Arquivos Saúde - Página 42 De 52 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Avanços na cirurgia plástica ocular melhoram saúde e autoestima do paciente

A região dos olhos é uma das primeiras a apresentar sinais de envelhecimento, pois os tecidos são muito finos e a musculatura periocular está em constante movimento, desde piscar até acompanhar o riso ou qualquer outra emoção que se expresse. “Fatores genéticos e a falta de uso de óculos escuros para proteger os olhos dos raios ultravioletas também podem contribuir para o aumento de rugas de expressão e envelhecimento periocular”, explica a oftalmologista Marília Coutinho, especialista em cirurgia de pálpebras e de vias lacrimais do Instituto de Olhos do Recife. A aparência cansada ou desanimada pode decorrer do mau posicionamento de estruturas perioculares tais como: sobrancelhas caídas, pálpebras abaixo da posição habitual e, ainda, protuberância de bolsas de gordura que dão o aspecto de inchaço ao redor dos olhos. Essas alterações podem influenciar de forma negativa a vida e relacionamentos do paciente, afetando até sua autoestima. “Felizmente, esses problemas podem ser resolvidos facilmente. A pele redundante que pesa nas pálpebras e também no semblante pode ser corrigida com a blefaroplastia”, afirma a doutora Marília. Nesse procedimento é realizada a correção cirúrgica da pele em excesso, sendo personalizado de acordo com as características de cada pessoa. “Em alguns casos só é preciso remover a pele. Já em outros o resultado cirúrgico pode ser otimizado associando-se técnicas para melhorar outras alterações que o paciente possa apresentar”, explica a oftalmologista. Visão Segundo a doutora Marília, normalmente, as cirurgias estéticas não interferem negativamente na visão, podendo até melhorar o campo visual do paciente: “Sem falar do alívio no peso das pálpebras, que os pacientes descrevem após a intervenção”, comenta. Qualquer que seja o caso, a médica orienta que a avaliação e indicação médica são indispensáveis para realizar o procedimento, que pode ser feito por um oftalmologista especializado em cirurgia das pálpebras, também chamada de Oculoplástica. “Esse profissional é treinado para conciliar o procedimento estético ao bom funcionamento das estruturas perioculares e da saúde ocular”, complementa. Serviço: Dra. Marília Coutinho Instituto de Olhos do Recife Fone: (81) 2122.5000 (Espinheiro) (81) 2121.7300 (Boa Viagem) www.ior.com.br

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Carboidratos são aliados ou inimigos das dietas?

Dietas com baixo teor de carboidratos, conhecidas como low carb, em inglês, ganharam popularidade por acelerar o emagrecimento e proporcionar vários benefícios à saúde, como prevenção de doenças cardiovasculares. Segundo a nutricionista Joyce Moraes, coordenadora e professora de pós-graduação em nutrição clínica e funcional do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE), tais efeitos positivos se dão porque, a partir do momento que há grande redução de carboidratos na dieta, começamos a produzir corpos cetônicos. “Acontece que essas substâncias podem ter efeitos benéficos no nosso organismo. Por exemplo, reduzir bastante o teor de carboidrato para produção de corpos cetônicos pode ser uma estratégia interessante para tratamento da epilepsia”, detalha. Então, a estratégia low carb é a redução do carboidrato, porque já sabemos que alto índice de carboidrato está ligado a várias doenças cardiovasculares. Já a inclusão de lipídeos, como azeite e abacate, que são as chamadas “gorduras boas”, são ótimos, ao contrário do que se pensava antes. “Nós comemos muito carboidrato ao longo do dia. Até porque os alimentos fontes de carboidratos, como arroz, farinha, balas e biscoitos são mais baratos do que carnes e ovos. Mas, a partir do momento que reduzo esses carboidratos, tenho melhores níveis hormonais”, explica Joyce. Também segundo professora de nutrição do IDE, quanto mais carboidrato você come, maior será seu pico de insulina (de açúcar) no sangue, que resulta em vários efeitos deletérios, como acumulo de tecido adiposo. Por isso, os carboidratos têm que ser ingeridos em baixa proporção. Então, a estratégia low carb é a redução do carboidrato, “porque já sabemos, que alto índice da substância tem ligação com várias patologias e não só a questão da perda de peso”, conta a nutricionista. Inclusive, de acordo com a profissional, estudos recentes mostram que alto teor de carboidrato na dieta provoca mais doença cardiovascular do que alto teor de gorduras. “Reduzindo os carboidratos, é possível melhorar níveis hormonais. “Ou seja, hoje, a estratégia é indicada para emagrecimento, balancear os níveis hormonais e prevenir doenças cardiovasculares”, avalia a nutricionista. Alerta na redução drástica de carboidratos  Por outro lado, a redução drástica de carboidratos, que vai gerar alta produção de corpos cetônicos, pode fazer com que a pessoa entre num quadro chamado de acidose metabólica, podendo desencadear até parada cardiorrespiratória. “Outros efeitos ruins são cansaço, fadiga, perda de massa magra, dores de cabeça, mal estar e mal humor”. Logo, é tão importante a avaliação e acompanhamento de um nutricionista, que vai fazer avaliação de peso, idade, exames e para poder prescrever a “dose de carboidratos” individualizada e dieta adequada para cada um.  Outro alerta é para quem acha que fazer low carb é só comer pouco carboidrato. “Tem gente que come pouco carboidrato, mas o problema é a qualidade dele, que pode ser de alta carga glicêmica, ou seja, mesmo em pequenas quantidades vai ter efeito negativo. Não adianta comer pouco e o alimento ser de baixo teor nutritivo, artificial e industrializado. Muito me preocupa também quem acaba cortando frutas e verduras do cardápio, que são importantes fontes de nutrientes. Temos que ter noção que cada alimento tem seu valor e comportamento diferente no nosso organismo”, esclarece a professora de nutrição. Além disso, outras pessoas também que acreditam que fazer a dieta low carb é a solução, quando o problema é outro. “E não adianta reduzir tudo, ainda mais se o alimento for de alto teor nutritivo. É reduzir, principalmente, os carboidratos de alto índice glicêmico e industrializados. Assim, reforço a importância de procurar profissional de nutrição habilitado para orientar a gente”, conclui a coordenadora e professora do núcleo de pós-graduação nutrição do Instituto de Desenvolvimento Educacional Joyce Moraes. Informações sobre especializações na área de saúde: www.idecursos.com.br. 

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Cuidados simples ajudam a asma não estragar suas férias

Jornada de trabalho, organização doméstica, trabalhos da faculdade, a rotina multidisciplinar da criançada. A correria do dia a dia faz com que uma palavra não saia das nossas cabeças: férias. Mas quem tem asma, doença crônica que afeta as vias áreas e gera dificuldade de respiração1, precisa estar atento para aproveitar por completo os dias de descanso. Alguns cuidados simples podem evitar crises e garantir o aproveitamento deste período tão desejado. Cuidado com resfriados Evite mudanças bruscas de temperatura como, por exemplo, as alterações provocadas por ar condicionado, torna o corpo mais vulnerável a resfriados2 que, consequentemente, podem provocar sintomas de asma. Beba bastante água No inverno, temos a tendência a beber menos água. Porém, o funcionamento do aparelho respiratório sofre uma alteração que pode levar à desidratação por causa da baixa umidade do ar2. Beber bastante líquido por dia pode amenizar este quadro. Atenção às casas de temporada Certifique-se que a casa ou apartamento é arejado. Providencie uma limpeza prévia, com pano de chão úmido, e evite objetos que acumulam poeira, como tapetes, cortinas e carpetes3. Também é importante ter os ventiladores limpos e o ar condicionado com a manutenção em dia. Não esqueça os medicamentos de controle Você está de férias, sua asma não. Mantenha o uso dos medicamentos de controle conforme a prescrição do seu médico2. Providencie dosagens extras para sua mala de viagem, caso você não saiba se o medicamento é comercializado no seu local de destino, e leve sempre a receita médica com você.   Referências ABC DA SAÚDE. Asma, 2010. Disponível em: <http://www.abcdasaude.com.br/pneumologia/asma>. Acesso em: 17 jan. 2018. MINHA VIDA.Asma: sintomas, tratamentos e causas, 2013. Disponível em:http://www.minhavida.com.br/saude/temas/asma. Acesso em: 17 jan. 2018. INSTITUTO DA CRIANÇA. Asma. Disponível em: <http://icr.usp.br/interna.aspx?portalid=@LDKRLUJ&areaid=EJGLNQQO&pagid=JQDGTMRQ&navid=-1&menuid=-1&AC=>. Acesso em: 17 jan. 2018.

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Dor no estômago pode ser o alerta para diversas doenças

As dores de estômago estão longe de ter somente uma causa. De acordo com o gastroenterologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Eduardo Berger, realizar o diagnóstico correto é essencial para evitar confusão com doenças que tenham sintomas semelhantes. O conselho do médico está relacionado a um incômodo comum, popularmente conhecido como dor na "boca do estômago", localizada no ponto mais alto da região mediana do abdômen. Berger explica que nestes casos, pode haver um engano quanto ao motivo. "Inúmeras situações clínicas provocam sintoma doloroso naquele local, o que confunde quem o está sentindo. O incômodo pode estar atrelado a problemas bíleo-pancreáticos, ou seja, no fígado, vesícula e pâncreas. Além disso, pode estar relacionado com problemas cardíacos e outras afecções digestivas, que envolve apendicite, verminose e outras doenças intestinais", ressalta. Para evitar um diagnóstico incorreto, observar as características da dor é o primeiro passo. Entre os pontos a serem questionados, segundo o médico, estão; a forma como o sintoma surgiu, o tipo, o ritmo, periodicidade e quais fatores o fazem melhorar ou piorar. Somente após a confirmação de tratar-se de uma doença estomacal, é que os cuidados com alimentação e hábitos de vida serão aconselhados ao paciente. O gastroenterologista afirma que, realmente, na maioria dos casos, o consumo de café e álcool piora o quadro de saúde. Na lista do que deve ser evitado está também o estresse, que segundo Eduardo Berger, aumenta a secreção gástrica e consequentemente eleva a dor. Mas além desse mal estar, a atenção deve ser ampliada a outros sintomas que podem surgir. "As lesões gástricas mais sérias comprometem sensivelmente a digestão. Então, uma perda acentuada do apetite, a sensação de plenitude muito precoce e os vômitos volumosos são sinais de alerta", conclui.

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Aumenta em 46,7% o número de cirurgias bariátricas no Brasil

Um dos reflexos do crescimento da obesidade no Brasil é a busca - cada vez maior – por tratamentos para redução de peso. Neste cenário, o número de cirurgias bariátricas realizadas entre os anos de 2012 e 2017 aumentou 46,7%. De acordo com a mais recente pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) foram realizados 105.642 mil cirurgias no ano de 2017 no país, ou seja,  5,6% a mais do que em 2016, quando 100 mil pessoas fizeram o procedimento no setor privado. E os números são crescentes: em 2015 foram realizadas 93,5 mil cirurgias; em 2014, o número foi de 88 mil procedimentos; em 2013, 80 mil cirurgias e, em 2012, 72 mil cirurgias. Para a pesquisa foram utilizados dados do Sistema de Informações Hospitalares e Datasus.   Cirurgia pelo SUS Pelo SUS o número de cirurgias bariátricas disparou. Entre os anos de 2008 e 2017, o número de cirurgias bariátricas cresceu 215%. O crescimento anual médio é de 13,5%. “Em 2017 muitos brasileiros deixaram de ter planos de saúde, o que levou ao aumento da procura pelo Sistema Único de Saúde, principalmente nos estados do Paraná, com 47%; São Paulo, com 20,2%, Minas Gerais, 8.7% e Espírito Santo 6,8%”, conta o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Caetano Marchesini. Segundo ele, estes são os estados que mais realizam cirurgias bariátricas pelo SUS. “Juntos, eles fazem mais de 82% das cirurgias bariátricas pelo SUS no país”, informa Marchesini.   População elegível no Brasil A pesquisa realizada pela SBCBM também apontou que a população elegível a cirurgia bariátrica no Brasil é de 4,9 milhões de pessoas. Pessoas com diabetes mellitus Tipo 2 (DM2), com Índice de Massa Corporal entre 30 Kg/m2 a 35 Kg/m2, e ausência de resposta ao tratamento clínico podem ter indicação para a cirurgia bariátrica. Já os pacientes com IMC maior que 35, com doenças associadas a obesidade ou acima de 40, considerada obesidade mórbida – também são elegíveis a cirurgia bariátrica. Para que se tenha ideia, em São Paulo 1.078 milhão de pessoas são elegíveis para fazer uma cirurgia bariátrica como forma de tratar a obesidade mórbida e doenças associadas. No Rio de Janeiro o número é de 448 mil pessoas, no Rio Grande do Sul são 295 mil.   No nordeste, Pernambuco é o estado com maior número de pessoas elegíveis a realizar a cirurgia bariátrica, totalizando 315 mil. O segundo estado em número de pessoas aptas a operar é a Bahia, com 283 mil pessoas, seguida do Ceará com 196 mil pessoas, Alagoas  com 106 mil pessoas , Paraíba 87 mil pessoas, Rio Grande do Norte 82 mil pessoas e Sergipe com 65 mil pessoas. A cirurgia realizada imediatamente após sua indicação contribui para a cura ou remissão de diversas doenças associadas à obesidade como, por exemplo, a hipertensão, problemas nas articulações, coluna e diabetes tipo2. Apenas no Brasil são gastos anualmente cerca de R$500 milhões pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar pacientes diagnosticados com Diabetes tipo 2 e doenças associadas, conforme estudo da Universidade de Brasília (UNB) e Ministério da Saúde. Obesidade no Brasil dispara De acordo com o presidente da  Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Caetano Marchesini a obesidade é uma realidade para 18,9% dos brasileiros. “Já o sobrepeso atinge mais da metade da população (54%). Entre os jovens, a obesidade aumentou 110% entre 2007 e 2017. Esse índice foi quase o dobro da média nas demais faixas etárias (60%)”, destaca o presidente da SBCBM, Caetano Marchesini. No mesmo período, o sobrepeso foi ampliado em 26,8%. Esse movimento foi maior também entre os mais jovens (56%), seguidos pelas faixas de 25 a 34 anos (33%), 35 a 44 anos (25%) e 65 anos ou mais (14%). Os dados foram divulgados no último dia 18 de junho e integram a mais recente Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde. Marchesini lembra que a o excesso de peso tornou-se a doença adquirida que mais preocupa os pesquisadores no mundo, se tornando uma questão de saúde pública. “O Brasil é considerado o segundo país do mundo em número de cirurgias bariátricas realizadas e as mulheres representam 76% dos pacientes”, reforça Caetano Marchesini.

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Ansiedade está presente em 50% das mulheres com endometriose, segundo pesquisa brasileira

De acordo com recente pesquisa feita pelo ginecologista Dr. Edvaldo Cavalcante, em parceria com o Grupo de Apoio às Portadoras de Endometriose e Infertilidade (GAPENDI), 50% das mais de 3 mil mulheres que responderam ao estudo foram diagnosticadas com o transtorno da ansiedade generalizada. Outras 34% receberam o diagnóstico de depressão e 50% de estresse. A pesquisa corroborou dados de vários estudos internacionais feitos ao longo dos anos, que mostraram que a endometriose pode levar ao desenvolvimento de transtornos psiquiátricos, como ansiedade e depressão, por exemplo. Segundo Dr. Edvaldo, a cronicidade da endometriose é o principal fator de risco para os transtornos mentais, juntamente com a dor pélvica crônica e a infertilidade. “Uma doença crônica, como a endometriose requer diversos cuidados com a saúde e causa preocupações que podem elevar o nível do estresse. A tensão já começa na busca pelo diagnóstico, que pode levar em média oito anos aqui no Brasil, de acordo com nossa pesquisa, sendo a média mundial sete anos. Passar por vários médicos pode ser desgastante, principalmente quando as queixas são desvalorizadas e há dificuldade em confirmar as suspeitas”, diz o médico. Impacto do diagnóstico Um momento que é de grande importância é o do diagnóstico, pois pode aumentar o estresse e a ansiedade. “Ao receber a notícia, a mulher se dá conta que tem uma doença incurável, que pode afetar diversos aspectos da sua vida, como o trabalho, os estudos, a vida social, o relacionamento e, para algumas, o sonho de ser mãe, por exemplo”, comenta a coordenadora do Gapendi, Marília Gabriela. “A notícia deve ser dada com muito zelo por parte do médico e é interessante que a mulher seja aconselhada a procurar ajuda psicoterápica para lidar com o impacto inicial do diagnóstico”, comenta Dr. Edvaldo. Entretanto, isso não é uma realidade no Brasil. A pesquisa mostrou que apenas 24% das entrevistadas foram orientadas a procurar um psicólogo/terapia e só 13% seguiram a recomendação. Lidando positivamente com a endometriose Os estudos também mostram que não são todas as mulheres com endometriose que irão desenvolver transtornos psiquiátricos por conta da doença. Existem fatores protetores e fatores de risco envolvidos na ansiedade e na depressão. "Há mulheres com histórico familiar destas doenças ou que já tinham o diagnóstico anteriormente ao da endometriose. Mulheres com histórico prévio de baixa autoestima e problemas com a imagem corporal também podem ter um risco maior quando o assunto é ansiedade”, comenta Dr. Edvaldo. Por outro lado, mulheres sem histórico familiar ou pessoal de ansiedade ou de depressão e que têm uma boa autoestima, assim como aquelas com relacionamentos afetivos estáveis podem estar mais protegidas, segundo os estudos. As pesquisas sugerem que, nestes casos, há maior facilidade em ressignificar o diagnóstico e reorganizar a vida para conviver com a doença. Dor é o principal fator de risco De todos os achados sobre o impacto da endometriose na saúde mental, o mais importante, segundo os estudos, é a gravidade da dor pélvica crônica. “Segundo a nossa pesquisa, 91% das brasileiras com endometriose sentem dor em algum momento, sendo que 34% delas sofrem durante 15 dias no mês, entre a ovulação e a menstruação. Certamente, conviver com a dor de forma crônica é o aspecto mais difícil de lidar na endometriose”, comenta Marília. Estratégias e recursos Veja agora algumas dicas que podem prevenir quadros de ansiedade e depressão, assim como podem ajudar a gerenciar o estresse e a lidar melhor com a endometriose: Procure ajuda: O aconselhamento de um terapeuta/psicólogo é fundamental no momento do diagnóstico e depois também. Cuide da alimentação: Há estudos que mostram que a alimentação ajuda muito no tratamento e no controle da dor. Procure um nutricionista para ajudar neste quesito. Pratique atividade física: Além de ajudar a controlar o peso, que pode aumentar por conta do tratamento da endometriose, a atividade física libera substâncias que levam ao prazer e ao bem-estar, diminuem o estresse e ajudam a controlar a ansiedade. Controle a dor: Converse com seu médico. O principal objetivo do tratamento é controlar a dor e isso é possível, seja por meio de cirurgia ou de medicamentos. Gerencie o estresse: encontre uma atividade que você goste de fazer, tenha momentos de lazer, pratique meditação ou qualquer hobby que ajude você a controlar a ansiedade o estresse. Compartilhe sua história: Compartilhar sentimentos, angústias, história pessoal ou dúvidas com outras mulheres que têm endometriose pode ser muito bom. Além do Gapendi, há vários outros grupos espalhados pelo Brasil.

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App do INCA informa dietas para prevenção de câncer

Com versões para IOS, Android e sistema Windows, o INCA lança hoje, dia 5, o app Armazém da Saúde. O aplicativo funciona como um armazém virtual no qual o usuário pode simular suas compras habituais de alimentos. Ao final das compras, o aplicativo fornece aos usuários informações sobre suas escolhas alimentares e sugestões para ter uma alimentação mais saudável. O usuário pode compartilhar o feedback das suas compras nas mídias sociais. "O app Armazém da Saúde é uma atividade inovadora de educação alimentar do Instituto. Ela visa promover o reconhecimento da população de que o câncer é passível de prevenção por meio de uma alimentação saudável, prática de atividade física e manutenção do peso adequado. Além disso, o app tem uma utilidade no nosso dia a dia. Podemos checar se as nossas compras reais favorecem ou não uma alimentação saudável e ter informações de como podemos melhorá-las. É uma atividade lúdica que trará inúmeras outras funcionalidades, como acesso a receitas, sugestões de missões e alguns desafios", garante Maria Eduarda Melo, responsável pela Área Técnica de Alimentação, Nutrição, Atividade Física e Câncer do INCA. Inicialmente serão disponibilizadas 80 receitas com alimentos das diferentes regiões do país, divididas por ocasiões como “almoço em família”, “jantar com os amigos”, “merenda escolar”, entre outras. Além disso, as compras ficam armazenadas em uma despensa virtual, que pode ser acessada a qualquer momento. Clicando em cada alimento, o usuário tem acesso a conteúdos específicos sobre o item e orientações para a prática de uma alimentação saudável com vistas à prevenção de câncer. Ao consumir um alimento que está na despensa, o usuário pode perder ou ganhar força no jogo. Se o alimento consumido é saudável e deve fazer parte da alimentação para a prevenção do câncer, ele ganhará força. Caso contrário, perderá força no jogo. A partir do fim de julho, o app também terá outras interfaces, com incentivo a práticas saudáveis: o usuário é convidado a listar suas práticas referentes a alimentação, atividade física, entre outras, e o app sugere o que fazer para melhorá-las, propondo algumas missões. Se o usuário relatar o consumo de itens não saudáveis, por exemplo, o app recomenda alguma missão, como diminuir o consumo de ultraprocessados ou aumentar a ingestão de alimentos mais saudáveis. Ao completar a missão, o avatar do usuário se torna mais forte.

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Cidades Algomais FPS discute os impactos da tecnologia na saúde e medicina

Novos softwares, inovações terapêuticas e no diagnóstico, mapeamento genético... há uma infinidade de novidades brotando na medicina com grande impacto na saúde. Por outro lado, o uso da tecnologia tem trazido também influências nem sempre positivas no comportamento humano, que já são motivo de preocupação científica. Esses e outros assuntos foram tratados no evento Cidades Algomais FPS, que aconteceu ontem (13) no Teatro RioMar. Promovido pela Faculdade Pernambucana de Saúde, Algomais, pela MOVA – Marketing de Experiência e pela rádio CBN Recife, o evento faz parte do projeto Cidades Algomais, que tem como objetivo discutir e compartilhar exemplos positivos e experiências transformadoras nos centros urbanos. As mudanças na saúde humana ao longo da história e, em especial, a preocupação com o sedentarismo infantil na atualidade, foram a ênfase da primeira palestra da noite, realizada pelo pediatra e diretor de ensino do IMIP, João Guilherme. O geneticista do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, Diogo Soares, foi o segundo convidado da noite. Ele abordou sobre algumas das novas tendências da medicina, ressaltando principalmente o tratamento personalizado para os pacientes. A plataforma Watson e as possibilidades que os avanços tecnológicos para o tratamento médico - alguns bastante futuristas inclusive - foram apresentados pelo chefe de saúde da IBM e IBM Watson Health, Miguel Aguiar Neto. Para encerrar a programação, o evento contou com uma painel com três startups que atuam no segmento de saúde, sendo mediado pelo coordenador acadêmico da FPS e presidente do IMIP, Gilliatt Falbo. Foram os destaques dessa mesa a Neurobots (que estimula a reabilitação neurológica de pacientes que tiveram AVC através de técnicas que exercitam o cérebro), a Pickcells (que desenvolveu uma plataforma que permite o diagnóstico automatizado, mais rápido e preciso de doenças infecciosas) e a NeuroUP (que criou uma plataforma de biofeedback no tratamento de DTM e dor de cabeça crônica). As empresas foram representadas respectivamente por Júlio Dantas, Paulo Melo e Ubirakitan Maciel. "Esse evento faz parte de uma estratégia já traçada há bastante tempo do IMIP e da FPS de inovação", afirmou Carlos Figueira, diretor acadêmico a FPS. Na abertura do CAM FPS ele anunciou três novos centros ancorados pela FPS: um de inovação, um de simulação e outro de eventos.  

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Quimioterapia pode não ser mais necessário no estágio inicial do câncer de mama

O Encontro Anual da ASCO, maior congresso do mundo sobre oncologia, revelou ontem (03/06) um resultado inédito que pode mudar a forma de abordagem em relação ao tratamento de pacientes com Câncer de Mama. O estudo clínico TAILORx, fase III, mostrou que para determinados tipos de tumores em estágio inicial não será necessário que a pessoa passe por quimioterapia após a cirurgia. A indicação dos médicos é que mulheres, a partir de um exame genético, poderão ser tratadas com terapia hormonal, mais amena e com menos efeitos colaterais. A novidade foi apresentada na Sessão Plenária da ASCO, que aborda quatro estudos considerados como tendo o maior potencial para impactar o atendimento ao paciente. De acordo com os autores, metade de todos os cânceres de mama são positivos para HR, negativos para HER2 e negativos para linfonodos axilares. O ensaio mostrou que a quimioterapia pode ser evitada em cerca de 70% dessas mulheres quando seu uso é guiado por uma análise de 21 genes do tumor (Oncotype DX® Breast Recurrence Score). De acordo com o Dr. Daniel Gimenes, oncologista clínico do Grupo Oncoclínicas em São Paulo, esse resultado é extremamente animador. "Já participei de inúmeras edições do Congresso da ASCO. Esta, porém, está sendo uma das mais relevantes dos últimos anos. O anúncio do TAILORx traz muitos subsídios para os oncologistas e aumenta o poder de decisão do médico para indicar o melhor tratamento para cada tipo individualizado de paciente", afirma o especialista. Como já se sabe, os efeitos colaterais de curto prazo que ocorrem durante a quimioterapia têm impacto direto no bem-estar dos pacientes. Entre eles estão náuseas, vômitos, perda de cabelo, fadiga e infecção, e, em mulheres mais jovens, menopausa precoce ou infertilidade. A neuropatia é outro efeito colateral comum, com sintomas que incluem dormência, formigamento ou dor nas mãos e nos pés, que às vezes podem ser permanentes. Segundo o Dr. Daniel, a indicação da quimioterapia para o câncer de mama sempre ocorreu por falta de outros recursos. Esse cenário, agora, mudou. "As descobertas terão um impacto imediato na prática clínica, poupando milhares de mulheres dos efeitos colaterais da quimioterapia. O suporte do teste genético, que analisa 21 genes do tumor, fornece uma informação mais precisa a respeito da real necessidade do tratamento pós operatório. Hoje, mais do que nunca, a medicina de precisão é uma grande aliada das pessoas em tratamento", comenta. O oncologista explica que, com base em evidências de vários estudos anteriores, o Oncotype DX já é amplamente utilizado para fornecer dados prognósticos sobre o risco de recorrência do câncer de mama e prever quais pacientes são mais propensas a obter um grande benefício da quimioterapia. "O teste é realizado em uma amostra de tecido tumoral. Dependendo da pontuação do exame genético, a indicação de quimioterapia pode ser abolida, sendo substituída pela hormonioterapia", afirma o Dr. Daniel. Sobre a ASCO ASCO é a abreviatura para American Society of Clinical Oncology - ou Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em tradução para o português. A entidade foi fundada em 1964 por sete oncologistas que tinham a finalidade de melhorar o atendimento dos pacientes com câncer. Na época, o câncer era visto como uma doença incurável, com poucas terapias – difíceis de tolerar e quase sempre ineficazes. O estigma e o silêncio deixaram muitos pacientes com pouco apoio ou informação. Ao longo de cinco décadas, a ASCO e seus membros estabeleceram e avançaram no campo da oncologia clínica moderna. De muitas maneiras, a história da ASCO é a história do progresso contra o câncer. Dos sete membros originais, hoje são mais de 40 mil. Nesse período, o número de medicamentos disponíveis para tratar o câncer aumentou significativamente. E, o mais importante, os pacientes estão vivendo mais e muito melhor. Para mais informações, acesse https://am.asco.org/

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Cirurgia personalizada: um avanço na cura da catarata

A tecnologia está inserida na medicina de forma cada vez mais inovadora. Graças ao seu avanço, os tratamentos ganharam novas versões, que estão aperfeiçoando os procedimentos médicos e tornando mais rápida a recuperação do paciente. Na oftalmologia, a cirurgia de catarata – única maneira de curar a doença – é um dos recursos que foram beneficiados pela tecnologia. Hoje, o procedimento pode ser feito com instrumentos modernos e maior eficiência em relação ao método tradicional. Um exemplo deste avanço é a cirurgia personalizada de catarata, que se diferencia por fazer um mapeamento individual para cada caso. "Existe uma personalização que torna tudo voltado especificamente para o olho do paciente", comenta a médica oftalmologista do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE), Bruna Ventura. "Enquanto a cirurgia convencional utiliza um método padrão, hoje nós realizamos exames para analisar e definir onde serão efetuados os cortes, que são minúsculos, mas conseguem refinar a visão. Cada olho tem características distintas e o local do corte depende dessas particularidades. Pode acontecer de a mesma pessoa ter dois procedimentos diferentes, um para cada olho", complementa. Os materiais também tiveram melhorias. Na cirurgia tradicional, o oftalmologista utiliza o bisturi para fazer uma incisão de 2 a 3 milímetros na córnea. Em seguida, são utilizados outros instrumentos para aspirar os tecidos opacos. Por fim, a abertura é costurada com pequenos pontos. Este método é totalmente manual, o que torna o procedimento mais lento. Já o procedimento moderno utiliza laser e faz uma incisão de até 1,5mm, além de inserir uma lente intraocular para corrigir problemas de visão. "A implantação da lente ocular também passa por um processo de personalização. Precisamos analisar qual tipo de lente será implantado, e isso vai depender das características do olho do paciente", explica Bruna Ventura. "Com a alta tecnologia, temos aparelhos para medir e identificar as características de cada olho. Com base nisso, a cirurgia é programada", conclui a doutora.

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