidos em todas as cidades: "Do Canavial para o Mundo" e "Do Mundo para o Canavial". Entre as películas, destaque para "Mata Norte", dirigido por Tuca Siqueira, que apresenta o contraste entre a tradição do folclore indígena de Goiana, Zona da Mata Norte, e a promessa de desenvolvimento da fábrica da FIAT. "O delírio é a redenção dos aflitos", do diretor pernambucano Felipe Fernandes, curta com maior número de premiações pelo júri no Festival de Brasília e selecionado para a Semana da Crítica de Cannes, aborda através do cinema, a guerrilha diária de uma mãe, dividida entre o trabalho diário e o risco de desabamento de um prédio-caixão. "Couro de Gato", filme carioca da década de 1960, dirigido por Joaquim Pedro de Andrade, entra num realismo lírico, numa síntese de ficção e documentário, conta a história de garotos que moram numa favela e, às vésperas do carnaval, roubam gatos para os fabricantes de tamborins. Também foram selecionados curtas de diversos estados brasileiros, como Minas Gerais, Ceará, São Paulo e do Distrito Federal. PRODUÇÃO LOCAL – Em Goiana, nos dias 14 e 15 de janeiro, a Mostra reserva um espaço na programação para realização do "6º Encontro do Arranjo Produtivo Local em Audiovisual", na Pousada Atapuz. Realizado em paralelo com a Mostra desde a sua primeira edição, o encontro recebe este ano cerca de 40 produtores, realizadores, empresas, artistas, estudantes, cineclubistas e o público interessado, num momento dedicado ao pensamento estratégico de ações e projetos para a fortalecimento da produção audiovisual local no desenvolvimento do audiovisual na região. "É um momento importante pois são dos encontros que surgem as oportunidades de realização de projetos intermunicipais, com o DNA genuinamente regional" complementa Caio Dornelas. Durante o encontro, acontecerá a oficina "Elaboração na área de projetos audiovisuais - da ideia ao produto cultural", ministrada por Carla Francine, sócia da Casa de Cinema de Olinda produtora e ex-coordenadora de audiovisual da Fundarpe. Também ocorrerá O "1º Encontro de Cineclubes da Mata"; o lançamento do livro "Direções: relatos do cinema pernambucano contemporâneo", da cineasta Alice Gouveia; e um bate papo sobre o "Cinema na Luta Pelos Direitos Humanos", com Ivan Moraes, militante dos direitos humanos e da regulamentação da mídia no Brasil, recém-eleito vereador da cidade do Recife pelo PSOL. O encontro recebe ainda duas atividades especiais: uma sessão especial intitulada "Made in Mata Norte", que exibirá os mais recentes produtos audiovisuais finalizados na região: "Painho e o trem", de Mery Lemos, rodado em Carpina e Paudalho; "Banda Saboeira – A história que nos contam" e o videoclipe da música "Cinza Talvez", de Valfrido Santiago e Arreboque, rodados em Goiana. A segunda sessão especial é do longa-metragem "Pedro Osmar, prá liberdade que se conquista", seguido de um pocket show do músico Pedro Osmar, personagem do longa e fundador do Jaguaribe Carne, notório grupo-manifesto musical paraibano da década de 1970, por onde passaram artistas como Chico César e Paulo Ró. A REGIÃO E O PÚBLICO - As atividades da Mostra Canavial de Cinema percorrem comunidades bem diversas dentro da Zona da Mata Norte de Pernambuco. Regiões praieiras como Atapuz no litoral de Goiana; comunidades rurais, como o assentamento Camarazal em Nazaré da Mata; pequenos distritos que preservam de maneira única a atmosfera de séculos de história, como Upatininga, em Aliança; e Trigueiros, uma comunidade remanescente de quilombo em Vicência. Outras cidades recebem nossas atividades nos seus centros urbanos, como Condado, Lagoa do Carro, Tracunhaém e São Vicente Ferrer. "As especificidades de cada local em que exibimos faz necessário o constante exercício de olhar e refletir junto com o público. É importante perceber as coisas que os distanciam e os aproximam. Nesse sentido, os debates que ocorrem após as sessões são importantíssimo na construção dessa relação com o local e como avaliação para o próprio projeto", afirma Caio Dornelas". Em Nazaré da Mata, a Mostra acontecerá no Assentamento Camarazal do MST. O local, que foi cenário há aproximadamente 20 anos de um massacre aos moradores da região, hoje é símbolo de resistência e um dos principais polos da Mostra Canavial de Cinema. Além da oficina de elaboração, o fotógrafo Ernesto Rodrigues ministrará um curso de fotografia para o público local.

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