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Sael BMW apoia Instituto Banco Vermelho em campanha contra o feminicídio

Concessionária instala Banco Vermelho Gigante no 1º Jardim de Boa Viagem durante o Agosto Lilás A Sael BMW uniu forças ao Instituto Banco Vermelho (IBV) para fortalecer as ações de enfrentamento à violência contra a mulher em Pernambuco. Neste domingo (17), a concessionária realiza a doação e instalação de um Banco Vermelho Gigante no 1º Jardim de Boa Viagem, símbolo da luta contra o feminicídio e parte da mobilização nacional da campanha Agosto Lilás. Pernambuco registra números preocupantes: o estado lidera os casos de violência contra a mulher no Nordeste e ocupa a segunda posição no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo. “Essa realidade precisa ser enfrentada e mudada, não tem como ficarmos passivos e calados diante dos números. O banco é apenas um símbolo. As iniciativas de prevenção, denúncias e conscientização desde cedo são fundamentais para acabar com esse mal”, afirma Renan Rêgo, diretor comercial da Sael BMW. Andrea Rodrigues, presidente do IBV, ressalta a importância da mobilização. “O Agosto Lilás é mais que um calendário simbólico. É uma convocação nacional à ação. A cada banco instalado, a cada palestra e a cada lei defendida, reafirmamos nosso compromisso com uma sociedade onde nenhuma mulher seja silenciada.” Criada pela Lei nº 14.448/2022, a campanha Agosto Lilás convoca toda a sociedade para o enfrentamento coletivo e permanente da violência de gênero, por meio de iniciativas de prevenção, conscientização e articulação entre o poder público, sociedade civil e setor privado.

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Imersão digital gratuita capacita mulheres empreendedoras no Recife

Iniciativa da Prefeitura oferece oficinas práticas sobre redes sociais, fotografia e direitos digitais no Centro Marta Almeida Nesta quinta-feira (07), o programa Inova Mulher promove uma imersão digital voltada exclusivamente para mulheres empreendedoras no Centro de Promoção dos Direitos da Mulher Marta Almeida, no Bairro do Recife. Com 80 vagas ao todo, ainda restam 20 inscrições disponíveis para participar gratuitamente de um dia inteiro de atividades que fortalecem o empreendedorismo feminino e digital. A programação começa às 9h, com acolhimento e credenciamento, e segue até as 17h. Pela manhã, as participantes terão acesso a orientações sobre formalização com a Sala do Empreendedor e a uma oficina prática de redes sociais ministrada pela jornalista e estrategista digital Milena Gomes. “Empreender dentro dos espaços digitais é sim uma realidade e já faz parte da rotina de muitas empreendedoras. Com a imersão a gente apresenta e reforça as possibilidades das redes sociais como balcão de vendas e de relacionamento com o cliente”, destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico, Carlos Andrade Lima. No turno da tarde, a imersão continua com a oficina “Fotografia na palma da mão”, conduzida pela jornalista e fotógrafa Daniela Nader, com foco na produção de imagens para perfis profissionais. O encerramento será com o Procon, que trará informações sobre os direitos e deveres de quem empreende no digital. “Com foco na ampliação de oportunidades e no protagonismo das participantes, temos certeza que será uma oportunidade de crescimento pessoal e geração de renda”, afirma a secretária da Mulher, Glauce Medeiros. ServiçoPrograma Inova Mulher – imersão digital para mulheres empreendedoras📍 Centro Marta Almeida – Bairro do Recife📅 Data: 07/08 | ⏰ Das 9h às 17h🔗 Inscrições gratuitas até 06/08 ou até o preenchimento das vagas no portal Conecta Recife🎯 Requisitos: ser mulher, maior de 18 anos, moradora do Recife e ter noções básicas de corte e costura.

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Estudo internacional amplia escuta de mulheres sobre os impactos da Zika e da Covid em Pernambuco

Maior pesquisa em painel com mulheres da América Latina retoma entrevistas presenciais no Recife e convida novas voluntárias para refletir sobre saúde reprodutiva em tempos de crise O projeto internacional DeCode Zika e Covid (DZC) inicia uma nova etapa de entrevistas presenciais com cerca de 4 mil mulheres na Região Metropolitana do Recife. Iniciado em 2019, o estudo investiga como as epidemias de Zika e da Covid-19 impactaram a saúde reprodutiva, a fertilidade e as decisões das mulheres brasileiras. Com duração até 2029, o projeto foca especialmente nos efeitos dessas crises em contextos de maior vulnerabilidade social. Coordenado no Brasil pela socióloga Ana Paula Portella e liderado pela demógrafa Letícia Marteleto (Universidade da Pensilvânia), o DZC é considerado o maior estudo em painel com mulheres da América Latina. Nesta quarta fase, além de retomar contato com participantes anteriores, a equipe convida novas mulheres a contribuírem com suas experiências. “Estas entrevistas começaram em 2019 e irão até 2029. Este é o maior estudo em painel já feito com mulheres no Brasil e na América Latina. Isto em si já é uma conquista para a Ciência brasileira”, destaca Marteleto. As entrevistas presenciais seguem até outubro, com cronograma itinerante. A partir do dia 08 de agosto, os bairros do Pina, Boa Viagem, Areias, Ipsep e Brasília Teimosa recebem as pesquisadoras. Mulheres entre 23 e 50 anos, sorteadas aleatoriamente, serão entrevistadas presencialmente, enquanto aquelas que participaram de fases anteriores receberão ligações para atualizações do painel. A coleta também se estende a municípios da Zona da Mata e Agreste. A pesquisa busca não apenas entender as consequências das crises sanitárias passadas, mas também identificar fatores de resiliência feminina diante da possível “era de pandemias”. A participação é voluntária, sigilosa e segura. “Sua participação vai ajudar não só a projetar sua voz como representante do povo recifense – e brasileiro – mas também levar ao mundo a potência e competência da pesquisa de ponta no Brasil”, afirma a coordenadora. Mais informações: https://web.sas.upenn.edu/dzc-pt/.

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Liderança feminina ainda enfrenta obstáculos para assumir cargos de alta gestão no Brasil

Apesar de avanços pontuais, apenas 17,4% das presidências formais no Brasil são ocupadas por mulheres, revelando estagnação e barreiras estruturais à equidade de gênero nas empresas O relatório Women in Business 2024, da Grant Thornton International, mostra que 33,5% dos cargos de alta gestão em empresas de médio porte no mundo são ocupados por mulheres — uma alta de 1,1 ponto percentual em relação a 2023 (32,4%). Embora esse seja o maior percentual já registrado desde o início da pesquisa, o dado ainda revela que apenas uma em cada três posições de liderança é ocupada por uma mulher. No Brasil, a igualdade de gênero enfrenta ainda mais desafios e está longe de alcançar o comando das principais empresas, segundo a pesquisa Panorama Mulheres 2025, realizada pelo Instituto Talenses Group em parceria com o Insper. Das 310 empresas de diferentes setores e portes analisadas, 224 possuem presidência formalizada, mas apenas 39 são lideradas por mulheres — o que representa 17,4% do total. O número evidencia uma estagnação no avanço da presença feminina nas lideranças corporativas do país. “Historicamente, as mulheres foram condicionadas a priorizar a vida doméstica, o cuidado familiar e o amor romântico, muitas vezes em detrimento de suas ambições profissionais. Essa construção social ainda persiste, influenciando desde a infância a forma como meninas enxergam seu lugar no mundo”, comenta Luciana Almeida, consultora e sócia da TGI, especialista em liderança nas empresas. Segundo ela, na vida adulta, as competências das mulheres continuam sendo frequentemente questionadas — seja pela maternidade ou pela suposição de que não são tão técnicas quanto os homens. “Mesmo mais preparadas academicamente, muitas vezes recebem menos investimento em capacitação e têm acesso limitado a oportunidades de crescimento”, completa. Apesar de avanços em setores como saúde, educação e empreendedorismo em serviços, a presença feminina em posições estratégicas de alta gestão ainda é reduzida. “E, quando chegam lá, muitas vezes é por caminhos paralelos, como o empreendedorismo, que oferece maior flexibilidade — embora enfrente obstáculos como o acesso restrito ao crédito. Soma-se a isso o impacto emocional da chamada ‘síndrome da impostora’, que leva muitas profissionais a duvidarem da própria capacidade, mesmo quando plenamente qualificadas”, explica Luciana. Para a consultora, mais do que uma questão de justiça, ter mulheres em cargos de gestão é uma estratégia de negócio. “Lideranças femininas tendem a fomentar culturas mais inclusivas, promover equilíbrio emocional nas equipes e estimular a inovação”. Segundo ela, a equidade de gênero nas empresas deve ser tratada como uma meta estratégica. “É preciso estabelecer objetivos claros de equidade no planejamento organizacional; criar programas de desenvolvimento e mentoria voltados para mulheres; adotar políticas como vagas afirmativas; além de promover transparência nos critérios de promoção, licença parental igualitária e apoio à parentalidade — como a oferta de creches”, conclui.

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Tech Woman chega à terceira edição com foco em formação e oportunidades para mulheres na tecnologia

Encontro será realizado no dia 26 de julho, no Recife Expo Center, com trilhas de conteúdo, mentoria, acesso social e transporte gratuito para mulheres de diversas regiões O Tech Woman está com inscrições abertas para sua terceira edição, marcada para o dia 26 de julho, das 9h às 18h, no Recife Expo Center, no bairro de Santa Rita. O encontro, voltado exclusivamente para pessoas que se reconhecem como mulheres, pretende reunir cerca de duas mil participantes com uma agenda intensa de palestras, mentorias, trilhas de desenvolvimento e atividades de conexão com o mercado de tecnologia. Os ingressos custam a partir de R$ 80, com acesso gratuito para mulheres em situação de vulnerabilidade social. A edição 2025 traz como novidade a Trilha de Soft Skills, que se junta às já consolidadas Trilha Técnica e Trilha de Carreiras. O objetivo é oferecer conteúdos sobre inteligência emocional, propósito, síndrome da impostora e habilidades comportamentais. “Essa trilha é o início de um movimento com o intuito de dar ferramentas e suporte para nossas mulheres conseguirem usar seu potencial para seu próprio bem”, destaca Laís Xavier, fundadora do projeto. Kássia Alcântara, também idealizadora da iniciativa, reforça a importância de ampliar a diversidade no setor de tecnologia. “Mulheres chegando nesses espaços podem mudar a realidade de altos cargos que são predominantemente ocupados por homens. As duas primeiras edições foram um sucesso e queremos continuar com esse estímulo e empoderamento profissional porque acreditamos que é possível, sim”, afirma. Entre os nomes confirmados estão Sonia Guimarães (ITA), Amanda Oliveira (Nação Valquírias), Virginia Heimann (NTT Data Brasil), Paola Accioly (UFPE), Ketty Sanches e Natália Heimann (B3/Neurotech), Elaine Machado (EDS) e Roberta Rigaud (Consultora em Felicidade Sustentável). O evento contará ainda com 210 sessões de mentoria individual com profissionais voluntárias da área de tecnologia, além de lounge de networking com cadastro de currículos, arena gourmet e área kids para facilitar a participação de mães. A estrutura também contempla transporte gratuito saindo de cidades como Caruaru, Garanhuns, Igarassu e Ipojuca, por meio de parcerias com prefeituras e instituições de ensino. A realização é da Combogó Eventos, Assespro PE/PB e Softex Pernambuco, com apoio de instituições públicas e privadas ligadas ao ecossistema de inovação. SERVIÇO📍 Tech Woman – 3ª edição📅 26 de julho de 2025 (sábado), das 9h às 18h📌 Recife Expo Center – Bairro de Santa Rita, Recife/PE🎟️ Ingressos a partir de R$ 80 (lote inicial) ou acesso gratuito para mulheres em vulnerabilidade social🔗 Inscrições e informações: techwoman.rec.br👩‍💻 Público: Pessoas que se reconheçam como mulheres, a partir dos 14 anos🧒 Infraestrutura: Área kids, transporte gratuito, arena gourmet, lounge de networking e mentorias individuais📲 Instagram: @techwoman.rec

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Centro Marta Almeida comemora um ano com cursos e ações voltadas ao fortalecimento das mulheres

Equipamento da Prefeitura do Recife oferece 224 vagas em cursos gratuitos e promove programação especial em julho, com foco em formação, cultura e empreendedorismo feminino O Centro de Promoção dos Direitos da Mulher Marta Almeida, vinculado à Secretaria da Mulher do Recife, completa seu primeiro ano de atividades com uma programação dedicada à formação profissional, cultura e autonomia econômica das mulheres. Instalado na Rua do Bom Jesus, o equipamento tornou-se um marco nas políticas públicas de equidade de gênero, com mais de mil certificações emitidas ao longo de 12 meses. As comemorações começam no dia 8 de julho, com a abertura das inscrições para cursos profissionalizantes gratuitos nas áreas de gastronomia, moda, costura e audiovisual. Mulheres a partir de 16 anos, residentes no Recife, podem se inscrever por meio do Conecta Recife. São ofertadas 224 vagas em formações com cargas horárias entre 4 e 40 horas. A iniciativa reforça o papel do Centro como espaço de capacitação e transformação social. A programação cultural começa no dia 11, com o sarau da Coletiva Floriterárias e a Feirinha do curso de Costura Criativa. No dia 12, o COMPAZ Paulo Freire sedia uma oficina de autorretrato e uma roda de conversa em alusão ao Julho das Pretas. A agenda segue com a Feira das Mulheres Empreendedoras, no dia 25, e uma mostra audiovisual com produções realizadas por alunas do centro, no dia 27. O encerramento das atividades acontece em 31 de julho, com a realização do curso de Gestão em Negócios, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, e uma programação comemorativa no próprio Centro Marta Almeida. A celebração destaca os avanços conquistados no primeiro ano de funcionamento do espaço, que atua em casarões tombados pelo Iphan e abriga cozinha experimental, brinquedoteca, auditório, laboratório de audiovisual, ateliê de moda e ponto de leitura. Inaugurado em 2024, o Centro Marta Almeida se consolida como espaço estratégico de inclusão social, econômica e cultural das mulheres recifenses, com formações em moda, gastronomia, mídias digitais, audiovisual e indústria criativa. O equipamento funciona de terça a sábado, das 8h às 17h, e aos domingos, das 10h às 18h, com exposição permanente sobre a trajetória das mulheres do Recife. SERVIÇOAniversário do Centro de Promoção dos Direitos da Mulher Marta Almeida📍 Rua do Bom Jesus, Recife📅 De 8 a 31 de julho🔗 Inscrições: Conecta Recife Cursos e oficinas: 📌 Dia 02/08Manhã: Tarde: 📌 Dia 09/08Manhã: Tarde: 📌 Dia 16/08Manhã: Tarde: 📌 Cursos de 20 horasBordado – 10 vagas (manhã, terças e quintas: 05, 07, 12, 14 e 19/08) 📌 Cursos de 40 horas: Programação cultural:📅 11/07 – Sarau da Coletiva Floriterárias e Feirinha do curso de Costura Criativa📅 12/07 – Oficina de autorretrato e Roda de conversa Julho das Pretas (COMPAZ Paulo Freire)📅 25/07 – Feira das Mulheres Empreendedoras📅 27/07 – Mostra audiovisual📅 31/07 – Curso de Gestão em Negócios e programação de encerramento comemorativa

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Cooperativa de Mulheres do Catimbau é inaugurada com foco em bioeconomia e saberes tradicionais da Caatinga

Iniciativa integra projeto nacional e reforça protagonismo feminino no Semiárido a partir do uso sustentável do licuri, ou ouricuri, como é conhecido em Pernambuco. A Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, acaba de ganhar mais um importante marco em sua trajetória de valorização e uso sustentável: a inauguração da Cooperativa de Mulheres do Catimbau, no município de Buíque (PE), ocorrida no Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho. A nova cooperativa é resultado de esforços conjuntos do projeto “Fomento ao processamento e comercialização do licuri como estratégia de geração de renda para mulheres extrativistas e desenvolvimento sustentável no vale do Catimbau em Pernambuco’’ financiado pela Facepe e coordenado pelo professor Pedro Israel Cabral de Lira do Departamento de nutrição/UFPE e do projeto “Cadeia Produtiva do Licuri – Inovação Sustentável para a Bioeconomia da Caatinga-Fase2” financiado pela Finep e coordenado pela professora Maria Tereza dos Santos Correia do Departamento de Bioquímica/UFPE. A cooperativa recém-criada integra uma cadeia produtiva que tem como eixo o aproveitamento integral do licuri, palmeira nativa da Caatinga. Por meio do projeto, estão sendo desenvolvidas pesquisas com o óleo da amêndoa e o resíduo do fruto, com foco na geração de novos produtos e maior valor agregado. Além disso, as ações envolvem a capacitação de moradores locais e o fortalecimento de boas práticas de manejo, promovendo uma alternativa concreta de desenvolvimento sustentável para as comunidades do Semiárido. O licuri é uma das espécies nativas da Caatinga que vem sendo mapeada com potencial para inovação sustentável para Bioeconomia do Semiárido pelo Núcleo de Bioprospecção da Caatinga- Nbiocaat, coordenado pelas professoras Maria Tereza dos santos Correia e Márcia Vanusa da Silva do departamento de Bioquímica/UFPE que desde 20213 atuam diretamente com validações científicas a partir do conhecimento de comunidades tradicionais, fortalecendo o protagonismo local e promovendo inclusão produtiva, especialmente entre mulheres. Espera-se que os resultados científicos obtidos desde a criação do Núcleo também contribuam para o estabelecimento de políticas de desenvolvimento científico e de inovação tecnológica, a partir do potencial florístico do Semiárido Brasileiro. A criação da cooperativa é um dos frutos de mais de uma década de atuação do NBIOCAAT tem desenvolvido ações de extensão, mapeamento etnobotânico e formação científica em escolas públicas. Ao longo desse período, foram coletados saberes de mais de 50 comunidades do Semiárido e realizados projetos como o “Ciência na Caatinga”, que despertou a curiosidade científica de mais de 5 mil estudantes sobre o potencial da flora local. O esforço coletivo fortalece a conexão entre universidade e território, conhecimento e transformação social. LICURI - Conhecido como “ouro do Semiárido”, o licuri (Syagrus coronata) é uma palmeira nativa da Caatinga que desempenha um papel fundamental na cultura, na alimentação e na economia das comunidades tradicionais do Nordeste. Suas amêndoas são altamente nutritivas e seu óleo possui propriedades terapêuticas e cosméticas, sendo cada vez mais valorizado em pesquisas científicas e no mercado de produtos naturais. Além disso, o licuri representa uma alternativa sustentável ao extrativismo predatório, já que seu aproveitamento pode gerar renda sem comprometer a regeneração da planta nem o equilíbrio ecológico do bioma. O fortalecimento da cadeia produtiva do licuri, portanto, une preservação ambiental, inovação tecnológica e inclusão social.

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Liderança feminina em tempos de cuidado: a hora das mulheres

*Por Luciana Almeida No mundo pós-pandemia, algo profundo mudou: o ato de cuidar passou a ocupar um lugar central nas discussões sociais, políticas e organizacionais. Essa transformação, longe de ser apenas simbólica, tem se refletido diretamente nas exigências do mundo do trabalho. O aumento expressivo dos índices de adoecimento mental e do afastamento por questões emocionais nas empresas brasileiras é apenas um dos muitos sinais de que o cuidado – com as pessoas, com os vínculos, com o ambiente – tornou-se uma necessidade estratégica. Foi diante desse cenário que a socióloga Débora Diniz afirmou: “Chegou a hora das mulheres.” Mas o que exatamente ela quis dizer com isso? Historicamente, às mulheres foi atribuído o papel social do cuidado. Desde muito cedo, meninas são educadas para assumir responsabilidades emocionais e práticas dentro da família: cuidar dos irmãos, da casa, dos idosos, dos sentimentos dos outros. Esse padrão se estende ao ambiente profissional onde, não raramente, as mulheres são associadas a funções de apoio, escuta, acolhimento, organização e articulação – habilidades muitas vezes invisibilizadas, mas essenciais para a saúde de qualquer ambiente de trabalho. Dados recentes reforçam essa realidade: entre meninas de 14 a 21 anos, 84% já assumem algum tipo de responsabilidade de cuidado dentro da família (dados da ONG Plan International Brasil, 2023). Essas experiências geram impactos profundos. Ao longo da vida, essas mulheres desenvolvem competências emocionais e sociais que hoje são cada vez mais valorizadas dentro das organizações: sensibilidade, empatia, flexibilidade, construção de vínculos. Pesquisas apontam que, comparadas aos homens, mulheres tendem a priorizar mais o coletivo e o bem-estar do outro, enquanto os homens são educados a pensar em performance individual e resolução racional de problemas. Essa diferenciação – ainda que atravessada por estereótipos de gênero – não pode ser ignorada quando falamos de inteligência emocional, uma das habilidades mais desejadas no mercado de trabalho contemporâneo. Hoje, falar em saúde mental nas empresas vai além de oferecer planos com psicólogos, gincanas corporativas ou ergonomia. Nada disso será eficaz se os relacionamentos dentro das equipes estiverem adoecidos. E é aqui que o cuidado – historicamente desprezado como “habilidade feminina” – se revela essencial para o futuro do trabalho. Saber cuidar passou a ser uma competência de liderança. E as mulheres, por sua trajetória e socialização, chegam neste momento com uma bagagem poderosa, forjada em desafios muitas vezes invisíveis. Reconhecer e valorizar essa presença feminina em cargos de liderança é mais do que uma questão de equidade de gênero: é uma resposta inteligente a um novo tempo, quando resultados e relações caminham juntos. Se antes cuidar era visto como algo secundário, hoje é, sem dúvida, estratégico. E talvez por isso, como disse Débora Diniz, esta seja mesmo a hora das mulheres. *Luciana Almeida é consultora e sócia da TGI

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Crédito negado: 68% das brasileiras enfrentam barreiras para obter financiamento

Estudo da Serasa com a Opinion Box revela que dificuldade de acesso ao crédito compromete a saúde financeira e o planejamento familiar de milhões de mulheres Apesar de serem protagonistas na administração das finanças domésticas, a maioria das mulheres brasileiras enfrenta obstáculos persistentes na hora de buscar crédito no mercado formal. Uma pesquisa inédita da Serasa em parceria com a Opinion Box revela que 47% das mulheres consideram a dificuldade em obter financiamento o principal desafio financeiro atual — uma barreira que afeta não apenas sua autonomia, mas também a estabilidade econômica de seus lares. O levantamento mostra que mais de dois terços das brasileiras (68%) já tiveram um pedido de crédito negado. Isso acontece mesmo com um alto grau de responsabilidade financeira: 93% das entrevistadas afirmam participar ativamente das decisões econômicas da família, e 80% organizam o pagamento das contas com antecedência. Ainda assim, sete em cada dez já recorreram a trabalhos informais para complementar a renda, o que dificulta a comprovação exigida por bancos e instituições financeiras. Outro dado preocupante é o impacto psicológico e prático da recusa: 47% das mulheres que tiveram crédito negado desistiram de tentar novamente. Essa desistência, motivada por frustração ou burocracia, pode levar ao agravamento de situações emergenciais e ao uso de soluções informais e onerosas, como empréstimos com juros abusivos. A pesquisa também evidencia desigualdades mais acentuadas entre mães solo e empreendedoras. Entre as provedoras únicas da casa, 74% já tiveram crédito negado. No caso das empreendedoras, o índice chega a 68%. Para 35% delas, essa limitação representa o principal entrave ao crescimento de seus negócios, restringindo iniciativas de geração de renda e inovação. Além dos critérios técnicos, o acesso desigual ao crédito também reflete um viés social. Segundo a pesquisa, 87% das mulheres acreditam que seu papel econômico ainda é subestimado pela sociedade. Essa percepção de desvalorização pode influenciar diretamente a avaliação feita por instituições financeiras, ampliando o ciclo de exclusão. A promoção de crédito justo e acessível é, portanto, uma ação estratégica para fomentar a inclusão financeira e fortalecer a economia do país.

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Antonio Augusto STF carmen

FIEPE lança Comitê Feminino para ampliar a presença de mulheres na indústria pernambucana

Evento de lançamento contará com a ministra Cármen Lúcia e tem como base estudo inédito sobre equidade de gênero no setor industrial Com o objetivo de promover a equidade de gênero no setor industrial, a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) lança no próximo dia 28 de abril, na Casa da Indústria, o Comitê Feminino de Liderança Setorial. A iniciativa será apresentada em um evento com a participação da ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, e de Marta Livia Suplicy, presidente do Conselho Superior Feminino da FIESP. As inscrições estão abertas no site da FIEPE. A criação do Comitê é uma ação estratégica impulsionada pelo SENAI-PE, após sua adesão ao Pacto Global da ONU e o compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o de número 5, que trata da Igualdade de Gênero. Segundo Caroline Souto Maior, diretora financeira da FIEPE e presidente do Comitê, a proposta é “discutir os desafios da participação feminina na indústria pernambucana e propor projetos que fortaleçam a visibilidade das mulheres no setor”. Um levantamento realizado pelo Observatório da Indústria do SENAI-PE com 105 empresas revelou que, mesmo nas médias e grandes indústrias, a presença feminina em áreas técnicas ainda é limitada. Embora 47,6% dessas empresas já tenham estratégias específicas para inclusão, como capacitações e programas de bolsas, os principais obstáculos apontados continuam sendo a escassez de mão de obra feminina qualificada e questões ligadas à segurança no ambiente de trabalho. A gerente de Pesquisa e Prospectiva do SENAI-PE, Ana Paula Vasconcelos Cruz, chama a atenção para uma contradição: “Apesar das empresas apontarem a falta de qualificação como entrave, os dados do IBGE mostram que as mulheres têm maior escolaridade que os homens. É necessário investir em programas específicos para capacitá-las em áreas técnicas e de liderança, rompendo estigmas e criando oportunidades reais”. ServiçoO quê: Lançamento do Comitê Feminino de Liderança SetorialQuando: 28 de abrilOnde: Casa da Indústria – RecifeInscrições: www.fiepe.org.br

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