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Fundaj protocola ofício e pede audiência na OAB/PE

A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) protocolou nesta segunda-feira (26) um ofício ao presidente Bruno Batista da OAB-PE, pedindo audiência e noticiando possível descumprimento de decisão judicial quanto ao empreendimento do Atacadão dos Presentes no terreno em Casa Forte, próximo a Fundaj. No documento, o Presidente da Fundaj, Antônio Campos, declarou: “oficiamos o Sr. Prefeito e tivemos uma resposta insatisfatória por parte da Fundação Cultura da Cidade do Recife. Constituímos uma comissão técnica para o acompanhamento do assunto.” O presidente comparou a uma situação semelhante, em que a OAB-PE ajuizou na Justiça Federal a Ação Civil Pública nº 0004969-62.2010.4.05.8300 contra o Município do Recife. O caso resultou na decisão do TRF 5ª Região de condenar o Município e o estabelecimento Carrefour por abuso de direito e conduta indevida quando da demolição do imóvel que existia no terreno em Casa Forte, atualmente especulado para se tornar um empreendimento do Atacadão dos Presentes. Ele destacou o 5º item dos segundos embargos de declaração que integrou a decisão: “Ademais, esta 4ª Turma verificou que o projeto de construção e instalação do mencionado centro de compras, no lugar do imóvel demolido, além de sofrer uma grande rejeição por parte dos moradores das circunvizinhanças, das entidades de preservação ambiental e dos órgãos de proteção ao Patrimônio artístico e cultural da cidade, não atendia a uma série de imposições técnicas constantes da legislação municipal de regência, o que impedia (e impediu) a sua aprovação pelo órgão municipal competente.” Quanto ao novo projeto do Atacadão, o presidente entende que traz uma situação similar à que a OAB/PE levantou e contraria, em parte, a decisão tida. “Assim, damos conhecimento a V. Sa. de tal situação, requerendo as providências que a OAB entender cabíveis para não descumprimento da decisão que já existe, como também solicitamos uma audiência sobre o novo empreendimento do Atacadão com essa presidência.” A Fundaj constituiu comissão de técnicos para acompanhar o assunto, segue em contato com a OAB e está representando ao Ministério Público Federal para abertura de Inquérito Civil, para que o órgão também acompanhe o caso.

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Seminário gratuito discute práticas e políticas culturais para museus

Partilhando as encruzilhadas e os caminhos das políticas culturais aplicadas a museus e espaços expositivos de arte, será realizado, entre os próximos dias 17 e 19 de setembro, no auditório do Museu da Abolição, o Seminário de Educação Museal: das incertezas, os futuros. Idealizado por equipamentos mantidos pela Prefeitura do Recife, como o Paço do Frevo e o Museu de Arte Moderna Aluísio Magalhães (MAMAM), além do Museu da Abolição e da Remic-PE (Rede de Educadores de Museus e Instituições Culturais-Pernambuco), o evento reunirá estudantes, profissionais e público em geral para prospectar futuro e fôlego para esses espaços de preservação da memória e da identidade cultural do Brasil. Entre as perguntas que o evento pretende responder estão: Como provocar experiências que transcendam a visualidade dos objetos? Como atuar em museus diante das instabilidades econômicas e políticas? Como atrair públicos e atender às suas especificidades? Como fortalecer as práticas educativas em museus e os profissionais que neles atuam? Como despertar em museus e seus públicos olhares empáticos sobre o outro? Para tanto, a programação contará com oficinas, performances, rodas de conversa e painéis criativos. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site do Paço do Frevo. Informações: 3355-9527. Confira a programação: SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO MUSEAL: DAS INCERTEZAS, OS FUTUROS No auditório do Museu da Abolição SEGUNDA-FEIRA (17/09) 14h – Oficina de Aplicabilidade da Política Nacional de Educação Museal (PNEM) – Rafaela Gueiros (IBRAM/MinC): O processo de desenvolvimento da PNEM e o caderno da PNEM 16h – Cafezinho colaborativo 16h30 às 19h – A PNEM na prática TERÇA-FEIRA (18/09) 14h – Performance como educação: atividade performática 14h30 – RodAtiva: Experiências de Educação Museal em Pernambuco (2000/2010) 16h – Cafezinho colaborativo 16h30 – RodAtiva: Experiências de Educação Museal em Pernambuco (2010/2018) 18h – Fórum de trocas: debate aberto sobre a RodAtiva QUARTA-FEIRA (19/09) 14h – Performance como educação: atividade performática 14h30 – Futuros presentes: proposições diversas a partir de vivências educativas contemporâneas, com protagonismo de educadores e estagiários em atuação na atualidade 16h – Cafezinho colaborativo 16h30 – Rearticulação da REMIC: que futuros construiremos juntos? 18h30 – Painel de inspirações: construção coletiva de um moodboard sobre os futuros da educação em museus

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Balé Popular do Recife é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da cidade

Com mais de 40 anos de existência, comemorados no ano passado, o Balé Popular do Recife recebeu o reconhecimento pela sua trajetória de resistência artística, cultural e popular. Na tarde da última sexta-feira (23), o prefeito Geraldo Julio sancionou o Projeto de Lei 321/2017, proposto pela vereadora Ana Lúcia, e aprovado na Câmara Municipal do Recife, que declara o grupo como Patrimônio Cultural Imaterial do Recife, fortalecendo o grupo que ao longo de tantos anos documenta, divulga, preserva e ensina a dança popular nordestina para a população do Recife. "É uma alegria poder transformar o Balé Popular do Recife num Patrimônio Imaterial da nossa cidade. O Balé, que recentemente completou quarenta anos, leva nossa cultura para vários lugares do mundo, apresentando o maior valor que o Recife tem, que são as pessoas e a sua cultura. Esse é um projeto da vereadora professora Ana Lúcia, que os vereadores aprovaram, e eu agradeço aos vereadores, mas agradeço sobretudo aos integrantes do Balé Popular do Recife por tudo que eles representam para a nossa cidade". O Balé Popular do Recife, fundado em maio de 1977, foi um dos primeiros grupo de dança profissional de Pernambuco e é o mais antigo em constante atuação. Ele atravessou o tempo levando os conteúdos da cultura popular nordestina para várias gerações. A companhia já se apresentou em importantes festivais do país e divulgou a cultura da terra em países como Israel, Espanha, Portugal, França, Holanda, Costa do Marfim, Cuba, Canadá, Estados Unidos, Peru, Argentina, China e Venezuela, além de escolas de Ensino Fundamental e Médio da Região Metropolitana de Paris e também de Recife. A solenidade também foi acompanhada pela Secretária de Cultura do Recife, Lêda Alves, pelo Presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha, e pelo fundador e diretor do grupo, André Madureira, além de bailarinos e integrantes do Balé Popular do Recife. "O artista precisa do reconhecimento do seu povo, porque ele vive disso. É muito importante o trabalho que vimos desenvolvendo esse tempo todo, fazendo a cidade dançar,fazendo com que a cidade reconheça seus valores artísticos mais profundos, e estamos hoje sendo coroados por este valor. Esse reconhecimento vem abrir portas, consolida nosso trabalho, e nos posiciona como um legítimo representante da cidade do Recife. Isso nos inventiva e dá mais vontade de lutar, de continuar a levar nossa cultura e nossa arte para a sociedade", comentou o diretor do balé. A secretária de Cultura Lêda Alves também falou da importância do título. "Este grupo é a prova de que a cultura na nossa cidade é forte, que atravessa o tempo e que resiste, mesmo sob as dificuldades que enfrentamos na valorização da cultura do Brasil. Este reconhecimento é não só pelo Recife, mas pelo estado e pelo Brasil", afirmou. Autora da proposta a vereadora Ana Lúcia comentou a nova Lei. "Acho que a cidade do Recife deve muito mais para o Balé, do que o Balé para a cidade. São 40 anos de história, de resistência. São anos de história e reconhecimento do que o Balé tem plantado e tem trazido para a população, sobretudo para as crianças e adolescentes. As dificuldades são muitas, mas reconhecimento nunca é demais, eles são dignos e tem esse merecimento", afirmou.

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Edifício Sudene passa a fazer parte do patrimônio da UFPE

A UFPE e a Superintendência do Patrimônio da União (SPU) assinaram, na tarde da última terça-feira, em reunião realizada no Gabinete do Reitor, documento que promove a cessão provisória do prédio da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) para a Universidade. Para o reitor Anísio Brasileiro, a assinatura representa um momento histórico para as instituições. “Ficamos muito felizes que a Superintendência da União tenha tomado a decisão de que um edifício histórico, símbolo do projeto de desenvolvimento do Brasil, passe ser da responsabilidade de uma universidade pública”, disse o reitor. De acordo com Anísio, para a ocupação do prédio, é preciso pensar atividades que estejam de acordo com o que representa a Sudene. “Projetos que gerem conhecimento e que contribuam para um plano de desenvolvimento do Brasil”, adiantou. Nesse sentido, a Universidade vai compor uma comissão destinada a discutir formas de ocupação do prédio, que pode vir a abrigar atividades administrativas e de ensino, pesquisa e extensão. O trabalho vai envolver ainda a adaptação estrutural do espaço para receber os projetos em estudo. A Universidade já dispõe de R$ 3 milhões para realizar as primeiras adequações que permitirão o funcionamento do prédio. “O imóvel tinha vocação para se integrar à Universidade”, afirmou a superintendente substituta da SPU, Renata Villa Nova. “A SPU vai continuar a parceria com a Universidade para levar adiante esse desafio, que é a utilização do prédio da Sudene para o ensino público, o que vai ser de grande importância para toda a comunidade universitária”, completou Renata. Segundo ela, o próximo passo da SPU é dar seguimento ao processo de transferência definitiva do prédio à Universidade. Trata-se do maior “próprio nacional”, que são os imóveis de domínio da União utilizados pelo serviço público federal, para instalação de órgãos vinculados à Administração Pública Federal direta ou indireta. Além do reitor Anísio Brasileiro e da superintendente substituta da SPU, Renata Villa Nova, a assinatura do documento contou com a presença da vice-reitora Florisbela Campos; do coordenador da comissão para instalação da UFPE no prédio da Sudene, o professor Mariano Aragão; da chefe do Gabinete, Lenita Almeida; da pró-reitora de Gestão Administrativa, Niedja Paula de Albuquerque; da pró-reitora para Assuntos Estudantis, Ana Cabral; do pró-reitor de Comunicação, Informação e Tecnologia da Informação, Décio Fonseca; do diretor do Centro Acadêmico de Vitória, José Eduardo Garcia; do ouvidor-geral da UFPE, professor Ivan Melo; e do professor Silvio Romero Marques, presidente da Comissão Executiva das Comemorações dos 70 Anos da UFPE. Também estiveram presentes na assinatura, pela SPU, a coordenadora de Destinação Patrimonial, Paula Ferreira; e a técnica Martha Lisboa. EDIFÍCIO – A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) foi criada no dia 15 de dezembro de 1959, pelo então presidente Juscelino Kubitscheck (1956-1961), com o objetivo de promover o coordenar o desenvolvimento da região. Teve como idealizador e primeiro superintendente o economista Celso Furtado, autor do clássico “Formação Econômica do Brasil”. Inicialmente, a Sudene funcionou num prédio no centro do Recife. O prédio no Engenho do Meio foi inaugurado no dia 28 de janeiro de 1974 e foi edificado em um terreno com 68.050,00 m², possuindo uma área construída de 72.704,81 m², distribuída em diversos blocos, sendo um prédio principal, com 13 andares, e quatro anexos que incluem biblioteca, restaurante, conselho deliberativo e serviço médico. Atualmente, o prédio principal está praticamente desocupado, restando ainda, provisoriamente, bens móveis (mobiliário e arquivo) de alguns órgãos em seu subsolo, bem como ocupação regular de um anexo de 900 m² pelo Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), cedido desde o ano de 2010. Na cessão definitiva à UFPE, caberá à Universidade e ao Instituto ajustarem o encaminhamento a ser dado a estas instalações. O prédio é de propriedade da União, adquirido por sucessão da Sudene, que foi extinta pela Medida Provisória nº 2.145/2001. Em 2003, foi criado um órgão condômino, que gerenciou o uso do prédio por diversos órgãos e entidades públicas e privadas, que o administravam de forma compartilhada. Com a desocupação do prédio pela Sudene, em julho deste ano, restou à SPU/PE o desafio de encontrar urgentemente uma alternativa para sua destinação. A história do edifício e sua localização foram os principais pontos observados pela equipe da SPU/PE ao visualizar, na UFPE, uma enorme vocação para receber o imóvel, integrando-o ao Campus Recife. No dia 7 de novembro, a UFPE manifestou seu interesse no imóvel, o que veio ao encontro do estabelecido na 6ª declaração da escritura pública de doação de imóvel, firmada em 1967 entre a UFPE e a extinta Sudene. Essa declaração determinava a reversão do terreno em caso de sua destinação para finalidade diversa daquela prevista na escritura, que seria o funcionamento da sede da Sudene. ARQUITETURA – O edifício é um expoente da arquitetura moderna e resultado do projeto dos arquitetos Pierre Reithler, Ricardo Couceiro, Paulo Roberto de Barros e Silva e Maurício do Passo Castro, em 1968, caracterizado por princípios de adequação climática. Um primeiro estudo foi realizado por Glauco Campello. Atuaram na coordenação das obras os engenheiros Pedro Gorgônio da Nóbrega Filho, Mário de Moraes Rêgo e Valério de Mello Costa Oliveira. O cálculo estrutural das obras foi feito pelos engenheiros Eleumar Martorelli e José Moacyr Lins de Albuquerque e a construção envolveu mais de 20 empresas, desde estrutura, instalações, montagem, acabamento e fiscalização. Os jardins foram encomendados ao escritório paulista Burle Marx & Cia Ltda, do maior paisagista brasileiro Roberto Burle Marx, e são caracterizados pela flora do semiárido nordestino.

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Semana do Patrimônio cultural de Pernambuco vai tratar de políticas públicas e gestão

A Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco, promovida pela Secult-PE e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), chega à sua 10ª edição em 2017. Com o objetivo de comemorar o Dia Nacional do Patrimônio Histórico, 17 de agosto, e abrir espaço para reflexão das questões voltadas às políticas de preservação, o evento terá como tema neste ano as “Políticas Públicas e Gestão do Patrimônio Cultural”. A programação do evento, nos últimos anos, tem extrapolado a duração de uma semana e as ações acontecem durante quase todo o mês de agosto, estabelecendo um canal de debates, interdisciplinar e interinstitucional sobre as mais diversas temáticas julgadas essenciais para a compreensão das formas de constituição, valorização, reconhecimento e preservação dos patrimônios culturais. Hoje (10), por exemplo, a abertura da exposição “Pernambuco patrimônio e território de um Povo“, no Museu do Estado de Pernambuco (Mepe), às 19h, faz parte da programação da Semana. Com curadoria de Raul Loudy e Renato Athias, a mostra contará toda a história de Pernambuco, a partir do acervo do MEPE. E, a partir da próxima segunda-feira (14), de forma inteiramente gratuita, serão ofertadas ao público em geral ações como seminários, oficinas, mesas redondas, exposições, minicursos, rodas de diálogo, teatro, mostra de artesanato, apresentações culturais, entre outras atividades voltadas ao debate público sobre preservação. Abertura - A abertura oficial da 10ª Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco, no Teatro Arraial Ariano Suassuna, na segunda-feira (14), será com a conferência do conservador e restaurador Antônio Sarasá, que debaterá o tema A Cultura do Patrimônio e a Zeladoria, a partir das 14h. Além do colóquio, haverá a apresentação do projeto do Funcultura Jardins de Burle Marx, produzido por Sandro Lins, e o lançamento das publicações Cartilha ‘Jogo do Patrimônio 2.0‘ e Revista Aurora 463 – Ano II, ambas confeccionadas pela Fundarpe. Ao final, Mocinha de Passira (Patrimônio Vivo) encerrará a programação do primeiro dia com seus célebres repentes. Confira a programação completa aqui Dia do Patrimônio – A data mais festiva da Semana do Patrimônio é o dia 17 de agosto, quando é celebrado o Dia Nacional do Patrimônio Histórico, comemorado desde 1998, quando o primeiro presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Rodrigo Melo Franco de Andrade completaria 100 anos. Haverá uma solenidade no Teatro de Santa Isabel. A programação inclui a diplomação dos seis novos Patrimônios Vivos do Estado de Pernambuco (Maria dos Prazeres, Mestre Chocho, André Madureira, José Pimentel, Reisado Inhanhum e Sociedade dos Bacamarteiros do Cabo), do anúncio dos vencedores do Prêmio Ayrton de Almeida Carvalho de Preservação do Patrimônio Cultural 2016 e de uma referência mais do que especial: os 80 anos do Iphan, criado em 1937. “Nossa proposta é ampliar o diálogo com a sociedade sobre a gestão a preservação do nosso patrimônio. Traçarmos estratégias, encontrarmos alternativas e novos modelos de gestão compartilhada entre o poder público, os conselhos de preservação e a comunidade”, convida a presidente da Fundarpe, Márcia Souto. Ainda de acordo com a gestora, “as atividades terão como base quatro eixos: brincar, experimentar, interpretar e pensar o patrimônio, estabelecendo um canal de debates, interdisciplinar e interinstitucional sobre temáticas essenciais para a compreensão das formas de constituição, valorização, reconhecimento e preservação dos patrimônios culturais”. Seminário – Na terça-feira (15), das 8h30 às 12h30, a Semana do Patrimônio promoverá o Seminário – Políticas Públicas e Gestão do Patrimônio Cultural. A atividade acontecerá no Teatro Arraial Ariano Suassuna e terá como tema da primeira mesa, o Marco Legal para o reconhecimento dos patrimônios culturais (panorama da legislação mundial, nacional, estadual e municipal e suas complexidades). Mediado pela presidente de Fundarpe Márcia Souto, contará com os palestrantes Hermano Queiroz, diretor de Patrimônio Imaterial do Iphan, Mário Pragmácio, professor do Mestrado Profissional do IPHAN, e Marcelo Renan, doutorando Pós-Cultura UFBA. A segunda mesa do encontro terá como tema a Preservação dos patrimônios culturais – atuação e limites do estado, dos agentes públicos, dos conselhos e dos detentores de bens culturais. Terá como palestrantes: Telmo Padilha Cesar, do Instituto Defender – Defesa Civil do Patrimônio Histórico, do professor Leonardo Barci Castriota, arquiteto-urbanista e Diretor da pós-graduação da Universidade Federal de Minas Gerais, e será mediada por Rodrigo Cantarelli, do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural. Lançamento - Na sexta-feira (18), os professores Terezinha de Jesus Pereira da Silva – membro do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural – e Sérgio Mota Bitencourt lançam, às 9h, no Teatro Arraial Ariano Suassuna, o livro Espaço Pasárgada: A Casa de Manuel Bandeira, que revela toda história e o acervo do equipamento cultural. 2º Seminário de Educação Patrimonial - A Faculdade de Direito do Recife sediará a segunda edição do Seminário de Educação Patrimonial de Pernambuco. A atividade está agendada para a sexta-feira (18), das 8h às 17h, e discutirá a relação Museu-Escola: desafios e possibilidades. A conferência de abertura será proferida pela professora Manuelina Cândido (UFG) e terá de mediação de Regina Batista, que é membro do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural. Ao longo do dia, haverá ainda as mesas-redondas: O museu como espaço pedagógico; O museu e sua natureza simbólica; O museu como difusor do conhecimento; e O museu e suas representações de tempo e espaço. Minicurso Zeladoria de Bens Culturais - Ministrado pelo restaurador Antônio Sarasá, o curso acontecerá entre os dias 15 e 16/8, das 9h às 17h, no Museu do Estado de Pernambuco (MEPE). A atividade é direcionada às equipes que gerenciam os equipamentos culturais do Estado e possibilitará aos participantes a oportunidade de aprenderem técnicas de manutenção e zeladoria para o acervo de suas instituições. Simpósio - Batizado de Reflexões Acadêmicas sobre o Patrimônio Cultural, a 10ª Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco promoverá um simpósio acadêmico entre estudantes e professores de sete instituições de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco: Damas, Esuda, FBV, UFPE, Unicap, Uninassau e UNIFAVIP. A atividade acontecerá no Teatro Arraial Ariano Suassuna, na sexta-feira (18), a partir das 9h, e mostrará, através da exposição de banners e colóquios, a produção da comunidade acadêmica

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Forte das Cinco Pontas sedia seminário internacional do Iphan

Outrora fundamentais no desenho das fronteiras nacionais, os fortes brasileiros hoje são salvaguarda da história e da cultura do país. E para que esses equipamentos sigam cada vez mais vivos, atraindo e não mais expulsando visitantes, o Recife sedia até a sexta-feira (7), no Museu da Cidade do Recife, o Seminário Internacional Fortificações Brasileiras – Patrimônio Mundial: estudos para análise de modelos de gestão e valoração turístico-cultural, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Um dos principais pontos da pauta do encontro, que reunirá gestores de fortificações e agentes públicos do Brasil, da América Latina e da Europa, será a confirmação da candidatura de 19 fortes do país ao título de Patrimônio Cultural Mundial, conferido pela Unesco. O Forte das Cinco Pontas é um dos integrantes desse grupo de equipamentos históricos prioritários do país, que o Iphan classificou como Conjunto de Fortificações do Brasil, e que esperam o reconhecimento da Unesco. Outros dois equipamentos pernambucanos estão nessa lista: o Forte do Brum e o Forte Orange. O grupo é formado ainda por fortes localizados no Amapá, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Todos, de acordo com o Iphan, são produtos da ocupação marítima portuguesa e holandesa, representando com a máxima fidelidade as construções defensivas implantadas àquela altura nos pontos que serviram para definir as fronteiras marítimas e fluviais do Brasil, que mais tarde viria a ser considerado o maior país da América Latina. "A inclusão do Forte das Cinco Pontas na rede de dezenove fortes construídos no Brasil no período colonial que são candidatos a patrimônio do mundo é um marco na vida do equipamento. Sua capacidade de resistência, sua presença na vida do Recife metropolitano, seu capital simbólico acumulado ao longo da história, sua marca que resistiu além da forma, serão certamente fortalecidos com o reconhecimento da Unesco. Mas, a nossa responsabilidade como conservadores e difusores desse patrimônio cresce e exige de nós uma nova percepção da importância desse bem para a história do mundo", afirma a diretora do Museu da Cidade do Recife, Betânia Correa de Araújo. Segundo o Iphan, a proposta é que, ao final do evento desta semana, seja assinada a Carta do Recife, documento com diretrizes para o estabelecimento de parcerias público-privadas e para a certificação de destinos patrimoniais, visando acordos específicos para cada fortificação com a definição de diretrizes de trabalho que deverão nortear o desenvolvimento das ações de cada um deles. Para este encerramento, estão previstas as presenças do ministros Roberto Freire (Cultura), Defesa (Raul Jungmann), Mendonça Filho (Educação) e Marx Beltrão (Turismo). Durante o seminário, serão ainda apresentados alguns cases de sucesso de modelos de governança de fortificações, considerados referências para o resto do mundo, como Fortaleza de Tapirandú, no Morro de São Paulo (BA) e o Forte de Nossa Senhora Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ). O trabalho de reuso das instalações históricas desenvolvido no Forte das Cinco Pontas também será apresentado por Betânia Correa de Araújo. Segue a lista completa das 19 edificações brasileiras que compõem o Conjunto de Fortificações do Brasil e são candidatas à certificação da Unesco, com destaque para os três equipamentos pernambucanos contemplados: Forte São Tiago das Cinco Pontas O Forte das Cinco Pontas foi erguido em 1630 por ordem de Frederik Hendrik (1584-1647), primo de Maurício de Nassau. A fortaleza foi batizada com o nome do príncipe, mas, devido à forma pentagonal, passou a ser denominada de Forte das Cinco Pontas. Com a tomada pelos portugueses, em 1654, foi feita a primeira grande reforma na edificação, reconstruída em pedra e cal e apenas com quatro pontas. A obra foi concluída em 1684 e rebatizada de Forte de São Tiago. Com a expansão da cidade, a fortaleza perdeu seu sentido de defesa e passou a ter novos usos: entre os séculos 18 e 19, funcionou como depósito geral e prisão; no início do século 20, foi quartel militar e, em 1938, foi tombado patrimônio nacional. Durante o final da década de 1970, sofreu outra grande reestruturação, dessa vez para sediar as instalações do Museu da Cidade do Recife. Forte de Santa Cruz (Orange) Com nome oficial de Forte de Santa Cruz, o Orange é um dos testemunhos da ação portuguesa e holandesa em Pernambuco durante o período colonial. O monumento foi construído em 1630 por militares holandeses, da Companhia das Índias Orientais, e sofreu diversas mudanças em sua estrutura desde a restauração portuguesa de 1654, mudando seu nome para Forte de Santa Cruz. Em pedra calcária e alvenaria de cal, foi tombado pelo Iphan em 1938 e é gerido pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Pernambuco. Forte São João do Brum A origem do Forte São João Batista do Brum remonta a 1595, quando foi erguido por corsários ingleses, sob o comando de James Lancaster. Mais tarde, o Forte passaria por várias expansões e modificações. Uma delas, que marcou a sua história, foi conduzida pelos holandeses, sob o comando de Schans de Bruyne, e transformou a edificação num dos principais pontos de resistência para o cerco das forças luso-brasileiras, entre os anos de 1630 e 1635. Tombado pelo Iphan desde 1938, o Forte pertence ao Exército Brasileiro e abriga atualmente o Museu Militar. Fortaleza de São José, em Macapá (AP) Forte Coimbra, em Corumbá (MS) Forte de Príncipe da Beira, em Costa Marques (RO) Fortaleza dos Reis Magos, em Natal (RN) Forte de Santa Catarina, em Cabedelo (PB) Forte de Santo Antônio da Barra, em Salvador (BA) Forte São Diogo, em Salvador (BA) Forte São Marcelo, em Salvador (BA) Forte de Santa Maria, em Salvador (BA) Forte de N. S. de Mont Serrat, em Salvador (BA) Fortaleza de Santa Cruz da Barra, em Niterói (RJ) Fortaleza de São João, no Rio de Janeiro (RJ) Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, em Guarujá (SP) Forte São João, em Bertioga (SP) Fortaleza de Santa Cruz de Anhantomirim, em Governador Celso Ramos (SC) Forte de Santo Antônio

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O centro como sala de visitas da capital

O Observatório do Recife fechou o ciclo de debates do projeto O Recife que Precisamos - Edição 2016 apresentando propostas para revitalização do Centro Histórico. O conceito de organizar os bairros centrais para se tornarem uma espécie de sala de visitas da capital pernambucana foi discutido por especialistas e representantes de movimentos presentes no evento. O secretário de Desenvolvimento Urbano da prefeitura, Antônio Alexandre, fez um balanço do que foi realizado nessa temática na atual gestão. A riqueza patrimonial do Centro do Recife e o acelerado processo de deterioração da cidade foram ressaltados nas discussões do movimento em 2012. Desse diagnóstico saíram diversas propostas, como a de expansão do sítio histórico de Olinda para a área mais antiga da capital pernambucana, a se considerar o nascimento das duas cidades, que ocorreu praticamente no mesmo momento. “A ideia era a recuperação do Centro Histórico do Recife como sala de visitas da cidade. Como proposição do professor José Luiz da Mota Menezes, incorporamos o entendimento de que o Recife, que é a capital mais antiga do Brasil, era tão patrimônio da humanidade como Olinda”, afirmou o consultor Francisco Cunha, responsável por fazer a memória das orientações do movimento no ciclo passado. A ausência de controle e planejamento para toda a cidade, incluindo o Centro, colocava em risco a integridade desse patrimônio de séculos de história. “O Recife não tinha estratégia própria, portanto fica refém da estratégia de inúmeros atores. O entendimento é o de que é possível transformar o local onde vivemos no lugar onde sonhamos viver”, diz Francisco Cunha. Tratando sobre o que avançou desde 2013, o secretário de Desenvolvimento Urbano, Antônio Alexandre, destacou o “Recife - Cidade das Pessoas”. “Esse projeto veio da percepção de que precisávamos de um conjunto de iniciativas que propusesse o resgate da relação do cidadão com a cidade. E, a partir daí, avançar num conjunto de outras agendas centradas principalmente na valorização do espaço público”, explicou. “A partir dessa discussão fizemos uma releitura do Bairro do Recife”. Ele lembrou da importância dos intensos debates sobre o projeto Novo Recife, no Cais José Estelita. “Foi uma oportunidade para levantar uma série de discussões para pensarmos no Centro do Recife, na sua forma de ocupação e do modelo de produção de cidade e de produção imobiliária. Esse fórum provocou um olhar mais amplo da Ilha de Antônio Vaz. E mais recentemente houve uma tentativa do CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) para consolidar esses elementos através do projeto Viver Recife Centro”. O terceiro movimento destacado pelo secretário foi o plano Centro Cidadão, realizado a partir de um convênio feito com a Unicap, em que a universidade demanda um pensamento mais amplo do Centro, onde o próprio campus e seu entorno estão inseridos. “A percepção que temos após abrir essas fontes de debates é de que precisamos expandir a visão do Centro Histórico além de uma sala de visitas. Na verdade, para estabelecer a dinâmica, vitalidade e função que a região pode voltar a ter no conjunto da cidade, precisamos avançar nessa visão. É preciso fazer esse território ser vivo, de permanência, para ser referência para toda a cidade”, declara. Junto a esse repensar o Centro da Cidade, o secretário afirmou estar fazendo uma revisão da legislação urbanística e do Plano Diretor. Outra ação no balanço do secretário é a revisão dos fluxos de mobilidade do Bairro do Recife, incluindo o projeto do VLT e no avanço da pedestrianização. RECOMENDAÇÕES A necessidade de se desenvolver uma cultura urbana através da educação cidadã e de se pensar a humanização na mobilidade foram alguns dos temas que emergiram no encontro. Entre as principais recomendações para o Centro da Cidade estão a ampliação da Zona 30 na região, associada a um esforço radical de pedestrianização no bairro do Recife; a preservação da paisagem urbana, removendo, quando necessário, intervenções indevidas, como a estação de BRT da Av. Guararapes; transformar a Av. Dantas Barreto num boulevard; iniciar a discussão sobre o futuro do Porto do Recife; qualificar a gestão dos resíduos sólidos no território do Centro; entre outros. Você pode ver a lista completa das 17 recomendações feitas para o Centro do Recife. Recomendações do Recife Que Precisamos 2016 para o tema Centro do Recife: Tomar como referência os manuais de pedestrianização e adotar um urbanismo tático emergencial sobre a Av. Rio Branco; Ampliação da Zona 30 em todo o Centro do Recife; Promover a pedestrianização radical do bairro do Recife, expandindo a Zona 30 a toda a extensão do bairro, coibindo o estacionamento nas vias públicas dos bairros do Recife, São José e Santo Antônio e ampliar a utilização e atualizar o preço da Zona Azul (que é R$ 1 desde 1998); Resignificar a Avenida Dantas Barreto utilizando-se, inclusive, de recursos de mitigação dos projetos imobiliários que se abatem sobre o centro da Cidade, repensando o equipamento e território do Camelódromo; Preservar a paisagem urbana, removendo, quando necessário, intervenções indevidas, como a estação de BRT da Avenida Guararapes; Reformar a Praça Adolfo Cirne da Faculdade de Direito, retirando o gradil e as vagas de estacionamento realizadas sem debate urbanístico pela UFPE; Iniciar a discussão sobre o futuro do Porto do Recife, colocando-o como um fio condutor da oportunidade de resignificação radical do bairro do Recife; Revisar as legislações de preservação urbana, incluindo o conceito de Paisagem Cultural como vetor da reabilitação, tendo o espaço público (e não somente o edificado) como objeto da legislação; Garantir celeridade e integração plena dos planejamentos urbanos da área do Centro; Revisar a legislação urbanística de toda a área do centro, garantindo o adensamento residencial através do fomento à ocupação e ao uso misto das edificações, preservando a paisagem histórica do território; Disciplinar a realização de grandes eventos no bairro do Recife, garantindo o funcionamento dos serviços regulares instalados no território durante o dia e/ou período; Garantir a assistência e segurança da população imigrante que está desempenhando atividades no comércio popular do centro da cidade; Qualificar a gestão dos resíduos sólidos no território do centro, com soluções

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