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Reflexão sobre o luto destaca importância do acolhimento emocional

Data nacional convida à conscientização sobre perdas e reforça a necessidade de escuta e apoio aos enlutados O Dia Nacional do Luto, lembrado em 19 de junho, propõe uma reflexão coletiva sobre a morte, a dor das perdas e a importância de lidar com esses temas de forma empática. A data busca romper com os tabus sociais que ainda cercam o fim da vida e valorizar o tempo e os sentimentos de quem enfrenta a ausência de vínculos afetivos — sejam eles pessoas, lugares ou experiências. De acordo com a psicóloga Simône Lira, especialista em luto do Grupo Morada, o sofrimento não está restrito à morte de entes queridos. “Quando falamos em luto, estamos falando do rompimento de um vínculo importante para alguém. Pode ser pela morte de um ente querido, mas também por outras perdas: de um lar, de um emprego, de um relacionamento, de um animal de estimação... Tudo aquilo que carrega afeto e significado em nossas vidas pode gerar um processo de luto”, esclarece. Ela explica que não há uma trajetória única nesse processo. “Não existe uma fórmula. O importante é permitir-se oscilar entre momentos de conexão com a perda e de retomada da vida. Essa alternância favorece a elaboração do luto e a adaptação a uma nova realidade, sem a presença física da pessoa ou do vínculo que foi rompido.” Situações de luto não reconhecido, como perdas que não recebem validação social, também merecem atenção especial. “Às vezes, a pessoa não se sente autorizada a viver sua dor porque a sociedade não reconhece aquela perda como legítima. Mas negar esse sentimento pode intensificá-lo e torná-lo adoecedor.” Por isso, a psicóloga reforça: “Permitir-se sentir e expressar as emoções é essencial. Cada um encontra seu modo de atravessar esse momento. E quando as dificuldades se tornam intensas a ponto de interferirem na rotina e no bem-estar, é importante buscar ajuda especializada.”

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Luto pode impactar o corpo: atenção aos sintomas físicos é essencial

Especialistas alertam para os efeitos do luto no organismo e reforçam a importância de apoio psicológico quando necessário O luto, embora seja uma resposta natural à perda de alguém significativo, pode desencadear mais do que emoções profundas. Tristeza, saudade e raiva são reações comuns, mas o corpo também sente: alterações no sono, apetite, dores físicas e até sensações de febre são manifestações possíveis durante esse período. A administradora Marcela Siqueira, 40 anos, vivenciou esses impactos após a morte da avó. “Entendi que os sintomas eram normais pelo processo de luto, por isso não procurei assistência médica, pois sabia que passariam com o tempo”, afirma. Marcela enfrentou sintomas como insônia, perda de apetite, fraqueza, tontura e choro diário durante as duas primeiras semanas após a perda. Situações como essa são comuns, segundo a psicóloga Simône Lira, especialista em luto no cemitério e crematório Morada da Paz. Ela explica que, em alguns casos, o sofrimento emocional pode até provocar alterações cardíacas, como a Síndrome do Coração Partido — uma condição temporária do músculo cardíaco associada ao estresse extremo. “Embora a causa específica dessa síndrome ainda não tenha sido determinada, sabe-se que, em cerca de 80% dos casos, ela pode ser desencadeada por eventos estressantes, como a morte de uma pessoa querida”, detalha Simône. A liberação intensa de hormônios do estresse, como a adrenalina, pode levar à disfunção transitória do coração. Por isso, é importante ficar atento a sinais físicos que persistem e buscar orientação médica quando necessário. Além do cuidado com o corpo, especialistas reforçam a importância de acompanhamento psicológico quando os sintomas emocionais interferem na rotina ou nas relações pessoais. “O luto envolve uma oscilação entre momentos em que a pessoa se volta para o pesar e outros em que a pessoa tenta retornar à rotina diante da nova realidade apresentada”, conclui Simône. O apoio profissional ajuda na adaptação e previne complicações emocionais mais graves.

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Governo de Pernambuco decreta luto oficial de sete dias pelo falecimento do Papa Francisco

(Do Governo de Pernambuco - Foto: Janaína Pepeu) A governadora Raquel Lyra decretou luto oficial de sete dias em todo o Estado pelo falecimento de Sua Santidade, o Papa Francisco, aos 88 anos, nesta segunda-feira (21). Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, conduzia a Igreja Católica desde 2013, sendo uma grande referência religiosa e humanitária. O luto foi oficializado em edição extra do Diário Oficial do Estado nesta segunda. "Hoje é um dia muito triste para a comunidade católica e para todas as pessoas que acreditam no amor e na fraternidade como forças que movem nosso mundo. O falecimento do Papa Francisco nos deixa um vazio imenso. O mundo perde uma voz ativa na busca por igualdade social e na defesa dos diretos humanos. Certamente ele agora está nos braços do Pai, ao lado de nosso senhor Jesus Cristo", declarou a governadora Raquel Lyra. Primeiro pontífice latino-americano da história, escolhido com o nome inspirado no santo dos pobres, Francisco sempre esteve a serviço dos mais necessitados, sendo uma voz incansável em busca da justiça, da igualdade e da reconciliação, independentemente de credo e de divergências de qualquer natureza. Entre as marcas do seu pontificado, estão humildade, misericórdia e diálogo.Foto: Janaína Pepeu/Secom

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Como a literatura pode ajudar crianças a lidarem com o luto

No Dia Nacional do Livro Infantil, psicóloga recomenda obras que ajudam a falar sobre a morte com sensibilidade e afeto Falar sobre a morte com crianças é um dos grandes desafios enfrentados por famílias e educadores, especialmente quando o assunto deixa de ser abstrato e passa a fazer parte da realidade. Neste 18 de abril, Dia Nacional do Livro Infantil, a psicóloga Simône Lira, especialista em luto no Morada da Paz, propõe o uso da literatura como ferramenta para lidar com o tema de forma cuidadosa, verdadeira e acolhedora. “As crianças merecem respostas verdadeiras, dadas com afeto. Os livros são ferramentas poderosas para ajudar os pequenos a entender que a morte faz parte da vida e que é possível falar sobre isso com naturalidade”, destaca. A profissional lembra que, diferente dos adultos, as crianças ainda estão formando seus conceitos sobre a vida e a morte. Por isso, muitas vezes não conseguem nomear o que sentem diante de uma perda. Livros infantis que abordam o luto com empatia e delicadeza ajudam não só a dar nome às emoções, mas também a criar um espaço de escuta e expressão. "É uma leitura que convida os adultos a escutar com atenção e validar os sentimentos das crianças", complementa Simône, ao comentar o livro Vovô não vai voltar?, de Kitty Crowther. Para ajudar pais, cuidadores e professores nessa missão, Simône preparou uma seleção especial de obras, que vai desde publicações clássicas como O livro do adeus, de Georgina Lázaro, até materiais educativos como a cartilha O Luto Infantil da Turma do Vilinha, produzida pelo próprio Morada da Paz, com acesso gratuito. A curadoria evita metáforas confusas como “foi viajar” ou “virou estrelinha”, que podem dificultar a compreensão do luto. Entre os destaques estão Pode chorar, mas fique inteiro, de Eric Lindner, que valoriza a autenticidade emocional durante o processo de luto, e O pontinho da saudade, de Mariela Sigal, que traz uma metáfora visual para explicar a saudade de forma sensível. “É uma obra sensível que representa o silêncio e o vazio deixado pela perda, sem pesar o conteúdo”, comenta Simône sobre O dia em que o passarinho não cantou, de Blandina Franco. Serviço:🖍️ A cartilha O Luto Infantil da Turma do Vilinha está disponível gratuitamente em: bit.ly/turmadovilinha📚 As demais obras podem ser encontradas em livrarias físicas e online.

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Dia da Saudade é comemorado hoje (30 de janeiro)

A saudade é um sentimento que todo mundo já experimentou um dia. Seja pela falta de um ente querido ou animal de estimação que já partiu, lugares visitados, momentos felizes vividos ou até mesmo de objetos materiais possuídos. Tratado em verso e prosa por muitos poetas e escritores, este sentimento tem uma data especial no calendário brasileiro. No dia 30 de janeiro é “comemorado” o Dia da Saudade, com o intuito de recordar a memória de parentes e amigos falecidos e as doces lembranças de tempos bons, como a infância e adolescência. De acordo com a psicóloga do luto do Grupo Vila, Beatriz Mendes, a saudade é um sentimento que vem da sensação de ausência de alguém que foi muito importante para nós ou de uma experiência marcante. “Quando a gente fala sobre a perda de um ente querido, não podemos esquecer da história e do vínculo que foi rompido diante da morte, além da impossibilidade de reviver tudo de forma concreta. Como sentir aquele abraço e aquele cheiro novamente, ficando apenas as lembranças dos momentos vividos” observa. Para lidar com a saudade das pessoas que já partiram, de forma saudável, é preciso acolher e entender que a saudade é um sentimento possível e natural. “Sentindo saudade a gente reconhece que é um sentimento que pode sim evocar uma tristeza, choro e a necessidade de compartilhar o que está sentindo com alguém”, frisa a psicóloga do luto. Mas para que esse sentimento não se torne prejudicial para a vida dos enlutados, cada um deve encontrar formas de amenizar a saudade que façam sentido, pois não há como mudar a situação de morte. “Diante da saudade o que a pessoa sente que amenizaria ou que poderia ser um afago? Tem pessoas que quando a saudade aperta fazem coisas que faziam com o ente querido que partiu. Já outras buscam a espiritualidade nesse momento. Não dá para gente ter uma receita em relação a isso. Buscar de modo ativo maneiras de amenizar a saudade é um caminho para que ela seja saudável”, destaca Beatriz Mendes. Origem da palavra saudade - A palavra saudade provem do latim “solitas”, que significa “solidão”. Há alguns mitos e curiosidades sobre a palavra. Muitos acreditam que ela é exclusiva da língua portuguesa, o que não é verdade. Na língua polonesa, por exemplo, a palavra “tesknota” possui o mesmo significado da saudade em português. Já para os alemães, a tradução do sentimento de falta é o “sehnsucht”. No entanto, a melhor definição de saudade é aquela que cada um consegue dar, não ficando restrita a um verbete do dicionário.

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