Arquivos gastronomia - Página 3 de 6 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

gastronomia

Uma café especial no mercado público

Os mercados públicos têm uma clientela e características mais populares. No entanto, há seis anos o Mercado da Encruzilhada, na zona norte do Recife, ganhou a operação de uma cafeteria especial. O Café do Bonde, que tem à frente as sócias Cláudia Magalhães e Ana Cláudia Martins, funciona no mesmo lugar que há 51 anos já eram servidos os tradicionais cafezinhos. Anteriormente, porém, sem a proposta de sofisticação dos pratos e da bebida mais querida do Brasil. Os grãos servidos no espaço são pernambucanos, vindos do Sítio Recanto da Ingazeira, de Taquaritinga do Norte. A maioria dos itens do cardápio são de produção do próprio estabelecimento e com um toque de receita da família. O cuidado com o café, do grão à xícara, típico das cafeterias especiais, também está presente no Café no Bonde. Um dos diferenciais do espaço, está no relacionamento do público com o local, bem tradicional tal qual o mercado. "Na primeira geração das cafeterias, as pessoas iam para se reunir e conversar sobre política. Nesse aspecto temos um público típico da primeira geração. Gostam de discutir política. Tem tanto um público mais idoso, que vem há muitos anos ao mercado, como também seus filhos, que costumavam vir com os pais na infância", conta Ana Cláudia. Ela conta que os clientes que frequentam o café são predominantemente de orientação política de esquerda. E que não falta um bom debate no balcão. "Temos uma relação de muita afetividade com os clientes". O estabelecimento tem uma pequena estante de livros que ficam à disposição dos clientes, que podem levar para ler e trazer posteriormente. Podem dar uma folheada, enquanto apreciam o café. E podem trazer também algumas leituras para compartilhar com outros clientes do espaço. A literatura é uma arte apreciada pelas médicas e pelos clientes típicos do local. "Trocamos livros com os clientes. É uma ciranda da literatura", afirma Ana Cláudia. No cardápio, um dos destaques do espaço são os bolos. O de macaxeira, inclusive, tem a receita e é produzido pela mãe de Ana Cláudia, a Sra Zilda Martins, de 85 anos. As comidinhas de época, como os quitutes de milho no período junino, também são uma marca do local. Um dos destaques do cardápio, a foto abaixo, é a torta de maçã com ameixas, regado com mel de laranja e canela. . . Uma novidade recente do espaço que é bem apreciada pelos coffee lovers é a oferta da bebida preparada por grãos especiais vindos de outras regiões. Atualmente, estão no cardápio os cafés da Colômbia, do Espírito Santo e de Minas Gerais. "Nós abrimos a cafeteria com cafés especiais de Minas Gerais. Mas quando dissemos que tinha uma opção de grão pernambucano, bairrista como é o público local, não vendemos mais nenhuma xícara de fora. Hoje essas opções de cafés são apreciadas mais pelo público especializado", conta Ana Cláudia. Outra novidade do espaço mais recente é a venda de equipamentos de métodos de preparo dos cafés. Assim, os clientes que gostam da bebida preparada pelo Café do Bonde podem levar essa experiência para suas casas. O nome do local foi escolhido porque no passado passava e parava na Encruzilhada um bonde. "Aqui era uma estação de bonde. Escolher esse nome para o espaço é uma forma também de resgatar essa memória", conta Ana Cláudia. Para quem não conhece ainda o Mercado Público da Encruzilhada, trata-se de um espaço mais organizado que a maioria dos mercados do Recife e que opera de uma forma bem tradicional ainda. É uma experiência cultural na capital pernambucana. O prédio tem uma fachada no estilo da Art Déco. Vale a pena visitar também por esse motivo. E, claro, aproveitar para tomar um bom café e trocar uma ideia sobre política. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com) . VEJA TAMBÉM   Café Mais Prosa: Um café familiar na Zona Norte . Na Venda, tradicional café das Graças inova no cardápio . Leiva: um café artesanal e uma inspiração familiar . Lalá, o café afetivo do bairro das Graças . Cordel, o novo recanto dos cafés especiais no Parnamirim  

Uma café especial no mercado público Read More »

“Bolo que te quero bolo”

Tão próximo do açúcar, das receitas das casas, dos doces de rua, dos mercados, das padarias, das “boleiras ”,Gilberto Freyre desenvolve um olhar afetivo que se junta ao método de traduzir as relações sociais pelos muitos preparos culinários com os doces do cotidiano e da festa, em especial destacando o bolo enquanto uma verdadeira comida- símbolo de Pernambuco. Gilberto Freyre no seu livro “Açúcar: em torno da etnografia, da história e da sociologia do doce no Nordeste canavieiro do Brasil” com numerosas receitas raras de doces e bolos da região e, para efeitos de comparação, algumas de outras áreas brasileiras e outras tantas de Goa (Índia Portuguesa), reunidas e selecionadas pelo autor ; afirma seu olhar e a sua plural leitura sobre uma multiculturalidade fundadora da civilização do açúcar, dos doces e na formação de paladares regionais que valorizam o que é doce. E Gilberto localiza e enfatiza a doçaria de Portugal, diga-se uma doçaria já mundializada a partir do século XVI, e destaca as muitas opções de receitas de bolos, sim muitos, variados, para as casas, para as festas, para as devoções religiosas. No caso do Nordeste os bolos identificam os engenhos de açúcar ,enquanto verdadeiros brasões construídos nas receitas particulares e autorais, que são essencialmente simbólicas de uma história e de uma família. Para Gilberto, cada bolo é muito mais do que uma receita. O bolo traz uma variedade de temas, de personagens, de localidades, de santos de devoção, entre tantos outros motivos. Cada bolo tem a sua individualidade, e marca, e assim mostra seus territórios de afetividade, de celebração, de religiosidade, de homenagem. Cada bolo é certamente uma realização gastronômica de estética e de sabor, e na sua maioria traz ingredientes nativos, “da terra”, mais uma maneira de atestar identidade. Assim, bolo São Bartolomeu, bolo Divino, bolo São João, bolo Souza Leão; bolo Souza Leão à moda da Noruega, bolo Souza Leão-Pontual, bolo de milho D. Sinhá; bolo de milho Pau-d’alho, bolo Guararapes, bolo Paraibano, bolos fritos do Piauí; bolo de bacia à moda de Pernambuco, bolo de rolo pernambucano, entre tantos. O bolo traz uma intenção, uma assinatura, uma receita; uma intenção pessoal ou coletiva, regional. Ele marca o terroir do doce em Pernambuco. Também o significado de um bolo é repleto de valores familiares, de festas, de ritos de passagem; dos prazeres de se viver o milho, a mandioca, o chocolate, as frutas, os cremes; as coberturas de açúcar e frutas cítricas com a técnica do “glacê mármore”, branco e compacto, uma verdadeira delicia de cobertura, e se o bolo for o de frutas mergulhadas no vinho do Porto ou Moscatel, com a estimada receita de “bolo de noiva”, uma releitura do bolo de frutas inglês, um bolo do tipo “bolo-presente” para festas e celebrações. Chegadas, permanências, sugestões, informações gerais, experiências pessoais, etnografias participativas; festas de santos, especialmente os de junho, com rica culinária a base de milho; festas em casa com a família; festas no tempo de carnaval com filhoses e suas caldas perfumadas; ou no Natal, pastéis de carne temperada e pulverizados de açúcar; num verdadeiro laboratório de gostos, de buscas, de descobertas pela boca e pela emoção. Contudo está no bolo, na sua variedade e nos seus estilos, onde o pernambucano encontra sua identidade, sua história e seu pertencimento cultural. RAUL LODY.

“Bolo que te quero bolo” Read More »

Ernest, o bistrô dos cafés e empadas especiais

Há alguns anos Neide Wink trabalhava como gestora em uma concessionária. Com a crise econômica veio o desemprego e novos desafios. Uma irmã sugeriu: por que você não faz empadas? Mesmo sem habilidades profissionais de cozinha naquela época, ela começou a testar. Mão na massa literalmente e após alguns meses, Neide e a filha Ane Wink empreenderam investindo uma food bike, a Empabike. Com um pouco mais de um ano passou a servir café, acompanhando as suas já procuradas empadas em um food park. A boa combinação e o crescimento das cafeterias no Recife levou mãe e filha ao novo negócio em ascensão: as casas de cafés especiais. Elas assumiram em 2018 o Ernest Café, no bairro do Espinheiro, que estava fechado há alguns uns meses. Com a reconquista da antiga clientela e muita criatividade das novas donas, o local voltou a cair no gosto do público da Zona Norte. Hoje tanto Ane como Neide são baristas e preparam os cafés especiais em diferentes métodos na casa. O Ernest traz diferentes grãos de café especial a cada mês. No dia da nossa visita, a casa tinha grãos catuaí vermelho e o catuaí amarelo, um do Espírito Santo e o outro de Minas Gerais. O empreendimento é membro da Associação dos Empresários do Café de Especialidade de Pernambuco (Ascape) e participa do evento Recife Coffee desde 2018. O cardápio traz bolos, quirches, sanduíches e, o carro chefe da casa, as empadas. Neide conta que 90% produtos da casa são de produção própria. A empada mais pedida do público frequentador é a de queijo do reino. Mas, entre outros sabores mais pedidos, Neide destaca uma: "Temos uma exclusividade que é a empada de carne de panela, com molho barbecue e geleia de cebola caramelizada". Conectada a sua especialidade, em julho a casa promoveu o primeiro Festival de Empadas. Para o segundo semestre, a segunda edição do evento está sendo preparada. . . Além dos cafés, doces e salgados, há seis meses a casa virou também um bistrô, oferecendo novas opções de refeição. Os crepes, inhoques, saladas e omeletes entraram no cardápio do Ernest, que passou a receber um público maior também para almoço no espaço. "Buscamos sempre inovar para não ficar na mesmice. Estamos sempre incluindo novas comidinhas no cardápio", conta Neide. Além da segunda edição do Festival de Empadas, o Ernest Café e Bistrô está com outras novidades. No final do ano, Ane promete que o espaço voltará a oferecer oficinas de preparo de cafés para os clientes. "Há um público que quer aprender os métodos para fazer seu próprio café especial e procura por essa formação", conta. O espaço já vende o café e os utensílios para o preparo de diferentes métodos em casa. . . Outro serviço que passa a ser ofertado pelo Ernest é um sistema de delivery próprio para os bairros mais próximos. Hoje, o empreendimento já vende seus produtos também pelos principais aplicativos de pedidos de refeições. Serviço Ernest Café e Bistrô R. do Espinheiro, 280 - Espinheiro, Recife Segunda a sexta de 10h às 19h Sábado de 10h às 15h Domingo de 15h às 19h . *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com) . VEJA TAMBÉM Café Mais Prosa: Um café familiar na Zona Norte . Na Venda, tradicional café das Graças inova no cardápio . Leiva: um café artesanal e uma inspiração familiar . Lalá, o café afetivo do bairro das Graças . Cordel, o novo recanto dos cafés especiais no Parnamirim

Ernest, o bistrô dos cafés e empadas especiais Read More »

Lody e o doce mais doce

“A monocultura da cana-de-açúcar foi a primeira grande ocupação colonial no Brasil”, diz o antropólogo e escritor Raul Lody em Doce Pernambuco. O título será lançado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) no dia 24 de agosto, dentro do projeto Tengo Lengo Tengo, no Museu Cais do Sertão. Antes dos autógrafos, Lody conversa com o escritor Frederico de Oliveira Toscano, autor do título vencedor do Prêmio Jabuti de 2015: À francesa – A Belle Époque do comer e do beber no Recife, editado pela Cepe. O debate intitulado Um papo doce acontecerá a partir das 17h. O 10º título de Lody focado no tema açúcar foi prefaciado por uma das maiores autoridades em antropologia da alimentação, Xavier Medina, presidente da Associação Internacional de Antropologia da Alimentação, sediada em Barcelona. A partir de uma abordagem histórica e etnocultural, em Doce Pernambuco o autor transcorre sobre o que chama de civilização do açúcar, especiaria desejada e rara no início dos caminhos que uniam Ocidente e Oriente. O antropólogo conta que o grama do ingrediente equivalia ao do ouro, de forma que chegava a ser ofertado como presente nobre. Nos 25 capítulos das 251 páginas Lody enumera cada uma dessas delícias do acervo gastronômico de Pernambuco, verdadeiros patrimônios como o alfenim, que o autor considera uma verdadeira expressão em arte popular feita de açúcar. Cita ainda o abacaxi e o caju como frutas telúricas emblemáticas do Brasil: “As frutas tropicais trazem um frescor nativo”, completa. Como num roteiro, o pesquisador traz receitas tradicionais nas páginas do Doce Pernambuco, título que amplia pesquisas e documentações antropológicas situadas nos contextos sociais e culturais. Desse modo, o leitor poderá fazer novas conexões entre as cozinhas orientais e as cozinhas tradicionais de Pernambuco. “O protagonismo do doce e do açúcar da cana sacarina são representações notáveis da identidade alimentar e do acervo gastronômico, que vive no cotidiano, nas casas, nas comidas de rua, nas padarias, e nas festas”, diz. Quem poderia imaginar que a rabanada tem procedência judaica ou que o filhós traduz uma receita muçulmana? “Dá-se ao que se come um sentido ampliado do lugar de feitura e do lugar do consumo”, salienta. A cartola, por exemplo, sobremesa tão pernambucana, nasce da combinação gastronômica da banana, “musa paradisíaca” da Ásia, com o queijo em sua versão de manteiga, culminada pela mistura de canela, que chegou do Ceilão pulverizada juntamente com o açúcar. É assim, de forma quase poética que o autor refere-se ao açúcar e suas combinações. No início das páginas de Doce Pernambuco, que contextualiza historicamente essa cultura, Lody discorre sobre a civilização do açúcar comoação coordenada pelos elementos: histórico, econômico, social, ecológico e cultural, que resultam na formação e no comportamento, identificando o homem brasileiro e, em especial, o homem nordestino. “Para Pernambuco, tudo isso é muito mais notável. A partir da plantation da cana-de-açúcar, não apenas à mesa se vive o açúcar; mas se vive no português que falamos, na arquitetura, nas tradições religiosas, nas festas populares, nos hábitos alimentares, nas escolhas estéticas, entre tantas outras”, explica. De acordo com o pesquisador, para a população do Nordeste há uma construção de imaginários e de maneiras de ver o mundo e de se autorrepresentar que transita pelos engenhos, que expõe desde o melado ou o mel de engenho até o açúcar moreno-mascavo. E com orgulho telúrico diz-se que “o doce de Pernambuco é o doce mais doce”. O AUTOR Raul Lody é antropólogo, museólogo, professor e pesquisador. Especialista em antropologia da alimentação com projetos de pesquisas no Brasil e no exterior, criador do Grupo de Antropologia da Alimentação (Fundação Gilberto Freyre), do Museu da Gastronomia Baiana. Também é um grande estudioso das religiões afro-brasileiras, com inúmeros livros publicados sobre o tema. Açúcar está fortemente presente na obra de Raul Lody, com nove títulos publicados sobre a temática: Caminhos do açúcar, Vocabulário do açúcar, À mesa com Gilberto Freyre, A doçaria tradicional de Pelotas, A cozinha pernambucana em Gilberto Freyre, Do mucambo à casa-grande, Desenhos e pinturas de Gilberto Freyre(Companhia Editora Nacional, 2007), e o mais recente que é o Museu Virtual do Açúcar, além de ter sido o organizador do Dicionário do doceiro brasileiro. Serviço Lançamento do livro Doce Pernambuco Data: 24 de agosto Horário: 17h às 19h Local: Museu Cais do Sertão Endereço: Avenida Alfredo Lisboa, s/n, Recife Antigo Preço do livro: R$ 40,00 (impresso) e R$ 12,00 (e-book)

Lody e o doce mais doce Read More »

Alimentação de qualidade é essencial no combate à insegurança alimentar

Erradicar a fome, consumir os nutrientes corretos e, até mesmo, praticar exercícios físicos são características que garantem a segurança alimentar à sociedade. Por causa da deficiência desses e outros fatores que englobam a questão, no Brasil, são 7,2 milhões são atingidos pela insegurança alimentar grave, segundo levantamento de 2018 da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). Para se ter ideia, 60% dos brasileiros estão com sobrepeso, enquanto 20% estão obesos e 3% ainda passam fome. A OMS (Organização Mundial da Saúde) indica que alguns nutrientes e alimentos são essenciais para uma alimentação saudável, afastando a sociedade da insegurança alimentar. São exemplos grãos integrais, frutas e legumes, leguminosas – como feijão e lentilha – e alimentos de origem animal. Em sinergia, o Ministério da Saúde recomenda o aumento do consumo de comida caseira como aliado ao combate à obesidade. “O Brasil produz alimentos ricos em nutrientes, como diversos vegetais e grãos, a exemplo da variedade de tipos de feijão, e devemos aproveitar esta característica para melhorar a qualidade da nossa alimentação”, afirma Lucas Oliveira, nutricionista formado pela USP (Universidade de São Paulo). Sempre priorizando a segurança alimentar da população brasileira, a Broto Legal Alimentos é a única marca brasileira a ter o Selo de Análise Contra Agrotóxico. “Nós buscamos os melhores grãos, fazemos a análise do produto e enviamos para o Instituto Biológico de São Paulo, para ter certeza que o produto é seguro para as pessoas”, destaca Lívia Pereira, engenheira de alimentos da marca. Pesquisa da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) com o apoio da FGV (Fundação Getúlio Vargas) aponta que o país desperdiça mais de 130 quilos de comida por ano. Por isso, a segurança alimentar é um assunto que precisa ser debatido. “Precisamos eliminar o desperdício na nossa alimentação para erradicar a fome e garantir uma alimentação equilibrada a todos”, finaliza Oliveira.

Alimentação de qualidade é essencial no combate à insegurança alimentar Read More »

8ª Edição da Feirinha da Torre no próximo sábado (10)

A Feirinha da Torre traz a cada edição parte do rico artesanato pernambucano, também da gastronomia local, da música, da poesia, da dança, teatro e circo. Está pautada nos princípios da Economia Circular e no agir consciente em relação ao consumo. No próximo sábado, dia 10 de agosto, o público terá mais uma oportunidade de desfrutar de um dia inteiro de atividades: uma oficina de construção de brinquedos em madeira oferecida pelos jovens do Espaço Ciência, e a outra também de brinquedos a partir de reaproveitamento de materiais. Mas a Feirinha conta com muitos outros atrativos, massoterapia, desenhos artísticos feitos na hora, incentivo ao uso de ecobags, campanha de recolhimento de brinquedos usados e/ou danificados, troca de materiais reaproveitáveis, etc. A partir das 16h a Feirinha dará início às atrações culturais. Nesta edição o Mamulengo Malasartes abre a programação. Em seguida, o Núcleo de Gênero Wilma Lessa da Escola de Referência de Ensino Médio Silva Jardim, levará ao espaço poesias diversas recitadas pelos jovens do projeto. Na sequência, o pianista e professor de música do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), Kelsen Gomes, fará uma performance ao piano. Os dançarinos T13, UX e G-1 (Tiago Cardoso, Felipe Alexandre e Diogeny Guilherme) trarão o Uncontrolled Movement, coreografia de dança urbana. Fechando o dia, o grupo musical Tertúlia de Goiana, na Zona da Mata Norte do Estado, promete um momento de sonoridade poética numa viagem musical singular. A Feirinha da Torre acontece todo segundo sábado do mês na Praça José Sales Filho, bairro da Torre. A entrada é gratuita e o evento encerra às 20h. SERVIÇO: O quê? Feirinha da Torre Quando? Dia 10 de agosto de 2019, das 10h às 20h. Onde? Praça José Sales Filho (Esquina da Av. Beira Rio com Rua Benjamin Constant, bairro da Torre, Recife.) Quanto custa? Gratuito

8ª Edição da Feirinha da Torre no próximo sábado (10) Read More »

Mercado de carnes gourmet aquecido em Petrolina

O mestre churrasqueiro Bruno Bandeira está com agenda cheia no mês de agosto. Amanhã (dia 3) e no próximo sábado (dia 10) estará ministrando aula para turmas de 40 alunos no 1° Workshop de churrasco de Petrolina. O objetivo do curso é passar técnicas de churrasco, fogo de chão, parrilla, hambúrguer e acompanhamentos. Bruno aproveita para ministrar consultoria de churrasco para o restaurante Gelo e Sal Gourmet de Juazeiro, na Bahia, que irá abrir sua segunda unidade, desta vez em Petrolina ainda neste segundo semestre.

Mercado de carnes gourmet aquecido em Petrolina Read More »

Adolescentes que dispensam o café da manhã podem desenvolver obesidade

Peter Moon – Em um trabalho publicado na Scientific Reports, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e de seis países europeus avaliam comportamentos determinantes para o ganho de peso entre crianças e adolescentes. A obesidade infantil pode favorecer o surgimento prematuro de problemas como o diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. O estudo destaca que o hábito de muitos adolescentes de pular o café da manhã em suas casas antes de seguir para as escolas guarda relação direta com o aumento da circunferência abdominal e com o aumento no índice de massa corporal (IMC) nesse grupo etário. Dispensar a primeira refeição do dia pode levar a uma dieta desequilibrada, além de hábitos nada saudáveis, o que pode tornar os adolescentes vulneráveis ao ganho de peso. “O principal achado de nosso estudo indica que pular o desjejum está associado a marcadores de adiposidade em adolescentes, independentemente de onde vivem, do tempo de sono ou do sexo”, disse Elsie Costa de Oliveira Forkert, epidemiologista e pesquisadora do Grupo de Pesquisa YCare do Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP. “Ao dispensar o café da manhã, milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo podem substituir uma alimentação mais saudável dentro de casa (lácteos, cereais integrais e frutas) pelo consumo, em cafeterias e lanchonetes escolares, de alimentos industrializados muitas vezes hipercalóricos e de baixo valor nutricional, como salgadinhos, doces e refrigerantes, o que está diretamente ligado ao desenvolvimento da obesidade”, disse. O artigo complementa o trabalho de pós-doutorado de Forkert, apoiado pela FAPESP, e contou com a colaboração de cientistas da Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Grécia e da Itália. A partir dos dados de dois grandes estudos, um europeu e outro brasileiro, os cientistas avaliaram se os comportamentos relacionados ao equilíbrio energético adotados por esses adolescentes estariam associados a marcadores de adiposidade total e abdominal. O estudo europeu é o Healthy Lifestyle in Europe by Nutrition in Adolescence Cross-Sectional Study (Helena-CSS), conduzido entre 2006 e 2007 e que avaliou 3.528 adolescentes de 10 grandes cidades europeias (composto por 52,3% de meninas e 47,7% de meninos, todos entre 12,5 e 17,5 anos), estratificados por idade, sexo, região e status socioeconômico. A coordenação do estudo europeu foi feita pelo professor Luis Alberto Moreno, da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Zaragoza, na Espanha. Já o estudo brasileiro intitulado Saúde Cardiovascular do Adolescente Brasileiro (BRACAH Study), utilizando metodologia semelhante, avaliou 991 adolescentes (54,5% de meninas e 45,5% de meninos, com idade entre 14 e 18 anos) e foi conduzido em 2007 na cidade de Maringá (PR). Os adolescentes foram avaliados quanto a fatores de risco cardiovascular e comportamentos relacionados à saúde. O estudo BRACAH foi coordenado pelo professor Augusto Cesar Ferreira de Moraes, do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP. O novo estudo, do qual participou Forkert, avaliou peso e altura, índice de massa corporal (indicador de obesidade geral), circunferência abdominal e relação cintura-altura (indicadores de obesidade abdominal). “Os comportamentos relacionados ao equilíbrio energético foram medidos por meio de questionário que avaliou, entre outros fatores, o nível de atividade física dos adolescentes (na escola, em casa, nas horas de lazer, no transporte), sendo que um mínimo de 60 minutos por dia de atividade física de moderada a vigorosa foi considerado adequado, enquanto atividade física inferior a 60 minutos ao dia foi considerada insuficiente”, disse Forkert. Para averiguar o comportamento sedentário dos adolescentes, em dias de semana e fins de semana, foi considerado o tempo diário despendido na frente da televisão, do computador ou jogando videogames. O tempo de sono dos adolescentes pesquisados também foi examinado, considerando o tempo de sono habitual, em dias da semana e aos finais de semana. O questionário de Escolhas e Preferências Alimentares, que explora atitudes e preocupações quanto a alimentação, estilo de vida e alimentação saudável entre os adolescentes, também foi usado para avaliar o consumo de café da manhã, com base no grau de concordância (em uma escala de 1 a 7) com a afirmação “Eu muitas vezes pulo o café da manhã”. A partir dessas informações os cientistas analisaram se os adolescentes que dispensavem o café da manhã apresentavam, em média, valores maiores nos marcadores de adiposidade em relação aos adolescentes que tomavam o café da manhã. “Dos comportamentos analisados, relacionados ao equilíbrio energético, o que mais apresentou associação com os marcadores de obesidade foi o comportamento de pular o café da manhã", disse Forkert. Sedentarismo e mais calorias Tanto no estudo europeu como no brasileiro, os meninos se mostraram em média mais pesados e mais altos do que as meninas e apresentaram circunferência abdominal igualmente maior. “Verificamos um aumento médio na circunferência abdominal de 2,61 centímetros e 2,13 centímetros, respectivamente, nos meninos europeus e brasileiros, quando esses têm o hábito de pular o café da manhã”, disse Forkert. “Por outro lado, quando usamos o tempo de sono influenciando a associação entre os outros comportamentos e os marcadores de obesidade, observou-se que os meninos europeus e brasileiros que pularam o café da manhã, mesmo dormindo adequadamente [oito horas por dia ou mais], aumentaram em média 1,29 kg/m² e 1,69 kg/m² o índice de massa corporal, respectivamente”, disse. Entre os meninos europeus e brasileiros, pular o café da manhã foi o comportamento predominante, mostrando associação positiva com os indicadores de obesidade (índice de massa corpórea, circunferência abdominal e relação cintura-altura). “O mesmo ocorreu entre meninas europeias. Diante do comportamento de pular o café da manhã, mesmo dormindo adequadamente houve uma associação positiva com os marcadores de obesidade geral e abdominal. Por exemplo, a circunferência abdominal aumentou em média 1,97 centímetro e a relação cintura-altura 0.02”, disse Forkert. Em relação às meninas estudadas, as brasileiras se mostraram mais sedentárias do que os meninos. Já as europeias, apesar de apresentarem menor prevalência de comportamentos sedentários, eram, em contrapartida, menos ativas fisicamente quando comparadas aos meninos europeus, embora mais ativas do que os adolescentes brasileiros. O comportamento sedentário (mais de duas horas por dia) nessas adolescentes europeias mostrou um aumentou na circunferência

Adolescentes que dispensam o café da manhã podem desenvolver obesidade Read More »

Bolos e salgados "de comer rezando"

*Por Yuri Euzébio Entre missas, batizados, casamentos e tudo o que envolve a vida no sacerdócio, ovos, farinha, leite e açúcar. Assim se divide a rotina do frei Dennys Pimentel, que além dos seus afazeres como sacerdote nas igrejas de Nossa Senhora de Fátima, no Ibura, e na Comunidade Católica Porta Fidei, no bairro do Parnamirim, produz e comercializa bolos e quitutes variados. Tudo começou, de forma despretensiosa e simples, a partir da vivência do frei em seu ofício, com os casais que frequentam a sua igreja. Usando de seus dotes culinários para aquecer o coração dos fiéis, o frei encontrou nessa habilidade uma boa oportunidade de congregar as pessoas ao seu redor “Quando eu tinha um assunto muito sério a tratar com algum casal que eu estava acompanhando na igreja, eu costumava chamar a pessoa para tomar um café e preparar um bolo de macaxeira. Era uma estratégia que tinha para me aproximar das pessoas e acalmá-las”, relembra. “Passei muito tempo fazendo isso, o que agradava muito aos fiéis”, explicou frei Dennys. E foram os fiéis admiradores do bolo feito pelo frei que passaram a solicitar encomendas para levar a iguaria para casa. A partir dessa demanda e de uma vontade de colocar em prática a satisfação de trabalhar com os quitutes, que surge o Bolo do Freizinho, empreendimento de comercialização dos quitutes do sacerdote. Mesmo com a atarefada vida de religioso, frei Dennys consegue equilibrar com os afazeres na cozinha e vem conquistando uma clientela fiel e apaixonada por suas receitas. “A minha ideia era que eu poderia levar para a mesa das pessoas um produto bom, com qualidade, a partir desse bolo que sempre esteve presente no café das manhãs com os casais da Igreja”. Dentre as delícias vendidas, o grande sucesso da casa continua sendo aquele que originou toda a empreitada: o bolo de macaxeira. Há ainda o bolo de milho e o de mandioca. Sem falar no de chocolate, com receita diferente sem farinha de trigo ou leite, o de laranja (com calda de chocolate) e o pé de moleque. Engana-se quem pensa que frei Dennys seja especializado apenas em doces, no seu cardápio também constam salgados variados, como quiche, croissant, pão de queijo, sopas, tudo prontinho pra quando os clientes desejarem. “Não é simplesmente fazer um bolo ou um salgado, a comida congrega muito as pessoas, todo mundo que eu conheço gosta de sentar e conversar em volta de uma bela mesa de comida”, diferencia o frei. Mesmo tendo que dividir seu tempo entre as duas funções, frei Dennys se sente realizado e vê uma relação direta e de completude entre seu trabalho de líder religioso com a produção dos quitutes do Bolo do Freizinho. Ele acredita que ambas transmitem paz e bem-estar, além de, sempre que possível, unir e misturar as duas funções em prol de levar adiante sua mensagem de vida. Os pedidos são feitos via Whatsapp, porque o frei até então não tem um comércio físico. Por enquanto, as encomendas são feitas somente pelo aplicativo e por Instagram e entregues na casa dos clientes. Mas isso não se configura uma limitação para o empreendimento, haja vista a produção diária de quitutes, de segunda a sábado, parando apenas no domingo. Mas, apesar de ser um empreendimento recente, o Bolo do Freizinho já tem planos de expansão com a abertura de uma cafeteria, que irá congregar várias atividades, no bairro do Espinheiro, no Recife. “Teremos um local para não somente comer ou tomar um café, mas um espaço de paz, onde as pessoas podem se evangelizar”, planeja. Isto porque, frei Dennys irá inaugurar, dentro do mesmo espaço, uma livraria católica e unir as duas atividades que regem sua vida. “A ideia do espaço é evangelizar a partir da cafeteria e da livraria. O objetivo é levar as pessoas a um ambiente de paz, independentemente da religião. Provocar um contato com o sagrado, não só para se alimentar, mas para desfrutar desse ambiente de Deus”, explica o religioso. O local – que visa a atender inúmeros pedidos feitos ao frei para comercializar seus bolos num ambiente físico – está em reforma e a previsão de inauguração é para este segundo semestre. Alguém pode imaginar que cozinhar seja uma atividade paradoxal para um padre, mas frei Dennys acha natural unir essa sua habilidade com a vocação de guia espiritual, utilizando-se das comidas que prepara como um caminho para o contato com o divino. “A minha proposta não é a gula, é fornecer uma boa alimentação, em conjunto com a celebração da vida. A gula é um descompasso do indivíduo, o que eu proponho é reunir as pessoas à mesa”, distingue o frei. Serviço Bolo do Freizinho - (81) 98121-3237 (De terça-feira a sábado). Instagram - @bolodofreizinho.

Bolos e salgados "de comer rezando" Read More »

Uber Eats fecha com empresa de coxinhas

A empresa Loucos por Coxinha firma parceria com a empresa Uber Eats para proporcionar mais comodidade aos seus clientes, que poderão receber os produtos no conforto de sua casa ou no local de sua preferência. A partir do dia 22 de julho, em todas as unidades do Loucos por Coxinha, o serviço estará disponível. O empresário Pablo Farias esteve em São Paulo juntamente com o diretor de marketing Fábio Azevedo e visitou a empresa Uber, para consolidar a parceria. A Loucos por Coxinha é uma empresa de Natal (RN) que tem seis unidades em Pernambuco (duas em Recife, duas em Caruaru, uma em Olinda e uma em Jaboatão).

Uber Eats fecha com empresa de coxinhas Read More »