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México

Uma doce Páscoa

As festas reúnem e comovem as pessoas e nelas há muitos e diferentes processos culinários que ressignificam as comidas e as tornam simbólicas. Isso acontece porque festa sem comida não é festa. Com certeza, está nas festas um dos principais motivos para experimentar cardápios especiais, que são preparados com ingredientes também especiais; e que marcam a identidade e o motivo destas celebrações. Páscoa sem chocolate, sem o estimado ovo de Páscoa, preparado com diferentes tipos de receitas de chocolate: ao leite, amargo, com amêndoas, e claro com açúcar; além de muitos outros sabores que trazem esta festa para a nossa mesa. O ovo é um símbolo muito antigo que representa fertilidade, vida, continuidade, renascimento, porque a Páscoa no Hemisfério Norte acontece na Primavera, que é a estação da renovação, da procriação, da colheita, das frutas, das flores, das cores; tudo isso é a Pascoa. Antes dos ovos de chocolate, que começaram a aparecer no Século 14, essa festa milenar fazia com que as pessoas oferecessem ovos cozidos, de diferentes aves, e com as cascas decoradas com desenhos e pinturas de variadas imagens que marcassem a alegria da vida. Ainda no Século 14, foram famosos os ovos que foram artisticamente feitos pelo joalheiro Peter Carl Fabergé, que criou ovos de Páscoa como se fossem joias espetaculares feitas de ouro, esmalte e pedras preciosas, sendo exclusivos para as cortes do czar da Rússia. O nosso chocolate, este que identifica a festa da Páscoa, chega no século 16 do México, com a civilização Asteca, que valorizava o cacau como um fruto sagrado, e usado para a feitura de uma bebida chamada “cacuhualt”. Contudo, são os espanhóis que difundem e trazem o cacau, e suas receitas tradicionais, para a Europa; e, é o rei Carlos V, da Espanha, que manda adicionar leite, especiarias e açúcar na bebida. A classificação botânica do cacau – Theobrona cacao –, se feita por Linneu. E o chocolate passa a ser, então, popularmente chamado de “manjar dos deuses”. O cacau é uma espécie nativa da América Tropical, que compreende a região que vai do Peru ao México. E o cultivo do cacau no Brasil começa no século 18, no sul da Bahia, região que até hoje é considerada como a sua maior produtora. E o Brasil ocupa a 5ª posição no mercado internacional do cacau. Uma sugestão de receita para adoçar a sua Páscoa Salame de Chocolate Ingredientes (serve 8 pessoas): 300 gr. de biscoito seco tipo maisena; 150 gr. de manteiga em temperatura ambiente; 200 gr. de chocolate fondente (meio amargo); 2 ovos; 100 gr. de açúcar cristal; açúcar de confeiteiro o quanto bastar; 1 folha de papel manteiga. Modo de fazer: Esfarele grosseiramente os biscoitos secos com as mãos. Leve o chocolate em pedaços para derreter em banho-maria. Enquanto isso, numa tigela, coloque a manteiga e a açúcar e misture bem; aí acrescente os ovos inteiros e continue a mexer até ficar uma pasta lisa e homogênea. Coloque o chocolate derretido, morno, na mistura de ovos com manteiga e açúcar. Misture até fica tudo bem homogêneo; então acrescente os biscoitos e misture a massa com as mãos. Agora, coloque a massa sobre a folha de papel manteiga, com o auxílio de uma espátula, espalhe-a sobre o papel sem que chegue até as bordas. Aí você vai dar a forma cilíndrica para massa com a ajuda do papel, e assim formar o salame. Depois de ter modelado a massa, embrulhe no papel manteiga e amarre as pontas do papel como se fosse um salame, ou embrulhe com papel alumínio. Leva para o congelador para repousar por pelo menos 4 horas. Passado o tempo, você polvilha o açúcar de confeiteiro sobre um tabuleiro, desembrulha o salame de chocolate, e passe-o sobre o açúcar, e está pronto para servir.

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Milho, cereal americano

Quem tem milho tem farinha Quem tem farinha tem pão. (Poesia popular, Portugal) O milho (Zea mays L.) entre as espécies botânicas foi aquela, sem dúvida, que teve maior impacto na economia dos povos do mundo. Alguns autores já dizem que os descobrimentos já teriam sido válidos pelo conhecimento do milho, e decorrentes modificações na agricultura dos continentes. O vocábulo milho aparece em antigos escritos, por isso muito antes das classificações sistemáticas, é utilizado para nominar diferentes plantas, certamente pelos aspectos comuns de todas serem gramíneas e produtoras de um tipo de grão consumido há milênios na alimentação animal e humana. (...) el pan que usam es de Maiz que es um grano como garavanço, dal qual ay mucha abundancia em toda la Índia (...) (Jerônimo Girava França, C. Os portugueses no século XVI e a história natural no Brasil. Revista Histórica. Lisboa: Imprensa Oficial, v. 15, n. 57/60, 1926) Importante observar que antes da época dos Descobrimentos, já existia no Velho Mundo, Europa, várias plantas chamadas de milho. Assim, chegando ao conhecimento outra planta, com aspectos e utilização semelhantes, se incluísse no nome geral milho, embora as especificações: milho maiz, milho grosso e milho da América são referentes a este novo milho após os Descobrimentos do Novo Mundo, Américas. O milho encontrado pelos espanhóis no México vai inicialmente para o Sul, Sevilha, dessa maneira os portugueses foram conhecer o grão novo e introduzi-lo em Portugal. O grão novo é então trazido para o Brasil pelo colono português ou nas novas terras já havia cultivo e uso, assim considera Pio Correa, observando como área de milho o Sudeste do Brasil e o Paraguai. Extensivo o uso do milho na cozinha brasileira, formando cardápios como o nosso tão celebrado angu de milho e diferentes complementos de couve e produtos de carne suína, ou então em cardápios festivos por ocasião do ciclo junino com a canjica de milho verde, ou as próprias espigas assadas nas fogueiras cerimoniais de São João, o santo do fogo, da transformação. São muitos os cardápios a base e milho nas celebrações de Santo Antônio, São João e São Pedro com as pamonhas , bolos ,em destaque para o bolo pé-de-moleque , o mungunzá e outros preparos como o arroz doce, e também os bolos de puba, entre tantos. O milho, em junho, é um ingrediente fundamental nas celebrações populares e assim é identificado com as melhores tradições gastronômicas do Nordeste. E é costume dizer o seguinte: plantar o milho no dia de São José, março, para colher em São João, junho. Em Pernambuco as muitas comidas de milho fazem um rico e diverso acervo de receitas e de sabores que marcam identidades e acervos gastronômicos que se notabilizam, em especial, com os doces.

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Brasil e México avaliam nesta sexta-feira ampliação do comércio bilateral

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, analisa hoje (24), em reunião com o secretário de Relações Exteriores do México, Luis Videgaray, as negociações comerciais entre os dois países. Um dos principais itens da pauta é aprofundar o Acordo de Complementação Econômica nº 53, que regula grande parte do comércio entre o Brasil e o México. O objetivo dos dois lados é liberalizar ainda mais as trocas entre os dois países, colaborando para o crescimento econômico e a criação de mais e melhores empregos para mexicanos e brasileiros. Também estará na pauta do encontro o processo de aproximação entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico, integrada pelo México, Chile, a Colômbia e o Peru. Os dois blocos buscam fortalecer o diálogo e facilitar os fluxos de comércio e investimentos. Os dois chanceleres tratarão ainda de possibilidades de incorporação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 às estratégias de cooperação técnica entre o Brasil e o México e com terceiros países. O intercâmbio bilateral totalizou US$ 7,34 bilhões em 2016, quando o México foi o oitavo parceiro comercial do Brasil. Os produtos industrializados representaram 94% do intercâmbio comercial. O Brasil é um dos maiores investidores latino-americanos no México e o principal destino dos investimentos produtivos do México na América Latina.

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Jeep Renegade começa a ser exportado para o México por Suape

O Porto de Suape tem se consolidado como hub port para operações com veículos, cargas consideradas de alto valor agregado no mercado. Em abril, a montadora Jeep iniciou uma nova estratégia de mercado com as exportações para o México do Jeep Renegade fabricado em Goiana (PE). Neste mês já foram enviados 2.041 carros da marca para o país. Os veículos estão saindo diretamente do atracadouro pernambucano que já vem realizando operações de exportação dos carros da Fiat e da Jeep, do grupo Fiat Chrysler Automobiles, para países como a Argentina, Costa Rica, Panamá, Peru, Uruguai e Chile desde 2015. Em 2016 a montadora enviou 348 veículos para o México com o objetivo de apresentar o carro em feiras de automóveis e também ser avaliado em testes. Abril também foi marcado pela realização do maior embarque de veículos num único navio recebido no Porto de Suape. A embarcação Nocc Oceanic, de bandeira das Ilhas Marshall, recebeu o embarque recorde de 2.886 veículos para exportação, das fábricas da Jeep (PE) e Fiat (MG), com destino ao México e Costa Rica. No mesmo navio, foram importados veículos da GM provenientes do México. A operação durou 23 horas e envolveu 200 pessoas em três turnos. As operações de veículos cresceram 31% no 1º trimestre de 2017 em comparação ao mesmo período de 2016 no Porto de Suape. No total, já passaram pelo porto 10.698 veículos das montadoras General Motors, Toyota, Fiat e Jeep nos três primeiros meses do ano. Desse total, 8.338 foram exportados, superando os números de importação que registraram 2.360 veículos. O sucesso das operações portuárias está atrelado diretamente à capacidade que o Porto possui para receber esses carros e abrigá-los em uma área segura. Em 2014, Suape ampliou o Pátio Público de Veículos de 3,7 para 18,7 hectares e capacidade para movimentar 250 mil veículos por ano. Mais de 70 pessoas estão envolvidas em todo o processo de logística na movimentação deste tipo de carga, incluindo profissionais da administração do Complexo de Suape, órgãos anuentes, trabalhadores portuários do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) Suape e empresas de logística. De janeiro a março de 2017, 16 navios cargueiros do tipo Roll on/Roll off popularmente conhecido como “ro-ro”, que transportam especificamente automóveis, atracaram em Suape. Em 2016, foram 63 atracações em comparação a 28 navios recebidos durante todo o ano de 2015, registrando o crescimento de 125% na movimentação de navios com este perfil. Operam em Suape navios dos armadores K Line, Wallenenius e NYK. (Governo do Estado de Pernambuco)

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